Maior cometa já detectado se aproxima da Terra
Captado por um astrônomo brasileiro e um norte-americano, o cometa 'Bernardinelli-Bernstein' é 31 vezes maior que os corpos celestes já descobertos
Trinta e uma vezes maior que a média dos corpos celestes já identificados, o cometa 'Bernardinelli-Bernstein' está se movendo em direção à Terra. O corpo celeste de 150 km de diâmetro foi visto na borda do sistema solar, mas não deve colidir com nosso planeta. Seu nome faz menção à dupla de astrônomos que o encontraram, um deles é brasileiro.
O brasileiro Pedro Bernardinelli e seu orientador na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, o astrônomo Gary Bernstein, estimam que o cometa não visita o sistema solar há mais de três milhões de anos. Pelo tamanho, ele chegou a ser confundido com um planeta anão, categoria a qual Plutão foi classificado.
"Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto, ao menos maior do que qualquer um bem estudado, e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas assistam ao desenvolvimento dele conforme se aproxima e aquece", anunciou Gary em comunicado emitido pelo Laboratório Nacional de Pesquisa Astronômica Óptica Infravermelha (NoirLab).
Ele deve chegar ao ponto mais próximo da Terra no dia 21 de janeiro de 2031. Ainda assim, o 'Bernardinelli-Bernstein' ainda estará a uma distância de cerca de 1,6 bilhão de milhas do sol.
Os cálculos apontam que esse é maior cometa já identificado entre os 3.743 conhecidos pela Agência Espacial Americana (NASA). Ele foi detectado pela dupla em 2014, através de dados coletados pela Câmera de Energia Escura do Observatório Interamericano Cerro Tololo, no Chile.