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A disparidade na distribuição de renda é um desafio histórico no desenvolvimento de diversas nações, especialmente aquelas classificadas como de médio e baixo desenvolvimento. Países da África e da América do Sul e Central, em especial, têm enfrentado de forma mais acentuada este desafio, conforme apontam dados do Índice de Gini, um coeficiente que mede a concentração de renda.

A medida estatística varia de 0 a 100. Quanto mais alto o número, maior é a desigualdade. Portanto, se a renda fosse distribuída com perfeita igualdade o índice seria zero. O cálculo é feito por meio de uma fórmula matemática que analisa a distribuição acumulada da renda em relação à distribuição acumulada da população que recebe essa renda.

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De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2021/2022, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em maio deste ano, que disponibiliza coeficientes de Gini calculados com os dados mais recentes de cada país entre 2010 e 2021, a África do Sul desponta como a nação de maior desigualdade social. O índice alto se repete em outras nações da África: entre os 15 países mais desiguais, 10 estão no continente.

Países da América Central e do Sul também escancaram a divisão irregular de renda, de acordo com o relatório do PNUD. A Colômbia é o país mais socialmente desigual fora da África, com coeficiente de Gini 54,2.

Segundo os dados do relatório da ONU, o Brasil figura em 14º lugar, dividindo a posição com o Congo, que também tem índice 48,9. De acordo com dados do IBGE de maio de 2022, a parcela de 1% dos brasileiros mais ricos ganha uma renda média mensal 32,5 vezes maior que o rendimento da metade mais pobre da população do País. Em 2022, segundo o IBGE, o País teve o menor resultado no coeficiente de Gini desde 2012.

Ranking completo de países mais desiguais segundo o coeficiente de Gini:

01. África do Sul (63)

02. Namíbia (59,1)

03. Zâmbia - (57,1)

04. República Centro Africana (56,2)

05. Essuatíni - (54,6)

06. Colômbia (54,2)

07.Moçambique (54)

08. Botsuana (53,3)

09. Angola (51,3)

10. Santa Lúcia - (51,2)

11. Zimbabué (50,3)

12. Panamá (49,8)

13. Costa Rica (49,3)

14. Brasil e Congo (48,9)

15. Guatemala (48,3)

De origem pagã, quando o Deus Sol era celebrado no solstício de inverno, o Natal foi ressignificado no séc. III pelo imperador cristão Constantino e se tornou uma das comemorações mais populares do mundo. Embora seja natural para nós, as tradições de armar o presépio e encher a árvore com enfeites não é unanimidade no mundo.

A diversidade religiosa explica por que a festa do nascimento de Jesus não é comemorada em vários países. As tradições natalinas não costumam ser incentivadas onde o cristianismo não é adotado como religião principal, sendo restrita em hotéis ou nas casas de estrangeiros estrangeiros.

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Em Israel, berço do judaísmo, a principal comemoração de fim de ano é o Hanukah, equivalente à festa das luzes do povo hebraico. A data lembra o calvário dos judeus pelo direito ao credo monoteísta e a vitória sobre os gregos há mais de dois mil anos. Apesar de reconhecer a existência de Jesus, não há nenhuma relação de divindade.

Em países como Tailândia, Vietnã, China, Tibet, Camboja, Coreia do Sul, Butão, Burma, Hong Kong, Japão, Mongólia, Cingapura, Sri Lanka, o Budismo é a religião principal e Jesus é considerado um “Bodhisattva”. A definição é dada aos seres espiritualizados, de elevada sabedoria e que se sacrificaram em prol dos demais seres. Para os budistas, a festa mais importante é a Visakha Bucha, celebrada normalmente em maio, quando é exaltado o nascimento, a iluminação e a morte de Buda.

Nos países de origem Islâmica, Jesus é respeitado, mas perde protagonismo para Maomé. Apesar de ser reconhecido como um dos cinco profetas enviados por Deus, ele não possui data especial. No Irã, Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Turquia, Egito, Somália, Nigéria, Líbia e Brunei, as principais festas religiosas são o Eid wl-Fitr, logo após o jejum do Ramadã, e o Eid al-Adha, também conhecido como a Grande Festa ou Festa do Sacrifício, que sucede a peregrinação à Meca, onde os adeptos visitam o templo em homenagem à obediência do Profeta Abraão a Deus.

A cultura Hindu, que reúne a maioria dos fiéis na Índia, tem as festas relacionadas à energia Divina e mudam conforme a região do país. As principais são Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. No Japão, berço do Xintoísmo, o 25 de dezembro não vai muito além de uma data comercial, semelhante ao Dia dos Namorados.

A religião taoísta, natural da China, tem inúmeras datas em que se comemoram o nascimento de grandes mestres ou seus feitos. Sem se prender ao 25 de dezembro, os chineses também possuem um Ano Novo diferente do mundo ocidental. A data regida pela Lula Nova é a mais celebrada do país e ocorre entre o fim de janeiro e o fim de fevereiro.

Fora do aspecto religioso, na Coreia do Norte é proibido comemorar o Natal por determinação do líder supremo Kim Jong-un. Qualquer ajuntamento que envolva entretenimento ou bebida alcoólica é barrado no país. Em 2011 ocorreu mais um episódio do conflito diplomático com a Coreia do Sul porque os vizinhos colocaram uma árvore de Natal na fronteira. 

 

A adoção por parte de casais do mesmo sexo é legal em uma minoria de países do mundo, principalmente na Europa e no continente americano. Hoje, na Itália, o governo de extrema direita de Giorgia Meloni tenta restringir os direitos parentais desses casais.

- Mesmos países que autorizam o casamento gay -

A adoção de crianças por casais do mesmo sexo é legal em 36 países, o que corresponde a menos de 20% dos 193 Estados-membros da ONU, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais (Ilga).

Conforme a Ilga, existem dois tipos de adoção: a adoção conjunta por parte dos dois membros do casal e a adoção por parte do "segundo progenitor", que não é o pai biológico da criança, e que se aplica, por exemplo, nos casos de reprodução assistida.

O mapa dos países que reconhecem este direito coincide amplamente com o dos países que legalizaram o casamento, ou as uniões civis, entre pessoas do mesmo sexo.

- Europa, pioneira -

Em 2001, os Países Baixos foram o primeiro país a autorizar a adoção por casais do mesmo sexo de crianças sem qualquer relação com eles.

Desde então, outros 22 países europeus seguiram o exemplo, incluindo: Suécia, Espanha, Bélgica, Noruega, Reino Unido, França, Irlanda, Portugal, Áustria, Alemanha, Finlândia, Eslovênia e Suíça. A última a fazer isso foi a Estônia, em 2023.

A Itália é um dos países europeus que não autorizam a prática, apesar de as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo serem legais desde 2016.

Em 2021, porém, o Tribunal de Cassação italiano determinou que as adoções feitas legalmente no exterior eram válidas, salvo nos casos em que os filhos são fruto da barriga de aluguel.

Seguindo instruções do governo ultraconservador de Giorgia Meloni, alguns municípios deixaram de registrar, há alguns meses, filhos de casais do mesmo sexo nascidos fora do país.

- Avançando no continente americano -

Nove países do continente americano autorizam a adoção homoparental.

O Canadá legalizou, progressivamente, a adoção em suas diferentes províncias, depois de aprovar o casamento para todos em 2005.

Nos Estados Unidos, uma decisão de 2015 da Suprema Corte estendeu a adoção conjunta por casais do mesmo sexo a todos os 50 estados, mas continua havendo grandes diferenças entre um e outro.

Já o Uruguai legalizou a medida em 2009, seguido de Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica e, finalmente, Chile e Cuba, em 2022.

- Exceções na África e na Ásia -

Na África, onde a imensa maioria dos países proíbe, ou reprime, a homossexualidade, a África do Sul é uma excepção, tendo autorizado a adoção no início dos anos 2000.

No Oriente Médio, Israel também é uma exceção. Em 2008, abriu a adoção aos casais do mesmo sexo e, em 2021, o Supremo Tribunal autorizou a barriga de aluguel. O casamento não é autorizado, mas é reconhecido quando contraído no exterior.

Em Taiwan, o Parlamento aprovou uma emenda, em 2023, que permite que casais do mesmo sexo adotem crianças em conjunto. A ilha está na vanguarda dos direitos LGBTQIA+ na Ásia com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2019, uma novidade nesta parte do mundo.

Na Oceania, o casamento e a adoção entre pessoas do mesmo sexo são permitidos na Nova Zelândia desde 2013 e, na Austrália, desde 2017 e 2018, respectivamente.

- A espinhosa questão da barriga de aluguel -

A barriga de aluguel é, para muitos casais do sexo masculino, uma das opções que eles têm para se tornarem pais. Poucos países autorizam-na, porém, e, quando o fazem, é em uma base "altruísta", ou seja, sem qualquer compensação financeira envolvida.

Apenas um pequeno grupo de países concede esse direito, de forma expressa, a casais do mesmo sexo, incluindo África do Sul, Israel e Cuba.

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 16, que os EUA estão comprometidos a dedicar US$ 1 bilhão para países amazônicos protegerem a floresta da região. "A Amazônia é muito importante, pois todos os dias absorve mais CO2 do que é emitido pelos Estados Unidos."

De acordo com Biden, a iniciativa de governos que visa combater a emissão de gás metano terá a participação de 150 países. Ele destacou que os EUA investiram US$ 20 bilhões para cortar a liberação destes gás na atmosfera.

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"Encorajo a todos nesta mesa, países da Apec, a adotar medidas fortes contra mudança climática", destacou Joe Biden, durante o APEC Diálogo Informal em almoço de trabalho com líderes de governos que participam da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês). O evento ocorre no Moscone Center em São Francisco.

Segundo Biden, o mundo e os países da Apec podem limitar aquecimento global a 1,5 grau centigrado acima do que registrado durante a revolução industrial. "Podemos tornar momento de grande perigo ao planeta em grandes oportunidades para todos."

O Brasil investe menos em educação do que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com o relatório Education at a Glance 2023, lançado nesta terça-feira (12), que reúne dados da educação dos países membros do grupo e de países parceiros, como o Brasil.

O relatório da OCDE mostra que, enquanto o Brasil investiu em 2020 US$ 4.306 por estudante, o equivalente a aproximadamente R$ 21,5 mil, os países da OCDE investiram, em média, US$ 11.560, ou R$ 57,8 mil. Os valores são referentes aos investimentos feitos desde o ensino fundamental até a educação superior.  

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Os investimentos no Brasil se reduziram entre 2019 e 2020. Em média, na OCDE, a despesa total dos governos com a educação cresceu 2,1% entre 2019 e 2020, a um ritmo mais lento do que a despesa total do governo em todos os serviços, que cresceu 9,5%. No Brasil, o gasto total do governo com educação diminuiu 10,5%, enquanto o gasto com todos os serviços aumentou 8,9%. Na análise da OCDE, isso pode ter ocorrido devido à pandemia de covid-19.  

“O financiamento adequado é uma condição prévia para proporcionar uma educação de alta qualidade”, diz o relatório. A maioria dos países da OCDE investe entre 3% e 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) no ensino fundamental e médio, chegando a menos 5% do PIB na Colômbia e em Israel. A porcentagem de investimento brasileira não consta desta edição do relatório.  

Sobre essa medida de investimento, a OCDE faz uma ressalva: “O investimento na educação como percentagem do PIB é uma medida da prioridade que os países atribuem à educação, mas não reflete os recursos disponíveis nos sistemas educativos, uma vez que os níveis do PIB variam entre países”.  

As despesas por aluno variam muito entre os países da OCDE. A Colômbia, o México e a Turquia gastam anualmente menos de US$ 5 mil por estudante, ou R$ 25 mil, enquanto Luxemburgo gasta quase US$ 25 mil, ou R$ 125 mil. Existem também diferenças significativas nas despesas por estudante de acordo com a etapa de ensino.  

Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deve investir pelo menos 10% do PIB em educação até 2024. Segundo o último relatório de monitoramento da lei, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2022, o investimento brasileiro em educação chegava a 5,5% do PIB, e o investimento público em educação pública, a 5% do PIB, “bem distantes das metas estabelecidas no PNE. Esses resultados apontam para uma grande dificuldade dos entes em aumentar o orçamento destinado à educação”, diz o texto do Inep.   

Salário de professores

O relatório da OCDE também aponta a necessidade de valorização dos professores. Segundo o estudo, muitos países da OCDE enfrentam escassez desses profissionais. “Salários competitivos são cruciais para reter professores e atrair mais pessoas para a profissão, embora outros fatores também sejam importantes. Em muitos países da OCDE, o ensino não é uma opção de carreira financeiramente atraente”, diz o texto.   

Em média, os salários reais dos professores do ensino secundário são 10% inferiores aos dos trabalhadores do ensino superior, mas, em alguns países, a diferença é superior a 30%. “O baixo crescimento salarial dos professores explica, em parte, a disparidade entre os salários dos professores e os de outros trabalhadores com ensino superior”, diz a organização. Os salários legais reais caíram em quase metade de todos os países da OCDE para os quais existem dados disponíveis. Isto, segundo o relatório, segue-se a um período de crescimento salarial baixo ou mesmo negativo em muitos países, no rescaldo da crise financeira de 2008/2009. 

No Brasil, também pelo PNE, o salário dos professores deveria ter sido equiparado ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente até 2020. Segundo o monitoramento de 2022, os salários dos professores passaram de 65,2% dos salários dos demais profissionais, em 2012, para 82,5%, em 2021, seguindo ainda desvalorizados. 

Education at a Glance

O relatório Education at a Glance reúne informações sobre o estado da educação em todo o mundo. Fornece dados sobre estrutura, finanças e desempenho dos sistemas educativos nos países da OCDE e em países candidatos e parceiros da Organização.

A edição de 2023 é centrada no ensino e na formação profissional. A edição inclui também um novo capítulo – Garantir a aprendizagem contínua aos refugiados ucranianos – que apresenta os resultados de uma pesquisa da OCDE 2023 que recolheu dados sobre as medidas tomadas pelos países da organização para integrá-los nos seus sistemas educativos.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou nesta quinta-feira (24) que os Brics decidiram na reunião de cúpula de Johannesburgo convidar seis países para aderir ao bloco de economias emergentes.

Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos passarão a integrar, a partir de 1º de janeiro de 2024, o grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, informou Ramaphosa.

A ampliação dos Brics foi um dos temas da reunião de cúpula de três dias na África do Sul e provocou divisões entre os atuais membros sobre o ritmo e os critérios para a entrada de novas nações.

Mas o bloco - que toma decisões por consenso - estabeleceu "princípios, diretrizes, critérios e procedimentos para o processo de expansão dos Brics", afirmou Ramaphosa.

Quase 40 países solicitaram a adesão ou demonstraram interesse em entrar para o bloco, criado em 2009 e que representa quase 25% do PIB e 42% da população mundial.

A Índia largou na frente na nova corrida espacial pela Lua ao pousar uma nave não tripulada pela primeira vez no polo sul lunar, como parte da missão Chandrayann-3. A região, conhecida como a face escura do satélite, abriga grandes crateras que nunca receberam luz solar e, por isso, guarda grandes reservas de água congelada.

A expectativa era de que a Rússia chegasse antes da Índia nesta região lunar, mas a nave russa se chocou contra a superfície do satélite no último domingo, após um problema no software. A Luna-25 seria a primeira missão russa à Lua em quase meio século.

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Nessas áreas, onde nenhum ser humano jamais pisou, a escuridão é eterna e as temperaturas podem chegar a 248ºC negativos. Todas as missões tripuladas feitas no passado pousaram nas proximidades da região equatorial da Lua.

Mas por que, somente agora, o polo sul se tornou um destino tão cobiçado?

A missão Chandrayaan-1 foi a primeira a detectar vestígios de água congelada na Lua, em 2008. Posteriormente, dados coletados pelo Lunar Reconnaissance Orbiter, uma nave da Nasa que orbita a Lua há 14 anos, sugerem que o gelo está presente em algumas das grandes crateras permanentemente sombreadas.

Ainda não se sabe se o gelo é acessível ou manipulável e se há, de fato, alguma chance de as reservas serem extraídas. Mas é justamente essa perspectiva que move os cientistas. O estudo dessas reservas de água congelada pode revelar informações importantes sobre o surgimento da água no Sistema Solar.

Mas existem razões mais pragmáticas para a exploração da água congelada.

Os Estados Unidos se preparam para voltar à Lua em 2024 ou 2025 com quatro astronautas. E a China também já anunciou planos de enviar uma missão tripulada ao satélite até o fim da década. Um dos objetivos principais dessas missões é estabelecer bases para uma futura missão a Marte, que incluiriam até mesmo laboratórios científicos.

Para que essa ocupação seja viável, os astronautas precisarão de água potável e de saneamento. Transportar água da Terra para a Lua não é uma missão simples e, muito menos, barata. Para se ter uma ideia, as empresas espaciais comerciais cobram cerca de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) para levar um quilo de carga útil até o satélite.

Além disso, moléculas de água podem ser quebradas em átomos de hidrogênio e oxigênio - substâncias que podem ser usadas como propulsores para foguetes. Outras fontes de energia também podem ser exploradas.

Embora abrigue muitas áreas em escuridão permanente, o polo sul lunar também tem regiões banhadas pela luz do Sol por longos períodos. São até 200 dias de iluminação constante em alguns pontos. A energia solar pode ser uma boa alternativa para manter as futuras bases lunares.

As missões não tripuladas visam, justamente, tentar entender a viabilidade dos recursos.

A Índia já planeja uma nova missão conjunta de exploração do polo sul lunar com o Japão até 2026. E a Rússia deve seguir com as missões Luna.

No próximo dia 26, o Japão planeja enviar um módulo de pouso inteligente. Trata-se da missão Slim, que tem por objetivo demonstrar técnicas precisas de pouso.

O aspecto geopolítico, entretanto, não pode ser deixado de lado numa corrida cujos dois principais protagonistas são EUA e China, não por acaso as duas maiores potências do planeta.

Além de interesses econômicos, está em jogo a soberania geopolítica e tecnológica. E enquanto Marte ainda não é um destino viável, a (re)conquista da Lua é o símbolo dessa nova supremacia mundial, como foi há 54 anos.

"Não é uma nova Guerra Fria, mas certamente é uma competição muito acirrada entre duas potências, em que a questão militar é crucial", afirma Leonardo Valente, do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

"Se a antiga União Soviética foi a grande rival no passado, agora é a China que se posiciona como rival (dos EUA) em todas as áreas. Outro fator é a geração de tecnologia de ponta para uso na Terra, inclusive bélica. Da sopa desidratada da dieta da moda às armas usadas na Ucrânia, tudo isso é fruto de tecnologia gerada pela corrida espacial."

Apenas quatro países - Brasil, Turquia, Ilhas Maurício e Holanda - adotaram todas as recomendações antitabagistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que destacou, nesta segunda-feira (31), os avanços em todo o mundo nos últimos 15 anos contra esse problema de saúde pública.

Em um informe, a OMS destacou que 5,6 bilhões de pessoas - 71% da população mundial - estão atualmente protegidas por pelo menos uma medida de combate ao tabagismo, o que é cinco vezes mais do que em 2007. O relatório relata, ainda, que a taxa mundial de fumantes caiu de 22,8% em 2007 para 17% em 2021.

"De forma lenta, mas consistente, mais e mais pessoas estão protegidas dos estragos do tabaco", celebrou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado.

O organismo lançou, em 2008, o programa MPOWER, um conjunto de medidas para ajudar os países a reduzir a demanda por cigarro em torno de seis eixos: proteger a população da fumaça do tabaco, aumentar os impostos sobre esse produto, monitorar o consumo, oferecer ajuda a quem quiser parar de fumar, advertir sobre os perigos do cigarro e proibir a publicidade de cigarro e produtos afins.

Em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Promoção da Saúde na OMC, dr. Ruediger Krech, observou que oito países - Espanha, Etiópia, Irã, Irlanda, Jordânia, Madagascar, México e Nova Zelândia - estão a apenas uma medida do programa para ingressar nesse grupo.

A OMS estima que, se essas medidas não tivessem sido aplicadas, haveria hoje mais 300 milhões de fumantes no mundo.

"Não são apenas números. Essas medidas literalmente mudaram nossas vidas", acrescentou o dr. Krech.

Em 44 países, nenhuma das medidas do programa MPOWER foi aplicada até o momento, deixando 2,3 bilhões de pessoas sem proteção contra o tabaco, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Todos os anos ocorrem em torno de 8,7 milhões de mortes relacionadas com o consumo ativo ou passivo dessa substância.

Iraque, Irã, Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio condenaram, nesta quinta-feira (29), a queima de uma cópia do Alcorão por um iraquiano radicado na Suécia e alertaram que isso poderia "inflamar" os muçulmanos em todo o mundo.

Salwan Momika, de 37 anos, que fugiu para a Suécia há alguns anos atrás, pisou em uma cópia do Alcorão na quarta-feira antes de incendiar várias páginas em frente à maior mesquita de Estocolmo.

A polícia concedeu permissão para o protesto, de acordo com as proteções suecas à liberdade de expressão, embora o ato tenha provocado indignação em todo o mundo muçulmano.

O incidente ocorreu enquanto os muçulmanos celebram o festival Eid al Ada.

O governo iraquiano, em um comunicado divulgado na quarta-feira, condenou com veemência "os atos repetidos de queimar cópias do Alcorão sagrado por indivíduos com mentes extremistas e perturbadas".

"Essas ações demonstram um espírito de ódio e agressividade que vai contra os princípios da liberdade de expressão", acrescentou. "Eles não são apenas racistas, também promovem a violência e o ódio".

O Irã se juntou à condenação, chamando a queima de "provocativa, impensada e inaceitável".

O governo talibã do Afeganistão também reagiu furiosamente à queima do Alcorão, chamando-a de "desprezo aberto por esta nobre religião e seus quase 2 bilhões de seguidores".

A Arábia Saudita, que acabou de receber 1,8 milhão de peregrinos para o hajj, concluído na quarta-feira, disse que "esses atos de ódio repetidos não podem ser aceitos com nenhuma justificativa".

Da mesma forma, o Egito, o país mais populoso do mundo árabe, descreveu a queima do Alcorão como um "ato vergonhoso que provoca os sentimentos dos muçulmanos" no momento de celebrações do Eid.

A queima também foi condenada pela Liga Árabe e pelo Conselho de Cooperação do Golfo, além do Marrocos, que convocou seu embaixador em Estocolmo.

O Marrocos também criticou a "complacência" do governo sueco com a queima do Alcorão.

No Líbano, o poderoso movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, acusou as autoridades suecas de "cumplicidade no crime".

Em janeiro, um extremista de direita sueco-dinamarquês queimou uma cópia do Alcorão perto da embaixada turca em Estocolmo e também gerou indignação nos muçulmanos em todo o mundo.

Brasileiros podem entrar sem pedir visto em 170 destinos diferentes, segundo o levantamento de 2023 do Henley Passport Index, que usa como base os dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). O passaporte brasileiro é o 19º mais poderoso do mundo, de acordo com o ranking que compara 199 passaportes e 227 destinos de viagens diferentes.

Ao viajar aos países que não pedem visto, o cidadão brasileiro pode portar apenas o passaporte, ou, em alguns casos, apenas o RG, como é o caso de países do Mercosul. Na lista, há também destinos em que é possível obter um visto na chegada, uma permissão de visitante ou uma Autorização Eletrônica de Viagem (ETA).

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O número de destinos que não pedem visto a brasileiros ainda pode aumentar. O governo do México vai voltar a isentar viajantes brasileiros da exigência de visto. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deu a informação nesta quarta-feira, dia 24, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. No último dia 20, o Japão também anunciou que iria liberar turistas brasileiros do visto.

Confira os países que não exigem visto de brasileiros por região

Europa

- Albânia

- Andorra

- Áustria

- Bielorrússia

- Bélgica

- Bósnia e Herzegovina

- Bulgária

- Croácia

- Chipre

- República Checa

- Dinamarca

- Estônia

- Ilhas Faroe

- Finlândia

- França

- Geórgia

- Alemanha

- Gibraltar

- Grécia

- Groenlândia

- Hungria

- Islândia

- Irlanda

- Itália

- Kosovo

- Letônia

- Liechtenstein

- Lituânia

- Luxemburgo

- Malta

- Moldávia

- Mônaco

- Montenegro

- Holanda

- Macedônia do Norte

- Noruega

- Polônia

- Portugal

- Romênia

- Federação Russa

- San Marino

- Sérvia

- Eslováquia

- Eslovênia

- Espanha

- Suécia

- Suíça

- Turquia

- Ucrânia

- Reino Unido

- Vaticano

Américas

- Argentina

- Belize

- Bermudas

- Bolívia

- Chile

- Colômbia

- Costa Rica

- Equador

- El Salvador

- Ilhas Malvinas

- Guatemala

- Guiana

- Honduras

- Nicarágua

- Panamá

- Paraguai

- Peru

- Uruguai

- Venezuela

Caribe

- Anguila

- Antígua e Barbuda

- Aruba

- Bahamas

- Barbados

- Bonaire; Santo Eustáquio e Saba

- Ilhas Virgens Britânicas

- Ilhas Cayman

- Curaçao

- Dominica

- República Dominicana

- Índias Ocidentais Francesas

- Granada

- Haiti

- Jamaica

- Montserrat

- São Cristóvão e Nevis

- Santa Lúcia

- St. Maarten

- São Vicente e Granadinas

- Trindade e Tobago

- Ilhas Turcas e Caicos

Ásia

- Camboja *

- Hong Kong

- Indonésia *

- Cazaquistão

- Quirguistão *

- Laos *

- Macau

- Malásia

- Maldivas *

- Mongólia

- Nepal *

- Filipinas

- Cingapura

- Coreia do Sul **

- Sri Lanka **

- Tadjiquistão *

- Tailândia

- Timor-Leste *

- Uzbequistão

Oceania

- Ilhas Cook

- Fiji

- Polinésia Francesa

- Ilhas Marshall *

- Micronesia

- Nova Caledônia

- Nova Zelândia**

- Niue

- Ilhas Palau*

- Papua Nova Guiné*

- Samoa*

- Ilhas Solomon*

- Tonga*

- Tuvalu*

- Vanuatu

África

- Botsuana

- Burkina Faso *

- Burundi *

- Ilhas de Cabo Verde *

- Ilhas Comores *

- Egito *

- Eswatini

- Etiópia *

- Gabão *

- Guiné-Bissau *

- Madagáscar *

- Malauí *

- Mauritânia *

- Mauritius

- Maiote

- Marrocos

- Moçambique *

- Namíbia

- Reunião

- Ruanda *

- São Tomé e Príncipe

- Senegal

- Seicheles *

- Serra Leoa *

- Somália *

- África do Sul

- Santa Helena *

- Tanzânia *

- Togo *

- Tunísia

- Uganda *

- Zâmbia *

- Zimbábue *

Oriente médio

- Armênia

- Bahrein*

- Irã *

- Israel

- Jordânia*

- Líbano*

- Omã

- Palestina

- Catar

- Emirados Árabes

* Países que emitem o visto na chegada do viajante

** Países que pedem a Autorização Eletrônica de Viagem

Uganda, na África Oriental, se tornou na terça-feira (21) o sétimo país a aprovar uma lei que torna atos homossexuais puníveis com a morte. Com isso, o país se junta a Arábia Saudita, Irã, Iêmen, Nigéria, Mauritânia e Brunei na lista de Estados que preveem a pena em seus sistemas legais, segundo a Associação Internacional de Gays e Lésbicas (AIGL), em seu relatório de 2020.

Outros cinco países - Afeganistão, Paquistão, Catar, Somália e Emirados Árabes - têm leis dúbias sobre pena de morte para relações consensuais entre pessoas do mesmo sexo, ainda que não tenham sido registradas execuções de representantes da comunidade LGBT+ nesses locais nos últimos anos.

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Ao todo, segundo a AIGL, 69 países-membros das Nações Unidas têm leis que criminalizam a homossexualidade. Dessa lista, 31 países ficam na África, apesar de algumas mudanças recentes na posição sobre a comunidade LGBT+ em países como Angola, Gabão e Botswuana.

Outros 21 países ficam na Ásia, especialmente no Oriente Médio, onde a interpretação rígida da lei islâmica geralmente gera algum tipo de punição para homossexuais. Outros nove ficam no Caribe e seis, na Oceania.

Em países não islâmicos, muitas das leis que criminalizam as relações homossexuais tem origem na era colonial. Dos 53 países da comunidade britânica de nações, a Commonwealth, que reúne a maioria dessas ex-colônias britânicas, 36 têm leis que criminalizam a homossexualidade.

Isso ocorre porque no Reino Unido, relações consensuais entre homossexuais eram consideradas crime até 1967. Maior potência colonial do século 19, principalmente na África, a coroa britânica replicava nas colônias a lei da metrópole. Uganda, por exemplo, foi uma colônia britânica e se tornou independente apenas em 1962.

O que torna a lei ugandense diferente da maioria dos países que aplicam a pena capital a gays é que o projeto foi aprovado no Parlamento. Em teocracias como Arábia Saudita, Irã e em partes da Nigéria, a sharia (lei islâmica) é aplicada.

Perseguição no coração da África

Em Uganda, apenas dois dos 389 legisladores não votaram a favor do projeto radical, que introduz a pena capital e prisão perpétua para quem faça "sexo gay" e o que o texto chama de "recrutamento, promoção e financiamento" de "atividades do mesmo sexo".

A lei deve ser agora sancionada pelo presidente Yoweri Museveni. Esta votação ocorre em Uganda em plena onda de homofobia na África Oriental, onde a homossexualidade é ilegal e, com frequência, considerada um crime.

Na semana passada, o presidente Musevini, no poder desde 1986, qualificou os homossexuais como "desviados". Poucos dias depois, a polícia ugandesa deteve seis pessoas por "prática homossexual".

No mês passado, Musevini disse que Uganda não abraçará a homossexualidade, alegando que o Ocidente está tentando "obrigar" outros países a "normalizar desvios".

Setenta e nove países já participaram, ao menos uma vez, de uma edição de Copa do Mundo. Este ano, o único estreante será o anfitrião Catar. A longa lista, no entanto, tem poucos campeões: apenas oito nações já levaram a taça, ou seja, um seleto grupo de dez por cento.

Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra, Argentina, França e Espanha são os únicos campeões e, normalmente, favoritos a cada quatro anos.

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O caso do Uruguai é bem curioso. A camisa oficial apresenta quatro estrelas acima do escudo. Uma autorização da Fifa pelo fato de a equipe celeste ter sido, além de duas vezes campeã de uma Copa do Mundo (em 1930, em Montevidéu, e em 1950, no Rio de Janeiro), duas vezes medalha de ouro olímpica numa época anterior à criação do Mundial de futebol (nos Jogos de Paris, em 1924, e em Amsterdam, em 1928). Ou seja, um tetracampeonato bem particular e questionável.

Para a Itália, tetracampeã, ausente neste Mundial, a era de ouro foi nos anos 30 do século passado. Da primeira vez em que ergueu a Taça Jules Rimet, o ditador Benito Mussolini foi direto com os jogadores: Vincere o morire (Vencer ou morrer). Os comandados do técnico Vittorio Pozzo (bicampeão mundial, em 1934 e em 1938) entenderam claramente o recado e conquistaram a Copa disputada em Roma, além da edição seguinte também, em Paris. A Segunda Guerra Mundial impediu um tricampeonato italiano, com a interrupção dos Mundiais entre 1942 e 1946. A tragédia com o choque do avião da equipe do Torino em 1949 com o monte Superga acabou com as pretensões da Azzurra para 1950. Os outros dois títulos vieram na Espanha (1982), com a famosa equipe do carrasco Paolo Rossi, e na Alemanha (2006), numa decisão por pênaltis contra a França.

A Alemanha também se orgulha em ser tetracampeã. Duas Copas foram ganhas quando ela sequer era a favorita na final. No Mundial da Suíça (1954) poucos apostavam numa vitória dos alemães-ocidentais diante da Hungria. Aos 8 minutos do primeiro tempo os germânicos já perdiam por 2 a 0, mas conseguiram virar a partida para 3 a 2 e ainda viram o árbitro anular o que seria o gol de empate húngaro no último minuto. Em 1974, também de virada, bateram a Holanda, em Munique, por 2 a 1. Depois conseguiram dois títulos em cima da Argentina, ganhando por 1 a 0 em Roma (1990) e no Rio de Janeiro (2014).

Os ingleses, que criaram as regras do esporte no século XIX, conquistaram seu único título atuando em casa. No Mundial de 1966, jogando todas as partidas sem precisar sair de Londres, a Inglaterra ergueu a Taça Jules Rimet para alegria da Rainha Elizabeth, que estava na tribuna do Estádio de Wembley.

Os argentinos, tão fanáticos por futebol, enaltecem até hoje seus títulos do passado. A primeira conquista veio em 1978 na Copa realizada na própria Argentina. Numa época em que boa parte da América do Sul era comandada por militares, a visita do ditador argentino Jorge Rafael Videla ao vestiário dos peruanos às vésperas de um jogo importante despertou suspeitas. Havia uma ligação cordial entre o general Videla e o presidente peruano, o também general Francisco Morales Bermúdez. Mais que isso, o filho de Bermúdez era justamente o chefe da delegação peruana na Copa de 1978. Os portenhos venceram o Peru por 6 a 0, eliminaram o Brasil no saldo de gols e se classificaram para a final contra a Holanda, onde ganharam licitamente por 3 a 1. Em 1986, no México, foi a vez de Maradona jogar praticamente sozinho e erguer a taça do mundo. As arrancadas do camisa 10 impressionaram e fizeram muita gente duvidar se o futebol era mesmo um jogo coletivo.

Os franceses também são campeões duas vezes, muito graças a um processo de miscigenação do país que, abrindo suas fronteiras a africanos vindos das ex-colônias, melhorou consideravelmente sua equipe nacional com os filhos desses imigrantes. Dessa forma, em 1998, em Saint-Denis, a França, comandada pelo filho de argelinos Zinedine Zidane massacrou a seleção brasileira por 3 a 0. E, em 2018, com jogadores do quilate de Kanté, Pogba e Mbappé (filho de um camaronês com uma argelina), a equipe chegou ao título com outro passeio na final em Moscou: 4 a 2 na Croácia.

Os espanhóis viveram momentos mágicos entre 2008 e 2012, conquistando duas Eurocopas e o Mundial da África do Sul (2010). Por mais que o toque de bola fosse envolvente, a Fúria fazia poucos gols (anotou apenas oito em sete jogos), mas venceu a Copa na base de sucessivas vitórias por 1 a 0.

Além desses sete campeões, há o Brasil. Os pentacampeões mundiais ergueram a Taça Jules Rimet na Suécia (1958), no Chile (1962) e no México (1970) e a Taça Copa do Mundo nos Estados Unidos (1994) e no Japão/Coreia do Sul (2002). Nas cinco campanhas, 28 vitórias, 4 empates e nenhuma derrota e a consagração de que o país do futebol é mesmo aqui. Quando Bellini, Mauro Ramos de Oliveira, Carlos Alberto Torres, Dunga e Cafu levantaram o caneco em cada uma das vezes os milhões de brasileiros foram às ruas comemorar e viveram emoções tão fortes que, a cada quatro anos, todos querem sentir novamente o prazer de gritar: é campeão! Para quem é um verdadeiro papão de títulos, o jejum está longo demais.

Enquanto no Brasil as urnas ainda nem haviam sido abertas, a votação para presidente em países como Austrália, Coreia do Sul, Japão e Nova Zelândia já estavam encerradas. A expectativa da Justiça Eleitoral é que até as 9h (horário de Brasília) as urnas já estejam fechadas em 24 cidades de 18 países tenham finalizado a eleição.

A organização das eleições no exterior, como o envio de urnas e a abertura de seções eleitorais, fica a cargo do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). O órgão informou que já começou a receber os primeiros boletins de urna provenientes de outros países. A divulgação dos resultados oficiais, contudo, só deve começar às 17h.

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De acordo com o desembargador Roberval Belinati, presidente do TRE-DF, até o momento poucas ocorrências foram registradas: uma urna eletrônica precisou ser substituída por uma de lona em Wellington, capital da Nova Zelândia, e uma mesária foi afastada em Istambul, na Turquia, após dar orientações erradas a uma eleitora deficiente visual.

Neste ano, foram montadas seções eleitorais em 181 cidades estrangeiras. Segundo a Justiça Eleitoral, mais de 697 mil eleitores estão aptos a votar no exterior, um aumento de 39,21% em relação às eleições gerais anteriores, em 2018.

A Polícia Federal, em atuação conjunta com a Receita Federal e a Agência Nacional de Mineração (ANM), deflagrou nesta quarta-feira, 19, a Operação "La Casa de Papel". A ação prendeu seis pessoas acusadas de operar um esquema de pirâmide financeira que funciona pelo menos desde 2019, opera em mais de 80 países e causou prejuízo de R$ 4,1 bilhões a 1,3 milhão de pessoas. O grupo chegou a criar duas criptomoedas, que foram supervalorizadas artificialmente e depois perderam todo o valor. O nome da operação é uma referência à "Casa da Moeda própria" de que os investigados dispunham e também a uma série de streaming de mesmo nome. O esquema segue funcionando, segundo a PF.

A investigação e a operação desta quarta-feira foram realizadas pela Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul. As ordens de prisão preventiva foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande (MS). O juízo também expediu 41 mandados de busca e apreensão, a serem cumpridos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Santa Catarina.

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Os policiais também cumprem mandados de bloqueio no valor de US$ 20 milhões (cerca de R$ 105 milhões) e sequestros de dinheiro depositado em contas bancárias, além de imóveis de alto padrão, gado, veículos, ouro, joias, artigos de luxo, uma mina de esmeraldas, lanchas e criptoativos que estavam com as pessoas físicas e jurídicas investigadas.

O esquema

A investigação começou na cidade de Dourados (MS) em agosto de 2021. Foi quando a Polícia Federal prendeu em flagrante dois homens que seguiam com escolta armada rumo à fronteira com o Paraguai. Nessa abordagem, foram encontradas esmeraldas avaliadas em US$ 100 mil (cerca de R$ 525 mil). As pedras estavam escondidas e não tinham origem legal. Também estavam amparadas em nota fiscal cancelada.

Durante a investigação, a PF descobriu a pirâmide financeira - esquema no qual os depósitos dos clientes mais recentes bancam os lucros dos mais antigos. A quadrilha apresentava uma empresa (inexistente) que teria sede na Estônia e parceria com dois bancos. A suposta companhia oferecia investimentos com aportes financeiros periódicos a de 15 a até 100 mil dólares, com promessa de ganhos mensais de até 20% e anuais de 300%, conforme o valor investido. O dinheiro seria aplicado no mercado de criptoativos por supostos traders a serviço da empresa.

Quem entrava no negócio era incentivado a captar novos investidores, em mecanismo que chamavam de binário: oferecia ganhos porcentuais sobre os valores investidos por novos clientes atraídos para o esquema. A empresa era divulgada pelas redes sociais, em reuniões presenciais em diversos estados e países, por meio de "team leaders" arregimentados. Tinha até o apoio e a estrutura de uma entidade religiosa pertencente a um dos envolvidos.

A falsa empresa do grupo já tinha sido alvo de alertas de órgãos financeiros em diferentes países, como Espanha e Panamá. Os avisos denunciavam a inexistência de autorização de atuação e que se tratava de esquema de pirâmide financeira, que é ilegal, entre outros motivos, por ser insustentável.

Segundo a PF, a prática ilegal tornou-se mais sofisticada com o tempo, englobando supostos investimentos decorrentes de lucros advindos de minas de diamantes e esmeraldas que a empresa teria no Brasil e no exterior, em mercado de vinhos, de viagens, em usina de energia solar e usina de reciclagem, entre outros.

Moedas virtuais próprias

No fim de 2021, os investigados criaram duas criptomoedas, lançadas sem nenhum lastro financeiro. Foi identificada manipulação de mercado para valorizar uma das moedas artificialmente em 5.500% em apenas 15 horas, com pico de até 38.000% dias depois. O objetivo, segundo a PF, era manter a pirâmide financeira o mais tempo possível em atividade, pois as criptomoedas foram também utilizadas para pagar os investidores. Mas, depois de alta meteórica e especulativa promovida pelos investigados, as criptomoedas perderam todo o valor de mercado. A cotação caiu para menos de um centavo de dólar, resultando em perda quase completa da liquidez.

O grupo também se valia de muita ostentação nas redes sociais. Tinha milhões de seguidores em todo o mundo, demonstrando o sucesso pessoal e de investimentos, com demonstração de viagens internacionais para Dubai, Cancún e outros destinos turísticos famosos.

Para movimentar o dinheiro foram usadas contas bancárias dos investigados, de seus parentes e de terceiros ligados ao grupo, além de empresas de fachada. A entidade religiosa de um dos envolvidos movimentou mais de R$ 15 milhões e foi usada para captar investidores, buscando a ocultação e lavagem de dinheiro dos recursos.

Quando um dos responsáveis pela pirâmide financeira foi preso em Cuba, a empresa interrompeu o pagamento dos valores aos cubanos. A justificativa, divulgada nas redes sociais foi que o governo cubano teria impedido a empresa de ajudar o país. Depois, ante o volume de dinheiro subtraído pelo esquema criminoso, os investigados começaram a impor dificuldades para realização dos pagamentos aos investidores lesados. Como forma de garantir seus lucros, passaram a estabelecer prazos cada vez maiores para resgate da aplicação.

Segundo a investigação, no fim de 2021 os investigados anunciaram que um ataque hacker (falso) causara um imenso prejuízo financeiro. Essa foi a justificativa usada para reter o dinheiro dos investidores e suspender os pagamentos, sob o argumento da necessidade de uma auditoria financeira. Meses depois, comunicaram a conclusão da auditoria e anunciaram uma reestruturação da empresa, mantendo o esquema e migrando para uma nova rede, a fim de que os investidores efetuassem novos aportes e continuassem o negócio. Nesse momento, o suposto presidente da empresa ameaçou quem fizesse denúncias à Polícia ou à Justiça de ser processado e não receber qualquer valor investido de volta.

Crise

Diante de reclamações registradas nas redes sociais, os organizadores do esquema criaram novas versões. Para postergar os pagamentos, alegaram dificuldades no mercado de criptomoedas, prejuízos financeiros, problemas no site da empresa. Mas também divulgavam notícias falsas, afirmando que investidores estariam aplicando e recebendo valores regularmente. O objetivo era convencer outros a manter a aplicação no esquema.

Os investigados vão responder pela prática dos crimes de organização criminosa; crimes contra o sistema financeiro, por operar sem autorização; evasão de divisas; lavagem de dinheiro; usurpação de bem mineral da União Federal; execução de pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença; falsidade ideológica e estelionato por meio de fraude eletrônica. Se condenados, as penas podem chegar a 41 anos de prisão, sem prejuízo da perda dos bens e de multas ambientais e tributárias a serem apuradas.

Com a eleição antecipada em relação ao Brasil por conta do fuso horário, brasileiros em países da Oceania e de parte da Ásia já votaram para a Presidência. O resultado parcial consolidou a preferência pelo ex-presidente Lula (PT) em países como Austrália e Coréia do Sul. O único país com vantagem de Jair Bolsonaro (PL) foi o Japão. 

Assim que as votações encerraram, os boletins de urna foram emitidos e expostos nas portas das seções eleitorais. A resposta do eleitorado fora do Brasil expôs a tendência apresentadas nas pesquisas com o voto polarizado e Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) alternando como melhor posicionado por fora do eixo de disputa principal. 

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Em Tóquio, no Japão, Bolsonaro teve sua única vantagem. O resultado mais expressivo que o atual presidente alcançou em uma seção foi 185 votos contra 39 de Lula. Daí em diante, o petista conquistou uma larga vantagem. 

Na Nova Zelândia, primeiro país a fechar as urnas, na cidade de Wellington, o petista foi dominante em todas as urnas. O resultado mais expressivo foi de 128 votos contra 19 em Bolsonaro. Na Austrália, em Canberra, Lula chegou a atingir 341 votos contra 76 do atual presidente. 

Em uma seção de Singapura, Lula obteve 182 voto e Bolsonaro recebeu 97. Em Seul, na Coréia do Sul, o representante da esquerda recebeu 130 votos, enquanto o candidato conservador foi escolhido por 53 eleitores. 

Eleições 2022- Neste domingo (2), brasileiros vão escolher seus representantes e exercer a cidadania através do voto, das 8h às 17h, pelo horário de Brasília. A apresentação de documento original com foto é obrigatória para o eleitor, que vai votar em Deputados federais, estaduais e distrital, Governador, Senador e Presidente. 

Viajar para estudar em outro país é o sonho de grande parte dos estudantes brasileiros, afinal, agregar conhecimento para robustecer seu currículo é importantíssimo para quem deseja ser bem-sucedido financeiramente. Esse tipo de viagem, no entanto, envolve custos financeiros por muitas vezes alto.

Pensando nisso, reunimos uma lista de países com os menores custos para se estudar fora do Brasil. Confira:

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Irlanda

Uma das maiores cidades irlandesas, como Dublin, tem um custo de vida muito mais barato que o de Londres, por exemplo. Ao optar por cidades do interior, como Cork e Galway, os gastos podem ser ainda menores.

Outra vantagem é que as universidades e cursos de idiomas disponíveis na Irlanda costumam ter preços inferiores aos do Reino Unido. Além disso, o país oferece várias opções para bolsas de estudos exclusivas para brasileiros, como a Haddad Fellowship.

Outra vantagem é que se você se matricular em curso com mais de 25 semanas de duração você consegue um visto de trabalho, o que te permite estudar e ainda fazer uma renda extra, o que ajuda nos custos da viagem.

Malta

Ainda não muito conhecida no Brasil, esse pequeno país fica no meio do Mar Mediterrâneo, entre os continentes europeu e africano.

Apesar de ter o Euro como moeda oficial, Malta tem um custo de vida mais baixo se comparado a outros lugares do Velho Continente. Segundo a calculadora de custos de vida Expatistan, viver em Malta é mais barato que em 56% dos países da Europa Ocidental.

Estudantes de idiomas, por exemplo, podem trabalhar no país, o que não é tão comum em outros países, porém é necessário que o estudante esteja em Malta há 90 dias para solicitar uma permissão de trabalho e estudo.

Canadá

O Canadá é um dos destinos mais procurados pelos brasileiros. Uma das maiores razões para isso é que o país tem um excelente custo-benefício tanto para quem quer viajar a turismo quanto para fazer um intercâmbio.

No país, existe uma grande diversidade de cursos oferecidos tanto por escolas particulares quanto pelas universidades locais. Os preços de cursos assim são um pouco mais baixos do que aqueles encontrados na Irlanda, porém no Canadá estudantes de idiomas não têm direito a uma permissão de trabalho.

Outro ponto positivo para ir para o Canadá é que existem muitos voos entre o Brasil e as cidades canadenses, o que diminui o preço das passagens aéreas. Além disso, os cursos superiores no país são mais acessíveis que nos Estados Unidos ou no Reino Unido.

Argentina

O país conta com cursos a preços acessíveis, como os da Universidade de Buenos Aires (UBA). Essa universidade, aliás, assim como as outras instituições públicas da Argentina, não cobram nada para quem quiser fazer uma graduação. A UBA é uma das 100 melhores universidades do mundo e muitos brasileiros vão fazer medicina lá.

Colômbia

Segundo o Expatistan, o nosso vizinho tem um dos custos de vida mais baixos do mundo. Além disso, as passagens aéreas para a capital, Bogotá, podem sair por cerca de 2.500 reais.

A capital é apenas uma entre muitos destinos fantásticos do país, como Cartagena, Santa Marta e Medellin, cidade com a melhor qualidade de vida da Colômbia. Todos esses lugares são incríveis não só para fazer um curso de espanhol como para se aventurar em um intercâmbio voluntário.

O país também pode ser uma boa opção para quem busca por uma oportunidade de graduação sanduíche. Várias universidades brasileiras têm parcerias com instituições colombianas.

México

Além de ser um destino popular entre os intercambistas, a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) é a segunda melhor da América Latina. Segundo estimativas do governo mexicano, cerca de 45 mil estudantes internacionais estão matriculados em alguma das universidades do país.

Uma das principais categorias de intercâmbio no México é o aprendizado de espanhol. Por lá ,existe uma grande variedade de opções, já que o país tem uma forte tradição turística e recebe pessoas de vários lugares do mundo para aprender espanhol.

Com custo de vida similar ao do Brasil, viajar para o México não vai custar mais do que uma viagem para outro Estado.

Países europeus

Portugal

Um dos principais atrativos de Portugal é o seu custo de vida mais baixo. É claro que cidades como Lisboa seguem sendo mais caras que São Paulo. Porém, ao ir para Coimbra, os valores podem ser menores que os gastos na maior cidade do Brasil. 

Além da economia com os gastos do dia a dia, a educação em Portugal não é tão cara. Na Universidade de Lisboa, por exemplo, as anuidades não costumam passar dos 15 mil euros. Outra vantagem é que é possível estudar em muitas universidades portuguesas utilizando apenas a sua nota do Enem.

Espanha

A Espanha é um dos países europeus que mais disponibiliza oportunidades para brasileiros. Seu custo de vida é um pouco maior do que o de Portugal, porém, os espanhóis seguem tendo o 3º menor custo entre todos os países da Europa Ocidental.

Ainda que o preço para se manter na Espanha seja superior ao de Portugal, os cursos superiores na Espanha cobram valores menores dos brasileiros.

Outra grande vantagem do país espanhol são as possibilidades de bolsas de estudo. Lá, é possível estudar idiomas sem pagar nada, através de programas como o Bolsas Santander, que oferecem auxílios para quem quer aprender castelhano nas universidades espanholas.

Alemanha

As universidades alemãs estão entre as poucas do mundo que são gratuitas também para estudantes estrangeiros.

A gratuidade vale para cursos de graduação e doutorado, enquanto os cursos de mestrado cobram tarifas dos alunos. Além de cursos gratuitos, a Alemanha tem muitas bolsas para alunos internacionais, o que torna o país uma opção ainda melhor para quem quer economizar.

Ao contrário do que possa parecer, a Alemanha também não tem um custo de vida tão caro quanto a dos demais países europeus. Segundo o Expatistan, os alemães pagam menos do que 61% dos europeus com suas despesas do dia a dia.

Por Joice Silva

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se mostrou preocupada com a quantidade de casos confirmados de varíola dos macacos e também com o crescente número de países com confirmações, em nova reunião do comitê de emergência para avaliação do surto, nesta quinta-feira (21). Conforme o diretor-geral, Tedros Adhanom, já são mais de 14 mil notificações recebidas vindas de 71 nações.

"Continuo preocupado com o número de casos, em um número crescente de países", disse Adhanom, no discurso de abertura da reunião. Ele destacou que é "agradável" notar uma aparente tendência de declínio em alguns países, "mas outros ainda estão vendo um aumento, e seis países relataram seus primeiros casos na semana passada."

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O comitê se reuniu pela primeira vez no final de junho e decidiu que, naquele momento, o surto não configurava uma emergência de saúde pública de importância internacional (PHEIC, em inglês). Uma PHEIC é um "evento extraordinário" que apresenta risco através da propagação internacional e requer "resposta internacional coordenada". Desde 2007, a organização só soou esse alerta seis vezes. Atualmente, apenas a covid-19 e o poliovírus têm esse status.

No dia 6 de julho, quando havia 6 mil notificações de 58 países, o diretor-geral declarou que reuniria os especialistas novamente. No anúncio, Adhanom frisou que a testagem "continua sendo um desafio" e que era "altamente provável" que um número "significativo" de casos não estivessem sendo testados.

Nesta quinta, Adhanom destacou que as considerações da reunião anterior haviam ajudado a "delinear a dinâmica desse surto". "À medida que o surto se desenvolve, é importante avaliar a eficácia das intervenções de saúde pública em diferentes ambientes, para entender melhor o que funciona e o que não funciona."

Grande parte dos casos continua a ser relatada por homens que fazem sexo com homens (HSH), que incluí gays e bissexuais, conforme Adhanom. Para ele, o padrão ao mesmo tempo em que representa uma oportunidade para implementar intervenções de saúde pública direcionadas, é também um "desafio". "Porque em alguns países, as comunidades afetadas enfrentam discriminação com risco de vida." Ele também frisou que há risco de estigmatização da comunidade, o que tornará o surto ainda mais difícil de controlar.

Surgimento dos casos

O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa, assim como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos.

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.

O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Sintomas

Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.

Prevenção

De acordo com o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem. Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas.

Primeiro veio a seca, que matou dois filhos de Ruqiya Hussein Ahmed, na Somália. Depois, veio a guerra na Ucrânia, elevando tanto o preço da comida que agora ela mal consegue manter os outros dois que sobreviveram. "Aqui, não temos nada", disse. "Meus filhos morreram de fome. Eles sofreram."

Na África Oriental, a seca deixou 13 milhões de pessoas passando fome severa - principalmente na Somália, Quênia e Etiópia. As colheitas atingiram o nível mais baixo em décadas e crianças desnutridas lotam hospitais. Na Etiópia, a guerra civil agrava a situação e impede a entrega de ajuda na região de Tigray - o primeiro carregamento em três meses chegou ontem. O conflito na Ucrânia piorou a crise ao pressionar o preço de grãos, combustíveis e fertilizantes.

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Rússia e Ucrânia estão entre os maiores produtores mundiais de trigo, soja e cevada. Ao menos 14 países africanos importam metade de seu trigo dos dois países. "O conflito agravou uma situação já complicada", disse Gabriela Bucher, diretora da ONG Oxfam. "A região precisa da solidariedade internacional - e agora."

TRAGÉDIAS

Além da seca e da guerra, a pandemia interrompeu as cadeias de fornecimento e forçou muita gente a pagar mais por comida. Para piorar, uma infestação de gafanhotos no Quênia, a guerra civil na Etiópia, inundações no Sudão do Sul e os ataques terroristas na Somália contribuíram para a destruição de fazendas, o esgotamento das colheitas e o agravamento da crise alimentar.

Agora, a guerra na Ucrânia pode reduzir ainda mais "a quantidade e a qualidade" da comida, segundo Sean Granville-Ross, diretor da ONG Mercy Corps. "Atender às necessidades da população se tornará mais caro e desafiador", disse.

O resultado já é evidente na Somália, onde o preço de 20 litros de óleo de cozinha aumentou de US$ 32 para US$ 55, enquanto 25 quilos de feijão agora custam US$ 28, em vez de US$ 18. No Sudão, o pão quase dobrou de preço e algumas padarias fecharam por causa da queda de 60% das importações de trigo desde o início da guerra. No Quênia, o preço da gasolina subiu, provocando protestos.

A guerra também afetou o Programa Mundial de Alimentos, que neste mês reduziu as rações para refugiados na África Oriental e no Oriente Médio. Os recursos necessários para evitar a crise também não fluem mais, disse Bucher. Apenas 3% dos US$ 6 bilhões que a ONU precisa este ano para Etiópia, Somália e Sudão do Sul foram alocados. "O mundo precisa vir em socorro da África Oriental para evitar uma catástrofe", disse ela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco criticou nesta quinta-feira (24) a promessa de alguns países ocidentais de aumentar seus gastos militares para até 2% do PIB (produto interno bruto) em função da invasão russa na Ucrânia.

Em audiência com uma entidade italiana de direitos da mulher, o líder da Igreja Católica afirmou que a resposta à crise não deve ser dada com "outras armas, outras sanções e outras alianças político-militares", mas sim com "um modo diverso de governar o mundo".

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"Senti-me envergonhado quando li que um grupo de países se comprometeu a gastar 2% do PIB com a compra de armas para responder ao que está acontecendo. Loucos!", afirmou Francisco.

Diversos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciaram nas últimas semanas o aumento de suas despesas militares para fazer frente à Rússia, e a própria Câmara dos Deputados da Itália, país onde fica o Vaticano, aprovou uma resolução que compromete o governo a elevar os gastos com defesa para 2% do PIB.

"A história dos últimos 70 anos demonstra que nunca faltaram guerras regionais, por isso eu disse que estávamos em uma terceira guerra mundial fatiada, até chegarmos nesta, que tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro. Mas o problema de base é o mesmo: o mundo continua sendo governado como um xadrez onde os poderosos estudam os movimentos para estender seu predomínio", acrescentou o Papa.

De acordo com o pontífice, o conflito na Ucrânia é "fruto da velha lógica de poder que ainda domina a assim chamada geopolítica".

As declarações coincidem com uma cúpula de líderes da Otan em Bruxelas, durante a qual foi decidido o envio de mais tropas da aliança para países do leste europeu, como Bulgária, Romênia, Eslováquia e Hungria, sendo que os três últimos fazem fronteira com a Ucrânia.

Da Ansa

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou neste domingo (20) que 10 milhões de pessoas fugiram de suas casas na Ucrânia desde o início dos ataques da Rússia, ocorrido em 24 de fevereiro.

A maioria é de cidadãos que buscaram outras cidades dentro do próprio país, os chamados deslocados internos, mas cerca de 3,4 milhões já cruzaram as fronteiras em busca de segurança.

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O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, usou sua conta nas redes sociais para comentar o número.

"Entre as responsabilidades daqueles que fazem a guerra, em todo o mundo, está o sofrimento infligido aos civis que são obrigados a fugir de suas casas. A guerra na Ucrânia é tão devastadora que 10 milhões fugiram - deslocados dentro do país ou como refugiados no exterior", escreveu.

Já o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Joe English, afirmou à emissora "CNN" que "ao menos 1,5 milhão de crianças se tornaram refugiados desde o início da invasão na Ucrânia pela Rússia e outras 3,3 milhões de crianças estão deslocados internamente".

De acordo com a última atualização do site da ONU, a maior parte dos que fugiram atravessaram as fronteiras com a Polônia - a maior, com cerca de 500 quilômetros -, somando pouco mais de dois milhões de pessoas.

Outros 527,2 mil foram para a Romênia; 362,5 mil seguiram para a Moldávia; 305,5 mil para a Hungria; 245,5 mil para a Eslováquia; 184,5 mil fugiram para a Rússia; e 2,5 mil para Belarus. Muitos atravessam as fronteiras dessas nações com direção a outros países do mundo.

Da Ansa

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