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Atualmente, quem precisa repor hemácias - glóbulos vermelhos do sangue - depende de uma transfusão de sangue a partir de doação. Mas um novo estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, mostrou que é possível reproduzir esses glóbulos a partir de células-tronco do sangue humano coletadas do próprio paciente. A novidade científica pode colaborar para que pessoas com doenças como talessemia, anemia falciforme e certos tipos de câncer tenham de fazer menos transfusões sanguíneas ao longo da vida.

Além de acabar com problemas relacionados ao tempo de espera por transfusões por falta de doações de sangue, a tecnologia deve ajudar a melhorar a saúde e a qualidade de vida de quem vive com doenças provocadas pela falta de glóbulos vermelhos. "Como se trata de sangue recém-cultivado, isso poderia reduzir a frequência de transfusões, reduzir a carga de tratamento para os pacientes e os efeitos colaterais indesejados de transfusões frequentes", diz o relatório do estudo. "Potencialmente, esses pacientes precisarão de menos transfusões, reduzindo a carga de ferro nos tecidos."

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Outros possíveis beneficiados são as pessoas de tipos sanguíneos raros, que têm mais dificuldade em conseguir doadores compatíveis. Testemunhas de Jeová, que não realizam transfusões de sangue de doadores por motivos religiosos, também poderiam utilizar a técnica.

Para criar as hemácias em laboratório, os cientistas colhem o sangue do paciente e o colocam em uma máquina de "centrifugação". Assim, é possível separar os glóbulos brancos do sangue e um pequeno número de células-tronco.

Colhidas, as células-tronco são "purificadas" e incubadas por cerca de três semanas em uma série de líquidos que contêm diferentes nutrientes e fatores de crescimento. "Esses coquetéis especiais de ingredientes encontrados naturalmente no corpo humano permitem que as células se multipliquem e se transformem em glóbulos vermelhos", dizem os cientistas que atuaram na pesquisa.

ENSAIO CLÍNICO

Para ter certeza de que o novo tratamento pode cumprir seu potencial, os pesquisadores de Bristol estão realizando um ensaio clínico em voluntários para avaliar o desempenho dos glóbulos vermelhos cultivados em laboratório em comparação com os doados. "Também estamos realizando um programa de pesquisa para produzir maiores volumes de glóbulos vermelhos", dizem.

Além dos pesquisadores da Universidade de Bristol, o estudo também conta com a parceria do National Health Service (NHS) do Reino Unido e das Unidades de Pesquisa de Sangue e Transplante do National Institute for Health and Care Research.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs) está promovendo o "SENAI: Futuros Espaciais". A iniciativa tem como objetivo aumentar o interesse dos jovens pela ciência e estimular o desenvolvimento do setor aeroespacial.  

O evento será realizado nos dias 3 e 4 de novembro, em parceria com a National Aeronautics and Space Administration (NASA), a agência espacial americana, com transmissão ao vivo pelo YouTube do SENAI Pernambuco.  

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As inscrições para pesquisadores e empresários é gratuita e pode ser feitas através da plataforma SENAI. As vagas para escolas já foram encerradas. 

O evento conta com diversas palestras sobre importantes iniciativas que a NASA está desenvolvendo, tais como o lançamento do satélite SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task), o Heliophysics Big Year e o Programa Artemis, que irá enviar a primeira mulher e a primeira pessoa negra para a lua em 2024.  

Também farão parte do encontro a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que apresentarão suas participações no desenvolvimento do SPORT e uma visão geral das atividades espaciais que estão sendo desenvolvidas no Brasil. 

O evento contará com o Dr. Jim Spann, cientista líder em Clima Espacial na NASA; Dra. Shelia Nash-Stevenson, engenheira da NASA e gerente do projeto SPORT; Pedro Cabral, natural de Recife, engenheiro do ITA e do projeto SPORT; e Denise Hill, Comunicações e Liderança de Divulgação da NASA.

Confira o cronograma:

DIA 1 (03/11) 

O primeiro dia é destinado a jovens estudantes de escolas públicas e privadas e acontecerá na Concha Acústica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A agenda da manhã será voltada para estudantes do ensino fundamental, e a da tarde para estudantes do ensino médio.  

DIA 2 (04/11) 

O segundo dia será direcionado para estudantes universitários, pesquisadores (manhã) e empresários do setor industrial (tarde). O evento acontecerá na Casa da Indústria, em Santo Amaro.  

"O foco neste momento será discutir a cooperação acadêmica e industrial no setor espacial entre o Brasil e os Estados Unidos, a troca de experiências relacionadas ao desenvolvimento do satélite SPORT, as alternativas de pesquisa e promoção do desenvolvimento para o setor e a importância do setor para a economia nacional", explica o Diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI Pernambuco, Oziel Alves.

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram realizar um transplante inédito de neurônios humanos em cérebros de ratos jovens. O objetivo do experimento é estudar fisiologicamente alguns distúrbios psiquiátricos complexos, como a esquizofrenia, com a possibilidade de, até mesmo, testar alguns tratamentos.  

Para isso, os autores da pesquisa utilizaram mini modelos 3D do cérebro humano chamados organóides, técnica desenvolvida na última década a partir de células-tronco para funcionar como um modelo simplificado do córtex humano. Isso inclui a conexão e a integração com o tecido circundante do córtex de cada rato, de forma a funcionar como o próprio cérebro do roedor. De acordo com os pesquisadores, a grande dificuldade de estudar as doenças psiquiátricas em animais é que eles não as sofrem da mesma maneira que os seres humanos, ao passo que estes não podem, naturalmente ser sujeitos a determinados experimentos vivos.  

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Além disso, em culturas desse tecido cerebral humano feitas em placas de Petri, os neurônios não atingem seu tamanho característico em um cérebro humano real. Segundo o principal autor do estudo e professor de Psiquiatria e Ciências Comportamentais em Stanford, Sergiu Pasca, ao transportar os órgãos 3D em cérebros de ratos bebês, descobriu-se que os organoides podem se tornar bastante grandes e vascularizados.  

Sustentados pela rede sanguínea do pequeno roedor, eles chegaram a ocupar até um terço do hemisfério do cérebro de cada animal. A equipe usou a ferramenta em organóides de pacientes com uma doença genética chamada Síndrome de Timothy. A conclusão foi de que, nos cérebros dos ratos, os organoides cresceram mais lentamente e com menor atividade do que aqueles nos cérebros de pacientes saudáveis.

O Hospital Especial Domiciliar estará presente na HospitalMed, a maior feira de Negócios de Saúde do Norte-Nordeste, no Centro de Convenções de Pernambuco, entre os dias 19 e 21 de outubro. Durante o evento, a empresa apresentará a sua estrutura e serviços oferecidos, que a levou a ser referência em Pernambuco ao longo das últimas duas décadas. 

O público também poderá conferir de perto o simulador de paciente humano, vendo na prática como o equipamento funciona a partir de diversas situações que serão apresentadas. 

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De acordo com Fernanda Beltrão, Gestora de Educação Permanente do hospital, o simulador permite que sejam realizados procedimentos diversos, como entubação orotraqueal, reanimação cardiopulmonar, monitorização cardíaca e verificação de sinais vitais. 

“O equipamento pode ser programado para várias situações. Desta forma, nossas equipes são treinadas seguindo protocolos reais e que são monitorados, dando total precisão do que está sendo feito da forma correta ou não, sem colocar vidas em risco e desenvolvendo habilidades”, explica. 

Ao todo, o software do simulador é capaz de reproduzir 24 tipos de sons de respiração, 42 tipos de sons do coração e 5 sons abdominais. Além da possibilidade de editar inúmeros casos clínicos, sem restrições. 

“Em Pernambuco, de todas as empresas que atuam com homecare, apenas o Hospital Especial possui este tipo de equipamento. Foram investidos cerca de R$ 130 mil e contar com este simulador nos proporciona maior segurança no dia a dia das nossas equipes, atuando diretamente com os nossos pacientes”, afirma Fernanda.

Da assessoria 

 

A rotina de Sérgio Girotto, de 62 anos, não difere muito da do resto dos agricultores de Ipuaçu, cidade de 7,6 mil habitantes no oeste catarinense. Ele acorda às 5h30, prepara o chimarrão e sai para trabalhar. Na manhã do último dia 4, pipocaram fotos no celular de Girotto. Eram os agroglifos, desenhos que aparecem em plantações locais desde 2008. Ele só não imaginava, segundo conta, que dava para ver a novidade da sua varanda. "Quando saí, pude ver lá do alto."

As imagens - formas geométricas com pentágono, círculos e um triângulo em meio ao trigo - não correram só o WhatsApp de Girotto e seus vizinhos: viralizaram nas redes sociais. "Acordei e já estava lá", diz ele. O agricultor jura não ter ideia de como as inscrições misteriosas foram parar nas suas terras, onde, além de trigo e agroglifos, costumam brotar feijão, milho e aveia.

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"Não é a primeira vez. Em 2013 já tinha acontecido (na propriedade), mas a gente não deu muita importância", relata Girotto, que vive com a mulher. A diferença desta vez, afirmam moradores, foi a proximidade com a área urbana e também as formas diferentes de qualquer outra já vista na região. Grafismos de grande porte criados a partir do achatamento de plantações, os agroglifos costumam ter origem desconhecida, alimentando a imaginação de vizinhos e embates entre ciência e ufologia.

Católico, ele prefere não arriscar uma autoria para os traços na sua lavoura, que tem um total de 17 hectares. Invasores? Animais? Fantasmas? OVNIs? "Não acredito nem desacredito. Mas que é muito estranho, é", admite. O mistério atrai curiosos - na maior parte de estudantes e caçadores de vida extraterrestre.

"Gente de Curitiba, de São Paulo e até do Amazonas. Teve um casal de franceses também. Disseram que moram em Foz do Iguaçu", conta.

Muitos desses grupos, inclusive, apontam falsos agroglifos - o que seriam apenas imitações dos desenhos legítimos, que obedecem a uma série de supostos padrões, como curvatura dos vegetais, distâncias simétricas, e preservação da estrutura das plantas, sem dano ao caule ou às folhas. Na propriedade de Girotto, a forte chuva desta semana já apagou os desenhos.

Turismo

Se os desenhistas seguem no anonimato, Ipuaçu quer usufruir da fama. A prefeitura já ostenta no site o título de "capital nacional dos agroglifos", mas ainda está longe de receber o mesmo volume de turistas que Roswell (EUA), onde supostamente um disco voador teria sido achado, ou Stonehenge (Reino Unido), monumento pré-histórico de pedra.

A prefeitura de Ipuaçu afirma que, a cada novo agroglifo (a lista no site do município aponta que esse seria pelo menos o quinto na região desde 2008, mas há outros relatos), aparecem cerca de 2 mil pessoas.

O comércio, porém, não tem visto todo esse movimento. "As pessoas vêm mais por curiosidade, ficam meia hora e vão embora. Não chegam a consumir na cidade", reclama Eliamar Seraglio, de 40 anos, dona do único hotel da cidade.

Já Luiz Prates Junior, do Grupo de Pesquisa Ufológica de Santa Catarina, investiu tempo no local para colher amostras de terra, das plantas, ouvir testemunhas e coletar imagens do desenho, com cerca de 700 m².

"Apesar de o desenho ter sido criado sobre as marcas de rodado de trator, não foram identificadas pegadas humanas, descartando que o agroglifo tenha sido produzido com cordas ou madeira", afirmou Prates. "Se assim fosse, a vegetação não estaria deitada da forma como foi encontrada, mas sim com plantas quebradas ou levantadas", disse.

Ciência

Na ciência, é difícil encontrar alguém para endossar a tese de artistas vindos do espaço, com preferência por áreas rurais no Brasil. Há notícia de desenhos enigmáticos em plantações desde a Idade Média. Os agroglifos ficaram famosos nos anos 1980, no Reino Unido. Feitas a partir do achatamento da vegetação, as imagens motivaram teorias.

Até que, em 1991, dois artistas reivindicaram a autoria dos desenhos. A um jornal britânico, os amigos Doug Bower e Dave Chorley revelaram ter feito mais de 200 deles na última década, usando tábuas e pedaços de cordas. Um ano depois, foi organizado um concurso de círculos nas colheitas (do inglês crop circles), outro nome dado aos agroglifos. Entre os participantes estavam alunos de uma escola local e uma dupla de mulheres acompanhada de um cão, treinado para puxar tábuas.

Os resultados mostraram que os humanos eram capazes de reproduzir o design proposto. Segundo Adolfo Stotz Neto, astrônomo e presidente do Grupo de Estudos de Astronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a técnica usada pela dupla segue sendo empregada para a criação dos recortes nas plantações. As tábuas eram usadas para amassar a plantação. Já as cordas garantem a estética, por meio de movimentos precisos. (colaborou Raisa Toledo)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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 Composto por um fino painel retangular e uma faixa, um novo dispositivo tecnológico é capaz de, graças a sensores, medir a frequência cardíaca, temperatura da pele, nível de atividade e produção de suor de uma pessoa- apenas com uma faixa que se veste no braço. Em sincronia, esses dados são usados para prever a temperatura central do corpo do usuário, ou seja, a quantidade de calor no sangue e nos órgãos internos.  

Em muitos países a temperatura vai acima de 50 graus Celsius ao meio-dia, o que desencadeia um alerta de calor, mas no verão de Dubai é apenas mais um dia. E para os trabalhadores que atuam em locais com mais calor e energia, pode ficar ainda mais quente. Na Emirates Global Aluminium (EGA), por exemplo, o metal é produzido por meio de um processo em que as temperaturas podem chegar a 950 graus Celsius. Por conta disso, os trabalhadores já estão usando este dispositivo de tecnologia vestível.  

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Criado pela empresa americana Kenzen, este dispositivo pode ajudar a evitar o superaquecimento dos trabalhadores. Quando os sintomas de exaustão pelo calor provavelmente começarem, o dispositivo vibrará e o usuário receberá uma notificação em seu telefone, informando que é a hora de fazer uma pausa. Embora existam outros sensores de calor pessoais no mercado, os criadores se concentram no monitoramento da temperatura corporal para desempenho e esporte.  

 

 

Começa na próxima segunda-feira (17), a 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em todo Brasil. Em Pernambuco, o evento é coordenado pelo Espaço Ciências com a ajuda de dezenas de instituições pelos municípios do estado. A semana conta com oficinas, debates, exposições, feira e mostras de ciências de forma presencial ou remota. 

Com intuito de promover a divulgação científica, incentivar e atrair, principalmente os jovens, para a área de pesquisas e tecnologias, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) foi instituída em 2004 sob coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI. 

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A SNCT deste ano traz o foco na ciência e independência, com o tema “Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil''. A proposta é refletir o processo de desenvolvimento da história como nação e abordar temas como a história social da ciência, primeiras instituições científicas brasileiras, mulheres na ciência brasileira, ciência e tecnologia sob o olhar dos brasileiros e muito mais.

Os projetos e atividades realizadas durante a semana são produtos de trabalhos que foram desenvolvidos durante todo o ano de 2022 para este momento.Como em Arcoverde, que terá exposições de robótica, de arte e cultura além de mostras científicas e projetos integradores de alunos da ETE Prof. Francisco Jonas Feitosa Costa. 

Em Paulista será a exposição de dados dos projetos de monitoramento e conservação das tartarugas marinhas e peixe bois pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), respectivamente.

De forma remota, algumas instituições também organizaram uma agenda para aqueles que não podem comparecer de forma presencial. Debates e palestras serão disponibilizados pelo YouTube para promover a popularização da ciência e pesquisa com discussões de variados temas.

A programação vai além dos citados e recebe artistas plásticos, escritores e parcerias com universidades públicas do estado como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Todos podem participar de 17 a 23 de outubro. Programação completa você encontra no site da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Apesar das promessas do presidente Jair Bolsonaro de liberar mais dinheiro na reta final da campanha, o governo vai para o segundo turno das eleições com um bloqueio de R$ 10,5 bilhões no Orçamento deste ano, que o Ministério da Economia ainda não detalhou. Na última sexta-feira (30), o Planalto foi obrigado a editar um decreto com contingenciamento adicional de R$ 2,6 bilhões e até o momento não há nenhuma palavra da equipe econômica sobre quais órgãos foram atingidos.

Pelas contas da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a Educação seria a área mais afetada pelos bloqueios de recursos em 2022 para o cumprimento do teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação. A pasta continua com R$ 3 bilhões do Orçamento deste ano indisponíveis para serem utilizados.

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Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), R$ 763 milhões dos recursos bloqueados seriam destinados a universidades federais. A associação avalia a situação como "gravíssima". "Este novo contingenciamento coloca em risco todo o sistema das universidades", diz em nota.

Depois da Educação, segundo a IFI, vem o Ministério de Ciência e Tecnologia, cuja verba para pesquisas segue bloqueada em R$ 1,722 bilhão. Saúde e Desenvolvimento Regional seguem com contingenciamentos de R$ 1,570 bilhão e R$ 1,531 bilhão, respectivamente. A Defesa completa a lista de bloqueios bilionários, com R$ 1,088 bilhão indisponível.

Outros ministérios com contingenciamentos significativos neste ano são os da Agricultura (R$ 534 milhões), da Cidadania (R$ 227 milhões) e da Infraestrutura (R$ 216 milhões).

Dos R$ 10,5 bilhões que seguem bloqueados, metade dos valores foi destinada aos órgãos por meio do orçamento secreto e de emendas de comissão, com R$ 5,253 bilhões contingenciados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a morte do cineasta Jean-Luc Godard, no último mês de setembro, o mundo inteiro voltou os olhos à prática do suicídio assistido mais uma vez. Francês residente na Suíça, onde o procedimento é legal desde a década de 1940, o diretor sofria de dores fortes e complicações de saúde, que tornaram seus 91 anos de vida mais difíceis. Assim, com a autorização expressa e o conhecimento da família, o gênio do cinema optou por encerrar a própria vida. No Brasil, porém, um desfecho similar não seria possível. 

Isso acontece, pois, a legislação brasileira proíbe a prática do suicídio assistido e também a eutanásia. Apesar de similares, as duas não funcionam da mesma forma. Uma alternativa aos pacientes terminais e famílias no país é optar pelos cuidados paliativos, indicados e acompanhados por equipes médicas ao fim do curso da vida.  

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Devido ao Brasil ter uma população aproximadamente 80% cristã, cujas religiões proíbem o interrompimento precoce da vida, os debates acerca dessas duas práticas ganham mais um estigma. Além disso, dentro da própria comunidade médica, a discussão sobre a dignidade humana também divide profissionais com relação às alternativas a quem convive com baixos índices de qualidade de vida.  

Eutanásia X Suicídio assistido 

A eutanásia refere-se ao fim deliberado da vida de alguém, geralmente para aliviar o sofrimento. Os médicos às vezes realizam a eutanásia quando solicitada por pessoas que têm uma doença terminal e estão com muita dor. É um processo complexo e envolve a ponderação de muitos fatores. As leis locais, a saúde física e mental de alguém e suas crenças e desejos pessoais desempenham um papel na decisão. Já o suicídio assistido pode ser feito pelo próprio paciente, através de uma recomendação médica, geralmente envolvendo a administração de uma dose medicamentosa letal. 

Há países que autorizam e regulamentam práticas para acelerar o processo de morte. Na Holanda, em Luxemburgo e no Canadá tanto o suicídio assistido quanto a eutanásia são legalizados para pacientes em condição médica irreversível, com sofrimento constante, insuportável e que não pode ser aliviado. Na América Latina, o único país permissivo com as práticas é a Colômbia, que também registrou um caso do tipo em 2022.  

Legislação 

Não há menção à eutanásia no Código Penal brasileiro, mas aplica-se o conceito de homicídio privilegiado motivado por relevante valor social ou violenta emoção, com base no § 1º do art. 121, denominado de homicídio piedoso; quando houver dolo, a conduta incide sob o § 2º, por antecipar a morte intencionalmente. O suicídio assistido enquadra-se no Artigo 122, que trata do induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio de alguém. 

O Código de Ética Médica de 2010 não cita especificadamente suicídio assistido ou eutanásia em seu texto. Todavia, o art. 41 veda ao médico abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal, e, em seu parágrafo único, o código condena a distanásia e defende a ortotanásia, os cuidados paliativos e a autonomia do paciente. 

De acordo com o Código de Ética Médico, “é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou do seu representante legal“. 

Além da possível interpretação da eutanásia à luz dos artigos 121 e 122, parte da doutrina (DODGE, 2009) fala em crime de omissão de socorro, consubstanciado, no caso, na falta de prestação de assistência à “pessoa inválida ou ferida”, nos termos do art. 135 do código penal. A omissão de socorro prevê a sanção de detenção de um a seis meses, ou multa. 

Até o dia 20 de novembro fica em cartaz a exposição “Pasteur, o Cientista” no Sesc Santo André. A mostra interativa é gratuita e retrata a vida e obra de Louis Pasteur (1822-1895), cientista responsável por criar o método de pasteurização (leite e derivados) e a vacina contra raiva.

Estruturada em seis atos, como uma peça de teatro, a exibição apresenta os experimentos de Pasteur em ordem cronológica: solução de enigma químico, cristais de ácido do vinho reagindo à luz de forma diferente – até a criação da vacina contra a raiva. Isso tudo através de vídeos, grafismos, animações, projeções, textos e desenhos.

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As atividades incluem: visitas às experiências do cientista através de um “microscópio” e entender como micro-organismos podem sobreviver sem oxigênio; espiar pelo gargalo de garrafas de vinho para descobrir os segredos da fermentação da bebida; entre outras.

No final, há um módulo especialmente produzido no Sesc Santo André, que faz a ligação de Pasteur com o Brasil com pesquisas desenvolvidas no país; a admiração de D. Pedro II pelo cientista; o desenvolvimento nacional da produção de vacinas pelos Institutos Butantã e Oswaldo Cruz, além de seus desdobramentos na ciência contemporânea.

“Pasteur, o Cientista” estreou em Paris em dezembro de 2017, organizada e concebida pela Universcience - órgão do Ministério da Cultura da França. No ano passado, a exposição também passou pelo Sesc Interlagos e em 2020 por Campinas.

Serviço - "Pasteur, o Cientista'

Data: Até 20 de novembro

Local: Espaço de Eventos - Sesc Santo André

Horários: Terça a sexta, das 10h30 às 21h; sábados e domingos, das 10h30 às 18h

Endereço: Rua Tamarutaca, número 302 - Vila Guiomar, Santo André - SP

Classificação Etária: Livre 

Entrada gratuita

Acessibilidade: Braile, audiodescrição e ergonomia

Site: https://www.sescsp.org.br/

Os dinossauros saurópodes, herbívoros conhecidos como "pescoçudos", estão entre os maiores animais que já habitaram a Terra. Algumas espécies podiam atingir mais de 30 metros de comprimento, mas outras foram identificadas por cientistas como dinossauros anões. É o caso do Ibirania parva, uma nova espécie de saurópode do grupo dos titanossauros que está entre as menores já conhecidas e foi encontrada em Ibirá, no interior de São Paulo. A descoberta foi publicada nesta quinta-feira, no periódico científico Ameghiniana.

Os vestígios do saurópode foram achados na Formação São José do Rio Preto, noroeste paulista, conhecida por abrigar fósseis de diferentes espécies, e a equipe envolvida no estudo contou com pesquisadores de universidades nacionais e internacionais. Comparando fósseis do Ibirania parva com os de seus parentes mais próximos, eles descobriram que o nanico tinha características únicas, principalmente no que diz respeito à estrutura das vértebras, o que indicava que poderia pertencer a uma espécie ainda não nomeada.

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A nomenclatura escolhida é a junção de Ibirá com "ania", que significa peregrino na língua grega, e "parva", palavra em latim para "pequeno". Considerando que Ibirá vem de "ybyrá", a palavra tupi para "árvore", o nome da nova espécie pode ser traduzido como "o pequeno peregrino das árvores". A partir do material encontrado, foi possível estimar o tamanho do animal, que media entre 5 e 6 metros de comprimento.

Como entre os titanossauros existem muitas espécies de grande porte, os pesquisadores buscaram identificar se ele teria sido um dinossauro jovem ou se o seu tamanho diminuto era uma característica da espécie. A análise de amostras de tecido fossilizado revelou que, no momento de sua morte, o animal já era adulto e havia atingido seu tamanho final.

O resultado confirmou que se trata de um titanossauro anão, a primeira espécie anã documentada no continente americano, que viveu no fim do Período Cretáceo, há cerca de 80 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, o Ibirania parva acrescenta novas informações sobre a evolução e a ocorrência de nanismo em dinossauros. "O nanismo observado está associado à evolução de uma fauna endêmica em resposta à condições ambientais da Formação São José do Rio Preto, caracterizada por períodos prolongados de seca", diz o estudo.

Geografia

Esse fenômeno significaria que, apesar de a maioria dos dinossauros anões ter sido encontrada em locais que correspondiam a ilhas pré-históricas, a existência do "pequeno andarilho das árvores" indica que a tendência ao nanismo pode ocorrer fora de regiões insulares, impulsionado por características ecológicas e geográficas do ambiente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Semana do Conhecimento, feira de ciências e tecnologia promovida pela Prefeitura de Guarulhos ocorre entre os dias 17 e 21 de outubro, no Teatro Adamastor, no Centro. O tema deste ano é “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”.

O novo prazo vai até o dia 15 de setembro (sexta-feira) no site: https://semanadoconhecimento.guarulhos.sp.gov.br/2022. Podem submeter projetos: estudantes do ensino fundamental, médio, técnico e superior; escolas e universidades públicas e particulares; docentes, pesquisadores e empreendedores - a comunidade acadêmica em geral. 

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O evento possui quatro categorias. A Semcitec é voltada para a apresentação de projetos científicos do público universitário. Já a Feceg, contempla projetos de jovens de 15 a 29 anos, do Ensino Fundamental II, Médio e Técnico. A Expo Criatividade reúne trabalhos de alunos e professores de Educação Infantil, Fundamental I, EJA, e CEUs (Centro de Educação Unificada). Por último, a Mostra de Economia Criativa engloba atividades inovadoras de empreendedorismo para o desenvolvimento econômico.

A iniciativa é da Secretaria de Desenvolvimento Científico, Econômico, Tecnológico e de Inovação em parceria com instituições de ensino, entidades de classe, lideranças acadêmicas, empresariais, governamentais e não governamentais.

Serviço - Semana do Conhecimento

SEMCITEC - 18,19 e 20 de outubro

Horário: 19h às 23h

FECEG - 18 e 19 de outubro 

Horário: 8h às 17h

Expo Criatividade - 20 de outubro

Horário: 8h às 17h

Economia Criativa - 21 de outubro

Horário: 8h às 17h

Outras informações:

Email: dctiguarulhos@gmail.com ou semanadoconhecimento@guarulhos.sp.gov.br

Site: https://semanadoconhecimento.guarulhos.sp.gov.br/2022

Até o dia 20 de setembro é possível conferir a exposição gratuita do Museu de Ciências Catavento no Internacional Shopping Guarulhos, em Guarulhos. As instalações abordam temas de física, biologia e astronomia. 

A mostra conta com duas experiências inéditas: Pilha Humana, onde o visitante pode ver  a quantidade de energia que o seu corpo consegue conduzir; e Pêndulo de Newton, que educa o público sobre o tema ”conservação de energia''. 

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Entre outras atrações do museu estão “Gerador de Van de Graaff”, famoso por arrepiar os cabelos dos espectadores em um experimento com cargas elétricas; o Praxinoscópio (o avô do cinema); além de um banco feito de pregos, no qual é possível sentar sem se machucar; além de aprender mais sobre a rotação dos planetas ao redor do Sol no experimento “Poço gravitacional”.

O objetivo da exibição é aproximar crianças, jovens e adultos do mundo científico, despertando a curiosidade e propiciando interação com a ciência de maneira divertida.

Serviço: Mostra do Museu Catavento

Data: Até 20 de setembro

Local: Internacional Shopping Guarulhos - Praça de Eventos | Acesso Vip

Horário: Segunda a sábado, 10h às 22h; domingos e feriados, 14h às 20h00.

Classificação indicativa: Livre. Menores de 12 anos somente acompanhados de responsável legal.

Entrada Gratuita.

Palavras-chave: Museu Catavento, Internacional Shopping, Guarulhos, Ciência, Exposição

Até o dia 20 de setembro é possível conferir a exposição gratuita do Museu de Ciências Catavento no Internacional Shopping Guarulhos. As instalações abordam temas de física, biologia e astronomia. 

A mostra conta com duas experiências inéditas: Pilha Humana, onde o visitante pode ver  a quantidade de energia que o seu corpo consegue conduzir; e Pêndulo de Newton, que educa o público sobre o tema ”conservação de energia''. 

Entre outras atrações do museu estão “Gerador de Van de Graaff”, famoso por arrepiar os cabelos dos espectadores em um experimento com cargas elétricas; o Praxinoscópio (o avô do cinema); além de um banco feito de pregos, no qual é possível sentar sem se machucar;

e aprender mais sobre a rotação dos planetas ao redor do Sol no experimento “Poço gravitacional”.

O objetivo da exibição é aproximar crianças, jovens e adultos do mundo científico, despertando a curiosidade e propiciando interação com a ciência de maneira divertida.

Data: Até 20 de setembro

Local: Internacional Shopping Guarulhos - Praça de Eventos | Acesso Vip

Horário: Segunda a sábado, 10h às 22h00; domingos e feriados, 14h às 20h00

Classificação indicativa: Livre. Menores de 12 anos somente acompanhados de responsável legal.

Entrada Gratuita

Uma espécie de formiga extinta desconhecida foi descoberta envolta em um pedaço único de âmbar da África por uma equipe internacional de cientistas. As equipes, eram da Universidade Friedrich Schiller de Jena e do Helmholtz-Zentrum Hereon (Alemanha), da Universidade de Rennes (França) e da Universidade de Gdansk (Polônia). As informações são da revista Planeta. 

Para tentar identificar a espécie, os pesquisadores examinaram os restos fósseis de 13 espécimes no âmbar e percebeu que eles não poderiam ser atribuídos a nenhuma espécie previamente conhecida. Já o nome, foi escolhido em homenagem duas instituições de pesquisa envolvidas – DESY e Hereon – que contribuíram significativamente para esta descoberta com a ajuda de modernas técnicas de imagem.

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Já na última análise, foi possível identificar a nova espécie e o gênero através da combinação de extensos dados fenótipos de varreduras e descobertas recentes de análises do genoma de formigas vivas. A equipe relata sua descoberta em artigo publicado na revista Insects.

Após identificarem que a espécie era classificada como Aneuretinae, uma subfamília de formigas quase extinta conhecida até agora apenas por meio de fósseis e de uma única espécie viva do Sri Lanka, tiveram dificuldade em datar a espécie foi uma dificuldade. 

“Como as formigas envolvidas em âmbar a serem examinadas são muito pequenas e mostram apenas um contraste muito fraco na TC clássica, realizamos a TC em nossa estação de medição, especializada em microtomografia”, explicou Jörg Hammel, do Helmholtz-Zentrum Hereon. “Isso forneceu aos pesquisadores uma pilha de imagens que basicamente mostravam a amostra que estava sendo estudada fatia por fatia.” Juntas, elas produziram imagens tridimensionais detalhadas da estrutura interna dos animais, que os pesquisadores puderam usar para reconstruir a anatomia com precisão. Essa foi a única maneira de identificar exatamente os detalhes que levaram à determinação da nova espécie e do gênero.

 

O Canadá aprovou nesta quinta-feira (1) a nova versão da vacina anticovid da Moderna visando especificamente a variante ômicron.

A autoridade de saúde canadense Health Canada disse que os ensaios clínicos da nova vacina mostraram respostas imunes "significativamente mais altas" do que sua antecessora contra a variante ômicron, agora dominante.

O Canadá já comprou 12 milhões de doses deste novo imunizante e espera iniciar a aplicação no final de setembro, explicou Howard Njoo, vice-diretor federal de saúde pública, durante entrevista coletiva.

A nova vacina tem como alvo a cepa original do coronavírus e a variante BA.1, que causou a quinta onda de infecções no país no final do ano passado. Também oferece melhor proteção contra as linhagens BA.4 e BA.5 da variante ômicron.

Novas versões de imunizantes anticovid adaptadas à variante ômicron também acabam de ser aprovadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

A nova vacina da Moderna será destinada a pessoas com mais de 12 anos que receberam pelo menos uma primeira dose contra a covid-19.

Embora as vacinas tenham ajudado a reduzir hospitalizações e mortes por esse vírus identificado pela primeira vez na China no final de 2019, as imunizações atuais visam principalmente cepas mais antigas da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou em julho que a pandemia estava "longe de terminar", devido à disseminação de subvariantes da ômicron, à suspensão das restrições sanitárias e ao declínio nos testes de triagem.

Em 2012, um operário da construção civil do Rio, de 24 anos, teve uma barra de ferro atravessada na cabeça. Quem testemunhou a cena jamais poderia esperar que o homem sobrevivesse. Hoje, ele tem uma vida praticamente normal. Depois de dez anos estudando o caso, cientistas brasileiros e americanos conseguiram comprovar o motivo do "milagre": o lado do cérebro não afetado pelo acidente assumiu as funções da área lesionada. A descoberta inédita, publicada na revista Lancet, abre caminho para novos tratamentos.

O acidente foi em 16 de agosto de 2012. Ele amarrou um vergalhão de 2,5 metros de comprimento. Fez sinal para um colega que estava a 15 metros de altura puxar a barra de ferro. Quase chegando ao seu destino, o vergalhão se soltou e caiu na cabeça do trabalhador. Foi um impacto de cerca de 300 quilos. A barra entrou pelo lado superior direito da cabeça e a ponta saiu entre os olhos.

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Mesmo com o vergalhão atravessado na cabeça, o jovem chegou ao hospital lúcido e orientado. Foi submetido a uma cirurgia de seis horas e ficou duas semanas internado. Segundo os médicos que o atenderam, ele perdeu aproximadamente 11% de massa encefálica. A perda foi do lado direito do córtex pré-frontal. Essa região do cérebro é uma das mais importantes.: responsável pela tomada de decisões, comanda impulsos, atenção, raciocínio, planejamento das ações e controle das emoções.

HISTÓRICO

O único registro disponível na história da Medicina de acidente similar indicava que o operário teria alterações comportamentais significativas. Foi em 1848. O operário americano Phineas Gage, de 25 anos, sofreu um acidente muito parecido com o do brasileiro. Perdeu cerca de 15% de massa encefálica. A única diferença foi que, no caso de Gage, a barra de ferro entrou pelo lado esquerdo da sua cabeça.

Os relatos mais conhecidos da época, no entanto, dão conta de que, após o acidente, o americano se tornou agressivo e grosseiro. São recorrentes as descrições de que ele "não era mais o mesmo homem".

Pesquisadores da Fiocruz, da UFRJ, no Rio, e da Escola de Medicina Albert Einstein e da Universidade de Nova York, nos EUA, decidiram acompanhar o caso recente. Queriam traçar paralelos. O trabalho é fruto da tese de doutorado de Pedro de Freitas, sob orientação do professor Renato Rozental, pesquisador da UFRJ e da Fiocruz. A pesquisa contou com recursos não disponíveis na época do acidente do americano: exames como tomografia, eletroencefalograma, ressonância magnética, modulação da atividade elétrica cerebral e exames neuropsicológicos para avaliar as disfunções no lobo frontal e estimar as consequências da lesão.

O operário brasileiro não apresentou alterações no comportamento. A única sequela do grave acidente é uma epilepsia pós-traumática. É comum em caso de ferimentos graves na cabeça e é controlável com medicamentos. Os pesquisadores começaram, então, a questionar os relatos relacionados a Phineas Gage. Descobriram outras impressões, menos conhecidas. E sustentam que ele não teria tido alterações comportamentais.

"Os relatos da época em que ele morou no Chile (de 15 a 20 anos depois do acidente nos EUA) não descrevem um homem grosseiro. Lá, ele trabalhou como cocheiro, lidava com cavalos, que são animais sensíveis, e com o transporte de passageiros em charretes. Era tido como uma pessoa educada, sensível e responsável.", conta Renato Rozental. "Nosso estudo acabou contribuindo também para a compreensão do caso de Phineas Gage, considerado um dos grandes mistérios da neurociência."

COMPENSAÇÃO

No caso do brasileiro, já logo depois do acidente, os pesquisadores constataram que o seu lobo frontal esquerdo começou a compensar o lado lesionado. Isso ocorria desde que aquele lado não fosse recrutado para outra atividade. As diferentes áreas do cérebro se comunicam por meio de impulsos elétricos. Quando uma área é lesionada, a atividade elétrica começa a funcionar mal e essa comunicação cerebral interna piora muito. Entretanto, explica Rozental, o hemisfério sadio começa a compensar essa atividade.

Para testar essa compensação, os pesquisadores pediram ao operário brasileiro que observasse um desenho cheio de detalhes. Em seguida, deveria copiá-lo sem olhar. Depois de três minutos, eles repetiram o pedido. Por fim, pediram novamente, depois de meia hora.

Os desenhos se mostraram muito acurados, mesmo após o período mais longo do experimento. Mas quando os cientistas suprimiram a atividade elétrica no lado sadio do cérebro e pediram que ele repetisse a tarefa, o resultado não foi tão bom. Isso mostrou uma capacidade deteriorada tanto da memória quanto do desenho. O operário também tem dificuldades para tarefas que exijam o recrutamento simultâneo dos dois lados do cérebro. "Não houve declínios perceptíveis em seu processamento mental, raciocínio moral, comportamento social, capacidade de resolver problemas diários, capacidade de interagir com colegas de trabalho ou com familiares ou capacidade de agir com eficiência", conclui o trabalho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma das mais antigas deidades da mitologia grega é Morfeu, responsável pelos sonhos premonitórios. O deus funcionava como um intermediário entre os simples mortais e os demais moradores do Olimpo. Durante o sono, era ele quem passava as mensagens mais importantes, as orientações e as reprimendas das deidades para os homens. Por isso, a interpretação dos sonhos sempre foi levada muito a sério pelos gregos.

E não só por eles. Tentar decifrar corretamente as mensagens trazidas pelos sonhos sempre foi uma preocupação da humanidade. Dos antigos egípcios aos neurocientistas contemporâneos, passando pelos psicanalistas e apostadores do jogo do bicho, é difícil ser indiferente às imagens oníricas que se infiltram no sono.

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Recentemente, um levantamento feito pelo site britânico Mornings.co.uk revelou que os sonhos mais recorrentes em todo o mundo são aqueles que envolvem cobras, perda de dentes e antigos parceiros amorosos.

BUSCAS

A pesquisa foi desenvolvida com base nas buscas sobre significado dos sonhos realizadas no Google e mostra que alguns temas são recorrentes, independentemente dos países e das culturas diferentes. O sonho com cobras foi o mais pesquisado em um terço dos países analisados (52 em 147).

O sonho se mostrou o mais recorrente no Brasil, bem como em partes da Ásia e da África. De acordo com o site, sonhar com serpentes pode simbolizar "medos ocultos e preocupações", mas, ressalva, às vezes "uma cobra é apenas uma cobra".

O segundo sonho mais recorrente, de acordo com o levantamento britânico, é o de perder os dentes. Pelo menos, foi o mais pesquisado no site de busca em 17 países, entre eles o próprio Reino Unido e os Estados Unidos. Conforme o site, o sonho simbolizaria falta de autoconfiança e constrangimento diante de algumas situações sociais.

Os sonhos fazem parte da fisiologia normal do sono, segundo especialistas, e não é privilégio dos seres humanos. Outros animais também têm atividade onírica registrada durante o sono, caso de camundongos, cachorros e golfinhos, entre outros. Algumas funções metabólicas importantes, como a secreção do hormônio do crescimento e da melatonina, acontecem durante o sono.

TREINO PARA DIFICULDADES

No caso dos sonhos, no entanto, não há uma única explicação que justifique, do ponto de vista biológico, os nossos delírios oníricos noturnos existentes. E elas vêm mudando ao longo dos tempos. A neurociência vem se debruçando sobre a questão, sobretudo depois da pandemia, quando várias pessoas passaram a relatar pesadelos ligados à doença.

Atualmente, a hipótese mais aceita é de que os sonhos funcionam como uma espécie de "treinamento" para eventos que podem acontecer na vida real. "Duas teorias muito coerentes se destacam: a da simulação de ameaças possíveis e a da simulação de relações sociais", afirma a neurocientista e psiquiatra Natália Bezerra Motta, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Ou seja, os sonhos funcionariam como uma forma de treino para aprendermos a enfrentar determinadas realidades."

Neste contexto, os sonhos teriam sido importantes do ponto de vista evolutivo. Era uma forma de vivenciar as situações traumáticas, complicadas ou incomuns, sem toda a carga emocional da vida real, retendo aprendizados importantes.

Ainda assim, diz Natália, a imagética dos sonhos está sempre relacionada ao cotidiano. "Os sonhos têm a ver com a cultura em que estamos inseridos; são memórias baseadas no cotidiano que vivemos", disse a pesquisadora.

Um estudo mais recente, da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, reforça esta ideia de uma nova teoria do sonho. O trabalho do neurocientista Erik Hoel, publicado na revista científica Cell Genomics em maio deste ano, mostra que as narrativas alucinógenas que surgem em nossos sonhos, em geral, apresentam eventos incomuns.

Nas palavras de Hoel, para além de um eventual treinamento para situações reais, é como se eles acrescentassem ruídos aleatórios a sistemas estáveis e previsíveis. Ou seja, os sonhos - e pesadelos - deixam os nossos cérebros mais afiados e menos acomodados para lidar com as mais diferentes situações.

"Os sonhos oferecem saídas diferentes para dilemas cotidianos resolvidos sempre da mesma forma; isso pode aprimorar a nossa performance", acrescenta Hoel. "Isso pode parecer paradoxal, mas um sonho em que você está voando, pode ajudar depois na corrida matinal."

Conforme nós envelhecemos, explica Hoel, o volume de situações semelhantes que vivemos aumenta exponencialmente, fazendo com que o cérebro se habitue e adote posturas mais simplistas. Os sonhos bizarros serviriam para nos manter mais atentos, preparados para momentos diferentes.

"A vida pode ser entediante às vezes", escreveu o neurocientista em seu trabalho. "Os sonhos existem para impedir que você se ajuste demais ao modelo do mundo", concluiu o pesquisador.

MEMÓRIAS

De uma forma mais geral, o sonho seria um mecanismo para a consolidação de memórias. "Noventa por cento dos sonhos são um repasse do que aconteceu durante o dia de forma desorganizada. E com um grande conteúdo emocional", explicou o chefe do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor), da Universidade de São Paulo (USP), Geraldo Lorenzi-Filho.

"Esse repasse tem várias funções, como organizar a memória. É como quando damos uma festa e, no dia seguinte, temos de limpar e organizar a casa. Esse repasse é uma forma de metabolizar as emoções, fixar algumas memórias, esquecer outras", acrescenta ele.

O sono é formado por cinco ou seis ciclos de 90 minutos. Cada um desses ciclos é dividido em duas fases, uma em que as ondas cerebrais são longas e lentas; e outra em que a atividade cerebral é mais parecida com a do estado desperto. Os sonhos geralmente ocorrem na fase REM (sigla em inglês para movimento rápido dos olhos), mas não exclusivamente.

Como a visão é um dos nossos sentidos mais dominantes, explica o neurologista Fernando Morgadinho, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto do Sono, as imagens são um elemento crucial nos sonhos. No caso dos cachorros, por exemplo, seria o olfato. Outro elemento importante nos sonhos humanos são as sensações corpóreas de posição no espaço.

ESTÍMULO À CRIATIVIDADE

Os sonhos podem estar também relacionados à criatividade, como reforçou a neurologista Rosana Cardoso Alves, do Hospital das Clínicas da USP. "Os sonhos têm a ver com o que vimos e pensamos durante o dia, com as nossas vivências", afirmou ela.

"Durante o sonho, nós juntamos memórias diferentes, de temas aparentemente desconexos, para reorganizar o cérebro. Essa mistura aleatória pode trazer boas ideias. (O ex-Beatle) Paul McCartney conta que já acordou com ideias para novas músicas. Pessoas consideradas mais criativas, em geral, dormem bem (e sonham)."

Um dos mais bem-sucedidos projetos científicos do Brasil completa 40 anos. O Programa Antártico Brasileiro, o Proantar, começou seus trabalhos no continente gelado em janeiro de 1982, quando os primeiros cientistas brasileiros desembarcaram por lá. A próxima temporada de pesquisa marcará também a ocupação definitiva da nova estação brasileira. Ela ficou pronta poucos meses antes do início da pandemia de covid-19. A presença brasileira na Antártida é também estratégica do ponto de vista geopolítico. O País faz parte do grupo de 29 nações com estações científicas no continente. Por isso, tem poder de voto e de veto sobre os rumos da exploração da região. O Tratado Antártico impede que nações reivindiquem o território. Também garante um regime de cooperação internacional voltado, basicamente, para a pesquisa científica.

A presença de militares na estação é constante. Sempre há um grupo de aproximadamente 15 pessoas, garantindo a manutenção da infraestrutura e da logística. Além disso, dois navios apoiam o trabalho científico no continente: o Ary Rongel e o Almirante Maximiano.

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Com 14,2 milhões de quilômetros quadrados (aproximadamente o dobro do território brasileiro) quase inteiramente cobertos por uma espessa camada de gelo durante todo o ano, a Antártida é o principal regulador térmico do planeta. Sua gigantesca massa de gelo controla circulações atmosféricas e correntes oceânicas. Afeta diretamente o clima e as condições de vida em todo o planeta. No continente, está a maior reserva de gelo (90%) e água doce (70%) do mundo. Há ainda recursos minerais e energéticos incalculáveis.

A aproximadamente 3.200 quilômetros de distância da Antártida, o Brasil é o sétimo país do mundo em proximidade com o continente. Ou seja, estudar e compreender os fenômenos naturais do continente é uma questão de sobrevivência para o País, sobretudo em tempos de aquecimento global. "As correntes marinhas que vêm da Antártida para o Brasil garantem a qualidade da água que permite o desenvolvimento dos peixes da nossa costa", exemplifica o coordenador científico da estação, Paulo Câmara, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

Segundo o pesquisador, a massa de ar frio e seco da Antártida que sobe para a América do Sul influencia o regime de chuvas quando se encontra com a massa de ar quente e úmido vinda da Amazônia. "O equilíbrio desse fluxo, em que ora uma massa predomina sobre a outra, garante os períodos alternados de seca e chuva, essenciais para a agricultura brasileira", explica ele. O aumento das temperaturas médias no planeta pode também gerar problemas graves para o Brasil, dada a proximidade com a Antártida. "Existem plataformas de gelo na Antártida do tamanho de Pernambuco", lembra o pesquisador Luiz Rosa, da UFMG. Ele estuda fungos que só existem no continente gelado. "Se essas plataformas derreterem, as cidades litorâneas do Brasil, sobretudo do Sul e do Sudeste, vão ser tremendamente afetadas."

RESERVA

Além disso, como lembra o especialista, o avanço acelerado das mudanças climáticas e a escassez de recursos naturais do planeta vão tornar a Antártida cada vez mais crucial para todo o mundo. O continente é uma espécie de último reduto dos recursos naturais da Terra, uma reserva para toda a humanidade.

Câmara e Rosa estiveram na estação no fim do ano passado. Estavam no primeiro grupo de cientistas brasileiros que foram à Antártida depois de praticamente dois anos de pandemia. Essa suspensão das pesquisas in loco afetou praticamente todos os países que atuam no continente gelado. E adiou a inauguração dos modernos laboratórios da nova Estação Comandante Ferraz.

A estação original, inaugurada em 1984, pegou fogo em 2012. O incidente deixou dois militares mortos e 70% das instalações destruídas. Com um investimento de quase US$ 100 milhões, a nova estação é uma das mais modernas do mundo. Foi inaugurada no início de 2020, logo quando foi decretado o início da pandemia de covid-19.

Naquele ano, não houve pesquisa brasileira na Antártica. Mas um grupo de militares ficou na estação, e os cientistas envolvidos seguiram com suas pesquisas em suas respectivas universidades. Em 2021, alguns poucos cientistas estiveram na nova estação. Entre eles, estava Câmara. Ele vistoriou os novos laboratórios, já em antecipação à temporada deste ano. "Montamos os laboratórios em 2019, mas, infelizmente, veio a pandemia e, em 2020 não tivemos operação científica, apenas logística", lembrou Rosa, do Instituto de Microbiologia da UFMG.

ESTRUTURA

A nova estação ocupa uma área de 4,5 mil metros quadrados e tem capacidade para abrigar 64 pessoas. Os quartos, cada um com duas camas e um banheiro privativo, recebem militares e pesquisadores com muito mais conforto do que na estação anterior. Além disso, oferece acesso à internet 4G, sala de vídeo, áreas de reunião, academia de ginástica, ambulatório médico para emergências e 17 laboratórios de pesquisa de última geração. A segurança foi uma das maiores preocupações na construção da nova estrutura. Ela é capaz de enfrentar abalos sísmicos, nevascas e ventos de até 200 quilômetros por hora.

Também conta com modernas estruturas contra incêndios. Elas impedem que o fogo se espalhe rapidamente, como aconteceu na antiga estação. De acordo com especialistas, a nova estação está entre as mais modernas do continente, comparável apenas às duas bases americanas. "A gente tem uma Ferrari nas mãos", comparou Rosa. "Só precisamos do combustível e dos recursos para dirigi-la."

Entre as unidades de pesquisa já reativadas estão a estação meteorológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o módulo VLF (Very Low Frequency), que realiza estudos sobre a propagação eletromagnética na parte mais alta da atmosfera terrestre, a ionosfera. Para a temporada de pesquisas deste ano estão previstos 22 projetos, entre eles os de Rosa e Câmara.

O pesquisador da UnB estuda como pode vir a ser a futura vegetação na Antártida à medida que as temperaturas globais aumentarem. "Nós extraímos DNA do ar para ver o que está presente na Antártida. E tem coisa para caramba. O ambiente não é tão prístino (antigo) como se imagina. Já encontramos partículas genéticas de maçã, banana, abóbora", contou Câmara. "Por enquanto, essas espécies não florescem por lá por conta do gelo, mas o que pode acontecer no futuro?"

O cientista disse que imagina a Antártida, em cem anos, como um pampa, com vegetação gramínea. "Mas o continente está esquentando, o gelo está derretendo, em mais algumas centenas de anos, quem sabe, podemos ter até mesmo um pé de jaca por lá", brinca.

Veterano das pesquisas na Antártida, o antropólogo Alexander Kellner, do Museu Nacional da UFRJ, estuda a pré-história do continente gelado - que nem era tão gelado assim. O projeto Paleoantar descobriu, por exemplo, provas fósseis de uma vegetação exuberante no passado, bem como da presença de animais grandes, como plesiossauros e pterossauros, répteis marinhos e alados.

POSIÇÃO ESTRATÉGICA

"A gente sente que está sempre tendo de lutar por espaço", criticou Kellner. "É preciso entender que é a presença da atividade científica na Antártida que garante a posição estratégica brasileira de tomar decisões sobre o continente. Essa atividade deveria ser mais valorizada. Precisamos ampliar a nossa presença científica, ir mais ao sul, expandir nosso horizonte."

Livro conta aventura de jornalistas no continente gelado

No fim de 2019, os jornalistas do Estadão Luciana Garbin e Clayton de Souza passaram 12 dias na Antártida. Acompanharam os últimos retoques na nova Estação Comandante Ferraz. A estrutura seria inaugurada oficialmente em 15 de janeiro de 2020. As reportagens publicadas ao longo da viagem e os diários pessoais mantidos por Luciana deram origem ao livro Expedição Antártida: Uma viagem pelo extremo sul do planeta (Editora Letras do Brasil), que será lançado neste sábado, 26.

Com orelha assinada pelo cientista Paulo Câmara, textos inéditos de Luciana, editora executiva do Estadão, e fotos exclusivas de Clayton, editor de Fotografia, o livro conta a aventura dos dois jornalistas pela região mais fria do globo. Também fala dos desafios de fazer uma grande reportagem num dos ambientes mais inóspitos da Terra. Embora já haja atividade turística na Antártida, ela é ainda incipiente. "Abordamos desde a história dos primeiros desbravadores do continente até a moderna tecnologia usada na nova estação, passando pela vida no navio, a questão climática e a geopolítica", diz a jornalista. "Falamos de muitas coisas, mas de uma forma que as pessoas sentissem que estão embarcando nessa viagem conosco, já que é uma viagem ainda muito restrita."

Além de contar a história do continente e sua importância para o clima, o livro aborda o dia a dia de cientistas e militares no navio Ary Rongel, que apoia as pesquisas na Antártida. Discute ainda as pesquisas em andamento pelas instituições brasileiras no continente e a questão geopolítica da ocupação da Antártida. Os jornalistas também visitaram a estação científica mais próxima da brasileira, a polonesa.

RELATO PESSOAL

Foram ainda à Ilha Deception, que foi originalmente ocupada por antigos caçadores de baleias. Luciana lembra de ter tido um momento de pânico ao sobrevoar de helicóptero a cratera alagada do vulcão, com sua paisagem que lembra a superfície lunar. "Enquanto o Clayton estava entusiasmado, fazendo muitas fotos, eu pensava: ‘Meu Deus, tenho duas crianças em casa, o que estou fazendo aqui?’ Até sensações e pensamentos entraram no livro."

Serviço

Expedição Antártida, uma Viagem ao Extremo Sul do Planeta

Autores: Luciana Garbin e Clayton de Souza (fotos)

Editora: Letras do Brasil

154 páginas, ilustrado com fotos, R$ 54

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Paulistas e alguns mineiros acordaram assustados por volta das 5h da manhã desta quarta-feira (3) após verem um clarão aparentemente inexplicável tomar conta do céu durante a madrugada em algumas cidades. Vídeos publicados em redes sociais de diferentes ângulos e lugares mostram o momento que o objeto extraterrestre ilumina o horizonte e aumentaram o mistério. Mas, segundo astrônomos com anos de experiência na observação do que acontece lá em cima, o fenômeno é mais comum do que se imagina.

O clarão - alvo de brincadeiras nas redes como uma possível invasão alienígena - é, na verdade, um bólido, tipo de meteoro extremamente brilhante. Pelo menos é o que afirma Thiago Signorini Gonçalves, astrônomo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Esses eventos acontecem algumas vezes por ano, mas existe uma contabilidade sobre se ele é observado ou não, porque pode acontecer durante o dia ou em áreas vazias, como os oceanos", explica.

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"De qualquer forma, esses eventos quase nunca representam qualquer perigo, a não ser que seja algo realmente muito grande. Mas isso é muito difícil', acrescenta o professor. "Geralmente esses fenômenos são mais espetáculos visuais do que um risco para nós."

Diana Paula Andrade, astroquímica e professora do Observatório do Valongo da UFRJ, aponta ainda que sentimos os bólidos "mais frequentes" porque tem aumentado a quantidade de pessoas e câmeras monitorando os céus, por mais que ela ainda esteja aquém do necessário. A precisão do tamanho desses "corpos extraterrestres", entretanto, depende de encontrar ou não meteoritos que tenham se desprendido durante a explosão, algo que ela classifica como "muito difícil".

"Nem sempre ele cai no lugar que é visto. E, mesmo que você saiba que está em um campo, ainda é difícil encontrá-lo. No caso das cidades grandes, o resgate fica ainda mais complicado porque elas geralmente estão próximas ao litoral e há uma grande extensão de água", conta.

Como a poluição luminosa dos grandes centros também é maior, esses fenômenos costumam ser mais observados em áreas rurais ou no interior, onde o contraste no céu deixa a imagem mais clara.

Diana e Gonçalves, entretanto, deixam claro que não é preciso se preocupar com uma possível situação tipo a do filme Não olhe pra cima. Até hoje não houve registro de pessoas que morreram atingidas por um meteorito, muito menos de planetas inteiros. "Já temos relatos de vacas que morreram e de uma mulher que recebeu o impacto na barriga depois de o objeto ricochetear na parede, mas ela sobreviveu", explica a astrofísica.

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O consumo de cacau, matéria-prima do chocolate, ajuda a reduzir a pressão arterial e a deixar os vasos sanguíneos mais elásticos, é o que diz um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido. 

Os flavonóides, que são os nutrientes presentes no cacau, são os responsáveis pela ação protetora. Outros estudos mostram, inclusive, que além de serem encontrados em chocolates amargos ricos em cacau, também estão presentes em chás, maçã, uva, brócolis, vinho, aipo e em outras espécies vegetais.

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Para chegar a conclusão, os pesquisadores selecionaram 11 pessoas saudáveis, sem problemas cardiovasculares, para participarem do estudo. Elas foram analisadas durante oito dias enquanto ingeriam um suplemento de flavonóides ou um placebo. O extrato de uma pílula correspondia a cerca da quantidade de flavonóides contidas em 500 gramas de chocolate amargo. 

Os voluntários ingeriram, em dias alternados, seis cápsulas do suplemento e seis pílulas de placebo durante o período do estudo. As cápsulas sempre eram consumidas no mesmo horário: pela manhã, junto com a primeira refeição. 

Cada indivíduo recebeu um monitor de pressão arterial e um clipe de dedo para medir a velocidade do sangue. As medidas eram feitas pelos participantes durante o dia, a cada uma hora. 

A análise concluiu que o consumo do suplemento diminui significativamente a pressão e a rigidez arterial dos participantes. A diminuição da pressão ocorreu dentro da faixa normal, não constituindo um problema para os voluntários. O próximo passo da pesquisa será testar o suplemento em pacientes com doenças cardiovasculares. 

“Os remédios tradicionais funcionam para uma boa proporção de pessoas, então, podemos começar com uma intervenção de saúde como essa, por meio dos flavonóides, em alguns grupos”, afirmou Christian Heiss, autor do estudo, ao jornal The Sun. 

No entanto, Heiss não aconselha que os flavonóides sejam obtidos com a ingestão de meio quilo de chocolate por dia. “Certamente, isso causaria outros problemas à saúde”, alertou.

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