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A agência espacial japonesa desligou a alimentação elétrica de sua sonda SLIM, menos de três horas depois de seu pouso histórico, com o objetivo de poupar suas baterias, na esperança de restaurar suas funções.

Existe uma "possibilidade" de que o módulo de pouso lunar Smart Lander for Investigating Moon (SLIM), que teve um problema com seus painéis solares, possa ser reativado, disse a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (22).

"Segundo os dados telemétricos, as células solares da SLIM estão orientadas para o oeste. Se, no futuro, a luz solar chegar à Lua pelo oeste, acreditamos que seja possível produzir energia e, no momento, estamos nos preparando para seu restabelecimento", declarou a agência.

"Conseguimos completar a transmissão de dados técnicos e imagens adquiridas durante a descida e na superfície lunar antes do corte de energia", disse a JAXA na rede social X, acrescentando que se recebeu um "grande volume de dados".

O Japão se tornou no sábado (20) o quinto país a conseguir um pouso bem-sucedido na Lua.

Após 20 minutos de descida, a JAXA disse que seu módulo pousou na superfície da Lua e conseguiu estabelecer comunicação.

Os painéis solares pararam de funcionar, porém, o que significa que sua sonda, apelidada de "Moon Sniper" ("franco-atirador lunar" em tradução literal) por sua tecnologia de precisão, terá bateria apenas por "algumas horas", disse Hitoshi Kuninaka, da agência JAXA.

Os responsáveis pela missão priorizaram a coleta de dados enquanto fosse possível, embora Kuninaka tenha sugerido que as baterias poderão voltar a funcionar assim que o ângulo da luz solar mudar.

SLIM é uma das muitas novas missões lunares que países e empresas privadas lançaram 50 anos depois de Neil Armstrong pisar na superfície do satélite da Terra.

- "Sucesso" -

A JAXA espera poder analisar os dados obtidos durante o pouso na Lua, o que ajudará a determinar se a sonda cumpriu seu objetivo de se colocar em um raio de 100 metros do local previsto.

A SLIM deveria pousar em uma cratera, na qual se acredita ser possível acessar o manto da Lua, a camada abaixo da crosta que normalmente é encontrada em grande profundidade.

As duas sondas foram implantadas com sucesso, disse a JAXA. Uma está equipada com um transmissor, e outro foi projetada para rodar pela superfície lunar e enviar as imagens de volta à Terra.

Este pequeno veículo espacial, um pouco maior do que uma bola de tênis, foi desenvolvido em conjunto com a empresa que criou os brinquedos Transformer.

Embora a precisão do pouso precise ser verificada, "acho que a missão é um grande sucesso", disse Jonathan McDowell, astrônomo do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.

As duas missões anteriores do Japão, uma pública e outra privada, fracassaram.

Em 2022, o país insular enviou a sonda lunar Omotenashi, sem sucesso, como parte da missão americana Artemis 1. Em abril, a "startup" ispace tentou se tornar a primeira empresa privada a chegar à Lua, mas perdeu a comunicação com sua nave após um "pouso forçado".

A primeira sonda lunar da Coreia do Sul, Danuri, transmitiu impressionantes fotos em preto e branco da superfície lunar e da Terra — informou o centro espacial sul-coreano nesta terça-feira (3).

Danuri — uma contração de "Dal", que significa "Lua", e "Nuri", que se traduz como "desfrutar" — decolou dos Estados Unidos a bordo de um foguete SpaceX em agosto e entrou na órbita lunar em dezembro, após um voo prolongado para economizar combustível.

Tiradas entre 24 de dezembro e 1º de janeiro, foram feitas a menos de 120 quilômetros da superfície lunar, segundo um comunicado do Instituto de Pesquisa Aeroespacial da Coreia (KARI).

As fotos e os vídeos serão "usados para selecionar locais que provavelmente receberão um pouso na Lua em 2032", acrescentou.

A Danuri faz uma volta completa ao redor da Lua a cada duas horas, informou o centro espacial.

O orbitador iniciará sua missão científica no próximo mês. Nela, mapeará e analisará a superfície lunar e fará medições de força magnética e dos raios gama. Também testará a "Internet espacial", uma tecnologia experimental, transmitindo fotos e vídeos à Terra.

Em dezembro, o presidente Yoon Suk-yeol celebrou os avanços de Danuri, falando de um "momento histórico" para o programa espacial sul-coreano.

A Coreia do Sul tem apresentado planos ambiciosos para o espaço, entre eles, o envio de naves à Lua em 2032, e a Marte, em 2045.

Um satélite que orbita a Lua encontrou o local da queda da sonda indiana Vikram, que caiu em setembro quando tentava pousar, informou a Nasa nesta segunda-feira (2).

O centro Goddard, da agência espacial americana, publicou imagens que o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) captou em outubro e novembro de um local em que se distinguem marcas do impacto e restos dispersos do dispositivo acidentado.

É difícil distinguir os rastros a olho nu, mas a análise da Nasa encontrou nestes pixels cerca de 20 partes e vários locais onde se detectam perturbações sobre o solo lunar.

Uma passagem anterior do LRO neste mesmo lugar tinha produzido uma série de imagens, mas na ocasião a luz não era boa e a Nasa não tinha encontrado ali nenhum vestígio de Vikram.

A Índia lançou a missão Chandrayaan-2 em 22 de julho. A nave espacial principal, que permanece em órbita ao redor da Lua, desprendeu-se do módulo de alunissagem Vikram dias antes do previsto. Quando Vikram estava a 2 km de altitude, no final da descida, perdeu-se o contato.

Em 10 de setembro, a Agência Espacial Indiana (ISRO) anunciou que Vikram tinha sido "localizado" pelo orbitador Chandrayaan-2, mas sem comunicação e que estava tentando restabelecer o contato.

Com este projeto, a Índia tentava se tornar o quarto país, depois de Estados Unidos, Rússia e China, a posar com sucesso uma sonda no satélite da Terra e o primeiro a conseguir fazê-lo em um dos polos lunares.

A primeira sonda israelense enviada à Lua, lançada em fevereiro, transmitiu uma "selfie" com a Terra, a 37.600 km do Planeta Azul, anunciaram nesta terça-feira representantes da missão.

A foto tirada pela sonda mostra uma parte do artefato espacial com a Terra ao fundo, e foi transmitida a um centro de controle em Yehud, centro de Israel, informaram os principais responsáveis pela missão lunar, SpaceIL e Israel Aerospace Industries (IAI).

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Chamada de Bereshit, a sonda foi lançada em 22 de fevereiro da base americana em Cabo Cañaveral, estado da Flórida.

Um foguete da empresa americana SpaceX foi lançado na noite de quinta-feira (21) dos Estados Unidos, levando a bordo a primeira sonda israelense com destino à lua. O foguete Falcon 9 decolou sem incidentes de Cabo Cañaveral, na Flórida, às 20h45 locais (22h45 de Brasília).

O lançamento foi acompanhado ao vivo em Israel por vários engenheiros e pessoal de apoio da missão, bem como pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, do centro de controle da empresa aeroespacial Israeli Aerospace Industries (IAI), sócia do projeto.

A sonda, nomeada Bereshit (Gênese, em hebraico), fará várias órbitas em volta da Terra que lhe servirão de impulso para, com ajuda do seu motor, avançar com destino à lua, onde tem previsto pousar em 11 de abril. O foguete também transporta um satélite indonésio e outro da Força Aérea americana.

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