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O intercâmbio é um bom caminho para as pessoas que querem se aperfeiçoar em um idioma de seu interesse. Há nações que, além de serem bons destinos para estudos, oferecem aos estudantes a oportunidade de conhecer diferentes culturas.

Veja, a seguir, países para fazer intercâmbio na Europa, África do Sul, América do Sul e América do Norte. O diretor da agência 'We Intercâmbio', José Neves, apresentou alguns destinos para estudar, além de valores de cursos e acomodações em cada país. Confira:

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1 - Malta

Foto: Pixabay

É um país pequeno, localizado embaixo da Itália, e tem um dos melhores valores para programas de intercâmbio, além de não exigir visto para quem quer estudar por até três meses na Ilha. E estando na Europa, você pode conhecer vários outros países por perto.

Em Malta, um curso de inglês, com carga de 15 horas por semana, custa em torno de R$ 5 mil. Já a média de custo de um mês de acomodação (casa de família) gira em torno de R$ 4.687,20 a R$ 13.410,60.

2 - África do Sul

Foto: Pixabay

É um destino muito procurado ultimamente por conta do seu valor de moeda. A moeda do País é o rand e ela é desvalorizada em relação ao real. O programa normalmente tem um valor mais caro, pois ele é cotado em dólar, mas o custo dentro do país considerado barato. Um mês estudando na África do Sul custa em torno de R$ 7 mil o curso de inglês com carga horária de 15 horas por semana. A média de custo de um mês de acomodação (casa de família) vai de R$ 3400,95 a R$ 6636,00.

3 - Irlanda

Foto: Pixabay

É um excelente país para quem quer estudar e para quem almeja trabalhar também, pois conta com um programa de seis meses em que você ganha o direito de trabalhar no país. Se você quer estudar por até três meses, a Irlanda tem entrada liberada para brasileiros que queiram aprender inglês.

Um mês estudando na Irlanda custa em torno de R$ 5 mil e 30 dias de acomodação custam de R$ 5.240,55 a R$ 7584,15.

4 - Espanha

Foto: Pixabay

Para quem curte a língua espanhola, a Espanha tem cidades que possuem preços atrativos em qualificações. Salamanca é uma delas, com curso de espanhol de 15 horas por semana, ao preço de R$ 4.500. No que diz respeito à média de custo de um mês de acomodação (casa de família), o valor vai de R$ 5598,60 a R$ 8.202,60. 

5 - França

Foto: Pixabay

Assim como a Espanha, a França cidades atrativas para o aprendizado de um idioma. Um exemplo dessas cidades é Lyon, onde você pode estudar francês pagando R$ 4.500 para ter 15 horas de francês por semana. A média de custo de um mês de acomodação (casa de família) pode ir de R$ 5468,40 a R$ 9114.

6 - Argentina

Foto: Pixabay

Nossos hermanos também têm opções para quem deseja aprender espanhol. Um mês estudando na Argentina, em Buenos Aires, custa em torno de R$ 6. mil. A média de custo de um mês de acomodação (casa de família) varia de R$ 5419,40 a R$ 8626,80.

7 - México

Foto: Pixabay

Outrodestino que vem tendo uma procura acentuada nos últimos tempos é o México, pois os valores para esse destino estão se tornando muito atrativos devido a sua moeda que também é desvalorizada em relação ao real. Por R$ 4.300, você consegue estudar um mês de espanhol no México com a carga horária de 15 horas semanais. A média de investimento em um mês de acomodação custa R$ 5.308,80.

A recessão causada pela pandemia de Covid-19 deve manter o Brasil entre os países que menos investem no mundo. A disseminação do novo coronavírus paralisou economias globalmente, mas por aqui chegou quando o País ainda tentava se recuperar dos efeitos da crise econômica anterior, que durou de 2014 a 2016.

Levantamento obtido pelo Estadão com o FGV-Ibre, feito a partir de dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra que, em uma amostra com 31 economias avançadas e emergentes, o Brasil foi o quarto país no qual os investimentos mais retrocederam no segundo trimestre do ano - só atrás de Reino Unido, Espanha e Bélgica. Com o agravante de que o Brasil, ao contrário dessas economias, tem ainda muito a fazer em termos de infraestrutura.

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Dados sobre a evolução da economia divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram um recuo de 15,4% na taxa de investimentos brasileira entre abril e junho, em relação aos primeiros três meses do ano.

Com isso, a chamada formação bruta de capital fixo - investimentos em ativos que ampliam a capacidade da economia - caiu para um patamar equivalente a apenas 15% do PIB, menor até que a taxa de poupança do País, que ficou em 15,5% das riquezas no período.

Pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV-Ibre, Marcel Balassiano afirma que a atual taxa de investimento brasileira está 36,5% abaixo do nível do primeiro trimestre de 2014, que foi o pico do indicador antes da sucessão de crises econômicas pelas quais o País tem passado.

"Pela primeira vez, entramos em uma recessão antes de recuperarmos as perdas de uma recessão anterior. Para falarmos de retomada dos investimentos, primeiro precisamos retornar ao nível de fevereiro deste ano (pouco antes de Estados e municípios determinaram medidas de isolamento social para tentar debelar o contágio da covid) e, depois, chegar ao nível do início de 2014.

Só a partir daí poderemos falar em voltar a crescer", avalia.

Ele lembra que a distância do Brasil para os outros países em termos de investimentos é estrutural, para além das razões conjunturais das últimas duas crises. Mesmo no auge da taxa de investimentos, em cerca de 21% do PIB no começo da década passada, o Brasil ainda estava abaixo de vizinhos latino-americanos.

"Nas décadas de 1980 e 1990, cerca de 70% dos países já investiam mais que o Brasil. Essa porcentagem subiu para 80% no começo deste século e agora já está em 90%. Não tem outro jeito, para crescer mais e gerar emprego, é preciso termos uma taxa de investimento maior. Estamos ficando para trás, e não é à toa que tivemos duas décadas perdidas nos últimos 40 anos", acrescenta Balassiano.

Na lanterna

De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2019 o Brasil ocupou o 16.º lugar na lista das economias com piores taxas de investimento em proporção do Produto Interno Bruto (PIB), de um total de 170 países analisados. Em outras palavras, 91% do mundo investiu mais que o Brasil.

A taxa de investimento brasileira, que chegou a 20,9% do PIB em 2013, foi duramente impactada pela recessão dos anos seguintes, caindo para apenas 15,4% do PIB no em 2019. O Brasil perde não apenas na comparação direta com outros países. No ano passado, o País continuou atrás da média da América Latina (19,4%) e bem abaixo da média mundial (26,2%). A taxa de investimento brasileira não chegou nem à metade da média das principais economias emergentes (32,7%).

Para retomar os investimentos no País após a pandemia de covid-19, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, aposta na queda na taxa de juros para patamares inéditos, nos programas de concessões de infraestrutura e privatizações de estatais, além da aprovação de novos marcos regulatórios em saneamento, energia elétrica, gás natural e petróleo.

Para o coordenador do Núcleo de Contas Nacionais (NCN) do FGV-Ibre e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Claudio Considera, todos esses pontos da agenda de Guedes são de fato importantes para a retomada dos investimentos.

Essa pauta é crucial, de acordo com o economista, porque o Brasil precisa buscar a ampliação do investimento, uma vez que a expansão do PIB baseada no consumo das famílias, vista nos últimos anos, tem um fôlego muito limitado.

Quadro incerto

Além disso, aponta o especialista, as incertezas sobre o recrudescimento da curva de contágio do novo coronavírus podem adiar as decisões dos investidores.

"Uma segunda onda da pandemia seria um grande desastre. É preciso que se encontre logo uma vacina ou um tratamento eficaz, pois ainda não temos nem um nem outro", afirma Considera. "Mesmo assim, não acredito que a economia vai voltar com gráfico em forma ‘V’ (retomada no mesmo ritmo rápido da queda). O PIB deve cair em torno de 5% neste ano e vai voltar a crescer a 1% como estava antes. Ou seja, vai ser em forma de uma 'raiz quadrada'."

O economista alerta ainda que a recente crise política deflagrada entre o ministro Paulo Guedes e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também afugenta os investidores do Brasil. "O governo não consegue negociar as reformas. É espantoso que as autoridades não conversem entre si. Com isso, a reforma tributária não anda, e se torna uma ameaça para as empresas, que não sabem qual será o lucro líquido dos investimentos no longo prazo. Ninguém investe desse jeito."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quinta-feira (27) que, conforme os países reabrem sua economia, muitos deles notam novas ondas de transmissão da Covid-19. Durante entrevista coletiva, ele comentou que isso muitas vezes está relacionado a episódios de grupos de infectados por reuniões de pessoas, por exemplo em estádios, casas noturnas, templos religiosos e multidões.

Nesse quadro, Ghebreyesus afirmou que em alguns contextos a suspensão desses eventos pode ser necessária "por um curto período". Em outros casos, podem haver opções mais criativas, a fim de minimizar o risco.

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Também presente na coletiva, a líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, afirmou que, mesmo com o uso de máscaras, é preciso manter o distanciamento físico entre as pessoas, para evitar a transmissão do vírus.

Ainda segundo ela, diante de focos da doença, é preciso que as autoridades expandam a capacidade de testar os casos suspeitos.

A OMS também informou que uma equipe da entidade foi à China, a fim de estabelecer as bases para um estudo multidisciplinar internacional sobre a origem da Covid-19, a fim de entender melhor a doença.

A Alemanha anunciou, nesta quarta-feira (26), que estenderá até 14 de setembro suas restrições a pessoas que viajam para a maioria dos países de fora da União Europeia (UE), uma medida em vigor desde março, devido à pandemia da Covid-19.

O governo "decidiu estender os avisos para viagens turísticas não essenciais a países de fora da UE até 14 de setembro", um dispositivo planejado até 31 de agosto, disse a porta-voz do governo Ulrike Demmer, durante uma entrevista coletiva em Berlim.

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"Cada um deve se perguntar uma viagem a um território considerado de risco é essencial, ou não", afirmou a porta-voz, ressaltando que o combate à pandemia exige "uma certa responsabilidade individual".

As advertências aos viajantes não são uma proibição, mas buscam ter um efeito dissuasório, com a vantagem de permitir que cancelem suas reservas gratuitamente.

Esta medida consiste em alertar que, quando se viaja para um determinado país, o viajante pode ser submetido a uma quarentena mais ou menos longa, dependendo das medidas de saúde adotadas naquele local e que também poderá ser forçado a se isolar durante duas semanas após seu retorno à Alemanha. A exceção fica para quem apresentar um teste negativo para o novo coronavírus de menos de 48 horas.

Essas recomendações são feitas com base na classificação dos países como áreas de risco elaborada pelo Robert Koch Health Institute. Embora existam advertências para viajantes de cerca de 160 países, cerca de 130 são considerados de risco.

Devido aos surtos do coronavírus na Europa durante o verão, Berlim estendeu essas restrições aos viajantes de várias áreas de seus vizinhos europeus, como a maioria das regiões da Espanha, sudeste da França, a cidade de Bruxelas, ou vários territórios de Romênia, Bulgária e Croácia.

Qualquer pessoa chegando na Finlândia a partir de um "país de risco" na pandemia do coronavírus deverá cumprir 14 dias de auto-isolamento, sob pena de multa ou três meses de prisão em caso de descumprimento. O anúncio foi feito por ministros finlandeses nesta segunda-feira (10).

Até o momento, o país nórdico se limitava a recomendar a quarentena aos recém-chegados, sem penalidades estabelecidas.

Segundo a ministra da Saúde, Krista Kiuru, os viajantes também podem passar por testes obrigatórios de Covid-19. Ela afirmou que as medidas serão implementadas o mais breve possível.

A decisão se dá após uma série de relatos nos últimos dias de aviões vindos da Europa Oriental e dos Bálcãs com passageiros infectados ou que se recusaram a fazer o teste.

No começo do verão, o número de casos de coronavírus era muito baixo, mas nos últimos sete dias foram registrados 135 contágios.

"O número de infecções surpreendeu a todos nós", disse Kiuru em entrevista coletiva na segunda-feira, enquanto as autoridades de saúde culpavam os recém-chegados do exterior por parte do aumento de casos.

"Temos discutido se podemos interromper voos de países de risco. Estamos investigando isso", afirmou Kiuru.

As novas medidas serão aplicadas a viajantes provenientes de todos os países exceto aqueles inclusos na "lista verde" da Finlândia, que são os que registraram menos de oito novos casos por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas.

Atualmente 25 países se encaixam nesse critério, incluindo Irlanda, Japão, Grécia, Chipre e Uruguai.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Finlândia tem uma das taxas de incidência do vírus mais baixas da Europa, com apenas três novos casos por 100 mil habitantes.

De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), órgão das Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta quinta-feira (23), a disponibilização de uma renda básica temporária para os 2,7 bilhões de pessoas mais pobres do mundo pode ajudar a retardar a proliferação do coronavírus (Covid-19), pois permitirá que essa população fique em casa.

O relatório, que aponta para 132 países em desenvolvimento sugere três opções: complementação da renda média existente, transferências de montante fixo vinculadas a diferenças no padrão médio de vida em um país ou transferências uniformes de montante fixo independentemente de onde alguém mora em um país e região.

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"Tempos sem precedentes exigem medidas sociais e econômicas sem precedentes. A introdução de uma renda básica temporária para as pessoas mais pobres do mundo surgiu como uma opção", comentou o administrador do Pnud, Achim Steiner, em comunicado oficial. "Os planos de resgate e recuperação não podem se concentrar apenas em grandes mercados e grandes empresas", finalizou.

A ONU alerta que a pandemia e a recessão global poderiam desencadear um aumento da linha da pobreza em todo o mundo pela primeira vez desde 1990 e resultar em até 265 milhões de pessoas beirando à fome.

Os 27 líderes europeus alcançaram nas primeiras horas desta terça-feira (21) um histórico acordo para superar os estragos provocados pelo coronavírus com um inédito fundo de 750 bilhões de euros, baseado na mutuação de dívida.

"Acordo!", tuitou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, mais de 90 horas após o início da cúpula em Bruxelas, na sexta-feira, o que a torna uma das mais longas da história europeia junto com a reunião realizada em Nice em dezembro de 2000.

O amanhecer da Festa Nacional Bélgica veio acompanhado de um pacto que ajudará os europeus, especialmente Itália e Espanha, a enfrentar a profunda recessão estimado para 2020 devido à pandemia da Covid-19.

Os 27 líderes concordaram em mobilizar 750 bilhões de euros, que a Comissão Europeia tomará emprestada nos mercados financeiros em nome da UE e que serão distribuídos em forma de subsídios (390 bilhões) e empréstimos (360 bilhões).

Michel, respaldado pela chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron, foi capaz de manter intacto o valor do fundo, mas precisou fazer concessões aos "frugais" -Holanda, Dinamarca, Suécia e Áustria-, que pediam uma redução do valor.

A primeira concessão foi reduzir o volume de subsídios, que se tornarão uma dívida comum entre os 27 e não unicamente do país beneficiado, de meio trilhão para 390 bilhões de euros. A vigilância sobre o uso deste aporte também será reforçada.

Se um país apresentar um questionamento sobre o uso dos fundos por um dos sócios em virtude dos planos nacionais de recuperação, que deverão apresentar antes do pagamento, poderá pedir que os 27 membros da UE debatam a questão a nível político.

"Serão evitados vetos", garantiu uma fonte diplomática, em referência à reivindicação feita pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, cujo país exigia a unanimidade dos 27 para que um subsídio fosse acordado.

Espanha e Itália, os países mais castigados humana e economicamente pelo coronavírus e com um elevado nível de dívida, eram contrários à exigência holandesa.

Já Polônia e Hungria se consideraram vitoriosos por conseguir desvincular dos subsídios à situação do Estado de Direito. O plano prevê um mecanismo menos rigoroso que o proposto pela Comissão Europeia.

- 1,074 bilhão -

Em troca de seu aval, Holanda, Suécia, Dinamarca e Áustria também conseguiram melhorar suas condições, diminuindo o valor de suas contribuições para o orçamento da UE para o período 2021-2027. Os holandeses irão economizar assim quase 2 bilhões de euros anuais.

Após fracassar em fevereiro, os 27 também alcançaram um acordo em relação ao próximo Marco Financeiro Plurianual (MFP), o orçamento comum para os próximos sete anos -o primeiro sem o Reino Unido-, no valor de 1,074 trilhão de euros.

Além das tradicionais políticas agrícola e de coesão, o MFP deve cobrir as novas prioridades, como o Pacto Verde, visto como uma estratégia de crescimento. Por outro lado, instrumentos importantes como o Fundo de Transição Justa perderam recursos.

A pressa pedia um acordo. Devido à pandemia, a economia mundial deverá sofrer uma contração de 4,9% em 2020, uma queda que chegará a 10,2% na zona do euro e a 9,4% na América Latina e Caribe, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A UE, que superou na última década uma crise econômica, que opôs os países do norte e do sul, e outra migratória, que dividiu o leste e o oeste do continente, poderá focar agora em seu futuro, que passa primeiro por encerrar sua relação com o Reino Unido.

Contudo, o MFP, do qual depende o plano de recuperação, precisa primeiro da aprovação da Eurocâmara no final do ano. Seu presidente alertou para o risco de uma rejeição caso não houver um acordo "ambicioso". O primeiro debate está previsto para quinta-feira.

Setenta e três países alertaram que estão em risco de ficar sem medicamentos antirretrovirais (ARV) em razão da pandemia de Covid-19, de acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) feita antes da conferência bianual da Sociedade Internacional de Aids. Vinte e quatro países relataram estar com baixo estoque de ARVs ou sofrerem com interrupções no fornecimento desses medicamentos que salvam vidas.

A pesquisa se deu após uma previsão, em maio, de que uma interrupção de seis meses no acesso a esses medicamentos poderia levar ao dobro nas mortes por aids na África Subsaariana - apenas em 2020.

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Em 2019, aproximadamente 8,3 milhões de pessoas foram beneficiadas pelos antirretrovirais nos 24 países que estão enfrentando a escassez no fornecimento. Isso representa cerca de um terço de todas as pessoas no mundo que estão em tratamento contra o HIV. Apesar de não haver cura, os antirretrovirais podem controlar o vírus.

A incapacidade dos fornecedores de entregarem os antirretrovirais no prazo e a paralisação dos serviços de transportes terrestre e aéreo estão entre as causas das interrupções citadas na pesquisa. O acesso limitado aos serviços de saúde em decorrência da pandemia também é um fator preponderante.

"As descobertas dessa pesquisa são muito preocupantes. Países e seus parceiros precisam fazer tudo que puderem para garantir, a quem precisa, o acesso ao tratamento contra o HIV. Não podemos permitir que a pandemia de covid-19 desfaça todas as conquistas na resposta global a essa doença", alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O número anual de novas infecções pelo HIV atingiu 1,7 milhão nos últimos dois anos. Houve, diz a OMS, pequena redução nas mortes relacionadas à doença, de 730 mil em 2018 para 690 mil no ano passado.

Procurado, o Ministério da Saúde do Brasil informou não haver desabastecimento de remédio. "Apesar da ocorrência de diversos desafios logísticos em razão da pandemia", o governo diz ter garantido estoque suficiente para que as pessoas em terapia antirretroviral recebam medicamentos para 60 ou 90 dias de tratamento .

Falta de vacinação

Após a suspensão de programas de vacinação para evitar aglomerações e deslocamentos durante a pandemia, a OMS também tem alertado sobre o risco de disseminação de outras doenças nos próximos meses. Segundo a entidade global, ao menos 68 países interromperam, em algum momento, campanhas de imunização infantil de doenças cuja prevenção é possível, como sarampo, poliomielite e difteria.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O acesso a uma vacina contra o coronavírus é crucial para muitos países, cujos governos optam por financiar parte de seu desenvolvimento ou por fazer encomendas prévias aos grupos farmacêuticos.

- Em que ponto estão os principais projetos?

Até 9 de junho estavam registrados 10 projetos de vacina em fase clínica, e 126 em fase pré-clínica, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). É difícil saber qual projeto está mais avançado, mas algumas empresas fizeram anúncios importantes sobre suas pesquisas, como a americana Moderna. Sua vacina experimental entrará na terceira (e última) fase de testes clínicos em julho, informou o grupo recentemente.

A gigante britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, que trabalham em parceria em uma vacina, iniciarão um teste com 50.000 voluntários e afirmam que esperam resultados para o outono (hemisfério norte, primavera no Brasil).

A americana Johnson & Johnson prevê a possibilidade de distribuir um bilhão de doses no próximo ano. Na França, a Sanofi desenvolve dois tipos de vacinas, que a princípio devem entrar em pouco tempo na fase de testes pré-clínicos (experimentação animal). A primeira, em colaboração com a britânica GSK, poderia estar disponível para o público dentro de 18 meses. Para a segunda, a Sanofi espera ter uma vacina "disponível em larga escala no fim de 2021.

De qualquer forma, esta seria a primeira vez que a indústria farmacêutica conseguiria comercializar uma vacina de maneira tão rápida. "É algo inédito. Isto se explica pelo fato de que já existia um certo conhecimento pelas epidemias anteriores da Sars e Mers. E um financiamento excepcional foi mobilizado", explica a economista Nathalie Coutinet.

- Como produzir todas as doses necessárias?

Diante de tamanha mobilização "é provável que mais de uma candidata à vacina chegue ao mercado", destacaram em um comunicado os analistas do UBS. Isto permitira atender de maneira mais satisfatória a demanda. Mas fazer com que as doses sejam distribuídas em todo o mundo pode virar um quebra-cabeças, recordou o diretor da Federação Internacional da Indústria de Medicamentos (IFPMA), Thomas Cueni, no fim de maio.

Pascal Soriot, diretor geral da AstraZeneca, afirmou que a distribuição em frascos representa um problema importante. Seu laboratório, assim como outros, estuda a possibilidade de armazenar várias doses por frasco. Além disso, os grandes grupos farmacêuticos afirmaram que começariam a adaptar suas linhas de produção para conseguir produzir as vacinas. Além disso, os laboratórios podem recorrer a empresas terceirizadas, recordou o UBS.

- O que fazem os governos?

Para garantir o acesso à vacina, os governos financiam parte do desenvolvimento ou apresentam encomendas, com frequência a vários laboratórios ao mesmo tempo. Os acordos limitam os riscos para as empresas, que não precisam enfrentar sozinhas o desafio financeiro de um eventual fracasso, ao mesmo tempo que os Estados asseguram uma certa visibilidade.

O governou dos Estados Unidos lançou a operação "Warp Speed", uma associação público-privada que pretende garantir uma quantidade suficiente de vacinas para os americanos em 2021, com programas de financiamento e de apoio aos laboratórios. O país também financiou a Sanofi com 30 milhões de dólares. O diretor geral do laboratório, Paul Hudson, mencionou que poderia distribuir a vacina nos Estados Unidos antes, o que gerou forte polêmica na França.

Em vários países da Europa, os governos tentam garantir o abastecimento. Este é o objetivo do acordo assinado entre AstraZeneca e Alemanha, França, Holanda e Itália. O projeto afirma que todos os países da União Europeia, ao lado de outros Estados voluntários, podem receber até 400 milhões de doses da vacina.

- Quanto custará a vacina?

Os grupos farmacêuticos anunciaram que desejam um preço de vacina razoável ou, inclusive, vendê-la a preço de custo.

AstraZeneca se comprometeu a "não obter lucro com a vacina", afirmou seu presidente para a França, Olivier Nataf, que citou um possível faturamento de 2 euros (2,25 dólares) por dose.

Levando em consideração a pressão internacional, será difícil obter um preço alto, especialmente para uma campanha de vacinação única. Porém, "em caso de necessidade de vacina de forma contínua, parece mais provável que os fornecedores comecem a tratá-la como um exercício comercial", advertiu o UBS.

No que diz respeito aos países em desenvolvimento, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou no início de junho que a futura vacina deveria ser considerada um "bem público mundial", acessível a todos, com base no princípio de solidariedade entre países ricos e pobres.

Líder da resposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) à pandemia, a epidemiologista Maria Van Kerkhove recomendou durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, 27, que os países realizem a reabertura de suas economias "de modo lento" e "baseado em dados". Ela ressaltou que é preciso que as nações já possuam nesse processo a capacidade de identificar os casos de coronavírus que surjam, por meio de testes, rastrear os contatos dessas pessoas e isolar e tratar os doentes.

"A reabertura deve ser feita de modo lento e não pode ocorrer de uma vez em todo um país", afirmou Kerkhove.

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Segundo ela, além de tecnologias que podem auxiliar nesse processo de retomada, é fundamental que pessoas formem equipes para avaliar os dados disponíveis. A epidemiologista disse que alguns países têm feito isso.

Diretor executivo do Programa de Emergências à Saúde da OMS, Michael Ryan afirmou que muitas nações têm investido nos últimos anos menos do que o necessário no que ele qualificou como a "arquitetura da saúde", como por exemplo a força de trabalho nesse setor.

Diante da incapacidade de controlar infecções, são necessárias medidas de quarentena, mais abrangentes, comentou. De acordo com ele, as nações que tiveram sucesso no combate à pandemia usaram uma combinação de medidas nesse processo.

A proporção de adultos jovens mortos pelo novo coronavírus no Brasil é superior à de outros países duramente afetados pela pandemia, sobretudo nas classes mais pobres, que enfrentam mais obstáculos para cumprir as medidas de distanciamento social.

No país de 210 milhões de habitantes, com uma população mais jovem que a europeia, 69% dos falecidos por Covid-19 têm mais de 60 anos, segundo cifras oficiais. Em países como Itália e Espanha, os maiores de 60 representam 95% dos óbitos.

A diferença se explica, em primeiro lugar, pela pirâmide populacional: apenas 13,6% dos brasileiros têm mais de 60 anos, frente a 25% dos espanhóis e 28% dos italianos.

Mas outros fatores também interferem. "Como o Brasil tem uma população mais jovem, é natural que o número de casos em pessoas abaixo de 60 anos seja maior. É porque jovens respondem ao vírus de forma diferente? Não, é porque tem muito mais jovens expostos", explicou à AFP Mauro Sanchez, epidemiologista da Universidade de Brasília.

A taxa de adesão às medidas de quarentena, calculada com base no sinal dos telefones celulares, tem caído de forma constante no último mês, ao mesmo tempo em que o presidente Jair Bolsonaro questiona o confinamento parcial adotado em vários estados, em nome dos impactos econômicos destas medidas.

O percentual de mortos por coronavírus com menos de 60 anos - que era de 19% em abril - subiu a 31% esta semana, quando o país registrou pela primeira vez, na terça-feira, mais de mil mortes em um dia.

Nesta quinta-feira, o Brasil alcançou 20.047 mortes, com um recorde de 1.188 óbitos em 24 horas.

- "Dados preocupantes" -

No que diz respeito aos contágios, o Ministério da Saúde não fornece dados sobre faixas etárias.

Especialistas destacam, ainda, que os dados oficiais de contágios podem ser 15 vezes menores que as cifras reais, devido à falta de testes em massa.

Segundo estimativas do coletivo de pesquisadores Covid-19 Brasil, o país já teria 3,6 milhões de infectados, um número muito superior aos 310.087 que constam nos registros ministeriais.

Segundo projeções do grupo, as faixas etárias de 20 a 29 anos e de 30 a 39 concentram mais de 580.000 casos cada uma, ou seja, cerca de um terço do total de contágios.

"Sabemos que temos formas vírus diferentes circulando pelo mundo, mas ainda não temos informação sobre virulência diferente", afirma Patrícia Canto, pneumologista da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"Os dados são preocupantes porque temos visto que as pessoas não estão tomando os devidos cuidados. Há mais jovens circulando. Na verdade, não deveria acontecer. Não é porque você não tem uma condição de risco que você não corre risco de contrair a doença", acrescenta.

"O problema não é a letalidade dos jovens, apesar de alguns, infelizmente, acabarem morrendo. Mas se tem uma proporção muito grande desses doentes que vão ser internados, vai acabar sobrecarregando o sistema de saúde", destaca Mauro Sanchez.

Para o pesquisador, "entre as pessoas que não estão respeitando o isolamento, há uma porção importante que está se expondo porque não tem opção", em alusão aos milhões de trabalhadores pobres, cuja renda vem da economia informal, como os vendedores ambulantes.

"Se tivesse uma política forte de assistência social a pessoas mais vulneráveis, talvez o pessoal ficasse mais em casa", reforça.

O governo está distribuindo parcelas mensais de 600 reais para chefes de família de baixa renda, mas muitos candidatos a receber a ajuda têm enfrentado problemas para se cadastrar.

O resultado são longas filas nas agências da Caixa Econômica Federal, que paga o benefício, provocando aglomerações, que facilitam a propagação do vírus.

- Fatores de risco -

Para Julio Croda, médico infectologista e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, os adultos jovens de classes pobres correm mais risco de desenvolver as formas mais graves da Covid-19.

"A população de baixa renda tem fatores de risco muito importantes, como obesidade, diabetes, hipertensão. Alimentação de alto teor calórico, gordura, menos alimentos saudáveis", explica.

"A teoria de que só os idosos devem ficar em casa porque são o fator de risco mais importante é desconstruída no momento em que se tem uma população importante de jovens, que também apresentam um fator de risco bastante elevado", acrescenta Croda, ex-diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, que deixou o cargo em março por discordar das políticas implementadas no combate à doença.

Bolsonaro preconiza o isolamento vertical pra manter a economia funcionando.

"A partir do momento em que ele defende uma linha que não tem nenhuma base técnica e científica, como representante da nação, por influenciar a opinião de muitos brasileiros, ele coloca a população em risco", alerta Croda.

Em dezembro de 2019, o primeiro caso do novo coronavírus, identificado em Wuhan, na China, deixou o mundo em alerta. A doença, até então desconhecida, passou a causar preocupação em diversas pessoas, porém, numa escala um pouco preventiva. Alguns países alinharam esquemas para que a proliferação da Covid-19 fosse totalmente barrada, mas a força desse vilão invisível ultrapassou raciocínios, lógicas e até estudos.

O avanço exacerbado do vírus passou a ter uma atenção que jamais os órgãos de saúde e líderes políticos pudessem imaginar que, um dia, a raça humana estaria ameaçada. Em cinco meses, quase 4 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram contaminadas com o coronavírus. Até esta sexta-feira (8), o número de óbitos mundo afora já passa de 270 mil.

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No Brasil, a situação está cada vez mais assustadora. De acordo com o Ministério da Saúde, 135 mil pessoas foram infectadas pela Covid-19, e 9.146 morreram. Com os casos da doença aumentando aceleradamente, brasileiros que estão morando em outros países passaram a andar de mãos dadas com a angústia, convivendo através de incertezas longe dos seus familiares.

Transitando pelo caminho do medo e de inúmeros questionamentos, doze brasileiros que moram no exterior relataram ao LeiaJá como é a realidade do coronavírus fora do território nacional, vivendo sem o aconchego da família e dos amigos, em lugares onde a saudade aperta e a vontade de estar junto nessa fase turbulenta só aumenta.

Confira os depoimentos:

Apesar das restrições provocadas pelo novo coronavírus, Europa e Estados Unidos recordam nesta sexta-feira (8) o fim da Segunda Guerra Mundial, de Washington a Paris, passando por Berlim, onde excepcionalmente foi decretado feriado.

Normalmente, a Alemanha não recorda, ou celebra de maneira discreta, o aniversário do 8 de maio de 1945, quando o regime nazista se rendeu aos aliados. Desta vez, porém, a cidade de Berlim declarou o 75º aniversário como dia de repouso.

Sinônimo de derrota para o país, mas também de libertação do nacional-socialismo e dos campos de concentração, o dia é feriado apenas na capital do país, onde a iniciativa provocou alguma polêmica.

O chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, expressou ceticismo na véspera sobre a ideia de transformar a data em um feriado nacional permanente.

"Esta não é a questão principal para mim", declarou ao canal ZDF.

"O importante é que a data seja entendida na Alemanha como um dia de libertação, um dia que, de fato, pode ser de celebração, mas não de lamentação", completou Maas, uma opinião criticada pelo partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD).

O líder da AfD, Alexander Gauland, considera que o 8 de maio continua sendo uma "derrota absoluta" pela perda de territórios no leste, pelos bombardeios e pela expulsão de milhões de compatriotas. A Alemanha "perdeu a autonomia sobre seu futuro", disse.

Ao lado da chanceler Angela Merkel, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, participou de uma cerimônia para depositar flores em memória das vítimas da guerra e do Holocausto, que matou seis milhões de judeus.

Steinmeier também fez um discurso, um gesto simbólico que representa um apelo à ordem em um país que registra o aumento do antissemitismo e onde a extrema direita se rebela contra o dever da recordação.

Os alemães sentem "gratidão" pela derrota nazista que terminou com a Segunda Guerra Mundial, disse Frank-Walter Steinmeier.

"Hoje, nós, alemães, podemos afirmar: o dia da libertação é um dia de gratidão", declarou ele durante a cerimônia solene em Berlim.

As palavras de Steinmeier lembraram o importante discurso do então presidente Richard von Weizsaecker, em 1985, quando ele se tornou o primeiro chefe de Estado do país a pedir aos alemães que se lembrassem do 8 de maio não como um dia de derrota, mas como um dia de libertação da tirania nazista.

- Discurso da rainha -

Ao redor do mundo, as restrições decretadas para conter a pandemia do novo coronavírus, que matou mais de 260.000 pessoas, reduziram os eventos ao mínimo, com cerimônias transmitidas ao vivo pela Internet.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depositará flores no início da tarde no memorial da Segunda Guerra Mundial. Seu colega francês, Emmanuel Macron, fará o mesmo diante da estátua do general De Gaulle e do túmulo do soldado desconhecido em Paris.

Em Moscou, onde o "Dia da Vitória" é celebrado em 9 de maio, o alerta sanitário obrigou o adiamento do desfile militar na Praça Vermelha, para o qual haviam sido convidados governantes estrangeiros. A parte aérea foi confirmada.

O presidente russo, Vladimir Putin, deve discursar ao país, que aguarda suas decisões para o período posterior a 11 de maio. Nesta data, termina o confinamento decretado há um mês para impedir a propagação do coronavírus.

Em Londres, a rainha Elizabeth II pronunciará um discurso aos britânicos, que será exibido pela BBC One às 20h GMT (17h de Brasília), "horário exato em que seu pai, o rei George VI, discursou por rádio em 1945", segundo um comunicado do governo.

A pandemia provocou o cancelamento dos festejos populares e dos desfiles de veteranos, mas o governo estimula a população a celebrar o fim da Segunda Guerra Mundial em casa, com ideias para jogos e receitas culinárias.

A pandemia de coronavírus, que ultrapassou 300.000 casos na América Latina nesta quinta-feira (7), continua causando estragos na economia e no turismo mundial, levando vários países como a França a acelerar o fim do confinamento.

A pandemia causou mais de 268.000 mortes em todo o mundo, incluindo mais de 150.000 na Europa, onde os países mais afetados são: Reino Unido (30.615 óbitos), Itália (29.958), Espanha (26.070) e França (25.987) .

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, anunciou nesta quinta que a fase de desconfinamento que começará em 11 de maio na França será mais rigorosa em Paris, fortemente atingida pela Covid-19.

"O país está dividido em dois", descreveu Philippe. Nas áreas "vermelhas", onde fica Paris, crianças acima de 11 anos não retornam à escola, enquanto bares, restaurantes e parques serão fechados e serão necessárias máscaras nos transportes públicos durante o mês de maio, além de que será proibido viajar para mais de 100 km.

Em todo o Canal da Mancha, o governo britânico deverá suspender algumas de suas medidas de quarentena neste fim de semana

A Itália, que foi o primeiro foco europeu da epidemia, também iniciou uma tímida abertura das medidas de confinamento, e nesta quinta a Igreja Católica e o governo assinaram um acordo para a celebração das missas a partir de 18 de maio.

Na Espanha, esperando o desconfinamento, o governo diz que permanece muito vigilante.E na Grécia, a icônica Acrópole de Atenas e todos os sítios arqueológicos do país serão reabertos em 18 de maio

Ao contrário desses países europeus, a Rússia (177.000 casos e cerca de 1.600 mortos) está em pleno andamento do surto. Moscou, o foco principal, estendeu o confinamento da população na quinta-feira até 31 de maio.

- "Empobrecimento geral" -

A pandemia também foi devastadora para a economia e atingiu de forma dura o turismo.

O volume de turistas internacionais pode cair entre 60% e 80% em 2020, "a pior crise" em "um dos setores da economia que emprega mais mão-de-obra", disse o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili.

Como muitas outras potências, o Reino Unido verá sua economia entrar em colapso a níveis sem precedentes: o Banco da Inglaterra previu nesta quinta uma queda histórica de 14% do PIB este ano.

Na França, quase meio milhão de empregos evaporaram desde o início da crise, segundo o escritório nacional de estatística, e o primeiro-ministro disse que um "empobrecimento geral" é esperado no país.

E nos Estados Unidos, o país mais afetado pela doença, com mais de 75.500 mortes, cerca de 33,5 milhões de pessoas estão desempregadas desde o início da pandemia.

No geral, "os efeitos mais devastadores e desestabilizadores serão sentidos nos países mais pobres", onde os estados não podem sequer ajudar financeiramente a população, alertou a ONU na quinta-feira, buscando levantar 4,7 bilhões dólares para "proteger milhões de vidas".

"Se não agirmos agora, teremos que nos preparar para um aumento significativo de conflitos, fome e pobreza. O espectro de várias fomes está surgindo", disse o representante do órgão, Mark Lowcock.

- Desigualdades históricas -

A América Latina e o Caribe passaram na quinta-feira dos 319.000 casos do novo coronavírus, que matou mais de 17.000 pessoas na região, de acordo com um relatório da AFP com dados oficiais.

O Brasil, com 210 milhões de habitantes, é o país que mais registra casos, com 135.106 infectados e 9.146 mortes. O Peru segue com 58.526 infecções e 1.627 falecimentos.

A mortalidade no Brasil atinge especialmente os mais pobres, principalmente a população negra. "A pandemia aprofunda as desigualdades históricas herdadas da escravidão", disse Emanuelle Goes, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro.

Esperando que o pico da pandemia seja atingido nos próximos dias em diferentes partes da região, vários países vizinhos do Brasil estão observando com preocupação a evolução da doença no gigante latino-americano, enquanto o presidente Jair Bolsonaro incentiva a população a não respeitar as medidas de distanciamento social impostas pelos governadores em diferentes estados do país.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) instou os governos a serem "cautelosos" ao facilitar as medidas de contenção e alertou que a transmissão "ainda é muito alta" no Brasil, Equador, Peru, Chile e México.

- Imigrantes detidos -

Em meio a essa complexa situação internacional, milhares de imigrantes estão presos em todo o mundo, incapazes de se mover devido ao fechamento de fronteiras e barreiras, alertaram as Nações Unidas na quinta-feira.

A situação é especialmente difícil no sudeste da Ásia, na África Oriental e na América Latina, regiões onde milhares de pessoas não conseguem retornar ao seus países de origem, explicou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Nos Estados Unidos, muitos imigrantes ilegais se recusam a ir ao hospital até o último minuto por medo de serem detidos ou receberem uma conta exorbitante.

As pessoas "têm medo de ir ao hospital por causa das políticas anti-imigração implementadas pelo governo Donald Trump desde o primeiro dia", disse Francisco Moya, legislador do Queens em Nova York.

As Bolsas ao redor do planeta voltaram a registrar forte queda nesta segunda-feira (16), apesar das medidas anunciadas pelos bancos centrais para enfrentar a pandemia de coronavírus, cujo balanço de vítimas, principalmente na Europa, aumenta de maneira exponencial, o que levou diversos países a fechar suas fronteiras.

A Espanha, segundo país europeu mais afetado depois da Itália, anunciou nesta segunda-feira quase mil casos novos de coronavírus nas últimas 24 horas, com um total de 8.744 infectados, e 297 mortes, nove a mais que no domingo (15).

O país está em confinamento desde que o governo decretou estado de alerta e determinou sérias restrições de deslocamento aos habitantes por pelo menos 15 dias, em uma tentativa de conter a escalada de contágios.

Muitos países tentam aumentar a proteção com o fechamento das fronteiras, como a Alemanha, que a partir desta segunda-feira iniciou controles nos limites com cinco países (França, Áustria, Suíça, Dinamarca e Luxemburgo).

Considerada um símbolo, a Ponte da Europa, entre Estrasburgo (leste da França) e a localidade alemã de Kehl, marco da reconciliação no Velho Continente, virou uma área de fronteira estritamente controlada para tentar conter a crise do coronavírus e seus efeitos colaterais.

A polícia permite apenas a passagem dos caminhões com mercadorias e dos trabalhadores que são obrigados a atravessar as fronteiras. Rússia e República Tcheca também fecharam suas fronteiras.

Na América latina, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou que os moradores de sete estados, incluindo Caracas, permanecerão confinados em casa a partir desta segunda-feira.

A Argentina suspendeu as aulas e fechou as fronteiras até 31 de março, enquanto a Guatemala registrou a primeira morte. A Colômbia proibiu a entrada de estrangeiros e o Chile fechou todos os portos aos cruzeiros, depois de colocar em quarentena duas embarcações com quase 1.300 pessoas a bordo.

Outro navio, com 3.700 pessoas, está em quarentena na Nova Zelândia, que também proibiu todas as escalas de cruzeiros até 30 de junho.

Nos Estados Unidos, os novos controles para os americanos que voltam da Europa provocaram cenas de caos nos aeroportos. As cidades de Nova York e Los Angeles ordenaram o fechamento de bares, restaurantes e casas noturnas. Em Las Vegas, a MGM fechou 13 hotéis e cassinos.

- Ação coordenada -

Na frente econômica, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduziu drasticamente no domingo as taxas de juros a zero, como parte de uma ação mundial coordenada dos bancos centrais para facilitar a liquidez.

O Fed também anunciou a compra de 500 bilhões de dólares de títulos do Tesouro e de 200 bilhões de dólares de títulos hipotecários para apoiar os mercados.

A iniciativa não serviu, no entanto, para tranquilizar os mercados e as Bolsas desabaram na abertura na Europa, após quedas expressivas na região Ásia-Pacífico (-9,7% em Sydney, recorde histórico).

Os mercados temem uma recessão mundial da economia ante uma pandemia que parece controlada na Ásia, mas que se propaga em outros continentes.

A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira que espera uma recessão em 2020 de entre 2 e 2,5%, enquanto a China registrou o primeiro retrocesso na produção em quase 30 anos, além da queda das vendas no varejo.

A empresa líder mundial do turismo, a alemã TUI, suspendeu a maior parte de suas atividades e a IAG, grupo que possui as companhias aéreas British Airways e Iberia, entre outras, prevê uma redução dos voos de pelo menos 75% entre abril e maio.

Nesta segunda-feira, o número de mortes provocadas pelo novo coronavírus em todo o planeta alcançava 6.501, de acordo com um balanço da AFP com base em fontes oficiais.

- G7 e UE se reúnem por videoconferência -

Desde o início da epidemia foram registrados mais de 168.250 casos de contágio en 142 países ou territórios. A Europa se tornou o epicentro da pandemia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Agora há mais falecimentos fora da China (3.221) que no país asiático (3.199), berço da epidemia, mas que conseguiu controlar o problema e registrou apenas 16 novos casos nesta segunda-feira, incluindo 12 procedentes do exterior.

A Itália, o país mais afetado na Europa pela pandemia, registrou no domingo um número recorde de 368 mortes em 24 horas, o que elevou o número de vítimas fatais a 1.809.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, pediu uma "coordenação europeia" nas áreas de saúde e economia ante o coronavírus e afirmou que seu país ainda não atingiu o pico de infecções.

"Chegou o momento de tomar decisões corajosas", afirmou em uma entrevista ao jornal Il Corriere della.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou uma videoconferência dos 27 governantes da UE na terça-feira para discutir as ações que devem ser adotadas ante as consequências humanas e econômicas do novo coronavírus.

Na França (127 mortos e 5.423 casos, com mais de 400 pessoas hospitalizadas em estado grave) a situação é "muito inquietante e se agrava rápido", disse nesta segunda-feira o diretor geral de Saúde, Jérôme Salomon.

O governo determinou o fechamento de bares, restaurantes, lojas e centros de ensino, mas manteve as eleições municipais de domingo, que registraram um índice de participação historicamente baixo.

O presidente Emmanuel Macron deve discursar à nação na segunda-feira à noite e anunciar novas medidas.

A Áustria (602 casos no sábado) proibiu as reuniões de mais de cinco pessoas e limitou os deslocamentos. Holanda e Luxemburgo também ordenaram o fechamento de estabelecimentos comerciais e locais públicos, enquanto a Irlanda fechou os pubs.

A Sérvia decretou estado de emergência por tempo indeterminado e vai mobilizar o exército para a luta contra a pandemia. Peru, Bolívia e Equador também adotaram restrições de deslocamento.

A seis monarquias do Golfo, que suspenderam suas conexões aéreas, tem quase mil casos, principalmente no Catar. A primeira morte na região foi registrada no Bahrein.

O Irã, terceiro país mais afetado do mundo, anunciou 129 mortes em 24 horas (853 óbitos no total). As autoridades pediram aos habitantes que "cancelem todas as viagens e permaneçam em casa". O santuário xiita de Machhad foi fechado.

Diversos países sul-americanos anunciaram a suspensão de voos para a Europa, Ásia e Estados Unidos nas últimas 24 horas como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O presidente da Argentina, Alberto Fernandez, informou que firmou um decreto que proíbe por 30 dias voos para países afetados pela nova doença o que, além dos países europeus, inclui a China, o Irã, o Japão, os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

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Em um mensagem divulgada por rádio e televisão, o chefe de Estado informou que a medida entrará em vigor a partir da próxima terça-feira (17) e que, até então, as companhias áreas poderão operar para permitir o retorno dos cidadãos desses países à sua terra natal. Até o momento, são 21 casos confirmados no país.

Já a presidente interina da Bolívia, Jeanine Anez, anunciou uma série de medidas para evitar a possibilidade de expansão do vírus, entre as quais, a suspensão dos voos de e para a Europa a partir de sábado (16). Além disso, o governo anunciou um aumento da fiscalização sanitária tanto nos postos de fronteiras como nos aeroportos para quem entra e sai da nação até o dia 31 de março.

Anez ainda proibiu a "realização de eventos públicos de massa com a participação de mais de mil pessoas, entre os quais, concertos de música, eventos culturais e similares". No momento, a Bolívia tem três casos de contágio da Covid-19.

Por sua vez, uma comissão especial criada pelo presidente peruano, Martin Vizcarra, para combater a expansão do coronavírus no país anunciou a suspensão de voos que tem como proveniência a Europa e a Ásia. Segundo um decreto publicado nesta quinta-feira (13), as novas ações de prevenção, controle e proteção dos cidadãos será feita em uma parceria com a Superintendência das Migrações, o Instituto Nacional de Defesa Civil e representantes de governos regionais. São 22 casos de contaminação do Sars-CoV-2 no país.

No Paraguai, a partir deste sábado, também estão suspensos tanto voos que chegam quanto que partem para a Europa. Conforme comunicado do ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, no momento não serão fechadas as fronteiras, mas a medida pode ser tomada conforme o andamento da crise. No momento, há seis pacientes com Covid-19 no país.

Da Ansa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira, 11, que alguns países "não estão fazendo nada" para afastar o contágio em massa do coronavírus, mas ressaltou que, como entidade, não interfere no modo de agir de cada nação.

Ainda assim, a OMS pediu aos governos para aumentarem o número de funcionários de seus sistemas públicos de saúde, por conta da epidemia. "A taxa de mortalidade do coronavírus se mostra muito maior do que de um influenza comum", ressaltou o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa no início desta tarde. "O que custa mais, o isolamento ou mortes e falência do sistema de saúde?", questionou.

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A OMS ainda ressaltou que práticas de contenção da doença resultaram em redução de casos na China e na Coreia do Sul.

A rápida expansão global do novo coronavírus começa a dar sinais de que não é mais possível contê-lo. A doença está presente em pelo menos 47 países, em todos os continentes, de acordo com o boletim diário divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E países que ainda não estavam com uma transmissão interna sustentada já podem ter chegado a esse nível. Os Estados Unidos investigam o caso de uma mulher na Califórnia que contraiu a doença sem ter viajado ao exterior.

São mais de 82 mil casos confirmados em todo o mundo (78.630 na China e 3.664 em 46 países) e 2.804 mortes (57 fora da China) até esta quinta-feira (27). Novos países entraram na lista de casos da OMS na quinta, como Dinamarca, Estônia, Georgia, Grécia, Macedônia do Norte, Noruega, Romênia e Paquistão. O Brasil, que tinha registrado oficialmente o primeiro caso na quarta-feira, também foi incluído agora.

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"Todo país deve estar pronto para seu primeiro caso, seu primeiro cluster, a primeira evidência de transmissão comunitária e para lidar com a transmissão comunitária sustentada. E deve estar se preparando para todos esses cenários ao mesmo tempo", afirmou ontem o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na coletiva de imprensa diária que tem dado desde o início da crise.

Segundo ele, este é um momento decisivo, quando já há mais novos casos fora da China no período de 24 horas (746) do que onde surgiu a epidemia (439). "Nenhum país deve assumir que não receberá casos. Isso pode ser um erro fatal, literalmente. Este vírus não respeita fronteiras. Não faz distinção entre raças ou etnias. Não considera o PIB ou o nível de desenvolvimento de um país. A questão não é apenas impedir que casos cheguem às costas. O ponto é o que você faz quando tem casos", disse.

Ele se dirigiu aos novos países com casos. "Minha mensagem para cada um é: está na sua janela de oportunidade. Se você agir agressivamente agora, pode conter esse vírus. Você pode impedir pessoas de ficarem doentes. Pode salvar vidas. Então meu conselho para esses países é se mover rapidamente", afirmou Tedros.

"Com as medidas corretas, pode ser contido. Essa é uma das principais mensagens da China. A evidência que temos é de que não parece haver uma ampla transmissão", disse. E citou que na cidade de Guangdong, cientistas testaram mais de 320 mil amostras da população e apenas 0,14% deu positivo. "Isso sugere que a contenção é possível", relatou o diretor-geral.

O segundo país com mais casos é a Coreia do Sul, com 1.706 relatos (e 13 mortes). Só lá houve um aumento de 505 casos em 24 horas. A Itália já soma 650 casos, com 17 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde local. O Irã tem 141 casos, com 26 mortes. No Japão são relatados 186 casos em terra, além dos 705 que estão em um navio no porto de Yokohama.

Sobrecarga

O avanço acelerado da epidemia preocupa por poder sobrecarregar os sistemas de saúde em todo o mundo. A principal análise feita até agora sobre os pacientes, conduzida pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças chinês, apontou que, lá, a maior parte dos casos é leve. Dos 44.672 casos confirmados no país até 11 de fevereiro, mais de 36 mil - 81% - tiveram esse diagnóstico. Mas o coronavírus tem se apresentado como mais severo que uma gripe sazonal e os casos mais graves e críticos podem depender de internação - 15% podem precisar de tratamento em hospital e 5% podem requerer cuidado intensivo. Por esse mesmo estudo, a mortalidade local estava em torno de 2,3%. A maior parte das vítimas tem mais de 60 anos.

Fora da China, a taxa de letalidade está em 1,55%. Especialistas acreditam que muito provavelmente esse valor será o mais próximo da realidade quando a epidemia se estabilizar, porque provavelmente muitas pessoas sem sintomas ou com sintomas muito leves na China acabaram nem sendo relatadas. A influenza sazonal, apesar de mais espalhada por todo o mundo, mata em apenas 0,1% dos casos. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Passadas as festividades carnavalescas no Brasil, atividades educacionais tornam-se a a meta de muitos estudantes. Intercâmbio é uma dessas atividades. Antes da viagem dos sonhos, porém, é necessário realizar um planejamento cuidadoso e que mostre, por exemplo, se é viável trabalhar e estudar no país de origem. 

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Levantamento feito pela Belta, Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio, revelou que entre os anos de 2016 e 2018, os números de brasileiros a procura de intercâmbio cresceu positivamente. A conclusão pode estar ligada ao interesse das pessoas em procurar melhores condições educacionais e profisisonais no exterior.

Segundo a pesquisa, em 2018, dentre os 18 países de maior interesse, os três destinos mais procurados são o Canadá (24,4%), Estados Unidos (EUA) (19,5%) e Reino Unido (9,9%). Já em relação aos países de língua latina, a procura se concentra na Espanha (3,5%), Argentina (2,3%) e México (1,2%). 

Josias dos Santos, pós-graduando em auditoria e controladoria, conta como foi fazer um intercâmbio durante a graduação na Universidad Del Desarrollo, no Chile. “Participar dessa experiência foi incrível e com certeza foi um divisor de águas em minha vida. O crescimento que obtive foi gigante, tanto no sentido acadêmico quanto pessoal”, relata o estudante.

Ele ainda elogia as experiências em países de língua latina. “O bom de realizar um intercâmbio em um país de língua latina é a facilidade que temos em aprender o idioma. No entanto, às vezes essa facilidade acaba se tornando uma armadilha, pois existem palavras que se escrevem da mesma forma, porém têm significado totalmente diferente. Logo, se você vai falar sem conhecer, acaba pagando alguns micos", finaliza Josias.

De acordo com a Belta, as pessoas que desejam fazer um intercâmbio para países de língua latina procuram aprender o idioma com um custo mais facilitado. A Associação ainda ressalta que nesses países há oportunidades de crescimento, além de universidades de qualidade com oportunidades de bolsas.

Cidade do México, capital do país conhecida pela barroca Catedral Metropolitana de México

Orçamentos na palma da mão

Para facilitar a vida dos estudantes, sites de intercâmbio concedem orçamentos online, mostrando desde o destino até as oportunidades que cada país oferece. O 'E-Dublin - Plataforma online' direciona os estudantes para agências de intercâmbio, concede orçamentos e dá algumas dicas para quem deseja viajar. 

Confira a seguir uma lista com uma média de preços:

Vancouver, cidade portuária do Canadá famosa também pelas produções audivisuais

Como planejar o intercâmbio?

Maura Leão, especialista em intercâmbio e presidente da Belta, concede aos interessados em viajar algumas dicas para se planejar:

Estabeleça os seus objetivos com o intercâmbio

Essa dica parece meio óbvia, porém há diversos tipos de intercâmbio e períodos de duração. Curso de idioma, graduação no exterior, curso de idioma combinado com trabalho temporário, High School, Curso profissional, entre outros. Ou seja, ter as metas traçadas com o que se pretende “colher” com o intercâmbio é bem relevante. Escreva os seus objetivos, pode ser: crescer na própria empresa e /ou trocar de emprego, aprender um idioma diferente do inglês, ter contato com outras culturas e etc. Segundo a pesquisa da Belta, 84,7% dos intercambistas tiveram como resultado do programa o aperfeiçoamento nos idiomas, seguido de conviver com outra cultura, e  ter se conhecido melhor. Ter as suas metas transparentes facilitará na escolha do melhor programa de intercâmbio.

Se planeje financeiramente

Estabeleça um período para juntar o aporte necessário para a realização do intercâmbio. Lembre-se de colocar 10% a mais do gastos planejados para imprevistos que podem ocorrer durante o trajeto. Segundo a pesquisa da Belta, 28% dos estudantes embarcaram com uma quantia entre 5 e 10 mil reais e 57,4% tem como potencial fonte financiadora a poupança própria. Logo, vale pesquisar o custo de vida do destino e mais do que isso checar o período que o “seu bolso”consegue fazer o intercâmbio.

Pesquisar é a chave do sucesso

Segundo a pesquisa da Belta, 34,9% dos intercambistas viajaram para locais que os amigos já foram. Além da opinião de colegas e familiares busque informações extras sobre o país, moeda, costumes, e etc. Vale os portais e impressos crédulos (cuidado com as fake news), às feiras de intercâmbio que acontecem durante todo o ano em vários estados brasileiros, entre outros.

Escolha uma agência segura

Quantas vezes ligamos o noticiário e nos deparamos com histórias de pessoas que foram lesadas e não embarcaram para fazerem o intercâmbio já pago. Escolher a agência certa pode ser um desafio e para facilitar aos estudantes, a Belta só certifica com o seu selo agência confiáveis em termos financeiros e éticas. Há 27 anos, a associação disponibiliza no seu site a lista das agências que têm agentes de atendimento Belta, treinados e com vivência no exterior. Acesse: www.belta.org.br

Atenção ao seguro saúde

Imagine você arcando com a viagem dos seus sonhos e acaba torcendo o tornozelo ao chegar no país escolhido, ou mesmo quebrar um braço no avião e etc. Imprevistos acontecem e por isso contratar um seguro saúde é essencial. Inclusive há países que não permitem a entrada de estudantes sem o seguro saúde. O serviço mais vendido pelas agências de intercâmbio foi o seguro saúde em 2018. Esse quesito responde por 6.715 pontos, segundo a pesquisa da Belta, seguido por assessoria de vistos e emissão de passagens aéreas.

Esta é a lista dos países e territórios que notificaram casos de contágio e falecimentos provocados pelo novo coronavírus, que surgiu em dezembro na cidade chinesa Wuhan e que deixou quase 1.900 mortos na China continental e em cinco outros países ou territórios.

Há quase 600 casos de contágio em cerca de 30 países. Na África, o primeiro caso surgiu na sexta-feita no Egito. Até o momento, não há registro de casos na América Latina.

- CHINA

Ao menos 72.300 pessoas foram contaminadas na China, número que registrou um grande aumento depois que o país adotou um novo método de detecção, que começou a ser aplicado na quarta-feira. O COVID19 deixou pelo menos 1.886 mortos no país.

Quase todas as mortes aconteceram na província de Hubei, local do surgimento da epidemia, que tem Wuhan como capital.

Uma pessoa morreu em Hong Kong, onde foram detectados ao menos, 58 casos.

Em Macau foram registrados 10 casos

- ASIA

Japão: 65 casos, incluindo a morte de uma mulher, e ao menos 454 em quarentena a bordo do cruzeiro "Diamond Princess", em quarentena em Yokohama.

Singapura: 77 casos

Tailândia: 35 casos

Coreia do Sul: 30 casos

Malásia: 22 casos

Taiwán: 20, incluido un muerto

Vietnã: 16 casos

Filipinas: 3 casos, entre eles uma vítima fatal, um chinês originário de Wuhan, que foi a primeira morte fora da China.

Índia: 3 casos

Camboja: 1 caso

Nepal: 1 caso

Sri Lanka: 1 caso

- OCEANIA

Austrália: 15 casos

- AMÉRICA DO NORTE

Canadá: 8 casos

Estados Unidos: 29 casos. Um cidadão americano morreu vítima do novo coronavírus na China.

- EUROPA

Alemanha: 16 casos

França: 12 casos, incluindo uma morte, a primeira na Europa

Reino Unido: 9 casos, oito já receberam alta

Itália: 3 casos

Espanha: 2 casos, já recuperados e com alta

Rússia: 2 casos, já recuperados e com alta

Bélgica: 1 caso

Finlândia: 1 caso

Suécia: 1 caso

ORIENTE MÉDIO

Emirados Árabes Unidos: 9 casos

- ÁFRICA

Egito: 1 caso diagnosticado em 14 de fevereiro, o primeiro do continente africano.

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