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Os dois astronautas que tripulam a cápsula da SpaceX, que em maio viajou para a Estação Espacial Internacional (ISS), chegarão à Terra em 2 de agosto, anunciou o diretor da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), nesta sexta-feira (17).

"Estabelecemos 1o de agosto para a partida da cápsula Dragon Endeavour da SpaceX da Estação Espacial", tuitou Jim Bridenstine.

"O pouso está previsto para 2 de agosto. A data exata dependerá do clima", acrescentou.

Será o primeiro retorno tripulado da SpaceX à Terra, que no ano passado conseguiu trazer, sem incidentes, a cápsula vazia.

O retorno testará a resistência do escudo térmico da nave, que diminuirá a velocidade de descida com enormes paraquedas, usando o mesmo método das cápsulas Apolo nos anos 60 e 70.

Bob Behken e Doug Hurley partiram em 30 de maio de Cabo Canaveral, Flórida, na cápsula da SpaceX, na primeira viagem tripulada de uma empresa privada à ISS, devido a um contrato com a NASA.

Foi também o primeiro voo espacial americano tripulado desde 2011, quando o programa de ônibus espaciais foi encerrado. Desde então, os astronautas americanos viajavam para a ISS nos foguetes Soyuz russos.

Espera-se que a cápsula Dragon faça uma ponte com a ISS, transportando regularmente quatro astronautas da NASA e de agências associadas (do Canadá, Japão, Europa e possivelmente Rússia).

Atualmente, o francês Thomas Pesquet está treinando nos Estados Unidos para viajar para a ISS em uma Dragon em 2021.

Ao menos 126 mineiros morreram em um deslizamento de terra em minas de jade na região norte de Mianmar, perto da fronteira com a China, em uma das piores catástrofes do tipo nos últimos anos no país.

"Os mineiros foram arrastados por uma torrente de lama provocada pelas fortes chuvas", afirma um comunicado divulgado pelos bombeiros em sua página do Facebook. "O balanço total até o momento é de 126 mortos", completa a nota.

"As operações de resgate continuam", afirmaram fontes do corpo de bombeiros, depois que um comandante de polícia da região indicou que as tarefas de busca haviam sido interrompidas devido às fortes chuvas.

A tragédia aconteceu perto da fronteira com a China, em um vale do cantão de Hpakant que ficou completamente submerso na lama, de acordo com imagens divulgadas pelas equipes de emergência nas redes sociais.

As vítimas trabalhavam na área das minas, apesar das advertências das autoridades para que não seguissem até o local por causa das tempestades, informou à AFP a polícia. "Poderíamos ter ainda mais mortes sem a advertência", disse uma fonte das forças de segurança.

- Bilhões de dólares -

Dezenas de mineiros morrem a cada ano em Mianmar durante o trabalho na lucrativa, mas pouco regulamentada, indústria de jade, que emprega migrantes mal remunerados para extrair esta pedra semipreciosa com alta demanda na China.

De acordo com a ONG Global Witness, o negócio alcança bilhões de dólares e muitos trabalhadores não estão sequer registrados.

A catástrofe desta quinta-feira era "evitável", lamentou à AFP Hann Hindstrom, que trabalha para a ONG. Ele afirma que o acidente evidencia a "necessidade urgente" de regulamentar esta indústria.

As minas de jade a céu aberto de Hpakant transformaram a região de difícil acesso em um terreno que parece uma paisagem lunar.

Deslizamentos de terra mortais são frequentes na região. Em 2015, mais de 100 pessoas faleceram em deslizamentos de terra. Em 2019, uma tragédia similar deixou 50 vítimas fatais.

As vítimas são muitas vezes membros de comunidades étnicas desfavorecidas que trabalham de maneira quase clandestina em minas abandonadas.

Os abundantes recursos naturais do norte de Mianmar - incluindo jade, ouro e âmbar - ajudam a financiar os dois lados de uma guerra civil protagonizada há várias décadas por insurgentes da etnia kachin e os militares birmaneses.

Uma nave espacial chinesa experimental de carga, dotada de um revolucionário sistema de proteção térmica para a reentrada na atmosfera, se desintegrou nesta quarta-feira (6) ao retornar à Terra, anunciaram as autoridades.

"Aconteceu uma anomalia durante o retorno da nave de carga", afirmou a agência espacial chinesa. "Os especialistas estão analisando os dados", completa o site da agência, sem revelar detalhes.

A cápsula tinha uma proteção térmica "inflável". Este tipo de estrutura, que também está sendo testada pelas agências espaciais americana e europeia, tem o objetivo de substituir os escudos térmicos de metal e materiais refratários tradicionais, mais pesados e que limitam a capacidade de carga útil.

O aparelho experimental havia sido enviado ao espaço na terça-feira (5) ao lado do protótipo de uma nova nave com capacidade para transportar seis tripulantes, que deve retornar à Terra na sexta-feira (8).

A desintegração durante a reentrada na atmosfera - quando a temperatura alcança milhares de graus devido ao atrito com o ar a uma velocidade de 28.000 km/h - é uma decepção para o programa espacial chinês, mas não representa um grande fracasso porque o sistema, idealizado pela empresa Casic, está em fase experimental.

A cápsula e a nave espacial foram lançadas na terça-feira com foguete Longa Marcha 5B, o mais potente utilizado pela China até o momento e que permitirá transportar as partes para a construção da futura estação espacial chinesa.

Segundo informações coletadas pelo satélite Copernicus, da Comissão Europeia, um buraco da camada de ozônio que havia surgido em março deste ano no Ártico está curado. O fenômeno era o maior registrado na comparação com os que se formam anualmente na Antártica.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), o buraco foi causado por fenômenos incomuns, entre eles, um vórtice polar de ar frio que, ao perder forças, permitiu que a ferida da camada de ozônio fosse curada.

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A região da estratosfera age como um filtro solar no planeta, protegendo os seres vivos dos raios ultravioleta. Nos últimos anos, muitas organizações têm feito trabalhos de conscientização para estimular a redução de produtos químicos, que podem prejudicar a estrutura da camada.

Embora o buraco do Ártico tenha sido curado, a ferida da camada de ozônio causada na Antártica ainda é preocupante. A Nasa registrou uma diminuição do fenômeno por conta da proibição de produtos químicos, mas o processo de cicatrização pode levar décadas.

A NASA está monitorando o asteroide 2020 FM6, que passará a uma velocidade de 61 mil km/h, a 5,3 milhões de quilômetros da Terra. Outros três asteroides também se aproximarão nesta segunda (27) de nosso planeta.

Com tamanho estimado entre 100 m e 250 m de diâmetro, a aproximação do asteroide se dará às 4h45 de amanhã (27).

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O asteroide passará próximo da Terra enquanto nosso planeta se posiciona entre Vênus e Marte, como visto em publicação da NASA.

O corpo celeste entrou para a classificação de asteroides Apolo, uma das mais perigosas categorias de asteroides.

Contudo, nenhuma colisão é esperada pelos astrônomos entre a rocha espacial e a Terra.

Embora a distância mínima entre nosso planeta e o corpo celeste seja de cerca de 5,3 milhões de quilômetros, tal cifra é considerada pequena pelos astrônomos tendo em consideração as dimensões espaciais.

Segundo de quatro asteroides

O 2020 FM6 será o segundo asteroide a se aproximar do planeta amanhã.

O primeiro é o 2019 GF1, que deverá ter sua aproximação mínima às 0h55.

Depois da passagem do 2020 FM6, virá o 2020 HC5, o qual também entrou na categoria de asteroides Apolo.

O 2020 HC5 tem um tamanho estimado entre 11 m e 25 m, e sua aproximação se dará às 8h59.

Em seguida virá o 2020 HS1, que passará pelas 21h21 do mesmo dia.

Da Sputnik Brasil

Após a intensificação das rusgas entre o presidente Jair Bolsonaro com o próprio ministro da Saúde, Luiz Mandetta, o jornal O Globo publicou que Mandetta deve ser exonerado ainda nesta segunda (6). Quando a notícia foi publicada, o presidente já havia se reunido com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), cotado para assumir a pasta. Mas quem é Osmar Terra? Médico e contrário ao isolamento social, o deputado vem fazendo diversas críticas à estratégia preventiva adotada em todo mundo, o que agrada Bolsonaro.

Ex-prefeito de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, Terra já foi ministro em duas ocasiões. Primeiro, assumiu a pasta de Desenvolvimento Social, no governo Temer. Depois, foi convidado pelo próprio Bolsonaro a assumir o Ministério da Cidadania, sendo substituído por Onyx Lorenzoni. À época, interlocutores palacianos haviam repercutido o desempenho ruim do gaúcho diante da pasta: a fila do Bolsa Família, por exemplo, chegou a 1 milhão de pessoas depois de maio, quando estava zerada.

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Na verdade, antes da exoneração, especulava-se que Terra poderia deixar o Ministério da Cidadania devido às acusações de que a pasta havia contratado uma empresa de informática que, segundo a Polícia Federal, foi usada para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos entre 2016 e 2018. Outro mal-estar, de cunho pessoal, pode ter sido determinante para o rompimento entre Terra e Bolsonaro: correram notícias de que o então ministro manteria uma suposta relação extraconjugal com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Negacionismo?

Terra é visto ainda, por setores mais progressistas, como um negacionista da ciência. “A ideia de fazer quarentena para reduzir a velocidade e ‘achatar’ a curva de aumento de casos,não funcionou em nenhum país do mundo nesta epidemia!  Estão  submetendo a população a enormes sacrifícios por uma teoria sem resultados práticos!”, alardeou o deputado em seu Twitter, em que divide a foto de perfil com o presidente Bolsonaro.

A rede social de Terra, aliás, tornou-se um repositório de questionamentos à política de isolamento social e de contraponto ao trabalho de Mandetta. Também lá, o deputado rasga elogios ao presidente: “Está na hora dos governadores ouvirem o Presidente e acertarem com ele  o fim dessa quarentena sem resultados”, postou em 4 de abril. O deputado, que chama a quarentena adotada pelo país de “radical” e “inócua”, também fez críticas à Organização Mundial de Saúde (OMS), a qual disse estar “colocando o corpo fora” do isolamento horizontal.

Este não foi seu primeiro atrito com a comunidade científica. Em 2019, Terra atacou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e disse que não via “validade científica” em um estudo sobre drogas desenvolvido por três anos pela instituição, com aporte de 500 pesquisadores e 16 mil entrevistas. “Eu não confio nas pesquisas da Fiocruz. Se tu falares para as mães desses meninos drogados pelo Brasil que a Fiocruz diz que não tem uma epidemia de drogas, elas vão dar risada. É óbvio para a população que tem uma epidemia de drogas nas ruas. Eu andei nas ruas de Copacabana, e estavam vazias. Se isso não é uma epidemia de violência que tem a ver com as drogas, eu não entendo mais nada. Temos que nos basear em evidências”, afirmou, sem apresentar tais “evidências”.

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou, nessa quarta-feira (25), que a Polícia Federal (PF) investigue uma suposta expedição missionária à Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Para órgão, a entrada de pessoas de fora da aldeia representa grave risco à saúde dos nativos, o que pode acarretar em um aumento expressivo da taxa de mortandade em decorrência da pandemia.

A suposta intenção do missionário americano Andrew Tonkin de invadir o território Igarapé Lambança, tomado por indígenas em isolamento voluntário, poderia ser irremediável. Pois, os moradores são "extremamente vulneráveis a doenças", aponta o MPF. Além do risco, a entrada não autorizada no território pode configurar crime contra a saúde pública, dentre outros ilícitos penais, visto que, a Constituição determina uma política de não contato com povos indígenas isolados.

Além de requisitar a abertura do inquérito, o MPF solicitou informações ao próprio missionário e à Fundação Nacional do Índio (Funai). A intenção é saber quais providência serão adotadas para impedir a entrada de pessoas no território. Andrew Tonkin tem 24 horas para se manifestar e revelar se tem autorização oficial, quem financia a expedição e a identidade dos envolvidos na jornada.

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Nessa segunda-feira (23), a Funai seguiu a recomendação do MPF para alterar a Portaria 419/2020 - que estabelecia medidas temporárias de prevenção à infecção e propagação da covid-19 em terras indígenas - para prever que só a Coordenação Geral dos Índios Isolados e de Recente Contato possa autorizar, em caráter excepcional, atividades no território.

Há 70 milhões de anos, os dias eram mais curtos e a Lua ficava muito mais próxima à Terra, revelou um novo estudo publicado pela revista Paleoceanography and Paleoclimatology nesta terça-feira (10).

Os pesquisadores da Vrije Universiteit Brussel, que fica na Bélgica, analisaram o fóssil de uma amêijoa rudista, um molusco da espécie Torreites sanchezi, encontrado em Omã, que viveu no planeta durante o período Cretáceo (145 milhões a 66 milhões de anos atrás).

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O animal foi utilizado por conta de seu rápido crescimento diário, que criava anéis em sua concha. Com isso, foram usados raios laser para estudar cada uma dessas pequenas camadas.

Com a análise, descobriu-se que o dia tinha 23 horas e 30 minutos e que um ano durava 372 dias - contra os 365 dias atuais. Segundo os especialistas, a mudança no tempo de um dia vem do fato de que a rotação da Terra está ficando mais lenta por conta da influência da gravidade da Lua.

Além disso, os especialistas apontam que os estudos comprovam que a Lua está de fato se afastando em cerca de 3,8 centímetros por ano do planeta Terra.

Da Ansa

A Terra adquiriu uma segunda "mini-Lua", do tamanho de um automóvel - revelam os astrônomos que descobriram este objeto celeste orbitando nosso planeta.

Com aproximadamente 1,9 a 3,5 metros de diâmetro, o satélite foi observado na noite de 15 de fevereiro pelos pesquisadores Kacper Wierzchos e Teddy Pruyne, do projeto Catalina Sky Survey (CSS), financiado pela NASA (a agência espacial americana), no estado do Arizona.

"GRANDE NOTÍCIA. A Terra tem um novo objeto capturado temporariamente/possível mini-Lua chamada 2020 CD3", que pode ser um asteroide tipo C [com uma importante composição de carvão, portanto muito escuro]", tuitou Wierzchos na quarta-feira.

O cientista disse que a informação é "importante", porque "é apenas o segundo asteroide conhecido a orbitar a Terra, depois do 2006 RH120, também descoberto pelo CSS. Sua rota sugere que entrou na órbita terrestre há três anos, acrescentou.

O centro de planetas menores do Observatório Astrofísico Smithsonian, que acumula informação sobre os objetos menores do sistema solar, disse que "nenhum vínculo com um objeto artificial foi encontrado". Em outras palavras: trata-se, sem qualquer dúvida, de um asteroide capturado pela gravidade terrestre.

A dinâmica orbital "indica que este objeto está temporariamente atado à Terra". O novo vizinho terrestre não está em uma órbita estável e é pouco provável que permaneça nessa posição por muito tempo.

"Está se afastando do sistema Terra-Lua, enquanto conversamos", e deve sair em abril, disse o pesquisador Grigori Fedorets, da Queen's University, de Belfast, à revista "New Scientist".

O único asteroide até então conhecido a gravitar ao redor da Terra, o 2006 RH120, orbitou nosso planeta de setembro de 2006 a junho de 2007.

"A minha única certeza é que eu vou morrer e que a Terra é plana", diz Ricardo, entrevistado em seu restaurante em São Paulo com mesas e cadeiras azuis "como o céu" onde se reúnem os "terraplanistas". 

O homem sexagenário não quer revelar seu nome completo e prefere soltar um riso forçado para abrir suas explicações. "Hahaha!... esta risada é a primeira reação que as pessoas têm quando você fala que é Terraplanista!", afirmou.

"Ficou polêmico demais, porque é verdade e há pressões... Porque tem um fundo de verdade, e isso desperta as pessoas", explicou.

Aqueles que estão convencidos de que a Terra é plana tendem a viver nas sombras, um tanto perseguidos, quase paranoicos. Eles se comunicam em grupos fechados do WhatsApp, no Facebook e especialmente no Youtube, onde seus canais são seguidos por dezenas milhares de pessoas.

Nesse inter-ser digital, o "terraplanista" pode compartilhar sua crença, divulgar suas experiências em física, ou óptica: a Terra é estacionária e plana - e isso está escrito em Gênesis.

"Nosso movimento cresceu muito a partir dos anos de 2016/2017. Hoje, no Brasil, estamos falando de mais de 11 milhões de pessoas que já entendem que a Terra é plana", diz Anderson Neves, um empresário de 50 anos presente no restaurante de Ricardo.

Esse é o número apresentado pelo instituto Datafolha, ou seja, 7% dos brasileiros. Uma comunidade, cujos membros são principalmente homens, em geral crentes - católicos e evangélicos -, e relativamente sem instrução.

Um movimento que tem como pano de fundo o conspiracionismo dessa era pós-verdade onde cresce sem complexos, e especialmente dos centros de poder em Brasília, um discurso anti-intelectual, anticientífico e negacionista em relação ao clima.

Anderson Neves exibe um panfleto contra os três grandes "mistificadores" Newton, Darwin e Copérnico. Ao seu lado, uma maquete de uma Terra plana como um disco, coberta por uma cúpula transparente incluindo o Sol e a Lua, de tamanhos iguais.

- Os gregos já sabiam há 2.000 anos -

"Quando olhamos para o horizonte, quando vamos para uma montanha e tiramos fotos, vemos que (a Terra) é sempre plana e nunca curva como os livros científicos afirmam", continua Neves, segurando um instrumento de nivelação.

Para os "terraplanistas", se a Terra estivesse em movimento, sua rotação de 1.700 km/h para o Equador faria com que tudo voasse para longe. Se fosse esférica, veríamos sua curvatura de um avião.

"Para perceber a curvatura, seria necessário o dobro da altitude de um voo comercial, a 20.000 metros", explicou à AFP Roberto Costa, astrônomo da Universidade de São Paulo (USP).

"Sabe-se que a Terra não é plana, seguramente, desde Galileu, desde o começo do século XVII, mas os gregos já sabiam isso há mais de 2.000 anos", acrescenta o cientista.

"Os argumentos invocados para argumentar que a Terra é plana são muito fracos", ressalta. "O pêndulo de Foucault, o nascer do Sol e da Lua são evidências da rotação da Terra", completou.

Para os cientistas, o terraplanismo" é mais "uma brincadeira, nos parece muito mais uma questão a ser tratada por psicólogos e por sociólogos, porque, para os astrônomos, a forma da Terra não é um problema científico", conclui.

- Torre Eiffel pendida -

No entanto, a teoria da Terra plana penetrou nos portões do poder, onde o influente guru do presidente Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, um ex-astrólogo, tuitou: "Só assisti a uns vídeos de experimentos que mostram a planicidade das superfícies aquáticas, e não consegui encontrar, até agora, nada que os refute".

Igualmente exilado nos Estados Unidos, onde os "terraplanistas" são numerosos e onde um deles morreu no domingo ao tentar voar num foguete caseiro, Afonso de Vasconcelos é um caso único de um doutor em geofísica da prestigiada Universidade de São Paulo a acreditar em uma Terra plana.

Seu canal no YouTube "Ciência da Verdade" possui 345.000 inscritos. Também faz sucesso no YouTube Siddhartha Chaibub, um dos organizadores da convenção que reuniu várias centenas de "terraplanistas" brasileiros, a primeira do gênero, em novembro de 2019 em São Paulo.

Principal alvo desses conspiracionistas: a Nasa. Para eles, a agência espacial americana manipula suas imagens de satélite. "O homem nunca chegou na Lua, foi uma montagem", assegura Ricardo em seu restaurante. E "você já viu a Torre Eiffel de lado em imagens de satélite?".

Com seu instrumento de nivelação ainda em mãos, Anderson Neves conclui: "os terraplanistas são os mais inteligentes. Pode escrever!".

Uma equipe de cientistas norte-americana encontrou um jovem planeta com 10 vezes a massa de Júpiter, o mais jovem dos que se encontram "perto" de nosso Sistema Solar.

Foi encontrado um planeta "bebê" com tamanho que supera 10 vezes a massa de Júpiter, relata uma equipe de astrônomos do Instituto de Tecnologia de Rochester (RIT, na sigla em inglês), EUA, no site da instituição.

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Segundo a informação publicada na quarta-feira (7) na revista Research Notes of the American Astronomical Society, o 2MASS 1155-7919 b é "um planeta jovem, talvez ainda em meio à sua formação". A estrela à volta da qual ele orbita também é jovem, apenas com cinco milhões de anos, mil vezes menos que a idade do Sol.

A uma distância de 330 anos-luz do Sistema Solar, é o planeta mais próximo da Terra de idade semelhante.

"Embora muitos outros planetas tenham sido descobertos através da missão Kepler e outras missões como ela, quase todos são planetas 'antigos'. Este também é apenas o quarto ou quinto exemplo de um planeta gigante tão longe da sua estrela 'mãe', e os teóricos estão se esforçando para explicar como se formaram ou acabaram lá", explicou Annie Dickson-Vandervelde, professora assistente do RIT e autora principal do trabalho, elaborado em conjunto com Emily Wilson e Joel Kastner.

Os autores do estudo ficaram surpreendidos com a longa órbita do planeta à volta da estrela, que é de 600 vezes a distância entre a Terra e o Sol. Os cientistas esperam que as imagens e a espectroscopia de acompanhamento ajudem a entender como os planetas massivos podem acabar em órbitas tão longas.

Da Sputnik Brasil

A noite de hoje terá um céu brilhante. O motivo é porque é dia de superlua, fenômeno astronômico que ocorre quando o satélite natural da Terra está mais próximo do planeta e em sua fase cheia.

“A Superlua é um evento decorrente da coincidência de dois fatos astronômicos. O primeiro é que a Lua não gira em torno da Terra em formato de circunferência, mas em uma órbita um pouquinho achatada. Então, ela tem de estar no ponto mais próximo da Terra, que chamamos de perigeu, e ao mesmo tempo na fase cheia”, explica o coordenador do projeto Astro&Física do Instituto Federal de Santa Catarina e doutor em Física pela Universidade Federal catarinense (UFSC), professor Marcelo Schappo.

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A distância média entre a Lua e a Terra é de cerca de 384 mil quilômetros (km). No entanto, como se trata de uma órbita oval, essa distância pode variar de 400 mil km, quando mais distante (apogeu), até cerca de 360 mil km, nos períodos de maior proximidade (perigeu).

Segundo Marcelo Schappo, dependendo da localização do observatório que faz o anuário dos eventos astronômicos, é possível haver alguma divergência sobre intervalo de tempo entre o perigeu e a lua cheia. “Trata-se de uma janela arbitrária, mas no fundo são luas cheias sempre muito bonitas. Vale a pena a observação”, ressalta ele ao sugerir a observação em todas as datas.

O astrônomo explica que, devido a essa divergência, alguns observatórios não consideram o 9 de fevereiro como a primeira superlua do ano. É o caso do observatório de Lisboa (Portugal), que devido à localização, a lua do dia 9 de março não é considerada como a primeira superlua do ano.

“Para outros observatórios, a superlua ocorrerá [em algum momento] entre os dias 7 e 8 de abril, dependendo do horário da observação. Há ainda os que apontam o 7 de maio”, acrescentou.

Já o observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considera superlua apenas as que ocorrerão nos dias 9 de março e 7 de maio.

A Lua será a grande estrela no céu neste domingo (9). Nosso único satélite natural estará em seu ponto mais próximo da Terra e em sua fase mais luminosa: a da Lua cheia. A essa coincidência, os astrônomos dão o nome de Superlua.

A distância média entre a Lua e a Terra é de cerca de 384 mil quilômetros (km). No entanto, por se tratar de uma órbita oval, essa distância pode variar de 400 mil km, quando mais distante, até cerca de 360 mil km, nos períodos de maior proximidade.

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“A Superlua é um evento decorrente da coincidência de dois fatos astronômicos. O primeiro é que a Lua não gira em torno da Terra em formato de circunferência, mas em uma órbita um pouquinho achatada. Então, ela tem de estar no ponto mais próximo da Terra, que chamamos de perigeu e, ao mesmo tempo, na fase cheia”, explica o coordenador do projeto Astro&Física do Instituto Federal de Santa Catarina e doutor em física pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor Marcelo Schappo.

Segundo ele, dependendo da localização do observatório que faz o anuário dos eventos astronômicos, é possível haver alguma divergência sobre intervalo de tempo entre o perigeu e a Lua cheia. “Trata-se de uma janela arbitrária, mas no fundo são luas cheias sempre muito bonitas. Vale a pena a observação”, ressalta o astrônomo ao sugerir a observação em todas as datas.

Schappo explica que, devido a essa divergência, alguns observatórios não consideram o 9 de fevereiro como a primeira Superlua do ano. É o caso do Observatório de Lisboa (Portugal), que devido à localização, considera a lua do dia 9 de março como a primeira Superlua do ano.

“Para outros observatórios, a Superlua ocorrerá [em algum momento] entre os dias 7 e 8 de abril, dependendo do horário da observação. Há ainda os que apontam o 7 de maio”, acrescentou.

Já o observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considera Superluas apenas as que ocorrerão nos dias 9 de março e 7 de maio.

 

Pesquisadores afirmaram nesta segunda-feira (13) que novas técnicas permitiram que eles identificassem o material sólido mais antigo já encontrado na Terra.

A poeira estelar, formada de 5 a 7 bilhões de anos, veio de um meteorito que caiu na Terra há 50 anos, na Austrália, afirmaram em artigo publicado no PNAS.

Ele caiu em 1969 em Murchison, no estado de Victoria, e cientistas do Chicago's Field Museum têm um pedaço dele há cinco décadas.

Philipp Heck, curador de meteoritos no museu, examinou grãos pré-solares, que são pedaços de poeira estelar que ficaram presos nos meteoritos, transformando-as em cápsulas do tempo de períodos anteriores ao surgimento do sol.

"São amostras sólidas de estrelas, verdadeira poeira estelar", afirmou Heck em nota.

Quando as primeiras estrelas morreram, após 2 bilhões de anos de vida, elas deixaram uma poeira estelar, que formou um bloco que caiu na terra como um meteorito na Austrália.

Apesar de pesquisadores terem identificado os grãos em 1987, sua idade não tinha sido determinada.

Mas Heck e seus colegas recentemente usaram um novo método para datar esses grãos, que são microscópicos. Eles são formados de carboneto de silício, o primeiro mineral formado quando uma estrela resfria.

Para separar os grãos antigos de outros relativamente mais novos, os cientistas pulverizaram fragmentos do meteorito. Eles foram dissolvidos em ácido, e o que restou foram apenas as partículas pré-solares.

"Foi como queimar o palheiro para achar a agulha", explicou Heck.

Quando a poeira está no espaço, ela é exposta a raios cósmicos, que lentamente mudam sua composição. Isso permite que os pesquisadores encontrem sua idade.

Há uma década, apenas 20 grãos de meteorito eram datados, usando um método diferente. Agora, pesquisadores conseguiram determinar a idade de 40 grãos, a maior deles entre 4,6 bilhões e 4,9 bilhões de anos de idade.

Essas idades correspondem ao momento em que as primeiras estrelas começaram a morrer. Como esse tipo de astro vivia de 2 bilhões a 2,5 bilhões de anos, a poeira estelar pode ter até 7 bilhões de anos de idade.

"Esses são os materiais sólidos mais antigos já encontrados, e eles nos contam como as estrelas se formaram em nossa galáxia", celebrou Heck.

A nova ferramenta de datação confirma uma teoria astronômica que supunha um "baby boom" de estrelas antes da formação do sol, em vez de um ritmo constante de formação delas.

"Basicamente, chegamos à conclusão de que houve uma época em nossa galáxia em que se formaram mais estrelas que o normal, e no fim de suas vidas elas produziram poeira", contou Heck à AFP.

O desafio agora é aplica o mesmo método a outros meteoritos.

Mas, de acordo com Heck, há menos de cinco fragmentos conhecidos em coleções que são grandes o bastante para abrigar esses segredos.

A NASA anunciou nesta segunda-feira (6) que seu satélite TESS havia permitido a descoberta de um planeta do tamanho da Terra a uma distância intermediária de sua estrela, o que permitiria a presença de água em estado líquido.

Chamado "TOI 700 d", o planeta está relativamente próximo da Terra - a apenas 100 anos-luz - disse o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA durante a conferência de inverno (boreal) da Sociedade Americana de Astronomia, em Honolulu, no Havaí.

"O TESS foi projetado e lançado especificamente para encontrar planetas do tamanho da Terra e em órbita de estrelas próximas", disse o diretor de astrofísica da NASA, Paul Hertz.

Inicialmente, o satélite classificou erroneamente a estrela, o que implicava que os planetas pareciam maiores e mais quentes do que realmente eram. Vários astrônomos amadores identificaram o erro.

"Quando corrigimos os parâmetros da estrela, os tamanhos de seus planetas foram reduzidos, e percebemos que a mais externa era do tamanho da Terra e estava na zona habitável", afirmou Emily Gilbert, uma estudante de pós-graduação da Universidade de Chicago.

A descoberta é a primeira do TESS, o satélite caçador de planetas da NASA, lançado em 2018. Mais tarde, a descoberta foi confirmada pelo telescópio espacial Spitzer. A estrela TOI 700 é pequena, 40% do tamanho do Sol e mais fria.

O TESS descobriu três planetas em órbita, chamados TOI 700b, c e d. Somente "d" está na chamada zona habitável, nem tão longe nem tão perto da estrela, onde as temperaturas podem permitir a presença de água líquida.

É cerca de 20% maior do que a Terra e orbita sua estrela em 37 dias. Recebe 86% da energia que a Terra recebe do Sol. Uma face do planeta sempre encara sua estrela, como é o caso da Terra e da Lua, um fenômeno chamado rotação síncrona.

A despedida de 2019 trouxe consigo um dia a mais no calendário de 2020. Após quatro anos, o dia 29 retorna temporariamente ao mês de fevereiro, classificando 2020 como um ano bissexto. Tal acréscimo é fruto de cálculos matemáticos e análises astronômicas realizadas com o advento tecnológico do período das grandes navegações. O LeiaJá conversou com um especialista para elucidar as causas desse fenômeno.

A evolução da astronomia acompanha a existência da humanidade. Após deixar de lado a vida nômade e fixar moradia, o ser humano começou a plantar para sobreviver e constatou que o céu influenciava no plantio. Atentos às estações do ano devido a época da colheita, com o passar do tempo foi percebido que os cálculos não batiam. "As estações começaram a dar errado, quando se previa o verão vinha o inverno. Por que a cada ano, um dia ia ficando para trás", explica o professor de astronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Antônio Carlos Miranda.

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Os romanos até tentaram corrigir o erro no calendário Juliano, mas privações tecnológicas e o entendimento geocêntrico - a Terra no centro do sistema solar -  não demarcaram um dia específico, por isso, o acréscimo variava entre os meses a cada três anos. A modificação efetiva só veio em 1582 com o calendário Gregoriano, que até hoje rege a cultura ocidental. O especialista destaca que se não houvesse o ano bissexto, a cada 700 anos o Natal seria 'invertido'.

"Rigorosamente falando, não são apenas 365 dias. Tem uma pequena diferença, pois o ano tem 365 dias, 48 minutos e 10 segundos", pontua. Logo, o ano bissexto é uma forma de compensação, contudo, um algoritmo matemático verifica que a cada oito mil anos seriam necessário implementar dois dias ao ano.

O professor explica que, além do movimento terrestre de translação - em torno do Sol, que determina o ano - e de rotação - em torno do próprio eixo, que determina o dia -, a precessão dos equinócios é outro agente influenciador. "Lembra um pião quando perde velocidade, ou seja, o eixo de baixo fica fixo, mas a ponta de cima fica 'bambaleando'", ele complementa que essa movimentação se completa a cada 26 mil anos. Além disso, o próprio movimento solar, que gira em torno da galáxia e atrai consigo os planetas, faz com que o ano tenha diferença a cada translação.

Há uma teoria que prevê que daqui a bilhões de anos o Sol destruirá nosso planeta. No entanto, um astrônomo opina que a própria humanidade vá morrer muito antes desse evento.

O Sol queima 600 milhões de toneladas de hidrogênio e as transforma em hélio dentro de seu núcleo a cada segundo. Quando o núcleo fica saturado com esse hélio, ele encolhe, fazendo com que as reações de fusão nuclear dentro dele acelerem. Desta forma, o Sol descarrega mais energia e brilha cada vez mais.

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A cada bilhão de anos o Sol está se tornando 10% mais brilhante. Isso significa que em cerca de 3,5 bilhões de anos nossa estrela será capaz de ferver os oceanos da Terra, derreter suas camadas de gelo e matar toda a vida.

O gigante vermelho em que se transformará o Sol primeiro engolirá Mercúrio e Vênus, e depois, pouco antes de atingir seu tamanho e luminosidade máximos, engolirá também a Terra.

Como a humanidade pode ser salva do gigante vermelho

Avi Loeb, presidente do Departamento de Astronomia da Universidade Harvard, propõe várias soluções para evitar o iminente desaparecimento da humanidade da face da Terra por causa do Sol.

Sua ideia é deslocar-se para outras partes do Universo que sejam mais distantes do brilho vacilante da estrela. No entanto, ele propõe que nos tornemos independentes dos planetas e satélites existentes.

Seria melhor que a humanidade pudesse "fabricar uma estrutura gigantesca capaz de afastar para uma distância orbital ótima a qualquer momento" da energia mortal do Sol, segundo Loeb.

Ele escreveu que a humanidade precisa "contemplar a possibilidade de viagens espaciais fora do Sistema Solar".

Uma vez assegurada a nossa forma de viajar para outros planetas e luas no Universo, o próximo passo seria fazer cópias geneticamente idênticas de humanos e da "flora e fauna que estimamos" para plantar em outros planetas vivos.

"A solução de longo prazo para nossas ameaças existenciais não é manter todos os ovos em uma única cesta", escreveu o cientista.

Humanidade como principal ameaça à existência de vida na Terra

No entanto, Loeb não está tão certo de que a humanidade esteja perto de desaparecer nas mãos de um Sol que ilumina e se expande.

"Estou inclinado a acreditar que nossa civilização desaparecerá como resultado de feridas autoinfligidas muito antes que o Sol represente uma ameaça previsível", escreveu.

Para o cientista, a ausência de outras espécies de vida no Universo é prova da existência curta de civilizações em escala universal.

"Por que acredito nisso? Porque o silêncio morto que ouvimos tão longe dos numerosos exoplanetas habitáveis que descobrimos pode indicar que as civilizações avançadas têm vidas muito mais curtas do que suas estrelas anfitriãs", argumenta o pesquisador.

Loeb está certo de que a vida extraterrestre existe, ou existiu, no espaço. Até agora, porém, os pesquisadores não descobriram a presença de qualquer outra civilização.

Da Sputnik Brasil

"Coração da Terra", a Antártica também sofre, apesar do afastamento, o impacto das atividades humanas, lamenta o diretor do Instituto Antártico Chileno, Marcelo Leppe, em entrevista à AFP.

P. Qual a importância da Antártica?

R. Na escola, fomos ensinados que existem apenas cinco continentes no mundo. É o sexto continente, um continente que pode ser definido como o coração da Terra.

A principal corrente marinha do mundo é a corrente circumpolar antártica que se locomove do oeste para leste ao redor da Antártica. Aparecida há 30 milhões de anos, congelou um continente que antes era verde e está ligada à circulação termoalina (oceânica) em todo o mundo.

É como um coração, porque todos os anos a Antártica muda de tamanho: de 14 milhões de km2 para mais de 20 milhões. Cresce no inverno com o gelo marinho e encolhe no verão. É como se estivesse batendo.

E a corrente subantártica se move pelo mundo como um sistema circulatório. Provavelmente, desempenha um papel importante no controle das mudanças climáticas.

Portanto, é muito importante entender, prever e proteger.

P. Qual é o impacto das mudanças climáticas no continente?

R. O principal impacto na Antártica é provavelmente a criosfera: todos os anos, vemos as geleiras derretendo, o gelo do mar desaparecendo (...) e, nas áreas sem gelo, a recolonização de plantas e outros organismos que não estavam presentes na Antártida antes, pelo menos na escala da humanidade (...).

Nos últimos 50 anos, notamos que cerca de 15% do gelo desapareceu. E essa curva se acelerará nos próximos anos, provavelmente mais do que nas previsões do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas).

Até 2100, uma proporção significativa do gelo, mais de 35%, terá desaparecido. A paisagem da Península Antártica e a dinâmica das correntes marítimas serão totalmente diferentes.

P. Você enxerga outras ameaças? Por que devemos nos preocupar?

R. A Antártica não é tão isolada quanto pensamos. Os microplásticos estão começando a ser um grande problema na Antártica. Eles estão por toda parte e nós os detectamos em todos os ambientes. Detectamos em ovos de pinguim, por exemplo (...)

O que fazemos no resto do mundo tem um impacto até mesmo na Antártica e essa natureza que parece ser poupada pela pegada humana não é, como mostram os microplásticos.

Quando você tem um continente que regula o clima, o clima ao redor da Terra por meio de teleconexões, é claro que você deve estar vigilante.

Um trem descarrilou na manhã desta segunda-feira (18), em Val Pusteria, no norte da Itália, perto da fronteira com a Áustria, devido a um deslizamento de terra. O acidente ocorreu na altura do município de Rio Pusteria e, de acordo com fontes locais, ninguém ficou ferido.

A composição tinha partido de Fortezza e tinha a localidade de Brunico, em Trentino-Alto Ádige, como destino final. Em 2010, um trem da linha de Val Venosta descarrilou em um deslizamento de terra e deixou nove mortos e 28 pessoas feridas.

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A região norte da Itália tem sofrido nos últimos dias com chuvas intensas e transbordamento de rios. 

Da Ansa

O grupo aeronáutico Boeing admitiu nesta quinta-feira (31) que fissuras estruturais obrigaram a empresa a interromper o uso de até 50 aviões do modelo 737NG, após uma inspeção realizada a nível global.

Um porta-voz da Boeing declarou à AFP que quase 1.000 aviões já foram submetidos a uma inspeção e que em menos de 5% deles - o equivalente a 50 aeronaves - foram detectadas falhas. Os aviões não podem voar até que aconteçam os reparos correspondentes.

A companhia aérea australiana Qantas anunciou que um de seus aviões Boeing 737 NG permaneceria em terra por uma fissura estrutural e que 32 aeronaves devem passar por uma inspeção. A Coreia do Sul citou nove aviões fora de circulação, cinco deles pertencentes a Korean Air.

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos anunciou no início do mês que ordenou uma inspeção de vários Boeing 737 NG, o antecessor do 737 MAX, depois que foram detectadas "fissuras estruturais" em uma aeronave na China.

No início de outubro, a Boeing indicou que descobriu fissuras no "pickle fork" (literalmente "garfo de picles" por sua forma), um sistema de acoplamento que permite manter unidas as asas à fuselagem.

A imobilização das aeronaves se une a outros problemas de segurança da Boeing.

Nos últimos meses, dois acidentes do modelo 737 MAX provocaram as mortes de 346 pessoas na Indonésia e Etiópia a deixaram evidentes as falhas no programa MCAS, que deveria impedir a queda do avião em caso de perda de velocidade.

Os aviões 737 MAX não são utilizados há sete meses.

A FAA ordenou a inspeção dos 737 NG que superaram 30.000 voos, mas a Qantas indicou nesta quinta-feira que detectou fissuras em aviões com menos de 27.000 voos.

O anúncio da Qantas provoca o temor de fissuras em aviões mais novos, o que exige que toda a frota de 737 permaneça em terra.

"Estas aeronaves deveriam permanecer imobilizadas por segurança até o fim das inspeções", declarou Steve Purvinas, representante do sindicato de engenheiro, em um comunicado.

A Qantas considerou o pedido para não utilizar toda sua frota de 737 "totalmente irresponsável".

"Apenas utilizamos os aviões quando apresentam todas as garantias de segurança", declarou Chris Snook, diretor de engenharia da Qantas.

"A presença de uma fissura não compromete automaticamente a segurança do avião", completou.

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