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Na noite desta terça-feira (14), quem olhar para o céu à noite vai se surpreender com a Superlua. O fenômeno faz com que o astro pareça estar maior e mais brilhante.

A Superlua ocorre durante o perigeu, período em que a Lua Cheia ou a Lua Nova está mais perto da terra, a uma distância de aproximadamente 362 mil quilômetros, de acordo com o Núcleo de Astronomia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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A proximidade faz com que o astro apareça ter aumentado seu tamanho em até 14% e tenha ficado cerca de 30% mais brilhante. A Superlua não tem uma influência significativa nas marés oceânicas, causando a variação de alguns centímetros.

O melhor horário para acompanhar o fenômeno é às 18h. Normalmente, a Superlua ocorre duas ou três vezes ao ano. Ela também deve volta a ocorrer no próximo mês e depois só em 2023.

Esta semana é marcada pela comemoração do Dia Internacional do Sol, uma data que visa a valorização dessa importante estrela que possui profunda relação com a sobrevivência de todas as espécies de seres vivos da Terra. Dessa forma, o LeiaJá traz algumas curiosidades da estrela: 

 • Distância: O Sol está tão distante da Terra que sua luz demora 8 minutos e 18 segundos para chegar até ao nosso planeta. A distância da Terra é de cerca de 149 milhões de km e durante o inverno, o sol fica a cerca de 4,80 milhões de quilômetros mais perto da Terra. Com isso, as sombras dos objetos são maiores no inverno do que no verão. 

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 • Um dia vai morrer: Como toda estrela, o Sol um dia vai morrer. A idade dele é de cerca de 5 bilhões de anos e sua estimativa de vida é de mais 4 ou 5 bilhões de anos. Sua luz ficará tão fraca que o calor emitido não chegará mais em nosso planeta. Como consequência, toda vida por aqui pode desaparecer. 

 • O Sol não está em chamas: O Sol é muito quente e parece sempre estar em chamas. Porém, é um engano e uma visão do senso comum. Temos essa impressão porque a atmosfera solar é formada por gases que causam explosões e geram luz e calor. Há épocas em que ocorrem explosões tão fortes que liberam energia capaz de destruir satélites, causar problemas com voos e até queda de energia elétrica na Terra. 

• Gravidade: A gravidade do sol é 28 vezes maior do que a da Terra. Essa força faz com que o grande astro atraia planetas, luas e asteroides. Isso mantém o sistema solar e faz com que cada corpo celeste fique em seu devido lugar. 

• Aurora Boreal e Austral: Algumas partículas de material solar lançadas no espaço causam o vento solar, um fenômeno que forma arcos luminosos nos polos da Terra, conhecidos como aurora boreal (norte) e aurora austral (sul). 

 

Depois de passarem quase três meses no espaço, três astronautas americanos e um alemão iniciaram sua jornada de volta à Terra a bordo de uma cápsula da SpaceX, cuja aterrissagem na costa da Flórida está marcada para esta quinta-feira à noite.

A cápsula Dragon se separou da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) às 2h20 (horário de Brasília) de hoje.

Os americanos Kayla Barron, Raja Chari e Tom Marshburn, e o astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA) Matthias Maurer, permanecerão quase 24 horas na cápsula espacial até pousarem à 1h43 (horário de Brasília), na sexta-feira.

A vertiginosa descida se desacelera ao entrar na atmosfera terrestre e, na sequência, pela abertura de enormes paraquedas. Posteriormente, a cápsula será resgatada por um navio da empresa de Elon Musk. Uma vez a bordo, a escotilha se abrirá para que os astronautas possam sair.

Batizada de Crew-3, a tripulação passou os últimos dias a bordo da ISS, realizando as operações de transferência com a Crew-4. Esta última também é composta por quatro astronautas, sendo três americanos e um italiano. A nova tripulação decolou da Flórida há uma semana, também a bordo de uma nave da SpaceX.

Três cosmonautas russos permanecem na ISS, aonde chegaram em um foguete Soyuz.

Será o sexto pouso de uma cápsula Dragon tripulada da SpaceX, que vem transportando astronautas para a ISS, regularmente, a serviço da Nasa.

Os membros da Crew-3 fizeram vários experimentos científicos. Eles estudaram, por exemplo, como o cimento endurece na ausência de gravidade, algo que pode ser muito útil para futuras construções, inclusive na Lua. Também fizeram a segunda coleta de pimentas a bordo da estação.

Durante sua estada, receberam a visita de uma missão privada, composta de três empresários. Pela viagem, o trio pagou dezenas de milhões de dólares à SpaceX.

Doze mulheres que trabalhavam em uma mina de ouro ilegal na província indonésia de Sumatra Setentrional morreram em um deslizamento de terra, informou a polícia local.

O acidente aconteceu na quinta-feira (28) na localidade de Bandar Limabung e matou 12 mulheres com idades entre 30 e 55 anos. Elas procuravam ouro em uma mina ilegal abandonada.

"O penhasco ao redor da mina desabou e sepultou as 12 mulheres, matando todas", declarou o chefe da polícia local, Marlon Rajagukguk. Ele disse que as vítimas não eram profissionais do setor de mineração.

Duas mulheres que trabalharam com as vítimas conseguiram sobreviver à catástrofe. Elas informaram as autoridades sobre o acidente.

As equipes de emergência demoraram horas a encontrar os corpos das vítimas, que estavam em um buraco de dois metros de profundidade repleto de lama.

"Todos os corpos das vítimas foram entregues às famílias", disse o policial.

O país rico em metais preciosos tem muitas minas artesanais. Os moradores procuram vestígios de ouro, sem o equipamento adequado, em locais abandonados.

Os acidentes em minas são frequentes no arquipélago devido aos deslizamentos de terra, especialmente durante a época das monções.

A China está planejando uma nova iniciativa para combater a ameaça de uma potencial colisão de asteroide com Terra, disse Wu Yanhua, o vice-diretor da Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês).

Yanhua anunciou que nos próximos anos o departamento começará um projeto para neutralizar asteroides que representam uma ameaça ao nosso planeta.

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Neste momento os detalhes do projeto não são totalmente claros, no entanto, o que se sabe é que a CNSA está trabalhando em um sistema de alerta precoce em terra e no espaço capaz de observar asteroides que se aproximam e acionar o alarme se eles puderem representar risco de colisão com a Terra.

Além disso, a CNSA planeja também desenvolver um método para evitar que esses impactos ocorram, com o vice-diretor especificando que eles vão "realizar uma colisão" para deslocar o asteroide que se aproxima de sua órbita.

"Tentaremos até o final do 14º plano quinquenal (2021-2025), ou em 2025-2026, começar a testar tecnologias para a observação de curta distância de qualquer asteroide que represente uma ameaça para a Terra. Com a sua ajuda realizaremos uma colisão, em resultado da qual esse corpo será deslocado de sua órbita", disse Wu Yanhua citado pela emissora estatal Televisão Central da China (CCTV).

E se caísse?

Impactos de asteroides são dos piores desastres naturais possíveis, já que o nível de destruição que eles podem causar excede o de qualquer outro.

Possíveis danos que um impacto de asteroide pode causar variam com base em uma série de fatores, especialmente o tamanho.

A NASA considera que asteroides de 140 metros ou mais de diâmetro sejam uma grande preocupação se eles atingirem o planeta, escreve portal Digit News.

Ninguém tinha pensando nisso?

Atualmente, o único projeto de defesa contra asteroides que foi lançado é o da sonda DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) da NASA, cuja missão é colidir com um asteroide para desviá-lo e avaliar se é um método eficaz para proteger a Terra.

A missão, lançada no final de novembro do ano passado, está programada para chegar ao asteroide Didymos em 26 de setembro de 2022.

Da Sputnik Brasil

Na manhã desta quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) interrompeu as férias para defender o agronegócio baseado na mineração em terras indígenas. Ele indicou que o conflito no leste europeu deve comprometer a economia por dificultar a compra de potássio da Rússia.

“Com a guerra Rússia/Ucrânia, hoje corremos o risco da falta do potássio ou aumento do seu preço. Nossa segurança alimentar e agronegócio (Economia) exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”, justificou para promover o Projeto de Lei 191/20, que permite a exploração de recursos naturais em território indígena.

Discurso no plenário em 2016

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Bolsonaro ainda publicou um pronunciamento de 2016, quando era deputado pelo PP, no qual comentou sobre seu interesse de restringir as políticas de preservação ambiental para ampliar o mercado nacional de potássio.

“Grande parte da agricultura precisa do potássio e somos totalmente dependentes da Rússia", destacou. 

"Temos uma mina de potássio enorme na região do Rio Madeira, que não é explorada por vários motivos: licença ambiental, um presidente com pulso resolveria o problema, questão de reserva indígena. E essas reservadas de potássio foram acertadas via Petrobras, Deus lá sabe como, que está nas mãos de uma empresa canadense”, criticou.

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Um bilionário japonês e seu assistente retornaram nesta segunda-feira (20) à Terra, acompanhados por um cosmonauta russo, depois de uma estadia de 12 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), onde filmaram vídeos de sua experiência.

O magnata da moda Yusaku Maezawa, 46 anos, e o assistente Yozo Hirano pousaram no Cazaquistão ao lado do cosmonauta russo Alexander Misurkin, anunciou a Roscomos (Agência Espacial da Rússia).

"O voo da nave espacial 'turística' Soyuz MS-20 foi concluído", afirmou a Roscosmos em um comunicado.

Imagens exibidas a partir do local de pouso, 150 quilômetros ao sudeste da cidade de Zhezkazgan, no centro do Cazaquistão, mostraram os três sorridentes depois que foram ajudados a sair da sonda Soyuz.

De acordo com a assessoria de imprensa do distrito militar central, eles foram recebidos na chegada com um prato "surpresa" de macarrão japonês.

A viagem marcou o retorno da Rússia ao turismo espacial após uma pausa de uma década. O setor, no qual o país perdeu terreno para empresas privadas americanas, incluindo a SpaceX do bilionário Elon Musk, passa por um grande aumento de interesse e representa uma fonte de recursos financeiros.

O trio passou 12 dias a bordo da ISS, período para o qual o bilionário japonês estabeleceu uma agenda carregada com uma lista de 100 tarefas a cumprir no espaço.

O assistente de Maezawa filmou vídeos sobra a vida cotidiana em órbita para publicar na página do YouTube de seu patrão.

Nos vídeos, o empresário explica a um milhão de seguidores como escovar os dentes ou inclusive ir ao banheiro em gravidade zero.

"Fazer xixi é muito fácil", afirmou em um dos vídeos, mostrando o aparelho usado pelos astronautas, que suga a urina. Em outro, ele preparou um chá sem açúcar e elogiou o sabor dos biscoitos da ISS.

- Roscosmos de volta à disputa -

Maezawa e seu assistente foram os primeiros turistas japoneses a viajar ao espaço desde 1990, quando um jornalista visitou a estação Mir soviética.

O setor, altamente lucrativo, dos voos espaciais privados virou objeto de disputa com a recente entrada na corrida das empresas dos bilionários americanos Elon Musk (SpaceX) e Jeff Bezos (Blue Origin), ou do britânico Richard Branson (Virgin Galactic).

Em setembro, a SpaceX organizou um voo de três dias em órbita com uma tripulação composta por não-astronautas. Também pretende transportar turistas em uma volta ao redor da Lua em 2023, incluindo Maezawa, que financia a operação.

A viagem que terminou nesta segunda-feira marca o retorno, após mais de uma década, da Roscosmos à disputa, no momento em que a indústria aeroespacial russa enfrenta escândalos de corrupção e dificuldades, tanto técnicas como financeiras.

Em 2020, com o início da operação das cápsulas da SpaceX, a Rússia perdeu o monopólio de voos tripulados para a ISS e as dezenas de milhões de dólares que a Nasa e outras agências pagavam por cada vaga a bordo de um Soyuz.

A missão dos turistas japoneses foi organizada pela Roscosmos em colaboração com a empresa americana Space Adventures.

Entre 2001 2009, as duas empresas enviaram empresários ao espaço em oito ocasiões.

O anterior havia sido, em 2009, o canadense Guy Laliberté, fundador do popular 'Cirque du Soleil'.

Sinal da ambição do setor espacial russo por renovação, a Roscosmos enviou em outubro um diretor e uma atriz à ISS para rodar o primeiro longa-metragem em órbita da história, antes de um projeto similar previsto pelo ator americano Tom Cruise.

Uma cápsula da empresa americana SpaceX procedente da Estação Espacial Internacional (ISS) na qual viajavam quatro astronautas retornou à Terra na segunda-feira (8) à noite, informou a Nasa.

Freada pela atmosfera terrestre, assim como por quatro enormes paraquedas, a cápsula Dragon suportou a queda vertiginosa graças ao escudo térmico.

Às 22h33 da costa leste dos Estados Unidos (0h33 de Brasília, terça-feira), a cápsula amerissou na Flórida, o que representou o final da missão Crew-2.

Um navio recuperou a cápsula e uma equipe abriu a escotilha para a saída dos astronautas. Como medida de precaução, eles foram colocados em macas e transportados por helicóptero.

Desde sua chegada à ISS em 24 de abril, a tripulação, formada por dois americanos (Megan McArthur e Shane Kimbrough), um francês (Thomas Pesquet) e um japonês (Aki Hoshide), fez centenas de experimentos e ajudou a aperfeiçoar os painéis solares da estação.

Os quatro astronautas a bordo da cápsula Dragon, batizada como Endeavour, se desacoplaram da ISS às 14h05 (16h05 de Brasília) de segunda-feira.

Em seguida, a Endeavour deu uma volta ao redor da ISS durante uma hora e meia para fazer fotografias.

Esta foi a primeira missão do tipo desde que uma nave espacial russa Soyuz fez uma manobra similar em 2018.

A cápsula Dragon tem uma pequena janela circular na parte superior da escotilha dianteira para permitir as fotografias.

A volta à Terra da Crew-2 foi adiada em um dia devido aos fortes ventos.

O mau tempo e o que a Nasa considerou um "assunto médico menor" também provocaram o adiamento do lançamento de um novo grupo de astronautas, a missão Crew-3, previsto para quarta-feira.

Enquanto isso, a ISS contará com a presença de três astronautas, dois russos e um americano.

A SpaceX começou a transportar os astronautas para a ISS em 2020, o que acabou com nove anos de dependência dos Estados Unidos dos foguetes russos para a viagem após o fim do programa do ônibus espacial.

A tripulação também enfrentou um último desafio na viagem de volta para casa: usar fraldas, depois que foi detectado um problema no sistema de manejo de resíduos da cápsula.

Os astronautas ficaram sem acesso a um banheiro durante 10 horas, a partir do momento de fechamento da escotilha e até o retorno à Terra.

"Certamente não é o ideal, mas estamos preparados para lidar com isso", disse a astronauta da Nasa Megan McArthur.

De acordo com pesquisadores do Departamento de Física e Astronomia da Pensilvânia, o maior cometa já identificado está em direção à Terra. Apesar da rota encaminhada, o objeto espacial não tem previsão para se chocar diretamente com o planeta, mas pode se aproximar cada vez mais, principalmente nos próximos dez anos.

Normalmente, os cometas orbitam em volta do sol, assim como os planetas, e dentre todos aqueles que já foram catalogados, a média de tamanho fica entre três e cinco quilômetros de diâmetro. Já este em questão é o maior já identificado e estima-se que possui aproximadamente 150 quilômetros de diâmetro.

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O cometa foi nomeado de Bernadinelli-Bernstein, e já havia sido detectado em 2014, mas cientistas não obtiveram visualização suficiente, e chegaram a cogitar que se tratava de um planeta anão. E assim, com o passar dos anos, o cometa poderá ser melhor analisado pela equipe de astrônomos que o descobriu.

Estima-se que seu momento mais próximo com a Terra será em 21 de janeiro de 2031, enquanto o cometa estiver em movimento rotatório tendo como ponto central o sol. Vale lembrar que para dar uma volta inteira na principal estrela do sistema solar, o Bernadinelli-Bernstein leva milhões de anos, enquanto a Terra leva cerca de 365 dias.

Segundo um estudo realizado por pesquisadores do Big Bear Solar Observatory, centro de pesquisa dos Estados Unidos, o planeta Terra está com menor incidência de luz. O resultado foi coletado levando em consideração os últimos 20 anos, e o nível de luz que o planeta reflete quando está de frente para o lado mais escuro da lua.

De acordo com o pesquisador Phillip Goode, um dos autores do estudo, é importante lembrar que o planeta não possui luz própria, e assim, o fenômeno se trata dos raios que o sol dispara em direção a Terra. Assim, em comparação com o cenário de 2 décadas atrás, o planeta absorve cerca de 0,5% mais energia solar.

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O principal fator responsável no acontecimento, é a diminuição da cobertura de nuvens, que recebe os raios solares e reflete para o espaço, e quanto menos cobertura, menor a incidência de luz, que também traz como consequência um aumento da temperatura na superfície dos mares, processo chamado de “Oscilação Decadal do Pacífico” (ODP).

Vale lembrar que, apesar da Terra ser palco desse fenômeno, isso não significa que uma maior absorção de energia pode estar diretamente ligada ao aquecimento global, já que a taxa de 0,5% ainda é pequena, mas as consequências podem afetar condições meteorológicas a longo prazo.

Trinta e uma vezes maior que a média dos corpos celestes já identificados, o cometa 'Bernardinelli-Bernstein' está se movendo em direção à Terra. O corpo celeste de 150 km de diâmetro foi visto na borda do sistema solar, mas não deve colidir com nosso planeta. Seu nome faz menção à dupla de astrônomos que o encontraram, um deles é brasileiro.

O brasileiro Pedro Bernardinelli e seu orientador na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, o astrônomo Gary Bernstein, estimam que o cometa não visita o sistema solar há mais de três milhões de anos. Pelo tamanho, ele chegou a ser confundido com um planeta anão, categoria a qual Plutão foi classificado.

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"Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto, ao menos maior do que qualquer um bem estudado, e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas assistam ao desenvolvimento dele conforme se aproxima e aquece", anunciou Gary em comunicado emitido pelo Laboratório Nacional de Pesquisa Astronômica Óptica Infravermelha (NoirLab). 

Ele deve chegar ao ponto mais próximo da Terra no dia 21 de janeiro de 2031. Ainda assim, o 'Bernardinelli-Bernstein' ainda estará a uma distância de cerca de 1,6 bilhão de milhas do sol.

Os cálculos apontam que esse é maior cometa já identificado entre os 3.743 conhecidos pela Agência Espacial Americana (NASA). Ele foi detectado pela dupla em 2014, através de dados coletados pela Câmera de Energia Escura do Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile.

Na noite dessa terça-feira (21), três tremores de terra foram registrados em Pernambuco e assustaram moradores de Caruaru, no Agreste. Mais cedo, outros dois eventos foram identificados em uma cidade da mesma região e no Grande Recife.

O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis-UFRN) verificou que o primeiro evento foi registrado às 0h27, no município de Moreno, no Grande Recife, com magnitude de 1.7.

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O segundo tremor ocorreu às 13h04, em Agrestina, com a mesma magnitude. A cidade foi a última em que eventos sísmicos foram captados em Pernambuco, no dia 12 deste mês.

Outro abalo ocorreu próximo ao fim da terça, dessa vez em Caruaru, por volta das 23h49. A movimentação foi de 1.9 e chegou a ser percebida pelos moradores, entretanto, não houve relato de feridos em nenhum dos casos.

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O Laboratório Sismológico segue monitorando a atividade sísmica em Pernambuco e na região Nordeste do país em tempo real.

Três astronautas chineses iniciaram nesta quinta-feira (16) a viagem de retorno à Terra após uma missão recorde de 90 dias na construção de uma estação espacial do país.

Lançada em junho, pouco antes das celebrações do centenário do Partido Comunista Chinês, a missão Shenzhou-12 tem grande prestígio nacional para o governo do presidente Xi Jinping.

Esta é a missão mais longa de astronautas chineses, recordou em um comunicado a agência responsável por voos tripulados.

Os astronautas devem chegar à Terra na sexta-feira (17).

De acordo com portais de internet especializados, a tripulação deve pousar no deserto Gobi (noroeste), perto do Centro Espacial de Jiuquan, onde aconteceu a decolagem em 16 de junho.

Nesta quinta-feira, a nave Shenzhou-12 se separou às 8h56 horário de Pequim (21h56 de Brasília, de quarta-feira) da estação Tiangong ("Palácio Celestial"), à qual estava acoplada há três meses, informou a agência espacial.

A missão tripulada anterior da China, Shenzhou-11, havia acontecido no fim de 2016 com duração de 33 dias.

Durante a missão, os astronautas da Shenzhou-12, Nie Haisheng, Liu Boming e Tang Hongbo, trabalharam na construção da estação espacial, que teve o primeiro elemento lançado em abril. Eles fizeram várias saídas ao espaço.

A Shenzhou-12 constitui o terceiro dos 11 lançamento que serão necessários para a construção da estação, entre 2021 e 2022. Quatro missões serão tripuladas.

Após a conclusão, a estação "Palácio Celestial" terá dimensões parecidas com a antiga instalação soviética Mir (1986-2001) e deve ter uma vida útil de pelo menos dez anos, segundo a agência espacial chinesa.

O interesse chinês em ter a própria base humana na órbita terrestre foi estimulado pela recusa dos Estados Unidos de dar acesso ao país à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Esta última - uma colaboração entre Estados Unidos, Rússia, Canadá, Europa e Japão - deve ser aposentada em 2024, mas a Nasa afirmou que poderia seguir em operação potencialmente até 2028.

Durante o lançamento da missão em junho, o comandante Nie Haisheng destacou o caráter patriótico da operação.

"Há décadas escrevemos capítulos gloriosos da história espacial chinesa, e nossa missão encarna as esperanças do povo e do próprio Partido", declarou.

"Esta contribuição abre novos horizontes para a humanidade no uso pacífico do espaço", disse o presidente Xi Jinping no fim de junho, durante uma comunicação por vídeo com a equipe.

O programa espacial do país é controlado pelo exército.

A China investiu bilhões de dólares ao longo de décadas para alcançar o nível de potências espaciais como Estados Unidos e Rússia.

Depois de lançar o primeiro satélite em 1970, a China enviou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003. Em 2013, colocou um robô na Lua.

O país asiático também planeja enviar astronautas à Lua antes de 2030 e construir uma base em colaboração com a Rússia.

Sobre Marte, os engenheiros chineses enviaram um robô teleguiado que pousou no Planeta Vermelho em maio.

A China alcançou outro sucesso em janeiro de 2019 com uma inovação mundial: o pouso de um robô (o "Coelho de Jade 2") no lado oculto da Lua.

O estúdio Diamond Films publicou a primeira prévia do longa-metragem intitulado “Moonfall”. O filme vai apresentar uma história apocalíptica em que a lua sai de órbita e agora está em rota de colisão com o Planeta Terra. Confira o teaser: https://www.youtube.com/watch?v=xIULzrDCFd4&ab_channel=DiamondFilmsBrasil

A prévia apresenta os desastres que a Terra poderia sofrer caso o satélite estivesse se aproximando, enquanto os civis tentam se proteger. Ao que tudo indica, a instituição governamental aeroespacial norte-americana será a responsável pela tentativa de salvar a humanidade.

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O diretor à frente do projeto é Roland Emmerich, que já possui experiência no cinema quando o assunto são filmes com temática apocalíptica, já que ele foi responsável por obras como “Independence Day” (1996), “O Dia Depois de Amanhã” (2004) e “2012” (2009).

Já no elenco principal, surgem rostos conhecidos como Halle Berry, que vai interpretar a astronauta Jo Fowley, além de Patrick Wilson, que ficou marcado por seu papel na saga de filmes de horror “Invocação do Mal” e será uma espécie de ajudante espacial.

 

Um asteroide de diâmetro entre 400 e 1.300 metros está se aproximando de nosso planeta à velocidade de 26 quilômetros por segundo.

O asteroide 2016 AJ193, que pertence à classe de corpos celestes potencialmente perigosos, se aproximará da Terra a uma distância mínima de cerca de 3,4 milhões de quilômetros neste sábado (21), segundo o site de uma das divisões da NASA.

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O asteroide chegará mais perto da Terra às 12h10, no horário de Brasília. A velocidade do corpo celeste é superior a 93 mil quilômetros por hora (26 quilômetros por segundo). Sua dimensão é estimada entre 400 metros e 1.300 metros de diâmetro.

O serviço de imprensa do Planetário de Moscou explicou à Sputnik que o asteroide não representa ameaça para o planeta, embora pertença aos potencialmente perigosos.

Em toda a história das observações de objetos desse tipo, os asteroides voaram a distâncias muito menores da Terra, segundo o Planetário de Moscou. Como comparação, a Lua está localizada a apenas 380 mil quilômetros da Terra.

Anteriormente, os astrônomos da NASA realizaram cálculos para determinar a probabilidade de a Terra ser atingida por um dos asteroides mais perigosos do Sistema Solar, Bennu. A probabilidade de o Bennu atingir a nosso planeta é de apenas 0,057%, ou uma chance em 1.750.

Da Sputink Brasil

A vida como é conhecida na Terra é impossível em Vênus, devido à falta de água suficiente em sua atmosfera, segundo um estudo, que traz uma nova objeção aos cientistas que revelaram a detecção de um gás provavelmente relacionado a uma forma viva.

"Não há vida ativa possível" nas nuvens de Vênus, declarou em coletiva de imprensa o microbiologista John Hallsworth, principal coautor do estudo publicado na revista Nature Astronomy.

O planeta mais próximo da Terra é semelhante ao nosso de várias maneiras, incluindo seu tamanho e massa. Mas difere por uma temperatura de superfície infernal, 470C°, e uma atmosfera de gás carbônico a 97%, condições não muito propícias à vida.

O planeta também é coberto por uma espessa camada de nuvens formadas por gotículas de ácido sulfúrico. Em setembro, a astrônoma britânica Jane Greaves anunciou que havia descoberto fosfina precisamente nessas camadas de nuvens.

Como na Terra, a fosfina (ou fosfano) provém da atividade humana, ou microbiana. Sua descoberta abalou a comunidade científica. Rapidamente, no entanto, os especialistas questionaram a observação e o método usado para estabelecer a presença desse gás.

Desta vez, a objeção vem da possibilidade de que um organismo vivo possa existir nessas condições. Um dos temas de estudo de John Hallsworth, da Queen's University de Belfast, é "a quantidade mínima de água que é suficiente para que os micróbios mais extremos (os mais resistentes) da Terra permaneçam ativos e se desenvolvam".

- "Distância intransponível" -

Sua resposta é contundente: a quantidade de água disponível nas nuvens de Vênus é "mais de 100 vezes inferior" ao nível propício à sobrevivência dos microrganismos mais resistentes.

Ou seja, há "uma distância intransponível do que a vida requer para funcionar".

"O micróbio mais tolerante à seca não teria tido uma única chance nas nuvens de Vênus, e o mais tolerante a um ambiente ácido, menos ainda", conclui o cientista.

Embora a equipe da professora Greaves tenha revisado a quantidade de fosfina que havia dito ter detectado, "não há um consenso firme na comunidade científica de que o sinal detectado é fosfina", acrescenta o coautor do estudo apresentado nesta segunda-feira, o astrofísico da NASA Chris McKay.

Este especialista da NASA afirma que a atmosfera de Vênus é bastante conhecida, graças às sondas que a sobrevoaram desde os anos 1960 e às observações da Terra.

"Assim, podemos dizer se há água suficiente para a vida" e, "em Vênus, esse não é o caso, nem perto disso", assegura.

As três sondas que estão programadas para explorar Vênus até 2030 confirmarão os dados existentes de temperatura, pressão e água. E talvez nos permitam recriar a história deste planeta vizinho, que "poderia ter sido habitável há 3 bilhões de anos".

Mas poderia Vênus abrigar outra forma de vida? A esta questão "filosófica", Chris McKay responde que "deixamos a biologia como a conhecemos, e entramos no reino da imaginação".

Também é difícil para Hallsworth acreditar, pois, na escala celular, ele diz que não conhece "um argumento convincente de que a vida possa ser baseada em qualquer coisa que não seja água".

Um pouso "suave" e uma "experiência única", um pouco diferente das aterrissagens a bordo das naves russas Soyuz: os astronautas que retornaram da Estação Espacial Internacional (ISS) em uma cápsula da empresa SpaceX descreveram nesta quinta-feira (6) como foi a volta à Terra após mais de 160 dias no espaço.

"Em certo momento, eu dizia para mim mesmo: 'Respira, inspira'. Porque me sentia muito pesado", contou o americano Victor Glover, um dos quatro astronautas da tripulação, batizada de Crew-1. "Mais ou menos como aqueles personagens de desenhos animados quando enfrentam a força-G", descreveu o integrante da primeira missão regular a ser enviada e trazida de volta da ISS pela empresa do multimilionário Elon Musk.

Os astronautas viajaram na cápsula Crew Dragon, que tocou o mar do estado americano da Flórida na madrugada do último domingo (2). "Esperava algo tão dinâmico e desafiador, que, quando finalmente aconteceu, foi um pouco menos do que eu imaginava", disse Glover em entrevista coletiva. O peso da aceleração se concentrou "no peito, o que dificultava a respiração. Mas o lançamento e a chegada são experiências únicas."

"O impacto foi mínimo, e logo após o pouso sentimos as ondas. Foi uma sensação ótima", descreveu o japonês Soichi Noguchi. A americana Shannon Walker, por sua vez, explicou que "pousar na água era interessante, porque nenhum de nós sabia o que esperar. Para mim, foi um pouco mais suave do que pousar em terra firme."

A Nasa assinou contratos com a SpaceX para voltar a enviar astronautas ao espaço a partir do território americano, algo que não era possível desde 2011, após o fim do programa de ônibus espaciais. Os astronautas eram obrigados a viajar nas naves russas Soyuz, que pousam em terra firme.

Em um futuro próximo, civis poderão embarcar na Crew Dragon para missões de turismo espacial. Os astronautas foram questionados se cidadãos comuns conseguiriam suportar a entrada na atmosfera nesse veículo. "Acredito que poderão lidar com isso tão bem quanto nós", avaliou o americano Mike Hopkins.

A cápsula Crew Dragon da empresa SpaceX, que transportava quatro astronautas de volta à Terra, amerissou na madrugada de domingo nas costas da Flórida, após uma missão de 160 dias no espaço.

A cápsula amerissou às 2H56 (3H56 de Brasília) no Golfo do México, na costa de Panama City, sudeste dos Estados Unidos, depois de um voo de seis horas e meia a partir da Estação Espacial Internacional (ISS).

As equipes do navio "Go Navigator" recuperaram a cápsula a içaram quase meia hora depois, na primeira amerissagem noturna da Nasa desde a da tripulação do Apollo 8 no Oceano Pacífico em 27 de dezembro de 1968.

O comandante Michael Hopkins foi o primeiro a sair, seguido pouco depois por seu compatriota americano Victor Glover. Eles retornaram à Terra com a americana Shannon Walker e o japonês Soichi Noguchi.

"Em nome da Crew-1 e de nossas famílias, queremos apenas dizer obrigado... É incrível o que pode ser realizado quando as pessoas se unem. Vocês estão mudando o mundo. Parabéns. É ótimo estar de volta", afirmou Hopkins em um tuíte da Nasa.

Os quatro astronautas se tornaram em novembro os primeiros de uma missão "operacional" que foram transportados até a ISS pela empresa espacial de Elon Musk, que se tornou um parceiro crucial da Nasa.

Outros dois americanos viajaram e retornaram a bordo da Dragon em 2020, durante uma missão de teste de dois meses na estação. Foi o primeiro voo rumo à ISS com lançamento a partir dos Estados Unidos desde o fim do programa dos ônibus espaciais em 2011, e o primeiro de uma empresa privada com astronautas a bordo.

Desta vez, trata-se da primeira missão regular transportada de volta à Terra pela SpaceX.

Para a amerissagem final, os astronautas estavam a bordo da mesma nave espacial Dragon, chamada "Resilience", que os levou à órbita, e que a SpaceX planeja reutilizar para outras missões, após os trabalhos para recondicionar o equipamento.

A Dragon também transporta "congeladores científicos com mostras de pesquisas feitas em gravidade zero", informou a Nasa.

O retorno da tripulação Crew-1 aconteceu após a chegada a bordo da ISS, na semana passada, da segunda missão regular, a Crew-2, transportada pela empresa americana.

"O tempo passou voando"

Na terça-feira, Shannon Walker entregou o comando da ISS a um astronauta da Crew-2 em uma cerimônia simbólica.

A Crew-1 permaneceu 168 dias no espaço. "O tempo passou voando, de verdade", comentou Victor Glover.

"Todos estamos muito felizes com a missão, mas acredito que todos estão emocionados por voltar para casa", afirmou Hopkins.

A saída da equipe da ISS estava prevista para quarta-feira passada e depois para sexta-feira, mas o retorno foi adiado nas duas ocasiões por más condições meteorológicas previstas na zona de amerissagem.

Nasa e SpaceX, em cooperação com a Guarda Costeira, estabeleceram uma zona de segurança de 10 milhas náuticas ao redor do local previsto para a amerissagem.

Durante o retorno dos dois astronautas da missão de teste em agosto de 2020, as embarcações se aproximaram muito do local da chegada da cápsula e tiveram que ser retiradas.

Além dos quatro astronautas da Crew-2, também permanecem na ISS outro astronauta americano e dois russos, que chegaram à estação em um foguete Soyuz.

Há cerca de 30 dias, pescadores e agricultores do Engenho Ilha, no Cabo de Santo Agostinho, estão sendo impedidos, pelo Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros- Suape, de acessar as terras e o mangue dos quais tiram seu sustento. Segundo os trabalhadores, não houve qualquer diálogo com a comunidade a respeito do cerco. A nova denúncia, em plena pandemia de Covid-19, acentua o conflito fundiário entre as 305 famílias que vivem no local, segundo os relatos dos trabalhadores, há pelo menos quatro gerações e a empresa, que alega reivindicar a área para promover conservação ambiental.

“Mais uma vez Suape interfere nos nossos modos de vida e modos de produção e em plena pandemia, quando passamos necessidades básicas, sofrendo com desemprego. Estamos sendo impossibilitados de manter nossa soberania alimentar. Além disso, as pessoas estão desesperadas, porque esse cercamento representa para nós uma iminência de expulsão, já que existe uma proposta de uma unidade de conservação no Engenho Ilha, mas sem que nada tenha sido resolvido. Do nada Suape chega e cerca tudo”, comenta a presidente da Associação de Pequenos Agricultores de Ponte dos Carvalhos, Vera Lúcia Melo.

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Em março de 2020, o LeiaJá esteve no Engenho Ilha e observou a existência de casas e instalações demolidas, segundo a população, pela segurança privada de Suape. Na ocasião, os trabalhadores que vivem no local relataram conviver com uma série de intimidações de agentes da empresa, contra a qual chegaram, inclusive, a registrar boletins de ocorrência. 

“Parecia que não tinha ninguém”

Morador do Engenho Ilha há 50 anos, José Artur dos Santos confirma que não foi avisado sobre a instalação do cercamento, assustando-se ao se deparar com ele. “Como é que vai ficar? Não trataram nada, passou com o carro parecia que não tinha dono. Eu tô ‘incrível’, não sei nada ainda”, comenta.

Camponês Ivanildo Silva cobra atitude do MPPE. (Reprodução/Whatsapp)

Já o camponês Ivanildo Silva, cobra intervenção do Ministério Público Estadual no caso: “estou vendo as coisas arbitrárias que Suape está fazendo na área do Engenho Ilha, a gente quer que o MP tome uma providência, porque eles estão tirando o direito de ir e vir dos agricultores e pescadores. Quero que faça alguma coisa por nós”, apela.

Representações

Em 2018, o Fórum Suape, que presta auxílio jurídico à comunidade do Engenho Ilha, através do ofício 21/2018, entrou com uma representação no Ministério Público Federal denunciando a empresa. No documento, a organização aponta que, na atualização de seu Plano Diretor, Suape passou a considerar o terreno que compreende o Engenho Ilha como uma Zona de Preservação Ecológica (Zpec), isto é, área cuja finalidade deve ser de promover a compensação ambiental pelos impactos causados pela estrutura do complexo.

“Acontece que o regime dessas Zpec’s, para abrigar projetos de reflorestamento e implementar unidades de conservação, é bastante restritivo à presença de comunidades. O plano diretor de Suape é muito categórico em dizer que na Zpec não será permitida nenhuma forma de ocupação, nenhum tipo de uso ou exploração. Partindo disso, Suape está expulsando o pessoal, destruindo lavouras e posses, dizendo que nessa área não pode ter nada”, explica Luísa Duque, advogada do Fórum Suape.

De acordo com ela, a ampliação das áreas de Zpec para 60% do total de 13,5 mil hectares de Suape está relacionada a uma transação judicial realizada no âmbito de uma ação civil pública ajuizada pelo MPF e pelo MPPE, acerca da ausência de ações de compensação ambiental da empresa. “Entramos com a representação de 2018 para chamar o MPF e o MPPE [Ministério Público de Pernambuco] para a responsabilidade. Foram eles que entraram com ação civil pública, foram eles que assinaram a transação judicial, o acordo com Suape sem procurar saber se na área existiam famílias, que estão lá há muito tempo, antes mesmo da aquisição do Engenho Ilha por Suape”, frisa a advogada.

Vera Lúcia Melo, presidente da Sociedade de Pequenos Agricultores de Ponte dos Carvalhos. (Rafael Negrão/cortesia)

Agora, diante do cercamento em curso, o Fórum Suape encaminhou um novo ofício (n° 05/2021), relatando a presença das cercas ao longo da faixa de mangue às margens dos Rios Pirapama e Jaboatão, áreas conhecidas como Martim, João Grande e Cajá. Questionado pela reportagem do LeiaJá, o MPF declarou que recebeu a denúncia, contendo fotografias e vídeos com depoimentos dos moradores da região prejudicados.

“Diante do informado, após determinação do Despacho nº 398/2021, foi expedido o ofício nº 348/2021, endereçado à presidência do Complexo Industrial Portuário de Suape a fim de que a empresa esclareça os fatos. Portanto, ressalta-se que o Ministério Público Federal acompanha o caso e busca apurar a notícia do recente cercamento das margens dos Rios Pirapama e Jaboatão, no intuito de aferir a legalidade da medida e adotar as providências cabíveis”, diz o posicionamento do MPF.

A reportagem também procurou Suape, que alegou que o cercamento “não impede a circulação da comunidade” e que teria deixado “várias aberturas de passagens” para a população. Apesar das queixas da comunidade, a empresa afirmou ainda que “está aberta ao diálogo com todas as comunidades do território, mas tem encontrado dificuldade com a liderança do Engenho Ilha, que, inclusive, não demonstra interesse em receber atividades e projetos socioambientais que vêm sendo implantados em outras comunidades com muito sucesso e trazendo melhor qualidade de vida para inúmeras famílias”.

Vera Lúcia Melo, indiretamente citada pela nota, comenta que não houve nenhuma proposta de estudo ambiental por parte de Suape com o Engenho Ilha. “Sinceramente? Não queremos nada com Suape, porque a gente sabe a forma que eles agem conosco: derrubando, impedindo, tirando nosso sossego e nossa paz”, lamenta.

Leia a nota de Suape na íntegra:

“O cercamento do Engelho Ilha tem o objetivo de proteger o patrimônio ambiental. A área está em processo de criação de Unidade de Conservação junto à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, por meio da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), com limites propostos, por isso necessita de cercamento. No entanto, a medida não impede a circulação da comunidade, já que as cercas foram instaladas no contorno da reserva João Grande e há várias aberturas de passagens, não obstruindo o acesso comunitário.

A criação da UC está prevista nos autos da Ação Civil Pública nº 010033.53.2010.4.05.8300 e proteger a área também é uma obrigação legal de Suape, conforme instituído pelo Plano Diretor – SUAPE 2030 (Decreto nº 37.160, de 23 de setembro de 2011), uma vez que se trata de uma Zona de Proteção Ecológica (ZPEC). Vale salientar que o local já recebeu outras ações de proteção ambiental, anteriormente.

Em relação à comunicação, a empresa Suape está aberta ao diálogo com todas as comunidades do território, mas tem encontrado dificuldade com a liderança do Engenho Ilha, que, inclusive, não demonstra interesse em receber atividades e projetos socioambientais que vêm sendo implantados em outras comunidades com muito sucesso e trazendo melhor qualidade de vida para inúmeras famílias. Contudo, a empresa se mantém à disposição para qualquer esclarecimento à comunidade e reafirma seu compromisso com a sustentabilidade do território”.

Pesquisadores responsáveis pela missão Juno descobriram que as névoas de poeira de Marte geram luzes no céu e que podem ser vistas da Terra. A informação foi publicada pela revista científica Journal of Geophysical Research: Planets, com a explicação de que o fenômeno pode ser visto pouco antes do nascer do dia, junto com o crepúsculo solar e após o anoitecer.

O fenômeno é um feixe de luz solar e foi descoberto por um instrumento junto à nave da Nasa, que detectou pequenos fragmentos da névoa que se chocou com a sonda espacial Juno, que orbita por Júpiter. Ao entrar em contato com a sonda, os minúsculos grãos da tempestade de poeira estavam a uma velocidade de 16 mil km/h e se refletiram em mínimas partículas luminosas.

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Os cientistas responsáveis pelo estudo perceberam que a sonda Juno pode ser o maior e mais sensível detector de detritos espaciais atualmente. Por isso, a equipe desenvolveu um modelo computacional para prever a luz quando ela for refletida pelas partículas de poeira interplanetária.

Por Thaiza Mikaella

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