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O Ministério das Relações Exteriores lançou nesta quinta-feira, 21, a nova edição da Revista Juca, periódico anual produzido pelos alunos do Curso de Formação em Diplomacia do Instituto Rio Branco. Durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), a publicação foi suspensa para não veicular possíveis pensamentos divergentes aos do então chefe do Executivo.

Com artigo das últimas seis turmas distintas que ingressaram no Instituto entre os anos de 2016 e 2022, a décima edição da Revista Juca tem por lema "resistência, resiliência e retomada". Trata-se de "uma tríade que simboliza não apenas os obstáculos recentes, como pandemias, perdas e dificuldades, mas também nossa busca por maior liberdade criativa e menor rigidez", escreveu o chanceler Mauro Vieira na apresentação.

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Em seu texto, Vieira ainda afirma que a presente edição rompe com o "silêncio imposto aos jovens colegas" durante os "quatro anos anteriores ao terceiro mandato" do presidente Lula. E também, de acordo com ele, respeita "sem 'moderação' prévia, o livre pensar dos jovens 'diplomatas."

Sobre a edição, o chanceler a descreve como "jovem" e "brasileira", pois, em sua visão, compila toda a diversidade de conhecimento produzida desde a publicação da última edição, ocorrida em 2018. "Com cara de almanacão da Turma da Mônica ou de prato de restaurante por kilo (com "k" mesmo), com salada, sushi empanado, carne de panela e arroz e feijão, tudo junto e misturado", compara.

Durante o governo Bolsonaro, o Itamaraty foi marcado por uma fase ideológica, com Ernesto Araújo entrando em embates diretos com parceiros estratégicos do Brasil, como a China, e se alinhando automaticamente com o ex-presidente americano Donald Trump. Mas as rusgas na área ambiental, principalmente com a Europa, provocaram a substituição de Araújo por Carlos França, de perfil mais silencioso e menos ideológico.

O governo federal informou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 12, que os brasileiros em Gaza "estão bem alojados e em segurança". Eles serão repatriados "logo que for autorizada a passagem pela fronteira com o Egito" - desde 2007, o Egito controla a fronteira sul de Gaza, por conta do bloqueio feito ao país palestino.

O governo federal tem trabalhado para trazer ao País, em segurança, os brasileiros que estão em Israel ou Faixa de Gaza e entraram com um pedido de repatriação por conta da guerra.

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A "Operação Voltando em Paz" já trouxe, com o auxílio de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), mais de 400 pessoas de Israel. No entanto, o processo de repatriação dos que estão em Gaza tem sido mais difícil. Até o momento, nenhum brasileiro conseguiu sair do território palestino. Parte deles está alojada em uma escola.

O Itamaraty diz ainda que o ministro Mauro Vieira, que comanda a pasta, tem tratado do assunto com o chanceler egípcio para tentar uma liberação para os brasileiros o quanto antes. Neste momento, a saída de pessoas de Gaza está completamente bloqueada, para qualquer destino - diferente de Israel, onde o aeroporto de Ben Gurion, em Tel-Aviv, está aberto.

A Faixa de Gaza vem sendo bombardeada por aviões de guerra israelenses depois que o movimento terrorista Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel no último fim de semana. Israel também teme por novos ataques do grupo terrorista a qualquer momento.

O embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário da África e do Oriente Médio, afirmou que ainda não há confirmação de que há brasileiros feitos de reféns pelo Hamas na guerra entre Israel e o grupo. De acordo com o Palácio do Itamaraty, também não há informações em relação à terceira brasileira desaparecida por conta do conflito.

As informações foram dadas em coletiva realizada nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Itamaraty. De acordo com o ministro Aloysio Mares Dias Gomide Filho, diretor do departamento consular, até esta manhã, foram registrados 2.723 nomes de brasileiros que estão em Israel em uma lista elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Gomide, contudo, ressaltou que está sendo feito um "pente-fino" na lista, pois foram verificados nomes duplicados ou, até, triplicados. Neste número, estão incluídos também os nomes dos 211 brasileiros que desembarcaram nesta madrugada em Brasília.

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O ministro pontuou que não necessariamente todos os nomes da lista solicitaram repatriação. Segundo ele, em alguns casos, os brasileiros registraram os nomes apenas para solicitar informações da Embaixada e informar a situação do conflito.

Sobral disse que o governo brasileiro ainda trabalha para a confirmação da possibilidade de reféns brasileiros na região. Ainda, o Itamaraty busca mais informações sobre o desaparecimento da terceira brasileira.

Gaza

Já na Faixa de Gaza, o embaixador confirmou a presença de um grupo com cerca de 30 brasileiros na região. "A situação dessas pessoas que estão em Gaza é muito particular porque é uma zona conflagrada", reconheceu Sobral.

Na manhã desta quarta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou com o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, para tratar sobre a passagem de brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza. No telefonema, Vieira pediu a Shoukry para facilitar a passagem de ônibus por Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito, para que os brasileiros consigam entrar em território egípcio.

A reação do governo Lula à morte do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, durante os atentados do Hamas contra Israel no sábado, 7, foi criticada nas redes sociais e pela oposição pelos termos usados no comunicado do Itamaraty sobre o caso.

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel", diz a nota, intitulada Falecimento de cidadão brasileiro em Israel. "Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis."

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O tom do texto, apontado como frio e insensível, e sem mencionar o Hamas, foi duramente criticado na conta da chancelaria no X, antigo Twitter. Pouco depois, o Itamaraty fechou os comentários do post, que até o começo da noite teve 4 milhões de visualizações. Um contexto sobre os assassinatos cometidos pelo Hamas em Gaza foi inserido no post pela rede de Elon Musk.

Críticas da oposição

O ex-presidenciável do Novo, João Amoêdo, que disputou a eleição em 2018, criticou a nota da chancelaria. "Não foi um 'falecimento', foi o assassinato de um jovem pelo grupo terrorista Hamas", disse.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também questionou o governo. "Falecimento?? O Itamaraty não consegue condenar o terrorismo que assassinou um brasileiro?"

Após da confirmação da morte da segunda cidadã brasileira nos atentados, a carioca Bruna Valeanu , de 24 anos, o tom da segunda nota mudou levemente.

"O governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, natural do Rio de Janeiro, segunda vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel, diz o texto, intitulado Morte de cidadã brasileira em Israel. "Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Bruna, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil."

Posição de Lula

Nesta terça, o presidente Lula retuitou as duas mensagens do Itamaraty mas não se pronunciou diretamente sobre as mortes dos cidadãos brasileiros.

No dia dos atentados, no entanto, o petista condenou os ataques do Hamas. "Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas", disse o presidente.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou oficialmente na tarde deste domingo, 8, que o número de brasileiros desaparecidos em Israel após o início do conflito entre o país e o grupo Hamas subiu de dois para três. A informação foi antecipada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) por fontes do governo.

De acordo com o Itamaraty, o brasileiro identificado como ferido já recebeu alta do hospital e passa bem. Cerca de 14 mil brasileiros moram em Israel e 6 mil na Palestina. A maioria está fora das áreas afetadas pelos ataques.

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"A Embaixada em Tel-Aviv identificou, até o presente momento, três brasileiros desaparecidos e um ferido, todos binacionais, que participavam de festival de música no distrito sul de Israel, a menos de 20 km da Faixa de Gaza. O brasileiro ferido, também binacional, recebeu, hoje, alta do hospital e se encontra bem", diz nota divulgada pelo Itamaraty. "A Embaixada em Tel-Aviv colheu, até agora, por meio de formulário 'online', os dados de cerca de 1.000 nacionais e seus dependentes, a maioria dos quais turistas, hospedados em Tel-Aviv e Jerusalém", afirma outro trecho do documento.

De acordo com fontes do governo, ao menos 500 brasileiros já entraram em contato com a embaixada do País em Tel-Aviv desde o sábado. Esses contatos podem ser para pedir repatriação, ou seja, retornar ao Brasil, ou para solicitar informações, por exemplo. Ainda não se sabe se todos esses brasileiros estão em Israel ou se houve também contatos de cidadãos que estão em outros países do Oriente Médio.

O governo usará seis aviões para buscar os brasileiros que estão na região do conflito entre Israel e o Hamas e querem voltar ao País. As primeiras operações de repatriação devem ocorrer entre segunda-feira, 9, e terça-feira, 10. A lista dos primeiros resgatados deve ser fechada até a segunda pela manhã, de acordo com o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno.

A decisão foi anunciada após uma reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília, da qual participaram, além do comandante da FAB, o ministro da Defesa, José Múcio, a ministra substituta das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim.

"Nós somos quiçá um dos primeiros países a fazer esse tipo de operação lá na região", declarou Damasceno, a jornalistas. De acordo com ele, o resgate será feito por duas aeronaves KC-30, com capacidade entre 220 e 230 passageiros, duas KC-390, que carregam em torno de 80 pessoas, e duas VC-2, cedidas pela Presidência da República, com capacidade de levar até 40 passageiros.

Uma das aeronaves KC-30 já está em Natal (RN) pronta para decolar ainda neste domingo para Roma. De lá, o avião partirá para Tel-Aviv, em Israel, e para outras localidades do Oriente Médio. "A ideia é que a aeronave fique na Itália, aguardando as nossas coordenações finais", disse o comandante da FAB. "Não sabemos ainda se essa primeira decolagem será amanhã ou na terça-feira, dependendo da montagem dessa lista de passageiros que desejam voltar ao Brasil nessa missão de repatriação", emendou.

De acordo com ele, médicos e psicólogos serão enviados para auxiliar no resgate dos brasileiros que estão na região de conflito. "Estamos com militares da nossa ajudância de ordens junto à Embaixada de Israel e nas demais embaixadas da região também, para que possamos fazer as primeiras levas, trazer os primeiros brasileiros para cá", afirmou. "Em função das demandas nós vamos equacionando esses voos pelo tamanho da aeronave."

As decolagens de Tel-Aviv e de outras localidades do Oriente Médio com brasileiros resgatados devem ocorrer à tarde, pelo horário local. A ideia é que os cidadãos sejam levados até os aeroportos pela manhã, para evitar que façam o deslocamento terrestre de madrugada. Segundo Damasceno, alguns brasileiros também podem voltar em voos comerciais.

Israel se declarou oficialmente em guerra após terroristas do grupo Hamas realizarem um ataque surpresa contra o país a partir da Faixa de Gaza. O número de mortos já passa de mil. O conflito ocorre 50 anos após a Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando nações árabes lideradas por Egito e Síria também fizeram um ataque surpresa contra Israel.

O Itamaraty condenou no sábado os ataques em território israelense. "Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação", diz nota divulgada pelo MRE.

Um dia antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer, em tom bem-humorado, que "tem brigado" com o Itamaraty para melhorar cardápio servido aos convidados, a chef de cozinha Elisa Fernandes, vencedora da primeira edição do reality Masterchef Brasil, em 2014, havia coordenado as refeições do palácio.

Nas redes sociais, na segunda-feira (26), ela publicou um vídeo comemorando a oportunidade. "Como que aguenta essa energia surreal do Itamaraty? Até me lembra a época que eu queria ser diplomata", disse a chef da cozinha. A postagem coincide com a data de um almoço que Lula teve com o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Foi o quinto encontro entre os dois em seis meses.

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As declarações do presidente sobre a comida do Itamaraty foram feitas durante a sua live semanal, na manhã desta terça-feira (27). Em tom de brincadeira, Lula disse ao jornalista Marcos Uchôa, que conduz os encontros, que a comida servida em eventos institucionais tem porções pequenas: "eu gosto de quantidade".

"Eu posso viajar o mundo inteiro. Comer no mundo inteiro. Se eu chegar em casa e tiver um pouquinho de feijão com arroz, um bife e dois ovos fritos, para mim, é o melhor prato do mundo", afirmou Lula.

Em outro momento da live, ainda em tom de brincadeira, ele falou que tem solicitado melhoras na comida. "Eu tenho brigado com o Itamaraty para melhorar a comida. A comida não está boa."

Como mostrou o Estadão, nos seis primeiros meses do ano, R$ 4,4 milhões foram gastos com banquetes em eventos oficiais. Essa verba saiu do Ministério das Relações Exteriores. A empresa responsável por essas refeições, a Open House & Crystal Palace, disse, por meio de seu sócio, que no começo das gestões esses ajustes "são normais". Procurada, Elisa não foi localizada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou, nesta terça-feira, 27, das "comidas de palácios" oferecidas às autoridades e chefes de Estado em reuniões diplomáticas. Em tom bem humorado na live semanal, o presidente afirmou que não costuma comer bem em viagens internacionais e que "tem brigado" com o Itamaraty para melhorar cardápio servido aos convidados. Nos seis primeiros meses de 2023, o Ministério das Relações Exteriores já gastou R$ 4,4 milhões com alimentação em eventos oficiais.

O petista disse ainda que não troca "um prato de feijão com arroz, bife e dois ovos fritos". "Eu posso viajar o mundo inteiro. Comer no mundo inteiro. Se eu chegar em casa e tiver um pouquinho de feijão com arroz, um bife e dois ovos fritos, para mim, é o melhor prato do mundo", afirmou o presidente, que retornou de uma viagem à Itália e à França nesta semana.

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"Em palácio, você não come bem em lugar nenhum do mundo. Eu não vou a restaurantes. A minha comida é de hotel, e a comida de hotel também não é boa. Não é das melhores. Eu não tenho liberdade de ir a restaurantes e ficar escolhendo o que eu vou comer. Ou eu como em hotel, ou como onde sou convidado."

Durante a live "Conversa com o Presidente", conduzida pelo jornalista Marcos Uchôa, da TV Brasil, Lula disse ainda que "tem brigado com o Itamaraty". O presidente ainda reclamou da pouca quantidade de comida nos encontros: "Pode ser guloseima da minha parte, mas eu gosto de quantidade".

"Eu tenho brigado com o Itamaraty para melhorar a comida. A comida não está boa", afirmou em tom bem humorado.

A comida oferecida pelo Itamaraty durante eventos oficiais é feita pela empresa Open House & Crystal Palace, com sede no Rio de Janeiro. Só neste ano, a companhia já ganhou R$ 4,434 milhões do Ministério das Relações Exteriores - desse total, R$ 2,901 milhões se referem à cerimônia de posse do presidente Lula, em 1º de janeiro. Além de alimentação e bebidas, o contrato prevê o fornecimento de cadeiras, equipamentos e itens de decoração.

Ajustes no cardápio

Ao Estadão, o dono da Open House & Crystal Palace, Roberto Pereira Hirth, afirmou não ter se chateado com a declaração do presidente Lula. Ele explicou estar sempre pronto para atender aos desejos e às decisões do governo federal.

"Isso vai ser adequado sempre aos desejos do cerimonial do Itamaraty, que coordena os eventos. É normal, no início de governo, que haja ajustes e acertos a serem feitos", disse. "A gente já atendeu no governo anterior. É uma coisa de banquetes, que é importante ter uma qualidade. E o tipo de serviço pode ser adequado", disse Roberto Hirth.

A queixa presidencial ocorreu um dia após encontro com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em um almoço no Palácio Itamaraty. O petista retornou de viagem neste fim de semana após encontros com o presidente da França, Emmanuel Macron, e da Itália, Sergio Mattarella.

Procurado, o Itamaraty ainda não se manifestou.

O Itamaraty corrigiu a data da visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará à China, com previsão agora de chegada ao país no dia 12 de abril. A partida está prevista para 15 de abril, como já tinha sido divulgado antes pelo Planalto.

A agenda começará em Xangai, onde Lula deve participar da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como banco dos Brics. Na sequência, o presidente embarca a Pequim para a reunião com o homólogo chinês, Xi Jinping.

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Na noite desta sexta-feira, dia 31, a chancelaria tinha divulgado que a agenda na China, remarcada por conta do quadro de pneumonia que impediu Lula de viajar ao país no último sábado, 25, aconteceria entre os dias 10 e 14 de abril.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará ao menos 20 acordos com a China na visita de Estado que fará ao país asiático no fim do mês, de acordo com o Itamaraty. O número ainda pode aumentar. O objetivo da viagem, segundo o Ministério das Relações Exteriores, é aprofundar a parceria estratégica entre os dois países e retomar "contatos de alto nível" com as autoridades chinesas. Já estão confirmados na comitiva 240 empresários, de diversos setores da economia, além de representantes do Congresso.

Um dos acordos que já foram fechados com a China, e que será assinado durante a visita de Lula a Pequim, é de cooperação para o lançamento do satélite Cbers-6, capaz de fazer o monitoramento de florestas mesmo em dias com muitas nuvens no céu. Além do desenvolvimento tecnológico, os entendimentos bilaterais também incluem educação, cultura, finanças, ciência e tecnologia e protocolos sanitários para a exportação de produtos agrícolas.

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As discussões contemplarão as mudanças climáticas, a transição energética e o combate à fome. De acordo com o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, o Brasil quer ter uma relação comercial mais diversificada com a China. O País é hoje o principal fornecedor de produtos agropecuários para Pequim. Ainda que pretenda estreitar os laços bilaterais com os chineses, com mais investimentos, contudo, o governo brasileiro também tem a preocupação de fortalecer o Mercosul, segundo o secretário.

Para Saboia, a visita à China será comercial e econômica, mas também política. Durante um briefing à imprensa sobre a viagem do presidente da República, o secretário ressaltou que Lula será o primeiro mandatário a ser recebido em Pequim após Xi Jinping iniciar um novo mandato no comando do gigante asiático.

Além disso, a viagem do petista à China será a primeira fora do Hemisfério Ocidental. Desde que assumiu o terceiro mandato, ele já foi à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos. "A visita ocorre em um momento muito auspicioso, de renovação do ciclo político no Brasil e na China", disse o secretário.

"É um momento em que Brasil e China falam para o mundo. É uma relação rica, densa. Quando dois países em desenvolvimento se juntam, eles falam para o mundo", afirmou Saboia. "A China passa por uma transformação econômica. Crescimento mais voltado para a qualidade, transição para um País mais desenvolvido. Abre possibilidade para parcerias e exportação de outros produtos", emendou.

A viagem de Lula será do dia 26 ao dia 31 de março. A visita oficial de Estado, em Pequim, ocorrerá no dia 28. O petista se encontrará com o presidente chinês, Xi Jinping, com o primeiro-ministro do país asiático, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. Um comunicado conjunto, com 50 parágrafos, deverá ser divulgado.

No dia 29, ainda na capital chinesa, Lula participará de um seminário para o qual são esperados entre 400 e 500 empresários. Como mostrou o Estadão, representantes do setor produtivo brasileiro disputam lugar na comitiva. Segundo o Itamaraty, 240 já foram confirmados, entre eles, 90 do agronegócio. No dia 30, Lula irá a Xangai, acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, que dirigirá o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), popularmente conhecido como Banco dos Brics (sigla do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Para a comitiva, Lula convidou os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de outros representantes do Congresso. Ainda não há, contudo, uma lista oficial de quem de fato irá com o petista para a China.

O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta sexta-feira (17) o diplomata Luiz Alberto Figueiredo Machado como embaixador extraordinário para Mudança do Clima.  O cargo foi recriado pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre 2007 e 2010, foi ocupado pelo embaixador Sergio Barbosa Serra.

Ex-ministro de Relações Exteriores no governo de Dilma Rousseff, Figueiredo vai coordenar a candidatura do Brasil para sediar a 30ª Conferência das Partes (COP 30) na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), que será realizada em 2025  “O embaixador Figueiredo deverá complementar a representação de alto nível do Brasil em eventos internacionais, bem como contribuir para a divulgação do engajamento brasileiro no combate à mudança do clima”, diz o Itamaraty, em nota.

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Figueiredo é diplomata de carreira desde 1980. Foi representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas e chefiou as embaixadas do Brasil no Catar, em Portugal e nos Estados Unidos. Na área de mudança do clima, ocupou as funções de chefe da Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável (2002-2004), de diretor do Departamento do Meio Ambiente e Temas Especiais (2005-2011) e de subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia (2011-2013). 

Em 1º de janeiro, o Itamaraty criou a Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente, responsável por formular e coordenar as posições brasileiras nas negociações internacionais em mudança do clima.

O Ministério das Relações Exteriores deve anunciar, nesta segunda-feira (23), novos embaixadores e secretários, segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A expectativa é que sejam divulgados os escolhidos para os principais postos de representação brasileira no exterior.

Pelos nomes cotados no momento, três das dez secretarias do Itamaraty seriam chefiadas por mulheres. O número é visto como baixo por diplomatas em um cenário em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, prometeram aumentar a diversidade de gênero nos postos de chefia da atual administração.

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Segundo fontes, a mais cotada para assumir a embaixada do Brasil em Washington é Maria Luiza Viotti, que foi representante do Brasil nas Organização das Nações Unidas (ONU). Antônio Patriota, que foi chanceler no governo de Dilma Rousseff, deve ser anunciado embaixador em Londres. Em Paris, o cargo deverá ficar com Ricardo Neiva Tavares, que foi embaixador em Roma.

O nome mais forte para assumir a secretaria de América Latina e Caribe da Pasta é Gisela Padovan. Já a secretaria de Europa e América do Norte deve ficar com Maria Luisa Escorel. A secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente deverá ser chefiada por André Corrêa do Lago e a secretaria de Gestão Administrativa por Fátima Ishitani.

Nas embaixadas, a visão é de que as mulheres poderiam ocupar pelo menos 40% dos postos, algo que, pelo que está em discussão agora, não ocorrerá. De acordo com estudo da Associação de Diplomatas Brasileiro (ADB) as mulheres representavam 23% do total de diplomatas do Itamaraty em 2022, mas havia uma sub-representação nos cargos de chefia (abaixo de 20%). Dos 25 maiores postos da carreira, nenhum era chefiado por uma mulher.

Primeira mulher a se tornar secretária-geral das Relações Exteriores, a embaixadora Maria Laura da Rocha assumiu o cargo, nessa quarta-feira (4), num momento histórico para o movimento de mulheres na diplomacia. Em discurso, ela prometeu trabalhar "sem medir esforços" para que a igualdade de gênero se torne um objetivo em todas as ações do Itamaraty e para que a diplomacia passe a refletir "a cara da Brasil". Ela defendeu a ampliação do número de diplomatas negros, homens e mulheres, em postos de chefia.

"Não medirei esforços para evidenciar o que a Casa ganha em múltiplas dimensões valorizando as suas funcionárias mulheres e a diversidade dos seus quadros. O objetivo da igualdade de gênero deve pairar sobre todas as ações do ministério, orientando a atuação de cada um de nós em todos os momentos. Todos ganharemos com esse engajamento", disse Maria Laura, antes embaixadora do Brasil na Romênia. "É preciso aprofundar a tendência do aumento no número de mulheres e negras e negros na carreira diplomática e em postos de chefia, ampliando suas oportunidades nas classes superiores da carreira e em posições de comando na Secretaria de Estado e no exterior."

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A embaixadora diz que pretende atuar para "ampliar o número de mulheres, negras e negros, pessoas menos favorecidas e candidatos de todas as regiões do País recrutados para as nossas carreiras". "Isso é ainda mais importante no caso da carreira de diplomata, que precisa refletir cada vez mais a cara do Brasil. Mas isso não se fará se não agirmos para motivá-los, desde a escola secundária, a ver na carreira diplomática, tanto quanto uma oportunidade, uma verdadeira possibilidade", indicou a secretária-geral.

A nova gestão do Itamaraty promete reativar um comitê interno de Raça e Gênero, que fora extinto. "Uma instituição de Estado mais diversa não é apenas mais justa e democrática como convém, mas é também mais eficiente, produtiva e inovadora", disse a embaixadora.

Tanto o chanceler Mauro Vieira quanto Maria Laura prometem valorizar diplomatas mais experientes, uma tradição num órgão de Estado regido por hierarquia, mas que havia sido abandonada na era Jair Bolsonaro. Ela falou também em promover "ambientes livres de qualquer tipo de assédio e preconceito". E defendeu mudanças nos critérios de remoção e ascensão na carreira, vistas como barreiras à promoção de mulheres, para que sejam mais objetivos e previsíveis.

Na política externa, seguiu o tom de Lula e Vieira em defesa de retomar a atuação focada em organismos multilaterais, reconstruir pontes com parceiros e foros tradicionais e destacar o papel do Brasil na diplomacia do clima, como "detentor da maior floresta tropical do mundo".

"Como ex-embaixadora na FAO e na Unesco, conheço bem a demanda pelo Brasil como provedor de soluções para os desafios comuns da humanidade: do flagelo da fome à mudança do clima; da assistência a refugiados e deslocados à promoção dos direito humanos; das novas ameaças à paz e segurança ao enfrentamento de pandemias e catástrofes; dos riscos representados pelas armas nucleares às tensões geopolíticas entre grandes potências; do protecionismo comercial contra países em desenvolvimento à desestruturação de cadeias globais de suprimento", disse Maria Laura.

Ela prometeu dar "especial atenção" a uma nova secretaria que cuidará do atendimento consular, uma diretriz de Vieira, diante do crescimento da comunidade brasileira no exterior. São 4 milhões de pessoas vivendo fora do País. "Trabalharemos sobre o muito que já se fez nessa área para que seja uma vitrine do Serviço Exterior Brasileiro", disse a secretária-geral.

Os diplomatas lotaram a sala Brasília para assistir à cerimônia. A maioria das mulheres vestia roupas ou acessórios na cor lilás, que representa a causa feminista. Homens usavam gravatas e lenços da mesma cor, com variações de tom.

O chanceler Mauro Vieira, por exemplo, vestia camisa lilás e gravata roxa. Celso Amorim, ex-chanceler e assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também colocou uma gravata de mesmo tom.

A chefia da Secretaria-Geral das Relações Exteriores é o cargo número dois do Itamaraty. Trata-se, porém, do mais alto posto reservado a diplomatas de carreira, além de ser uma posição-chave na administração do ministério e na execução da política externa. É a ele que se dirigem, prioritariamente, os embaixadores acreditados e residentes no Brasil pela comunidade internacional.

Houve intensa campanha interna, na academia e até apelos políticos para que Lula nomeasse uma chanceler mulher. A nova secretária, que havia sido chefe de gabinete de Celso Amorim, era cotada, assim como a embaixadora Maria Luiza Viotti - agora um dos nomes fortes para assumir a embaixada brasileira em Washington. Será também a primeira mulher, caso a nomeação se confirme.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta segunda, 2, que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) representa uma mudança no relacionamento bilateral entre os países. Ele disse que o petista visitará o país europeu ainda este ano, mas não informou quando.

Em julho, durante visita de Rebelo ao Brasil, o agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desmarcou um encontro com o presidente português após saber que ele se encontraria antes com Lula, então pré-candidato.

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"(Eleição de Lula) Significa muita coisa nova no relacionamento bilateral, um Brasil multilateral", disse Rebelo ao chegar ao Palácio do Itamaraty, onde deve ter reunião bilateral com Lula. Ele é um dos 15 líderes internacionais com quem o presidente brasileiro se reunirá nesta segunda-feira, 2.

Rebelo disse que sua vinda para a posse de Lula representa com "alegria" as relações entre os dois países. Ele disse esperar que isso se repita em breve com uma visita de Lula a Lisboa. Questionado, Rebelo disse que deve ser confirmada em breve a data da visita do brasileiro.

Um dia após tomar posse como presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia o mandato com 17 reuniões com delegações estrangeiras que acompanharam a solenidade. O primeiro compromisso desta segunda-feira (2) é com o rei da Espanha, às 9h30, e vai até o fim da tarde com o presidente da assembleia da Venezuela. 

O primeiro dia de trabalho do atual presidente será no Palácio do Itamaraty, casa oficial do Ministério das Relações Exteriores. A programação é que cada líder de estado tenha aproximadamente 30 minutos de conversa com Lula. 

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Acompanhe a agenda do presidente desta segunda (2): 

09h30 – Reunião com o Rei Felipe VI da Espanha
 

10h – Reunião com o presidente da Bolívia, Luis Arce Alberto Catacora
 

10h30 – Reunião com o presidente da República da Argentina, Alberto Ángel Fernández
 

11h – Reunião com o presidente da República do Equador, Guillermo Lasso
 

11h30 – Reunião com o presidente da República do Chile, Gabriel Boric Font

12h – Reunião com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza

12h30 – Reunião com o presidente da República da Colômbia, Gustavo Petro

 13h – Reunião com a presidenta da República de Honduras, Iris Xiomara Castro Sarmiento

14h30 – Reunião com o vice-presidente da República Popular da China, Wang Qishan

15h – Reunião com o presidente de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço

15h30 – Reunião com o primeiro-ministro da República do Mali, Choguel Kokalla Maiga

16h – Reunião com o presidente da República Democrática do Timor-Leste, José Ramos-Horta

16h30 – Reunião com o vice-presidente da República de Cuba, Salvador Antonio Valdés Mesa

17h – Reunião com o presidente do Conselho de Ministros da República do Peru, Luis Alberto Otárola Penaranda

17h30 – Reunião com o presidente da Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela, Jorge Rodrigues

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (9) informa que 14 militares e 13 diplomatas do Itamaraty foram nomeados por Jair Bolsonaro (PL). Prestes a deixar o cargo, o presidente não possui compromissos oficiais para hoje.

O atual presidente integrou 14 militares em novas funções, entre vice-almirantes, brigadeiros e um general. Um deles será diretor-geral da Secretaria da Junta Interamericana de Defesa, em Washington (EUA), por dois anos.

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Também houve mudança em 11 embaixadas brasileiras. Dos 14 funcionários do Ministério das Relações Exteriores que trocaram de função, duas novas representantes foram designadas para órgãos na Organização das Nações Unidas (ONU).

 

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou nesta quarta-feira, 7, que acompanha "com preocupação" a situação política interna do Peru, que levou à destituição constitucional do presidente Pedro Castillo pelo Congresso.

De acordo com o MRE, as medidas adotadas por Castillo são "incompatíveis com o arcabouço normativo constitucional daquele país" e "representavam violação à vigência da democracia e do Estado de Direito". "Espera-se que a decisão constitucional do Congresso peruano represente a garantia do pleno funcionamento do Estado democrático no Peru."

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"O governo brasileiro manifesta sua disposição de seguir mantendo as sólidas relações de amizade e cooperação que unem os dois países e deseja êxito à Presidente Dina Boluarte em sua missão como Chefe do Estado peruano", diz a nota.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja rever as indicações de embaixadores feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Senado. Há pelo menos 15 embaixadores já apresentados formalmente pelo atual chefe do Executivo cujas sabatinas estão travadas desde o início da campanha eleitoral. Com a transição de governo, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, telefonou para o ex-chanceler Celso Amorim, um dos articuladores da equipe petista.

A conversa ocorreu na manhã da sexta-feira passada. Ficou acertado que eles voltarão a discutir detalhes da transição e dos novos representantes do País no exterior a partir da semana que vem, depois que Amorim retomar as atividades - ele passará por uma cirurgia em São Paulo amanhã. Em tom considerado gentil e republicano, França se dispôs inclusive a encontrar o ex-ministro de Lula fora de Brasília.

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"É assunto delicado e teremos que analisar enquanto a transição progride", disse Amorim ao Estadão. "São cargos de confiança. Tudo vai se passar de modo civilizado, as providências que tiverem que ser tomadas serão tomadas, sem espírito persecutório."

Além de rever indicações, o novo governo ainda promoverá uma série de mudanças de titulares que estão em atividade em postos estratégicos. O principal deles é Washington, representação chefiada por Nestor Forster, diplomata identificado com Bolsonaro. Também deverá haver troca em Buenos Aires e na representação da ONU, em Nova York.

CHANCELER

O futuro do atual chanceler e de sua equipe será negociado caso a caso, com o time de Lula, num processo conhecido como "testamento". No fim do mandato, cabe ao titular do Itamaraty conduzir a realocação de embaixadores no rodízio diplomático.

Em reuniões no Itamaraty, França já definiu quem serão os representantes do ministério na transição. O principal nome será o secretário-geral das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães, o número dois na hierarquia da pasta, auxiliado por seu chefe de gabinete, Gabriel Boff Moreira. O próximo posto de Simas, proposto para a embaixada na Itália, está em jogo.

Em privado, os próprios embaixadores da atual cúpula do Itamaraty reconhecem que as indicações serão revistas. O governo eleito indica que não abrirá mão de ter nomes da estrita confiança de Lula.

Ao Estadão, o Itamaraty disse esperar que as sabatinas ocorram a partir de 21 de novembro. Mas senadores afirmaram que a dança das cadeiras no serviço exterior pode ser postergada. Há cúpulas internacionais que podem atrapalhar as conversas, como a COP-27, no Egito, e o G-20, na Indonésia. O assunto será discutido hoje, em reunião convocada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

COMISSÃO

A Comissão de Relações Exteriores do Senado está acéfala. Os últimos embaixadores sabatinados foram aprovados em junho. Nesta quinta-feira, haverá eleição do novo presidente. Por acordo, a vaga ficará com o senador Esperidião Amin (PP-SC).

O receio da bancada do PT e de senadores alinhados a Lula era de que parlamentares ligados ao Palácio do Planalto tentassem impor uma aprovação às pressas de nomes alinhados ao bolsonarismo. Isso faria com que Lula fosse obrigado a reverter as nomeações a partir de janeiro, o que implicaria custo político e despesas.

Mas, até no Itamaraty, a expectativa é de mudanças na lista, ainda que parciais. Um embaixador lembrou que, mesmo se aprovados no fim do ano, os novos chefes de missão só chegariam aos postos a partir de janeiro, tendo as cartas credenciais já assinadas por Lula.

Se não houver acordo para retirada de parte dos nomes até o fim de novembro, a bancada do PT no Senado prepara duas ações. A equipe do senador Humberto Costa (PT-PE), integrante da comissão, defende que as sabatinas sejam suspensas temporariamente e pretende apelar a Pacheco para que ele retire de tramitação as mensagens enviadas pelo Planalto.

O foco são embaixadas consideradas estratégicas para a política externa. Da lista que chegou ao Senado, devem ser revistos Buenos Aires, Organização Mundial do Comércio (OMC), Haia, Santa Sé e Roma. Para integrantes do PT, esses cargos são sensíveis e os embaixadores devem estar alinhados ao presidente eleito.

ARGENTINA

Das embaixadas mais sensíveis já indicadas, há uma grande preocupação com Buenos Aires, destino de visita de Lula nas próximas semanas. Atualmente na Itália, o indicado de Bolsonaro é o embaixador Hélio Vitor Ramos Filho, ex-assessor do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB-RJ). Ele substituiria Reinaldo Salgado, indicado para Haia, na Holanda.

"Algumas indicações podem ser revistas, porque são postos estratégicos. É o caso de Buenos Aires, que é eixo estruturante do Mercosul e da integração regional, além da relação bilateral com a Argentina", disse o assessor do PT no Senado e especialista em Relações Internacionais Marcelo Zero, cotado para compor a equipe de transição na política externa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Termina neste domingo (4) a exposição Um coração ardoroso: vida e legado de D. Pedro I, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento faz parte das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil e permite que o público veja o coração de Dom Pedro I, que está conservado em uma cápsula de vidro.

Emprestado pelo governo português para ser exposto durante as comemorações, o órgão do primeiro imperador brasileiro foi trazido de Portugal a bordo de um jato executivo da Força Aérea Brasileira (FAB).

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No Itamaraty, o coração está exposto na Sala Santiago Dantas, climatizada para servir de exposição e cripta. Os horários de visitação e as regras que devem ser seguidas pelo público podem ser acessadas no site do Itamaraty

A exposição "Um coração ardoroso: vida e legado de D. Pedro I” pode ser visitada até o início de setembro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento faz parte das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil e permite que o público veja o coração de Dom Pedro I, que está conservado em uma cápsula de vidro.

Emprestado pelo governo português para ser exposto durante as comemorações, o órgão do primeiro imperador brasileiro foi trazido de Portugal a bordo de um jato executivo da Força Aérea Brasileira (FAB) e chegou a Brasília na segunda-feira (22). 

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No Itamaraty, o órgão está exposto na Sala Santiago Dantas, climatizada para servir de exposição e cripta. 

Durante a semana, o local está aberto a visitas agendadas de estudantes das escolas do Distrito Federal. Neste domingo (28), sábado (3 de setembro) e no domingo (4 de setembro), a visitação é aberta ao público em geral. 

Os horários de visitação e as regras que devem ser seguidas pelo público podem ser acessadas no site do Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) abre hoje (25) a exposição Um coração ardoroso: vida e legado de D. Pedro I. O evento faz parte das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil e permitirá que o público veja o coração do imperador, que está conservado em cápsula de vidro.

Emprestado pelo governo português para ser exposto durante as comemorações, o órgão do primeiro imperador brasileiro foi trazido de Portugal a bordo de um jato executivo da Força Aérea Brasileira (FAB) e chegou a Brasília na segunda-feira (22). 

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No Palácio do Itamaraty, o coração está na Sala Santiago Dantas, climatizada para servir de exposição e cripta.

A partir de hoje (25) até 5 de setembro, o local será aberto a visitas agendadas de estudantes das escolas do Distrito Federal e, nos fins de semana, a visitação será aberta ao público em geral.

Os horários de visitação e as regras que devem ser seguidas pelo público podem ser acessadas no site do Itamaraty

Na terça-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de chegada do coração de Dom Pedro I. O órgão foi levado pela rampa do Palácio do Planalto, recebido por Bolsonaro e pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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