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A Apple vai reparar de graça todos os iPhones, Macs, iPads e iPods danificados nas inundações e deslizamentos que ocorreram no sudoeste do Japão no início deste mês, anunciou a empresa em um artigo de suporte. As informações são do site 9to5Mac.

Qualquer residente que tenha um dispositivo que precise de reparo é instruído a ligar diretamente para o suporte da Apple através de um número de telefone fornecido pela empresa.

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A Apple informou ainda que pode solicitar dos clientes a nota fiscal do produto para autorizar o serviço, que será realizado gratuitamente até o final de setembro de 2018. A empresa normalmente não cobre danos líquidos, mas fez uma exceção após o desastre.

Mais de 120 pessoas foram mortas por inundações e deslizamentos de terra no sudoeste do Japão neste mês. Milhares de casas foram danificadas e várias outras perderam energia. A Apple ofereceu um programa similar de assistência em reparos no ano passado às vítimas do furacão Harvey.

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O prefeito de Bodocó, Túlio Alves, decretou Estado de Situação de Emergência por um período de 180 dias devido às fortes chuvas que caíram na cidade na madrugada da última sexta-feira (13). De acordo com a prefeitura municipal, cerca de 750 pessoas ficaram desabrigadas e 350 casas inundadas, sem contar com aquelas que estão provisoriamente hospedadas nas residências de parentes. 

Importantes vias da cidade ficaram completamente submersas e a ponte da PE-545, que liga Bodocó à vizinha Ouricuri, precisou ser interditada devido à rachaduras formadas durante as chuvas. Como o bloqueio da PE-545 está dificultando o trabalho das equipes de apoio do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil, o prefeito solicitou ao Governador Paulo Câmara que o acesso à rodovia fosse garantido. 

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A equipe da Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe) está na cidade para tomar as medidas cabíveis junto a prefeitura e ao Corpo de Bombeiros. Segundo as informações mais recentes da Prefeitura, a vistoria na área central de Bodocó, contudo, não havia sido possível, em razão da interrupção no fornecimento de energia nas ruas que tiveram casas inundadas, com o intuito de evitar o risco de descargas elétricas.

De acordo com Edvânia Santos, meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), embora já tenha passado o período da quadra chuvosa do sertão, que compreende os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, não é estranho que as chuvas torrenciais tenham ocorrido em abril. “Já tínhamos previsões de chuvas acima da média em todo o estado, desde janeiro. Elas ocorreram devido a pulsos da zona de convergência intertropical, uma área de confluência dos ventos”, explica. 

Segundo a especialista, ainda deve chover na região durante o restante até o fim do mês, com diminuição em maio. “Só fazemos previsões, com maior segurança, dentro de um prazo máximo de 48 horas, mas a Apac já havia emitido alerta de chuva de sexta para sábado. Aconselhamos que a população acompanhe as previsões diariamente, que são atualizadas no nosso site”, orienta Edvânia.

Equipes das secretarias municipais iniciaram cadastros para identificação das famílias vítimas das chuvas, levantamento das áreas urbanas e rurais atingidas, além de detecção de assoreamento de estradas. A Paróquia São José disponibilizou uma conta bancária para arrecadar doações para os desabrigados de Bodocó:

Banco do Brasil

Ag: 0899-0

Cc: 8113-2

 

A Secretaria de Habitação iniciou o cadastramento de moradias com risco de enchentes, deslizamento e infestações no bairro Recreio São Jorge, em Guarulhos. A atividade afeta aproximadamente mil famílias e pretende atender a uma ação civil pública promovida pelo Ministério Público.

Segundo informações da Prefeitura de Guarulhos, a atividade consiste em um levantamento de dados das residências e o cadastro socioeconômico de vulnerabilidade avaliado por assistentes sociais, gerando a restrição do acesso as moradias e determinando as ações futuras da prefeitura como a demolição, obras de infraestrutura e recuperação ambiental, remoção das famílias e indicação dos moradores para unidades habitacionais seguras.

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O secretário de Habitação, Fernando Evans, estava presente no local e afirmou que a força-tarefa foi criada para agilizar o processo de cadastramento e cumprimento de ordem judicial, além de levar informação às  famílias envolvidas. “É uma área grande e ter esse contato com a equipe da Habitação torna o processo mais transparente para os moradores”.

Após a espera de seis anos, a população da Vila Galvão irá receber o piscinão – utilizado para minimizar os efeitos das enchentes – neste sábado (17). A confirmação da entrega foi feita hoje (14) pela Prefeitura de Guarulhos.

O custo da construção foi de aproximadamente R$ 23 milhões e o piscinão tem capacidade de armazenar 30 mil metros cúbicos de água. De acordo com a administração municipal, readequações necessárias ao projeto causaram o atraso na entrega.

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“O reservatório está pronto, e desde a semana passada está sendo realizada a sua limpeza geral. No entanto, a confirmação da data dependia do resultado da avaliação das bombas d’água”, afirmou a prefeitura através de nota oficial.

A população de Belo Horizonte está sendo assolada pelas fortes chuvas que caem sobre a região. Vários prejuízos estão sendo causados: alagamentos, enchentes, falhas no fornecimento de energia e até morte já foram registradas. No último sábado (24) um idoso identificado como Hélio Oliveira Lopes, de 70 anos, acabou morrendo após a queda de um muro sobre sua casa.

Segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte, o temporal que atingiu a cidade, na tarde do sábado (24), registrou em menos de duas horas 50% da média histórica de todo o mês de fevereiro. Em vários lugares do município o acumulado de chuva ultrapassou os 50 milímetros, das 15h40 às 16h50.

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Na internet, vários moradores compartilharam o estado em que se encontrava as ruas e bairros da região. Muitos carros foram arrastados pelas águas; comércio fechado e o trânsito parado também marcaram esse dia na cidade.

 

No momento o clima pela região se mostra estável, mas a Defesa Civil já alerta para novas possibilidades de pancadas de chuva (20 a 40 milímetros) já na parte da tarde desta segunda-feira (26), com raios e rajadas de vento em torno 50 km/h. O alerta é preventivo, válido até 8h desta terça-feira (27).

Confira alguns vídeos registrados pelos moradores da capital mineira.

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Por conta do grande volume de chuvas durante esta época de verão, a  Defesa Civil do Estado de São Paulo desenvolveu algumas dicas para o cidadão se prevenir em caso de enchentes. “É importante nunca colocar a vida em risco, mesmo que seja para salvar documentos ou objetos de valor”, diz a cartilha de situações de emergência da entidade.

De acordo com a Defesa Civil, os cuidados antes da chuva, em caso de risco de inundação, devem ser os seguintes: ter um lugar previsto, seguro, onde o cidadão e sua família possam se alojar; colocar documentos e objetos de valor em sacos plásticos bem fechados e em local protegido; fechar as portas, janelas e o registro de entrada de água; desconectar os aparelhos elétricos da corrente elétrica para evitar curtos-circuitos; retirar todo o lixo e levá-lo para áreas não sujeitas a inundações; e retirar os animais de estimação de casa.

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Já durante a inundação, a Defesa Civil sugere que o cidadão evite contato com as águas de enchentes, pois elas estão contaminadas e podem provocar doenças e pede para que o cidadão espere para voltar para casa até as águas baixarem e o caminho estar seguro. “Só entre na água se for absolutamente necessário, usando botas de borracha”, diz a cartilha.

Após a chuva, a orientação é que o cidadão verifique se a casa não corre o risco de desabar. Depois disso, é importante remover toda a lama e o lixo do chão, das paredes, móveis e utensílios e não usar equipamentos elétricos que tenham sido prejudicados pela enchente. Além disso, é imprescindível o descarte de alimentos que tiveram contato com a água da inundação.

Para emergências, basta ligar para Defesa Civil no 199 ou para o Corpo de Bombeiros no 193. Confira a cartilha de situações de emergências através do link: http://www.defesacivil.sp.gov.br/?page_id=340.

Nesta sexta-feira (12), o ministro Mendonça Filho anunciou a construção e recuperação de escolas e creches atingidas pelas enchentes no ano passado em Pernambuco. Para a obra, foi liberado o valor total de R$ 2,6 milhões.

“Muitos municípios da região foram atingidos pelas chuvas fortes do ano passado e, naquela ocasião, se gerou um compromisso de que haveria uma ação de socorro a essas cidades. Ficamos com a responsabilidade de recuperar escolas e de reconstruir ou construir escolas que não tivessem mais condições de atender a população do ponto de vista educacional”, explica Mendonça.

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As instituições contempladas estão localizadas em Barra de Guabiraba e São José da Coroa Grande. As novas escolas terão seis salas de aula e capacidade para atender 360 alunos em dois turnos. As obras ainda estão em fase de licitação e os recursos serão repassados via Fundo Nacional de Desenvolvimento à Educação (FNDE)."Estamos honrando e tirando do papel o nosso compromisso de ajudar na recuperação das escolas e construção de novas unidades educacionais", afirma o ministro.  

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O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) ofereceu à Justiça Federal, nesta segunda-feira (18), a primeira denúncia referente à Operação Torrentes, que investiga desvios de verbas destinadas pelo Governo Federal para atender as vítimas das enchentes na Zona da Mata Sul de Pernambuco em 2010 e 2017.

Foram denunciados o ex-chefe da Casa Militar e ex-interventor de Gravatá, coronel Mário Cavalcanti; o tenente-coronel Laurinaldo Félix Nascimento; o coronel aposentado Waldemir José Vasconcelos Araújo e o coronel Roberto Gomes de Melo Filho - todos da Polícia Militar. Além dos empresários Ricardo José Carício Padilha, Rafaela Carrazone Padilha, Italo Henrique Silva Jaques e Taciana Santos Costa.

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Eles vão responder pela prática dos crimes de dispensa indevida de licitação e peculato. De acordo com a denúncia, durante os primeiros dias da crise provocada pelas chuvas e enchentes os oficiais da Casa Militar denunciados deixaram de observar as formalidades referentes a duas dispensas de licitação, favorecendo a empresa Mega Frios, administrada por Ricardo Padilha, Rafaela Carrazzone e Italo Jaques, e representada nos certames por Taciana Santos Costa.

Segundo o MPF, para conferir aparência legítima aos atos criminosos praticados, os denunciados teriam usado documentos ideologicamente falsos e simulação de procedimentos. Além disso, conforme as apurações, durante a execução dos contratos decorrentes desses procedimentos os militares denunciados teriam desviado R$ 1.149.490,80 de que tinham a posse em favor da Mega Frios e de seus administradores, mediante pagamentos superfaturados.

Esse valor, devidamente corrigido, equivale a um dano de R$ 2.425.741,78. Caso sejam condenados, os denunciados estarão sujeitos a penas privativas de liberdade que, somadas, podem atingir de 8 a 34 anos de prisão, além de pagamento de multa, do dever de ressarcir os danos e à perda dos cargos públicos ou cassação das aposentadorias no caso dos oficiais.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) se manifestou no Twitter sobre a Operação Torrentes, deflagrada na manhã desta quinta-feira (9), pela Polícia Federal. A ação visa desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar de Pernambuco durante a chamada “Operação Reconstrução”, criada para assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana em junho de 2010. 

O tucano alfinetou os envolvidos no esquema e disparou: "os caras não têm limites. Roubam até o dinheiro para vítimas das enchentes". Na época, quem administrava a gestão estadual era o ex-governador Eduardo Campos, falecido em 2014, e a Casa Militar era chefiada pelo coronel Mário Cavalcanti. 

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A PF está em dez Estados (PE, PB, MT, RO, AL, MA, RN, RR, AP, SE) cumprindo 71 mandados judiciais, sendo 36 de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 20 de condução coercitiva em Pernambuco e no Pará. Agentes da PF fizeram buscas no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, e na Vice-Governadoria de Pernambuco, em Santo Amaro, na área central da capital. As equipes também cumpriram mandados em uma residência na Rua da Harmonia, em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, e em um prédio localizado no bairro de Casa Caiada, em Olinda.

Com o objetivo de ajudar as vítimas das enchentes dos municípios de Belém de Maria, Lagoa dos Gatos e Catende, será realizado um aulão solidário no dia 28 de junho, no Teatro do Shopping Difusora, em Caruaru, Agreste de Pernambuco. A ação promovida pela Faculdade UNINASSAU Caruaru – em parceria com o Shopping Difusora e os colégios Sagrado Coração e Diocesano de Caruaru – irá arrecadar alimentos e água mineral para vítimas das cheias. 

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“Ao mesmo tempo que ajudamos os vitimados pelas enchentes, temos a oportunidade de ajudar jovens vestibulandos a revisar conteúdos e se preparar melhor para as provas”, explica o coordenador de Pós-Graduação da unidade Caruaru, Armando Melo. Português, História e Matemática estão entre as disciplinas que serão ministradas no aulão. 

Serão 400 vagas para alunos de todas as redes de ensino. Para participar, a entrada será um quilo alimento não perecível e/ou garrafa de água mineral. As inscrições podem ser feitas no Teatro do Shopping Difusora, onde será realizada a aula, das 14h às 17h. 

Em meio à tragédia das enchentes que afetam inúmeras cidades de Pernambuco, a população se une para ajudar os desabrigados com doações. Entre os que perderam quase tudo, Rivânia, uma garotinha de oito anos, de São José da Coroa Grande, litoral Sul do Estado, salvou os seus sonhos em uma mochila. A imagem da menina circulou e comoveu o Brasil: na chuva, ajoelhada em uma jangada e no meio da enchente, Rivânia rezava e se mantinha abraçada a uma mochila em que, pouco antes, havia colocado a coisa mais importante para ela: seus livros.

Passado o episódio, Rivânia foi personagem de inúmeras matérias e em todas elas mostrou uma maturidade impressionante ao classificar os livros como o seu futuro. Ainda tão jovem, a criança já tem a consciência de que a educação será capaz de mudar o seu destino. Cada vez mais, percebemos que a educação interessa à sociedade como um todo.

São várias as propostas para que o Brasil possa realizar o sonho de Rivânia e de outras milhares de crianças e jovens do País. Direcionamento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), os recursos do Pré-Sal, o Plano Nacional de Educação com metas definidas para os próximos 10 anos e tantas outras indicações já foram feitas. Em todas, o fato comum é que a educação é prioridade e tem que haver dinheiro para ela. O Brasil tem que dar prioridade à educação para garantir dias melhores para seu povo.

A verdade é que o Brasil ainda tem um alto índice de analfabetos e analfabetos funcionais, além do grande número de crianças e jovens fora da escola. Aliado a isso, os dados de formandos no ensino superior ainda são bem abaixo do esperado. Um país rico é um país onde a realidade é o oposto do que foi citado acima e não há melhor forma de atingir esses objetivos do que através do investimento desde a educação infantil até a técnica profissional e superior.

A educação é capaz de nos tornar pessoas mais conscientes sobre nossa condição e as condições da sociedade em que vivemos. Hoje, a revolução e integração digital é uma realidade e resultado de uma "terceira revolução industrial". A internet é uma ferramenta de mudança social extremamente importante para ampliação do conhecimento e um meio robusto para que informações sejam compartilhadas de forma interdisciplinar.

Enganam-se aqueles que acreditam que o passaporte para o futuro do desenvolvimento do país está no petróleo. Está, sim, na educação. Precisamos fomentar o sonho de Rivânia através de uma alfabetização melhor na educação básica, para que nossas crianças sejam capazes de realizar uma boa interpretação de texto e cálculos matemáticos. Precisamos diminuir a evasão escolar no ensino médio, seja desenvolvendo novos métodos de ensino ou outras técnicas. No nível superior, precisamos garantir que exista acesso para todos, seja através de um novo modelo de Fies, ProUni ou outros programas.

Rivânia é o futuro do Brasil. Assim como cada um de nós. É nosso papel cobrar aos municípios, estados e ao governo federal o apoio necessário para que os sonhos de crianças, jovens e adultos não sejam destruídos.

As chuvas que assolam os estados da região Nordeste levaram a comunidade do Facebook no Brasil a ativar o Safety Check no último dia 28. As pessoas que estão nas áreas afetadas, principalmente em Alagoas e Pernambuco, puderam usar a plataforma para avisar a amigos e familiares que estavam a salvo, além de pedir e oferecer ajuda às pessoas na região. Segundo a rede social, foram registrados mais de 8 mil pedidos por donativos e ofertas de auxílio.

A rede social informa que registrou cerca de 2.200 ofertas de roupa, 880 de comida, 370 de água e 360 de abrigo. O Safety Check foi ativado pela primeira vez em dezembro de 2014, após a passagem do furacão Ruby nas Filipinas. Segundo o Facebook, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo já receberam notificações sobre as condições de um amigo durante um desastre natural ou atentado terrorista.

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Em mais uma iniciativa para auxiliar em situações de desastres naturais, o Facebook anunciou a introdução de mapas que usam dados agregados e desidentificados da plataforma para ajudar organizações como o UNICEF e a Cruz Vermelha a conseguir informações relevantes quando precisam responder a desastres naturais.

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O Ministério da Educação liberou recursos financeiros para auxiliar a reconstrução de escolas e permanência de alunos afetados pela enchente que atingiu municípios da Zona da Mata de Pernambuco e Alagoas. 

Na quinta-feira (8) o ministro Mendonça Filho visitou municípios alagoanos e anunciou a liberação de R$ 18 milhões através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para as prefeituras de cidades atingidas, além de R$ 193 mil em assistência estudantil para cerca de 420 estudantes do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) que se encontram em situação de vulnerabilidade temporária por causa das chuvas.

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Nesta sexta-feira (9), Mendonça anunciou a liberação de R$ 30 milhões destinados a recuperar a estrutura física de escolas e creches e para aquisição de equipamentos, mobiliários e livros das escolas atingidas pelas enchentes em 31 cidades do estado de Pernambuco durante uma visita ao município de Palmares. A liberação também será feita através do FNDE. Além disso, o Instituto Federal de Pernambuco também receberá recursos para assistência estudantil, auxiliando 1.278 estudantes que receberão R$ 230 durante dois meses, totalizando uma liberação de R$ 587 mil. 

Segundo o ministro, a liberação de recursos através do FNDE tem como objetivo acelerar a chegada da verba até os gestores de educação. “Em vez de aguardarmos a aprovação de cada plano de trabalho individual dos prefeitos, modificamos a lógica de atendimento pelo FNDE, para que os recursos fossem disponibilizados de forma imediata”, disse Mendonça na visita a Palmares.

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A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), em meio ao início dos festejos juninos, falou sobre o momento difícil que o município vivenciou após as fortes chuvas. “Sofremos bastante”, afirmou em entrevista concedida ao LeiaJá. A prefeita declarou, apenas para se ter uma ideia, que mais de 350 ruas ficaram totalmente destruídas e que, até agora, mais de 100 casas foram interditadas pela Defesa Civil. 

“É claro que o que aconteceu aqui é diferente do que na Zona da Mata Sul, mas foi difícil. A gente aprovou, na sexta (2), um auxílio-aluguel para permitir que as pessoas que tiveram suas casas atingidas possam sair de suas moradias com tranquilidade e ir para uma casa alugada até que consigamos realocar em uma moradia definitiva”, contou. 

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A tucana ressaltou que o momento não é de se lamentar e, sim, de trabalhar. “É hora de trabalhar. Já levantamos todos os danos e encaminhamos para a Defesa Nacional. Na próxima terça (6), estarei em Brasília para buscar o recurso e trazer para cá de forma que possamos fazer as intervenções de infraestrutura necessárias para devolver a normalidade para a nossa cidade”. 

Lyra ainda declarou que teve ajuda do Governo de Pernambuco no levantamento dos estragos. “Também encaminharam para nós um socorro emergencial de cobertores, colchões, comida e água. A gente está buscando mais ajuda. O governo também homologou decreto incluindo nossa cidade na situação de emergência porque a gente precisava dessa homologação para poder acessar ao recurso federal e vamos continuar trabalhando porque o esforço tem sido feito. A limpeza da cidade já fizemos, retiramos entulhos, agora estamos na fase de  retomar a infraestrutura das ruas, das praças e das unidades de saúde. Para isso temos feito um grande esforço”. 

Sobre a ausência do governador Paulo Câmara (PSB) na abertura das festividades, a prefeita disse que o governo se fez representado com a presença do secretário de Turismo, Felipe Carreras. “O Governo apoiou o São João e mostrou a parceria importante que tem com a maior festa do interior do Nordeste brasileiro”, concluiu.

Cada tragédia deixa suas lições, seu rastro de dor e amargura, mas também gera seus símbolos que nunca mais serão esquecidos, que se eternizam. A garota Rivânia Rogéria dos Ramos Silva, de apenas oito anos, é, sem a menor dúvida, o símbolo das enchentes de 2017 em Pernambuco. Ao ser socorrido em São José da Coroa Grande, em meio à agonia das águas torrenciais que matavam e inundavam cidades, na correria entre brinquedos e roupas, ela preferiu salvar os seus livros.

A foto em que aparece segurada a uma mochila colorida num barco, com seus livros, na travessia entre a sua casa inundada até o Corpo de Bombeiros, ganhou o mundo, cortou corações. Repercutiu tanto que o governador Paulo Câmara (PSB) agendou, hoje, uma visita a São José da Coroa Grande apenas com o intuito de conhecer a salvadora de livros e lhe prestar uma justa homenagem.

A garota é de uma família extremamente pobre, que perdeu a sua casa, arrastada pelas correntezas das enchentes. Ela estuda na Escola Municipal Várzea do Uma, distrito de São José da Coroa Grande. “Rivânia é um símbolo e um exemplo para todos nós. É uma história edificadora no meio de tanta dificuldade, de tanta tragédia”, disse o governador.

Rivânia inspirou o Governo a entregar kits de livros a todas as escolas municipais e estaduais dos municípios castigados pelas chuvas. “Outras tantas Rivânias estão espalhadas por Pernambuco e pelo Brasil. São elas, com uma educação de qualidade, com a atenção do poder público que vão mudar a realidade da gente”, disse o governador, para acrescentar: “Rivânia simboliza o trabalho incansável que estamos realizando agora, pensando no futuro, para que episódios como esse não voltem a se repetir".

Na verdade, o simbolismo de Rivânia serve para despertar jovens que não dão tanta importância para o estudo, muitas vezes tendo tudo ao seu alcance, diferente da pobre criança de São José da Coroa Grande. A poetisa Cora Coralina dizia que o saber a gente aprende com os mestres e os livros. Machado de Assis disse, num poema, que seus olhos eram seus livros.

Marques de Maricá também se imortalizou pelo seu amor aos livros. “A companhia dos livros dispensa com grande vantagem a dos homens”, disse, certa vez. Na solidão da sua Várzea do Uma, Rivânia, depois da homenagem que receberá, hoje, do Estado, poderá com o tempo constatar uma máxima de Mário Quintana: “O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”.

EMERGÊNCIA– A partir das novas informações coletadas pela Defesa Civil do Estado, o Governo decretou, ontem, estado de emergência em mais três cidades: São José da Coroa Grande, Bonito e Escada. Com isso, agora são 27 municípios em emergência, contando com os 24 já divulgados anteriormente. Até o momento, o número de desalojados chegou a 43.605 e o de desabrigados em 3.252. Após a avaliação do cenário e conclusão da necessidade do decreto, equipes técnicas da Defesa Civil Estadual e do Corpo de Bombeiros serão, agora, enviadas às novas cidades para a execução das primeiras medidas de assistência à população em cada uma dessas localidades.

Botando os pés na lama – Para o ministro do Exército, Raul Jungmann, o fim de semana foi de muito trabalho nas áreas afetadas pelas chuvas no Estado. Em Palmares, onde foi recebido pelo prefeito Altair Júnior (PMDB), percorreu os mais bairros mais atingidos da cidade e prometeu, ao final da caminhada, ajudar o município na recuperação do patrimônio público que sofreu maior deterioração. O prefeito entregou ao ministro um levantamento dos prejuízos sofridos e pediu atenção especialmente em relação às famílias que ainda estão desabrigadas ou desalojadas.

Itaíba na ação solidária– A prefeita de Itaíba, Regina Cunha (PTB), mobilizou a sociedade para uma campanha de arrecadação de donativos para famílias atingidas pelas enchentes no Estado. Funcionários da prefeitura participaram da coleta acompanhando o carro e pegando os donativos nas casas e lojas. Alunos das escolas municipais também se integraram à campanha. Toda a equipe da prefeitura está empenhada na ação solidária. “Graças a Deus e ao espírito solidário de nossa gente, vamos enviar alimentos, água, roupas e outros itens para ajudar nossos irmãos na cidade de Tamandaré. Isso não só nos gratifica como nos dar orgulho de poder ajudar a esses nossos irmãos” disse a prefeita.

Tucanada na base– Ministros do PSDB estiveram de ontem com o presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, para garantir ao peemedebista que o partido, por ora, vai continuar na base aliada. A permanência do PSDB no Governo dá uma sobrevida a Temer, que enfrenta nesta semana o início do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação do seu mandato. A decisão dos tucanos é vista como um referencial para os demais partidos da base, que poderiam acompanhar a debandada. Participaram do encontro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades), que chegou a ameaçar entregar o cargo no dia em que a delação dos empresários do grupo J&F veio a público.

Balanço geral– O governador Paulo Câmara e a primeira-dama Ana Luiza reuniram, ontem, no Palácio das Princesas, os coordenadores dos Gabinetes de Crise instalados nos municípios em estado de emergência. Coordenador do Gabinete de Crise Central, o secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni, disse que o encontro resultou em encaminhamentos que contribuirão na assistência à população impactada e na reestruturação das áreas atingidas. "A reunião foi um relato do que era necessário para os próximos dias. Foi muito produtiva, saímos com vários encaminhamentos que serão tomados à partir de amanhã, uma vez que o Gabinete de Crise Central continua funcionando, para que a gente atenda bem aos pernambucanos que foram atingidos pelas cheias", afirmou.

CURTAS

DELAÇÃO– Acusado por Joesley Batista em sua delação premiada de ter recebido R$ 3 milhões em propina da JBS na campanha de 2010 e outros R$ 300 mil em espécie em 2016 a pedido do presidente Michel Temer, o publicitário Elsinho Mouco disse ao Estadão que o empresário o contratou com dois objetivos: eleger o irmão José Batista Júnior em Goiás e “derrubar” a presidente Dilma Rousseff na esteira do movimento pelo impeachment.

EM BRASÍLIA– Embarco logo cedo, hoje, para Brasília. Na pauta, a crise que tem como ponto principal, amanhã, a retomada do julgamento das contas de campanha de Dilma e Temer por uso abusivo do caixa dois. Mas é muito provável que seja pedido visto do processo e com isso adiada a decisão do TSE que, segundo confidenciam ministros em off, tende a ser pela cassação de Temer.

Perguntar não ofende: Com o pedido de vistas do processo no TSE quando a corte volta a julgas as contas de Dilma-Temer?

O governador Paulo Câmara (PSB) reuniu, na manhã desta sexta-feira (2), lideranças políticas de Pernambuco em uma reunião no Palácio do Campo das Princesas. O encontro teve como objetivo apresentar soluções e abrir o diálogo sobre o que está sendo feito para minimizar os danos das vítimas das cheias que atingiram a população pernambucana na última semana. No estado, são 31 municípios afetados, 24 em situação de emergência. De acordo com o último levantamento, 46.131 pessoas estão fora das residências. 

Paulo Câmara afirmou que os trabalhos emergenciais e de ajuda humanitária já estão sendo feitos, além disso confirmou o recebimento de um aporte do Governo Federal no valor de R$ 17 milhões e disse que mais R$ 3,5 milhões devem abastecer os cofres estaduais até a semana que vem. "Além das verbas federais, também vamos utilizar recursos do estado e das prefeituras para garantir a retomada das cidades em termos de funcionamento", ressaltou. 

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Após um posicionamento duvidoso de Câmara sobre a verba federal destinada a construção das barragens, o Ministério da Integração comprovou em notas que o dinheiro estava disponível, mas o erro teria sido da gestão estadual. Durante a reunião, o governador foi alvo de críticas de políticos da oposição sobre a não finalização das obras e a "culpa" das consequências causadas pela enchente no Agreste e na Mata Sul. 

Das quatro barragens prometidas em 2010, e não concluídas, o governador garantiu já foram feitos os orçamentos de duas e já possui licitações finalizadas. Câmara garantiu que cálculos já estão sendo realizados para o fechamento dos outros dois reservatórios. "Temos que verificar o que podemos fazer, quais recursos podem ser mobilizados e criar prazos para dizer a população que vamos assumir cronogramas de modo a concluir essas obras de prevenção", ressaltou o governador. 

Um recurso no valor de R$ 600 milhões via Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), também serão utilizados pelo governo na conclusão de obras hídricas e também na prevenção a enchentes. "Na visita de Michel Temer solicitei particularmente a agilidade desse empréstimo para que possamos fazer a nossa parte", disse Paulo Câmara.

O senador Armando Monteiro (PTB), principal opositor de Câmara no estado, participou o encontro e disse que o momento é de juntar forças. "Tivemos falhas no passado, as obras atrasaram e projetos que não foram concluídos a tempo. Estamos juntando forças que são adversárias, do ponto de vista político, mas nesse momento de tragédia, temos que nos unir", apontou o senador. 

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL), também da bancada oposicionista, foi a reunião convocada pela gestão estadual e considera que essa união é um gesto importante pela potencialidade das forças unidas. O político, no entanto, não exitou ao fazer críticas ao governador e as suas responsabilidades pela tragédia na Mata Sul e no Agreste de Pernambuco. 

"Ele é grande responsável por esse caos na Mata Sul. Mentiu sobre a conclusão dessas obras, mas o Governo Federal provou que os recursos estavam disponíveis e não foi feito porque o governo estadual não deu enfoque a isso.  Paulo Câmara priorizou obras da copa, obras que estão inacabadas no Grande Recife e o resultado é esse que a gente está vendo", destacou Edilson Silva.

Apesar de receber críticas, Paulo Câmara disse que o momento é de mostrar tudo que está sendo feito e as necessidades financeiras e de logística " Estou muito preocupado com os mais de 50 mil desalojados e desabrigados em Pernambuco, não foi ficar ouvindo fofoca em off da oposição, vou continuar trabalhando por Pernambuco", concluiu.

O deputado estadual pastor Cleiton Collins (PP) se diz sensibilizado com os danos causados às famílias vítimas das recentes fortes chuvas que atingiram diversos municípios pernambucanos. Nesta quinta-feira (1º), o parlamentar informou que aproveitou o encontro com o governador Paulo Câmara (PSB), ontem, para destacar que está buscando uma intensa ajuda das igrejas evangélicas neste momento difícil. “A parte que me cabe é buscar o meu povo, minhas igrejas evangélicas e estou gritando para que todos eles abram suas portas”, declarou. 

“Estou entrando em contato com as igrejas, as lideranças do estado inteiro, das regiões atingidas e também da RMR. Passei algumas sugestões para as lideranças, ministérios, pastores da igreja Batista e da Assembleia de Deus, entre tantas outras, para a gente poder participar efetivamente dessas ações emergenciais. Algumas lideranças também estão abrindo as suas igrejas para ajudar tanto na parte das campanhas como algumas que tiverem estruturas para fazer a parte do acolhimento dos desabrigados”, contou Collins. 

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O parlamentar, que chegou a afirmar que esta “não é a hora para procurar culpados”, falou que ninguém esperava a quantidade de água que trouxe estragos. “Estado nenhum espera chover em um ou dois dias o que é para um mês ou dois meses. Isso é também questão da natureza”, avaliou. 

Ele ainda pontuou que agora também é crucial cultivar o lado espiritual e cabe às igrejas esse papel de conforto. “Você pode observar que, em cada local desses, tem ao menos uma igrejinha. A igreja está em todos os lugares, que está aderindo e muito solidária”, concluiu. 

Após as fortes chuvas iniciadas na última quinta-feira (25), que resultaram em quedas de barreiras e enchentes no domingo (28), Pernambuco registrou grande número de cidades em situação de emergência. De acordo com os dados da Defesa Civil do Estado (Codecipe), o número que inicialmente era de 14 municípios, sofreu atualização e passou para 31 localidades atingidas.

Ainda segundo o órgão, devido às enchentes várias pessoas ficaram sem casas. A quantidade de desabrigados atualmente é de 3.560 e desalojados de 39.725. Conforme a Codecipe, o número caiu nas últimas horas devido ao retorno de algumas famílias às suas residências. Com relação aos óbitos confirmados, o grande volume de água e calamidade das cidades provocou duas mortes, no município de Lagoa dos Gatos, no Agreste e há dois desaparecidos. No Recife, duas mortes foram confirmadas pela Defesa Civil da cidade (Codecir). Uma mulher de 37 anos e um adolescente de 17 foram vítimas de deslizamento de barreiras. 

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Campanhas estão sendo realizadas por todo o estado e pontos de arrecadação foram montados para a realização de doação de donativos para os atingidos. Confira aqui os locais onde é possível encaminhar água potável, roupas, alimentos não perecíveis e materiais de higiene.  

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Na madrugada do último domingo (28), moradores de cidades do Agreste e Mata Sul receberam um grande volume de chuvas que provocaram enchentes em pelo menos 15 municípios de Pernambuco. Três dias depois do inícios fortes precipitações, as consequências já são catastróficas. Mais de 55 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas e um total de 3.081 estão desabrigadas porque perderam as residências. No Agreste, duas pessoas morreram e pelo menos duas estão desaparecidas.

Nos principais noticiários do estado muito se fala na construção de barragens de contenção para evitar esse tipo de tragédia que não é inédita em Pernambuco. O LeiaJá.com ouviu especialistas no assunto para entender o que são essas estruturas, quais as suas principais funções e de quem é a responsabilidade da construção e do monitoramento. 

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As barragens ou represas são estruturas artificiais construídas no leito de um rio ou canal com a função de acumular as águas para diversas funções, podendo abastecer uma região, produzir energia elétrica ou prevenir enchentes. Elas controlam o fluxo dos rios em caso de fortes chuvas que provoquem o alto nível de águas fluviais. Em Pernambuco, de acordo com a Compesa, são 120 reservatórios monitorados. 

Quando ocorrem grandes volumes de chuva, as comportas das barragens são fechadas de maneira planejada durante um determinado período no reservatório. Quando acontecem enchentes nesses reservatórios, por exemplo, a maioria das comportas são abertas em razão da grande quantidade de chuva acumulada. Sem as estruturas, o alagamento seria bem maior.

De acordo com a Política Nacional de Segurança de Barragens, o responsável legal pelas estruturas é o agente governamental com direito real sobre as terras onde se localizam a barragem e o reservatório. "Cabe a ele o desenvolvimento de ações para garantir a segurança no barramento, entre as quais a realização de inspeções de segurança e a elaboração de um Plano de Segurança de Barragens", conforme a legislação. 

Sete anos atrás, em 2010, após fortes chuvas na Mata Sul pernambucana, cinco barragens que ajudariam a conter as enchentes em rios do estado foram prometidas pela gestão estadual. A execução, no entanto, não veio. Das promessas, apenas a barragem de Serro Azul ficou pronta com investimento de 500 milhões, sendo R$ 300 milhões do governo estadual e R$ 200 de orçamento federal. O projeto previa também a construção de Igarapeba, Panelas II, Gatos e Barra de Guabiraba. 

Impasse

De acordo com o doutor na área das Geociências João Allyson, professor de Geografia na Universidade de Pernambuco (UPE), a função de uma barragem não é necessariamente evitar as enchentes, mas sim amenizar o efeito delas nas cidades localizadas à margem dos leitos fluviais, como Palmares, Água Preta e Barreiros. "O planejamento das barragens é feito de acordo com a localização geográfica de cada município e é fruto de anos de estudos das universidades e de órgãos competentes", afirmou o estudioso. 

Ele explica que a vazão hídrica do rio atua como uma barreira nessas estruturas. Para a construção das barragens é levado em conta um cálculo que considera os níveis de chuva na região. Mas são apenas probabilidades porque com as variações da natureza pode chover mais ou menos no mesmo local. Para João, não exite uma verdade absoluta na afirmação de que se as barragens fossem construídas, não haveria prejuízos. 

"Mas com certeza, podemos assegurar que as obras finalizadas reduziriam significativamente as consequências das fortes chuvas na região. Sobretudo no que se refere à magnitude dessas inundações, com prejuízos muitas vezes irreversíveis, como a perda da vida humana", explicou o pesquisador. 

De acordo com com documentos da gestão estadual, a Barragem Gatos, em Lagoa dos Gatos, teve 20% da obra executada. A Barragem de Panelas II foi paralisada com 47% das obras executadas, em outubro de 2014. Já em Barra de Guabiraba, a barragem foi paralisada em agosto de 2015 e foram executados apenas 25% dos serviços preivstos. Em São Benedito do Sul,  o governo deu início à obra da Barragem de Igarapeba mas finalizou apenas 38% dos trabalhos,  paralisados em junho de 2015.

Em coletiva de imprensa, realizada no domingo (28), o secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Márcio Stefanni, reconheceu e afirmou que os projetos não foram concluídos porque faltaram verbas para finalizar as obras. De acordo com ele, o governo federal parou de enviar os recursos para o andamento das construções. 

Já de acordo com o Ministério da Integração Nacional, foram detectadas falhas nos projetos de construção de duas das cinco barragens planejadas em 2010 para impedir enchentes em Pernambuco e por isso a verba retornou para a União. 

Para Paulo Frassinete, professor de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco, por serem obras de grande porte, o governo estadual realiza uma parceria com a União para o financimento da estrutura. "Nessas obras da Mata Sul toda a parte técnica foi finalizada e teve o aval para a construção das barragens. O grande problema foi o impasse político", afirmou. 

O pesquisador diz que é errôneo dizer que a barragem vai conter toda a cheia. "Tudo depende da chuva. A gente trabalha na área de recursos hídricos com probabilidades. Mas sabemos que elas poderiam ter amenizado o efeito das inundações e a situação seria completamente diferente do cenário de tragédia que vemos hoje", concluiu. 

As bancadas de Pernambuco na Câmara dos Deputados e no Senado decidiram, nesta quarta-feira (31), que vão solicitar ao Governo Federal a liberação imediata do saque do FGTS para as vítimas das enchentes que atingiram a Mata Sul e o Agreste do estado. A definição aconteceu durante uma reunião em Brasília, para discutir medidas que atenuem os efeitos das cheias. A medida havia sido sugerida pelo senador Armando Monteiro (PTB). 

Como o Ministério da Integração Nacional editou hoje a Portaria 68, reconhecendo o estado de emergência em 24 municípios pernambucanos, foi dada a autorização legal para liberar os saques do FGTS. Em encontro que terão, no fim da tarde com o ministro da Integração, Helder Barbalho, os deputados e senadores pernambucanos vão propor que a decisão seja colocada em prática rapidamente. “A medida irá ajudar a população atingida a começar a se recompor da tragédia”, assinalou Armando Monteiro. 

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Outra decisão da reunião da bancada, que teve a participação do vice-governador Raul Henry (PMDB), e do presidente da Compesa, Roberto Tavares, foi de analisar com Barbalho a repactuação dos recursos às quatro barragens de contenção de enchentes cujas obras estão paralisadas. "Se as obras forem retomadas, as barragens Gatos, Panelas II, Igarapeba, Barra de Guabiraba terão prazo de conclusão variando entre um ano e um ano e meio", informou Tavares.

Na próxima sexta-feira (2), os parlamentares têm uma reunião agendada com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. 

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