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Pelo menos 47 pessoas foram soterradas em um deslizamento de terra na província de Yunnan, no sudoeste da China, nesta segunda-feira (22), informou a imprensa estatal.

O colapso ocorreu às 5h51 (18h51 de domingo em Brasília no condado de Zhenxiong, nordeste de Yunnan, de acordo com a agência estatal Xinhua.

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A televisão estatal CCTV informou que em torno de 18 casas foram soterradas e que mais de 200 pessoas foram "retiradas com urgência" na região.

Duas pessoas foram encontradas mortas na área à tarde, relatou a CCTV, citando um jornalista no local.

As autoridades lançaram uma resposta de emergência com mais de 200 equipes de resgate e dezenas de caminhões de bombeiros, entre outros equipamentos, segundo a CCTV.

"Na hora, achei que fosse um terremoto, mas depois vi que era a colina colapsando", disse um morador à mesma emissora.

Imagens de uma emissora de televisão local transmitidas nas redes sociais mostram socorristas em trajes laranja e de capacete em formação frente a uma estação dos bombeiros.

Em outras imagens, as equipes de resgate aparecem escavando em meio às casas soterradas, onde eram visíveis alguns pertences pessoais.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "todos os esforços possíveis", segundo a CCTV.

Xi "exigiu que se organizem rapidamente forças de resgate (...) e que se façam esforços para reduzir as baixas, medida do possível", acrescentou a rede.

O presidente também lembrou que é "necessário conduzir adequadamente o trabalho de dar alívio às famílias dos mortos e realocar as pessoas afetadas".

A CCTV transmitiu a imagem de um bombeiro resgatando um morador preso em uma casa.

O chefe da aldeia rural onde ocorreu o incidente se recusou a comentar o incidente, ao ser contactado por telefone pela AFP, afirmando estar "muito ocupado".

As temperaturas em Zhenxiong atingiram -4°C na manhã desta segunda-feira, de acordo com dados meteorológicos.

A Xinhua indicou que estão em curso esforços para determinar o que aconteceu.

Deslizamentos de terra são comuns em Yunnan, uma região remota da China onde cadeias de montanhas escarpadas colidem com o planalto do Himalaia.

A China sofreu uma série de desastres naturais nos últimos meses, alguns causados por condições climáticas extremas.

Em um deles, em agosto passado, mais de 20 pessoas morreram em um deslizamento de terra causado por fortes chuvas na cidade de Xi'an, no norte do país.

Em setembro, chuvas torrenciais na região sul de Guanxi causaram um deslizamento de terra que matou pelo menos sete pessoas, segundo a imprensa local. E, em junho, um deslizamento de terra na província de Sichuan, no sudoeste do país - também remota e montanhosa - deixou 19 mortos.

Um deslizamento de terra em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, provocou o desabamento de um muro e a destruição de três residências no bairro Jardim Freire, nesta quinta-feira, 30. Ao menos cinco pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento médico.

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 18h45 e sete viaturas foram empenhadas para atender a ocorrência. Entre as vítimas que precisaram ser atendidas estão um bebê de 10 meses e uma adolescente de 17 anos, que ficou soterrada e teve fratura de fêmur e contusão na cabeça.

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As vítimas foram levadas e atendidas nos pronto-socorros do Itaim Paulista, Santa Marcelina de Itaquera, na zona leste de São Paulo, e Regional de Ferraz.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, que também esteve no local do acidente para ajudar no resgate, não chovia na região no momento do colapso, mas o deslizamento pode ter acontecido por conta do solo encharcado das precipitações dos últimos dias

De acordo com o órgão, as residências atingidas eram feitas de madeira e o local foi interditado. Não há também informações de desabrigados ou desalojados.

Ao menos 12 pequenos abalos símicos foram registros na região do município de São Caetano, no Agreste de Pernambuco, desde quarta-feira. As informações são do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LABSIS/UFRN), que opera as estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) na região Nordeste.

O evento de maior magnitude, 2.7 mR, ocorreu às 22h18 de quarta-feira (25) e foi sentido pela população local e municípios vizinhos. Às 3h52 desta quinta-feira (26) ocorreu outro tremor, desta vez, de magnitude 1.7 mR.

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Tremores de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil, sobretudo na Região Nordeste. Em geral, esses pequenos sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre.

A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) é a organização pública responsável por monitorar a sismicidade do território nacional através de suas quase 100 estações sismográficas espalhadas pelo país. As estações são operadas pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis/UnB), Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) e Observatório Nacional (ON). A RSBR conta ainda com o apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM).

Com informações da assessoria

A maior amostra já coletada de um asteroide, e a primeira feita pela Nasa, pousou no deserto de Utah neste domingo (24), sete anos após o lançamento da sonda Osiris-Rex.

A aterrizagem, observada por sensores militares, foi complementada pelo acionamento de dois paraquedas.

Segundo a agência espacial dos EUA, a amostra, coletada do asteroide Bennu em 2020, deve conter cerca de 250 gramas de material, muito mais do que dois asteroides anteriores trazidos por missões japonesas.

Este material vai "ajudar a compreender melhor os tipos de asteroides que poderiam ameaçar a Terra", além de lançar luz sobre "o início da história do sistema solar", destacou o diretor da Nasa, Bill Nelson.

Trata-se da "maior amostra já recuperada desde as rochas lunares" do programa Apollo, que terminou em 1972, contou à AFP a cientista da Nasa Amy Simon, antes do pouso.

Aproximadamente quatro horas antes do horário programado, a sonda Osiris-Rex lançou a cápsula contendo a amostra, a mais de 100 mil quilômetros da Terra.

A cápsula atravessou a atmosfera durante 13 minutos: entrou com uma velocidade superior a 44.000 quilômetros por hora e chegou a registrar uma temperatura de 2.700°C.

A Osiris-Rex continuou sua missão em direção a outro asteroide.

- Duas amostras japonesas -

Assim que pousou no deserto de Utah, uma equipe munida de luvas e máscaras analisou seu exterior, antes de colocá-la em uma rede, elevando-a em direção a um helicóptero.

Na segunda-feira (25), será transferida de avião ao Centro Espacial Johnson em Houston, Texas, onde será analisada em um processo que deve durar dias.

Os resultados iniciais devem ser apresentados em uma coletiva de imprensa da Nasa em 11 de outubro.

A maior parte da amostra será preservada para estudo das gerações futuras. Cerca de 25% serão usadas imediatamente para experimentos e uma pequena parcela será compartilhada com os parceiros Japão e Canadá.

Tóquio já havia presenteado a agência espacial americana com fragmentos do asteroide Ryugu, do qual obteve 5,4 gramas em 2020, na missão Hayabusa-2. Em 2010, o país também relatou uma quantidade microscópica de outro asteroide.

Mas a amostra de Bennu é "muito maior, então poderemos fazer muito mais análises", afirmou o presidente da Nasa.

- 'História de nossa origem' -

Os asteroides são formados por materiais originários do Sistema Solar que, diferentemente da Terra, permaneceram intactos. Logo, eles contêm "pistas sobre como o Sistema Solar se formou e evoluiu. É a história da nossa própria origem", explicou Melissa Morris, diretora do programa Osiris-Rex.

Ao colidirem com o planeta Terra, "pensamos que os asteroides e os cometas trouxeram matéria orgânica, potencialmente água, que ajudou a desenvolver a vida na Terra", disse Simon.

Os cientistas acreditam que Bennu, que possui 500 metros de diâmetro, é rico em carbono e contém moléculas de água envoltas em minerais.

A superfície do asteroide mostrou ser menos densa do que o esperado. Logo, compreender melhor sobre sua composição poderá ser útil no futuro.

Há um pequeno risco (uma chance em 2.700) de que Bennu colida com a Terra em 2182, o que seria catastrófico.

Em 2022, a Nasa conseguiu desviar a trajetória de um asteroide ao impactá-lo.

Pelo menos 11 pessoas morreram e cerca de 30 estão desaparecidas após um deslizamento de terra na região montanhosa de Racha, no noroeste da Geórgia, anunciaram as autoridades do país do Cáucaso nesta sexta-feira (4).

"Os corpos de 11 pessoas foram encontrados como parte da operação de busca e resgate", disse o Ministério do Interior do país.

"É uma situação muito difícil", afirmou o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Garibachvili, acrescentando que as equipes de resgate ainda procuram cerca de 30 pessoas desaparecidas.

"Estão trabalhando ativamente", disse ele, que ordenou ao Exército georgiano que se junte às operações de busca.

O deslizamento de terra ocorreu na quinta-feira (3), após vários dias de chuvas torrenciais, perto de um hotel em Shovi, um pequeno centro turístico nas montanhas da região de Racha. Danificou chalés, linhas de energia, estradas e pontes.

"Sobrevivemos milagrosamente", disse a sobrevivente Mariam Berianidze à imprensa georgiana, alegando que passou "duas horas meio enterrada". "Três pessoas foram arrastadas pela enchente diante de nossos olhos e espero que sejam encontradas vivas", acrescentou.

Cerca de 400 bombeiros e membros de diferentes unidades policiais estão trabalhando nas operações de resgate, segundo o Ministério do Interior.

De acordo com o geólogo da Agência Ambiental de Geórgia, Merab Gaprindashvili, o incidente foi causado por uma combinação de fatores, sobretudo as chuvas e o derretimento "intenso" de duas geleiras.

"Os eventos geológicos e hidrometeorológicos aconteceram ao mesmo tempo", disse Gaprindashvili em entrevista a canais de televisão georgianos. "Nunca houve um evento natural semelhante no oeste da Geórgia", acrescentou.

Um asteroide considerado "potencialmente perigoso" passará perto da Terra nesta segunda-feira, 12, segundo informações do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (Cneos, na sigla em inglês), da agência espacial dos Estados Unidos, Nasa.

De acordo com site Space Reference, que cataloga os objetos no espaço, o asteroide, batizado de 1994 XD (488453), deverá passar a 3,16 milhões de quilômetros do nosso planeta (ou oito vezes a distância da Terra com a Lua), o que significa que não trará riscos de colisão com a Terra.

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Porém, mesmo sendo uma distância considerável, o nível de proximidade em escala espacial está dentro do limite para a Nasa classificá-lo como um "asteroide próximo da Terra (NEA, na sigla em ingês) e, portanto, um "asteroide potencialmente perigoso" (PHA, na sigla em inglês) também.

O tamanho do 1994 XD é incerto. Mas, com base no brilho, os cálculos indicam que o asteroide tem entre 369 e 824 metros de diâmetro E, pelas informações da Nasa, o corpo espacial viaja a 21.472 km/s.

Os asteroides são considerados remanescentes rochosos da formação do sistema solar. Suas órbitas são monitoradas por questões de segurança, já que o choque com um planeta, a depender do tamanho da rocha, pode causar um alto nível de destruição.

A órbita do 1994 XD foi determinada por observações que datam de 1º de dezembro de 1994. Ainda de acordo com o Space Reference, o asteroide voltará a passar perto da Terra em 13 de junho de 2041, a uma distância de 2,29 milhões de quilômetros.

A Agência Espacial Europeia (ESA) prevê que a missão Artemis, que levará o ser humano de volta à Lua após mais de 50 anos, terá impactos positivos também no campo da sustentabilidade.

"Teremos grandes ensinamentos também no tema da sustentabilidade porque não é possível não ser sustentável em um sistema no qual você está tão longe e deve viver de alguma maneira", declarou a diretora de diversidade da ESA, Ersilia Vaudo Scarpetta, em um fórum promovido pela ANSA e pela Aliança Italiana para o Desenvolvimento Sustentável (AsviS).

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"Se você quiser construir uma base lunar, não pode levar um tijolo por vez da Terra", acrescentou Scarpetta, citando novas soluções com impressoras 3D e extração de água e oxigênio do próprio satélite natural, "tudo com uma intenção de absoluta sustentabilidade".

"Será interessante entender que tipo de aplicações elas poderão ter também na Terra. Não é exploração, haverá muita coisa para aprender e trazer de algum modo para nós", ressaltou a diretora da ESA.

A missão Artemis 1, realizada no fim do ano passado, levou uma cápsula não-tripulada para a órbita da Lua.

Já a Artemis 2, prevista para 2024, será tripulada, mas ainda não pousará no satélite natural da Terra.

Essas duas viagens são preparativos para a Artemis 3, em 2025, que marcará o primeiro pouso tripulado na Lua desde 1972.

O objetivo da Nasa e da ESA é estabelecer uma presença humana de longo prazo no satélite natural, tendo em vista a exploração do Espaço profundo, principalmente o planeta Marte. (ANSA)

Foto: Flickr/CC 2.0

A nave Soyuz MS-22, que sofreu vazamento de líquido de resfriamento enquanto estava acoplada à Estação Espacial Internacional (ISS) em dezembro, pousou nesta terça-feira (28) no Cazaquistão sem tripulantes, como planejado, segundo imagens divulgadas pela agência russa Roscosmos.

A cápsula pousou às 17h46 locais (8h46 no horário de Brasília) a sudeste da cidade de Jezkazgan (centro) e teve transmissão ao vivo da agência.

A Roscosmos informou em comunicado que 218 quilos de carga, incluindo resultados de experimentos científicos, foram transportados a bordo da Soyuz MS-22, que inicialmente levaria o astronauta americano Frank Rubio e os cosmonautas russos Sergei Prokopiev e Dmitri Peteline de volta à Terra.

O vazamento de líquido de resfriamento ocorreu após a nave ter sido atingida por um micrometeorito, de acordo com Moscou, que decidiu enviar a nave MS-23 como substituta para o retorno dos tripulantes em setembro.

O incidente gerou preocupação sobre a temperatura que poderia ser atingida dentro da nave quando ela retornasse à Terra.

Os três membros do MS-22, que viajaram no final de setembro de 2022, deveriam retornar à Terra no final de março, mas só voltarão em setembro.

As equipes de emergência prosseguiam nesta terça-feira (7) com os trabalhos de busca de dezenas de desaparecidos em um deslizamento de terra em uma ilha remota da Indonésia que matou 15 pessoas.

As condições meteorológicas e a que das linhas de comunicação dificultam as tarefas de resgate na ilha isolada de Serasan, no arquipélago de Natuna, onde vivem 8.000 pessoas.

As imagens divulgadas pelas autoridades locais mostram casas reduzidas a escombros e árvores no chão.

As equipes de resgate recuperaram 10 corpos na ilha, mas os moradores afirmaram que a tragédia provocou 15 mortes, segundo Abdul Muhari, porta-voz da Agência Nacional de Mitigação de Desastres.

Muhari também informou que oito pessoas desaparecidas foram encontradas, quatro delas em estado crítico. Outras 42 continuam desaparecidas.

As equipes de resgate concentravam os esforços em uma rua em que dezenas de casas foram atingidas.

"Ao longo desta rua, há quase 30 casas que foram soterradas", disse Muhari.

A Indonésia, um país insular, é propensa a deslizamentos de terra durante a estação chuvosa, agravados em alguns lugares pelo desmatamento.]

Os cientistas afirmam que os desastres naturais devem piorar com a mudança climática.

Em 2020, a capital indonésia, Jacarta, e outras cidades próximas sofreram as inundações mais graves em vários anos depois que as chuvas provocaram deslizamentos de terra. Pelo menos 67 pessoas morreram naquele ano.

Ao menos 15 pessoas morreram e 12 mil ficaram desabrigadas após um deslizamento de terra na região de Arequipa, no sul do Peru, nesta segunda-feira (6). As informações são do Indeci, órgão de defesa civil do país. A área mais afetada foi Nicolás Valcárcel, na cidade de Camaná, que sofreu com fortes chuvas e enchentes no domingo (5).

Ainda de acordo com o Indeci, 20 pessoas ficaram feridas, duas estão desaparecidas e outras 310 foram diretamente afetadas pelo desastre natural. O governador de Arequipa, Rohel Sánchez, alertou que o número de mortos pode aumentar, especialmente nas regiões de Miski, Secocha, Urasqui e San Martín, que possuem mineradoras. "Há uma grande probabilidade de ter pessoas mortas nos túneis", afirma Sánchez.

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Por causa do deslizamento, as autoridades de Arequipa solicitaram que o governo declarasse estado de emergência no local. A Presidência do Conselho de Ministros se ofereceu para unir diferentes áreas do governo para atender às exigências da emergência, que inclui helicópteros para voos humanitários e maquinaria pesada para limpar os escombros e combustíveis, conforme explicou Sánchez.

Um relatório da defesa civil do Peru destacou ainda que Yauyos, em Lima, também registrou deslizamentos de terra no domingo, que danificaram 99 casas e deixaram 265 pessoas desabrigadas. (Com agências internacionais).

Um asteroide do tamanho de um caminhão passou na quinta-feira (26) perto da Terra sem provocar perigo, em uma das maiores aproximações já registradas, informou a agência espacial americana, Nasa.

O asteroide 2023 BU, descoberto recentemente pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, passou sobre o extremo sul da América do Sul por volta das 21h29 (horário de Brasília), segundo a Nasa.

Em seu ponto mais próximo, o asteroide chegou a apenas 3.600 quilômetros da superfície da Terra, uma distância mais próxima do que muitos satélites geoestacionários que orbitam o planeta.

A descoberta aconteceu no sábado (21) a partir de um observatório na Crimeia, graças ao trabalho do astrônomo amador Gennadiy Borisov, que já havia detectado um cometa interestelar em 2019.

Em seguida, dezenas de observações foram registradas em observatórios ao redor do mundo. O sistema de avaliação de risco de impacto Scout, da Nasa, rapidamente descartou a possibilidade de impacto do asteroide na Terra.

"Apesar de poucas observações, ele (Borisov) foi capaz de prever que o asteroide se aproximaria de maneira extraordinária da Terra", disse Davide Farnocchia, que ajudou a desenvolver o sistema Scout.

"De fato, esta é uma das aproximações conhecidas mais próximas de um objeto à Terra já registradas", acrescentou.

Porém, mesmo que os cálculos estivessem equivocados, a humanidade estaria a salvo, de acordo com os cientistas.

Com um comprimento de apenas 3,5 a 8,5 metros, o 2023 BU é muito pequeno para provocar danos significativos e teria desintegrado ao entrar na atmosfera.

Os poucos meteoritos que chegaram à Terra são pequenos, diferente dos enormes blocos que destroem cidades e provocam tsunamis nos filmes.

Sua aproximação da Terra terá um impacto mais duradouro no asteroide, de acordo com os matemáticos da Nasa.

A gravidade da Terra aumentará o tempo que leva para o asteroide completar a órbita ao redor do Sol, de 359 dias para 425 dias, segundo a Nasa.

Um visitante que a cada 50 mil anos frequenta o céu do planeta Terra teve, neste 12 de janeiro, seu ponto de maior proximidade com o Sol e, a partir do início de fevereiro, ficará visível no hemisfério sul. Trata-se do cometa C/2022 E3.

O cometa foi detectado pelo programa Zwicky Transient Facility (ZTF) em março de 2022, quando passava pela órbita de Júpiter. A observação foi feita por meio do telescópio Samuel-Oschin, no Observatório Palomar, na Califórnia (EUA).

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Segundo o Observatório Nacional, o ponto de maior aproximação desse cometa “relativamente pequeno” - cerca de 1 km de diâmetro - com a Terra será em 1º de fevereiro.

Cometas são objetos feitos principalmente de gases congelados, rocha e poeira, e se tornam nais visíveis quando se aproximam do sol, e seu gelo passa a se transformar em gás, formando uma nuvem ao seu redor.

Da última vez que o C/2022 E3 ficou visível, a Terra ainda era habitada pelos neandertais, conforme disse o astrônomo Filipe Monteiro, tendo por base o período orbital desse corpo celeste que, acredita-se, tem como origem a Nuvem de Oort – uma das regiões mais distantes do nosso sistema solar.

“Algumas previsões sugerem que a órbita deste cometa é tão excêntrica que não está mais em órbita do Sol. Se for assim, então ele não retornará e simplesmente continuará indo embora”, informou, por meio de nota, o Observatório Nacional.

Como observar

A observação começará a ser facilitada nos primeiros dias de fevereiro, “com uma melhor altura de observação a partir do dia 4 de fevereiro na direção norte e abaixo da estrela Capela”, explica Monteiro.

Com o passar dos dias, o cometa será visto mais alto no céu e com mais tempo de visibilidade. Em sua aproximação máxima, o corpo celeste estará a cerca de 42 milhões de quilômetros da Terra.

O cometa poderá ser visto a olho nu apenas se as condições do céu forem bastante favoráveis, ou seja, com o céu escuro, sem Lua, e sem poluição luminosa. Esse poderá ser o primeiro cometa do ano visto a olho nu, e o primeiro após o cometa Neowise, que apareceu em 2020.

“Para observar o cometa, o mais sensato é usar binóculos, que facilitarão a observação desse visitante ilustre. Além disso, é importante destacar que não é uma tarefa tão fácil achar um cometa no céu. Por isso, além de instrumentos (binóculos, telescópios, câmeras fotográficas), é interessante que as pessoas procurem um lugar distante dos centros urbanos, fugindo assim da poluição luminosa. Para facilitar ainda mais a observação do cometa, o indicado é procurar pelo cometa quando a lua não estiver mais no céu”, explica Monteiro.

Para observadores iniciantes, ele sugere que como data ideal o dia 10 de fevereiro, entre 19h e 21h, quando o cometa irá se encontrar muito próximo do planeta Marte.

“Uma estratégia que pode ser usada também por iniciantes, bem como os fotógrafos casuais, é tentar fotografar o cometa apontando sua câmera para sua localização aproximada no céu e tirando fotos de longa exposição de 20 a 30 segundos”, disse

“Ao visualizar as imagens, possivelmente você notará um objeto difuso e com cauda. Usando essa técnica, muitos estão conseguindo fotografar o cometa mesmo que não o veja no céu”, disse.

O cometa "C/2022 E3 (ZTF)" cruzará novamente o céu da Terra após 50.000 anos desde a última visita e poderá ser visto a olho nu no final de janeiro.

O pequeno corpo rochoso e gelado tem o diâmetro de apenas um quilômetro. O cometa foi descoberto em março de 2022 pelo programa "Zwicky Transient Facility" (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin no Observatório Palomar, na Califórnia.

Há 50.000 anos, o "C/2022 E3 (ZTF)" visitou o interior do sistema solar e passou perto da Terra. Ele foi detectado novamente no caminho da órbita de Júpiter e passará esta semana perto do Sol.

Os astrônomos, que calcularam sua trajetória após meses de observação, apontaram que ele atingirá seu periélio - o ponto mais próximo ao Sol - no dia 12 de janeiro.

Quando um cometa se aproxima do Sol, o gelo em seu núcleo passa para o estado gasoso e libera uma longa cauda que reflete a luz do astro-rei.

Esse brilhante fenômeno é o que será visto da Terra, inicialmente no hemisfério norte, à medida que "C/2022 E3 (ZTF)" se aproxima.

O cometa brilhará em todo o seu esplendor "quando estiver mais próximo da Terra", explica o professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia, Thomas Prince, que trabalha para a ZTF.

Entretanto, será menos espetacular que o cometa Hale-Bopp (1997) ou Neowise (2020), que foram muito maiores.

O objeto espacial pode ser visto à noite com um bom par de óculos ou mesmo a olho nu, desde que o céu esteja claro, não haja poluição luminosa e o brilho da Lua não incomode.

"Talvez tenhamos sorte e seja duas vezes mais brilhante do que o esperado", arrisca o astrofísico do Observatório de Paris-PSL, Nicolas Biver.

- O melhor período de observação -

O melhor período de observação será o fim de semana de 21 e 22 de janeiro e a semana seguinte.

Durante este período, ele passará entre as constelações da Ursa Menor e da Ursa Maior. Mais tarde, poderá ser visto no Hemisfério Sul para então partir para os limites do sistema solar, onde provavelmente nasceu.

Segundo os modelos atuais, os cometas vêm ou do cinturão de Kuiper, localizado para além da órbita de Netuno, ou da nuvem de Oort, uma imensa área localizada a quase um ano-luz do Sol, no limite de seu campo gravitacional.

Este cometa "vem inicialmente da nuvem de Oort", de acordo com Biver ao considerar sua órbita.

Desta vez, ele provavelmente "sairá do sistema solar de uma vez por todas", diz Biver.

Os preparativos para contemplá-lo estarão concluídos e os cientistas esperam aprender um pouco mais sobre a composição dos cometas, em especial graças ao poderoso Telescópio Espacial James Webb.

"Iremos observar por todos os lados. Não é o cometa do século, mas estamos felizes em poder assistir cometas como este a cada um ou dois anos, pois os consideramos vestígios da formação do sistema solar", explica o astrofísico.

A primeira sonda lunar da Coreia do Sul, Danuri, transmitiu impressionantes fotos em preto e branco da superfície lunar e da Terra — informou o centro espacial sul-coreano nesta terça-feira (3).

Danuri — uma contração de "Dal", que significa "Lua", e "Nuri", que se traduz como "desfrutar" — decolou dos Estados Unidos a bordo de um foguete SpaceX em agosto e entrou na órbita lunar em dezembro, após um voo prolongado para economizar combustível.

Tiradas entre 24 de dezembro e 1º de janeiro, foram feitas a menos de 120 quilômetros da superfície lunar, segundo um comunicado do Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia (KARI).

As fotos e os vídeos serão "usados para selecionar locais que provavelmente receberão um pouso na Lua em 2032", acrescentou.

A Danuri faz uma volta completa ao redor da Lua a cada duas horas, informou o centro espacial.

O orbitador iniciará sua missão científica no próximo mês. Nela, mapeará e analisará a superfície lunar e fará medições de força magnética e dos raios gama. Também testará a "Internet espacial", uma tecnologia experimental, transmitindo fotos e vídeos à Terra.

Em dezembro, o presidente Yoon Suk-yeol celebrou os avanços de Danuri, falando de um "momento histórico" para o programa espacial sul-coreano.

A Coreia do Sul tem apresentado planos ambiciosos para o espaço, entre eles, o envio de naves à Lua em 2032, e a Marte, em 2045.

A Nasa e a SpaceX decidiram estudar a viabilidade de outorgar à empresa de Elon Musk um contrato para impulsionar o telescópio espacial Hubble a uma órbita mais alta, com o objetivo de estender sua vida útil, disse nesta quinta-feira (29) a agência espacial americana.

O renomado observatório opera desde 1990 a cerca de 540 quilômetros da Terra, uma órbita que decai lentamente com o tempo.

O Hubble carece de propulsão a bordo para combater a pequena mas notável resistência atmosférica nessa área do espaço, e sua altitude foi anteriormente restabelecida durante missões do ônibus espacial.

O novo projeto envolveria uma cápsula SpaceX Dragon. “Há uns meses, a SpaceX abordou a Nasa com a ideia de estudar se uma tripulação comercial poderia ajudar a impulsionar nossa nave espacial Hubble”, afirmou a jornalistas o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zurbuchen, e acrescentou que a agência havia aceitado o estudo sem custos.

Zurbuchen ressaltou, porém, que não há planos concretos no momento de conduzir ou financiar uma missão como essa até que se compreenda melhor seus desafios técnicos.

A SpaceX propôs a ideia em parceria com o Programa Polaris, uma empresa privada de voos espaciais tripulados dirigida pelo bilionário Jared Isaacman, que no ano passado alugou uma nave Dragon, da SpaceX, para orbitar a Terra com outros três astronautas privados.

Em resposta a um repórter que perguntou se poderia haver uma percepção de que a missão foi concebida para dar aos ricos tarefas no espaço, Zurbuchen respondeu: “Acredito que é apropriado que a consideremos devido ao tremendo valor que esse ativo de pesquisa tem para nós.”

Possivelmente um dos instrumentos mais valiosos da história científica, o Hubble continua fazendo importantes descobertas, incluindo a detecção, este ano, da estrela individual mais longe já vista, Eärendel, cuja luz levou 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra.

Atualmente, o telescópio tem previsão de permanecer em operação ao longo desta década, com 50% de chances de sair de órbita em 2037, segundo Patrick Crouse, gerente de projeto do Hubble.

Três cosmonautas russos retornaram nesta terça-feira (29) à Terra após uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência espacial russa Roscosmos.

Oleg Artemiev, Denis Matveiev e Serguei Korsakov aterrissaram no Cazaquistão, segundo um comunicado.

De acordo com as imagens transmitidas ao vivo pela agência espacial russa, os três cosmonautas foram extraídos do módulo de descida da Soyuz com sorrisos no rosto e sob um céu azul.

A tripulação iniciou sua missão na Estação Espacial Internacional em meados de março, três semanas após o início da ofensiva russa na Ucrânia.

A Roscosmos publicou uma foto deles em julho a bordo do laboratório em órbita agitando bandeiras das regiões separatistas pró-Rússia de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia.

Os países ocidentais adotaram sanções econômicas contra Moscou nos últimos meses por sua intervenção militar na Ucrânia, que também teve impacto na indústria aeroespacial.

Essas medidas provocaram advertências severas do ex-chefe da agência espacial russa e firme defensor da intervenção na Ucrânia, Dmitri Rogozin.

O sucessor de Rogozin, Yuri Borisov, nomeado em julho, confirmou a decisão da Rússia de deixar a ISS após 2024 em favor da criação de sua própria estação orbital, mas sem definir uma data específica.

Os programas espaciais continuam sendo um dos poucos campos de cooperação entre Moscou e Washington, apesar das fortes tensões entre a Rússia e o Ocidente.

Na semana passada, um astronauta americano e dois cosmonautas russos chegaram à ISS em uma espaçonave Soyuz para uma missão de seis meses.

Amanhã à noite, quem gosta de observar os céus poderá ver Júpiter mais de perto. O planeta atingirá seu ponto de oposição, que ocorre quando um corpo celeste surge no leste enquanto o Sol se põe no oeste, o que coloca o objeto astronômico e o Sol em lados opostos da Terra. A oposição de Júpiter ocorre a cada 13 meses e faz com que o planeta pareça maior e mais brilhante do que em qualquer outra época do ano. Mas, na semana que vem, além da posição de oposição, o planeta também estará no ponto mais perto da Terra nos últimos 59 anos.

Isso acontece porque, como a Terra e Júpiter não orbitam o Sol em círculos perfeitos, eles passam um pelo outro com distâncias diferentes ao longo do ano. A coincidência desses dois fatores é algo raro, o que deve tornar a vista mais impressionante. O planeta estará a aproximadamente 590 milhões de km de distância da Terra. Em seu ponto mais distante da Terra, esse espaço é de aproximadamente 965 milhões de km de distância. "Com bons binóculos, as faixas centrais e três ou quatro dos satélites galileanos (luas) devem estar visíveis", diz Adam Kobelski, astrofísico da Nasa.

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Ele recomenda o uso de um telescópio maior para ver a Grande Mancha Vermelha e as bandas de Júpiter com mais detalhes; um equipamento de quatro polegadas ou maior. De acordo com o astrofísico, o local ideal para tentar avistar o planeta será de altitude elevada e em área sem muita luminosidade artificial, além de clima mais seco.

A boa visibilidade deve durar alguns dias antes e alguns dias depois do dia 26 e, fora a Lua, Júpiter deve ser um dos corpos celestes mais brilhantes no céu noturno. O planeta tem 53 luas conhecidas e nomeadas, mas os cientistas acreditam que 79 tenham sido detectadas no total. As quatro maiores, Io, Europa, Ganimedes e Calisto, são chamadas de satélites galileanos, em referência a Galileu Galilei.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um teste em terra do novo megafoguete da Nasa, destinado a verificar o sucesso dos reparos feitos após duas tentativas fracassadas de decolagem há algumas semanas, foi realizado com êxito nesta quarta-feira (21) na Flórida, anunciou a agência espacial dos Estados Unidos.

“Foram cumpridos todos os objetivos propostos”, declarou Charlie Blackwell-Thompson, diretora de lançamento da missão Artemis 1, que será a primeira do programa a levar os americanos de volta à Lua.

No início de setembro, a decolagem do foguete SLS, o mais potente já construído, precisou ser cancelada de última hora devido a um vazamento observado na drenagem de seus tanques com combustível criogênico.

O hidrogênio líquido, que forma esse tipo de combustível junto com o oxigênio, é altamente inflamável, portanto, esses vazamentos devem ser evitados a todo custo.

Desde então, a Nasa realizou reparos e o teste desta quarta incluiu o reabastecimento dos tanques de combustível.

Durante as operações, houve mais uma vez um pequeno vazamento de hidrogênio, mas foi controlado pelas equipes da agência.

Na semana passada, a Nasa disse que tinha como meta para a próxima tentativa de lançamento o dia 27 de setembro, em menos de uma semana, mas também indicou uma data alternativa, 2 de outubro.

“As equipes avaliaram os dados dos testes, assim como as condições meteorológicas e outros fatores, antes de confirmar que tudo está pronto para a próxima oportunidade de lançamento”, informou a Nasa.

Para cumprir a próxima data, a agência também precisa obter uma isenção da Força Espacial americana para a duração da bateria do sistema de autodestruição de emergência do foguete, projetado para detonar em caso de desvio de trajetória após o lançamento.

Um delegado da Polícia Federal morreu durante operação na Terra Indígena Aripuanã, no Mato Grosso, na madrugada deste sábado (27). De acordo com o relato de uma testemunha, Roberto Moreira da Silva Filho, de 35 anos, foi atingido por um tiro que ricocheteou, disparado por outro policial.

De acordo com a PF, o delegado atuava na abordagem de um caminhão quando o veículo avançou sobre os policiais, que atiraram. Por meio de nota, a corporação lamentou a morte do delegado e disse que os fatos estão sendo apurados. 

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"Os fatos estão sendo apurados pela equipe de plantão da SR/PF/MT, com apoio da DPF/SIC/MT. Presto as mais profundas condolências à família e aos amigos do estimado colega, que tanto engrandeceu a Polícia Federal com sua dedicação e companheirismo”, registra o posicionamento da PF.

Policial federal desde 2020, Roberto Moreira nasceu em Brasília, no Distrito Federal, e trabalhava na delegacia de crimes ambientais. O delegado estava há um ano e meio em Mato Grosso, tendo participado de várias fases das operações Alfeu, Onipresente e Ato Reflexo, conhecida por ter resultado na prisão de um cacique e de um servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), em março deste ano.

Cientistas identificaram a região de origem de um meteorito marciano, um verdadeiro "livro aberto" sobre os primeiros instantes do planeta Marte, potencialmente rico em lições sobre a formação da Terra.

"Black Beauty", NWA 7034 por seu nome, fascina os geólogos desde sua descoberta no Saara em 2011. Este bloco, fácil de segurar na mão e pesando pouco mais de 300 gramas antes de ser cortado, é "uma das rochas mais antigas na história da geologia", comentou à AFP o cientista planetologista Sylvain Bouley, que assina o estudo publicado na Nature Communications.

O meteorito contém zirconita, o mineral mais antigo conhecido na Terra, datado de 4,48 bilhões de anos. Ou seja, "cerca de 80 milhões de anos após o início da formação dos planetas" do sistema solar, explicou Bouley, professor do laboratório de Geociências da Universidade de Paris-Saclay.

O NWA 7034 é, portanto, um "livro aberto sobre os primeiros momentos de Marte", quando sua superfície de magma começou a se solidificar.

Ao longo da história geológica do planeta Terra, o movimento incessante das placas tectônicas foi enterrando e desintegrando os materiais primitivos de nosso planeta Tierra. Algo que não aconteceu em Marte.

A equipe de pesquisadores, liderada por planetologistas da Universidade de Curtin, em Perth, no oeste da Austrália, com contribuição de instituições francesas, conseguiu a proeza de determinar a origem precisa do meteorito: uma cratera situada em uma região que abriga uma crosta que não mudou substancialmente desde a formação do planeta vermelho.

A cratera foi formada pelo impacto de um bólido vindo do espaço com "força suficiente para ejetar as rochas em altíssima velocidade, mais de 5 km/s, para escapar da gravidade marciana", explicou à AFP Anthony Lagain, da Curtin e autor principal do estudo.

Essas crateras devem ter pelo menos 3 km de diâmetro, o que causou um problema para os cientistas, já que Marte possui cerca de 80.000 pelo menos desse tamanho.

Mas o pesquisadores tinham uma segunda pista, pois o NWA 7034 foi lançado ao espaço há cerca de cinco milhões de anos, graças à medição de sua exposição aos raios cósmicos.

- 90 milhões de fotos de crateras -

"Então, estávamos procurando uma cratera muito jovem e grande", contou Anthony Lagain, cuja tese de doutorado se concentrou, em particular, na datação de crateras marcianas.

Outra pista, a análise da composição de "Black Beauty" revelou que o meteorito havia sido brutalmente aquecido há 1,5 bilhão de anos, provavelmente por um impacto de asteroide. Em outras palavras, a rocha foi extraída da superfície antes de cair mais longe, onde outro impacto desta vez a jogou no espaço, até a Terra.

Munido com essas informações, Anthony Lagain aprimorou um algoritmo de detecção de crateras desenvolvido na Curtin. Antes de fazê-lo analisar com um supercomputador o mosaico de 90 milhões de fotos de crateras marcianas, acumuladas graças à câmera de um satélite da Nasa.

O resultado reduziu a escolha a 19 crateras e, depois, para apenas uma, Karratha. Esta cratera de 10 km de diâmetro está em "uma região muito antiga do hemisfério sul, rica em potássio e tório, como Black Beauty", diz Lagain.

A pista final, o meteorito é o único dos marcianos a ser bastante magnetizado, casando com o fato de que "a região onde Karratha está localizada é a mais magnetizada de Marte".

Entre as regiões de Terra Cimmeria e Sirenum, esta área é "provavelmente uma relíquia da crosta mais antiga de Marte", segundo o estudo, que pleiteia o envio de uma missão dedicada ao estudo de sua geologia.

Bouley aponta para uma espécie de "viés", que centrou as missões marcianas na busca de vestígios de água e vida, em detrimento de épocas anteriores, que podem ter permitido seu aparecimento. Além disso, após sua descoberta, NWA 7034 chegou às manchetes devido à presença de água nele.

E Lagain recorda que entender a formação das primeiras crostas planetárias é entender o que aconteceu logo no início e "como se chega a um planeta tão excepcional como a Terra no Universo".

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