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Após incêndio em sua sede, o Lar Paulo de Tarso, abrigo para crianças e jovens, está recebendo doações. Na madrugada desta sexta-feira (14), a instituição, localizada no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife, foi atingida por um incêndio, que deixou quatro pessoas mortas e outras sete feridas. 

Em suas redes sociais o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou os dados para a doação. O órgão também está com ponto de coleta disponível, para que desejar fazer doações de maneira presencial. Confira:

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Razão social: Instituição de Caridade Lar Paulo de Tarso

Pix: 35.618.933/0001-21 (CNPJ)

Banco: Banco do Brasil (001)

Agência: 1245-9

C/C: 119346-5

Ponto de coleta MPPE - Ed Roberto Lyra Rua do Imperador Pedro II, 473, Santo Antônio - Entregar na administração do prédio

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Na Colômbia, as mulheres pagam um preço mais alto pela pandemia do que os homens. Para cada homem desempregado, há duas mulheres. Elizabeth, María Edilma e Jackeline perderam o trabalho, devido ao coronavírus, e carregam sozinhas a carga das funções "do lar".

Este ano o desemprego atingiu máximos históricos, perto de 25%, mas as mulheres foram as mais castigadas neste país de 50 milhões de habitantes onde a informalidade chega a 47%.

O novo coronavírus empurrou 2,5 milhões de mulheres para o desemprego.

"As mulheres empregadas passaram de 9,2 milhões no segundo trimestre de 2019 para 6,7 milhões no mesmo trimestre de 2020", afirma o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE).

Elizabeth, María Edilma e Jackeline fazem parte deste drama que permeia as principais cidades do país. Com um acréscimo ainda mais embaraçoso: um número indeterminado de mulheres expulsas do mercado de trabalho retornou ao trabalho doméstico e ao cuidado dos filhos. Estatisticamente, elas entraram na "inatividade".

O DANE alertou sobre a tendência, nos lares, de substituir "atividades de cuidado remunerado por atividades não remuneradas".

- Sacrifício -

Há 20 anos, a violência deslocou Elizabeth Mosquera. Morava em Chocó, um departamento de maioria negra e o mais pobre do país. Chegou a Medellín, onde se dedicou ao trabalho doméstico.

Quando a pandemia estourou, sua empregadora, com medo do contágio, disse-lhe que para manter o emprego ela deveria passar a dormir no trabalho. Isso a forçou a deixar seus seis filhos entre 12 e 21 anos sozinhos.

Em 26 de julho, ela teve que abrir mão do trabalho para cuidar de sua família.

"Eu sabia que, se ficasse sem emprego, íamos ter trabalho, passaríamos fome. Mas eu disse 'não, primeiro são meus filhos'", afirma Elizabeth, de 40 anos.

Com a pandemia, o pai de seus filhos perdeu o emprego e parou de lhe enviar dinheiro. Hoje, ela cruza os dedos para que os serviços básicos não sejam cortados por falta de pagamento.

- Privação -

Quando o salão de beleza onde trabalhava como manicure fechou, María Edilma Aguilar foi obrigada a deixar o apartamento que alugou para ela e seus filhos de 17 e 20 anos, no sul de Bogotá. À época, ela também estudava para se tornar esteticista e abrir seu próprio negócio.

María Edilma se mudou com os dois adolescentes e dois gatos para um pequeno quarto dentro de uma casa, que divide com outras 17 pessoas.

Esta mãe solteira, de 35 anos, luta para garantir comida. Mas há dias que o que ela consegue mal dá para uma refeição diária, lamenta.

Logo cedo, ela cuida dos filhos e depois sai, de porta em porta, para oferecer seus serviços de "limpeza, manicure, lavagem de louça" ou "o que der".

María Edilma teme acabar se tornando um "peso" para os filhos. Seus estudos agora estão suspensos por tempo indeterminado.

Este ano deixa uma das maiores disparidades de gênero "em 20 anos da história recente" em termos de acesso ao emprego, afirma o diretor da Fundação para a Educação Superior e o Desenvolvimento, Luis Fernando Mejía.

- Incerteza -

No meio da pandemia, Jackeline Ardave, uma estilista de 36 anos que cobrava por serviço prestado, perdeu sua única renda.

A fábrica têxtil, com a qual ela trabalhava em Cali, terceira maior cidade da Colômbia, decidiu manter uma empresa de corte de funcionários terceirizados.

Na volta para casa, Jackeline teve de assumir as "tarefas domésticas" e cuidar do filho de sete anos, uma tarefa até então assumida pela sogra.

Ao mesmo tempo, ela e o marido se arriscaram a montar, com dinheiro emprestado, uma pequena oficina de roupas esportivas e cintas para mulheres com câncer de mama. O negócio ainda é incerto, mas as dívidas começaram a apertar há alguns meses.

"Não dizia nada, mas, às vezes, de madrugada, eu me levantava chorando, preocupada", desabafa Jackeline, que diz sentir que sua saúde está-se deteriorando.

Os setores onde os empregos foram mais destruídos são aqueles com maior participação feminina, como serviços domésticos, assistência social, tratamentos estéticos, ou ensino fundamental.

Se o Estado não levar adiante políticas trabalhistas com uma abordagem de gênero, esse retrocesso, que já é "muito grave", pode ser pior, acrescenta o diretor do Observatório do Mercado de Trabalho da Universidade Externado, Stefano Farné.

Uma operação para fiscalizar as condições de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) identificou irregularidades em um retiro localizado no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife. A ação realizada nessa quarta-feira (29) por representantes do Procon e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) faz parte do Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

Ao visitar o lar para idosos, os agentes depararam-se com colchões sem revestimento impermeável, mofo nas paredes, falta da evolução do médico e do enfermeiro. Além disso, parte do teto do refeitório estava comprometida e foi interditada.

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“O objetivo da operação é identificar irregularidades nas Instituições e sensibilizar a população sobre a importância de denunciar qualquer tipo de violações contra as pessoas de 60 anos ou mais, em qualquer lugar que ela esteja acontecendo”, frisou o secretário de Justiça e Direitos Humanos Pedro Eurico.

A vigilância do município vai enviar à instituição um relatório do que deve ser ajustado e uma notificação. Para realizar denúncias contra idosos basta ligar para o telefone (81) 3182-7649 ou enviar e-mail para ciappi2016@gmail.com, no horário das 9h às 16h.

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A instituição beneficente Lar de Maria atua há mais de 70 anos em Belém e trabalha com aproximadamente 260 pessoas em situação de vulnerabilidade social, sendo 140 crianças, 40 adolescentes e 80 idosos. A instituição atende crianças e adolescentes em tempo integral, com faixa etária de 6 a 17 anos, e idosos.

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O objetivo do Lar é promover a proteção do público infantojuvenil em situação de vulnerabilidade social e fortalecer os vínculos familiares e comunitários por meio de ações socioeducativas e lúdicas. Conheça um pouco mais sobre a instituição no vídeo.

Sem ter onde ficar, uma moradora em situação de rua decidiu fazer de um ponto de ônibus em Cascadura, na Zona Norte do Rio de Janeiro, seu lar. Com cama, poltrona, cômoda e decorado com quadros e flores, há cerca de um mês ela instalou-se na Praça Nossa Senhora do Amparo e, até então, não recebeu contato da prefeitura.

"Ela - que não foi identificada - foi recolhendo os móveis no lixo. Alguém deixou todos os objetos encostados numa calçada próxima, provavelmente para jogar fora, e ela recolheu, montou esse espaço e vive aqui desde então. Ela passa a maior parte do tempo dormindo, sem falar muita coisa com os outros moradores", descreveu o motorista da linha Cascadura-Irajá ao Extra. O condutor também relatou que as vezes a mulher aparenta agressividade e acaba espantando os usuários do transporte.

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"Nós evitamos nos aproximar. Às vezes, ela parece muito agitada, não sabemos qual reação ela pode ter. Mas, se você reparar, todas as flores estão em garrafas com água, 'superbem' cuidadas. É uma pena! Poderia ser uma jovem com um futuro melhor. Nós não sabemos o que cada um passou até chegar aqui, até viver nessa situação precária e desumana", descreveu uma moradora das proximidades.

A prefeitura afirmou que vai acolher ela e os demais moradores do terminal de ônibus. Uma abordagem será feita através da Secretaria municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), no entanto, o acolhimento não pode ser compulsório e os próprios moradores têm que aceitar o auxílio.

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Thaila Ayala e Renato Góes oficializam sua união neste sábado (5), com cerimônia e festa de casamento que acontecem em Olinda e no Recife, respectivamente. Após as comemorações e a lua de mel, o casal já tem destino certo, uma luxuosa mansão no bairro do Itanhangá, zona oeste carioca, com direito a uma cachoeira dentro do terreno. 

Em entrevista ao UOL, a noiva falou sobre o sonho realizado de comprar a própria casa. "Nós não tivemos nenhuma exigência. Só queria que tivesse um quintal, com um cantinho verde. Tem um pé de manga que já dá fruta. Fiz todo o planejamento para a horta também", contou a atriz. 

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Mas, apesar da pouca exigência dos noivos, eles conseguiram encontrar um imóvel que, além do "cantinho verde", também dispõe de uma cachoeira dentro do terreno. "No primeiro dia de visita, nós visitamos quatro casas, mas quando bati o olho nela, sabia que ia ser ela, porque tem uma cachoeira dentro. Nada supera o valor de ter essa queda d'água em casa", disse Thaila. 

O que você pediria de presente de Natal se pudesse escolher? Muitos ficariam empolgados com a possibilidade de fazer grandes pedidos. Esse não é o caso dos 41 idosos abrigados na Pousada Geriátrica Lar Vovó Cilene, uma casa de repouso sem fins lucrativos localizada em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), fundada por dona Rose, uma enfermeira que tem uma história de amor por esses velhinhos, muito deles abandonados pela própria família. 

Os desejos dos idosos do Lar Vovó Cilene faz com que qualquer um pare um pouco, pense e reflita. No primeiro momento, em conversa ao LeiaJá, eles pediram por amor e zelo. Não em palavras, mas em gestos nas tentativas de abraços constantes e frases carinhosas durante o tempo em que a reportagem ali se encontrou. No segundo momento, extasiados com a possibilidade de suas vontades se tornarem realidade, aos poucos foram se abrindo. Os pedidos foram simples a exemplo de dona Lindinalva, 90 anos, que pediu por um lençol novo; dona Maria Júlia, 68 anos, um colar; Maria Cecília, 78 anos, uma colônia; Lindalva, 89, uma camisola. 

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Dona Zumira, 92 anos, uma das idosas do lar que a acolheu, é portuguesa e foi incentivada a fazer o seu pedido já que não queria nada “grandioso”, palavra dela. “A senhora não gosta de sapatos? Peça um sapato bege que tanto queria”, disse uma cuidadora. Ela respondeu: “Mas vou pedir tudo isso? Eu estava pensando em pedir alguma coisa bem pequena, isso é muito. Muito mesmo”, respondeu. Mas Zumira aceitou a sugestão. “Estou muito feliz. Eu escolhi até a cor, isso é para quem pode, eu só não tenho nada para oferecer de volta”, disse. 

Os pedidos se seguiram: dona Etelvina, aos 85 anos, pediu um bonito vestido para usar no dia da festa de Natal, que será realizada no dia 13 de dezembro, onde serão entregues todos os presentes e doações arrecadadas para a pousada. 

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As idealizadoras da ação solidária, a digital influencer Elayne Karina e a sua sogra Ana Cláudia, pedem a contribuição dos pernambucanos. Além das lembranças, qualquer um pode entrar em contato e ajudar na festa que vai ficar marcada na lembrança de cada um. “Não podemos esquecer do mais importante que é ajudar, servir. Não importa qual seja a doação, mas quem faz o bem tem como resultado uma sensação inexplicável. Eu sempre falo uma frase de que a felicidade não está em bens materiais, não se precisa de muito para ser feliz. O que sinto em poder ajudar agora não tem preço, limpa a alma e nos traz uma alegria imensa”, declarou. 

Ana Cláudia, fundadora do Grupo Mãos que Servem, também falou sobre a importância da solidariedade. “Não imagino viver sem ajudar a quem precisa. Vamos servir mais e fazer acontecer de verdade e não apenas ficando nas palavras. Vamos ter atitude de verdade”, ressaltou. Quem quiser ajudar de alguma forma ou saber mais detalhes pode entrar em contato com Ana Cláudia por meio do número de telefone (81) 9.8576.4379.

A fundora do Grupo Mãos que Servem e a digital influencer Elayne Karina idealizaram a ação

Amor ao próximo

A fundadora da pousada geriátrica Rose Maria define o próprio lar como a história de sua vida. “Cuidei da minha mãe a vida inteira. Foram quase 30 anos onde morávamos mais dentro do hospital do que dentro de casa, mas dona Cilene, a minha mãe, sempre estava com um largo sorriso, o que me dava forças. Daí fui estudar enfermagem. Depois que ela faleceu, eu tive a oportunidade de trabalhar na área de geriatria”, contou. 

Foi o início de tudo. O amor por dona Cilene foi repassado para outros idosos. Rose conta que começou a cuidar de um e outro idoso e, há cinco anos, conseguiu fundar o lar, que conta com um anexo em uma área perto, mas as dificuldades para sustentar as duas casas são muitas e pesam o pagamento do aluguel, alimentação, energia e funcionários, que no total são 14. 

“Não temos ajuda de governo e nos sustentamos com algumas doações que conseguimos, bem como com os valores de alguns familiares dos idosos. É tudo muito complicado, se fosse por questão da minha sobrevivência, eu já tinha fechado, o que eu quero é ver todos eles bens. Não haveria como tudo isso se sustentar se não fosse por amor”, ressaltou. 

Rose pousa ao lado do desenho da sua mãe Cilene, que virou um quadro e nome do lar que ajuda diversos idosos

Tudo isso não a desanima. Rose tem um sonho ainda maior: montar uma ONG para cuidar de pessoas que não têm onde ficar. “Aqui é a minha vida, é o meu foco. Me sinto completa em tudo e vou lutar sempre. Eu costumo dizer que a gente não tem que ter amor pelo dinheiro, mas tem que ter amor pelo que faz. Eu digo a eles todos os dias o quanto os amo”, contou.

Karla Pensado, enfermeira e responsável pela parte técnica, afirmou que o sentimento é de gratidão por eles. “Às vezes, estamos chateadas por algum motivo, aí chegamos aqui e escutamos ‘você é linda’, ‘Eu te amo’, ‘você é a minha neta’ e tudo isso não tem preço. Eu corro atrás e peço ajuda como posso porque eles nos tornam pessoas melhores”. 

Além de adotar um idoso para fazer a alegria com os pedidos para o Natal, qualquer tipo de ajuda é bem-vinda no Lar Vovó Cilene: alimentos como leite, legumes e produtos de higiene pessoal como desodorantes, colônias e fraldas fazem toda a diferença. Profissionais voluntários também podem entrar em contato por meio dos telefones (81) 9.8481-5579 e (81) 9.8322.0252 e falar com Rose ou Theodoro. O endereço do abrigo é: Avenida Ulisses Montarroyos, nº 5848, no bairro de Candeias, Jaboatão dos Guararapes. 

Parte da equipe do Lar Vovó Cilene pedem a colaboração dos pernambucanos 

Doações também podem ser feitas por meio do Banco do Brasil:

Agência: 29.88 – 2

Conta-Corrente: 43460-4 

Cinco moradores de um lar para idosos da Flórida sem energia elétrica morreram após a passagem do furacão Irma - informou uma emissora de televisão local nesta quarta-feira (13).

Três pessoas desse estabelecimento que fica em Hollywood, no norte de Miami, faleceram no local, e outros dois, já no hospital, anunciou a autoridade administrativa responsável pelo condado, Barbara Sharief, de acordo com a WSVN TV.

Cerca de 120 idosos foram retirados da residência, "por causa do intenso calor e da ausência de eletricidade", explicou a WSVN.

Se as autoridades relacionarem esses últimos óbitos ao furacão, formalmente, o balanço oficial chegará a 17 mortos na Flórida.

Banhadas pelas águas do Rio Capibaribe, estruturas precárias abrigam gritos por uma cidade digna. Madeiras ou qualquer outro objeto que amenize os efeitos do sol e da chuva são utilizados em comunidades que resistem na história urbana da capital de Pernambuco, negligenciadas pela ausência de políticas públicas que pudessem garantir lares para centenas de famílias. O mesmo rio que embeleza nossa Aurora, cortado pelas belas pontes do Centro do Recife, também circunda barracos cheios de cidadãos que clamam por melhorias. Na Veneza Brasileira, as palafitas persistem e reforçam uma linha de desigualdade social tão clara aos olhos da sociedade e do poder público.

Há anos essas moradias significam a única opção de lar para muitos recifenses. O Recife das palafitas, sobretudo, sempre foi foco de intervenção municipal em diversas gestões, porém, nem todas as famílias foram contempladas por moradias bancadas pela prefeitura local ou governo federal. No bairro dos Coelhos, área central da cidade, várias comunidades ainda se utilizam das precárias estruturas construídas diante do Capibaribe, mas não desistem de cobrar ajuda em busca de lares dignos.

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Nem mesmo o calor, causado pelas lonas que servem para evitar goteiras, atrapalha o serviço de Maria José Pereira da Silva, de 55 anos. Na palafita onde reside há uma década, na comunidade Roque Santeiro I, bairro dos Coelhos, a senhora se aperta junto com dois filhos para caminhar entre a estrutura que representa a única opção de moradia da família. Ela precisa tratar os peixes que comercializa no Centro da cidade, afinal de contas, o sustendo dela e da família vem do trabalho, responsável por uma renda inferior a um salário mínimo. Em meio a tábuas e madeiras desgastadas pela ação do tempo, além de fiações elétricas expostas e um banheiro montado em meio a frestas que a qualquer momento podem causar acidentes, dona Maria luta, diariamente, a fim de garantir o mínimo de conforto para os filhos.

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Prática comum durante a construção das palafitas, um aterramento foi utilizado por dona Maria durante o levante da sua casa. Ela comprou o espaço por R$ 1.200 a uma senhora que não mais reside na comunidade. Da transação, Maria guardou apenas um recibo de compra. A estrutura precária, sempre banhada pelas águas do Capibaribe, instiga um alerta constante para as quase 240 famílias da comunidade Roque Santeiro. Como as palafitas podem cair a qualquer momento, resta aos moradores arrumar madeiras que servem de reparos contínuos. "Quando a maré sobe, a água chega a entrar em casa. Tem rato, barata, o risco de acidente é grande. Mas é o jeito, não tenho canto para morar em outro lugar. É melhor do que pagar aluguel, até porque não tenho condições", diz Maria José.

Nos becos estreitos da comunidade, as paredes de tábua se colorem em meio aos cartazes eleitorais que restaram após as últimas eleições. Também existem inúmeros cadastros da Prefeitura do Recife, que segundo os moradores locais serviriam, teoricamente, para fazer um levantamento de quantas pessoas precisam sair das palafitas para moradias dignas. Mas de concreto, o que há, até o momento, é o sofrimento de famílias jogadas à sujeira, entulhos, roedores, insetos, riscos de acidentes, além da falta de saneamento básico.

Auxiliar de serviços gerais, Larissa da Silva, 19 anos, cresceu entre as palafitas e até hoje assiste ao Capibaribe da janela improvisada do seu lar. Seria poético se o contexto representasse a apreciação do principal rio da capital pernambucana, mas a realidade é fruto da falta de habitação digna para a jovem e sua família. Ela tem um garoto de seis anos e também reside na Roque Santeiro, dividindo a estrutura de madeira com a irmã e sua mãe. O discurso de Larissa é de desapontamento, pois afirma que ouviu inúmeras promessas políticas, mas até o momento nada aconteceu. Em entrevista ao LeiaJá, ela e dona Maria José mostraram a dura e persistente realidade das palafitas do Recife:

Entre o ofício e a moradia precária

Bem próxima de um dos bairros mais nobres do Recife - Boa Viagem -, outra comunidade resiste ao tempo e aos malefícios da falta de saneamento básico das palafitas. Mais de 150 famílias vivem entre lixos, ratos, baratas, madeiras velhas, num local onde a esperança por uma vida melhor dá seus últimos suspiros. No bairro do Pina, Zona Sul do Recife, o Beco do Sururu – situado às margens de um estuário - acumula centenas de pessoas, a maioria pescadores, sedentas por uma solução concreta.

De acordo com o pescador José Carlos de Abreu, de 61 anos, a situação das palafitas é cada vez mais precária. Morador do Beco do Sururu há 25 anos, ele tenta manter a esperança por ações políticas que pudessem mudar a realidade, mas confessa que, aos poucos, a situação o deixa mais incrédulo. Ele diz que já ouviu promessas políticas dos mais diversos partidos, porém, nada saiu do papel.

“Aqui, o estado é crítico. Tem muito rato, estou vendo a hora pegar uma doença. Muitos políticos vieram aqui nas eleições, mas até agora só fizeram cadastro. As crianças correm o risco de cair entre as madeiras velhas. É horrível”, desabafa pescador.

Nora de seu José, a pescadora Josélia Francisca Lima, 23 anos, sentiu na pele os efeitos da estrutura precária. “Eu cozinhando aqui no barraco, de repente, a panela explodiu. Pegou fogo! A sorte foi que o vizinho viu e ajudou eu e meu filho a sair de casa”, conta Josélia. Por sorte, ela e a criança sofreram apenas pequenas queimaduras, mas na comunidade, não faltam relatos de acidentes e incêndios ainda mais sérios.

Além de seu José Carlos, outra moradora sabe bem o que é viver em busca de uma moradia digna. A marisqueira Ester Gomes, 49 anos, reside no Beco do Sururu há pelo menos duas décadas. Para ela, a melhor solução seria que a Prefeitura do Recife construísse outras moradias para acolher as famílias da comunidade, mas apesar da vontade de sair das palafitas, ela confessa que muitos moradores, por viverem da pesca, preferem um endereço próximo ao Pina. Confira, no vídeo a seguir, relatos do pescador José Caros e da marisqueira Ester:

PCR promete novas ações, mas empaca no governo federal 

Em nota enviada ao LeiaJá, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Habitação, informou que entregou, em junho de 2016, o Habitacional Travessa do Gusmão, situado no bairro de São José, área central da cidade. Na ocasião, foram entregues 160 apartamentos “destinados às comunidades residentes em palafitas localizadas às margens do Rio Capibaribe”. De acordo com a Secretaria, esse conjunto beneficiou parte do bairro dos Coelhos.

Já no que diz respeito ao habitacional Vila Brasil II, situado na Ilha Joana Bezerra, a Secretaria de Habitação diz que existem 320 moradias, mas as obras ainda não foram concluídas. Para isso, a Prefeitura “aguarda a reabertura dos financiamentos do programa federal Minha Casa, Minha Vida para dar início ao processo licitatório”.  Segundo a Secretaria, ainda não é possível estabelecer um prazo para a retomada das obras, justamente porque o procedimento necessita de recurso federal, entretanto, o local, ao ser concluído, poderá servir de moradia para os moradores da comunidade Roque Santeiro.

Procurada pelo LeiaJá, a Caixa Econômica Federal, que é a instituição responsável pelo programa “Minha Casa, Minha, Vida”, informou que a documentação inicial do empreendimento Vila Brasil II foi apresentada no início de maio deste ano pela empresa ganhadora do chamamento público realizado. “A documentação está em análise, aguardando complementação, para encaminhamento ao Ministério das Cidades”, consta na nota do banco. O prazo para esse procedimento, porém, ainda não foi definido. 

Em relação aos moradores do Beco do Sururu, no Pina, a princípio ainda não foi definido em qual conjunto habitacional eles poderão morar. Por outro lado, a Prefeitura do Recife destaca que, durante a atual gestão, 12 habitacionais foram entregues, sendo boa parte deles destinada a pessoas que viviam em palafitas.

 

“Na atual gestão foram entregues 12 Conjuntos Habitacionais com 1.346 unidades (casas e apartamentos). Cada residência é dotada com um novo padrão construtivo, com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço. Todas as unidades habitacionais contam com cerâmica nas áreas molhadas (banheiro e cozinha), além de equipamentos de acessibilidade”, informou a Secretaria de Habitação do Recife. 

A Amazon quer evitar que seus clientes fiquem sem produtos domésticos em casa. A empresa anunciou um botão físico que permite a aquisição de produtos como filtros de café, sabão para lavar roupas e até cremes para o rosto. Basta um clique para que a companhia receba uma ordem de compra.

O tipo de produto que pode ser adquirido é sinalizado no botão. Marcas como Tide, Maxwell House, Glad, Gillette e L’Oréal participam da iniciativa. Cerca de 255 itens estão disponíveis.

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Para comprar, basta apertar o acessório, que pode ser fixado em paredes ou objetos, e um pedido será enviado automaticamente para a Amazon, evitando que o consumidor precise sair de casa ou entre no site para abastecer a despensa.  

O produto possui compatibilidade com redes Wi-Fi e pode ser conectado ao smartphone dos usuários através do aplicativo da Amazon. É possível ainda cancelar o pedido pelo celular em até 30 minutos. Por enquanto, a novidade só está disponível para usuários dos Estados Unidos inscritos no Amazon Prime que receberam convites.

Nesta quarta (30) e quinta-feira (31), uma campanha disponibiliza cães e gatos para adoção na Praça do Assaí, das 8h30 às 15h, em Caruaru. De acordo com a Gerência de Proteção aos Animais (GPA), o número de animais abandonados está crescendo no município, por isso há mais ações e campanhas para doação e bem-estar dos animais.

Nesta semana 50 animais serão postos para adoção, já vacinados e vermifugados. Para dotar é necessário apenas ir até o local com RG, CPF, comprovante de residência, ter mais de 18 anos e levar caixa para transportar o bichinho.

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Interessados em adotar animais podem aproveitar o Dia da Mobilização para Adoção de Cães e Gatos, que acontece neste sábado (5), no estacionamento da Faculdade dos Guararapes, em Piedade, Jaboatão do Guararapes. A ação é feita por alunos do curso de Ciências Biológicas juntamente com a Fundação Dentinho, e acontece das 8h às 15h.

“Queremos estimular o cuidado com os animais e lembrar o resgate do cão Dentinho, vítima de maus tratos no ano passado e atualmente adotado em um novo lar”, lembrou Aline Barbosa, uma das organizadoras do evento.

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Para adotar um animal é preciso que o interessado tenha mais de 18 anos e leve a cópia de sua indenidade e comprovante de residência. Aqueles que não puderem adotar um bicho, podem contribuir levando sacos de ração para a feira. A adoção é gratuita.

Os ex moradores do Loteamento Parque São Francisco, em Camaragibe, saíram há pouco de uma reunião desde o início desta quarta-feira (26), na sede da Procuradoria Geral da república (PGE).  De acordo com o procurador Thiago Norões, que agendou a conversa, os resultados foram positivos. “A reunião foi produtiva e saímos com três encaminhamentos: concentrar esforços nos processos cujos moradores ainda não foram indenizados, dar assistência social e psicológica e pensar na construção de um conjunto habitacional como alternativa”, relatou.

Também participaram da reunião, representantes da Ceah, Defensoria Pública e do Comitê Popular da Copa. A advogada do grupo, Liana Cirne Lins, julgou como importante esta reunião, que ela considerou como um “tardio primeiro passo”. “Colocamos em pauta a reavaliação do valor do auxílio-moradia, e aquelas que tiveram que sair de casa e não tiveram nenhum tipo de auxílio”, disse.

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Liana fez um apelo: “Peço que todos façam um exercício de empatia e se imagem que, ao acordar, terão que sair de suas casas, sem ter pra onde ir, e sem ter para onde recorrer, já que muitos desses moradores disseram terem sido acuados dos próprios órgãos governamentais que estariam responsáveis por ampará-los”, suplicou.

 

Os moradores do local saíram com um pouco de esperança. “Eu já fiquei feliz por eles terem nos recebido, agora ninguém pode dizer que o governo não sabia do nosso caso”, relatou Adijailma Pereira. Amanhã o grupo tem uma reunião com assistentes sociais e psicólogos, e na próxima quarta-feira (2) uma nova reunião será feita com a Ceah para se discutir sobre a construção de um conjunto habitacional, ainda sem data de previsão para sair do papel.

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90 cães e gatos à procura de um lar estão no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, neste sábado (24). Este é o segundo evento que a Secretaria dos Direitos dos Animais (SEDA) realiza com o intuito de dar uma aos animais um lar.

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No primeiro evento realizado na Jaqueira, Zona Norte, 63 bichos foram adotados, um ato de amor, de acordo com secretario da SEDA, Rodrigo Vidal. “Todo mundo merece uma segunda oportunidade na vida e esses animais que estão aí também merecem. É uma nova consciência de respeito aos animais e de amor a eles”, relatou. 

Um papel importante para dar uma nova casa aos cães e gatos é o do tutor, que recolhe o animal da rua, dá os cuidados necessários até que ele esteja pronto para ser adotado. Este é o caso da bióloga, Veruska Araújo, de 25 anos. “A amiga da minha mãe avisou que tinha uma cadela que tinha rejeitado eles, então peguei eles, apliquei a vacina e inscrevi na feira”, explicou.

A saudade que ela vai sentir dos dois pequenos que ajuda há quase dois meses, não vai ser maior que a alegria de saber que eles estão bem. “A felicidade de saber que eles vão ter uma família supera a saudade”, concluiu.

Além da adoção dos animais, o evento conta com apresentações de diversos segmentos, em relação a alimento, saúde, religião. Para adotar um dos animais basta ser maior de 18 anos, assinar o termo de adoção responsável, apresentar documento de identidade e comprovante de endereço. A feira de adoção deve terminar às 16h deste sábado. 

Casado com Júlia Lemmertz, Alexandre Borges estreia quadro Mundo sem mulheres neste domingo (31) no Fantástico, às 20h45. Série mostra como a rotina de 11 famílias cariocas é alterada quando as mães deixam o lar para passar uma semana fora. Além da TV aberta, o novo quadro vai ser exibido em versão estendida nas quartas-feiras, às 20h, no GNT.

Adaptada de um formato criado pela BBC, à série (feita pela produtora Conspiração) já foi realizada em diferentes países como Grã Bretanha, Estados Unidos, Índia, Marrocos e Canadá. O Mundo sem mulheres faz parte da programação da Globo de 2013 que foi anunciada nesta última quinta (28).

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