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Os temporais no Rio de Janeiro causaram 12 mortes e deixaram mais de 9 mil desalojados, 300 pessoas desabrigadas, ruas alagadas e casas destruídas. A tragédia trouxe ao centro do debate o conceito de racismo ambiental após as manifestações de ministros do governo diante da crise vivida pela população no estado.

“Quando dizem que favelas e periferias são quinze vezes mais atingidas que outros bairros, não é natural que em alguns municípios, bairros, periferias e favelas sofram com consequências mais graves da chuva do que outros”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em declaração publicada em seu perfil em uma rede social.

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“Isso acontece porque uma parte da cidade, do estado, não tem a mesma condição de moradia, de saneamento, de estrutura urbana do que a outra. Também não é natural que esses lugares tenham ali a maioria da sua população negra. Isso faz parte do que a gente chama e define de racismo ambiental e os seus efeitos nas grandes cidades”, completou a ministra.

O que é racismo ambiental

O termo, existente desde a década de 1980, é usado para se ilustrar como a degradação e catástrofes ambientais – enchentes, secas, contaminação – impactam de forma mais severa as populações das periferias.

Com o desastre na capital fluminense e região metropolitana, especialistas e autoridades têm utilizado essa expressão para explicar o impacto desigual das fortes chuvas sobre a população.

“O conceito de racismo ambiental há décadas é objeto de estudos científicos. Ele visa a explicar a forma com que as catástrofes ambientais e a mudança climática afetam de forma mais severa grupos sociais política e economicamente discriminados que, por esse motivo, são forçados a viver em condições de risco” disse o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também em postagem nas redes sociais.

“Não significa dizer que apenas pessoas destes grupos são afetadas pelos eventos climáticos, mas que as pessoas a que a estes grupos pertencem são mais afetadas, por razões sociais, pelos eventos ambientais”, acrescentou.

Como o racismo ambiental se manifesta

Estudiosos e ativistas apontam que o racismo ambiental está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, mesmo que elas não percebam.

A falta de saneamento básico, coleta de lixo, rede de esgoto, acesso à água potável e instalação de aterros sanitários em comunidades de baixa renda, locais habitados em grande parte por negros e pardos, são algumas das manifestações de racismo ambiental.

Co-diretor-executivo do Observatório da Branquitude, o sociólogo e antropólogo Thales Vieira explica que outra evidência do racismo ambiental é a exclusão da parcela pobre das políticas públicas.

“Por isso que a gente fala que o racismo ambiental é produto de uma intenção efetiva de não produção de políticas para essas populações, de não participação dessas populações nas decisões que são tratadas de políticas que efetivamente são feitas ou não são feitas. Essa também é uma forma de fazer política, a omissão é uma forma também de fazer política.”, disse Vieira. Para ele, deixar de produzir políticas públicas em benefício de parte da população é, na prática, “deixá-la para morrer”.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, cobrou uma modernização na forma de entender e atender a população mais carente de atenção dos gestores. “A política pública precisa integrar novas linguagens, que sejam capazes de objetivamente dar nome às demandas, e o racismo ambiental é uma das realidades que precisam ser enfrentadas. Eventos climáticos extremos atingem toda a população, mas é um fato que pessoas pretas, mulheres, crianças, jovens e idosos são duramente mais afetados”.

As fortes chuvas entre ontem, 17, e a madrugada deste sábado, 18, fizeram com que o Rio Taquari, no município de Lajeado, ultrapassasse a cota de inundação. Conforme a prefeitura, o nível do rio subiu 44 centímetros em apenas uma hora, chegando a 23m92cm. A região foi uma das mais atingidas pelo ciclone que destruiu várias cidades gaúchas em setembro e deixou 51 mortos.

Diante disso, 172 pessoas foram removidas de suas casas e direcionadas ao Parque do Imigrante. Algumas ruas da cidade foram inundadas e o parque de diversões, recém-instalado, também ficou completamente alagado.

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Na cidade de Muçum, também no Vale do Taquari, o Rio Taquari subiu 5,34m em sete horas. Pelas redes sociais, o prefeito Mateus Trojan alertou a população sobre a elevação do nível do rio. "Mais uma vez sofremos com as enchentes, e eu quero alertar a população que, embora estejamos tendo uma tendência de estabilidade da elevação do nível do rio, considerando as últimas horas, é importante que a gente entenda que ainda tem muita água por vir, porque nós tivemos chuvas elevadas nas regiões mais altas e estamos apresentando vazões elevadas, crescentes nas barragens", disse.

Roca Sales também sofre as consequências das novas enchentes do Rio Taquari. Conforme a Defesa Civil local, o nível do rio tem subido cerca de 50cm por hora, e 50 famílias já foram retiradas das áreas de risco. Na área rural da cidade, a rodovia ERS 129 está interditada por causa da queda de barreiras.

Em Taquara, a prefeitura atua para remover famílias de áreas de risco em pelo menos três bairros. Já em Gramado, na Serra gaúcha, diversas ruas ficaram alagadas e uma casa desabou, deixando três feridos.

Em Antônio Prado, um homem desapareceu após seu automóvel ser levado pela correnteza do Rio das Antas na ERS 437. Outros dois homens que estavam no veículo conseguiram se salvar e registram a ocorrência no Corpo de Bombeiros. Mergulhadores da guarnição de Porto Alegre se deslocaram para as buscas.

Será promulgado o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 321/2023, que reconhece estado de calamidade pública no território do estado do Rio Grande do Sul até o final de 2024. O texto, que havia sido aprovado pelo Senado na semana passada, foi confirmado pelos deputados na quarta-feira (20).

A calamidade se dá em razão das enchentes causadas por ciclone extratropical. No total, 106 municípios foram afetados, segundo a Defesa Civil do estado. 

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O projeto, do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), isenta o estado do Rio Grande do Sul e as cidades atingidas de restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 2000).

A intenção é direcionar mais recursos para os locais afetados, com a concessão de benefícios fiscais e regras orçamentárias mais flexíveis. De acordo com o texto, esses entes federados terão regras fiscais flexibilizadas até 31 de dezembro de 2024 para ajudar a enfrentar a situação.

Durante a vigência do estado de calamidade, ficam suspensas nas localidades cobertas pelo decreto regras como os limites e condições para operações de crédito e recebimento de transferências voluntárias; cumprimento da aplicação de recursos vinculados a determinada finalidade, desde que os recursos sejam destinados ao combate à calamidade pública; e deduções para renúncia de receita e geração de despesa, desde que o incentivo, benefício ou aumento da despesa seja destinado ao combate à calamidade pública.

Como o estado de calamidade vai até dezembro de 2024, ano de eleições municipais, as prefeituras poderão criar despesas que não poderão ser finalizadas dentro do próprio mandato ou sem que haja disponibilidade de caixa suficiente para isso. Nas situações normais, isso é proibido.

Balanço

De acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, no fim da tarde da quarta-feira (20), as chuvas intensas e as enchentes decorrentes do ciclone causaram 49 mortes no estado. Nove pessoas continuam desaparecidas e 4,8 mil estão desabrigadas.   

*Da Agência Senado (com informações da Agência Câmara) 

Em apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, após a passagem de um ciclone no último domingo (3), Grêmio, Internacional e Juventude montaram pontos de coletas de doações de água, alimentos roupas e produtos de higiene, em várias cidades do estado. Inúmeras famílias estão desabrigadas e municípios da Serra Gaúcha entraram em estado de emergência. 

Além do estádio Alfredo Jaconi, o Juventude, clube de Caxias do Sul, concedeu o espaço do Centro de Treinamento (CFAC) para coleta de doações; A prefeitura de Caxias e os bombeiros recomendam a doação de agasalhos, água mineral, itens de limpeza e alimentos não perecíveis.

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“Nossas cidades vizinhas estão em uma situação difícil, com famílias que perderam tudo, e o Juventude se viu em condições de colaborar de alguma forma. As doações já superaram as expectativas e todos os itens arrecadados serão destinados a quem precisa”, comenta Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude, que já entregou até o momento, mil litros de água, 32 cestas básicas, 150 sacolas de alimentos, 90 itens de higiene, 3 colchões e 100 sacolas com diversos outros produtos.

O Tricolor gaúcho também montou centros de arrecadação de doações na GrêmioMania Megastore e no Departamento Consular da Arena Grêmio, além dos Consulados Femininos de outras cidades.

Já o Internacional anunciou que receberá doações às vítimas das enchentes no ginásio Gigantinho - no complexo do estádio Beira-Rio - a partir desta sexta (8) até a próxima terça (12), sempre das 8h às 18h. Na próxima quarta (13), também haverá três pontos de coleta de alimentos, itens de higiene e roupas Beira Rio, em Porto Alegre, durante o confronto Inter x São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.  Além disso, a torcida colorada destinou R$ 10 mil às vítimas das enchentes do Vale do Taquari, verba convertida em 100 kits de higiene e 100 cobertores, que serão entregues pela Defesa Civil do RS.

Toda ajuda é extremamente importante e muito bem-vinda, isso faz a diferença. O apoio da nossa torcida, também através dos nossos Consulados das cidades mais atingidas, foi fundamental e de uma sensibilidade única. Nosso papel, sob as condições que temos, é ajudar a nossa sociedade em momentos como esse”, afirmou Cauê Vieira, secretário-geral do Colorado.

Através de uma publicação em sua página oficial do Instagram, o vereador Vinícius Castello (PT-PE), criticou a Prefeitura de Olinda a respeito da ausência de soluções que evitem inundações em bairros próximos ao Canal do Fragoso. Com ironia, o post provocou o prefeito Professor Lupércio (Solidariedade-PE) ao informar que sua gestão ''pretende aproveitar'' as enchentes ''e inaugurar parque aquático no Fragoso''.

Com a chuva que afeta a Região Metropolitana do Recife nos últimos dias, o canal vem transbordando e a água invadindo as residências próximas a obra. Com isso, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) do Governo de Pernambuco, informou que a permanência desse problema é a falta de drenagem no município.

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Na última semana, a Prefeitura de Olinda afirmou que equipes da ''Operação Inverno'' aturaram, ao longo da quarta-feira (24), na limpeza do canal. Porém, moradores continuam enfrentando os transbordamentos durante dias chuvosos.

Vinícius Castello culpabilizou a gestão do Professor Lupércio e define o problema como um ''caos'' para a população olindense.  Além disso, ironizou a situação. ''Com as fortes chuvas e sem nenhuma alternativa para evitar os alagamentos constantes na nossa cidade, a gestão municipal do prefeito Lupércio irá aproveitar o caos para criar um parque aquático em Olinda'', escreveu em seu perfil nas redes sociais.

Seguidores do vereador comentaram a publicação e criticaram a Prefeitura de Olinda. ''Um absurdo de incompetência de Lupércio'', escreveu um usuário. ''Acredito que a população de Olinda deveria ter mais responsabilidade ao escolher seus governantes. A gestão do'professor' vem se firmando como umas das mais irresponsáveis. Talvez, se esse problema fosse na frente da casa de algum gestor público, isso já teria sido resolvido, porém como é em uma comunidade carente, a prefeitura finge demência'', apontou outra seguidora.

Veja a publicação:

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As autoridades italianas anunciaram que mais de 23.000 pessoas no noroeste do país continuam desabrigadas nesta segunda-feira (22), cerca de uma semana depois de chuvas torrenciais que provocaram enchentes e mataram 14 pessoas.

A maioria dos deslocados está com familiares ou amigos, entretanto, aproximadamente 2.700 foram realocados em hotéis, escolas, academias e outros centros, detalharam as autoridades da região de Emilia-Romagna.

Na semana passada, o equivalente a seis meses de chuva caiu em apenas 36 horas nesta região com 4,5 milhões de habitantes. Cerca de 20 rios transbordaram devido às chuvas, que causaram deslizamentos de terra.

A água também cobriu vastas áreas agrícolas e destruiu plantações. Embora a limpeza tenha começado em várias áreas, muitas permanecem inundadas.

As autoridades tentaram restabelecer a conexão à internet dos hospitais, administrações e escolas nesta segunda-feira.

Além das perdas humanas, esta região - uma das mais ricas da Itália - sofreu estragos econômicos que ainda não podem ser quantificados.

Mais de 600 ruas seguem interditadas nesta segunda-feira e a região calculou que serão necessários 620 milhões de euros (cerca de US$ 670 milhões, ou R$ 3,32 bilhões na cotação atual) para recuperar a rede rodoviária.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, retornou antes do previsto da cúpula do G7, no Japão, para visitar algumas das áreas mais atingidas.

O esperado é que Meloni realize uma reunião de gabinete na terça-feira, na qual poderá desbloquear fundos de emergência destinados à região.

Vários grupos privados prometeram fundos para ajudar na recuperação da região, inclusive o gigante franco-italiano de automóveis Stellantis, que prometeu um milhão de euros (R$ 5,36 milhões). A Fórmula 1 e a Ferrari também ofereceram, cada um, o mesmo valor.

O grupo francês de luxo LVMH, que engloba as marcas italianas Bulgari e Fendi, e a Kering, dona da Gucci, também fizeram doações sem especificar o valor.

Grande representante da Itália na Fórmula 1, a Ferrari anunciou nesta quinta-feira que vai doar 1 milhão de euros, equivalente a R$ 5,3 milhões, para ajudar as vítimas das enchentes na Itália. As fortes chuvas no norte do país causaram o cancelamento do GP de Emilia-Romagna, que seria disputado em Ímola, no fim de semana.

A equipe italiana vai fazer a doação para a Agência de Proteção Civil e Segurança Territorial da Região de Emília-Romanha. De acordo com a Ferrari, os recursos serão utilizados para ajudar diretamente às famílias locais atingidas pela forte chuva, com foco na recuperação do meio ambiente e na "gestão de estabilidade hidrogeológica".

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"Em tempos de dificuldade, a Ferrari sempre ficou ao lado de sua comunidade", disse o CEO da empresa, Benedetto Vigna. "Queremos fornecer uma resposta concreta e imediata para as necessidades mais urgentes da população de Emília-Romanha, que vem sendo testada por uma série de desastres ambientais."

Equipes e pilotos de F-1 foram atingidos indiretamente pelas chuvas na Itália. Os funcionários dos times já trabalhavam no paddock do Autódromo Enzo e Dino Ferrari desde o início da semana. Na terça, precisaram evacuar o local pelo risco de alagamento, uma vez que o rio Santerno, que margeia o circuito, transbordou em alguns trechos.

Na quarta, a direção da F-1 decidiu pelo cancelamento do GP, principalmente porque a estrutura da categoria costuma exigir muitos recursos de emergência, que estão sendo todos direcionados para as vítimas das enchentes. Ao todo, oito pessoas já morreram em decorrência das chuvas e mais de 10 mil precisaram deixar suas casas.

As autoridades italianas evacuaram nesta quinta-feira (18) as cidades afetadas pelas enchentes em Emilia-Romagna, no nordeste do país, onde nove pessoas já morreram.

Vários rios transbordaram no sudeste da Emilia-Romagna, devido às chuvas torrenciais que caíram na região nos últimos dias, e que também provocaram deslizamentos de terra, segundo autoridades regionais.

Mais de 10.000 pessoas tiveram de deixar suas casas.

A chuva parou no meio da tarde de ontem, e os meteorologistas não preveem precipitações significativas nesta quinta-feira. Ainda assim, ônibus foram fretados para levar os habitantes dos municípios de Villanova di Ravenna, Filetto e Boncalceci, ameaçados pelo aumento do nível das águas do rio Lamone.

Com "seis meses de chuva em 36 horas" e "precipitações recordes" durante duas semanas, "nenhum território consegue resistir", lamentou o presidente da região da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini.

"O solo não absorve nada", acrescentou.

As Forças Armadas italianas e a Guarda Costeira se uniram ao esforço de emergência com helicópteros e botes, de modo a chegarem às casas isoladas pelas inundações.

Nos locais onde a água começava a baixar, os moradores limpavam casas e ruas cobertas de lama e entulho.

“Moro aqui desde 1979. Já vi inundações, mas nunca nada igual”, disse Edoardo Amadori, morador da cidade de Cesena, à AFP.

Milhares de fazendas desta fértil região agrícola foram afetadas. As inundações também levaram ao cancelamento do Grande Prêmio de Fórmula 1 que estava previsto para acontecer no domingo (21) na região da Emilia-Romagna.

Entre maio e junho de 2022, as mudanças climáticas estiveram em evidência no Brasil, seguindo as dezenas de tragédias acontecidas em decorrência de enchentes e temporais, do Norte ao Sul do Brasil. No Amazonas, o Rio Negro teve uma das maiores cheias da história, e também a mais veloz, chegando ao nível dos 29,38m, por influência do fenômeno La Niña. Em Minas, Rio e São Paulo, mais temporais e deslizamentos foram responsáveis por tirar o lar e os parentes de muitas famílias.

Dentre esses eventos, certamente as cheias em Pernambuco foram destaque em todo o país. Uma das maiores tragédias humanas e ambientais de 2022, os temporais na Região Metropolitana do Recife deixaram pelo menos 128 mil desalojados e 132 mortos, a maior parte vítima de deslizamentos de terra em barreiras e encostas. Tudo aconteceu entre maio e junho, meses em que o acumulado das chuvas costuma ser maior em todo o estado.

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Apesar dos pernambucanos estarem acostumados com o cenário caótico que todo período chuvoso proporciona, ano após ano, 2022 trouxe números sem precedentes. Começando com os deslizamentos entre Olinda e Recife, na última semana de maio, quando sete pessoas morreram. Em menos de duas semanas, a tragédia escalou, e rápido: mais de 100 pessoas morreram soterradas na RMR, em cerca de três dias de chuvas, durante a segunda semana de junho.

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- - ‘Bombeiros encontram corpos de casal desaparecido em Olinda’ 

- ‘Jovem de 13 anos morre em novo deslizamento no Recife’ 

- ‘Sobrevivente relembra deslizamento: 'pensei que ia morrer’’ 

- ‘Chuva, morte e desabrigados: politização da tragédia em PE’ 

- ‘Dossiê calcula impacto das chuvas e cobra ações para 2023’ 

Chuvas no Sudeste

São Paulo

Na região Sudeste, a chuva provocou estragos em São Paulo logo no primeiro mês do ano. Os temporais começaram no dia 11 e se perduraram até fevereiro. Ao todo, 36 municípios foram atingidos pelas enxurradas que transbordaram rios, causaram deslizamentos de barreiras e obrigou a suspensão da vacinação contra a Covid-19. 

No dia 31 de janeiro, o levantamento do governo do estado apontava 21 mortos - sendo oito crianças-, 11 desaparecidos e cerca de 660 famílias desabrigadas ou desalojadas. Dois dias depois, os números saltaram para 28 mortes e sete desaparecidos, além de 2,9 mil famílias desabrigadas ou desalojadas. 

As mortes causadas pelas chuvas foram registradas em oito cidades, sendo Franco da Rocha a com o maior número de vítimas fatais, com 11 casos. As demais foram Itapevi (1), Arujá (1), Francisco Morato (5), Embu das Artes (3), Várzea Paulista (5), Jaú (1) e Ribeirão Preto (1).  Até o início de fevereiro, a Defesa Civil distribuiu 622 cestas básicas, 666 kits de higiene e 834 kits dormitório. 

Chuvas causam ao menos 19 mortes na Grande SP e interior

Chuvas: sobe para 21 o número de mortos em São Paulo

Deslizamentos: Brasil soma quase 4 mil mortes desde 1988

Fernando Frazão/Agência Brasil

Rio de Janeiro

Um temporal também atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, e deixou a região central inundada no dia 15 de fevereiro. Mais de 30 mortes foram confirmadas em virtude das quedas de barreiras em diferentes pontos da cidade. 

Um mês depois, 233 mortes foram confirmadas e 994 desabrigados. Mais de três mil vistorias foram iniciadas pelas equipes de engenheiros, geólogos e técnicos da Defesa Civil. Ao todo, 4.368 ocorrências foram registradas em pelos menos 44 localidades do município. 

Temporal em Petrópolis, no Rio, deixa ao menos 34 mortos

Homem reencontra cão após deslizamentos em Petrópolis 

Após chuva em Petrópolis, número de mortos chega a 44

Chuva em Petrópolis já deixou pelo menos 104 mortos

Número de mortos após chuvas em Petrópolis chega a 140

Justiça cobra obras para evitar tragédias em Petrópolis

O Governo de Pernambuco confirmou no início da tarde desta segunda-feira (30) que o número de óbitos subiu para 91 pessoas que perderam a vida por conta das enchentes e deslizamentos desde a última quarta-feira (25), até as 8h da manhã de hoje.

No momento, 26 pessoas seguem desaparecidas. “Estamos trabalhando com força total, mobilizando os recursos disponíveis, buscando profissionais de vários estados do Brasil com especialidade em resgate em áreas de deslizamentos, além de suporte às áreas atingidas por terra, água e ar", diz o secretário de Defesa Social, Humberto Freire.

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As forças de segurança, Defesa Civil, Exército e órgãos municipais estão atuando em 7 pontos de deslizamento da Região Metropolitana do Recife. São eles: Zumbi do Pacheco e Curado IV (Jaboatão dos Guararapes), Areeiro (Camaragibe), Monte Verde/Ibura, Barro e Guabiraba (Recife) e Paratibe (Paulista).

Desabrigados

Segundo balanço divulgado pela Central de Operações da Codecipe na manhã desta segunda-feira (30), cerca de cinco mil pessoas estão desabrigadas por conta das chuvas.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) aponta que, apesar da redução no volume, as precipitações devem continuar, com intensidade moderada, até a próxima sexta-feira (03), na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata, diminuindo no final de semana no litoral pernambucano.

Nesta manhã, a Defesa Civil do Estado reforçou o alerta sobre o alto risco de deslizamentos, uma vez que o solo já está bastante encharcado. Os maiores acumulados nas últimas 24 horas foram registrados nos municípios de Olinda (60 mm), Paulista (57 mm), Itapissuma (53 mm) e Recife (52 mm). 

Rios

A situação dos rios permanece estável. O nível de acúmulo nos pontos monitorados, sobre os quais foram emitidos avisos de alerta ou inundação já desceram ou estabilizaram, não havendo mais necessidade de aviso hidrológico.

Em postagem no Twitter, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva demonstrou solidariedade aos moradores da Região Metropolitana do Recife (RMR) que sofrem com o deslizamento de barreiras e alagamentos causados pelas fortes chuvas que se intensificaram na sexta-feira (27) e seguem em alto volume neste sábado (28).

“Minha solidariedade com as famílias da Região Metropolitana do Recife que estão sofrendo com as fortes chuvas. Me coloco à disposição dos prefeitos das cidades atingidas e do governo de Pernambuco no que for possível ajudar no enfrentamento dessa tragédia”, disse Lula na postagem.

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Nas internet, circulam diversos vídeos de desmoronamentos de barreiras, casas e ruas inundadas e pessoas em situação de risco iminente nos municípios pernambucanos. Até o momento, a Defesa Civil de Recife confirmou 33 óbitos devido aos desastres. Como forma de mitigação aos danos causados, o Prefeito da cidade, João Campos, informou que foi ativado o Plano de Contingência para a mitigação dos danos causados e suporte à população.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) ajuizaram ação civil pública conjunta requerendo à Justiça que a  Prefeitura de Sanharó pague indenização aos moradores afetados pelas inundações ocorridas no mês de novembro de 2020, que deixaram 300 pessoas desabrigadas no local. A condenação estabelece o valor de R$ 10 milhões em danos morais coletivos e à reserva do mesmo valor para reparação por danos materiais e morais individuais. 

Além das reparações aos cidadãos, o MPPE e DPPE requisitaram a concessão de decisão liminar para obrigar o município a desfazer  imediatamente, o aterramento de um açude localizado no bairro Padre Noval.  A ação de número 429-30.2022.8.17.3240 foi recebida pela Vara Única de Sanharó e aguarda apreciação pelo Poder Judiciário.

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Segundo estudos técnicos conduzidos pela Gerência Ministerial de Engenharia e Arquitetura, a obra inviabilizou a retenção das chuvas e alterou a linha de escoamento natural da água. Essa intervenção, combinada a uma pluviosidade extraordinária no dia 3 de novembro de 2020 teria contribuído para majorar os danos causados pela inundação.

 

As inundações devastadoras que atingem a África do Sul há cinco dias deixaram quase 400 mortos e 41 mil atingidos, segundo um novo balanço divulgado nesta sexta-feira (15), enquanto a busca macabra pelos muitos desaparecidos continua.

A maioria das vítimas foi registrada na região de Durban, cidade portuária de Kwazulu-Natal (KZN) voltada para o Oceano Índico, onde se concentraram as intensas chuvas que começaram no último fim de semana.

"Um total de 40.723 pessoas foram afetadas. Infelizmente, o número de mortos continua aumentando e o último balanço é de 395 mortos", disse o escritório de gestão de desastres da província de Kwazulu-Natal em comunicado.

Helicópteros do exército e mais de 4.000 policiais foram mobilizados para os trabalhos de busca e resgate, já que pelo menos 55 pessoas continuam desaparecidas. Porém, cinco dias após a catástrofe, os socorristas têm pouca esperança de encontrar sobreviventes.

"A fase intensa do resgate terminou parcialmente. Atualmente, nosso trabalho consiste principalmente na recuperação de corpos", disse à AFP Travis Trower, membro das equipes de resgate.

O presidente Cyril Ramaphosa, que esteve em Mpumalanga (nordeste) para o feriado da Páscoa, lamentou uma catástrofe "nunca vista antes no país".

As previsões meteorológicas indicam tempestades e risco de inundações localizadas no fim de semana da Páscoa. Novas tempestades também devem afetar as províncias vizinhas de Free State (centro) e Eastern Cape (sudeste), onde "já foi registrada uma morte", segundo Ramaphosa.

- 'Devastação' -

As chuvas, que atingiram níveis jamais vistos em mais de 60 anos, derrubaram pontes e estradas, e isolaram grande parte desta região costeira do Oceano Índico. Mais de 250 escolas foram afetadas e milhares de casas foram destruídas.

Pela manhã, voluntários com luvas e sacos de lixo começaram a limpar as praias de Durban, que costumam estar cheias de famílias e turistas nesta época do ano.

"É minha praia, para onde levo meus filhos e passamos nossos fins de semana", explica Morne Mustard, um cientista da computação de 35 anos, que é um dos voluntários da popular praia de Umhlanga.

Ele sobreviveu ao dilúvio e conta que foi uma "devastação absoluta, um espetáculo horrendo", listando todo tipo de objetos e detritos carregados pelas águas em direção à praia.

Cerca de 4.000 casas foram destruídas e mais de 13.000 apresentam danos, deixando milhares de pessoas desabrigadas, segundo o Ministério de Habitação. As autoridades anunciaram a abertura de cerca de 20 abrigos de emergência, que recebem mais de 2.100 pessoas.

Em algumas áreas, a água e a eletricidade foram cortadas por vários dias. Pessoas desesperadas foram vistas tentando extrair água dos canos destruídos e as autoridades declararam estado de catástrofe.

No dia anterior, houve protestos esporádicos exigindo ajuda. Em comunicado, as autoridades de Durban pediram "paciência", explicando que os esforços de socorro foram desacelerados "devido à magnitude dos danos nas estradas".

As autoridades locais pedem doações de alimentos não perecíveis, água engarrafada e qualquer coisa que sirva para aquecer. Também houve saques e imagens de câmeras de vigilância compartilhadas nas mídias sociais mostraram pessoas assaltando as prateleiras dos supermercados.

A região da África Austral sofre regularmente tempestades violentas durante a temporada de ciclones, que vai de novembro a abril. Mas a África do Sul geralmente é poupada desses eventos climáticos extremos que se formam sobre o Oceano Índico.

O Projeto de Lei 83/22 institui auxílio emergencial para situações decorrentes de secas e enchentes, a ser recebido pela pessoa física prejudicada em sua atividade econômica rural ou urbana, no município que decretar estado de calamidade pública. Os recursos seriam autorizados por meio de crédito extraordinário. 

Apresentada à Câmara dos Deputados pela bancada do Psol, a proposta é assinada pela deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) e outros sete deputados. 

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Regras

Pelo texto, o programa terá o valor de um salário mínimo e será pago a partir do início da situação de emergência ou estado de calamidade pública. Será pago em ao menos seis cotas mensais, podendo ser prorrogado enquanto durarem os efeitos do estado de calamidade. 

A ideia é atender assalariados, pequenos produtores rurais e ainda as pessoas que exercem atividade laboral ou comercial em escala familiar, precária, muitas vezes informal, sem a estrutura de uma empresa de grande porte e nem acesso fácil ao crédito. 

O pagamento será feito preferencialmente à mulher, com limite de dois beneficiários por família e cumulativamente com outros benefícios sociais. A pessoa provedora de família monoparental receberá duas cotas do auxílio, independentemente do sexo. 

Ainda segundo o projeto, as cotas mensais serão pagas por meio de cartão magnético bancário fornecido pela Caixa Econômica Federal com a identificação do responsável. Os beneficiários ficarão isentos de qualquer tipo de cobrança, ficando os bancos proibidos de cobrar qualquer taxa sobre os valores depositados.

Planejamento Com o auxílio, os deputados do Psol esperam fazer frente a situações de emergência decorrentes de enchentes e inundações no Brasil. “Nos últimos meses, o País se defrontou com inúmeros eventos decorrentes de secas e enchentes, cujos impactos são muito mais severos para a população pobre dos municípios afetados. Este cenário impõe a emergência de criação de políticas públicas que garantam a sobrevivência dos trabalhadores e trabalhadoras da região”, escrevem os parlamentares, na justificativa que acompanha o projeto. 

Eles também afirmam que tais “tragédias humanitárias” podem ser evitadas, uma vez que os eventos climáticos extremos deixaram de ser fenômenos de completa surpresa. “As previsões meteorológicas podem e devem auxiliar o planejamento administrativo, evitando mortes, risco, danos e prejuízos à população brasileira.”  Tramitação O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Só um terço das cidades brasileiras classificadas como críticas para enchentes tem sistema de alerta de riscos para esse tipo de evento, como alarme e sirenes. Nesses municípios, as ocorrências de alagamentos e inundações são mais frequentes, assim como os registros de desabrigados e desalojados. Ainda assim, os alertas para a população em risco são precários.

Os dados, informados em 2020, são de levantamento feito pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Entre 966 municípios críticos, 34,9% (337) disseram ter sistemas de alerta de riscos hidrológicos, entre eles Petrópolis, na Região Serrana do Rio, onde um temporal histórico deixou mais de cem mortos.

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Autoridades disseram que as sirenes ajudaram a reduzir o número de vítimas. Por outro lado, conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, a cidade tem sirenes para evacuação só em dois dos cinco distritos de Petrópolis.

De 22,2 mil alagamentos e inundações em 2020, 14,2 mil foram em 463 municípios críticos. Cerca de 80% dos desabrigados ou desalojados após chuvas e enchentes estavam nessas cidades de mais risco. Das 4.107 cidades na base de dados, 620 têm sistema de alerta (o que inclui municípios considerados de menor risco).

Conforme o MDR, ter ou não sistemas de alerta não permite dizer se os serviços de drenagem são satisfatórios ou não. "Por outro lado, é importante que todos os municípios que tenham as suas áreas classificadas como de risco façam o mapeamento das mesmas, com vistas à implementação de medidas de prevenção e mitigação dos riscos advindo dos eventos hidrológicos."

A pasta afirma que o governo federal atua, por meio do Programa de Prevenção e Resposta a Desastres Naturais, para reforçar órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil, obras preventivas de desastres, reabilitar áreas atingidas por desastres naturais, como seca, deslizamento e granizo, e por outras causas, como queda de edificações e incêndios

Quando disparados, os sistemas de alerta ativam mecanismos de aviso à população, que deve ser previamente treinada para reagir ao desastre. Para isso, podem ser usadas tecnologias de informação via SMS, equipamentos de som, sirenes e radiocomunicação.

Idealmente, uma vez avisados, moradores da região em risco podem deixar suas casas, seguir uma rota segura para escapar, e se dirigir a abrigos indicados pelo governo. Uma diferença de minutos na fuga faz diferença para evitar que sejam soterrados.

Em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, a tempestade deixou cerca de 4 mil desabrigados em janeiro, após o maior volume de chuvas para a época em 30 anos. Lá não há sistema de alerta de risco e alarme. A prefeitura diz que trabalha para criar uma rede de monitoramento climático, mas os prazos não estão definidos. "Ainda não é possível prever a ordem do investimento ou o prazo de implementação, uma vez que o planejamento está na fase de estudo e diagnóstico".

A prefeitura afirma ainda ter monitoramento em campo e contar com apoio da Defesa Civil estadual e de cidades vizinhas. Quando possível, usa publicações em redes sociais, carros de som e mensagens de WhatsApp.

Em Francisco Morato, na Grande São Paulo, quatro pessoas já morreram nesta estação chuvosa. Perto da Serra da Cantareira, o local reúne famílias que ergueram casas em áreas de encosta, que deslizam se há precipitação elevada. A cidade ainda não tem o sistema. "O município tem a intenção de instalar sistema de alerta automático. Está sendo feito estudo para viabilizar o equipamento", informou.

Por enquanto, a prefeitura afirma disparar mensagens de texto com alertas meteorológicos da Defesa Civil para telefones cadastrados e boletim meteorológico via WhatsApp para comerciantes e a comunidade. O monitoramento das chuvas é realizado pelos órgãos federais e estaduais.

Mapeamento

Além dos sistemas de alerta, a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil define o mapeamento de áreas urbanas com risco de inundação como um dos instrumentos de prevenção. Mas só 32% dos 4.107 municípios que declaram seus dados ao ministério têm essas informações - a maioria no Sudeste e Sul.

A cobertura não chega nem mesmo a todas as 27 capitais; quatro delas não o fazem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os trabalhadores de Governador Valadares (MG) e Itapitanga (BA) poderão sacar, a partir deste sábado (12), o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. Os municípios foram afetados por fortes enchentes recentemente.

Cada pessoa atingida pelas enchentes poderá retirar até R$ 6.220. Somente poderão sacar o FGTS moradores de endereços informados pela Defesa Civil das cidades à Caixa Econômica Federal.

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A retirada poderá ser pedida por meio do aplicativo FGTS até 14 de abril, no caso de Governador Valadares, e 28 de março, no caso de Itapitanga. Basta a pessoa beneficiada abrir o aplicativo e escolher a opção “Meus Saques”, sem a necessidade de comparecer a uma agência. Os documentos – foto de documento de identidade e comprovante de residência em nome do trabalhador até 120 dias antes do desastre – poderão ser enviados pelo próprio aplicativo.

Caso o comprovante de residência esteja em nome do cônjuge, será necessário também remeter certidão de casamento ou escritura pública de união estável. O documento também pode ser incluído no aplicativo.

Crédito

Ao pedir o saque, o trabalhador poderá indicar o crédito em uma conta da Caixa ou de qualquer outro banco para receber os valores, sem nenhum custo. O prazo para retorno da análise e crédito em conta, caso aprovado o saque, é de cinco dias úteis.

Mais informações podem ser obtidas no site www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/fgts/ ou na Caixa no pelo telefone 0800-726-0207.

Até o momento, a Caixa autorizou o saque antecipado do FGTS para 43 municípios da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro afetados pelas chuvas nos últimos meses.

Cidades

Na Bahia, a medida vale para os moradores de Canavieiras, Coaraci, Eunápolis, Floresta Azul, Gandu, Ibicaraí, Ibicuí, Ilhéus, Itabela, Itabuna, Itajuípe, Itamaraju, Itapé, Itapetinga, Itapitanga, Itororó, Jaguaquara, Jequié, Jiquiriçá, Medeiros Neto, Mundo Novo, Prado, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Ubaitaba, Vitória da Conquista e Wenceslau Guimarães.

Em Minas Gerais, os moradores de Águas Formosas, Almenara, Dores do Indaiá, Governador Valadares, Igarapé, Itabirito, Machacalis, Mário Campos, Mateus Leme, Poço Fundo, Rio Manso, Sabará, Santo Antônio do Monte e São Joaquim de Bicas podem retirar o dinheiro. No Rio de Janeiro, foram beneficiados os habitantes de Italva e Petrópolis.

As enchentes que atingiram várias cidades brasileiras nos últimos meses, com vítimas fatais e milhares de desabrigados, motivaram alguns dos primeiros projetos de lei apresentados por senadores em 2022, que foram protocolados na quarta-feira (2), após a cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos.

Já no final de 2021, diversos senadores começaram a mobilizar ajuda e cobrar socorro federal para vítimas de enchentes no estado da Bahia. No começo do ano, os esforços continuaram, devido às tragédias em Minas Gerais e outros estados.

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A pressão deu resultado e o governo federal editou, em 21 de janeiro de 2022, duas Medidas Provisórias (MP) que liberaram recursos para o enfrentamento das consequências das enchentes em diversas regiões do Brasil. Parte dos recursos também é destinada para apoio aos estados da Região Sul, afetados com forte estiagem. Na primeira sessão ordinária do Senado em 2022, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, manifestou pesar e solidariedade às vítimas das intensas chuvas.

O primeiro projeto de lei deste ano no Senado (PL 1/2022) determina que o governo federal repasse, em até 15 dias, R$ 1,5 bilhão aos municípios atingidos por enchentes ou fortes chuvas, “com o objetivo de viabilizar o atendimento emergencial de ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução nas áreas atingidas por forte chuvas ocorridas a partir de novembro de 2021”.

O projeto tem como autores os senadores do PT Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim (RS) e Jaques Wagner (BA) e a senadora Zenaide Maia (Pros-RN).

Já o PL 6/2022 cria o Programa Emergencial de Apoio aos Entes Subnacionais, “para ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à proteção e defesa civil”. senadoO projeto prevê gastos de até R$ 40 bilhões com o programa para 2022 e 2023.

A transferência dos recursos para estados e municípios levará em conta vários critérios técnicos, inclusive estimativas da população que vive em áreas de risco. Os autores da proposta são os senadores Paulo Rocha, Rogério Carvalho (PT-SE), Zenaide Maia, Jean Paul Prates, Jaques Wagner, Humberto Costa, Fabiano Contarato (PT-ES) e Paulo Paim.

O PL 7/2022, por sua vez, autoriza a anistia de dívidas de operações de crédito rural do Pronaf, e das dívidas de operações de Crédito Fundiário, contratadas nos estados do Maranhão, Pará, Bahia, Minas Gerais “e demais atingidos pelas enchentes no primeiro semestre de 2022”. O autor é o senador Weverton (PDT-MA).

No mesmo sentido, o PL 14/2022 autoriza a rorrogação, por um ano após a última prestação, “do vencimento das parcelas vencidas ou vincendas nos anos de 2021 e 2022, referentes a operações de crédito rural contratadas por agricultores familiares”.

Terão direito ao benefício os agricultores familiares ou empreendedores familiares rurais, suas cooperativas e associações, “cujas unidades produtivas estejam localizadas nos municípios que decretaram Situação de Emergência ou Estado de Calamidade nos anos de 2021 e 2022”.

Os autores são os senadores Jaques Wagner, Paulo Rocha, Fabiano Contarato, Humberto Costa, Jean Paul Prates, Zenaide Maia, Otto Alencar (PSD-BA) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).

*Da Agência Senado

Após falas, transmitidas na noite desta sexta-feira (31), sobre passaporte vacinal e críticas às medidas adotadas por governadores e prefeitos durante a pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou a Bahia e parte de Minas Gerais, que sofrem com enchentes.

No discurso, Bolsonaro afirmou que ministros elegidos por ele estão dando o suporte necessário às vítimas dos dois Estados. “Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do norte de Minas Gerais, que nesse momento estão sofrendo os efeitos de fortes chuvas na região", iniciou.

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"Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma e Rogério Marinho prestassem total apoio aos moradores desses mais de 70 municípios atingidos", disse próximo a finalizar o pronunciamento. 

A postura do chefe do Executivo, diante dos acontecimentos na Bahia, é alvo de críticas. De férias em Santa Catarina, ele, recentemente, recusou ajuda humanitária oferecida pela Argentina. Até o momento, as enchentes já contabilizam cerca de 91 mil desabrigados e, pelo menos, 24 mortes.

Campanhas de arrecadação estão sendo fundamentais para ajudar as mais de 629 mil vítimas a se recuperar do prejuízo dos temporais que atingiram o Sul da Bahia neste mês. Ao todo, 136 cidades decretaram estado de emergência. Confira como colaborar a distância.

As doações podem ser feitas por meio de transferência bancária ou PIX diretamente aos municípios, ao Governo da Bahia ou organizações que atuam na região do desastre.

 

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Governo da Bahia

BA Estado Solidário

Banco do Brasil

Agência: 3832-6

Conta: 993.602-5

PIX: CNPJ da Sudec – Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado: 13.420.302/0001-60

 

União dos Municípios da Bahia (UPB)

Banco do Brasil

Agência: 3832-6

CC: 7018-1

PIX: CNPJ 14.305.759.0001-97

 

Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região

Chave PIX: CNPJ 14.739.320/0001-72

 

 Amargosa

Fundo Municipal de Assistência Social

Banco do Brasil

Agência: 0240

CC: 16.507-7

CNPJ: 14.785.741/0001-30

 

Angical

Conta da Defesa Civil

Banco do Brasil

Agência: 1444-3

CC: 15217-x

PIX: gabinete@angical.ba.gov.br

 

Belo Campo

FMA Social Doações

Banco do Brasil

Agência: 2856-8

CC: 18519-1

PIX: CNPJ: 18.344.320/0001-24

 

Coaraci

PIX: CNPJ 11.509.581/0001-08

 

Guarantinga

PIX: CNPJ 13.634.985/0001-59

 

 Ibicaraí

PIX: CPF  00425241564 – Odemir Silva Ceo (Secretário de Finanças e Planejamento)

 

 Ibicuí

Igreja Batista de Ibicuí

Banco do Brasil

Agência: 1068-5

CC: 10327-6

CNPJ: 16.238.248/0001-25

 

Ilhéus

Pix: CNPJ 13.672.597/0001-62

Banco do Brasil

Agência: 19-1

CC: 81998-0

 

Ipiaú

Mônica Souza dos Santos - presidente da instituição Mão Amiga 

PIX: monicaipiau1@gmail.com

 

Itabuna

Banco do Brasil

Defesa Civil Itabuna

Agência: 0070-1

CC: 131740-7

PIX: defesacivil@itabuna.ba.gov.br - CNPJ 14.147.490/0001-68

 

 Itajuípe

Rotary Club de Itajuípe (campanha oficial no Instagram da Prefeitura)

Caroline da Silva Hage – presidente do Rotary

Banco Bradesco

Agência: 3038

CC: 500072-6

PIX: 73 98192-3333

 

Itambé

Prefeitura de Itambé

PIX: prefeitura@itambe.ba.gov.br - CNPJ 13.743.760/0001-30

 

 Itororó

Prefeitura Municipal Itororó

Banco Bradesco

Agência 3075

CC: 21570-8

Pix: 13.752.993/001-08

 

Jequié

Fundo Municipal de Assistência Social Jequié

Banco do Brasil

Agência: 0060-4

Conta: 56412-5

CNPJ 18.250.800/0001-26

 

Jiquiriçá

Fundo Municipal de Assistência Social

Banco do Brasil

Agência 4188-2

Conta 13465-1

Pix: 14.923.893/0001-51

 

 Jitaúna

Fundo Municipal de Assistência Social Jitaúna

Banco do Brasil

Agência 2216-0

Conta 16067-9

Pix: 18.183.322/0001-89

 

Jucuruçu

Fundo Municipal de Assistência Social

PIX: 18705821000199

Banco do Brasil

Agência 2159-8

CC: 60.000-8

 

Laje

Prefeitura Municipal de Laje

PIX: CPNJ 20664206/0001-23 

 

 Medeiros Neto

Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil 

Banco do Brasil

Ag: 2293-4

CC: 60100-4

PIX CNPJ 19.750.233/0001-30

 

Prado

Banco do Brasil

Agência 1118-5

CC: 23883-X

CNPJ 13761713/0001-10

 

 Santa Cruz da Vitória

PIX: CNPJ 14.147.912/0001-13 ou ligue para (73) 981384083

 

Santa Inês

Secretaria de Desenvolvimento Social

PIX: 19.115.634/0001-18

 

Teolândia

Banco do Brasil

Agência: 2783-9

CC: 13546-1

PIX: 14196042/0001-54

 

Ubaíra

Fundo Municipal de Assistência Social de Ubaíra

Banco do Brasil

Agência: 1163-0

CC: 18545-0

PIX: 97.527.945/0001-06

 

Uruçuca

Fundo Municipal de Assistência Social

Banco do Brasil

Agência: 0445-6

CC: 18.989-8

PIX: CNPJ 21137779/0001-61

 

Ubaitaba

PIX: CNPJ: 17.579.450/0001-83

 

Vitória da Conquista

PMVC DOAÇÕES

Banco do Brasil

Agência 0188-0

CC: 125.021-3

CNPJ DA PMVC: 14.239.578/0001-00

PIX: 14.239.578/0001-00

 

Caixa Econômica

Agência 0079

CC: 71.102-0

CNPJ DA PMVC: 14.239.578/0001-00

PIX: sefin@pmvc.ba.gov.br

 

Wenceslau Guimarães

Paróquia Nossa Senhora das Graças 

CNPJ: 13.282.827/0001-87

Bradesco

AG: 3027-9 CC: 100.355-6

Banco do Brasil

AG: 2783-9 C/P: 1063-4 VA: 51

 

CNBB, Cáritas Brasileira, paróquias e comunidades da Arquidiocese de Salvador

Banco do Brasil

Agência: 0452-9

CC: 50.106-9 

 

Caixa Econômica Federal

Agência: 1041

Conta Corrente: 1132-1

CNPJ: 33.654.419/0001-16

 

Grupo de resgate de animais em desastres

PIX: 04.085.146/0001-38



Amigos solidários

PIX: CNPJ 41759334000120

 

GAP (Grupo de Amigos da Praia)

PIX: CNPJ 330137950001-21

 

Coletivo de Entidades Negras (CEN)

Bradesco

Agência: 3021

CC: 58050-3

PIX: cenbrasil.comunicacao@gmail.com

 

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia

PIX: CNPJ - 41.768.130/0001-56 ( Instituto Agropecuário - Iagro)

 

Cesol

 https://esolssa.com.br/produtos/doacao-campanha-bahia-solidaria-sul-da-bahia/

 

CUFA e Frente Nacional Antirracista

PIX: Email: abraceabahia@cufa.org.br.

www.maesdafavela.com.br/doar

A Argentina se comprometeu a ajudar os desabrigados pelas enchentes no Sul da Bahia com o envio imediato de profissionais especializados, mas a ajuda foi recusada pelo governo brasileiro na noite dessa quarta-feira (29). A missão humanitária também incluía comprimidos para potabilização de água.

O governador Rui Costa (PT) informou que, em um primeiro momento, seriam disponibilizados dez profissionais especializados nas áreas de água e saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres. 

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Antes da recusa oficial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) à proposta do consulado argentino para ajudar mais de 629 mil atingidos pelas fortes chuvas, o petista havia pedido mais rapidez pela autorização do Governo Federal.

Conforme o documento apontado pela gestão da Bahia, o Brasil informou que a situação “está sendo enfrentada com a mobilização interna de todos os recursos financeiros e de pessoal necessários”, mas se mostrou aberto a voltar atrás e aceitar a oferta caso a situação volte a se agravar.

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