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A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) destaca a importância da vacinação contra Covid-19, após a confirmação da circulação da variante da Ômicron (linhagem JN.1) no Estado, nesta quarta-feira (27). Desde o início de dezembro, a SES-PE recomendou a aplicação de imunização de reforço com a vacina bivalente para pessoas com mais de 60 anos e imunocomprometidos acima de 12 anos com última dose da vacina há mais de 6 meses. Atualmente, a cobertura da vacina bivalente contra Covid-19 está em 15,08%.

A  primeira detecção do genoma pertencente à linhagem JN.1 foi confirmada pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/FIOCRUZ-PE), após análise genômica de amostras positivas para o SARS-CoV-2.Trata-se de uma amostra de um residente do Recife (sexo feminino, 49 anos) e coletada no último dia 11 de dezembro.

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O Instituto Aggeu Magalhães realizou o processamento de 46 amostras para sequenciamento, dos quais foi possível obter 30 genomas com qualidade. Desses 30 genomas, todos foram identificados como da linhagem e sublinhagens da Ômicron. O total de amostras analisadas são de pessoas provenientes das cidades Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Ouricuri, Paulista, Recife e Salgueiro.

A Secretaria Estadual de Saúde reforça que a linhagem JN.1 da Ômicron é considerada uma “variante de interesse”, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), devido a sua transmissão acentuada, porém esta não representa grande risco à saúde pública. A SES-PE seguirá monitorando o cenário epidemiológico para Covid-19, assim como o acompanhamento da circulação de variantes da doença no território pernambucano, em parceria com o Instituto Aggeu Magalhães.

A Secretaria destaca ainda que as medidas não-farmacológicas, aliadas à vacinação, são importantes para evitar possíveis riscos da Covid-19 e suas sequelas. Recomenda-se a lavagem frequente das mãos, uso de máscaras se houver sintomas respiratórios e, se possível, que sejam evitadas aglomerações.

DADOS – Em relação aos dados referentes da Semana Epidemiológica SE 51 (17 a 23/12), o número de casos confirmados para Covid-19 foi de 2.468, sendo a taxa de positividade de 26,9%.

Da assessoria

Um pedido de Autorização de Uso Emergencial para a versão da vacina bivalente contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico Moderna e comercializada pela Adium, foi apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (17).

Segundo a Anvisa, a vacina bivalente contém uma mistura de cepas do vírus SARS-Cov-2 e promete conferir maior proteção à variante Ômicron, quando comparada com vacinas monovalentes. Por sua transmissibilidade, observa a agência, a variante Ômicron causa preocupação às autoridades sanitárias do país.

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A Adium havia apresentado o pedido de registro da vacina, em janeiro. "Este pedido se encontra em análise pela equipe técnica da Anvisa. Porém, a empresa decidiu protocolar a Autorização de Uso Emergencial, paralelamente ao pedido do registro, de acordo com a manifestação favorável do Ministério da Saúde, conforme previsto no parágrafo único do Art. 1º da Resolução (RDC) 688, de 13 de maio de 2022", explicou a agência, em nota.

Uso Emergencial

Uma vez recebido o pedido de Autorização de Uso Emergencial, a Anvisa tem 30 dias para concluir sua avaliação. Esse prazo é interrompido sempre que for necessário solicitar à empresa a complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados.

O Instituto Butantan identificou uma nova sublinhagem da variante Ômicron do coronavírus, a BN.1, pela primeira vez no Brasil. Ela é uma variante derivada da BA.2.75 e foi detectada a partir de uma amostra coletada em 27 de outubro deste ano em uma mulher de 38 anos, moradora da cidade de São Paulo. É a primeira vez que a variante é encontrada no País, mas ainda não é possível afirmar que ela vai se espalhar.

Conforme o instituto, a detecção desta sublinhagem é um indicativo de que ela está em circulação no Estado de São Paulo. "Por não ser um exemplo de variante de preocupação - mais transmissível, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) -, ela não deve causar grande impacto", acrescentou em nota.

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A BN.1 foi descrita primeira vez no sistema Pango de linhagens do SARS-CoV-2 na Índia em 28 de julho deste ano e atualmente é encontrada principalmente nos Estados Unidos (16% de todas as amostras de BN.1 encontradas no mundo), no Reino Unido (15%), Áustria (14%), Austrália (14%) e Índia (11%), de acordo com informações do Butantan.

Na quinta-feira passada, DIA 17, o Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVIVAS), do Instituto Butantan, detectou pela primeira vez duas novas sublinhagens da cepa Ômicron, batizadas XBB.1 e CK.2.1.1, em amostras colhidas em São Paulo. Os exames foram coletados na primeira quinzena de outubro e as análises confirmadas pela Rede de Alerta das Variantes do SARS-CoV-2.

A XBB.1 foi encontrada em uma amostra coletada na capital paulista e já está presente em 35 países. Segundo a OMS, classificada como variante de monitoramento, algumas evidências preliminares sugerem que esta sublinhagem específica pode trazer um maior risco de reinfecção quando comparada com outras variantes da Ômicron.

Já a CK.2.1.1 foi detectada em um paciente de Ribeirão Preto, no interior paulista, e, até o momento, é considerada mais rara, presente, até então, apenas em 342 amostras registradas na plataforma e distribuídas entre Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Espanha e Áustria.

A Fiocruz identificou o surgimento de uma nova subvariante do coronavírus no Amazonas. Chamada de BE.9, trata-se de versão da Ômicron que avançou nas últimas semanas e, segundo pesquisadores, "fez ressurgir a Covid-19 no Amazonas" - o Estado chegou a ser o epicentro da pandemia no País no início do ano passado.

No resto do Brasil, os efeitos da BE.9 ainda são incertos, embora haja cenário de alta de casos em grande parte dos Estados. Especialistas ouvidos pelo Estadão dizem que informações preliminares sugerem que essa nova versão possa ser mais transmissível.

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Eles reforçam ainda a importância de completar o esquema vacinal - incluindo buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço. Outro cuidado é o uso de máscara em locais fechados.

"É muito importante que monitoremos de perto a BE.9, pois já vimos que ela fez ressurgir a covid no Amazonas e não sabemos se ela poderá fazer o mesmo no resto do Brasil", alerta o pesquisador Tiago Gräf, da Rede Genômica da Fiocruz, em nota. A subvariante foi identificada após a Fiocruz Amazonas sequenciar mais de 200 genomas do do vírus em setembro e outubro.

Ao Estadão, o virologista Felipe Naveca, que coordena o grupo de pesquisadores que fez as análises, explica que a BE.9 surgiu a partir da evolução de outra sublinhagem da Ômicron: a BA.5.3.1, que foi detectada pela primeira vez no Amazonas em junho. Desde então, os pesquisadores da Fiocruz começaram a acompanhá-la e observaram que ela estava acumulando uma série de mutações, principalmente a partir de setembro.

Naveca conta que a maior mudança ocorreu quando o vírus acumulou mutações em três posições da proteína Spike - pedaço do vírus que se prende à célula humana. "São mutações que aumentam a transmissão", explica. "Justamente quando o vírus acumula essas três mutações, ele dá um salto. Passamos a ter 94% das amostras sequenciadas até o fim de outubro como da linhagem BE.9", afirma.

Esse avanço, continua Naveca, acarretou em um aumento rápido de infecções no Amazonas ao longo do mês passado. Dados da Fiocruz apontam que, no período recente, a média móvel de diagnósticos positivos subiu de aproximadamente 230 para mais de mil registros por semana no Estado.

As ocorrências graves, por outro lado, não avançam em igual proporção. "Isso nos indica que há imunidade por conta das vacinas e também uma imunidade híbrida, por conta de infecção natural", diz. Segundo Naveca, trata-se de uma indicação positiva em relação à eficácia dos imunizantes sobre a nova subvariante.

Cautela

Professor da Universidade Feevale, o virologista Fernando Spilki destaca que o avanço rápido da subvariante no Amazonas requer precaução. "Esse quadro ainda não se repete na mesma magnitude em outras regiões, o que deve ser questão de tempo", afirma.

Isso porque, explica ele, o "aumento na participação percentual no Amazonas é indício de transmissibilidade alta", embora essa questão e o escape parcial de anticorpos ainda estejam sendo mais estudados.

A Fiocruz identificou o surgimento de uma nova subvariante da Ômicron no Brasil, especificamente no estado do Amazonas, nomeada de BE.9, segundo o G1. Os estudos da fundação se iniciaram logo após o ressurgimento de casos no Amazonas na metade de outubro, na qual a média móvel semanal de novas infecções do estado saltou de 230 casos para quase mil. A BE.9 compartilha algumas mutações com a BQ.1, a variante mais notável atualmente no País.

Na China, várias cidades têm feito menos testes de rotina para a covid-19, dias depois do governo anunciar a flexibilização de medidas restritivas no território nacional. De acordo com a Reuters, a Comissão Nacional de Saúde chinesa descreveu as recentes flexibilizações como uma "otimização" de suas medidas, que busca mitigar o impacto provocado na vida de seus habitantes, apesar da política de covid-zero ainda estar em atividade.

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A farmacêutica Moderna informou que suas novas doses de reforço obterem uma melhor resposta contra as variantes BA.4 e BA.5 da Ômicron quando comparadas ao reforço original da empresa, relata o MarketWatch. Em um ensaio com 40 participantes, a Moderna afirmou que os reforços também apresentaram atividade neutralizante contra a subvariante BQ.1.1.

O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou nesta terça-feira, 8, a primeira morte por covid-19 no Estado causada pela nova variante BQ1.1, associada à alta de casos da doença em outros países. A secretaria já havia confirmado dois casos na capital dessa nova versão da Ômicron na manhã desta terça, mas não tinha divulgado o óbito.

Conforme o secretário, a vítima é uma mulher de 72 anos, moradora da cidade de São Paulo e que vivia acamada. "Era uma paciente que já tinha comorbidades. Não temos o detalhamento neste momento da condição vacinal, mas a vigilância epidemiológica está analisando as informações", afirmou ele à imprensa durante evento de inauguração do Instituto Perdizes, unidade do Hospital das Clínicas voltada para atendimento de dependentes químico

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O secretário afirmou ainda que o Estado está analisando e fazendo sequenciamento genético de outros casos para verificar se a nova variante já infectou mais vítimas. Ele ressaltou a importância de todos completarem o esquema vacinal, especialmente neste momento de introdução de nova variante no País e alta de casos.

"Tivemos muitos pacientes que deixaram de fazer a 4ª dose e, dessa forma, não estão idealmente protegidos, principalmente em relação às novas variantes. Atualizar a sua condição vacinal é a melhor forma de proteção da covid e de suas variantes", alertou Gorinchteyn, que é médico infectologista.

Nova subvariante também já foi detectada em mais 3 Estados

Casos da nova subvariante já foram registrados no Rio, no Rio Grande do Sul e no Amazonas por meio de sequenciamento genético realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O Brasil tem visto alta de casos de covid-19 na últimas semanas. A nova onda da doença pelo mundo veio junto com duas novas subvariantes da Ômicron, a BQ.1 e a XBB, que já têm causado impacto na Europa, na China, nos Estados Unidos e agora começa a crescer no Brasil.

As subvariantes são mutações dos coronavírus. A BQ.1, por exemplo, é "descendente" da BA.5, que era uma das prevalentes em todo o mundo, junto com a BA.4 - todas subvariantes da Ômicron.

Alguns especialistas dizem que a transmissibilidade da BQ.1, assim como da XBB, tende a ser maior do que a de outras variantes que já circulam no País. Não há, porém, evidências científicas que confirmem esse potencial maior de contágio.

O Canadá aprovou nesta quinta-feira (1) a nova versão da vacina anticovid da Moderna visando especificamente a variante ômicron.

A autoridade de saúde canadense Health Canada disse que os ensaios clínicos da nova vacina mostraram respostas imunes "significativamente mais altas" do que sua antecessora contra a variante ômicron, agora dominante.

O Canadá já comprou 12 milhões de doses deste novo imunizante e espera iniciar a aplicação no final de setembro, explicou Howard Njoo, vice-diretor federal de saúde pública, durante entrevista coletiva.

A nova vacina tem como alvo a cepa original do coronavírus e a variante BA.1, que causou a quinta onda de infecções no país no final do ano passado. Também oferece melhor proteção contra as linhagens BA.4 e BA.5 da variante ômicron.

Novas versões de imunizantes anticovid adaptadas à variante ômicron também acabam de ser aprovadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

A nova vacina da Moderna será destinada a pessoas com mais de 12 anos que receberam pelo menos uma primeira dose contra a covid-19.

Embora as vacinas tenham ajudado a reduzir hospitalizações e mortes por esse vírus identificado pela primeira vez na China no final de 2019, as imunizações atuais visam principalmente cepas mais antigas da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou em julho que a pandemia estava "longe de terminar", devido à disseminação de subvariantes da ômicron, à suspensão das restrições sanitárias e ao declínio nos testes de triagem.

As autoridades de saúde dos Estados Unidos aprovaram nesta quarta-feira (31) as novas versões das vacinas anticovid dos laboratórios Pfizer e Moderna para a variante ômicron, com o objetivo de iniciar rapidamente uma nova campanha de imunização.

As duas vacinas atualizadas foram autorizadas para uma dose de reforço, a partir de 12 anos para a Pfizer e dos 18 para a Moderna, informou a agência reguladora de medicamentos americana, a FDA, em comunicado.

A nova geração de vacinas é voltada tanto para a cepa original da Covid-19 como para as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron. Portanto, deve "oferecer maior proteção contra a variante ômicron que circula atualmente", escreveu a FDA.

Em 29 de junho, o Departamento de Saúde dos EUA anunciou que havia comprado 105 milhões de doses da Pfizer e 66 milhões da Moderna para usar durante o final deste ano e o início do próximo.

As vacinas ainda não foram recomendadas pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), a principal agência de saúde pública do país.

Os CDC convocaram um comitê de especialistas independentes para discutir o tema nesta quinta-feira. Após essas consultas, caberá à diretora da agência, Rochelle Walensky, dar a autorização definitiva aos imunizantes.

As novas versões dos fármacos poderiam estar disponíveis no país na próxima semana.

As vacinas que circulam atualmente foram concebidas para proteger contra a cepa inicial do vírus, que foi reportado pela primeira vez no fim de 2019 em Wuhan, na China.

Contudo, com o passar do tempo os imunizantes perderam eficácia diante das variantes que foram surgindo, devido à rápida evolução do vírus.

Ao contrário das variantes alfa e delta, que sucumbiram, a ômicron e suas subvariantes passaram a dominar gradualmente os contágios em 2022 em todo o mundo.

Os laboratórios Pfizer e Moderna também apresentaram um pedido de autorização para as versões atualizadas de suas vacinas à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês).

A agência reguladora britânica de medicamentos anunciou nesta segunda-feira (15) a aprovação de uma nova vacina contra a Covid-19 do laboratório Moderna, que tem como alvo a variante ômicron, uma novidade mundial, segundo a empresa farmacêutica.

A versão consiste em uma dose de reforço "bivalente", ou seja, metade protege contra a cepa original do vírus e a outra metade contra a variante ômicron. A fórmula "produz uma forte resposta imunológica" contra ambas, incluindo as subvariantes da ômicron BA.4 e BA.5, informou a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) do Reino Unido.

O novo produto foi aprovado para as "doses de reforço nos adultos", acrescentou a agência britânica, que concluiu que a nova vacina "cumpre com os parâmetros de segurança, qualidade e eficácia".

Os efeitos colaterais são "tipicamente leves" e similares aos observados nas vacinas originais contra a doença, segundo a MHRA.

O CEO da Moderna, Stéphane Bancel, destacou o "papel importante" que pode ser desempenhado pela "nova geração" de vacinas na proteção contra a covid-19. Ele destacou que o Reino Unido é o primeiro país a aprovar uma vacina bivalente contra a ômicron, a variante de maior presença na Europa.

Na semana passada, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que uma vacina anticovid da Pfizer/BioNTech contra duas subvariantes da cepa ômicron, a BA.4 e a BA.5, pode ser aprovada nos próximos meses.

Novo sequenciamento genético feito pelo Instituto Aggeu Magalhães em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) detectou que a subvariante BA.5 da Ômicron já circula em Pernambuco. De 146 amostras positivas para a Covid-19 analisadas pelo instituto entre janeiro e junho deste ano, nove positivaram para a BA.5.

Os genomas foram identificados em pacientes de Macaparana (1), Recife (7) e São Bento do Una (1), sendo 7 mulheres e 2 homens com idades entre 15 e 85 anos. Apenas dois deles estavam com o esquema vacinal completo. Um paciente havia tomado apenas uma dose da vacina contra a Covid-19 e os demais estavam com doses de reforço em atraso. Seis foram assintomáticos e outros três apresentaram sintomas.

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Na semana passada, Pernambuco já havia confirmado a circulação da subvariante BA.4 da Ômicron no Estado. Neste novo sequenciamento, 38 amostras foram identificadas como da sublinhagem BA.4.

"Continuamos atentos à vigilância genômica do novo coronavírus, monitorando frequentemente a circulação das variantes no território pernambucano. A entrada das sublinhagens BA.4 e BA.5 reforça ainda mais a importância da vacinação contra a Covid-19, inclusive das doses de reforço. Estas doses proporcionam o aumento da quantidade de anticorpos no organismo, ampliando a proteção e reduzindo a chance de infecção ou reinfecção, assim como formas graves da doença e óbitos", alerta a secretária executiva de Vigilância em Saúde da SES-PE, Patrícia Ismael. 

O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou dois novos tipos de variantes Ômicron da covid-19 coletadas, em maio, de pessoas em Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan. 

O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas unidades de saúde da prefeitura de Natal e pelo IMT, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like). 

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De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, as novas variantes indicam ser mais transmissíveis, em razão do aumento no número de pessoas infectadas com covid-19 nas últimas semanas. 

A diretora ressaltou a importância da vacina contra a covid-19, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.

Pernambuco confirmou a circulação da subvariante BA.4 da Ômicron no Estado. O resultado de mais um sequenciamento genético feito pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) apontou que de 101 amostras positivas para a Covid-19, nove genomas foram identificados como da BA.4. 

Os pacientes, cinco mulheres e quatro homens, com idades entre 22 e 74 anos, residentes dos municípios de Recife (7), Paulista (1) e Jaboatão dos Guararapes (1), realizaram a coleta entre 16 e 23 de maio. Oito deles foram assintomáticos e um apresentou sintomas leves. Três dos pacientes não apresentavam registro de nenhuma dose da vacina contra a Covid-19 nos sistemas de informação, dois não tinham tomado a primeira dose de reforço e um só tinha tomado uma dose.

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Os outros 92 genomas analisados também foram da linhagem Ômicron, com datas de coleta entre 9 e 24 de maio, de pessoas residentes nos seguintes municípios: Barreiros (1), Glória do Goitá (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Olinda (8), Paulista (3), Salgueiro (8), São Lourenço da Mata (1), Recife (65), Tracunhaém (1), Vertentes (1), além de paciente do arquipélago de Fernando de Noronha (1). Ainda não foi detectado, até o momento, casos da BA.5 em território pernambucano.

Com a circulação de mais uma subvariante da Ômicron confirmada em Pernambuco, a Secretaria reforça a importância das doses de reforço da vacina contra a Covid-19. "A BA.4 e a BA.5 já circulam em outros estados brasileiros, o que já nos deixava em alerta para a possibilidade de introdução destas sublinhagens aqui em Pernambuco. A confirmação da BA.4 nosso território ratifica a necessidade da população tomar as doses de reforço, de acordo com o público elegível para cada reforço. Estas doses proporcionam o aumento da quantidade de anticorpos no organismo, ampliando a proteção e reduzindo a chance de infecção ou reinfecção, assim como formas graves da doença e óbitos", explica o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Dois novos membros da família ômicron: BA.4 e BA.5, parecem ser os culpados - junto com a flexibilização das medidas de higiene - pelo aumento das infecções por coronavírus em vários países.

Maioria na África do Sul e em Portugal, essas mutações provocam incerteza diante de uma nova onda de covid-19 nos próximos meses.

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- Onde estão presentes? -

Identificadas no início de abril por pesquisadores de Botsuana e África do Sul, estas novas subvariantes da ômicro provavelmente apareceram entre meados de dezembro e início de janeiro.

Após se tornarem majoritárias entre os novos casos na África do Sul e em Portugal, agora protagonizam as novas ondas da pandemia.

Na África do Sul, "onde BA.4 e BA.5 foram detectados pela primeira vez, sendo BA.5 a mais presente neste momento, o pico da pandemia terminou em meados de maio, e seu impacto foi moderado. BA.5 é a principal em Portugal, um país onde a incidência está aumentando, embora em níveis inferiores, por enquanto, do que durante a onda anterior", explicou na sexta-feira a Agência de Saúde Pública francesa.

E o aumento dos casos ameaça agora outros países.

Na Europa, as cepas BA.4 e BA.5 são cada vez mais frequentes na França e devem superar a BA.2, a principal desde o início do ano. A agência de saúde francesa confirmou a aceleração de casos em seus últimos números semanais, assim como o aumento dessas duas subvariantes.

Situação semelhante à vivida na Alemanha e no Reino Unido.

Segundo especialistas, o fim das medidas de controle sanitário favorece esse aumento de infecções.

- São mais contagiosas?

As duas subvariantes parecem se espalhar ainda mais rápido do que as mutações anteriores da ômicron.

"BA.4 e BA.5 podem se espalhar mais rápido que BA.2 por causa de uma dupla vantagem: seu fator de contágio e a queda na proteção imunológica. Portanto, BA.4 e BA.5 desencadeiam uma onda mais rápida do que BA.2 ", explica à AFP Mircea T. Sofonea, professor da Universidade de Montpellier, no sul da França.

Na Europa, o verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), quando se passa mais tempo a céu aberto, pode ser um freio para o aumento de casos. Mas este epidemiologista prefere ser cauteloso: “Podemos contar com o verão deixando uma incidência menor do que o inverno, mas não é um fator que possa, por si só, evitar uma onda de infecções, como já se viu com a delta em julho de 2021”.

- São mais perigosas?

Até agora, não há sinais de alerta de que BA.4 e BA.5 sejam mais graves do que as subvariantes anteriores, apontam cientistas. Mas, “ainda é cedo para saber”, esclarece Mircea T. Sofonea.

Mas o que se viu na África do Sul e em Portugal faz alguns especialistas pensarem que os riscos de hospitalização e morte são menores.

"Na África do Sul, a onda BA.4/5 não se traduziu em mais hospitalizações e mortes, porque havia mais imunidade na população", tuitou Tulio de Oliveira, virologista da Universidade de Kwazulu-Natal, na África do Sul, onde a ômicron foi detectada no outono de 2021. "Mas não sabemos os efeitos a longo prazo..."

Em Portugal, com uma maior taxa de vacinação, mas uma população mais envelhecida, as internações atingiram níveis da onda anterior.

Mas ao contrário de outros países, África do Sul e Portugal não foram afetados pela BA.2.

A presença de BA.2 em um país "poderia dar maior proteção contra BA.4 e BA.5", já que "são geneticamente próximos", disse a Agência Francesa de Saúde Pública em maio. Embora isso seja algo que ainda não foi confirmado.

De qualquer forma, a proteção imunológica diminui com o tempo.

"Embora a proteção proporcionada por ter sido infectado com ômicron ou ter recebido a terceira dose da vacina ainda seja importante cinco meses depois, principalmente contra as formas graves, ela diminui contra qualquer infecção", destacou Sofonea.

Vários países, como o Brasil, já recomendam uma quarta dose para as pessoas mais vulneráveis.

E, embora não seja obrigatório, especialistas continuam recomendando o uso de máscaras em diferentes situações.

Em um mês, as sublinhagens BA.4 e BA.5 da Ômicron passaram a representar 44% das amostras positivas de Covid-19 no Brasil, de acordo com relatório do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). A taxa antes era de apenas 10,4%. Por isso, aponta o ITpS, houve avanço de casos e internações.

O instituto estima que haja pico de transmissão de BA.4 e BA.5 nesta semana e, ao longo de junho e julho, queda de positividade dos testes e, consequentemente, de casos. Após chegarem em maio no País, as duas cepas já foram identificadas em 198 municípios de 12 Estados e no Distrito Federal.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a BA.4 e a BA.5 carregam mutação que parece estar relacionada a maior transmissibilidade e escape imune - seja de infecções anteriores ou da vacina. Evidências de vários países, porém, indicam que elas não proporcionaram aumento na gravidade dos casos. A maior transmissibilidade é explicada pelo aumento da capacidade de ligação do vírus à célula humana. Isso permite que mesmo uma menor carga viral consiga provocar infecção.

A média móvel de infecções aumentou 114,8% nas últimas duas semanas, conforme mostram dados do consórcio de veículos de imprensa. Na quinta-feira, o número ficou em 37.191, o que mostra o retorno aos níveis vistos no fim de março, porém distante do pico da Ômicron "original", a BA.1. O recrudescimento pode estar subnotificado por causa dos autotestes e de problemas na divulgação pelos Estados.

O avanço de casos e das sublinhagens ocorre em momento de estagnação das taxas de vacinação e temperaturas frias, quando pessoas tendem a ficar em espaços fechados, mais próximas e com circulação de outros vírus respiratórios preocupantes. Para evitar um possível aumento de hospitalizações e na mortalidade, especialistas indicam a necessidade de estímulo à imunização, principalmente nas doses de reforço e pediátricas, e do retorno da obrigatoriedade de máscaras em locais fechados.

HISTÓRICO

Entre 1º de março e 4 de junho, o ITpS analisou mais de 123,8 mil testes RT PCR, feitos por laboratórios privados. Cerca de 90% das amostras são do Sudeste e Centro-Oeste. A taxa de positividade atual é de 38,9%.

Virologista e pesquisador do ITpS, Anderson Brito destaca que os dados não vêm de sequenciamento, mas sim de genotipagem. Eles analisam a detecção do gene S do vírus, que permite dizer qual a provável sublinhagem da Ômicron.

A BA.1 chegou no País em dezembro. Ela substituiu a variante Delta e foi dominante entre janeiro e fevereiro. A partir de março, a BA.2 ganhou espaço lentamente e atingiu o ápice em meados de maio, quando BA.4 e BA.5 entraram em cena. Conforme explica Brito, a BA.4 e a BA.5 têm uma vantagem evolutiva sobre a BA.2. As duas têm uma maior capacidade de transmissão e também de escape da resposta imune. "Até meados do mês passado (com a BA.2), estávamos basicamente vivendo uma onda de pequenas dimensões, porque o número de casos não subiu tanto."

VACINA

A onda de casos puxadas pelas sublinhagens, afirma ele, "serve de alerta". No entanto, Brito destaca que há um "ponto positivo". "A África do Sul foi o primeiro país que enfrentou todas essas subvariantes. E a recente onda (puxada pela BA.4 e BA.5), que se finalizou há poucos dias, foi a de menor duração e a que teve o menor impacto em saúde pública", conta, destacando o mérito da vacinação. "Isso nos aponta um cenário menos desfavorável comparado com ondas que a gente já enfrentou."

Mas o risco não é inexistente. "Essas duas variantes predominaram nos últimos dois meses na Europa. E foram responsáveis por um novo aumento de casos e também nas internações por lá", afirma a infectologista Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Ela destaca que o escape vacinal das sublinhagens está relacionado à infecção e a casos leves. Os imunizantes continuam a oferecer proteção robusta contra quadros graves.

Mas, para isso, é preciso ter um nível de anticorpos adequados, o que acende o alerta para a necessidade de avançar na aplicação dos reforços. "No intervalo de quatro ou cinco meses, principalmente na população imunodeprimida e na acima de 50 anos, já aconteceu uma queda de anticorpos."

Pessoas ainda não imunizadas ou que não completaram o esquema de doses também estão mais vulneráveis nesta onda das sublinhagens. "A gente sabe que os óbitos e as internações em UTI acontecem 20 vezes mais em indivíduos não vacinados ou com vacinação incompleta", reforça Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cientista brasileiro Tulio de Oliveira foi indicado como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2022 pela revista norte-americana Time por sequenciar a variante Ômicron do coronavírus na África do Sul. A ativista indígena Sônia Guajajara também representa o Brasil na lista das 100 pessoas mais influentes da Time. Ela foi a primeira mulher indígena a concorrer a uma chapa presidencial no Brasil e atua na linha de frente da luta em defesa das terras indígenas brasileiras e pela preservação da floresta amazônica.

Ciência

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Tulio de Oliveira é diretor do Centro para Resposta a Epidemias e Inovação da África do Sul (Ceri) e também identificou a variante a Beta, outra versão do Sars-CoV-2 achada no país africano.

Ele foi indicado ao lado do virologista do Zimbabwe Sikhulile Moyo, diretor do laboratório de Referência de HIV de Botswana-Harvard, também responsável pela identificação da variante Ômicron.

"Cada geração tem pessoas que inspiram as gerações seguintes. Sikhulile e Tulio têm esse potencial para pessoas que trabalharão em saúde pública e genômica. Não vimos o fim de suas contribuições", diz o texto da revista sobre os cientistas.

O pesquisador brasileiro iniciou a graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e está na África do Sul desde 1997. Ele trabalha com vigilância genômica há quase 20 anos, tem centenas de publicações em revistas de renome como as revistas Nature, Science, Lancet e NEJM. Além da pesquisador, atuou por dez anos no The Wellcome Trust, um centro de caridade global independente dedicado a melhorar a saúde.

A equipe de Oliveira também esteve por trás do sequenciamento de outros vírus conhecidos dos brasileiros, como o zika, que levou a OMS a decretar emergência internacional em 2016, febre amarela, dengue e chikungunya.

Sônia Guajajara também está na lista

Assim como Oliveira, Sônia foi selecionada na categoria de 'Pioneiros'. Ela foi a primeira mulher indígena a concorrer a uma chapa presidencial no Brasil e atua como coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

Sônia participou da COP26, criando um fundo de US$ 1,7 bilhão para povos indígenas e comunidades locais, e liderou protestos indígenas contra o projeto de lei 490/2007, que altera o Estatuto do Índio, permitindo demarcação de terras destinadas às populações originárias e atividade extrativa dentro das reservas indígenas.

"Os pais de Sônia Guajajara não sabiam ler e ela teve que sair de casa aos 10 anos para trabalhar. Apesar disso, ela desafiou as estatísticas e conseguiu se formar na universidade. Desde tenra idade, ela lutou contra forças que tentam exterminar as raízes de sua comunidade há mais de 500 anos. Sônia resistiu e continua resistindo até hoje: contra o machismo, como mulher e feminista; contra o massacre de povos indígenas, como ativista; e contra o neoliberalismo, como socialista", diz o texto da Time, assinado por Guilherme Boulos, que foi candidato à Presidência em 2018 ao lado de Sônia, candidata a vice de sua chapa.

"Hoje, Sônia é uma inspiração, não só para mim, mas para milhões de brasileiros que sonham com um país que salda suas dívidas com o passado e finalmente acolhe o futuro", completa.

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A China se encontra diante do pior surto de Covid-19 da pandemia, que levou as autoridades a confinar milhões de habitantes e a preparar leitos para hospitalizações de emergência, pondo sob pressão o sistema de saúde, especialmente em Xangai.

O país aplica a estratégia "covid zero", que consiste em fazer tudo que é possível para evitar mais casos, o que implica submeter grande parte da população a testes e isolar milhares de pessoas em centros especiais ou em hospitais.

Como resultado, o sistema de saúde de Xangai, o principal centro dessa onda devido à variante ômicron, está ampliando sua capacidade ao limite para assegurar de forma simultânea os testes, o isolamento dos contagiados e os tratamentos de doentes que não têm Covid-19.

Confira a seguir uma lista dos principais desafios que a China enfrenta:

- Taxa de vacinação -

Em meados de março, 1,2 bilhão de pessoas haviam recebido, ao menos, duas doses de vacinas, ou seja, 90% da população.

Até agora, somente da metade dos chineses receberam uma dose de reforço.

Uma dificuldade adicional é a proteção da população mais idosa. No grupo de pessoas com mais de 80 anos, somente a metade recebeu duas doses.

Na China continental, até o momento, somente estão autorizadas as vacinas chinesas, apesar de as autoridades terem dado sinal verde sob certas "condições" para o uso da pílula anti-Covid Paxlovid, da farmacêutica Pfizer.

De acordo com vários estudos, as vacinas chinesas têm menos eficácia, em média, do que outros compostos, apesar de oferecerem proteção contra os casos graves.

- A pressão nos hospitais -

O sistema de saúde chinês melhorou nos últimos anos, mas tem que fazer frente à insuficiência de efetivo e ao envelhecimento da população.

Segundo o ministério da Saúde, a China tem somente 2,9 médicos generalistas por 10.000 habitantes. Em comparação, o Reino Unido tem o mesmo número de médicos para 1.000 pessoas.

Também há regiões melhor providas que outras.

Os pesquisadores da prestigiosa Universidade de Pequim advertiram que o país poderia enfrentar um "enorme surto" que colapsaria o sistema de saúde se as restrições forem suavizadas, como fizeram a Europa e os Estados Unidos.

- Diferenças entre o campo e a cidade -

Embora a pobreza tenha sido reduzida no país de maneira espetacular nas últimas décadas, ainda persistem diferenças muito acentuadas entre as cidades e o campo no acesso à saúde.

A medicina de ponta, os médicos mais experientes e os melhores hospitais estão nas grandes cidades onde os habitantes têm um leque de opções entre os centros públicos e as clínicas privadas.

- O sistema de saúde e a estratégia "covid zero" -

Xangai é a cidade mais desenvolvida do país, por isso surpreende que se encontre com tantas dificuldades diante da crise sanitária e tenha problemas para encontrar leitos para isolar os contagiados.

Segundo as autoridades, 130.000 estão disponíveis ou vão estar nos próximos dias.

Cerca de 40.000 foram instaladas no Centro Nacional de Exposições e no Congresso de Xangai.

Na maioria dos casos acolhem pessoas assintomáticas.

Por outro lado, os habitantes da cidade confinados se queixam da falta de acesso aos alimentos frescos e aos cuidados hospitalares em casos de emergências.

Segundo a imprensa chinesa, ao menos duas pessoas asmáticas morreram após não receber atendimento nos hospitais pois não tinham um teste negativo de covid.

Cerca de 38.000 profissionais de saúde e 2.000 militares de outras partes do país foram enviados a Xangai para ajudar no atendimento de saúde e na distribuição de comida.

Uma nova variante oriunda da Ômicron foi descoberta pelo sequenciamento do gene do coronavírus de um caso leve confirmado na cidade chinesa de Suzhou, informou o Global Times. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da cidade, a maioria dos casos é importada de outras províncias e cidades.

O órgão disse que a cidade de Suzhou realizou imediatamente investigações epidemiológicas e sequenciamento genético para cada caso.

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Grã-Bretanha

Calcula-se que uma em cada 13 pessoas está infectada pelo coronavírus na última semana na Grã-Bretanha, após os dados mais recentes do British Office of Statistics. Estima-se que cerca de 4,9 milhões de pessoas contraíram Covid-19 na semana que terminou em 26 de março, acima dos 4,3 milhões da semana anterior, informou o Escritório Nacional de Estatística na sexta-feira. O último pico, segundo noticiou a Associated Press, é alimentado pela BA.2, uma ramificação da variante Ômicron.

As taxas de hospitalização e mortalidade voltaram a subir, embora o número de mortes causadas pelo coronavírus seja relativamente baixo em comparação com os dados do início do ano. No entanto, os números mais recentes indicam que o aumento significativo de infecções que começou no final de fevereiro - quando o primeiro-ministro Boris Johnson suspendeu todas as restrições na Inglaterra - continuou em março também.

Alemanha

Na Alemanha, uma fraude foi descoberta. Um homem de 60 anos parece ter sido vacinado várias vezes contra a Covid-19 para obter registros de vacinação e vendê-los a pessoas que se recusaram a ser vacinadas, disseram as autoridades em notícia veiculada pela Associated Press.

A polícia alemã realizou recentemente inúmeras operações contra a falsificação de registros de vacinação. Os casos diários na Alemanha vêm aumentando há várias semanas, mas muitas restrições foram suspensas na sexta-feira. Especialistas dizem que a última onda de infecções na Alemanha se deve à subvariante da Ômicron BA.2 e que já parece ter atingido seu pico.

No domingo, a agência de controle de doenças da Alemanha registrou 74.053 novos casos. Menos de uma semana atrás, a alta era de 11.224 novos casos por dia.

(Com Global Times e Associated Press)

Idosos acima de 60 anos começam a ser imunizados com a quarta dose da vacina contra Covid-19 a partir do dia 5 de abril em todo o estado de São Paulo, de acordo com anúncio feito neste domingo (27) pelo governador João Doria. A imunização é uma recomendação do Comitê Científico de São Paulo. Estarão aptos a receber a quarta dose cerca de 4,5 milhões de pessoas, desde que tenham recebido a dose de reforço (3ª dose) com um intervalo de quatro meses.

“Quanto mais facilidade oferecermos, especialmente aos finais de semana, melhor para aquelas pessoas que têm dificuldade de deslocamento durante a semana, pelo trabalho, pela distância, pelo estudo ou por outras razões. E aos finais de semana percebemos que a adesão cresce no programa de vacinação, tanto de adultos quanto também de crianças”, afirmou Doria.

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A vacinação dos idosos acima dos 80 anos já havia começado no dia 21 de março. A decisão de vacinar as pessoas acima de 60 anos levou em consideração o alto índice de mortalidade entre os idosos desta faixa etária durante a circulação da variante Ômicron.

“Este anúncio é mais um importante passo para protegermos a nossa população, principalmente os idosos acima de 60 anos de idade. São Paulo é líder em vacinação no Brasil com mais de 104 milhões de doses aplicadas e mais de 90% da população com duas doses”, destacou a coordenadora do Plano Estadual de Imunização, Regiane de Paula.

A China registou, neste sábado (19), as duas primeiras mortes por covid-19 em mais de um ano, em meio a uma recuperação da pandemia ligada à variante ômicron que desafia a estratégia de "covid zero" do país.

A Comissão Nacional de Saúde notificou hoje as duas primeiras mortes desde 26 de janeiro de 2021, ambas registradas na província de Jilin, a mais afetada por essa onda que provocou o confinamento de milhões de pessoas em várias cidades.

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Com essas duas mortes, o balanço oficial sobe para 4.638 mortes desde que a China detectou o coronavírus pela primeira vez na cidade de Wuhan, em dezembro de 2019.

As autoridades de Jilin informaram que ambas as vítimas eram homens, com 65 e 87 anos, e que tinham problemas de saúde subjacentes associados à idade avançada.

Além disso, a autoridade sanitária informou 4.051 novos casos neste sábado, abaixo dos 4.365 relatados no dia anterior.

Graças a sua estratégia de "covid zero", que consiste em controles rígidos das fronteiras, longas quarentenas para chegadas internacionais e confinamentos, a China conseguiu manter o vírus sob controle desde o final da primeira onda.

Mas a variante ômicron está colocando essa estratégia em apuros. O país mais populoso do mundo passou de menos de cem casos por dia há três semanas para um mínimo de mais de 1.000 casos diários urante a última semana.

São números muito baixos em comparação com outros países, mas não negligenciáveis na China, cuja liderança comunista fez da gestão da pandemia uma questão de importância capital.

Para Pequim, a baixa taxa de infecções e mortalidade em comparação com a maioria dos países do mundo comprova a força de seu modelo de governança.

Nas últimas semanas, algumas fontes oficiais sugeriram que a China terá que começar a conviver com a covid-19 em algum momento, como fez a maioria dos países do mundo.

O presidente Xi Jinping disse na quinta-feira que o país devia persistir em sua estratégia para "deter a propagação da epidemia o mais rápido possível", mas também pediu "minimização do impacto no desenvolvimento econômico e social".

Assim, se em ocasiões anteriores foram decretados confinamentos completos para qualquer surto, as autoridades locais optaram por estratégias mais variadas e menos drásticas.

Alguns permanecem fiéis aos confinamentos, como Shenzhen (sudeste), um grande centro de tecnologia com 17,5 milhões de habitantes, que, no entanto, flexibilizou essas medidas após as palavras de Xi.

A capital econômica do país, Xangai, por outro lado, decretou o ensino on-line e implantou uma campanha de testes em massa, mas evitou o fechamento total por enquanto.

- Hospitais de campanha -

Consequência do súbito aumento de casos, as autoridades liberaram leitos hospitalares e anularam a disposição segundo a qual todos os positivos à covid tinham de ser internados num centro de saúde.

Ao mesmo tempo, novos leitos hospitalares estão sendo criados na China continental por medo de que o vírus possa colocar o sistema de saúde sob pressão.

A província de Jilin, na fronteira com a Coreia do Norte, construiu oito hospitais temporários e dois centros de quarentena para lidar com os milhares de casos na última semana.

A mídia estatal exibiu imagens de dezenas de gruas gigantes montando instalações médicas temporárias na província, que tem apenas cerca de 23.000 leitos para 24 milhões de habitantes.

Pequim também está monitorando de perto a situação no território semiautônomo de Hong Kong, onde a pandemia disparou com dezenas de milhares de infecções diárias e um alto nível de mortalidade devido à baixa vacinação da população idosa.

A pandemia não demorou para chegar em Pernambuco: 14 dias após a confirmação do primeiro caso da Covid-19 no Brasil, em 26 de fevereiro de 2020, o Estado também confirmou seus primeiros casos da doença, todos importados por turistas locais vindos de países onde o vírus já estava presente. Há exatos dois anos, em 12 de março de 2020, a Covid se tornava realidade para os pernambucanos e chegava para mudar completamente a rotina da população. 

Além do alto número de casos que assustou Pernambuco em diferentes momentos da pandemia, o Estado precisou lidar, simultaneamente, com uma onda de desemprego e fome que se alastrou do Sertão à metrópole, mas definitivamente atingiu a capital, Recife, com mais força. A pandemia também foi palco de escândalos envolvendo suspeitas de corrupção e uma corrida pela vida em hospitais do Estado, que chegaram no limite para lidar com as demandas ocasionadas pelo vírus. 

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Com a chegada das vacinas, a emergência sanitária foi mostrando sinais de trégua, mas também teve suas oscilações e novos desafios pela frente. Após estes dois anos, Pernambuco conseguiu recuperar 701,480 casos da Covid-19, de um total de 861.859, a diferença contemplando os óbitos e os casos sob observação. No total, foram 21.195 vidas pernambucanas perdidas para o coronavírus. 

Além disso, foram 17.368.595 doses de vacinas contra a Covid-19. Dessas, 7.982.875 foram primeiras doses e 6.634.916 segundas doses. 173.126 pernambucanos tomaram o imunizante de dose única e outros 2.577.678 receberam a dose de reforço. 

Relembre os principais momentos destes dois anos da pandemia  

- - > LeiaJá também: Recapitulando os dois anos de pandemia no Brasil 

Primeiro lockdown e medidas restritivas 

Em 12 de março de 2020, os dois primeiros casos do novo coronavírus foram confirmados em Pernambuco pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Os infectados eram moradores do Recife que estiveram juntos na Itália, país considerado epicentro da doença pelos momentos iniciais da pandemia. Na mesma época, além de Pernambuco, ao menos oito estados e o Distrito Federal também confirmaram casos da infecção.  

Nove dias depois, em 21 de março, o Estado decretou calamidade pública e ampliou o quadro de profissionais de saúde em unidades públicas e privadas; pois, sim, hospitais privados fizeram parte do decreto Nº 48.831, com excepcionalidade à pandemia e a crescente de casos. Em abril, Pernambuco já havia definido suas atividades essenciais, em acordo aos demais estados brasileiros, e determinou as primeiras medidas restritivas. Fernando de Noronha também entrou em lockdown no mesmo mês. 

No entanto, as medidas mais rígidas vieram no mês seguinte: cinco municípios do Grande Recife precisaram de lockdown intenso, pois concentravam o maior número de casos. Foram eles Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata. 

A medida, que inicialmente durou 15 dias, proibiu a circulação de pessoas nas ruas sem justificativa laboral ou emergencial; além de ter estabelecido rodízio de veículos, uso obrigatório de máscaras e sanitização das ruas. Esse caráter meio apocalíptico que tomou conta das ruas foi o primeiro contato dos pernambucanos que, mesmo acostumados com surtos de gripe e dengue, jamais tinham visto uma mudança de rotina como aquela. 

Calamidade permanece e medidas apertam 

Ainda em maio, 97% dos 600 leitos de UTI para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estavam ocupados. A situação era reconhecida pelo Governo do Estado e deu ponta para um escândalo de nível municipal — no Recife —, que seguiu sem resolução, logo depois. Era comum ouvir relatos de familiares de pessoas infectadas que precisavam esperar até mais de uma semana para conseguir internação. 

Em julho, a Polícia Federal deflagrou a terceira fase da “Operação Apneia”, em conjunto com a Controladoria Geral da União. Tratou-se de uma investigação de irregularidades em contratos celebrados por meio de dispensas de licitação pela Prefeitura de Recife, através da Secretaria de Saúde. O objetivo deles era a compra de respiradores pulmonares em caráter emergencial, para combate à Pandemia de Covid-19 no município. O caso afastou o prefeito da época, Geraldo Julio (PSB), mas as investigações não tiveram longevidade. 

Sem progresso no quadro hospitalar do estado, o Governo de Pernambuco decretou estado de calamidade pública mais uma vez. A decisão alterou diversos aspectos do Plano de Convivência com a Covid-19 e manteve a descrição de calamidade por 180 dias, na expectativa de melhores resultados na contenção da doença. 

Com isso, ficou proibida a realização de shows, festas e similares, com ou sem comercialização de ingressos, em ambientes públicos ou privados, inclusive em clubes sociais e hotéis, independentemente do número de participantes. 

A técnica de enfermagem Perpétua Socorro, de 52 anos, durante primeiro dia de vacinação em PE. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Vacinação 

Em Pernambuco, a campanha de vacinação contra a Covid-19 foi iniciada em 18 de janeiro de 2021, mesmo dia em que a primeira remessa de doses dos imunizantes foi enviada ao Estado pelo Ministério da Saúde. Ao total, 15 profissionais que atuavam na linha de frente do combate ao vírus foram vacinados no ato simbólico que aconteceu no Hospital Oswaldo Cruz, na área central do Recife, no mesmo dia. A técnica de enfermagem Perpétua Socorro Barbosa dos Santos, 52 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada no Estado.

Apesar da esperança trazida pela vacinação, os meses seguintes reservaram momentos ainda mais difíceis aos pernambucanos, com novos picos da Covid-19 e a chegada de novas variantes. Em março, Pernambuco já registrava mais de mil casos por dia — número que foi sendo superado dia após dia e chegou aos quatro mil em 2021 e também em 2022. 

Àquela altura, o carnaval de Pernambuco já havia sido suspenso em razão do aumento de casos de Covid-19. O Governo de Pernambuco anunciou, à época, que a medida valeria para todo o estado e teve como base o momento epidemiológico e os indicadores da doença. A mesma medida se repetiu para as festas juninas, canceladas por três anos seguidos: em 2020, 2021 e, até o momento, também este ano. 

Recentes: novo pico, Ômicron e vacinação infantil 

Após as festividades do fim de ano, o Brasil passou por uma nova crescente de casos da Covid-19, que chegou a ser considerada, por alguns especialistas, uma nova onda (a terceira ou quarta). Para outros, se tratou de uma continuidade das más escolhas sanitárias e do baixo controle das medidas restritivas. 

Em janeiro deste ano, Pernambuco confirmou mais 4.722 casos da Covid-19 em 24h. O número de confirmações foi o terceiro maior registrado em 24 horas em toda a pandemia, atrás apenas de 9 de junho e 29 de maio de 2021, quando houve 6.487 e 5.576 registros, respectivamente. A maioria dos casos era da variante Ômicron, confirmada também em janeiro no estado e desde então, se tornou responsável imediata pelas infecções. 

Como nem tudo é notícia ruim, a parte “menos mal” dessa história é que quase 80% da população já estava vacinada ao menos com a primeira dose, enquanto a segunda dose do esquema vacinal apresentava boa adesão e alguns grupos etários e clínicos já estavam prestes a receber a terceira dose ou dose de reforço. 

Pernambuco também autorizou o início da imunização contra a Covid-19 em crianças de seis a 11 anos com a vacina da Coronavac/Butantan, liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e incorporada pelo Ministério da Saúde (MS) no Plano Nacional de Operacionalização (PNO). A decisão foi aprovada pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação. 

- - > LeiaJá também: Covid: 70% das crianças ainda não tomaram vacina em PE

 

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