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Vestígios de sais minerais e compostos orgânicos foram encontrados em Ganimedes, a maior lua de Júpiter e de todo o sistema solar.

Os elementos foram identificados pelo espectrômetro Jiram, construído na Itália e instalado na sonda Juno, da Nasa, que orbita o gigante gasoso desde 2016.

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A descoberta foi publicada na revista Nature Astronomy por uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (Inaf) e diz respeito a um dos corpos celestes que geram mais interesse nos cientistas por conter um oceano de água líquida sob sua superfície de gelo.

"Esse tipo de análise não era possível com dados infravermelhos anteriores detectados remotamente pela missão espacial Galileu, pelo Telescópio Espacial Hubble e pelo Very Large Telescope", observa Federico Tosi, autor principal do artigo e pesquisador do Inaf em Roma.

Espectrômetros são instrumentos utilizados para medir as propriedades da luz e conseguem identificar quando as ondas eletromagnéticas atravessaram determinado elemento químico. O Jiram, construído pela empresa italiana Leonardo, fornece dados em infravermelho com a melhor resolução espacial já obtida até agora, de menos de um quilômetro por pixel.

As imagens e espectros da superfície de Ganimedes foram obtidos em 7 de junho de 2021, imediatamente após o sobrevoo que levou a sonda Juno a uma distância mínima de 1.046 quilômetros da superfície do satélite natural.

Os dados coletados permitiram identificar vestígios de cloreto de sódio, cloreto de amônio e bicarbonato de sódio, além de aldeídos alifáticos (compostos orgânicos). Isso indicaria uma extensa troca entre água líquida e o manto rochoso em determinado momento da história da lua congelada de Júpiter.

O líquido contido no subsolo de Ganimedes pode ter emergido ocasionalmente à superfície, deixando vestígios de sua composição química. No entanto, a combinação de processos endógenos (atribuíveis à composição do líquido subterrâneo) e exógenos (devidos a alterações) complica o estudo da composição da superfície.

Dado que Ganimedes tem uma espessa crosta gelada, a composição da superfície observada hoje não é necessariamente representativa das camadas mais profundas. Novos indícios poderão chegar com as medições da sonda Juice, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançada em 14 de abril.

Da Ansa

Depois da missão Chandrayaan-3, que realizou um pouso bem-sucedido na Lua no dia 23 de agosto deste ano, uma espaçonave indiana foi enviada para estudar o centro do Sistema Solar. A nave Aditya-L1 conseguiu sair da "esfera de influência da Terra", anunciou a Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO, na sigla em inglês) no sábado (30).

A missão de quatro meses transporta instrumentos científicos para observar as camadas mais externas do Sol.

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Aditya-L1, que significa Sol em hindi, já percorreu 920 mil quilômetros desde seu lançamento em 2 de setembro deste ano, cerca de metade do caminho planejado. Neste local, já não conta mais com a interferência gravitacional da Terra.

"A nave conseguiu escapar da esfera de influência da Terra", informou a agência espacial indiana.

"Esta é a segunda vez consecutiva que a ISRO consegue enviar uma nave espacial para fora da esfera de influência da Terra, sendo a primeira vez a missão Mars Orbiter", publicou ainda a agência.

Os Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia (ESA) já lançaram missões em órbita no centro do sistema solar, começando com o programa Pioneer da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) na década de 1960.

O Japão e a China lançaram as suas próprias missões de observação solar, mas a partir da órbita da Terra. No entanto, caso seja bem-sucedida, a Aditya-L1 será a primeira missão de um país asiático a orbitar o Sol.

Índia pousa com sucesso na Lua

No dia 23 de agosto deste ano, a Índia tornou-se o primeiro país a colocar uma nave espacial no polo sul da Lua, com a aterragem da missão Chandrayaan-3, e tornou-se também o quarto país a conseguir enviar uma sonda de forma controlada ao satélite. elite terrestre, depois dos Estados Unidos, da União Soviética e da China.

O robô Pragyan saiu da sonda e inspecionou a área circundante, mas foi desligado antes do início da noite lunar, que dura cerca de duas semanas.

Os cientistas indianos esperavam reativar o veículo com o retorno da luz solar, mas até agora só receberam silêncio de rádio.

Trinta e uma vezes maior que a média dos corpos celestes já identificados, o cometa 'Bernardinelli-Bernstein' está se movendo em direção à Terra. O corpo celeste de 150 km de diâmetro foi visto na borda do sistema solar, mas não deve colidir com nosso planeta. Seu nome faz menção à dupla de astrônomos que o encontraram, um deles é brasileiro.

O brasileiro Pedro Bernardinelli e seu orientador na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, o astrônomo Gary Bernstein, estimam que o cometa não visita o sistema solar há mais de três milhões de anos. Pelo tamanho, ele chegou a ser confundido com um planeta anão, categoria a qual Plutão foi classificado.

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"Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto, ao menos maior do que qualquer um bem estudado, e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas assistam ao desenvolvimento dele conforme se aproxima e aquece", anunciou Gary em comunicado emitido pelo Laboratório Nacional de Pesquisa Astronômica Óptica Infravermelha (NoirLab). 

Ele deve chegar ao ponto mais próximo da Terra no dia 21 de janeiro de 2031. Ainda assim, o 'Bernardinelli-Bernstein' ainda estará a uma distância de cerca de 1,6 bilhão de milhas do sol.

Os cálculos apontam que esse é maior cometa já identificado entre os 3.743 conhecidos pela Agência Espacial Americana (NASA). Ele foi detectado pela dupla em 2014, através de dados coletados pela Câmera de Energia Escura do Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile.

Uma rocha formada nos primórdios do Sistema Solar, com cerca de 1 quilômetro (km) de diâmetro e 550 metros de largura, passará, segundo os padrões astronômicos, muito perto da Terra, a uma velocidade de aproximadamente 124 mil km/h.

Apesar de classificar o objeto como “potencialmente perigoso”, a agência espacial norte-americana (Nasa) garante: “não há risco de colisão dele com nosso planeta nem agora, nem nos próximos séculos”.

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Chamado 2001 FO32, esse asteroide descoberto em março de 2001 atingirá seu ponto de maior proximidade com a Terra no dia 21 de março, por volta das 13h (horário de Brasília). De acordo com a Nasa, ele estará a uma distância de cerca de 2 milhões de km: o equivalente a pouco mais do que cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua.

Segundo a agência, o F032 é o maior, entre os asteroides que se aproximarão da Terra em 2021 – o que proporcionará, aos astrônomos, “uma rara oportunidade de se observar uma relíquia rochosa que se formou no início do nosso Sistema Solar”.

“Essa distância é próxima em termos astronômicos, e é por isso que o 2001 FO32 foi designado um ‘asteroide potencialmente perigoso’ ”, explica o diretor do Centro de Estudos de Objetos da Terra Próximo, da Nasa, Paul Chodas, referindo-se ao asteroide cuja órbita ao redor do Sol ocorre a cada 810 dias.

A próxima visita do asteroide às vizinhanças da Terra está prevista para 2052, quando ele passará a cerca de sete distâncias lunares, ou 2,8 milhões de quilômetros do planeta.

De acordo com a Nasa, mais de 95% dos asteroides próximos à Terra, com tamanho similar ou maior ao do F032 já foram descobertos, rastreados e catalogados. Nenhum deles tem qualquer chance de impactar a Terra. Pelo menos “no próximo século”, conforme diz, em seu site, a agência espacial dos Estados Unidos.

“Ainda assim, os esforços continuam para descobrir todos os asteroides que podem representar um risco de impacto. Quanto mais informações puderem ser reunidas sobre esses objetos, melhor os projetistas de missões podem se preparar para desviá-los se algum ameaçar a Terra no futuro”, destaca a agência.

 

A astronomia reserva atrações especiais em junho para os admiradores dos fenômenos celestes. O calendário do sexto mês do ano prevê eventos como a aparição do planeta Mercúrio, o eclipse da Lua e o surgimento da dupla composta pelo maior satélite da Terra com Vênus.

De acordo com Gustavo Rojas, físico e colunista da Revista Galileu, todos poderão ser vistos a olho nu no Brasil, mas o mau tempo pode atrapalhar a contemplação em algumas regiões. Veja:

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4 de junho - Mercúrio no fim da tarde e início da noite

O primeiro planeta do Sistema Solar pode ser observado uma hora antes do pôr do sol e logo após o Astro-Rei se pôr. Os especialistas recomendam que os espectadores olhem à direita da estrela Betelgeuse, no horizonte Oeste.

5 de junho -  Eclipse lunar na sombra

A Lua vai atravessar a parte menos escura da sombra projetada pela terra no espaço. Com isso, ocorre o eclipse denominado penumbral. Considerado leve pelos astrônomos, ele fica perceptível pela Lua Cheia não ser tão brilhante. O ápice da visualização do fenômeno deve ser entre 16h25 e 18h, por isso é possível que os brasileiros vejam apenas a última parte do evento nas regiões em que o céu não estiver nublado.

19 de junho - Lua e Vênus na madrugada

A partir das 5h, o par Lua Minguante e Vênus estará visível aos admiradores a Leste. O planeta já havia aparecido na última semana do mês de maio, junto ao vizinho Mercúrio. Para apreciar o fenômeno, basta torcer para que o céu esteja limpo pouco antes do nascer do Sol.

Ainda em junho, o dia 20 marca a chegada do inverno ao Hemisfério Sul do mapa às 18h43.

 

Radiação mortal do cosmos, potencial perda de visão e ossos atrofiados são apenas alguns dos desafios que os cientistas devem superar antes de que qualquer futuro astronauta possa pisar em Marte, disseram especialistas e autoridades da Nasa nesta terça-feira.

A agência espacial dos EUA acredita que pode colocar humanos no Planeta Vermelho dentro de 25 anos, mas os obstáculos tecnológicos e médicos são imensos.

"O custo de resolver isso significa que sob orçamentos atuais, ou orçamentos ligeiramente expandidos, serão necessários cerca de 25 anos para resolvê-los", disse o ex-astronauta da Nasa Tom Jones, que voou em quatro missões do ônibus espacial antes de se aposentar, em 2001.

"Precisamos começar agora em certas tecnologias-chave", disse a repórteres em Washington.

A uma distância média de cerca de 225 milhões de quilômetros, Marte apresenta problemas científicos numa ordem de magnitude maior do que qualquer coisa encontrada pelas missões lunares Apollo.

Com a tecnologia de foguetes de hoje, um astronauta levaria até nove meses para chegar a Marte, e as consequências físicas de passar todo esse tempo em gravidade zero seriam enormes.

Por exemplo, os cientistas acreditam que a ausência prolongada de peso pode causar alterações irreversíveis nos vasos sanguíneos da retina, levando à degradação da visão.

E depois de um tempo em gravidade zero, o esqueleto começa a perder cálcio e massa óssea.

Os cientistas ainda não conhecem os efeitos de uma suposta missão de um ano na superfície de Marte, cuja gravidade é apenas um terço a da Terra.

- Propulsão melhor -

Uma forma de diminuir o desgaste do corpo humano é reduzir drasticamente o tempo de viagem até Marte.

Jones pediu sistemas de propulsão nuclear que teriam o benefício adicional de produzir eletricidade em voos.

"Se começarmos agora, em 25 anos talvez tenhamos essas tecnologias disponíveis para nos ajudar e nos proteger desses longos tempos de trânsito", disse.

Nas condições atuais, apenas uma viagem de ida a Marte demoraria tanto que qualquer astronauta receberia a mesma quantidade de radiação do que normalmente seria considerado seguro ao longo de toda uma carreira.

"Ainda não temos a solução em termos de escudo, em termos de proteção contra raios cósmicos e explosões solares que você experimenta durante esse tempo de trânsito", disse Jones.

Especialistas do setor aeroespacial identificaram várias tecnologias que precisam de desenvolvimento rápido, incluindo naves espaciais que podem sobreviver à entrada dura em Marte e aterrissar de forma suficientemente suave, bem como a capacidade de tirar pessoas da superfície e voltar para a Terra.

A Nasa atualmente tem um novo aterrissador robótico chamado InSight, que se aproxima de Marte e deve pousar no planeta em 26 de novembro, depois de decolar da Califórnia em 5 de maio.

O projeto de US$ 993 milhões visa expandir o conhecimento humano das condições interiores em Marte, informar os esforços para enviar exploradores para lá e revelar como planetas rochosos como a Terra se formaram há bilhões de anos.

Jim Garvin, cientista chefe do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa, disse que a missão InSight preencheria "incógnitas críticas" e ajudaria a construir uma compreensão-chave de Marte.

Em 2020, a Nasa enviará um rover a Marte em outra missão, que buscará determinar a habitabilidade do ambiente marciano, procurar sinais de vida antiga e avaliar os recursos naturais e os perigos para futuros exploradores humanos.

Além disso, empresas privadas como a SpaceX e uma série de outras nações estão construindo tecnologias que poderiam ser usadas em futuras missões a Marte.

Alguns especialistas veem uma nova exploração da Lua como essencial para uma futura missão em Marte, já que lá os astronautas poderiam aprender a extrair água ou usar a tecnologia e aplicar essas lições às futuras missões a Marte.

Um sistema solar com tantos planetas quanto o nosso foi descoberto com a ajuda do telescópio espacial Kepler, da Nasa, e de inteligência artificial, informou a agência espacial americana nesta quinta-feira (14).

"Nosso sistema solar agora está junto a um maior número de planetas que também orbitam uma única estrela", disse a Nasa em comunicado. Ainda assim, nenhum desses planetas parece ser habitável. No sistema solar de oito planetas - o maior além do nosso já encontrado - orbita uma estrela chamada Kepler 90, a cerca de 2.545 anos-luz de distância.

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"O sistema estrelar Kepler-90 é como uma versão menor do nosso sistema solar", disse Andrew Vanderburg, um astrônomo da Universidade do Texas, no estado americano de Austin. "Nele há planetas pequenos dentro e planetas maiores fora, porém todos se movem juntos, bem próximos".

O novo planeta identificado, Kepler-90i, é um planeta rochoso como a Terra, mas realiza em torno de sua estrela um ciclo orbital completo a cada 14,4 dias. Isso significa que, para esse novo sistema descoberto, um ano equivale a duas semanas no Planeta Terra.

"Aproximadamente 30% maior do que a Terra, o Kepler-90i se encontra tão próximo à sua estrela que a temperatura média em sua superfície é estimada em 400 graus Celsius, similar à registrada em Mercúrio".

Inteligência Artificial

Cientistas descobriram esse sistema usando um mecanismo de ensino desenvolvido pela gigante tecnológica Google, que programa um computador de forma a escanear uma valiosa coleção de 35.000 possíveis sinais planetários coletados pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, que buscam sinais de trânsitos planetários.

"Trânsitos" são caracterizados pela diminuição de luz existente quando um planeta passa em frente a uma estrela. Utilizando os dados coletados por meio do Kepler, que captura os trânsitos, astrônomos já confirmaram a existência de 2.500 planetas distantes.

"Mecanismos inteligentes são realmente úteis em situações nas quais há muitos dados a ponto de os humanos não conseguirem encontrar algo por conta própria", disse Christopher Shallue, um engenheiro de software sênior no grupo de pesquisa pertencente a Google, que pensou em fazer uso da inteligência artificial para encontrar planetas distantes.

Espera-se que mais planetas distantes sejam encontrados. Pesquisadores tem como objetivo usar o sistema desenvolvido por eles para analisar as mais de 150.000 estrelas registradas pelo telescópio Kepler. Algum dia pode até mesmo ser usado para buscar outros planetas habitáveis como o Planeta Terra. Os resultados foram divulgados no periódico científico The Astronomical Journal.

Um asteroide do tamanho de uma casa vai passar pela Terra a uma distância de cerca de 44.000 quilômetros em outubro, dentro da órbita da Lua, disseram astrônomos nesta quinta-feira.

A rocha espacial passará a um oitavo da distância entre a Terra e a Lua - um pouco além dos nossos satélites geoestacionários mais distantes, que orbitam a cerca de 36.000 quilômetros do planeta, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA). "Não vai atingir a Terra", disse Detlef Koschny, da equipe de pesquisa "Near Earth Objects" (objetos perto da Terra) da ESA. "Essa é a coisa mais importante a se dizer".

O asteroide, batizado de TC4, passou pela primeira vez pelo nosso planeta em outubro de 2012, a aproximadamente o dobro da distância, e tem entre 15 e 30 metros de comprimento. Os cientistas já esperavam que o asteroide voltasse a passar perto da Terra este ano, mas não sabiam a que distância.

Recentemente, o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, no Chile, conseguiu rastrear a rocha e determinar sua distância. "Está muito perto", disse à AFP Rolf Densing, que dirige o Centro Europeu de Operações Espaciais em Darmstadt, Alemanha, acrescentando que não há motivo para preocupação.

Cientistas desferiram um golpe, nesta segunda-feira, à busca por organismos que habitam mundos além da Terra, dizendo que a capacidade do nosso planeta de abrigar água em estado líquido - o ingrediente chave para a vida como a conhecemos - é incomum no universo.

Acreditava-se que era provável que mundos distantes que orbitam estrelas semelhantes ao nosso Sol passassem por fases ricas em água.

Isso aconteceria quando a estrela jovem e fraca de um planeta gelado e sem vida - como a Terra no início - começa a se aquecer, se torna semelhante ao Sol e derrete o gelo nos planetas que a orbitam a uma distância adequada - dentro da chamada "zona habitável".

As esferas geladas no nosso Sistema Solar, incluindo as luas Europa, de Júpiter, e Encélado, de Saturno, ou "exoplanetas" em outros sistemas estelares poderiam se tornar habitáveis ​​dessa maneira, segundo essa teoria. Mas uma equipe publicou na revista Nature Geoscience nesta segunda-feira que isso era mais improvável do que se imaginava.

Jun Yang, da Universidade de Pequim, e uma equipe usaram modelos climáticos para simular a evolução dos planetas gelados.

Sem gases atmosféricos de efeito estufa - uma característica da Terra - a energia necessária para descongelar um planeta gelado seria tão alta que este passaria de congelado para 'infernal' sem uma fase intermediária e habitável, concluíram os pesquisadores.

"Descobrimos que os fluxos estelares necessários para superar o estado inicial de 'bola de neve' de um planeta são tão grandes que levam a uma perda significativa de água e impedem que o planeta seja habitável", escreveu a equipe. Alguns corpos gelados, eles sugeriram, podem, portanto, nunca passar por um estado habitável como o da Terra.

Entre estes, Europa e Encélado provavelmente irão se transformar de bolas de gelo em bolas de fogo no momento em que o Sol atingir sua fase gigante vermelha, em bilhões de anos, disse a equipe.

A Terra é um exemplo de um mundo gelado que foi descongelado o suficiente, há cerca de 600 a 800 milhões de anos, graças aos gases atmosféricos do efeito estufa emitidos por erupções vulcânicas durante sua fase "bola de neve", disse a equipe. Isso significa que teria sido necessário um calor solar menor para o gelo derreter, permitindo que nosso planeta alcançasse um meio termo temperado.

Os gases do efeito estufa, que estão naturalmente presentes na atmosfera, mas também são liberados através da queima de carvão, petróleo e gás, são o que manteve o nosso planeta quente o suficiente para permitir que os humanos, animais e plantas o habitassem.

Mas a adição da humanidade de CO2 desde a Revolução Industrial fez com que a atmosfera retivesse cada vez mais calor solar, até um ponto em que os cientistas dizem que estamos prejudicando o clima perfeitamente equilibrado da Terra além do limite em que pode ser reparado.

Uma nave não tripulada da Nasa, Juno, examinou com sucesso a poderosa tempestade em Júpiter conhecida como a Grande Mancha Vermelha, e suas primeiras fotos devem ser divulgadas nos próximos dias, disse a agência espacial americana nesta terça-feira.

"Meu último voo por Jupiter foi concluído!", disse uma mensagem publicada na conta @NASAJuno no Twitter. "Todos os instrumentos científicos e a JunoCam estavam operando para coletar dados", acrescentou. A nave espacial não tripulada se aproximou como nunca antes dessa característica icônica do maior planeta do sistema solar, o gigante de gás Júpiter.

Especialistas dizem que a Grande Mancha Vermelha é uma enorme tempestade, de cerca de 16.000 quilômetros de largura, que tem se agitado durante séculos, mas pouco se sabe sobre as forças que a conduzem.

Acredita-se que a tempestade, que tem sido observada desde 1830 e possivelmente existe há 350 anos, diminuiu nos últimos anos. "Por gerações, pessoas de todo o mundo e de todas as camadas sociais se maravilharam com a Grande Mancha Vermelha", disse Scott Bolton, pesquisador principal do projeto Juno.

"Agora, finalmente, vamos ver como esta tempestade se parece de perto", acrescentou. O sobrevoo ocorreu no dia 10 de julho às 21h55 (22h55 de Brasília), quando a nave espacial passou cerca de 9.000 quilômetros acima das nuvens carmim.

"Imagens cruas serão postadas nos (próximos) dias", disse a agência espacial. A Juno partiu em 5 de agosto de 2011 de Cabo Canaveral, Flórida, e orbita Júpiter há pouco mais de um ano.

Um planeta rochoso descoberto na zona "habitável" da estrela mais próxima do sistema solar, a Proxima Centauri, pode estar coberto de oceanos, indicaram cientistas do instituto de pesquisa francês CNRS nesta quinta-feira (6).

Uma equipe de pesquisadores, incluindo astrofísicos do CNRS, calcularam o tamanho do planeta apelidado Proxima b, assim como as propriedades da sua superfície, e concluíram que este pode ser um "planeta de oceanos" semelhante à Terra.

Cientistas anunciaram a descoberta do Proxima b em agosto, e disseram que este pode ser o primeiro exoplaneta (planeta fora do nosso Sistema Solar) a ser visitado, um dia, por robôs da Terra. O planeta orbita dentro de uma zona "temperada" da sua estrela Proxima Centauri, localizada a 'apenas' 4,2 anos-luz da Terra.

Estima-se que o Proxima b tem uma massa de cerca de 1,3 vezes a da Terra e que orbita a cerca de 7,5 milhões de km da sua estrela - cerca de um décimo da distância a que orbita Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol.

"Ao contrário do que se poderia esperar, tal proximidade não significa necessariamente que a superfície do Proxima b seja muito quente" para a água existir na forma líquida, disse um comunicado do CNRS.

Proxima Centauri é menor e 1.000 vezes mais fraca do que o nosso Sol, o que significa que o Proxima b está exatamente na distância certa para as condições serem potencialmente habitáveis.

"O planeta pode muito bem conter água líquida em sua superfície e, portanto, também algumas formas de vida", disse o comunicado.

O tamanho de exoplanetas é geralmente calculado medindo a quantidade de luz que eles bloqueiam, a partir da perspectiva da Terra, quando passam na frente da sua estrela hospedeira.

Mas nenhum trânsito deste tipo do Proxima b foi observado ainda, então a equipe teve que confiar em simulações para estimar a composição e o raio do planeta.

Eles calcularam que o raio é de entre 0,94 e 1,4 vez o da Terra, que é de 6.371 km, em média.

Presumindo um raio mínimo de 5.990 km, o planeta seria muito denso, com um núcleo metálico que corresponde a dois terços de toda a massa do planeta, envolvido por um manto rochoso.

Caso exista água na superfície, esta corresponderia a 0,05% da massa total do planeta, indicou a equipe. Não é muito diferente da Terra, onde essa porcentagem é de 0,02%.

No cenário em que o Proxima b é maior, com um raio de 8.920 km, sua massa seria dividida, em partes iguais, entre um centro rochoso e a água circundante.

"Neste caso, o Proxima b seria coberto por um único oceano líquido, de 200 km de profundidade", disse o CNRS.

"Em ambos os casos, poderia haver uma atmosfera fina e gasosa cercando o planeta, como na Terra, tornando o Proxima b potencialmente habitável", concluiu o instituto.

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu jovens cometas que giram ao redor de uma estrela parecida com o Sol e que podem ajudar a entender a origem do Sistema Solar - informa um comunicado nesta quinta-feira (18).

A estrela estudada pelos cientistas fica a 160 anos-luz da Terra, na constelação Pictor, e tem uma massa 30% superior ao Sol. Tem 23 milhões de anos de idade, muito mais jovem do que nosso Sistema Solar, de 4,6 bilhões de anos.

"É interessante estudar o sistema que foi descoberto para aprender como era nosso sistema solar no início de sua existência", explicou Sebastián Marino, principal autor do documento, apresentado durante uma conferência no Chile.

Os cometas são pequenos corpos celestes com um núcleo de gelo, materiais orgânicos e rochas e rodeados de poeira e gás, descritos, às vezes, como "bolas de neve sujas".

Acredita-se que, no início, a Terra tenha sido um deserto de rochas, como Marte é hoje, e que foi a colisão dos cometas com o então jovem planeta que criou os elementos indispensáveis para a vida, como a água.

Quando o cometa se aproxima de sua estrela, o gelo se transforma em gás, e as moléculas gasosas escapam do núcleo em forma de jato.

Para detectar esses novos cometas, os cientistas, reunidos pela Universidade de Cambridge, usaram o radiotelescópio gigante Alma (Atacama Large Millimeter Array), instalado no Chile. Com ele, descobriram a presença de gás ao redor de uma estrela em quantidades parecidas com as que soltam os cometas do nosso sistema solar.

"Os sistemas jovens como esse são muito ativos. Os cometas, os asteroides e os planetas se chocam entre eles", acrescentou Marino. Os cientistas também acreditam ser possível que a estrela tenha planetas em sua órbita, mas com os telescópios atuais ainda são impossíveis de serem detectados.

Com base em dados obtidos pelo Telescópio Espacial Kepler, a Nasa anunciou nesta terça-feira, 10, a descoberta de 1284 novos exoplanetas (planetas situados fora do Sistema Solar). O achado não tem precedentes, segundo a Nasa: de uma só vez o número de exoplanetas descobertos pelo Kepler mais que dobrou. A façanha foi possível graças a uma nova técnica estatística desenvolvida para analisar os dados obtidos pelo telescópio.

"O anúncio mais que dobra o número de planetas confirmados descobertos pelo Kepler. Isso nos dá a esperança de que em algum lugar lá fora, em torno de uma estrela parecida com o nosso Sol, nós possamos eventualmente descobrir outra Terra", disse Ellen Stofan, a cientista-chefe do quartel-general da Nasa em Washington.

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"Antes do lançamento do Telescópio Espacial Kepler, nós não sabíamos se os exoplanetas eram comuns ou raros na galáxia. Graças ao Kepler e à comunidade de pesquisa, agora sabemos que pode haver mais planetas que estrelas. Esse conhecimento delineia as missões futuras que serão necessárias para nos levar mais perto do que nunca de descobrir se estamos sozinhos no Universo", disse Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica do quartel-general da Nasa.

De acordo com a Nasa, a análise que resultou na descoberta dos novos exoplanetas foi feita a partir de um catálogo de 4302 "candidatos a planeta", isto é, potenciais planetas cujos sinais haviam sido captados pelo Kepler, mas cuja existência ainda não havia sido confirmada.

Segundo a nova análise, dos 4302 potenciais exoplanetas, 1284 foram confirmados, por apresentarem uma chance maior que 99% de serem de fato planetas - porcentual mínimo de probabilidade para que um candidato receba o status de planeta. Outros 1327 candidatos não atingiram o limite mínimo de 99% de chance de confirmação e não foram considerados planetas. Foram descartados 707 candidatos que, segundo a Nasa, provavelmente são outros tipos de fenômenos astrofísicos. A análise também validou 984 candidatos que já haviam sido verificados antes por outras técnicas.

Do conjunto de novos planetas validados, cerca de 550 podem ser planetas rochosos como a Terra - o que é possível concluir com base no tamanho deles.

Nove desses planetas rochosos têm órbitas na chamada zona habitável de suas estrelas. A zona habitável é caracterizada quando a distância entre um planeta e sua estrela é a ideal para que a superfície planetária tenha temperaturas que permitam a existência de água líquida - uma condição necessária para a existência de vida. Com os nove novos planetas, agora são conhecidos no total 21 exoplanetas na zona habitável.

Por que "candidatos"? O Kepler utiliza o método de trânsito para capturar os sinais dos planetas. Ao observar uma estrela distante, o telescópio detecta minúsculas reduções em seu brilho, caso exista um planeta em trânsito - isto é, passando diante da estrela.

Mas, como os exoplanetas não são de fato visualizados, os sinais são inicialmente catalogados como os de "candidatos a planeta". Desde a descoberta dos primeiros planetas fora do sistema solar, há mais de 20 anos, os cientistas têm sido obrigados a realizar um trabalhoso processo de análise dos candidatos, estudando-os um a um antes de confirmá-los como planetas. O novo método de análise estatística, no entanto, pode ser aplicado simultaneamente a diversos candidatos a planeta.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Astrophysical Journal. O autor principal do estudo, Timothy Morton, da Universidade de Princeton em Nova Jersey (Estados Unidos), empregou uma técnica para atribuir a cada candidato a planeta do Kepler uma probabilidade de confirmação. As técnicas estatísticas tradicionais tinham foco apenas em sub-grupos da lista de candidatos identificada pelo Kepler.

"Podemos pensar em candidatos a planeta como se fossem migalhas de pão. Se você derruba algumas migalhas grandes no chão, você pode recolhê-las uma a uma. Mas se você deixa cair um saco de migalhas pequenas, você vai precisar de uma vassoura. Essa análise estatística é a nossa vassoura", disse Morton.

Dos cerca de 5 mil candidatos a planeta descobertos até hoje, mais de 3200 foram verificados, dos quais 2325 foram descobertos pelo Kepler. O telescópio foi lançado em março de 2009 e é a primeira missão da Nasa voltada para descobrir planetas habitáveis com dimensões semelhantes às da Terra.

Os novos planetas foram descobertos graças a dados coletados pelo Kepler entre 2009 e 2013, quando o telescópio observava cerca de 150 mil estrelas em um pequeno quadrante do céu entre as constelações de Cisne e Lira, buscando sinais de trânsito de planetas.

Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar, passará nesta segunda-feira (9) entre a Terra e o Sol, um fenômeno raro que poderá ser observado na parte do mundo em que for dia no momento, principalmente no oeste da Europa.

Durante várias horas, os interessados poderão seguir a trajetória de Mercúrio, que aparecerá como um pequeno disco preto se deslocando à frente do astro. Para poder ver este espetáculo será preciso contar com instrumentos astronômicos.

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O fenômeno começará às 11h12 GMT (08h12 de Brasília) e terminará às 18h42 GMT (15h42 de Brasília). A hora poderá variar levemente dependendo do local.

Visualmente, "Mercúrio dará a impressão de morder uma das bordas do Sol, depois o atravessará muito lentamente, antes de sair pelo outro lado", explicou à AFP Pascal Descamps, um astrônomo do Observatório de Paris.

Este fenômeno, que durará sete horas e meia, é "raro porque exige um alinhamento quase perfeito do Sol, de Mercúrio e da Terra", ressalta.

Ainda pouco explorado, o misterioso Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e se encontra a uma distância média de 58 milhões de quilômetros dele.

Muito pequeno (seu diâmetro é de 4.780 quilômetros), dá a volta ao Sol em 88 dias.

Passa a cada 116 dias entre a Terra e nossa estrela. Mas devido à inclinação de sua órbita ao redor do astro em relação à órbita terrestre, parece que se encontra acima ou abaixo do Sol na maior parte do tempo.

Por isso, o trânsito de Mercúrio à frente do Sol é pouco frequente: há 13 ou 14 em cada século.

O último ocorreu há dez anos. Os próximos serão registrados em novembro de 2910, novembro de 2032 e maio de 2049.

Atenção aos olhos

O oeste e o norte da Europa, o oeste da África do Norte, a África Ocidental, o Canadá, o leste da América do Norte e grande parte da América Latina serão as melhores áreas para ver o trânsito de Mercúrio, desde que as condições meteorológicas sejam favoráveis.

No entanto, é preciso ser prudente e respeitar as normas de segurança, já que observar o Sol diretamente sem proteção pode provocar lesões oculares irremediáveis.

Os óculos especiais para ver eclipses não servirão, já que o planeta é muito pequeno.

"É necessário um instrumento astronômico para aumentar a imagem do Sol", explicou Pascal Descamps.

Os interessados em astronomia poderão utilizar óculos e telescópios se eles protegerem com os filtros solares adequados.

Segundo Descamps, "o meio mais simples para ver Mercúrio sem risco será utilizando um 'solarscope'", uma espécie de caixa de papelão com um alvo equipado com uma lente e um pequeno espelho convexo. Ele permite observar sem perigo o Sol através da projeção de sua imagem invertida em uma tela.

Mercúrio, cuja temperatura na superfície varia entre -173ºC e 427ºC, foi observado por duas sondas espaciais americanas, a Mariner 10 em 1974 e a Messenger em 1975, cuja missão terminou em 2015.

Europa e Japão lançarão duas sondas em 2018 no âmbito da missão BepiColombo, que alcançará Mercúrio em 2024.

Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar, passará na próxima segunda-feira (9) entre a Terra e o sol, um fenômeno raro, que poderá ser observado na parte do mundo em que for dia no momento, principalmente no oeste da Europa. Durante várias horas, os interessados poderão seguir a trajetória de Mercúrio, que aparecerá como um pequeno disco preto se deslocando à frente do astro. Para poder ver este espetáculo será preciso contar com instrumentos astronômicos.

O fenômeno começará às 11h12 GMT (08h12 de Brasília) e terminará às 18h42 GMT (15h42 de Brasília). A hora poderá variar levemente dependendo do local. Visualmente, "Mercúrio dará a impressão de morder uma das bordas do Sol, depois o atravessará muito lentamente, antes de sair pelo outro lado", explicou à AFP Pascal Descamps, um astrônomo do Observatório de Paris.

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Este fenômeno, que durará sete horas e meia, é "raro porque exige um alinhamento quase perfeito do Sol, de Mercúrio e da Terra", ressalta. Ainda pouco explorado, o misterioso Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e se encontra a uma distância média de 58 milhões de quilômetros dele.

Muito pequeno (seu diâmetro é de 4.780 quilômetros), dá a volta ao Sol em 88 dias. Passa a cada 116 dias entre a Terra e nossa estrela. Mas devido à inclinação de sua órbita ao redor do astro em relação à órbita terrestre, parece que se encontra acima ou abaixo do Sol na maior parte do tempo.

Por isso, o trânsito de Mercúrio à frente do Sol é pouco frequente: há 13 ou 14 em cada século. O último ocorreu há dez anos. Os próximos serão registrados em novembro de 2910, novembro de 2032 e maio de 2049.

Atenção aos olhos

O oeste e o norte da Europa, o oeste da África do Norte, a África Ocidental, o Canadá, o leste da América do Norte e grande parte da América Latina serão as melhores áreas para ver o trânsito de Mercúrio, desde que as condições meteorológicas sejam favoráveis.

No entanto, é preciso ser prudente e respeitar as normas de segurança, já que observar o Sol diretamente sem proteção pode provocar lesões oculares irremediáveis. Os ósculos especiais para ver eclipses não servirão, já que o planeta é muito pequeno. "É necessário um instrumento astronômico para aumentar a imagem do Sol", explicou Pascal Descamps.

Os interessados em astronomia poderão utilizar óculos e telescópios se eles protegerem com os filtros solares adequados. Segundo Descamps, "o meio mais simples para ver Mercúrio sem risco será utilizando um 'solarscope'", uma espécie de caixa de papelão com um alvo equipado com uma lente e um pequeno espelho convexo. Ele permite observar sem perigo o Sol através da projeção de sua imagem invertida em uma tela.

Mercúrio, cuja temperatura na superfície varia entre -173ºC e 427ºC, foi observado por duas sondas espaciais americanas, a Mariner 10 em 1974 e a Messenger em 1975, cuja missão terminou em 2015. Europa e Japão lançarão duas sondas em 2018 no âmbito da missão BepiColombo, que alcançará Mercúrio em 2024.

Um nono planeta, gigante e glacial, pode ter sido descoberto dentro do Sistema Solar, anunciaram ontem astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.

Escondido após a órbita de Plutão, o "Planeta Nove" tem uma massa que pode chegar a ser dez vezes superior à da Terra, segundo estudo publicado no Astronomical Journal.

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A descoberta aconteceu por meio de um movimento recente feito pelos chamados "planetas anões" e outros corpos menores. Eles teriam sido afetados por uma força gravitacional que só pode proceder de um planeta oculto, com uma "massa perturbadora".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um planeta gigante até então desconhecido, chamado Planeta Nove, pode ter sido descoberto nos confins do Sistema Solar, anunciaram cientistas americanos nesta quarta-feira. 

"O objeto tem massa cerca de 10 vezes maior do que a da Terra e segue uma órbita extravagante e alongada, na periferia do Sistema Solar", aponta a pesquisa, da CalTech University, divulgada pela publicação especializada Astronomical Journal. "De fato, este novo planeta levaria de 10 mil a 20 mil anos para completar a órbita em torno do Sol."

Os pesquisadores Konstantin Batygin e Mike Brown descobriram o planeta graças a simulações de computador e modelos matemáticos, mas não observaram o objeto diretamente. O corpo celestial tem cerca de 5 mil vezes a massa de Plutão, catalogado desde 2006 como um planeta-anão do Sistema Solar.

"A nova descoberta pode ser o verdadeiro nono planeta", indicou o professor Brown. "Ainda falta descobrir grandes partes do nosso Sistema Solar, é muito emocionante", assinalou.

A sonda americana Voyager 1 saiu oficialmente do Sistema Solar e explora uma região obscura e fria da galáxia, tornando-se o primeiro objeto enviado pelo homem a alcançar o espaço sideral, anunciou a Nasa nesta quinta-feira sobre o pioneiro veículo de testes lançado em 1977.

"Agora que temos novas informações-chave, acreditamos que este é um salto histórico em direção ao espaço interestelar", disse Ed Stone, cientista do projeto Voyager, com sede no Instituto Tecnológico da Califórnia, em Pasadena. De acordo com medidas publicadas pela revista científica Science e confirmadas pela Nasa, a sonda deixou o Sistema Solar há mais de um ano, em agosto de 2012.

Estes estudos se apoiaram em uma forte e repentina diminuição das partículas que emanam do Sistema Solar e de um aumento dos raios galácticos indicados nas medições dos instrumentos da nave espacial. Segundo o estudo do astrofísico Marc Swisdak, da Universidade de Maryland, publicado em agosto na revista Astrophysical Journal, a Voyager 1 teria saído do sistema solar em 27 de julho de 2012. O cientista, para quem o estudo publicado nesta quinta-feira vem confirmar suas conclusões, indica que esta "é a primeira vez que a humanidade pode sair do berço do Sistema Solar para explorar o resto da galáxia. A Voyager permite também fazer observações diretas fora do Sistema Solar", explicou à AFP.

Para John Grunsfeld, chefe de missões científicas da Nasa, "a Voyager se aventurou onde nenhuma outra sonda chegou antes, marcando um dos feitos tecnológicos mais significativos nos anais da História da ciência". A expectativa de vida das duas sondas Voyager, lançadas em 1977 com um mês de intervalo e que avançam a uma velocidade de 55.000 km/h, não superava os cinco anos, mas agora ainda se encontram em bom estado de funcionamento. Suas câmeras foram desligadas para poupar a bateria de plutônio que deve se esgotar por volta de 2020.

O programa de exploração Voyager tinha como objetivo estudar os planetas do Sistema Solar. Voyager 1 e 2 sobrevoaram desde então Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, bem como 48 de suas luas. Os dados coletados pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fazem dela a missão de exploração do Sistema Solar mais frutífera da História espacial.

As duas naves transportam cada uma um disco de ouro recoberto com chapa de cobre de 30 centímetros que contêm 115 fotografias e uma variedade de sons naturais, assim como mensagens em 55 idiomas. Além disso, as mensagens do então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter e do secretário-geral da ONU neste momento, Kurt Waldheim, viajam também na sonda há 35 anos.

Segundo os cientistas, Voyager 1 e 2 - esta última deveria sair do Sistema Solar em três anos - estariam nas proximidades de outras estrelas e em torno dos dois anos-luz (um ano-luz equivale a 9,461 trilhões de quilômetros) do Sol daqui a 40 mil anos. "Nada pode deter o curso da Voyager 1 no espaço, que continuará seu périplo durante muito, muito tempo, provavelmente milhares de anos", previu o astrofísico Marc Swisdal.

Os GIF’s animados são um sucesso na internet, e a Nasa, Agência Espacial Norte-Americana, levou nesta terça-feira (18) o primeiro deles ao espaço. A iniciativa faz parte do projeto Lone Signal que, em 2008, já enviou a música Across the Universe, dos Beatles, através de ondas de rádio.

A imagem escolhida, chamada de Humans watching Digital Art (Humanos assistindo Arte Digital, em tradução literal), mostra um homem coçando a orelha e foi criada por Kim Asendorf. Ela será enviada para o sistema solar Gliese 526 a 17,6 anos-luz da Terra. O sinal só deve chegar ao seu destino em 2031.

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Aproveitando o período de férias, o Paço Alfândega irá iniciar, na próxima sexta-feira (11), uma programação voltada à Astrologia, o “Férias fora de órbita”. Os visitantes do centro de compras poderão conhecer mais sobre o sistema solar através de exposição de banners e outras atividades.

Sem restrição de idade, a programação conta com um planetário digital inflável, com capacidade para 30 visitantes que trará o sistema solar em imagens 3D. Além disso, há uma programação noturna. Um telescópio estará disponível para os visitantes na varanda do centro de compras.

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A programação segue até o dia 20 deste mês. 

SERVIÇO:

Férias fora de órbita no Paço Alfândega

Onde: Paço Alfândega, Rua Alfândega, 35, Bairro do Recife

Quando: de 11 e 20 de janeiro

Horário: de segunda a sábado, das 10h às 18h - domingos e feriados das 12h às 19h.

Para o Planetário será cobrada uma taxa de R$5.

As demais atividades a entrada é franca

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