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Os planos de realizar intercâmbio, para alguns, foram adiados devido à pandemia do novo coronavírus. Com o início da vacinação, mesmo que de forma tardia no Brasil, e os índices de contaminação desacelerando, algumas fronteiras tornaram a abrir e o desejo de estudar fora do país voltou a ser possível.

Em entrevista ao LeiaJá, a especialista em intercâmbio e gerente da empresa do segmento Student Travel Bureau (STB), localizada no Recife, Marina Motta, ressalta alguns pontos importantes para pôr em prática no momento de organizar a viagem. “O estudante deve ficar atento às exigências do país de intercâmbio, ponto que varia, como tempo de realização do exame do RT-PCR [teste que diagnostica Covid-19], checar também os países de conexão, questão do visto e se será necessário realizar quarentena”, explica. Veja o vídeo:

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À reportagem, Marina Motta elencou os principais destinos para realizar intercâmbio ainda em 2022. Entre eles estão Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha e Itália. “O visto para o Canadá demora em torno de um mês ou um mês e meio. O país soube controlar bem a pandemia e tem uma população receptiva. Um bom lugar para quem deseja fazer uma pós, curso de inglês”, conta.

Ela ressalta que os interessados em viajar para os Estados Unidos precisam de um pouco de paciência na hora de solicitar o visto. “Para turista, o tempo para o visto é um pouco mais longo, já para quem vai como estudante, comprovando que está matriculado em uma instituição de ensino de lá, é relativamente rápido”.

Intercâmbio profissional: o que é e quais modalidades existem?

A proposta do intercâmbio profissional é atrelar a possibilidade de morar e trabalhar em outro país, no entanto, vale salientar que há oportunidades remuneradas, como também voluntárias. No caso da segunda opção, o consultor de intercâmbio, Ítalo Cunha, reforça a necessidade de uma reserva financeira para o período da experiência.

"O intercâmbio profissional traz um ganho intelectual, laboral e cultural para quem realiza. Logo, isso será um grande diferencial no currículo. A gente sabe que os últimos dois anos foram de poucos ganhos, por isso, realizar intercâmbio, mesmo que por um curto período, como duas semanas, por exemplo, requer planejamento financeiro" , ressalta.

Dentre as modalidades, ou seja, opções de intercâmbio profissional, Ítalo aponta as mais procuradas: Au Pair, Work and Travel e voluntário. "A oportunidade de Au Pair, geralmente, atrai mais as mulheres. Por meio dessa modalidade, os interessados podem trabalhar cuidando de crianças, por um período de até um ano, e morando em casas das famílias", explica. 

A modalidade 'Work and Travel' é destinada a universitários que possibilita trabalhar durante as férias. "Para quem deseja ter a experiência de intercâmbio nos Estados Unidos, o Work and Travel é uma boa opção porque é um programa regulamentado pelo governo de lá. Além disso, os intercambistas podem permanecer no país por até quatro meses", explica o consultor.

Autoridades da Rússia anunciaram nesta segunda-feira (28) o fechamento do espaço aéreo para companhias aéreas de 36 países. A maioria das nações é da Europa, mas o Canadá também está na lista, veiculada pela agência estatal RIA.

A medida é publicada em momento de tensões entre Moscou e potências do Ocidente, por causa do ataque militar russo na Ucrânia.

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A nota da agência oficial diz que a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia adotou a medida como retaliação, após Estados europeus proibirem voos de companhias aéreas russas ou registradas no país.

Entre os países alvos da medida estão Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Grécia, Espanha, Itália, Canadá, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, França, Finlândia, Croácia, República Checa, Suécia e Estônia.

O início da ofensiva militar da Rússia contra a Ucrânia provocou uma série de reações da comunidade internacional.

- Ucrânia -

"Estamos construindo uma coalizão anti-Putin", declarou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, após conversas com líderes estrangeiros. "O mundo deve obrigar a Rússia à paz", disse.

"Cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque. É uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá. O mundo pode e deve frear Putin. A hora de atuar é agora", escreveu no Twitter o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba.

- Estados Unidos -

O presidente Joe Biden denunciou o "ataque injustificável" da Rússia contra a Ucrânia.

"O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que trará perdas catastróficas de vidas e sofrimento humano", afirmou Biden em um comunicado. "Apenas a Rússia é responsável pela morte e a destruição que este ataque provocará", insistiu, depois de destacar que "o mundo fará com que a Rússia preste contas".

- ONU -

A ofensiva russa "deve parar agora", implorou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

"Presidente Putin, em nome da humanidade, leve de volta as tropas à Rússia", declarou Guterres, que considera este o "dia mais triste" desde que assumiu o cargo à frente da ONU.

- União Europeia -

"Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas sombrias, nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as mulheres, homens e crianças inocentes que enfrentam esse ataque não provocado e temem por suas vidas", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A Rússia corre o risco de um "isolamento sem precedentes" por sua ação militar na Ucrânia, advertiu o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, ao informar que o bloco prepara o maior pacote de sanções de sua história.

- China -

A China afirmou que acompanha de perto a situação na Ucrânia após a intervenção militar russa, mas não condenou Moscou e pediu a todos que evitem uma escalada.

"Pedimos a todas as partes que exerçam moderação para evitar que a situação saia do controle", disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, sem condenar a Rússia.

- França -

A "França condena energicamente a decisão da Rússia de fazer a guerra contra a Ucrânia", declarou o presidente Emmanuel Macron, que pediu a Moscou que "acabe imediatamente com suas operações militares".

"A França se solidariza com a Ucrânia. Está ao lado dos ucranianos e age com seus parceiros e aliados para deter a guerra", acrescentou.

- Alemanha -

A operação militar russa é "uma violação flagrante" do direito internacional, afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz.

- Reino Unido -

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou os "horrendos acontecimentos na Ucrânia" e afirmou que Putin "escolheu o caminho do derramamento de sangue e a destruição ao iniciar um ataque não provocado".

- Otan -

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, denunciou o "ataque irresponsável e não provocado" da Rússia contra a Ucrânia, e alertou que deixa "incontáveis vidas em risco".

"Mais uma vez, apesar de nossas repetidas advertências e esforços incansáveis para um compromisso na diplomacia, a Rússia escolheu o caminho da agressão contra um país independente e soberano", acrescentou.

Também disse que a Otan "fará tudo o que for necessário para proteger e defender todos os aliados".

- Itália -

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, qualificou o ataque russo contra a Ucrânia como "injusto e injustificável" e garantiu que a União Europeia (UE) e a Otan trabalham para dar uma resposta imediata.

"O governo italiano condena o ataque da Rússia contra a Ucrânia. É injusto e injustificável. A Itália está junto do povo e das instituições ucranianos neste momento dramático", disse Draghi em um comunicado.

- Polônia -

A Polônia pediu a ativação do artigo 4 do tratado da Otan, que prevê consultas entre os membros caso algum deles considere que sua segurança está sob ameaça, informou um porta-voz do governo.

- Japão -

O ataque russo na Ucrânia "abala os fundamentos da ordem internacional", denunciou o primeiro-ministro japonês, Fumion Kishida.

- Austrália -

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, condenou a "invasão ilegal" da Rússia ao anunciar uma "segunda rodada" de sanções contra quatro instituições financeiras e 25 pessoas de quatro entidades de desenvolvimento e venda de equipamentos militares.

- Espanha -

"O governo da Espanha condena a agressão da Rússia contra a Ucrânia e se solidariza com o governo e o povo da Ucrânia", tuitou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez.

- Países nórdicos -

A Finlândia e a Suécia, que não são membros da Otan, condenaram o ataque russo à Ucrânia, denunciando separadamente "um ataque à ordem de segurança europeia".

Por sua vez, a Noruega, membro da Aliança Atlântica, condenou uma "grave violação do direito internacional" e anunciou a mudança de sua embaixada de Kiev para Lviv, no oeste do país.

O avanço das criptomoedas no mundo é inegável e parece irreversível. O ativo chegou a movimentar US$ 3 trilhões (por volta de R$ 15,3 trilhões) em novembro do ano passado, segundo a plataforma CoinGecko, valor que recuou nas últimas semanas. O fluxo provoca uma grande discussão em todos os países: como regular esse mercado, prevenindo riscos que as moedas digitais trazem - como a facilidade maior para a lavagem de dinheiro -, mas sem perder as oportunidades que elas oferecem?

Atualmente, poucas nações contam com legislações abrangentes sobre o tema, mas o debate é intenso tanto entre autoridades nacionais quanto nos organismos internacionais. Cada país adota uma estratégia para manter esse mercado sob controle e as regras variam bastante, apesar dos apelos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para uma atuação coordenada.

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Na maioria dos casos, as autoridades financeiras nacionais estão à frente do processo, mas, como o universo de criptoativos é abrangente - podendo funcionar como investimento, meio de pagamento ou ainda para acessar algum benefício específico (utility tokens) -, é comum que algumas atividades sejam reguladas e outras, não, dentro de um mesmo país.

Dentre os locais com legislações mais avançadas, destacam-se Japão, Cingapura e outros países menores, que tentam se firmar como pioneiros na moedas digitais. El Salvador, por exemplo, é a única nação que reconhece uma criptomoeda, o bitcoin, como divisa nacional, desde o ano passado. Na outra ponta, a China proibiu, também no ano passado, atividades ligadas ao ativo, caminho que o Banco Central da Rússia gostaria de seguir, mas parece não ter o aval do presidente do país, Vladimir Putin.

VOLATILIDADE

Conhecido por sua alta volatilidade, o mercado de criptoativos entrou em trajetória de baixa acentuada desde o pico atingido em novembro, especialmente por conta da perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos, segundo a gestora de criptomoedas Hashdex. Ainda assim, o NCI (Índice de Criptoativos da Nasdaq), a bolsa americana de tecnologia, fechou 2021 com valorização de 102%.

O FMI atesta o forte crescimento nos últimos anos e também a expansão das conexões com o sistema financeiro regulado, o que coloca desafios à estabilidade financeira. Há também receio do impacto da adoção dos ativos como moeda oficial, especialmente em mercados emergentes e em desenvolvimento.

Por ser um ativo de natureza global, o FMI argumenta que as regras nacionais são limitadas e que medidas regulatórias descoordenadas podem facilitar fluxos de capital "potencialmente desestabilizadores". Por isso, defende que o Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) desenvolva uma estrutura global com padrões para regulamentação.

Para o fundo, seria adequado exigir autorização para prestação de serviços com ativos digitais e conformidade de regras entre criptoativos e produtos correlatos já regulados. Por exemplo, se usados para pagamentos, deveriam ser regulados por bancos centrais.

"Os países estão adotando estratégias muito diferentes, e as leis e regulamentações existentes podem não permitir abordagens nacionais que incluam de forma abrangente todos os elementos desses ativos", diz o FMI, em relatório de dezembro de 2021.

O Resumo de Regulação de Criptoativos de 2022 da bolsa de valores americana Nasdaq aponta avanços recentes em 28 economias-chave. Segundo o documento, o Japão foi o primeiro país a ter um sistema legal para regular a negociação de criptoativos, em 2016. Cingapura, Abu Dhabi e Bermudas também têm legislações amplas sobre o tema.

REGULAÇÃO

Dentre as propostas mais recentes, destacam-se Estados Unidos e Índia. Na maior economia do mundo, a SEC, xerife do mercado de capitais, divulgou, em janeiro, proposta que pode colocar as plataformas de negociação sob sua regulação, no caso de compra e venda de ativos virtuais considerados valores mobiliários.

A proposta é que essas plataformas sejam caracterizadas como uma corretora ou sistema alternativo de negociação, segundo a chefe de regulação e design de produto da plataforma Mercado Bitcoin, Juliana Facklmann."É uma proposta muito interessante, porque o credenciamento para praticar a atividade seria feito por um autorregulador, a autorização seria descentralizada e mais simples, dando segurança ao mercado sem impedir a concorrência." O mercado futuro de criptoativos nos EUA já é regulado pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities.

Na Índia, o governo informou no início do mês que vai taxar em 30% os lucros com moedas virtuais e que deve lançar sua CBDC, a rúpia digital, até o ano que vem, movimento que foi visto no setor como um passo para regulação. As CBDCs são um esforço de autoridades monetárias mundiais para manter a soberania da moeda em um ambiente de crescimento de criptomoedas em geral, mas, em especial, de stablecoins, criptoativo de emissão privada com lastro em um ativo real, por isso mais estável. "Hoje, o regulador já entendeu que é um caminho sem volta. Fazer uma CBDC é uma forma de estar dentro da competição", diz Rudá Pellini, presidente da Arthur Mining, mineradora de ativos digitais que opera nos Estados Unidos e autor do livro O Futuro do Dinheiro.

Dentre as propostas em estudo, Facklmann, do Mercado Bitcoin, destaca a União Europeia, que tem projeto bastante abrangente em tramitação no Parlamento, mas se destina a "utility tokens" e meios de pagamento, sem abarcar investimentos. Dentro do bloco, a França quer se firmar como um país aberto ao mundo cripto e o governo também trabalha em uma legislação específica.

No Brasil, há projetos em discussão no Congresso e a tendência é a criação de regras básicas para o mercado, que devem ser mais bem detalhadas em regulamentação posterior, provavelmente a cargo do Banco Central. "Cada país está vivendo sua experiência, fazendo o melhor", sintetiza Facklmann, que, apesar disso, vê um "espírito confluente" até porque nenhum país quer ficar para trás e perder oportunidades desse mercado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Rússia realizou neste sábado (19) exercícios militares em larga escala que incluíram o disparo de mísseis poderosos, em uma nova demonstração de força em um momento em que os Estados Unidos dizem estar convencidos de uma invasão iminente da Ucrânia.

Apesar dessa situação cada vez mais tensa no leste da ex-república soviética entre as forças ucranianas e os separatistas pró-russos, com novos bombardeios que custaram a vida de um soldado de Kiev, seu presidente Volodimir Zelensky chegou à Alemanha para participar da Conferência de Segurança de Munique e receber apoio do Ocidente.

Por sua vez, os líderes das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, onde está localizada a linha de frente que divide a Ucrânia, ordenaram a mobilização geral neste sábado, depois de anunciar a evacuação de civis na sexta-feira.

Alimentando ainda mais este coquetel explosivo, o presidente russo Vladimir Putin supervisionou pessoalmente neste sábado exercícios "estratégicos" disparando mísseis "hipersônicos", novas armas que o chefe do Kremlin descreveu recentemente como "invencíveis" e que podem transportar uma carga nuclear.

"Os objetivos planejados durante os exercícios das forças estratégicas de dissuasão foram totalmente cumpridos. Todos os mísseis atingiram os alvos estabelecidos", disse a Presidência russa em comunicado.

A televisão pública transmitiu imagens de Putin sentado ao lado de seu colega e aliado bielorrusso, Alexander Lukashenko, ouvindo em uma sala de crise os relatórios de seus generais por videoconferência.

Bombardeiros Tu-35 e submarinos participaram dos exercícios, segundo o Kremlin.

- "Preparadas para atacar" -

Os Estados Unidos acusam a Rússia de preparar um ataque iminente contra a Ucrânia, seu vizinho pró-ocidental, algo que Moscou nega, embora exija garantias de segurança como a retirada da Otan do Leste Europeu e a sua não ampliação, exigências inaceitáveis para o Ocidente.

Washington estima que a Rússia tenha 190.000 soldados nas fronteiras e território da Ucrânia, incluindo as forças rebeldes separatistas.

As tropas russas na fronteira com a Ucrânia estão "se deslocando" e "se preparando para atacar", garantiu neste sábado o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, durante uma visita à Lituânia.

Na véspera, o presidente Joe Biden disse estar "convencido" de que Putin decidiu invadir a Ucrânia e que a multiplicação de incidentes no leste daquele país buscava criar uma "falsa justificativa" para lançar seu ataque na próxima semana ou dias.

Mas, enquanto uma invasão não ocorrer, "a diplomacia é sempre uma possibilidade", disse Biden, anunciando uma reunião entre seu secretário de Estado, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, na próxima quinta-feira.

As preocupações da Rússia com a Ucrânia "devem ser respeitadas", disse o diplomata chinês Wang Yi neste sábado.

Em Munique, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson pediu "unidade" entre os aliados ocidentais, e a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, declarou que a Otan será fortalecida no Leste Europeu no caso de um ataque russo à Ucrânia.

Na mesma linha, o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, reafirmou o compromisso "infalível" dos membros da Aliança Atlântica de se protegerem mutuamente e garantiu à Rússia que só terá "mais Otan" se procurar ter "menos Otan".

"Moscou está tentando retroceder a história e recriar sua esfera de influência", acusou Stoltenberg.

Soldado ucraniano morto

No front leste da Ucrânia, as Forças Armadas ucranianas e os separatistas pró-russos acusaram-se novamente neste sábado de novos ataques e de violações do cessar-fogo. Um soldado ucraniano foi morto nos confrontos, anunciou Kiev.

"Como resultado de um bombardeio, um soldado ucraniano foi ferido fatalmente na explosão de uma granada", disseram as autoridades militares. O exército ucraniano relatou 66 incidentes armados na parte da manhã, um número particularmente alto, enquanto os rebeldes no reduto separatista de Donetsk chamaram a situação de "crítica".

Observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) - que monitoram este conflito desde 2014 - alertaram para um "aumento drástico" nas violações do cessar-fogo.

A OSCE, cujos membros incluem a Rússia e os Estados Unidos, desdobrou sua missão de paz na Ucrânia em 2014 após a anexação da península da Crimeia pela Rússia e a eclosão de um conflito entre Kiev e os separatistas no Donbas, que causou 14.000 mortes.

Neste contexto, a Alemanha e a França pediram neste sábado que seus cidadãos deixem "urgentemente" a Ucrânia devido ao risco de conflito armado no país, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

E, em meio aos contatos para buscar uma desescalada, Putin manterá uma conversa por telefone no domingo com seu colega francês Emmanuel Macron.

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Os líderes da União Europeia (UE) tentam coordenar nesta quinta-feira (16) a resposta ao avanço dos contágios da Covid-19 e à rápida propagação da variante Ômicron, que levou diversos países membro a restringir as entradas em seus territórios de forma unilateral.

A Ômicron provoca "especial preocupação por sua capacidade de propagação rápida e de pressionar nossa sociedade e nossos sistemas de saúde", afirmou o primeiro-ministro irlandês Micheal Martin ao chegar para a reunião de cúpula em Bruxelas.

"Hoje buscaremos uma coordenação maior em várias frentes", completou.

O agravamento da situação de saúde no continente se tornou uma prioridade do encontro, que também abordará as tensões entre Rússia e Ucrânia, o controle migratórios após a crise em Belarus e o aumento dos preços da energia.

As previsões da Comissão Europeia apontam que a nova variante, ainda mais contagiosa que as anteriores, será a dominante no continente em meados de janeiro.

O rascunho das conclusões da reunião, ao qual a AFP teve acesso, defende que "a aplicação de vacinas para todos e as doses de reforço são cruciais".

O continente apresenta uma boa taxa de vacinação, com 67% da população com as duas doses.

Mas alguns países estão muito atrasados. Nove dos 27 membros apresentam taxas inferiores a 60%. Bulgária, Romênia e Eslováquia continuam abaixo de 50%.

- Coordenar a mobilidade -

"A chave é seguir com a vacinação", afirmou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. O país, que tem uma das maiores taxas do continente, iniciou na quarta-feira a imunização de crianças de 5 a 11 anos.

Os governantes também podem abordar o tema da vacinação obrigatória, que Áustria e Alemanha se preparam para adotar em 2022. A aplicação da medida, no entanto, será uma decisão de cada país, e não comunitária.

O Centro Europeu para para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) advertiu que a vacinação "não é suficiente" para frear as transmissões e defendeu o retorno de medidas como o teletrabalho, o uso de máscara e a limitação da capacidade em espaços públicos.

A Europa deve esperar "novas medidas", afirmou o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, que descreveu a situação como uma "batalha contra o tempo".

Em um exemplo destas restrições, a França proibirá a partir de sábado as viagens não essenciais a partir do ou para o Reino Unido devido à rápida propagação da ômicron neste país, que não integra mais a UE.

Mas a variante também provocou o retorno das restrições de mobilidade entre países da UE, algo que parecia no passado desde a adoção, em julho, do passaporte sanitário europeu que permitia aos vacinados viajar sem a necessidade de testes ou quarentenas.

Itália, Irlanda, Portugal e Grécia intensificaram as restrições de entrada a partir de Estados membros, com a exigência de testes de PCR inclusive para visitantes vacinados.

A Comissão Europeia recordou que as medidas unilaterais devem ser "proporcionais" e com a duração o mais curta possível.

A Alemanha se prepara para anunciar nesta quinta-feira (2) um pacote de novas restrições, o governo dos Estados Unidos reforça as exigências para permitir a entrada no país e a UE examina a possibilidade de vacinação obrigatória. As medidas contra o coronavírus se multiplicam em vários países do mundo, enquanto continua a propagação da variante ômicron.

Diante da onda mais grave de coronavírus desde o início da pandemia, a Alemanha deve decretar nesta quinta-feira novas medidas como um possível fechamento de bares e alguns locais públicos, antes de um debate no Parlamento sobre a eventual vacinação obrigatória.

A questão é examinada por vários governos. A Áustria pretende aplicar a medida a partir de fevereiro, a África do Sul reflete sobre o tema e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu aos países europeus que iniciem um debate.

Mas até o momento, a ação dos governos se resume a limitar os deslocamentos internacionais, apesar da opinião contrária da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da ONU, especialmente diante das restrições impostas especificamente a países do sul da África, região que deu o alerta sobre a nova variante.

Nos Estados Unidos, que detectou o primeiro caso da variante ômicron na Califórnia, o presidente Joe Biden anunciará uma nova campanha contra a covid-19, com novas exigências para os viajantes e um aumento nos esforços de vacinação.

A Casa Branca já anunciou que a partir "do início da próxima semana" todos os viajantes que entram no país deverão, além de vacinados, apresentar um teste negativo feito um dia antes do deslocamento.

O Japão recuou nesta quinta-feira na decisão drástica de suspender todas as novas reservas para os voos de entrada no país durante dezembro e permitir o retorno de seus cidadãos que estão no exterior.

- Vírus sem fronteiras -

Apesar das limitações, a nova variante, aparentemente mais contagiosa e com múltiplas mutações, já está presente em todos os continentes.

Depois de anunciar um caso em seus territórios de ultramar, a França detectou outro nesta quinta-feira no continente europeu. Também foram registrados os primeiros casos na Índia, Noruega, Islândia ou Irlanda.

Nas Américas, a variante já foi registrada nos Estados Unidos, Canadá e Brasil. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) advertiu que em breve a ômicron provavelmente estará em circulação em todo o continente.

Na quarta-feira, a OMS advertiu que os reduzidos índices de vacinação anticovid e de testes de diagnóstico provocam um "coquetel tóxico".

"É uma combinação ideal para a reprodução e aumento de variantes do coronavírus", declarou o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

OMS e ONU desaconselharam a adoção de restrições generalizadas às viagens, especialmente concentradas nos países do sul da África, alvos de vetos em muitas nações.

Os fechamentos de fronteiras são "profundamente injustos, punitivos e ineficazes", criticou o secretário-geral da ONU, António Guterres, que chamou de "escândalo" a punição imposta ao continente africano por não dispor de vacinas suficientes.

Diante da ameaça para o crescimento econômico representada pela variante ômicron, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) fez um apelo para que "as vacinas sejam produzidas e distribuídas o mais rápido possível em todo o mundo".

- Vacinas e outros métodos -

As dúvidas persistem sobre a eficácia das vacinas existentes contra a covid ante a nova variante.

Laboratórios como Pfizer/BioNTech, Novavax, AstraZeneca e Moderna acreditam que podem desenvolver um novo fármaco para combater a ômicron. A Rússia afirmou que trabalha em uma versão específica da vacina Sputnik V.

Ao mesmo tempo começam a aparecer alternativas como o comprimido anticovid do laboratório MSD, aprovado por um painel de especialistas nos Estados Unidos, ou o tratamento a base de anticorpos monoclonais da GlaxoSmithKline (GSK), que foi autorizado pela agência reguladora britânica.

Além disso, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta quinta-feira o início de um estudo acelerado sobre a vacina anticovid do laboratório franco-austríaco Valneva.

O pânico gerado pela ômicron lembra a inquietação provocada pela emergência da delta, uma variante também muito contagiosa e agora dominante no mundo.

A OMS considera "elevada a probabilidade de propagação da ômicron por todo o mundo", apesar das dúvidas sobre a transmissibilidade, gravidade ou sua resistência às vacinas.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 5,2 milhões de mortes desde a detecção da doença no fim de 2019 na China, segundo um balanço da AFP.

O elemento tranquilizador é que, até o momento, nenhuma morte parece vinculada à variante ômicron.

Os 194 Estados integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram nesta quarta-feira (1°) negociações para alcançar um acordo que melhore a prevenção e o combate de futuras pandemias, no momento em que o coronavírus volta a avançar em vários países membros.

A decisão foi aprovada por unanimidade após uma reunião excepcional de três dias da Assembleia Mundial da Saúde, o órgão de tomada de decisões da OMS que inclui todos os integrantes.

O acordo "representa um compromisso comum para reforçar a prevenção, a preparação e a resposta às pandemias, levando em consideração as lições que aprendemos", declarou a embaixadora australiana na ONU, Sally Mansfield, ao apresentar o texto.

O texto foi proposto por dezenas de países, incluindo os membros da União Europeia e os Estados Unidos. Os países já haviam estabelecido um acordo informal sobre a adoção do documento no domingo.

Agora, os membros da OMS devem abordar a elaboração do marco jurídico e decidir se o instrumento internacional será vinculante ou não. Países como Estados Unidos se mostraram relutantes a esta medida.

No fim de março, governantes de todos os continentes, incluindo a alemã Angela Merkel, o francês Emmanuel Macron, o sul-africano Cyril Ramaphosa, o chileno Sebastián Piñera ou o britânico Boris Johnson, apresentaram uma proposta de instrumento internacional vinculante que contou com o respaldo do diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus

Mas ainda resta muito caminho por percorrer antes que um tratado vinculante ou outro tipo de instrumento internacional para administrar pandemias veja a luz.

O projeto prevê em primeira instância a criação de um "órgão intergovernamental" para redigir e negociar "uma convenção, um acordo ou outro instrumento internacional da OMS sobre a prevenção, a preparação e a resposta diante da pandemias".

Um relatório intermediário é aguardado para maio de 2023, seguido de conclusões em maio de 2024.

Um dia após o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informar o maior índice de desmatamento dos últimos 15 anos na Amazônia Legal, o presidente Jair Bolsonaro apresentou a seguinte solução para o impasse: sugeriu que países estrangeiros deixem de comprar madeira brasileira.

"Tem desmatamento ilegal? Tem. Mas é só outros países não comprarem madeira nossa, é simples", afirmou o chefe do Executivo em transmissão ao vivo nas redes sociais. "Tem queimada ilegal? Tem, mas não nessa proporção toda que dizem por aí", acrescentou.

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Bolsonaro ainda voltou a dizer, mesmo já desmentido por especialistas, que a floresta amazônica não pega fogo por ser úmida.

Vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o INPE divulgou na quinta-feira, 18, que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram desmatados 13.235 quilômetros quadrados da Amazônia Legal, o maior volume em uma década e meia e 21,97% maior que o registro no mesmo intervalo de 12 meses anterior.

O avanço da imunização no Brasil permitiu que as fronteiras de mais de 100 países fossem reabertas para turistas. As viagens ao exterior ainda precisam atender regras sanitárias específicas de cada destino. Na segunda (8), os Estados Unidos voltaram a emitir vistos e receber brasileiros.

Assim como na maioria dos países abertos aos turistas do Brasil, os Estados Unidos solicitam que o visitante apresente comprovante de imunização com duas vacinas da Covid de fabricantes aceitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Também é preciso portar o resultado negativo do teste feito até três dias antes do embarque. Menos de 18 anos podem viajar sem comprovante de vacinação, mas o exame negativo para a doença é obrigatório.

Cada destino possui regras específicas

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O levantamento feito pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), indicado pelo Ministério das Relações Exteriores, mostra que cerca de 110 países estão abertos aos brasileiros. Cada destino tem regras próprias de entrada, alguns pedem testagem negativa na chegada, contatos pessoais e de hospedagem para manter a comunicação com o turista ou apenas um formulário com informações de saúde.

Antes de planejar a visita ao exterior, é importante consultar o mapa de regulamentos que explica sobre as regras de desembarque de cada país.

Fechados para brasileiros

Os países mais procurados por brasileiros autorizam a entrada, mas há locais que ainda proíbem o desembarque, com destaque para Itália, Grécia, Japão, Austrália e China. Confira:

Afeganistão, Arábia Saudita, Angola, Argélia, Austrália, Benin, Bulgária, Cazaquistão, China, Cingapura Coreia do Sul, Coreia do Norte, Estônia, Fiji, Filipinas, Grécia, Hungria, Ilhas Cook, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Kuwait, Letônia, Líbia, Lituânia, Madagascar, Malásia, Micronésia, Mianmar, Nauru, Noruega, Nova Caledônia, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Polônia, Rússia, Samoa Americana, Suécia, Suriname, Síria, Tailândia, Turcomenistão, Turquia, Tonga, Tuvalu, Vanuatu, Venezuela e Vietnã

Cuba se somará na próxima semana aos países que aplicam uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19, no momento em que 65,9% da população da ilha concluiu o esquema de imunização e os casos da doença diminuem de forma sustentada.

“Essa vacinação de reforço será em dose única e irá imunizar a população de todos esses municípios que tiverem recebido as três doses, ou seja, o esquema completo da vacina", anunciou a vice-diretora de Saúde de Havana, Nilda Roca.

Cuba vacinou 7,3 milhões de pessoas com as três doses que compõem o esquema completo da Abdala e da Soberana 02, duas das três vacinas desenvolvidas pela ilha, que aguardam o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A dose de reforço será a quarta e irá se destinar às pessoas que tenham recebido a última dose há mais de cinco meses. Para o reforço, Cuba usará a Soberana Plus, também desenvolvida por cientistas nacionais.

O país soma 954.342 casos de Covid e 8.252 mortos, em 21 meses de pandemia.

O governo dos Estados Unidos vai comprar e distribuir aos países com menos recursos 500 milhões de doses suplementares da vacina anticovid-19 da Pfizer, anunciaram fontes do governo americano nesta quarta-feira (22).

Desta maneira, Washington elevará para mais de 1,1 bilhão a doação total de doses.

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De acordo com as mesmas fontes, que pediram anonimato, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer estabelecer uma "meta ambiciosa", pela qual cada país, incluindo os mais pobres, "alcance 70% de vacinação" em sua população dentro de um ano.

O anúncio deve ser feito pelo presidente democrata ainda nesta quarta-feira em uma reunião de cúpula virtual sobre a luta contra a pandemia.

"É um compromisso imenso dos Estados Unidos. Para cada dose que administramos neste país até agora, estamos doando três doses a outros países", disse uma funcionária da administração americana.

As vacinas serão compradas a preço de custo e distribuídas por meio do mecanismo internacional Covax.

Até o momento, o governo dos Estados Unidos doou quase 160 milhões de doses para mais de 100 países diferentes.

De acordo com o OurWorldInData, 43,5% da população mundial recebeu ao menos uma dose de vacina.

Mas este número, elevado pelo ritmo de vacinação nos países desenvolvidos, esconde imensas desigualdades e há países com menos recursos onde apenas 2% da população recebeu ao menos uma dose da vacina

"Esta reunião tem como ambição decretar o início do fim da pandemia", de acordo com fontes americanas. "Isto vai exigir muito trabalho".

A pandemia de covid-19 provocou mais de 4,7 milhões de mortes no mundo desde o fim de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em números oficiais.

Porém, a OMS calcula que o balanço da pandemia pode ser duas ou três vezes mais elevado.

O piso salarial dos professores brasileiros nos anos finais do ensino fundamental é o mais baixo entre 40 países avaliados em um estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado na quinta-feira, 16. Os rendimentos dos docentes brasileiros no início da carreira são menores do que os de professores em países como México, Colômbia e Chile.

De acordo com o relatório Education at a Glance 2021, os professores brasileiros têm salário inicial de US$ 13,9 mil anuais. Na Alemanha, por exemplo, o valor passa de US$ 70 mil. E é maior do que US$ 20 mil em países como Grécia, Colômbia e Chile.

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A conversão para comparação dos salários é feita usando a escala de paridade do poder de compra, que reflete o custo de vida nos países. Em relação ao salário real, que inclui pagamentos adicionais, o valor médio dos brasileiros também está aquém - só ultrapassa o que recebem os professores na Hungria e na Eslováquia. Os salários dependem de fatores como idade, nível de experiência e qualificação profissional.

No Brasil, segundo a OCDE, os salários reais médios dos professores são de US$ 25.030 anuais no nível pré-primário (que corresponde à educação infantil) e US$ 25.366 no nível primário (anos iniciais do fundamental). Na média dos países da OCDE, os valores para as mesmas etapas são US$ 40.707 e US$ 45.687, respectivamente.

"Igualdade de oportunidades é um ingrediente chave para uma sociedade democrática forte e coesa. Diferentemente de políticas que podem combater as consequências, a educação pode atacar as raízes da desigualdade de oportunidades", disse nesta quinta-feira o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann. "Reforçar investimentos em uma educação melhor e mais relevante será fundamental para ajudar os países a oferecer prosperidade social e econômica de longo prazo", completou Cormann, em Paris.

"A carreira de professores no Brasil precisa ser estruturada de forma a garantir seu desenvolvimento profissional e aumento da aprendizagem dos alunos. Mas não dá pra não defender aumento salarial, não mesmo", destacou nas redes sociais Priscila Cruz, cofundadora e presidente executiva do movimento Todos pela Educação.

Para a OCDE, o ambiente escolar influencia na decisão dos professores de entrar e permanecer na profissão. "O tamanho das turmas diminuiu nos últimos anos no Brasil, mas os salários dos professores permanecem abaixo da média", aponta o relatório.

Em relação ao tamanho das turmas, o estudo indica que o número de alunos nas salas tem caído de 2013 a 2019, passando de 23 para 20 estudantes nos anos iniciais do ensino fundamental - abaixo da média da OCDE (21). Nos anos finais do fundamental, houve queda, de 28 para 26, mas é superior à média dos outros países (23).

Pandemia

O relatório retoma que o Brasil foi o país que mais tempo manteve fechados os colégios. Foram 178 dias sem aulas presenciais na pré-escola e anos iniciais do fundamental no ano passado, o triplo do tempo da média dos países mais ricos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Paralimpíada de Tóquio-2020 terá atletas representando um total de 162 países, um número maior do que no Rio de Janeiro, quando 159 nações estiveram presentes. O número não é o recorde dos Jogos, marca que ainda pertence aos Jogos de Londres em 2012, que contou atletas de 164 países.

Apesar da pandemia, cinco nações estarão presentes na Paralimpíada pela primeira vez: Butão, Granada, Maldivas, Paraguai e São Vicente & Granadinas. Butão e Maldivas tem dois competidores no atletismo cada; tanto Granada quanto Paraguai tem um representante no atletismo e outro nas piscinas, e São Vicente & Granadinas terá um nadador em Tóquio.

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"Ter 162 nações competindo em Tóquio me faz ter muito orgulho. Os últimos 18 meses foram muito desafiadores para todo mundo ligado ao movimento paralímpico. O maior crédito deve ser dado aos Comitê Nacionais pela preparação de seus atletas. Foi um desafio épico e exaustivo para todos os envolvidos, incluindo a equipe de gerenciamento do IPC, mas que apresentou excelentes resultados", afirmou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

"É sempre especial ver um país fazer sua primeira aparição nos Jogos Paralímpicos e, com todos os desafios criados pela pandemia, ver esses Comitês como parte da Cerimônia de Abertura em 24 de agosto será um momento especial e emocionante para todos", completou Parsons, que é brasileiro.

Por diversos motivos, 21 países não estarão presentes em Tóquio. Comores, Djibuti, Seychelles e Sudão estão suspensos pelo Comitê Paralímpico Internacional. Andorra, Antigua & Barbuda, Liechtsenstein e San Marino não têm atletas.

Outros ficaram de fora por razões alheias ao esporte: Kiribati, Samoa, Tonga e Vanuatu não conseguiram por conta da viagem durante a pandemia. Os governos locais de Brunei, Coreia do Norte, Turcomenistão e Timor Leste optaram por não mandarem atletas. Macau e Suriname não vão por decisão da comissão de atletas. E, por questões políticas locais, Afeganistão, Myanmar e Trinidad & Tobago estão fora.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu nesta terça-feira (17) a proibição das expulsões de cidadãos afegãos para seu país de origem, inclusive daqueles que tiveram o pedido de asilo previamente rejeitado.

Ao mesmo tempo, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu à comunidade internacional que ofereça todo apoio aos afegãos que enfrentam "risco iminente" em seu país, sob o novo regime talibã.

"Devido à rápida deterioração da situação em termos de segurança e de direitos humanos em grandes partes do país, além da situação de emergência humanitária, o Acnur pede aos Estados que acabem com os retornos forçados de cidadãos afegãos, mesmo que tenha sido previamente determinado que eles não requerem proteção internacional", declarou a porta-voz Shabia Mantoo durante uma entrevista coletiva em Genebra.

"Desde o início do ano, mais de 550.000 afegãos foram deslocados dentro do país, devido ao conflito e à insegurança", destacou Mantoo.

Após uma rápida ofensiva, os talibãs assumiram o controle de Cabul no domingo (15), o que significou seu retorno ao poder no Afeganistão depois de 20 anos.

A volta dos talibãs provocou cenas de caos e de pânico no domingo e segunda-feira (16), especialmente no aeroporto de Cabul, para onde seguiram milhares de pessoas, desesperadas para sair do país.

"O medo que tomou conta de grande parte da população é profundo e, levando-se em consideração o passado, totalmente compreensível", disse o porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Rupert Colville, que estava ao lado de Mantoo.

As promessas dos talibãs de anistia geral para os funcionários públicos e de respeitar os direitos das mulheres "devem ser cumpridas. No momento, estas declarações foram recebidas com certo ceticismo" declarou Colville.

O anúncio talibã foi feito mais cedo nesta terça.

"Uma anistia geral foi decretada para todos (...), portanto, devem retomar sua vida cotidiana com total confiança", declararam os talibãs em um comunicado.

Desde que tomaram a capital do país no domingo, após uma ofensiva relâmpago que permitiu o controle de quase todo território em apenas dez dias e provocou a fuga do presidente Ashraf Ghani, os talibãs multiplicam gestos que pretendem ser tranquilizadores.

Isso não tranquiliza os moradores de Cabul, sobretudo, as mulheres. Com medo, a maioria não se arrisca a sair às ruas.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) calcula que mais de 18 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no Afeganistão, incluindo 10 milhões de crianças.

"O Unicef precisa de acesso a todas estas pessoas e obter garantias em termos de segurança para os trabalhadores humanitários", afirmou o diretor de operações do Fundo no Afeganistão, Mustapha Ben Messaoud.

Os países devem adotar "medidas imediatas" contra o "racismo sistêmico" sofrido pelos negros - destacou a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, poucos dias depois da condenação do policial que matou George Floyd nos Estados Unidos.

"O 'status quo' é insustentável", afirmou Bachelet na publicação de um relatório solicitado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU após o assassinato de Floyd em maio de 2020.

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"Precisamos de uma abordagem transformadora que aborde os âmbitos interconectados que estimulam o racismo e levam reiteradamente a tragédias que poderiam ser evitadas, como a morte de George Floyd", completou.

Na sexta-feira, Derek Chauvin, o policial branco que asfixiou com o joelho no pescoço o afro-americano que virou símbolo da violência racial nos Estados Unidos, foi condenado a 22 anos e meio de prisão, uma sentença que reflete o impacto da tragédia.

O relatório afirma que a morte de Floyd, os grandes protestos que desencadeou e o veredicto contra o agente "representam um marco na luta contra o racismo e uma oportunidade transcendental para alcançar um ponto de inflexão a favor da igualdade e da justiça raciais".

"A mobilização mundial para pedir justiça racial forçou um reconhecimento longamente adiado do racismo e reorientou os debates à natureza sistêmica do fenômeno às instituições que o cometem", afirma o texto.

"Exorto os Estados para que deixem de negar e comecem a desmantelar o racismo, para que acabem com a impunidade e estimulem a confiança, para que escutem as vozes das pessoas afro-descendentes, que enfrentem os legados do passado e procurem uma justiça reparadora", completa Bachelet em um comunicado anexo.

Estatísticas étnicas 

Para a alta comissária, o racismo sistêmico implica que a população africana, ou de ascendência africana, está marginalizada econômica e politicamente, sem acesso à educação ou a atendimento de saúde de qualidade, ou sem uma representação adequada na sociedade.

Neste sentido, o relatório pede que os Estados adotem planos de resposta "que envolvam o conjunto do governo e tenham recursos suficientes".

Também recomenda a compilação e a publicação de estatísticas desagregadas por raça, ou etnia, para "entender melhor a magnitude do racismo sistêmico (...) e para avaliar a eficácia das medidas políticas".

Nos países onde os dados são separados, os números são preocupantes, aponta o informe.

No Canadá, um negro tem 20 vezes mais probabilidades de se ver envolvido em um tiroteio fatal com a polícia.

No Reino Unido, há seis controles policiais para cada 1.000 brancos, e 54, para cada 1.000 negros.

E, segundo um relatório da França em 2016, os jovens negros, ou magrebinos, tinham 20 vezes mais probabilidade de passarem por controles de identidade que as demais pessoas.

- Floyd, uma exceção -

O Alto Comissariado também examinou 190 casos de pessoas africanas, ou afro-americanas, falecidas em contatos com as forças de segurança e destacou que, "em muitos incidentes examinados (...) as vítimas não representavam uma ameaça iminente de morte, ou de lesões graves, que justificasse o nível de força utilizado".

Sete "casos representativos" foram examinados de maneira detalhada, incluindo os do colombiano Janner García Palomino e dos brasileiros João Pedro Mattos Pinto e Luana Barbosa dos Reis Santos.

"Com exceção do caso George Floyd, nenhuma pessoa foi declarada responsável por estas mortes, e as famílias ainda aguardam a verdade e a justiça", disse a diretora do departamento de Estado de direito, igualdade e não discriminação do Alto Comissariado, Mona Rishmawi.

"Constatamos que não há um único exemplo em que se tenha tratado da questão das reparações individuais, ou coletivas", acrescentou.

O organismo da ONU também solicitou a aplicação de "mecanismos de controle independentes", além de estimular um trabalho de revisão histórica.

O relatório aponta a "necessidade longamente adiada de enfrentar os legados da escravidão, do comércio transatlântico de escravos africanos e do colonialismo, além de procurar uma justiça reparadora". Também destaca a "falta de reconhecimento oficial da responsabilidade dos Estados", instituições e pessoas que participaram dos fatos e continuam sendo beneficiadas.

Entre os assuntos que sempre fazem parte da rotina de estudos para quem vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estão as temáticas de atualidades. Estudantes devem ficar atentos a acontecimentos locais e internacionais, por meio, por exemplo, de noticiários da imprensa.

Para ficar por dentro de assuntos que podem cair no Enem 2021, o professor de geografia e atualidades Marcelo Rocha traz alguns tópicos e dicas que merecem a atenção dos estudantes. Ele ainda alerta que geralmente os assuntos mais recentes que podem cair na prova são sobre acontecimentos até do primeiro semestre do mesmo ano. Veja, a seguir, as apostas do docente:

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Palestina

“A região da Palestina está em conflito desde o processo de formação, que aconteceu depois da Segunda Guerra Mundial, entre judeus e palestinos muçulmanos árabes. No entanto, no começo de maio, Israel deu uma ordem de despejo a algumas famílias palestinas que estavam em um bairro na região de Jerusalém Oriental, e está sob domínio também de Israel. Começou ali um movimento de civis contra o Exército de Israel, que evoluiu para um conflito maior com a entrada do Hamas, que hoje é a maior organização islâmica na região da Palestina. Foi criado nos anos 80, após um evento chamado Intifada, uma espécie de revolta da Palestina", explica Rocha.

O Hamas hoje é um movimento de resistência islâmica, e no conflito já morreram mais de 100 pessoas. O destaque feito pelo professor é que, naquela semana em que houve os bombardeios, se tornou bem evidente que Israel possui um sistema anti-míssil. "Embora haja um acordo de paz, ninguém sabe os desdobramentos dessa guerra”, alerta o professor.

Guerra da Síria

“O ano de 2021 é o marco de dez anos da Guerra da Síria. O conflito começou em 2011, no contexto da Primavera Árabe, com a intenção de derrubar governos ditatoriais. No caso da Síria é o governo de Bashar al-Assad. E este ano marca também a reeleição do presidente, que foi reeleito com 95% dos votos. Então, ao mesmo tempo que há uma guerra entre vários grupos de oposição e o governo, até de certa forma um pouco ditatorial, ele é reeleito com mais de 95% dos votos. O que mostra também que ele tem o controle das eleições", conta.

"A guerra da Síria já envolveu vários atores, por exemplo, o Estado Islâmico, que estava muito forte há um tempo, foi depois desarticulado, mas ninguém sabe se ele pode voltar”, acrescenta.

O professor Marcelo ainda lembra de outro grupo que faz parte da região, os 'Curdos'. “Os Curdos vivem na fronteira entre a Síria e a Turquia, e desde a antiguidade que eles estão presentes naquela região. É hoje uma das maiores nações sem território no mundo. Eles lutam para ter o seu território reconhecido, e também estão dentro do contexto das instabilidades naquela região do Oriente Médio e da Síria”, detalha.

Crise dos refugiados

“Outro tema que é atual o ano todo, todos os anos, é a crise dos refugiados. O ano de 2021 marca o maior índice de refugiados no mundo. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), nunca tivemos tantos refugiados no mundo. Os números passam dos 82 milhões de pessoas refugiadas e deslocados internos. Parte deles é da Síria, mas a gente tem que destacar também os venezuelanos, os afegãos, gente do mundo todo que está fora do seu país de origem, correndo risco. Então, é um tema também bem relevante que sempre pode aparecer”, afirma o docente.

Marcelo Rocha destaca também a situação específica que acontece em Myanmar, que fica no sul da Ásia, a antiga Birmânia. “Ele ficou em evidência porque sofreu um golpe de estado. Mas aquela é uma região de crise de refugiados, de uma minoria muçulmana que vive ali. A maior parte da população não é muçulmana, tem budistas. E no estado de Rakhine, em Myanmar, vive uma minoria chamada de Rohingya. São muçulmanos que vivem naquela área, e são considerados apátridas. Ou seja, o governo de Myanmar não reconhece a existência deles. Eles não têm direito a se casar, ir embora do país, eles não têm direito a nada. Então, como Myanmar entrou em evidência no início deste ano, associando a essa crise humanitária de refugiados, poderiam falar dos Rohingya, que fogem de Myanmar, e a maioria está indo para o país vizinho, que é Bangladesh, perto da Índia”, conta o professor.

Crise ambiental

O professor ainda comenta que pode aparecer alguma questão relacionada às mudanças climáticas, e por isso ele cita os seis anos da assinatura do Acordo de Paris. “Foi assinado por 195 países, que discutiram como minimizar as consequências do aquecimento global. Ele foi adotado em 2015, na Conferência das Partes (COP21), e 2021 marca a volta dos Estados Unidos para o acordo de Paris, já que Donald Trump havia retirado o país. E com as eleições de 2020, quando Joe Biden assumiu, os Estados Unidos voltam, fortalecendo esse comprometimento mundial na redução da emissão de gases do efeito estufa”, explica o docente.

Desemprego estrutural

Envolvendo o contexto da globalização, há o chamado desemprego estrutural, que ocorre pelo processo de substituição da mão de obra pela máquina, pela tecnologia. "Isso está cada vez mais em evidência já que a tecnologia traz uma série de benefícios, mas ela também vem aumentando o desemprego estrutural no mundo. E é muito atual esse debate sobre as novas tecnologias, inclusive com uma possibilidade de aparecer na própria redação”, ressalta Marcelo Rocha.

Ele ainda evidencia a problemática que move a maioria dos países, que é o processo da inclusão digital. “No Brasil, temos grandes desafios para incluir a população menos favorecida no contexto digital. Principalmente no contexto da pandemia, as escolas com aulas remotas e a grande desigualdade brasileira são portas para essa exclusão digital”, ele afirma.

Conflito religioso na Irlanda do Norte

 “É um conflito antigo entre católicos e protestantes que já tem mais de dez anos. O conflito foi tema da música da banda U2, ‘Sunday, Bloody Sunday’, que conta sobre o domingo sangrento. E a região passou pelo Brexit. Essas tensões na Irlanda do Norte começaram a surgir, principalmente, por alguns grupos que agora querem que a Irlanda do Norte saia do Reino Unido. De repente, volte para a União Europeia. Então, o conflito dos anos 70, 80, era até considerado um movimento separatista, porque havia um exército republicano irlandês, que era o Ira, mas que voltou agora, porque essa região recentemente viveu o Brexit", explana.

Mais apostas relevantes

Rocha ainda comenta outras temáticas que podem ser cobradas na prova, mas faz ressalvas sobre a abordagem. “São sempre muito atuais temas como a crise hídrica, falando da escassez da água, o nosso bem principal. Sempre aparece alguma coisa. É importante o aluno conhecer a crise hídrica. Sobre sustentabilidade, não é simplesmente a questão de queimadas e desmatamento, porque o Enem, queira ou não queira, é uma prova do Governo, e ele não vai querer evidenciar um problema do Governo. Mas essa relação da crise hídrica, sim”, ele explica.

Por fim, ele também cita a questão da mobilidade urbana como tema que pode ser pedido na avaliação. “Nosso desafio é deslocar as pessoas dentro do espaço urbano de maneira cada vez mais eficiente”, finaliza.

Com entrevistas de Jennifer Buarque

Os representantes dos 27 países da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira (16) permitir o retorno dos turistas dos Estados Unidos ao território do bloco, incluindo aqueles que não estão completamente vacinados contra a Covid-19, informaram fontes diplomáticas.

Em uma reunião, os representantes dos países da UE incluíram os Estados Unidos na lista de países e territórios autorizados, além de Taiwan, Macau, Hong Kong, Sérvia, Macedônia do Norte, Albânia e Líbano.

A lista não inclui nenhum país da América Latina. Até esta quarta-feira a relação mencionava apenas Japão, Austrália, Israel, Nova Zelândia. Ruanda, Singapura, Coreia do Sul e Tailândia.

Com a chegada do verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) e a temporada turística na Europa, os países da UE mobilizaram um grande esforço para permitir o retorno de pelo menos uma parte dos turistas de fora do bloco, para tentar estimular a atividade econômica.

A norma que foi adotada nesta quarta-feira pelos representantes dos 27 países da UE em Bruxelas prevê, no entanto, que no desembarque os turistas poderão ser submetidos a medidas adicionais, como testes de laboratório ou quarentenas.

Com a crise da pandemia, a UE fechou as fronteiras externas em março de 2020 para viagens não essenciais. O bloco mantém uma lista de países cujos cidadãos podem entrar na região como turistas.

Para ser incluído na lista de autorizados, um país deve ter registrado menos de 75 novos casos de Covid-19 para cada 100.000 habitantes nos 14 dias prévios à tomada de decisão.

Para permitir a circulação dos europeus dentro do espaço único, a UE também iniciou a implementação de um passaporte sanitário, que certifica que o portador foi plenamente vacinado, apresentou resultado negativo em um exame ou é imune por ter sido contaminado previamente.

Após uma reunião de cúpula entre UE e Estados Unidos na terça-feira em Bruxelas, as duas partes negociam agora um mecanismo de reconhecimento mútuo de suas campanhas de vacinação.

Países que combateram a pandemia de Covid-19 com vigor e concederam incentivos fiscais significativos ocupam as primeiras posições de um ranking do crescimento econômico neste início do ano. A avaliação é do economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating, que elaborou o ranking considerando o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.

Pelo levantamento da Austin, o Brasil perdeu sete posições na passagem do último trimestre do ano passado para o primeiro deste ano, caindo para o 19.º lugar, numa lista de 50 economias que já divulgaram seus resultados. Para o economista, o País só conseguiu se manter nesta posição por conta da alta do preço das commodities e pela maior demanda da China - que tiveram impacto positivo nos negócios das empresas exportadoras brasileiras.

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Lideram a lista Croácia (crescimento de 5,8% sobre o quarto trimestre de 2020), Hong Kong (5,4%), Estônia (4,8%), Chile (3,2%) e Cingapura (3,1%). Na América do Sul, a Colômbia também ficou à frente do Brasil, com avanço do PIB de 2,9% no período. O Brasil cresceu 1,2% no primeiro trimestre, ante o quarto do ano passado, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O PIB do Brasil só foi bom porque o preço das commodities (matérias-primas com cotação internacional) está no maior nível desde 2009", disse Agostini ao Estadão/Broadcast. "O resultado do PIB no primeiro trimestre não reflete a nossa realidade doméstica, que é uma recuperação ainda descompassada, muito do lado da produção para o exterior e menos para o consumo doméstico, que está acontecendo ainda em passos lentos", completou o economista.

Após os dados divulgados nesta terça, 1º, vários analistas do mercado financeiro revisaram para cima suas projeções para o crescimento econômico em 2021, mas a Austin Rating manteve inalterada sua estimativa, de 3,3%. Para 2022, a agência de classificação de risco espera crescimento de 3%.

Segundo Agostini, apesar de indicações de um maior crescimento em 2021, algumas incertezas ainda estão na mesa, como possíveis novas altas da taxa básica de juros (a Selic, hoje em 3,5% ao ano); os efeitos da crise hídrica; o processo lento de imunização contra o covid-19; a forte elevação dos custos de produção, com destaque para as altas recordes dos preços das commodities; o cenário fiscal ainda fragilizado; e a redução dos estímulos monetários nas economias desenvolvidas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira (12) (noite de terça, 11, no Brasil) que a variante do novo coronavírus que causou a explosão recente de contágios na Índia está presente em pelo menos 44 países.

A autoridade mundial em matéria de saúde informou que a variante B.1.617, detectada na Índia em outubro passado, foi identificada "em 44 países, nas seis regiões da OMS", e acrescentou ter recebido "informes de que também foi detectada em outros cinco países".

Fora da Índia, foi no Reino Unido onde foi detectado o maior número de casos da B.1.617.

A OMS qualificou esta semana esta variante como "preocupante". É uma das razões, embora não a única, que explica a explosão de casos de covid na Índia, atualmente o epicentro da pandemia no mundo.

Ela se soma, assim, à lista de outras variantes surgidas em Reino Unido, Brasil e África do Sul, consideradas mais perigosas do que a versão original do coronavírus, seja porque são mais contagiosas, letais ou resistentes a algumas vacinas.

No que diz respeito à variante indiana, ela foi somada à lista porque é mais contagiosa.

Segundo estatísticas oficiais, cerca de 4.000 pessoas morrem diariamente de covid-19 na Índia, onde o balanço total da epidemia beira os 250.000 mortos.

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