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A Agência Espacial Japonesa (Jaxa) divulgou uma imagem da sonda Smart Lander for Investigating Moon (Slim, na sigla em inglês) na Lua, capturada pelo Veículo de Excursão Lunar 2 (LEV-2). O LEV-2 é o primeiro robô do mundo a realizar exploração totalmente autônoma na superfície lunar.

O explorador não tripulado pousou em solo lunar no sábado, 20, tornando o Japão o quinto país a pousar na Lua.

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O LEV-2 e o LEV-1 foram ejetados da espaçonave pouco antes da Slim pousar

Até agora, apenas Estados Unidos, Rússia (então como União Soviética), China e recentemente a Índia tinham conseguido pousar com sucesso na Lua.

O Japão, por sua vez, teve duas missões fracassadas, uma pública e outra privada.

De acordo com a Jaxa, a Slim fez um pouso suave na superfície lunar. No entanto, uma anormalidade no motor principal afetou o pouso, resultando na impossibilidade de carregamento dos painéis solares.

A agência disse que continuará a tentar a recuperação da Slim à medida que o ângulo da luz solar muda na superfície lunar.

A foto divulgada pela Jaxa pode ser conferida no seguinte endereço na internet: https://twitter.com/JAXA_jp/status/1750459130589089847

Um time de cientistas chineses conseguiu clonar um macaco rhesus chamado Retro, de dois anos de idade e com boa saúde, aprimorando a técnica que permitiu o nascimento da ovelha Dolly em 1996, revelou um estudo publicado nesta terça-feira (16).

Primatas são muito difíceis de clonar, então os cientistas enfrentaram anos de fracassos antes de obter sucesso. Agora, esperam que o procedimento, que utiliza a placenta, possa permitir a criação de macacos rhesus idênticos para estudos médicos.

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Desde a clonagem de Dolly, em 1996, mais de 20 tipos de mamíferos - cães, gatos, porcos, bovinos - foram criados com a técnica de Transferência Nuclear de Células Somáticas (SCNT).

Porém, só mais de duas décadas depois os cientistas conseguiram clonar o primeiro primata. Um casal de macacos-caranguejeiros geneticamente idênticos, chamados Hua Hua e Zhong Zhong, nasceu por meio do método SCNT em 2018 no Instituto de Neurociências da Academia Chinesa de Ciências em Xangai, dirigido por Qiang Sun, autor principal do estudo publicado na Nature Communications.

Foi um avanço científico, ainda que menos de 2% dos macacos-caranguejeiros tenham nascido vivos. Todas as tentativas anteriores de clonar macacos rhesus, espécie que deu nome ao sistema de grupos sanguíneos (fator RH), haviam falhado.

- Clonagem humana “seria muito difícil” -

A equipe do instituto chinês investigou as causas desse fracasso e identificou o motivo principal: as placentas que fornecem os nutrientes necessários para o crescimento dos embriões clonados apresentavam anomalias em comparação com as placentas provenientes da fertilização in vitro de macacos não clonados.

Os pesquisadores substituíram então as células da futura placenta, chamadas trofoblasto, por células de um embrião saudável e não clonado.

Essa técnica "melhorou consideravelmente a taxa de sucesso da clonagem por meio da SCNT" e resultou no nascimento de um macaco rhesus clonado batizado como Retro, que agora tem dois anos, disse Qiang Sun à AFP.

O problema é que apenas um dos 113 embriões sobreviveu, ou seja, a taxa de sucesso é inferior a 1%, destacou Lluis Montoliu, do Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha, que não participou das pesquisas.

Se o ser humano for clonado um dia, um grande temor no campo da pesquisa, seria necessário antes conseguir clonar outras espécies de primatas, apontou este cientista no Science Media Centre (SMC).

A baixa taxa de êxito dessas pesquisas "confirma que não apenas a clonagem de humanos é inútil e discutível, mas se fosse tentada, seria muito difícil e eticamente injustificada", comentou Montoliu.

Uma opinião compartilhada por Qiang Sun, que considera a clonagem de um ser humano algo "inaceitável" em qualquer circunstância.

A técnica de clonagem reprodutiva por meio do método SCNT consiste em produzir uma cópia genética de um animal, substituindo o núcleo de um óvulo não fecundado por uma célula do corpo do animal doador, formando um embrião que pode ser transferido para o útero de uma fêmea para gestação.

Um macaco rhesus chamado Tetra já havia sido clonado em 1999 com outra técnica, usando a divisão de embriões. Esse procedimento é mais simples, mas só pode produzir quatro clones simultaneamente.

Os cientistas, portanto, se concentraram na SCNT em parte porque permite criar muito mais clones, com o objetivo de reproduzir macacos geneticamente idênticos para estudar algumas doenças e testar medicamentos.

Na reta final do ano de 2023, a Anvisa publicou, nesta sexta-feira (29), a aprovação do registro sanitário de mais um produto de terapia gênica à base de células modificadas geneticamente para tratamento do câncer hematológico.

Trata-se do medicamento de terapia gênica TECARTUS® ( brexucabtageno autoleucel ) do laboratório Kite , uma empresa do grupo Gilead Sciences Farmacêutica do Brasil, indicado para o tratamento de adultos com linfoma de células do manto (LCM) quando os sintomas ou a doença retornam (recidiva) ou quando não respondem (refratário) , após dois ou mais tratamentos anteriores .

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O LCM é um subtipo agressivo de L infoma não Hodgkin que se desenvolve a partir de linfócitos B anormais . O TECARTUS® é o primeiro produto de terapia avançada indicado ao tratamento deste tipo de câncer raro no Brasil.

O TECARTUS® também foi aprovado no Brasil para o tratamento de leucemia linfoblástica aguda (LLA) recorrente ou sem respostas às terapias anteriores.

Como funciona o TECARTUS ®

Este é mais um produto de terapia gênica que utiliza as células T geneticamente modificadas dos pacientes , de modo a produzirem uma proteína denominada receptor antigênico quimérico ( do inglês, chimeric antigen receptor - CAR), que ajuda as células T a ligarem-se a uma proteína presente nas células cancerosas, denominada CD19 , para promover a eliminação do câncer do organismo do paciente.

O TECARTUS® é o quarto produto de terapia gênica com células CAR-T aprovado pela Anvisa. Os medicamentos complexos , a base de células CAR-Ts , pertence m a nova categoria de medicamentos, denominados produtos de terapias avançadas, atuando como imunoterapias personalizadas.

Os dados dos estudos apresentados até o momento demonstraram que pacientes com LCM tratados com TECARTUS® apresentaram uma resposta completa (ou seja, ausência de sinais do câncer) superando os resultados percentuais observados em pacientes , após outros tratamentos, neste estágio grave da doença. O TERCATUS também se mostrou eficaz no tratamento da LLA que reapareceu após ou não respondeu a tratamentos anteriores.

Os estudos apresentados destacam que pacientes com LCM, tratados com TECARTUS®, demonstraram uma resposta completa, indicando a ausência de sinais de câncer. Este resultado superou os percentuais observados em pacientes submetidos a outros tratamentos no estágio avançado da doença. Além disso, o TECARTUS® mostrou eficácia no tratamento da LLA que ressurgiu após tratamentos anteriores ou não respondeu a eles.

Cuidados especiais com o paciente

Importante destacar que os resultados de eficácia foram acompanhados de ocorrência s de efeitos secundários graves em mais d a metade dos doentes, tais como síndrome de libertação de citocinas (uma doença potencialmente fatal que pode causar febre, vômitos, falta de ar, dor e tensão arterial baixa), encefalopatia (um distúrbio cerebral acompanhado de dor de cabeça, sonolência e confusão mental) e infecções.

As estratégias de monitoramento e mitigação desses eventos adversos são parte fundamental do plano de gerenciamento de risco definido no processo de registro na Anvisa, com medidas de manejo e responsabilização que deverão ser providenciadas para o sucesso da terapia no Brasil.

Entre essas medidas, destacamos:

1) treinamento dos profissionais da saúde envolvidos na manipulação e administração do produto, no manejo dos eventos adversos relacionados ao uso e na atenção ao paciente;

2) qualificação específica para os serviços de saúde que irão coletar e manipular o material de partida (células T do paciente) , bem como preparar, administrar e monitorar o paciente;

3) educação dedicada ao paciente e familiares com orientações pós-uso do produto;

4) rigoroso processo de logística para garantir a manutenção da qualidade e da rastreabilidade de toda a cadeia produtiva do TECARTUS® e de cuidado ao paciente.

O registro na Anvisa

A Anvisa conduziu uma análise criteriosa do TECARTUS® considerando sua classificação como um medicamento ou produto de terapia gênica, inovador, baseado em células modificadas do tipo CAR-T, para tratamento de doenças raras graves. A avaliação, fundamentada em informações regulatórias e científicas fornecidas pela empresa, abrangeu diversos aspectos, destacando:

Perfil de Segurança e Prova de Conceito: Incluiu inúmeros dados de experimentos não clínicos.

Perfil de Segurança e Eficácia : Utilizou dados de estudos clínicos para analisar a segurança e a eficácia do medicamento em pacientes.

Processo de Obtenção do Material de Partida : Detalhou a metodologia padronizada de coleta e criopreservação das células T do paciente.

Produção em Larga Escala : Considerou a produção em larga escala, garantindo requisitos de qualidade e boas práticas de fabricação. Destaca-se que o processo produtivo do TECARTUS® é semelhante ao do produto YESCARTA®, também fabricado pela empresa Kite /Gilead.

Estudos de Estabilidade e Distribuição : Envolv eu demonstração de dados d a estabilidade do produto no Brasil e da definição dos processos controlados de exportação/importação.

Estratégias para Cuidados ao Paciente : Incluíram orientações e precauções para cuidados especiais ao paciente.

Mecanismos de Monitoramento e Gerenciamento de Riscos: Abordaram o acompanhamento pós-administração, farmacovigilância e outros requisitos aplicáveis.

A Anvisa certificou os processos de fabricação, incluindo a produção dos vetores virais, com a obtenção da Certificação de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) após inspeções nos EUA e na Holanda.

Assim após avaliações e inúmeras interações com a empresa deten t ora do registro no Brasil, foi possível demonstrar que o TECARTUS ® se apresenta como uma opção de tratamento para LCM e LLA , recidivado e refratário, em situações clínicas graves . Os eventos adversos são controláveis se estiverem implementadas medidas adequadas de manejo. Por conseguinte, a Anvisa concluiu que os benefícios do produto são superiores aos seus riscos, sendo aprovado seu registro no Brasil. Foi estabelecido um Termo de Compromisso para o acompanhamento de longo prazo de dados de segurança e eficácia do produto. Isto significa que se monitorará periodicamente dados adicionais, tanto dos resultados dos pacientes que utilizarem o produto quanto em estudos específicos, que a empresa está obrigada a fornecer à Anvisa. Este tipo de registro condicional é fundamental em produtos de terapia avançada devido a natureza específica e complexa deste tipo de medicamento. O TECARTUS ® também foi aprovado pela Agência Reguladora dos Estados Unidos ( Food and Drug Administration – FDA ) e pela European Medicines Agency (EMA) , agência reguladora europeia .

Por: Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa)

O avião espacial X-37B do exército dos EUA decolou na noite desta quinta-feira, 28, em outra missão secreta que deve durar pelo menos dois anos. O avião espacial decolou a bordo do foguete Falcon Heavy da SpaceX do Centro Espacial Kennedy da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), com mais de duas semanas de atraso devido a problemas técnicos.

Como nas missões anteriores, o avião reutilizável, semelhante a um mini-ônibus espacial, transportou experimentos confidenciais. Não há ninguém a bordo.

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Esse foi o sétimo voo de um X-37B, que já registrou mais de dez anos em órbita desde sua estreia em 2010. O último voo, o mais longo até então, durou dois anos e meio antes de terminar em uma pista de pouso em Kennedy, há um ano.

Os oficiais da Força Espacial não informaram por quanto tempo esse veículo de teste orbital permanecerá no ar ou o que há a bordo, além de um experimento da Nasa para avaliar os efeitos da radiação nos materiais.

Construído pela Boeing, o X-37B se assemelha aos ônibus espaciais aposentados da Nasa. Mas eles têm apenas um quarto do tamanho, com nove metros de comprimento. Não são necessários astronautas; o X-37B tem um sistema de pouso autônomo.

Eles decolam verticalmente como foguetes, mas pousam horizontalmente como aviões, e são projetados para orbitar entre 240 quilômetros e 800 quilômetros de altura. Há dois X-37Bs baseados em um antigo hangar de ônibus espaciais em Kennedy. Fonte: Associated Press

As propostas elaboradas pelos participantes da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação foram entregues, nesta quinta-feira (7), pela governadora Raquel Lyra à ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. O relatório do Plano Decenal de CT&I 2025-2035 foi feito por meio de construção coletiva e traz ações e estratégias para fortalecer as políticas públicas voltadas ao setor científico. A entrega aconteceu durante a cerimônia de encerramento do evento, no auditório da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

“A 5ª Conferência de Ciência e Tecnologia aponta para caminhos e estratégias para o plano de desenvolvimento em Ciência e Tecnologia do Brasil entre 2025 e 2035. Tivemos muitas discussões sobre o avanço dessas áreas em Pernambuco, programas de desenvolvimento que tratam também de combustíveis, energia renovável, financiamento para essas pesquisas, a gente tem buscado fazer a nossa parte no Governo do Estado. O relatório final dessa conferência foi entregue à ministra Luciana Santos e nosso objetivo é investir de maneira muito forte em pesquisa e inovação, permitindo que mais mulheres participem desse tipo de iniciativa, para permitir mais igualdade de gênero”, destacou Raquel Lyra. 

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A 5º edição da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação aconteceu nas cidades do Recife, Caruaru (Agreste) e Petrolina (Sertão). O momento reuniu pesquisadores científicos, representantes de empresas de tecnologia e todos os cidadãos interessados em elaborar propostas para o Plano Decenal de CT&I 2025-2035. Este plano tem quatro eixos: recuperação, expansão e consolidação do sistema de CT&I; reindustrialização em novas bases e apoio à inovação; CT&I para programas e projetos estratégicos; e CT&I para o desenvolvimento social.

“Eu fico muito feliz por Pernambuco ser o primeiro Estado a realizar a conferência estadual. Essa escuta é decisiva para construir políticas de ciência e tecnologia junto àqueles que estão na ponta, que são os pesquisadores, professores e o setor produtivo. Recebi o relatório, claro que já conheço o sistema de ciência e tecnologia de Pernambuco, que é muito potente e respeitado nacionalmente. Por isso, eu acredito que a gente vai poder dar conta dos principais gargalos e desafios que foram apontados aqui pela conferência estadual”, afirmou a ministra Luciana Santos.

Integrada à V Conferência Nacional de CT&I, promovida pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a edição de Pernambuco foi a primeira a ser realizada no país. No Estado, é executado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/PE), Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) e Usina Pernambucana de Inovação – ambas vinculadas à Secti/PE. O objetivo é articular o sistema estadual de ciência e tecnologia em torno de debates que influenciam na formulação de políticas públicas voltadas ao setor científico, tecnológico e de inovação. 

“É um evento que aconteceu em primeira mão em Pernambuco, mostrando que estamos sempre à frente. Fizemos de forma interiorizada, com o evento acontecendo presencialmente em três cidades pernambucanas para ouvir o que a população quer como política pública para a ciência, tecnologia e inovação no próximo decênio 2025-2035. E agora é o momento de entregarmos o resultado do nosso diálogo e da nossa construção coletiva”, pontuou a secretária estadual de CT&I, Mauricélia Montenegro.

O evento ainda contou com a entrega do prêmio Ciência, Tecnologia e Inovação, promovido pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e a Facepe. Os órgãos lançam anualmente um edital para premiar indivíduos que tenham se destacado nas pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, cujos resultados tenham contribuído para a produção de conhecimento e beneficiado direta ou indiretamente o desenvolvimento e o bem-estar da população brasileira.  Entre os homenageados estão: professores Cid Bartolomeu de Araújo; Marcelo dos Santos Guerra Filho; Ana Cristina de Almeida Fernandes; Savia Gavazza; Suzana Maria Gico Lima Montenegro; e Fabiana Moraes.

Estiveram presentes no evento os secretários estaduais Mariana Melo (Mulher) e Daniel Coelho (Turismo e Lazer). César Augusto, diretor de inovação; Tereza Campos, superintendente geral do IMIP; Sérgio Cavalcanti, líder  de inovação do grupo Cornélio Brennand; Maria Fernanda Pimentel, diretora presidente da Facepe; José Roberto Cavalcanti, vice-reitor da UPE; Joaquim Martins Filho, diretor de pesquisa e pró-reitor de Pesquisa e Inovação em exercício da UFPE; e Joana Portela, secretária de Desenvolvimento Econômico do Recife, também prestigiaram a solenidade.

*Da assessoria 

O astronauta dinamarquês Andreas Mogensen, da Agência Espacial Europeia (ESA), capturou um fenômeno raro visto da Terra. Trata-se de um sprite vermelho, um raro evento de relâmpago, como parte do experimento Thor-Davis, na sua missão Huginn. "Andreas conseguiu capturar um sprite vermelho, um fenômeno estrondoso chamado Evento Luminoso Transiente (TLE), que ocorre acima das nuvens de trovoada, entre 40 e 80 quilômetros acima do solo", divulgou a agência espacial no dia 1º de dezembro deste ano.

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A partir da imagem que ele capturou, os cientistas estimam que o tamanho do sprite vermelho é de aproximadamente 14 por 26 km. "Como os sprites vermelhos se formam acima das nuvens de trovão, eles não são facilmente estudados a partir do solo e, portanto, são vistos principalmente do espaço, inclusive usando o Monitor de Interações Atmosfera-Espaço (ASIM) que fica do lado de fora da Estação Espacial Internacional (ISS)", acrescenta a ESA. No entanto, poucos sprites foram vistos do solo.

"Essas imagens tiradas por Andreas são fantásticas. A câmera Davis funciona bem e nos dá a alta resolução temporal necessária para capturar os processos rápidos dos relâmpagos", disse Olivier Chanrion, cientista-chefe do experimento Thor-Davis. Este tipo de câmera de eventos funciona mais como o olho humano, detectando mudanças no contraste em vez de capturar uma imagem como uma câmera normal.

Conforme a ESA, O experimento Thor-Davis investiga relâmpagos na alta atmosfera e como eles podem afetar a concentração de gases de efeito estufa. "Baseia-se no antigo experimento de Thor da primeira missão de Mogensen em 2015, quando ele também capturou imagens de um trovão diferente disparando em direção ao espaço, um jato azul. A experiência é liderada pela Universidade Técnica Dinamarquesa (DTU) em conjunto com a ESA."

O astronauta regressou à Estação Espacial Internacional para a sua segunda missão, Huginn, em agosto deste ano. Seu retorno à Terra está previsto para o começo de 2024. Esta é sua primeira jornada espacial de longa duração após a missão de 10 dias, Iriss, em 2015.

Um corredor veloz e mortal percorria as vastas áreas de um deserto com dunas no interior do estado de São Paulo, no Cretáceo inferior, há 135 milhões de anos. O animal, que provavelmente perseguia suas presas, pois era carnívoro, acaba de ser identificado como uma nova espécie de dinossauro brasileiro que habitava a região onde hoje está a cidade de Araraquara. A descoberta, que envolveu pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), foi publicada na revista científica Cretaceus Research.

De acordo com o pesquisador Marcelo Adorna Fernandes, professor do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Ufscar, o dinossauro tinha cerca de 90 cm de altura, 1,5 metro de comprimento e foi identificado a partir das pegadas que deixou em rochas de arenito, usadas para construir as calçadas de Araraquara. As pegadas mostraram que o animal jovem tinha boa adaptação ao clima seco e de dunas correspondente às formações geológicas da região na época.

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O produtor das marcas foi batizado de Farlowichnus rapidus, em homenagem ao pesquisador norte-americano James Farlow, que também era um corredor. Este é o segundo vertebrado identificado no chamado Paleodeserto Botucatu, o grande deserto fóssil que existiu no interior. Em 1981, segundo Fernandes, havia sido descrito o Brasilichnium elusivum, um pequeno mamífero saltador, pelo missionário e paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi, também com base nas pegadas de Araraquara.

Agora, foi formalizada a descrição do dino corredor, já que antes havia só a ocorrência informal de dinos terópodes (carnívoros). Segundo o paleontólogo, o ângulo do passo de mais de 170 graus sugere que o bicho deveria estar correndo pelas paleodunas, daí o "rapidus" no nome. "O que o difere dos demais é que o dinossauro produtor dessas pegadas de três dedos, em forma de gota, ou seja, dedos bem juntinhos, possuía o segundo dedo do pé bem maior, mas com uma característica monodáctila, ou seja, apoiava sempre o peso do corpo no dedo mediano, que era o maior dentre os três dedos", explicou.

A descoberta dos pegadas fósseis de Araraquara aconteceu em 1976, quando Leonardi andava pela cidade e viu as marcas em lajes das calçadas. Ele recolheu amostras dos vestígios e os guardou até retornar ao Brasil para concluir a pesquisa. Fernandes vem se debruçando há anos em pesquisas sobre esse farto material, que já foi utilizado também como calçamento em São Carlos e até na capital paulista, em calçadas do Zoológico de São Paulo.

Com o auxílio da esposa, Luciana Fernandes, também pesquisadora, ele descobriu os melhores exemplares de pegadas, possibilitando a descrição formal do autor delas com precisão. "Além disso, encontramos na pedreira São Bento, em Araraquara, diversas trilhas de dinossauros terópodes, desde os menores, que provavelmente eram do tamanho de um pombo, até esse do trabalho que, adulto, poderia atingir 3,5 m de comprimento. Então descobrimos uma série ontogenética, desde os filhotes, até os adultos que habitaram o paleodeserto de Botucatu durante o Cretáceo inferior", disse.

Segundo o pesquisador, o autor da pegadas, Farlowichnus rapidus, poderia ser um noassaurídeo, semelhante ao Vespersaurus, cujos ossos foram encontrados em outra formação geológica, no estado do Paraná. "Fósseis de dinossauros carnívoros são raros no Brasil, talvez pela fragilidade dos ossos em se preservarem ao longo de milhões de ano, mas também em virtude da competição por nicho ecológico entre os predadores de topo que existia por aqui, especialmente crocodilos terrestres de grande porte", disse.

Com a descoberta, o número de dinossauros brasileiros vai crescendo e já são cerca de 30 descritos formalmente. No final do ano passado, uma equipe formada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e de outras universidades brasileiras descreveu e identificou o Ibirania parva, uma espécie de dinossauro herbívoro da família dos gigantescos titanossauros, mas com pouco mais de 5 metros de comprimento, o que o tornou pequeno perto dos parentes pescoçudos.

Os fragmentos fósseis do animal usados para identificar a espécie foram descobertos em 2005 por Marcelo Adorna Fernandes. Ele também foi o primeiro a identificar e descrever um urólito - xixi fóssil de dinossauro - em pedras de Araraquara, naquele que pode ter sido o maior deserto de dunas do planeta. Há muita pesquisa pela frente, segundo Fernandes. "Ainda falta a descrição formal dos ornitópodes (herbívoros)", disse.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou nesta quinta-feira (30) o lançamento de cinco editais do programa Mais Inovação Brasil para financiar projetos nas áreas da transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. Os editais representam um investimento total de R$ 20,85 bilhões, sendo R$ 850 milhões em subvenção econômica. O lançamento dos editais será nesta sexta-feira, no Estande da CNI, na COP28.  Fruto de uma ação conjunta do MCTI com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Finep e BNDES, o programa Mais Inovação Brasil é uma das iniciativas mais relevantes da nova política industrial do país. 

Em entrevista coletiva em Dubai, onde participa da COP28, a ministra afirmou que a reindustrialização deve estar apoiada na inovação e alinhada aos desafios da agenda climática e ambiental, da transição energética e da transformação digital. 

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“Os recursos em subvenção econômica serão disponibilizados para as empresas realizarem seus projetos mais arriscados. Isso porque o Estado precisa compartilhar o risco tecnológico com o setor produtivo, para que as empresas possam ir além e desenvolvam tecnologias de ponta para solucionar os problemas da tão necessária transição energética”, disse a ministra.  Segundo ela, com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil reúne todas as condições para liderar a transição energética e chega com mais autoridade para o debate na COP. 

“Com esses editais, vamos apoiar tecnologias para geração de energia a partir de fontes sustentáveis e para a produção, armazenamento, transporte e uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Também estão no centro de nossas atenções a biotecnologia aplicada a biocombustíveis e os combustíveis sustentáveis para aviação e transporte marítimo, além de projetos de descarbonização da mobilidade urbana e da aviação. Além disso, vamos apoiar iniciativas voltadas ao aproveitamento de resíduos sólidos urbanos e industriais e de soluções sustentáveis para saneamento, moradia popular e infraestrutura”, explicou.

Editais

Os recursos totalizam R$ 20,85 bilhões, sendo:

R$ 10 bilhões em crédito pela Finep

R$ 10 bilhões em crédito pelo BNDES

R$ 850 milhões em subvenção econômica

Na área da Transição Energética e Bioeconomia, os editais contemplam duas linhas:

• Mais Inovação Energias Renováveis: tecnologias para geração de energia a partir de fontes sustentáveis; tecnologias para a produção, armazenamento, transporte e uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono; tecnologias para transmissão de energia e para segurança e resiliência do SIN; tecnologias para a captura, transporte, armazenamento, e/ou uso de CO2

• Mais Inovação Bioeconomia: Biotecnologia aplicada biocombustíveis, Biocombustíveis, combustíveis sustentáveis para aviação e transporte marítimo, Bioprodutos e química verde   

Já nas áreas de Infraestrutura e Mobilidade, serão contemplados projetos em três linhas:

• Mais Inovação Mobilidade Sustentável: Tecnologias de Descarbonização do Transporte, Mobilidade Urbana Verde e Inteligente

• Mais Inovação Mobilidade Aérea – Aviação Sustentável: Tecnologias para Aviação mais sustentável, descarbonização do transporte aéreo, desenvolvimento de tecnologias de voos mais autônomos

• Mais Inovação Resíduos Urbanos e Industriais: Aproveitamento de Resíduos Sólidos Urbanos e Resíduos Industriais, Soluções Sustentáveis para Saneamento, Moradia Popular e Infraestrutura.

 

*Da assessoria 

Em outubro de 2017, astrônomos da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos, detectaram um objeto estranho de 400 metros de comprimento, que viajava pelo Sistema Solar em velocidade de 87,3 quilômetros por segundo. Pesquisadores ficaram intrigados com a origem deste fenômeno - que chegou a ser classificado como cometa, asteroide e até mesmo uma parte de uma nave alienígena - e o batizaram de Oumuamua. Em havaiano, "oumuamua" significa "mensageiro de muito longe que chega primeiro".

Oumuamua ficou conhecido como o primeiro objeto que se tem conhecimento vindo de outra estrela para o Sistema Solar. As observações sugerem que ele vagou pela Via Láctea, independente de qualquer sistema estelar, durante centenas de milhões de anos antes do seu encontro casual com o nosso sistema estelar. Suas proporções são maiores do que as de qualquer asteroide ou cometa observado em nosso sistema solar até o momento, de acordo com a Nasa, a agência espacial americana.

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Quando o objeto foi detectado pelo telescópio Pan-STARRS no Havaí, inicialmente foi classificado como um asteroide até que novas medições descobriram que ele estava acelerando ligeiramente, um sinal de que se comporta mais como um cometa - apesar de que, embora estivesse acelerando como um cometa, não tinha o brilho de um nem poeira. Não tinha sequer uma cauda, característica que todos os cometas têm.

A resposta mais plausível, que parece contemplar todas essas dúvidas, é a hipótese de que provavelmente o Oumuamua é um bloco de construção planetário gelado, amplamente semelhante aos cometas, impulsionado por quantidades minúsculas de gás hidrogênio jorrando de um núcleo gelado, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Nature em março deste ano.

Esse gás hidrogênio liberado pelo aquecimento da água gelada amorfa provavelmente impulsionou a aceleração não gravitacional de Oumuamua, ou aceleração além da influência do Sol. Essa hipótese também era consistente com a falta de poeira: Oumuamua não estaria sublimando o gelo superficial empoeirado como cometas com caudas reflexivas, apenas liberando gás interior preso.

Objeto extraterrestre?

Avi Loeb, astrofísico na Universidade de Harvard e presidente do comitê consultivo do projeto Breakthrough Starshot Loeb, porém, refuta essa hipótese. "Os autores do novo artigo afirmam que era um cometa de gelo de água, embora não tenhamos visto a cauda do cometa", disse Loeb ao jornal americano The New York Times após o estudo ser publicado. Ele acrescentou: "Isso é como dizer que um elefante é uma zebra sem listras".

Para ele, Oumuamua pode estar ligado a uma tecnologia extraterrestre. Sua teoria está exposta no livro Extraterrestrial: The First Signo of Intelligent Life Beyond Earth ("Extraterrestre: o primeiro sinal de vida inteligente fora da terra", em tradução livre), que foi um best-seller. Para reforçar sua tese, Loeb aponta para as propriedades inexplicadas do primeiro visitante interestelar: suas dimensões extremas, sua luminosidade enorme e o impulso da aceleração de velocidade que o levou a desaparecer dos nossos telescópios.

"A explicação mais simples dessas peculiaridades é que o objeto foi criado por uma civilização inteligente que não é desta Terra", afirmou no livro.

Ao sobrevoar um asteroide situado entre as órbitas de Marte e Júpiter a espaçonave Lucy, da Nasa (a agência espacial norte-americana), descobriu que na verdade eram dois: um de 790 metros e outro de 220 metros em seus trechos mais largos. É o que se chama de par binário.

A missão espacial de Lucy é sobrevoar e colher informações sobre sete asteroides selecionados pela Nasa. O primeiro deles, chamado Dinkinesh, fica em um cinturão de asteroides situado entre as órbitas de Marte e Júpiter.

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Quando foi descoberto, em 1999, recebeu o nome provisório de 1999 VD57. Quando sua órbita foi determinada com precisão, ele recebeu o número 152830, mas continuou sem nome oficial. Em janeiro deste ano, quando a equipe da missão Lucy decidiu enviar a sonda homônima para visitar esta rocha espacial, propôs um nome para ela. Dinkinesh significa "maravilhoso" na língua da Etiópia.

O asteroide foi o primeiro visitado pela sonda Lucy durante essa missão, e o principal objetivo da aproximação era testar os sistemas da espaçonave antes de ela iniciar sua atividade científica principal: estudar os misteriosos asteroides troianos de Júpiter, considerados "fósseis" do sistema solar. Mas, acabou havendo uma surpresa.

Semanas antes da chegada da sonda a Dinkinesh, os cientistas da Nasa levantaram a hipótese de o asteroide ser um sistema binário, dada a forma como os instrumentos de Lucy registravam o brilho do asteroide mudando com o tempo. As primeiras imagens do encontro na quarta-feira, 1º, tiraram a dúvida: Dinkinesh é um binário.

"É uma série incrível de imagens. Eles indicam que o sistema de rastreamento funcionou como pretendido, mesmo quando o universo nos apresentou um alvo mais difícil do que esperávamos", disse Tom Kennedy, engenheiro de orientação e navegação e um dos responsáveis por acompanhar a missão. "Uma coisa é simular, testar e praticar. Outra coisa é ver isso realmente acontecer."

Embora a aproximação tenha sido inicialmente um teste de engenharia, os cientistas estão entusiasmados para analisar os dados e obter mais informações sobre a natureza dos pequenos asteroides.

"Sabíamos que este seria o menor asteroide do cinturão principal já visto de perto", disse Keith Noll, cientista do projeto Lucy do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, nos EUA. "O fato de serem dois torna tudo ainda mais emocionante. Em alguns aspectos, estes asteroides parecem semelhantes aos asteroides binários Didymos e Dimorphos próximos da Terra, mas existem algumas diferenças realmente interessantes que iremos investigar."

O próximo asteroide a ser analisado é Donaldjohanson, ao qual a sonda Lucy chegará só em 2025. Depois ela vai analisar os asteroides de Júpiter, em 2027.

Vestígios de sais minerais e compostos orgânicos foram encontrados em Ganimedes, a maior lua de Júpiter e de todo o sistema solar.

Os elementos foram identificados pelo espectrômetro Jiram, construído na Itália e instalado na sonda Juno, da Nasa, que orbita o gigante gasoso desde 2016.

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A descoberta foi publicada na revista Nature Astronomy por uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (Inaf) e diz respeito a um dos corpos celestes que geram mais interesse nos cientistas por conter um oceano de água líquida sob sua superfície de gelo.

"Esse tipo de análise não era possível com dados infravermelhos anteriores detectados remotamente pela missão espacial Galileu, pelo Telescópio Espacial Hubble e pelo Very Large Telescope", observa Federico Tosi, autor principal do artigo e pesquisador do Inaf em Roma.

Espectrômetros são instrumentos utilizados para medir as propriedades da luz e conseguem identificar quando as ondas eletromagnéticas atravessaram determinado elemento químico. O Jiram, construído pela empresa italiana Leonardo, fornece dados em infravermelho com a melhor resolução espacial já obtida até agora, de menos de um quilômetro por pixel.

As imagens e espectros da superfície de Ganimedes foram obtidos em 7 de junho de 2021, imediatamente após o sobrevoo que levou a sonda Juno a uma distância mínima de 1.046 quilômetros da superfície do satélite natural.

Os dados coletados permitiram identificar vestígios de cloreto de sódio, cloreto de amônio e bicarbonato de sódio, além de aldeídos alifáticos (compostos orgânicos). Isso indicaria uma extensa troca entre água líquida e o manto rochoso em determinado momento da história da lua congelada de Júpiter.

O líquido contido no subsolo de Ganimedes pode ter emergido ocasionalmente à superfície, deixando vestígios de sua composição química. No entanto, a combinação de processos endógenos (atribuíveis à composição do líquido subterrâneo) e exógenos (devidos a alterações) complica o estudo da composição da superfície.

Dado que Ganimedes tem uma espessa crosta gelada, a composição da superfície observada hoje não é necessariamente representativa das camadas mais profundas. Novos indícios poderão chegar com as medições da sonda Juice, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançada em 14 de abril.

Da Ansa

No próximo sábado, 28, um eclipse lunar parcial poderá ser visto da parte da região mais a leste do País, que inclui parte de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí. de acordo com o Observatório Nacional que fará transmissão ao vivo do evento. Durante o fenômeno astronômico, uma pequena parte do nosso satélite natural é momentaneamente encoberta pela sombra da Terra.

"Temos dois tipos de sombra: a penumbra e a umbra. A primeira é uma sombra clara que ainda recebe luminosidade do Sol. Quando a Lua está completamente mergulhada nessa sombra ocorre o eclipse penumbral e não se percebe diferença no brilho da Lua. Já a umbra é a sombra escura que não tem mais nenhuma luminosidade do Sol. Quando a Lua vai entrando nesta sombra temos o eclipse parcial. Quando está totalmente mergulhada na umbra ocorre o eclipse total da Lua", explica Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional.

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A fração do diâmetro da Lua coberto pela umbra da Terra será de apenas 0,122, de acordo com ela.

Durante o evento astronômico, os Estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte também poderão observar o eclipse, mas em todos os locais a cobertura máxima será de 6% durante o nascimento da Lua, de acordo com o Observatório Nacional. Verifique aqui como será a visualização na sua região.

Nas demais localidades, o eclipse será penumbral, já que a Lua terá passado pela fase parcial antes de surgir no horizonte. Segundo Josina, do Observatório Nacional, em todos os eclipses parciais, o fenômeno passa primeiro pela fase penumbral, seguida da fase parcial e, por fim, a penumbral novamente.

"É importante lembrar que os eclipses da Lua ocorrem durante a Lua Cheia e que a Lua Cheia nasce quando o Sol se põe. Portanto, para observar este espetáculo, é recomendável procurar locais com boa visibilidade para o leste, já que a Lua nascerá com o eclipse em andamento."

No site Time and Date, o início está previsto às 16h38 (horário de Brasília), variando o término de acordo com cada localidade.

Diferentemente de um eclipse solar, como o registrado no dia 14 de outubro este ano, a boa notícia é que não é necessário tomar precauções especiais para observar o eclipse lunar. "Podemos olhar diretamente para a Lua e pelo tempo que quisermos", acrescenta a astrônoma.

Para quem deseja acompanhar o fenômeno de forma online, o Observatório Nacional reunirá astrônomos profissionais e amadores do projeto "O Céu em sua casa: observação remota" para transmitir ao vivo o eclipse parcial da Lua a partir das 15 horas de sábado.

Tipos de eclipses lunares:

Eclipse lunar penumbral: É o tipo mais sutil de eclipse lunar. Ocorre quando a Lua entra na sombra externa da Terra (penumbra). Ou seja, quando não se vê o disco de sombra da Terra sobre a Lua, mas sua luminosidade diminui um pouco porque o cone de sombra da Terra está próximo.

Eclipse lunar parcial: Quando a sombra da Terra encobre parcialmente o disco da Lua, de acordo com o movimento do nosso planeta e do seu satélite natural ao redor do Sol. Ou seja, apenas uma parte da Lua é atingida pela sombra da Terra.

Eclipse lunar total: Quando o disco da Lua é totalmente encoberto pela sombra da Terra. A parte mais escura da sombra da Terra - a umbra - cobre a Lua no meio do eclipse.

Eclipse lunar x eclipse solar:

Eclipse lunar: A Terra está alinhada entre a Lua e o Sol.

Eclipse solar: A Lua se coloca exatamente entre o Sol e a Terra.

Veja também os quatro tipos de eclipses solares:

Eclipse solar parcial: Apenas uma parte do sol é encoberta pela Lua.

Eclipse solar anular: A Lua cobre o centro do Sol, mas uma parte permanece visível, formando um anel.

Eclipse solar total: O Sol é totalmente encoberto pelo disco da Lua.

Eclipse solar híbrido: Em alguns pontos da Terra o eclipse é anular e em outros é total.

Um espetáculo poderá ser observado no céu neste sábado (21). A chuva de meteoros orionídeos que está em curso desde o dia 26 de setembro atingirá seu pico nesta noite, segundo a Agência Espacial Americana (Nasa). Considerada uma das mais belas chuvas de meteoro do ano, a Orionidas ocorre anualmente e tem o auge em outubro.

De acordo com a Nasa, durante o pico de atividade a chuva pode alcançar até 23 meteoros por hora observados em um céu sem luminosidade de luzes artificiais e da Lua. Além da luz dos meteoros em si, a queda deles gera um rastro brilhante, complementando o espetáculo. A chuva de meteoros poderá ser vista tanto no Hemisfério Norte quanto no Hemisfério Sul e a melhor visibilidade será à meia-noite.

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Para observar o fenômeno, além de ir para um local sem luminosidade, as pessoas que estão no Hemisfério Sul, que é o caso de quase a totalidade do Brasil, devem se deitar no chão com os pés voltados para o Nordeste. Quem estiver no Hemisfério Norte, deve se deitar com os pés na direção Sudeste. É necessário também que o céu esteja sem nuvens para facilitar a observação.

A velocidade dos meteoros pode alcançar até 66 quilômetros por segundo durante o fenômeno.

"Em menos de 30 minutos no escuro, seus olhos se adaptarão e você começará a ver meteoros. Seja paciente - o show vai durar até o amanhecer, então você terá bastante tempo para dar uma olhada", afirma a Nasa.

Os orionídeos são formados no rastro do cometa Halley. Quando a poeira liberada pelo cometa colide com a atmosfera da Terra, a partir da passagem do nosso planeta pela órbita do Halley, ocorre a chuva de meteoros. O cometa demora 76 anos para orbitar ao redor do Sol, a última vez que ele pôde ser observado na Terra foi em 1986.

A Mostra da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada esta semana em Brasília-DF, contou com a exposição de um projeto elaborado por alunos de uma escola no bairro da Várzea, no Recife. Os estudantes foram os únicos representantes a região Nordeste no evento. 

Os estudantes foram convidados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para participar da Mostra após o projeto vencer o Ciência Jovem 2022 pelo trabalho “O menor maior problema do mundo”, o qual levou o primeiro lugar na sua categoria. Dada a visibilidade e relevância da temática, o trabalho também foi apresentado no MOSTRATEC – Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, no Rio Grande do Sul. 

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A pesquisa investiga a presença de microplásticos na praia de Boa Viagem. Foram coletadas amostras com dispositivos desenvolvidos em sala, em que analisaram a incidência, os tipos e os tamanhos dos resíduos de microplásticos encontrados, além de delimitar as partes da praia onde os microplásticos aparecem com mais frequência. 

Com o tema Ciência Básica para o Desenvolvimento Sustentável, a Mostra da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia visa reunir trabalhos em pesquisa científica na Educação Básica no Brasil.

 

Uma mulher sueca de 50 anos, que perdeu a mão direita durante um acidente agrícola, ganhou uma mão biônica, que se conecta diretamente aos sistemas nervoso e esquelético dela. Ou seja, a prótese, classificada como mais funcional e confortável, se funde com seus ossos, nervos e músculos residuais.

Liderado pelo professor Max Ortiz Catalán, chefe de pesquisa de próteses neurais do Bionics Institute da Austrália e fundador do Centro de Pesquisa Biônica e Dor na Suécia, o estudo sobre a tecnologia considerada inovadora foi publicado no dia 11 de outubro deste ano na revista Science Robotics. Ele envolveu cientistas da Suécia, da Itália e da Austrália.

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A prótese foi implantada em dezembro de 2018 com interface humano-máquina na paciente que perdeu a mão direita em um acidente. O membro residual foi modificado cirurgicamente para melhor integração com a mão biônica que usa inteligência artificial (IA) para entender seus comandos.

"A integração a longo prazo de uma mão biônica nos sistemas nervoso e esquelético do usuário foi relatada como bem-sucedida pela primeira vez em um paciente com amputação abaixo do cotovelo", afirma o estudo.

Segundo o estudo, a operação da mão biônica na vida diária resultou em melhora da função protética, redução da pós-amputação e aumento da qualidade de vida.

"As sensações provocadas por estimulação neural direta foram consistentemente percebidas na mão fantasma durante todo o estudo. Até o momento, a paciente continua utilizando a prótese no dia a dia. A funcionalidade dos membros artificiais convencionais é prejudicada pelo desconforto e pelo controle limitado e não confiável. As interfaces neuromusculoesqueléticas podem superar esses obstáculos e fornecer os meios para o uso diário de uma prótese com controle neural confiável fixada no esqueleto", avalia a publicação.

Mudança de vida

Segundo o Bionics Institute, desde o acidente agrícola há mais de 20 anos, a vida de Karin sofreu uma reviravolta dramática. Uma lesão que causou uma dor insuportável no membro fantasma. "Parecia que eu estava constantemente com a mão em um moedor de carne, o que criava um alto nível de estresse e eu tinha que tomar altas doses de vários analgésicos", disse ela ao instituto.

Além da dor intratável, ela descobriu que as próteses convencionais eram desconfortáveis e pouco confiáveis e, portanto, de pouca ajuda na sua vida diária.

Segundo o instituto, tudo isso mudou quando ela recebeu tecnologia biônica inovadora que lhe permitiu usar confortavelmente uma prótese muito mais funcional durante todo o dia. A maior integração da mão protética e do membro residual de Karin também aliviou sua dor e mudou sua vida.

"Tenho melhor controle sobre minha prótese, mas acima de tudo, minhas dores diminuíram. Hoje preciso de muito menos remédios", afirmou ainda Karin.

Fusão de humano e máquina

De acordo com o Bionics Institute, pessoas com perda de membros muitas vezes rejeitam até mesmo as próteses sofisticadas disponíveis comercialmente por estas razões, o que significa uma fixação dolorosa e desconfortável com controlabilidade limitada e pouco confiável.

Desta forma, um grupo multidisciplinar de engenheiros e cirurgiões resolveu esses problemas desenvolvendo uma interface homem-máquina que permite que a prótese seja confortavelmente fixada ao esqueleto do usuário por meio de osseointegração, ao mesmo tempo que permite a conexão elétrica com o sistema nervoso por meio de eletrodos implantados nos nervos e músculos.

"Karin foi a primeira pessoa com uma amputação abaixo do cotovelo a receber este novo conceito de mão biônica altamente integrada que pode ser usada de forma independente e confiável na vida diária", disse o professor Catalán.

Segundo ele, o fato de ela ter sido capaz de usar sua prótese de maneira confortável e eficaz nas atividades diárias durante anos é um testemunho promissor das capacidades potenciais de mudança de vida desta nova tecnologia para indivíduos que enfrentam perda de membros.

"Os desafios neste nível de amputação são que os dois ossos (rádio e ulna) devem estar alinhados e carregados igualmente, e não há muito espaço disponível para componentes implantados e protéticos", explicou ele.

A equipe de investigação conseguiu, no entanto, desenvolver um implante neuromusculoesquelético adequado que permite ligar o sistema de controle biológico do utilizador (o sistema nervoso) ao sistema de controle eletrônico da prótese.

Uma abordagem que, segundo o professor Catalán, traz benefícios para quem tem dor em membro fantasma. "Nossa abordagem cirúrgica e de engenharia integrada também explica a redução da dor, já que Karin agora está usando os mesmos recursos neurais para controlar a prótese que usou para sua mão biológica perdida."

Prótese por meio da osseointegração

Uma característica fundamental da nova tecnologia biônica é a fixação esquelética da prótese por meio de osseointegração. De acordo com o instituto, processo pelo qual o tecido ósseo envolve o titânio criando uma forte conexão mecânica.

Rickard Braanemark, professor associado da Universidade de Gotemburgo e CEO da Integrum, liderou a cirurgia. Ele trabalha com osseointegração para próteses de membros desde que foram usadas pela primeira vez em humanos.

"A integração biológica dos implantes de titânio no tecido ósseo cria oportunidades para avançar ainda mais no tratamento dos amputados. Ao combinar a osseointegração com cirurgia reconstrutiva, eletrodos implantados e inteligência artificial, podemos restaurar a função humana de uma forma sem precedentes. O nível de amputação abaixo do cotovelo apresenta desafios específicos, e o nível de funcionalidade alcançado representa um marco importante para o campo das reconstruções avançadas de extremidades como um todo", afirmou Braanemark.

Os nervos e músculos do membro residual foram reorganizados para fornecer mais informações de controle motor à prótese.

"Dependendo das condições clínicas, podemos oferecer a melhor solução para nossos pacientes que ora é biológica com um transplante de mão, ora é instituto com prótese neuromusculoesquelética. Estamos melhorando continuamente em ambos", avalia o dr Paolo Sassu, que conduziu esta parte da cirurgia, que ocorreu no Hospital Universitário Sahlgrenska, na Suécia.

A mão robótica, chamada Mia Hand, foi desenvolvida pela Prensilia, empresa com longa experiência em pesquisa e desenvolvimento de dispositivos robóticos e biomédicos inovadores, e possui componentes motores e sensoriais exclusivos que permitem ao usuário realizar 80% das atividades da vida diária.

"A aceitação da prótese é fundamental para o seu uso bem-sucedido", afirma o dr Francesco Clemente, diretor-geral da Prensilia.

"Além do desempenho técnico, a Prensilia lutou para desenvolver uma mão que pudesse ser totalmente personalizável esteticamente. Mia Hand nasceu para ser mostrada e não escondida. Queríamos que os usuários tivessem orgulho do que são, em vez de vergonha do que foi perdido", finalizou Clemente.

Nessa quarta-feira (18), a Prefeitura do Recife inaugurou o Laboratório de Inovação do Embarque digital. O espaço é uma parceria com o Porto Digital.

A ação é um complemento do programa Embarque Digital, o qual é direcionado para estudantes da rede pública de ensino em situação de vulnerabilidade social. No projeto, são ofertadas as graduações de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas para Internet, totalmente custeadas pela gestão municipal.

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“Lembro que o Embarque Digital consiste em 2 mil bolsas para jovens de escolas públicas, 100% pago pela Prefeitura do Recife. Uma formação de nível superior de dois anos e meio. Um dado importante é que 88% dos alunos têm renda familiar de até três salários mínimos. E o primeiro salário que o estudante vai receber depois de formado deve ser maior do que esse valor. Então a renda média da família poderá ser mais do que duplicada”, declarou João Campos.

O espaço, localizado no edíficio sede do Porto Digital, funciona nos três turnos e possui infraestrutura completa, com internet, 68 computadores e estações de trabalho, sala para squads e individuais, integração com as empresas, equipamento multimídia e suporte para transmissão streaming de áudio e vídeo, espaço coworking, sala de reunião e copa.

Cientistas brasileiros conseguiram registrar pela primeira vez na América Latina o "canto" de uma serpente. Eles fizeram um vídeo que mostra a vocalização emitida por uma cobra conhecida como papa-lesma ou dormideira (Dipsas catesbyi), nativa do continente. O trabalho, assinado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foi publicado na semana passada na Acta Amazônia, revista científica do instituto.

O registro foi feito por acaso, durante uma trilha noturna na Amazônia em busca de sapos e serpentes. Os cientistas tentavam registrar em vídeo o hábito da cobra, que não é venenosa, de esconder a cabeça sob o corpo.

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'GRITO'

Os pesquisadores estavam filmando um exemplar do sexo masculino quando foram surpreendidos pela emissão do que chamaram de "grito". O vídeo foi divulgado nas páginas do Projeto Suaçuboia, criado por pesquisadores envolvidos no estudo, e do Inpa.

"O canto teve duração de 0,06 segundo, atingindo 3036 Hz em sua frequência de pico com nota modulada, emitida por meio da exalação de ar pela laringe", escreveram os pesquisadores no artigo científico. "Nossa hipótese é que emissões vocais estruturadas como esta são uma reação a uma tentativa de predação e podem ser uma característica compartilhada por outras espécies de Dipsadidae e outras serpentes."

LAGARTOS. Os especialistas acreditam que a vocalização seja um resquício evolutivo dos lagartos - grupo mais próximo ao da serpente e que possui um repertório vocal bem conhecido e variado.

Embora esta tenha sido a primeira vez que cientistas registram um som emitido por uma cobra na América Latina, já existem registros de vocalizações de outras espécies de serpentes em diferentes partes do mundo, como América do Norte e Ásia.

REVOLUÇÃO NA HERPETOLOGIA

Segundo comunicado do Inpa, "a descoberta tem potencial para revolucionar a herpetologia na região, ao mesmo tempo em que destaca a importância da conservação dessas espécies."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No sábado (14), o dia vai virar noite em parte do Brasil, em função do Grande Eclipse das Américas. A Lua vai encobrir o Sol, e de todo o País será possível ver esse fenômeno - na maioria do território, porém, de forma parcial.

Nove Estados do Norte e do Nordeste poderão ver o eclipse em seu modo anular, que será o mais completo. O eclipse anular acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, cobrindo a maior parte do disco solar e deixando apenas um "anel de fogo" brilhante ao redor da borda.

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Segundo o Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o eclipse deve começar por volta das 15 horas (de Brasília).

Em parceria com entidades estrangeiras, o Observatório vai transmitir o fenômeno pelo YouTube durante toda sua ocorrência, mesmo em outros países, a partir das 11h30.

A anularidade (formação de um "anel de fogo" ao redor da Lua) será visível em dez países: Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia e Brasil.

Em outras partes das Américas - do Alasca à Argentina - será possível ver um eclipse parcial. Daí o fenômeno ter ganho, nesta ocasião, referência às Américas em seu nome.

Na costa oeste dos Estados Unidos, o eclipse vai começar às 11h30. Como será amanhecer lá, o Sol ainda vai estar abaixo do horizonte. Depois, o eclipse vai seguir pela América Central e Colômbia.

Deve chegar ao Brasil por volta das 15 horas e seguirá até o pôr-do-sol, por volta das 18 horas (de Brasília).

A faixa de anularidade vai passar por nove Estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Só duas capitais poderão ver a anularidade: Natal (Rio Grande do Norte), onde o auge do eclipse deve ser às 15h45, e João Pessoa (Paraíba), onde o auge vai acontecer um minuto depois, às 15h46.

As primeiras cidades brasileiras a ver o eclipse anular em seu auge ficam no Amazonas - em Tefé, por exemplo, o auge será às 15h11. Essas previsões são da Nasa, a agência espacial norte-americana.

Em todo o restante do Brasil será possível ver um eclipse parcial. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o eclipse deve começar às 15h40, terá seu auge às 16h49 e vai terminar às 17h50.

Nas demais cidades paulistas, a diferença de horários deve ser de apenas alguns segundos.

Para saber se o eclipse será visível na sua região, é possível acessar o seguinte endereço na internet: https://www.timeanddate.com/eclipse/solar/2023-october-14

Nesse site é possível ver no mapa a trajetória do eclipse, incluindo a faixa de anularidade e a região da parcialidade, ou seja, os locais onde o eclipse será apenas parcial.

A transmissão do Observatório Nacional, numa iniciativa que envolve diversas instituições brasileiras e uma parceria internacional com o Time and Date, organização internacional que fornece serviços relacionados ao tempo, clima, fenômenos astronômicos e fusos horários, vai acontecer pelo seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y

O eclipse anular ocorre quando a Lua está em seu apogeu (o ponto mais distante da Terra, em sua órbita). Nesse período, a Lua parece menor do que o Sol no céu. O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível no Brasil. O próximo eclipse deste tipo será em 2 de outubro de 2024.

Como observar

Não se deve olhar diretamente para o Sol em hipótese nenhuma, nem mesmo com o uso de películas de raio-x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição ao Sol, mesmo durante poucos segundos, danifica a retina de modo irreversível.

Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: direta ou indiretamente. A observação direta é aquela feita sem o uso de projeções, e pode ser feita com algum instrumento especialmente adaptado para esse fim. O ideal é que se use filtros para a observação, e é importante o uso de filtros adequados.

A melhor opção é o filtro de soldador número 14 ou maior (verifique se o modelo tem o certificado de qualidade ISO 12312-2). Mesmo assim, a observação não deve se estender por mais do que alguns segundos.

Observar o Sol com algum instrumento óptico, como binóculo ou telescópio, só é permitido sob orientação de astrônomos experientes e que saberão os filtros corretos a serem usados. Para a observação, não use nenhum instrumento que não tenha sido preparado por profissionais.

Já a observação indireta é aquela feita através de uma projeção, sem o auxílio de qualquer instrumento óptico.

Nesta quinta-feira, 12, a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) se prepara para lançar uma espaçonave para estudar um asteroide rico em metal, chamado 16 Psyche. "A sonda Psyche viajará cerca de 3,5 bilhões de quilômetros para estudar esse asteroide que tem o mesmo nome da missão", afirma a agência espacial.

A decolagem está prevista para as 11h16, pelo horário de Brasília, em um foguete SpaceX Falcon Heavy do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy da agência, na Flórida, nos Estados Unidos. Na página do Youtube que está no final da matéria, você pode acompanhar a transmissão ao vivo.

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"O asteroide, que fica na porção externa do principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, pode fazer parte do núcleo de um planetesimal (um bloco de construção de um planeta)", afirma a Nasa. Segundo a agência, o corpo celeste rochoso pode apresentar ainda mais informações sobre os núcleos planetários e a própria formação da Terra.

"As descobertas podem ser algo completamente fora do nosso controle", disse Lindy Elkins-Tanton, investigadora principal da missão.

Cientistas da Nasa estimam que o interior do asteroide pode ser metálico, assim como o centro da Terra e outros planetas rochosos do sistema solar.

Por sua vez, o engenheiro-chefe de operações da Psique, David Oh, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, lembrou que a espaçonave fará uma viagem de 3,5 bilhões de quilômetros em curso de quase 6 anos, com chegada ao satélite prevista para agosto de 2029.

"Uma vez atraída pela força gravitacional do asteroide, a nave espaço Psyche permanecerá orbitando o corpo por cerca de 26 meses celestiais para tirar fotografias, traçar sua superfície e coletar dados para determinar a composição de Psyche, que tem aproximadamente 280 quilômetros de largura", afirma Oh.

"A espaçonave também está hospedando uma demonstração de tecnologia, Deep Space Optical Communications (DSOC) da Nasa, que será o primeiro teste de comunicações a laser além da Lua.

Toda a plataforma em que a espaçonave viajará, que tem 24,8 metros e painéis solares, chegará ao planeta Marte em maio de 2026 para usar seu impulso de gravidade e continuar sua jornada em direção ao asteroide. (Com agências internacionais).

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Árvore comum em muitos quintais brasileiros, cujos frutos são largamente utilizados na culinária e indústria cosmética, a pitangueira foi tema de pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que teve como resultado a criação de três medicamentos – um gel, um creme e um comprimido – destinados ao tratamento da candidíase vaginal.

Causada pelo fungo Candida, a infecção pode causar inflamação e coceira intensa, acometendo três em cada quatro mulheres, pelo menos, uma vez ao longo da vida. Muitas, no entanto, poderão sofrer mais de uma vez com o problema. Além de combater o fungo, os medicamentos desenvolvidos na UFPE ainda aliviam as inflamações e dores causadas pela infecção.

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Intitulado “Desenvolvimento tecnológico de formas farmacêuticas contendo derivados padronizados das folhas de Eugenia uniflora Linn (Myrtaceae) - Pitangueira”, o estudo foi coordenado pelo professor Luiz Alberto Lira Soares, do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFPE.

“O destaque dessa pesquisa foi a criação de produtos simples e seguros, feitos a partir de nossa biodiversidade e empregando recursos renováveis”, avalia o docente, que também coordena o Núcleo de Desenvolvimento Analítico e Tecnológico de Fitoterápicos (Nudatef), local onde foram realizados os trabalhos.

Conforme explica Luiz Soares, o tratamento habitual para a candidíase vaginal utiliza insumos farmacêuticos ativos (IFAs) sintéticos de uso oral ou tópico. Tais formulações, no entanto, têm desvantagens em seu uso que podem levar a uma baixa adesão ao tratamento, comprometendo assim sua eficácia. Além disso, a prescrição indiscriminada tem favorecido o surgimento de cepas multirresistentes.

“As dificuldades em tratar as pessoas acometidas com infecções fúngicas representam, além de um problema de saúde pública, um problema econômico que está levando a comunidade científica a buscar novos IFAs de amplo espectro, que apresentem menor toxicidade e baixa ocorrência de efeitos adversos”, afirma o docente.

Dentro desse cenário, os pesquisadores utilizaram as folhas da pitangueira como fonte para obtenção do princípio ativo dos medicamentos. O princípio ativo é a substância responsável pela ação terapêutica de um medicamento. Ele foi extraído a partir do uso de métodos físicos, como moagem, secagem e extração com alto cisalhamento. Como resultado final, os pesquisadores obtiveram o medicamento nas formas de creme, gel e comprimido. Cada um deles passou por testes para verificar a capacidade de impedir o crescimento dos fungos e a estabilidade (capacidade do medicamento de manter suas características durante longos períodos de armazenamento), bem como segurança e eficácia.

A pesquisa foi possível graças ao apoio do Ministério da Saúde e do CNPq, a partir da Chamada Pública CNPq/MS/SCTIE/Decit n.º 19/2018 - Fitoterápicos, que incentivou ideias que impulsionassem a ciência e a inovação no Brasil com o objetivo de desenvolver fitoterápicos que pudessem ser incluídos no SUS. Além do desenvolvimento dos três medicamentos a partir das folhas da pitangueira, o estudo desenvolvido na UFPE resultou ainda na orientação, via iniciação científica, de alunos do Ensino Médio e da graduação e pós-graduação da UFPE; na publicação de oito artigos científicos (três em revista A1, dois em revista A4, um em revista B2 e um em revista B3); além da apresentação de 12 trabalhos em congressos nacionais e internacionais.

Os pesquisadores gravaram um vídeo no qual detalham o estudo e todo o processo para obtenção dos medicamentos.

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Da assessoria da UFPE

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