Tópicos | GP de Emilia-Romagna

Grande representante da Itália na Fórmula 1, a Ferrari anunciou nesta quinta-feira que vai doar 1 milhão de euros, equivalente a R$ 5,3 milhões, para ajudar as vítimas das enchentes na Itália. As fortes chuvas no norte do país causaram o cancelamento do GP de Emilia-Romagna, que seria disputado em Ímola, no fim de semana.

A equipe italiana vai fazer a doação para a Agência de Proteção Civil e Segurança Territorial da Região de Emília-Romanha. De acordo com a Ferrari, os recursos serão utilizados para ajudar diretamente às famílias locais atingidas pela forte chuva, com foco na recuperação do meio ambiente e na "gestão de estabilidade hidrogeológica".

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"Em tempos de dificuldade, a Ferrari sempre ficou ao lado de sua comunidade", disse o CEO da empresa, Benedetto Vigna. "Queremos fornecer uma resposta concreta e imediata para as necessidades mais urgentes da população de Emília-Romanha, que vem sendo testada por uma série de desastres ambientais."

Equipes e pilotos de F-1 foram atingidos indiretamente pelas chuvas na Itália. Os funcionários dos times já trabalhavam no paddock do Autódromo Enzo e Dino Ferrari desde o início da semana. Na terça, precisaram evacuar o local pelo risco de alagamento, uma vez que o rio Santerno, que margeia o circuito, transbordou em alguns trechos.

Na quarta, a direção da F-1 decidiu pelo cancelamento do GP, principalmente porque a estrutura da categoria costuma exigir muitos recursos de emergência, que estão sendo todos direcionados para as vítimas das enchentes. Ao todo, oito pessoas já morreram em decorrência das chuvas e mais de 10 mil precisaram deixar suas casas.

A direção da Fórmula 1 anunciou nesta quarta-feira o cancelamento do GP de Emilia-Romagna, que seria disputado em Ímola, neste fim de semana, na Itália. A realização da etapa se tornou inviável, segundo os promotores da corrida, por conta da forte chuva que vem atingindo o norte do país nas últimas semanas.

"A decisão foi tomada porque não será possível realizar o evento com a devida segurança para os nossos fãs, equipes e funcionários e esta é a coisa certa e responsável a fazer diante da situação que a cidade e a região enfrentam. Não seria correto colocar maior pressão sobre as autoridades e os serviços de emergência neste momento difícil", disse a F-1, em comunicado.

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A forte chuva fez o rio Santerno, que margeia parte do Autódromo Enzo e Dino Ferrari, transbordar em diversos trechos ao longo de terça-feira. O rio quase chegou a áreas com equipamentos da F-1 em alguns trechos, assustando funcionários que já trabalhavam no circuito na terça.

A situação chegou a um ponto em que o paddock precisou ser evacuado. Equipes, que já atuavam na montagem dos boxes e estruturas de hospitalidade, precisaram deixar o circuito no meio da tarde de terça.

Pela programação inicial, os pilotos iriam para a pista pela primeira vez na sexta-feira, às 8h30 (de Brasília), para o primeiro treino livre. A corrida estava marcada para domingo, às 10h. Em seu comunicado, a F-1 não indicou nova data ou sugeriu que a etapa será transferida para outro mês do calendário de 2023.

As chuvas vêm causando estragos na região italiana nas últimas semanas. O governo local até emitiu um alerta vermelho, avisando sobre o risco de precipitação 100mm na terça. E de até 150mm ao longo desta quarta-feira.

"A comunidade da F-1 quer enviar seus pensamentos ao povo e às comunidades afetadas pelos recentes eventos na região de Emília-Romanha. Também queremos elogiar o trabalho dos serviços de emergência que estão fazendo tudo o que podem para ajudar aqueles que precisam neste momento", registrou o comunicado.

Atual CEO da F-1, o italiano Stefano Domenicali lamentou o estrago causado pelas chuvas na região onde morou na infância. "É uma tragédia ver o que aconteceu com Ímola e Emília-Romanha, a cidade e a região onde eu cresci. E os meus pensamentos e orações estão com as vítimas da inundação e as famílias e comunidades afetadas", afirmou.

Nos últimos dias, com a proximidade do GP, autoridades locais e até nacionais da Itália começaram a pressionar a direção da F-1 para o cancelamento. A maior preocupação era com a demanda natural que um evento deste tamanho causa nos serviços de emergência, que estão agora todos voltados para atender as vítimas das chuvas e inundações. Há registros de alagamento até mesmo dentro do autódromo nesta quarta.

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