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Vestígios de sais minerais e compostos orgânicos foram encontrados em Ganimedes, a maior lua de Júpiter e de todo o sistema solar.

Os elementos foram identificados pelo espectrômetro Jiram, construído na Itália e instalado na sonda Juno, da Nasa, que orbita o gigante gasoso desde 2016.

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A descoberta foi publicada na revista Nature Astronomy por uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (Inaf) e diz respeito a um dos corpos celestes que geram mais interesse nos cientistas por conter um oceano de água líquida sob sua superfície de gelo.

"Esse tipo de análise não era possível com dados infravermelhos anteriores detectados remotamente pela missão espacial Galileu, pelo Telescópio Espacial Hubble e pelo Very Large Telescope", observa Federico Tosi, autor principal do artigo e pesquisador do Inaf em Roma.

Espectrômetros são instrumentos utilizados para medir as propriedades da luz e conseguem identificar quando as ondas eletromagnéticas atravessaram determinado elemento químico. O Jiram, construído pela empresa italiana Leonardo, fornece dados em infravermelho com a melhor resolução espacial já obtida até agora, de menos de um quilômetro por pixel.

As imagens e espectros da superfície de Ganimedes foram obtidos em 7 de junho de 2021, imediatamente após o sobrevoo que levou a sonda Juno a uma distância mínima de 1.046 quilômetros da superfície do satélite natural.

Os dados coletados permitiram identificar vestígios de cloreto de sódio, cloreto de amônio e bicarbonato de sódio, além de aldeídos alifáticos (compostos orgânicos). Isso indicaria uma extensa troca entre água líquida e o manto rochoso em determinado momento da história da lua congelada de Júpiter.

O líquido contido no subsolo de Ganimedes pode ter emergido ocasionalmente à superfície, deixando vestígios de sua composição química. No entanto, a combinação de processos endógenos (atribuíveis à composição do líquido subterrâneo) e exógenos (devidos a alterações) complica o estudo da composição da superfície.

Dado que Ganimedes tem uma espessa crosta gelada, a composição da superfície observada hoje não é necessariamente representativa das camadas mais profundas. Novos indícios poderão chegar com as medições da sonda Juice, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançada em 14 de abril.

Da Ansa

O astrônomo amador japonês Tadao Ohsugi conseguiu flagrar uma explosão misteriosa na atmosfera de Júpiter. Ele pediu ajuda ao cientista Ko Arimatsu, da Universidade de Kyoto, para descobrir as causas do fenômeno avistado. Arimatsu, que coordena uma rede de astrônomos amadores, logo conseguiu outros seis relatos do mesmo flash registrado em 28 de agosto por Ohsugi.

Segundo análises iniciais, o flash registrado por Ohsugi foi fruto de um impacto violento - comparável ao chamado evento de tunguska, em 1908, na Sibéria, quando um asteroide que se chocou com a Terra destruiu 800 quilômetros da floresta.

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Arimatsu afirmou que o evento flagrado por Ohsugi foi o segundo clarão mais brilhante observado em Júpiter na última década, perdendo apenas para um episódio relatado em 2021, cuja energia estimada teria sido equivalente a de dois megatons de TNT.

Investigar esses eventos ajuda a compreender como a química e a temperatura de Júpiter respondem aos impactos. Colisões semelhantes podem ter sido importantes para dar origem a outros planetas do nosso Sistema Solar.

Os astrônomos se concentram em Júpiter devido ao seu tamanho, que facilita a visão e torna o planeta mais propenso a sofrer o impacto de detritos cósmicos. Por isso mesmo também, Júpiter é um alvo recorrente dos astrônomos amadores. Desde 2010 já foram registrados nove relatos.

Caracterizar estes flashes é uma forma crucial de compreender a história do nosso Sistema Dolar. Eles oferecem "um vislumbre dos processos violentos que ocorreram nos primeiros dias do nosso Sistema Solar", disse ao jornal The New York Times Leigh Fletcher, cientista planetário da Universidade de Leicester, na Inglaterra. É como "ver a evolução planetária em ação", acrescentou.

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A sonda espacial JUICE está pronta para embarcar em uma viagem de oito anos nesta quinta-feira (13) com direção à Júpiter, o planeta gigante do Sistema Solar, e suas luas geladas, em busca de condições propícias à vida extraterrestre.

A sonda Jupiter Icy Moons Explorer (JUICE) é a missão estelar da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e será lançada ao espaço a bordo de um foguete Ariane 5, da Guiana Francesa.

Com cerca de 6,2 toneladas, a sonda levará 10 instrumentos científicos ao espaço.

Após subir a 1.500 km de altura, será impulsionada para sua jornada a Júpiter, informou Véronique Loisel, chefe do projeto Arianespace, em uma coletiva de imprensa.

Sua chegada à órbita do planeta está prevista para 2031, a uma distância de 628 milhões de quilômetros da Terra.

No entanto, a viagem será longa e sinuosa, à medida que a sonda não tem energia suficiente para chegar à Júpiter em uma trajetória direta.

A JUICE então passará de planeta em planeta, usando suas respectivas forças de gravidade para se impulsionar para frente, como uma catapulta.

O primeiro destino é a Lua, depois Vênus (2025), posteriormente a Terra novamente (2029), que a ajudará a dar o empurrão final para Júpiter e seus satélites naturais, descobertos por Galileu Galilei há 400 anos.

Ao passar por Vênus, a sonda enfrentará temperaturas de 250ºC e quando chegar a Júpiter, de -230ºC, "uma diferença enorme", alerta Carole Larigauderie, do Centro Nacional Francês de Estudos Espaciais (CNES).

Para suportar esta diferença de temperaturas, o objeto espacial é coberto de várias camadas de material isolante.

- "Um sistema solar em miniatura" -

Outro desafio da sonda será manter sua reserva energética em potência máxima, à medida que a luz solar no espaço é 25 vezes menor do que a recebida na Terra. Para isso, foram construídos 85 m2 de painéis solares em sua estrutura.

Após uma parada perigosa, ela entrará na órbita de Júpiter para começar sua missão científica: inspecionar o planeta gigante e seus principais satélites, Io, Europa, Ganímedes e Calisto.

"É um sistema solar em miniatura cujo estudo nos permitirá entender melhor como o nosso próprio Sistema Solar foi formado", explica Olivier Witasse, gerente do projeto na Agência Espacial Europeia.

A sonda utilizará dados meteorológicos, estudará campos magnéticos e examinará a conexão entre as diferentes luas para detectar ambientes favoráveis ao surgimento de outras formas de vida.

Sua atenção maior será sobre Ganímedes, a maior lua do Sistema Solar, a única que possui um campo magnético que a protege da radiação e uma forte candidata, junto com Europa, à busca por condições ideias de vida. A JUICE deve chegar à sua órbita em 2034.

No entanto, "isso não significa que vamos encontrar vida, mas que queremos saber se é possível", diz Francis Rocard, planetólogo do CNES, acrescentando que os especialistas ainda não sabem identificar como poderia ser este sinal de vida.

Ambas as luas estão cobertas por uma espessa camada de gelo, e embaixo dele existem vastos oceanos de água líquida, a principal condição para o surgimento da vida.

Os dados serão combinados por aqueles coletados pela sonda Europa Clipper da NASA, que viajará ao satélite Europa em 2024.

JUICE é a primeira missão europeia a se aventurar na região externa do Sistema Solar, depois de Marte.

Ao todo, a missão custou cerca de US$ 1,75 bilhão de dólares (em torno de R$ 9 bilhões).

Cientistas anunciaram a descoberta de mais 12 luas orbitando em torno de Júpiter. Com isso, o gigante gasoso passa a contar com 92 satélites registrados, desbancando Saturno, que possui 83 satélites, do posto de planeta do sistema solar com maior número de luas. 

As novas luas de Júpiter foram adicionadas a uma lista do Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional, de acordo com Scott Sheppard, astrônomo da Carnegie Institution, que participou da pesquisa. “Espero que possamos obter imagens de uma dessas luas externas de perto em um futuro próximo para determinar melhor suas origens”, disse o cientista à Associated Press.

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As novas luas do maior planeta do sistema solar foram descobertas por meio de observações em 2021 e 2022 de telescópios no Havaí e no Chile. Suas órbitas foram confirmadas graças a observações de acompanhamento.

Segundo os cientistas, as novas luas têm entre 1 e 3 quilômetros. Em abril, a Agência Espacial Europeia enviará uma sonda espacial a Júpiter para estudar o planeta e algumas de suas luas maiores. No ano que vem, a NASA iniciará missão a Europa Clipper para estudar a lua Europa de Júpiter, que poderia abrigar um oceano sob sua crosta congelada. 

Amanhã à noite, quem gosta de observar os céus poderá ver Júpiter mais de perto. O planeta atingirá seu ponto de oposição, que ocorre quando um corpo celeste surge no leste enquanto o Sol se põe no oeste, o que coloca o objeto astronômico e o Sol em lados opostos da Terra. A oposição de Júpiter ocorre a cada 13 meses e faz com que o planeta pareça maior e mais brilhante do que em qualquer outra época do ano. Mas, na semana que vem, além da posição de oposição, o planeta também estará no ponto mais perto da Terra nos últimos 59 anos.

Isso acontece porque, como a Terra e Júpiter não orbitam o Sol em círculos perfeitos, eles passam um pelo outro com distâncias diferentes ao longo do ano. A coincidência desses dois fatores é algo raro, o que deve tornar a vista mais impressionante. O planeta estará a aproximadamente 590 milhões de km de distância da Terra. Em seu ponto mais distante da Terra, esse espaço é de aproximadamente 965 milhões de km de distância. "Com bons binóculos, as faixas centrais e três ou quatro dos satélites galileanos (luas) devem estar visíveis", diz Adam Kobelski, astrofísico da Nasa.

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Ele recomenda o uso de um telescópio maior para ver a Grande Mancha Vermelha e as bandas de Júpiter com mais detalhes; um equipamento de quatro polegadas ou maior. De acordo com o astrofísico, o local ideal para tentar avistar o planeta será de altitude elevada e em área sem muita luminosidade artificial, além de clima mais seco.

A boa visibilidade deve durar alguns dias antes e alguns dias depois do dia 26 e, fora a Lua, Júpiter deve ser um dos corpos celestes mais brilhantes no céu noturno. O planeta tem 53 luas conhecidas e nomeadas, mas os cientistas acreditam que 79 tenham sido detectadas no total. As quatro maiores, Io, Europa, Ganimedes e Calisto, são chamadas de satélites galileanos, em referência a Galileu Galilei.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Imagens impressionantes do planeta Júpiter, mostrando duas pequenas luas, anéis escuros e auroras nos polos norte e sul, foram tiradas pelo Telescópio Espacial James Webb da Nasa, informou a agência espacial dos Estados Unidos.

"Para ser honesto, não esperávamos que isso ficaria tão bom", comentou o astrônomo Imke de Pater, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, em um comunicado datado de segunda-feira.

"É realmente notável que possamos ver detalhes sobre Júpiter junto com seus anéis, seus minúsculos satélites e até galáxias, em uma única imagem", afirmou.

De Pater liderou as observações de Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar, juntamente com Thierry Fouchet do Observatório de Paris.

As imagens foram tiradas com a câmera de infravermelho próximo (NIRCam) do observatório e coloridas artificialmente, já que a luz infravermelha não é visível ao olho humano.

As auroras sobre os polos norte e sul de Júpiter aparecem em cores mais vermelhas, enquanto a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade maior que a Terra, aparece em branco. Uma imagem mostra os anéis escuros de Júpiter e suas luas Amalthea e Adrasthea.

Lançado em dezembro de 2021 da Guiana Francesa em um foguete Ariane 5, o Telescópio Espacial James Webb está orbitando o Sol a uma distância de 1,6 milhão de quilômetros da Terra, em uma região do espaço chamada segundo ponto de Lagrange.

Demorou quase um mês para o telescópio chegar à região, onde permanece em uma posição fixa atrás da Terra e do Sol para ter uma visão clara do cosmos.

O Telescópio Webb é uma colaboração internacional entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA), envolvendo mais de 10.000 pessoas.

A Nasa anunciou nesta sexta-feira (23) a seleção da SpaceX para lançar uma viagem planejada à lua gelada de Júpiter, Europa, uma grande vitória para a empresa do magnata Elon Musk, que vislumbra cada vez mais a exploração do sistema solar.

A missão Europa Clipper será lançada em outubro de 2024 em um foguete Falcon Heavy, a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com um contrato total de 178 milhões de dólares.

A missão deveria decolar em um foguete da própria Nasa, o Space Launch System (SLS), que foi afetado por atrasos e custos excessivos. Ele foi chamado por críticos de "programa de empregos" para o estado do Alabama, onde ocorre grande parte do trabalho de desenvolvimento.

Enquanto o SLS ainda não está operacional, o Falcon Heavy já foi implantado tanto em missões comerciais quanto governamentais desde seu voo inaugural em 2018, quando levou ao espaço um carro Tesla Roadster, da companhia de Musk.

O Falcon produz mais de cinco milhões de libras de empuxo (22 milhões de Newtons) na decolagem, o equivalente a aproximadamente 18 aviões Boeing 747.

O orbitador Europa clipper passará cerca de 40 a 50 vezes bem próximo à Europa para determinar se a lua gelada pode abrigar condições adequadas para a vida.

Ele carregará câmeras e espectrômetros para produzir imagens de alta resolução e mapas composicionais da superfície e da atmosfera, assim como um radar para penetrar na camada de gelo em busca de água líquida.

Nesta semana, a sonda espacial Juno detectou novos formatos de auroras boreais em Júpiter. A descoberta foi possível com o auxílo de um espectrógrafo ultravioleta implentado na nave. A ferramenta é usada para dispersar luz e identificar objetos com mais clareza. Os especialistas da empresa Southwest Research Institute (SwRI), responsáveis pelo projeto, afirmam que as partículas oriundas do Sol entraram em contato com a magnetosfera do planeta e, assim, formaram as auroras.

Apesar dos inúmeros estudos sobre a superfície dos planetas e os ventos solares, ainda não foi descoberto ao certo quais outros fenômenos e consequências este contato no espaço-tempo gera. A princípio, entende-se que as partículas remanescentes do Sol entram em contato com o campo magnético de cada planeta e formam a aurora boreal. A magnetosfera de Júpiter é o maior campo de concentração do sistema solar: se estende por 5 milhões de quilômetros, cerca de 150 vezes o tamanho do próprio planeta.

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De acordo com o cientista sênior e especialista em astronomia Thomas Greathouse, a dinâmica deste fenômeno é controlada pela rotação do planeta, a mais rápida do sistema solar, que leva cerca de dez horas para dar uma volta completa em volta do próprio eixo. Por conta disto, foi identificado que as auroras boreais são uma espécie de emissão ultravioleta em expansão circular. A maior delas apresentou cerca de 2 mil quilômetros de diâmetro, sendo que a velocidade de propagação variou entre 3,3 e 7,7 km/s.

Por conta da localização das auroras em alta latitude, entende-se que as partículas de prótons e elétrons provenientes do Sol e da magnetosfera de Júpiter causam instabilidades de Kelvin-Helmholtz, eventos recorrentes quando há diferença na velocidade entre os dois. O evento, pouco conhecido, ganhará mais evidências com a ampliação da missão da Nasa nos próximos quatro anos.

Nesta segunda-feira (21), ocorre um dos fenômenos astronômicos mais esperados de 2020: a conjunção entre Júpiter e Saturno, também conhecida como "Estrela de Belém".

A conjunção astronômica é um evento relativamente comum e ocorre quando dois astros ficam em alinhamento com a Terra. Quando se fala nesses dois planetas, que são os que têm o movimento mais lento ao redor do Sol, isso acontece a cada 19,6 anos. No entanto, a "Grande Conjunção" desse ano será especial porque eles estarão a apenas 0,1 grau de distância no céu, dando uma sensação de serem um astro único.

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A última vez que isso ocorreu foi em março de 1623, porém, o encontro foi tão próximo do Sol que não pôde ser visto da Terra.

Daqui, a última visão do fenômeno ocorreu em 1226. Segundo os astrônomos, levará mais 60 anos para que o evento se repita e seja visível.

No Brasil, será possível observar a "Grande Conjunção" no início da noite, após às 18h, no caso de céu limpo, em evento que deve durar cerca de uma hora. Será preciso olhar para direção oeste, logo após o pôr do sol. E, quanto mais próximo se estiver da Linha do Equador, mais fácil será de ver o fenômeno. 

Da Ansa

Um fenômeno astronômico que não acontece desde a Idade Média poderá ser observado no dia 21 de dezembro, logo após o pôr do Sol: a proximidade entre Júpiter e Saturno fará com que esses dois corpos celestes pareçam um planeta duplo.

A proximidade entre os dois planetas já está ocorrendo e, entre os dias 16 e 25 de dezembro, a percepção será de que eles estarão separados por menos do que um diâmetro de lua cheia. “Na noite de maior aproximação, em 21 de dezembro, eles se parecerão com um planeta duplo, separados por apenas um quinto do diâmetro da lua cheia”, explica o astrônomo da Rice University, Patrick Hartigan.

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Embora as melhores condições de visualização sejam próximas ao Equador, o fenômeno poderá ser observado em qualquer lugar da Terra, se o clima permitir. Hartigan explica que a dupla planetária aparecerá baixo no céu ocidental por cerca de uma hora após o pôr do sol todas as noites. “Para a maioria dos observadores do telescópio, cada planeta e várias de suas maiores luas estarão visíveis no mesmo campo de naquela noite”, acrescentou.

Segundo o astrônomo, alinhamentos entre esses dois planetas são bastante raros, ocorrendo uma vez a cada 20 anos ou mais. “No entanto, esta conjunção é excepcionalmente rara por causa da maior proximidade entre eles. Você teria que voltar até um pouco antes do amanhecer de 4 de março de 1226 para observar um alinhamento mais próximo entre esses objetos visíveis no céu noturno”, complementou.

A próxima vez que esse vento ocorrerá será no dia 15 de março de 2080. Depois, só depois do ano 2400.

*Com informações da Rice University

Um espetáculo no céu é aguardado pelos amantes da astronomia na manhã deste domingo (19). A expectativa é porque, mesmo sem telescópio, cinco planetas poderão ser vistos um pouco antes do nascer do Sol.

Para enxergá-los, é preciso estar em um local com uma visão ampla e limpa do céu, pois os planetas vão surgir na linha do horizonte, em lados opostos. O primeiro a dar as caras será Mercúrio, que dificilmente é visto da Terra, e ficará do lado do Sol.

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Já Vênus, Marte, Júpiter e Saturno vão aparecer na direção do pôr do Sol. É importante ficar atento aos horários que o Sol nasce nas diferentes regiões do país. No Nordeste, o raiar ocorre por volta das 5h10, às 6h30 no Sudeste e aproximadamente às 7h no Sul.

A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) divulgou em seu site nova imagem de Júpiter, o maior planeta do sistema solar e quinto mais próximo do sol, depois de Marte e antes de Saturno.

A foto foi feita no final de junho pelo telescópio espacial Hubble - satélite artificial lançado pela Nasa na década de 1990.

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A imagem permite visão da mancha de cor vermelha, em tom alaranjado, e das nuvens de gelo e amônia que circulam Júpiter. O planeta estava a mais de 640 milhões de quilômetros da Terra. Pesquisadores da Nasa também observam a ocorrência de ciclones no astro.

Doze novas luas foram descobertas orbitando o planeta Júpiter, aumentando para 79 o total que circula o gigante gasoso. É a maior quantidade de luas em volta de um planeta em todo o nosso Sistema Solar. Saturno, o segundo colocado, tem 61.

O achado, anunciado na manhã desta terça-feira, 17, foi feito por astrônomos da Carnegie Institution for Science quando eles procuravam por objetos mais distantes no Sistema Solar, além de Plutão, que pudessem ser um planeta sólido.

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"Calhou de Júpiter estar na área do céu onde estavam os nossos campos de pesquisa por objetos extremamente distantes e pudemos acidentalmente procurar por novas luas", contou Scott Sheppard, líder da equipe, em comunicado distribuído à imprensa.

Uma das novas luas também chamou a atenção por ter uma órbita que os pesquisadores chamaram de "excêntrica", por desempenhar um movimento diferente de todas as outras luas já observadas ao redor do planeta.

Mais distante e inclinada, leva cerca de 1 ano e meio para orbitar Júpiter e o faz na mesma direção da rotação do planeta, "atravessando" o caminho de um grupo de luas mais exteriores que têm órbita retrógrada - ou oposta da rotação de Júpiter. "É também a menor lua conhecida de Júpiter, com menos de um quilômetro de diâmetro", disse Sheppard.

Nessa situação instável, colisões frontais são muito mais prováveis de ocorrer.

Nove das novas luas fazem parte desse grupo externo mais distante. Elas levam cerca de dois anos para orbitar Júpiter.

Duas das novas descobertas fazem parte de um grupo íntimo de luas que orbitam na mesma direção que a rotação do planeta. Todas essas luas internas têm distâncias orbitais e ângulos de inclinação semelhantes em torno de Júpiter. Elas levam pouco menos de um ano para viajar em torno de Júpiter.

A atmosfera tempestuosa e gasosa de Júpiter se estende por cerca de 3.000 quilômetros de profundidade e compreende um centésimo da massa do planeta, revelaram nesta quarta-feira (7) estudos com base em observações da nave espacial Juno da Nasa.

As medidas lançam luz pela primeira vez sobre o que acontece sob a superfície do maior planeta do Sistema Solar, que à distância se assemelha a um mármore de vidro colorido e listrado.

"Galileu viu as listras em Júpiter há mais de 400 anos. Até agora, nós só tínhamos uma compreensão superficial delas", disse Yohai Kaspi, do Instituto Weizmann de Ciência em Israel, autor de um dos quatro estudos publicados na Nature.

Até uma profundidade de cerca de 3.000 km, os dados de Juno mostraram, Júpiter compreende um redemoinho psicodélico de faixas de nuvens e correntes de jatos sopradas por ventos poderosos, em direções opostas e a diferentes velocidades.

Mas embaixo, o núcleo líquido de hidrogênio e hélio do planeta gira uniformemente, comportando-se quase como um corpo sólido, descobriram os pesquisadores.

"O resultado é uma surpresa porque isso indica que a atmosfera de Júpiter é enorme e se estende por uma profundidade muito maior do que esperávamos anteriormente", disse Kaspi à AFP.

A atmosfera da Terra, em comparação, representa menos de um milionésimo da massa total do planeta.

"É um enigma de quase 50 anos na ciência planetária que está resolvido", disse outro autor do estudo, Tristan Guillot, da Universidade Cote d'Azur na França.

"Nós não sabíamos se um planeta gasoso como Júpiter girava com zonas e cintos todo o caminho até o centro, ou se, pelo contrário, os padrões atmosféricos eram superficiais".

As descobertas foram o resultado de medidas sem precedentes do campo de gravidade de Júpiter por Juno, na órbita do gigante gasoso mais próximo da Terra desde julho de 2016.

Outras observações incluíram uma erupção de ciclones maciços nos polos do planeta não observadas em nenhum outro planeta do Sistema Solar.

Não se sabe como os ciclones são formados, ou como eles persistem sem se fundir.

"A primeira e mais importante questão que Juno pretende responder é como o nosso Sistema Solar foi formado e consequentemente entender mais sobre sua evolução", disse à AFP outro autor, Alberto Adriani, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália.

"Qualquer conhecimento que possamos acrescentar ao entender Júpiter, que é provavelmente o primeiro planeta formado (ao redor do Sol), é um passo nessa direção".

Uma nave não tripulada da Nasa, Juno, examinou com sucesso a poderosa tempestade em Júpiter conhecida como a Grande Mancha Vermelha, e suas primeiras fotos devem ser divulgadas nos próximos dias, disse a agência espacial americana nesta terça-feira.

"Meu último voo por Jupiter foi concluído!", disse uma mensagem publicada na conta @NASAJuno no Twitter. "Todos os instrumentos científicos e a JunoCam estavam operando para coletar dados", acrescentou. A nave espacial não tripulada se aproximou como nunca antes dessa característica icônica do maior planeta do sistema solar, o gigante de gás Júpiter.

Especialistas dizem que a Grande Mancha Vermelha é uma enorme tempestade, de cerca de 16.000 quilômetros de largura, que tem se agitado durante séculos, mas pouco se sabe sobre as forças que a conduzem.

Acredita-se que a tempestade, que tem sido observada desde 1830 e possivelmente existe há 350 anos, diminuiu nos últimos anos. "Por gerações, pessoas de todo o mundo e de todas as camadas sociais se maravilharam com a Grande Mancha Vermelha", disse Scott Bolton, pesquisador principal do projeto Juno.

"Agora, finalmente, vamos ver como esta tempestade se parece de perto", acrescentou. O sobrevoo ocorreu no dia 10 de julho às 21h55 (22h55 de Brasília), quando a nave espacial passou cerca de 9.000 quilômetros acima das nuvens carmim.

"Imagens cruas serão postadas nos (próximos) dias", disse a agência espacial. A Juno partiu em 5 de agosto de 2011 de Cabo Canaveral, Flórida, e orbita Júpiter há pouco mais de um ano.

Uma nave espacial não tripulada da Nasa em órbita ao redor de Júpiter detectou enormes furacões nos polos, revelando surpreendentes detalhes sobre o maior planeta do Sistema Solar, informaram pesquisadores nesta quinta-feira (25).

Um comunicado da Nasa descreveu o planeta como "um mundo complexo, gigantesco e turbulento" que é muito diferente do que pensavam os cientistas.

Dois artigos na revista Science e 44 na Geophysical Research Letters descrevem um tesouro de descobrimentos desde que Juno começou a orbitar Júpiter em julho do ano passado.

"Sabíamos que Júpiter nos faria algumas surpresas", disse Scott Bolton, pesquisador principal de Juno do Southwest Research Institute em San Antonio, Texas. "Há tantas coisas acontecendo que não esperávamos ter que dar um passo atrás e repensar Júpiter como algo completamente novo".

Observando-se os polos do planeta, foi verificado que eles estão cobertos com dezenas de tempestades densamente agrupadas, possivelmente deixando cair granizo ou neve.

As imagens dos polos, nunca antes vistAs, "mostram as massas brilhantes de forma oval que são significativamente diferentes do que se podia observar nos polos de Saturno", detalhou um dos estudos da revista Science.

Esses óvalos são enormes tempestades, algumas das quais medem até 1.400 quilômetros de diâmetro.

Agora são necessários mais estudos para entender melhor a natureza das tempestades de Júpiter, e por que o planeta atua dessa maneira.

A sonda Juno foi lançada em 2011 e fez sua primeira volta em Júpiter em 27 de agosto de 2016. A missão está programada para terminar em fevereiro de 2018, quando se autodestruirá ao mergulhar na atmosfera do planeta.

O projeto, com um investimento de 1,1 bilhão de dólares, tem como objetivo observar por baixo das nuvens de Júpiter pela primeira vez para saber mais sobre a atmosfera do planeta e quanta água contém.

Em 11 de julho "voaremos diretamente sobre um dos locais mais emblemáticos de todo o Sistema Solar: a Grande Mancha Vermelha de Júpiter", anunciou Bolton. "Se alguém vai chegar ao fundo do que está acontecendo por baixo dessas gigantescas nuvens carmesim, é Juno e seus penetrantes instrumentos científicos".

A Nasa publicou na sexta-feira imagens inéditas de Júpiter registradas durante um sobrevoo próximo ao planeta gasoso gigante, que revelam fenômenos nunca antes observados, como auroras boreais no polo sul.

Juno, uma nave de 3,6 toneladas, passou pelo ponto mais próximo a Júpiter em 27 de agosto, apenas 4.200 km acima da sua altura atmosférica.

A sonda se incorporou à órbita de Júpiter no início de julho e ainda deve realizar 35 sobrevoos a curta distância do planeta, que estudará até o início de 2018, antes de cair na sua atmosfera.

As imagens em alta resolução foram feitas por uma câmera chamada JunoCam, um dos nove instrumentos a bordo da nave.

Juno transmitiu imagens em infravermelho das duas regiões polares sob o manto nebuloso do planeta, afirmou Alberto Adriani, do Instituto de Astrofísica e Planetologia Spaziali, em Roma, um dos responsáveis pelo instrumento Jiram, que permitiu produzir essas imagens.

"As primeiras imagens do polo norte de Júpiter parecem ser completamente diferentes do que vimos ou imaginamos antes", disse Scott Bolton, do Instituto de Pesquisa Southwest, em San Antonio, Texas, cientista principal da missão Juno.

"As cores são mais azuis do que em outras partes do planeta, há muitas tempestades e não há sinais das faixas de diferentes cores que normalmente vemos em volta de Júpiter", acrescentou. Segundo o especialista, "é muito difícil reconhecer Júpiter nestas fotos".

"Nos surpreendeu em especial ver pela primeira vez auroras boreais no polo sul jupiteriano", afirmou Adriani, acrescentando que nenhum outro instrumento na Terra ou no espaço tinha permitido observá-las antes.

Até agora, este fenômeno tinha sido observado sobre o polo norte graças ao telescópio espacial Hubble.

Outro instrumento de Juno pôde registrar sons de Júpiter. Estas emissões de rádio são conhecidas desde a década de 1950, mas nunca tinham sido analisadas tão de perto antes.

"Júpiter fala conosco de uma maneira que só os planetas gasosos gigantes podem fazer", ressaltou Bill Kurth, da Universidade de Iowa, outro cientista da missão.

Todos estes dados foram coletados durante um sobrevoo próximo de seis horas por cima de Júpiter. Sua transmissão para a Terra levou um dia e meio.

A sonda Juno foi lançada em 2011 para uma missão de mais de um bilhão de dólares destinada a estudar a composição da atmosfera de Júpiter e examinar o que está escondido sob a sua espessa camada de nuvens.

A sonda espacial americana Juno transmitiu a sua primeira imagem desde que entrou na órbita de Júpter, segundo a NASA.

A sonda Juno foi lançada ao espaço em agosto de 2011. Em 5 de julho passado, ela corrigiu o seu voo e entrou na órbita do planeta gigante de gás, onde permanecerá até 20 de fevereiro de 2018. Cada volta da sonda em torno de Júpiter leva 53 dias.

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“A primeira imagem enviada pela sonda Juno a partir da órbita de Júpiter” – indica o comunicado da NASA publicado no Twitter.

A foto foi tirada em 10 de julho, quando a sonda ficou a uma distância de 4,3 milhões de quilômetros de Júpiter. Na foto são visíveis formações atmosféricas no planeta, incluindo a Grande Mancha Vermelha, bem como três dos quatro maiores satélites do planeta: Io, Europa e Ganimedes.

“As primeiras imagens do planeta com alta resolução serão tiradas em 27 de agosto, quando a Juno passar perto de Júpiter”, – promete Candice Hansen, pesquisadora envolvida no projeto da sonda.

Cinco anos após o seu lançamento, a sonda Juno funciona bem e deve entrar na órbita de Júpiter no próximo dia 5 de julho, como previsto, para explorar os mistérios do maior planeta do Sistema Solar, informou a Nasa nesta quinta-feira.

A sonda de quatro toneladas, movida por energia solar, se encontra atualmente a menos de 14 milhões de quilômetros de seu destino, e efetuará uma série de voos a apenas 4.667 km da espessa camada nublada do gigante planeta gasoso, durante uma missão científica que durará 16 meses.

Os voos da Juno superarão o recorde de aproximação de 43.000 km de Júpiter, estabelecido pela sonda americana Pioneer 11, em 1974.

Durante os voos, os instrumentos da sonda penetrarão na espessa camada nublada de Júpiter para estudar as origens do planeta, suas estruturas, atmosfera e magnetosfera.

Astrônomos identificaram no Chile um planeta gêmeo a Júpiter que orbita uma estrela parecida com o Sol, uma descoberta que sugere que este sistema seja semelhante ao solar - anunciou nesta quarta-feira o Observatório Europeu do Sul (ESO).

A descoberta da equipe internacional liderada por Jorge Melendez, da Universidade de São Paulo (USP), foi detalhada em um artigo publicado pela revista Astronomy and Astrophysics.

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"Embora tenhamos encontrado vários planetas semelhantes a Júpiter a várias distâncias de estrelas semelhantes ao Sol, este planeta (...) é o análogo mais preciso encontrado até agora para o Sol e Júpiter", afirma a carta do observatório.

Além disso, a estrela "anfitriã" (HIP 11915) é semelhante ao Sol em massa, tem quase a mesma idade e composição estrela similar, aponta o ESO.

Melendez comentou que "a busca por uma Terra 2.0 e um Sistema Solar 2.0 completo, é um dos desafios mais emocionantes da astronomia".

Nesse sentido, Megan Bedell - cientista da Universidade de Chicago e principal autora da investigação - observou que "depois de duas décadas em busca de exoplanetas, finalmente estamos vendo planetas gasosos gigantes, similares ao nosso próprio Sistema Solar".

"Esta descoberta é, em todos os aspectos, um sinal emocionante de que provavelmente há outros sistemas solares esperando para serem descobertos", disse o cientista da Universidade de Chicago.

A partir de agora, seguirá um monitoramento para confirmar a descoberta, mas o sistema da estrela HIP 11915 "é um dos candidatos mais promissores até agora para hospedar um sistema planetário semelhante ao nosso", disse o comunicado.

O planeta foi detectado graças a um "Buscador de Planetas por Velocidade Radial de Alta Precisão" (HARPS, na sigla em inglês) instalado no telescópio de 3,6 metros no Observatório de La Silla.

O Observatório La Silla está instalado a 2.400 metros de altitude no deserto do Atacama, cerca de 1.400 quilômetros ao norte de Santiago.

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