Tópicos | Papa Francisco

O papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (26) que as bênçãos para casais homoafetivos, cuja autorização provocou controvérsia na Igreja Católica, são para pessoas, e não para uniões.

Em audiência com membros do Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão herdeiro da Santa Inquisição, o pontífice disse também que essa bênção deve acontecer "fora de qualquer contexto e forma de caráter litúrgico" e "não exige uma perfeição moral para ser recebida".

##RECOMENDA##

"Quando um casal se aproxima espontaneamente para pedi-la, não se abençoa a união, mas simplesmente as pessoas que a pedem. Não a união, mas as pessoas, naturalmente levando em conta o contexto e a sensibilidade dos lugares onde se vive e das modalidades adequadas para fazê-lo", explicou o Papa.

Segundo Francisco, a intenção das "bênçãos pastorais e espontâneas é mostrar concretamente a proximidade da Igreja a todos aqueles que, encontrando-se em diversas situações, pedem ajuda para percorrer um caminho de fé".

O Vaticano, com aval de Jorge Bergoglio, autorizou bênçãos a casais homoafetivos em dezembro passado, desde que essa prática não tenha aspectos ritualísticos nem seja confundida com o sacramento do matrimônio.

A decisão, no entanto, foi alvo de duras críticas do clero conservador, e um arcebispo italiano, Carlo Maria Viganò, um conhecido desafeto do pontífice, chegou a acusá-lo de ser um "usurpador" e "servo de Satanás".

Além disso, outros arcebispos, como o de Nairóbi, Philip Anyolo, ignoraram a nova diretriz do Vaticano e proibiram padres de abençoarem casais homoafetivos.

Da Ansa

O papa Francisco declarou neste domingo (14) que renunciar ao comando da Igreja Católica "é uma possibilidade aberta", mas garantiu que a ideia não está atualmente em seus pensamentos.

O religioso, que participou de uma entrevista com o jornalista Fabio Fazio no programa Che Tempo Che Fa, comentou que "continua vivo" em resposta ao anfitrião que lhe perguntou como ele estava.

##RECOMENDA##

"Não é um pensamento, nem uma preocupação, nem um desejo, mas uma possibilidade aberta a todos os Papas. Mas neste momento não está no centro dos meus pensamentos. Enquanto eu tiver vontade de servir, irei continuar", analisou o pontífice, que participou do talk show remotamente.

O líder da Igreja Católica acrescentou que "teremos que pensar" na possibilidade de renúncia se a condição mudar futuramente.

Aos 87 anos, o papa Francisco viu seu pontificado completar uma década e teve um 2023 bastante agitado. Ao mesmo tempo em que participou de um sínodo e fez cinco viagens, o religioso precisou superar alguns problemas de saúde.

Da Ansa

Em discurso ao corpo diplomático no Vaticano nesta segunda-feira, o papa Francisco voltou a se manifestar contra a prática da barriga de aluguel.

"A via da paz exige o respeito à vida, a cada vida humana, começando pela do nascituro no ventre da mãe, que não pode ser suprimida nem tornar-se objeto de comércio", disse o pontífice.

##RECOMENDA##

"Considero condenável a prática da barriga de aluguel, que prejudica gravemente a dignidade da mulher e do filho. Ela é fundamentada na exploração de uma situação de necessidade material da mãe", acrescentou Francisco.

Para Jorge Bergolio, "uma criança é sempre um presente e nunca um objeto de contrato": "Portanto, desejo um comprometimento da Comunidade Internacional para proibir universalmente essa prática".

"Em cada momento de sua existência, a vida humana deve ser preservada e protegida, enquanto constato com pesar, especialmente no Ocidente, a persistente propagação de uma cultura da morte, que, em nome de uma compaixão fictícia, descarta crianças, idosos e doentes", concluiu.

Da Ansa

Após uma série de críticas de setores apontados como mais conservadores, falando até de heresia e blasfêmia, o Vaticano saiu em defesa nessa quinta-feira (4), da bênção a casais homossexuais ou em "situação irregular".

No dia 18, o papa Francisco permitiu bênçãos a casais homossexuais ou em situação "irregular". As reações foram rápidas, como mostrou o Estadão: a Conferência Episcopal de Moçambique anunciou que não seguirá a recomendação (pela primeira vez uma reação do tipo envolvendo todos os bispos de um país), sob alegação de que essas bênçãos provocam nas comunidades cristãs "questionamento e perturbações".

##RECOMENDA##

O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, emitiu comunicado para esclarecer alguns pontos da Declaração Fiducia Supplicans, destacando a diferença entre bênçãos litúrgicas (como a do matrimônio), e bênçãos pastorais, como é o caso.

Na sequência, a mesma decisão foi tomada em Malauí e Zâmbia (país onde a simples relação homossexual pode ser punida com 15 anos de prisão ou até execução). Bispos de Angola, Quênia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Uganda e Zimbábue estão entre os demais clérigos africanos que disseram que não abençoarão casais do mesmo sexo.

Uma das mais recentes manifestações foi a do bispo de Moyobamba (Peru), Rafael Escudero, que exortou os sacerdotes de sua diocese a, "dada a falta de clareza do documento", seguirem "a práxis ininterrupta da Igreja até agora, que é abençoar toda pessoa que pede bênção, e não casais do mesmo sexo ou casais em situação irregular".

A Doutrina da Fé acrescenta um exemplo do que seria uma "bênção pastoral", na qual o sacerdote formula a oração: "Senhor, olhai para estes teus dois filhos, concedei-lhes saúde, trabalho, paz, ajuda mútua. Livrai-os de tudo o que contradiz o teu Evangelho e concedei-lhes que vivam segundo a tua vontade. Amém".

Diante das reações e das dúvidas manifestadas, o antigo Santo Ofício afirmou que "A Declaração contém a proposta de breves e simples bênçãos pastorais (não litúrgicas ou ritualizadas) a casais (não às uniões) irregulares". Trata-se de, segundo frisou, "bênçãos sem forma litúrgica que não aprovam nem justificam a situação em que estas pessoas se encontram". Dessa forma, a doutrina a respeito de matrimônio e sexualidade, por parte da Igreja, não sofreu nenhuma alteração.

"A verdadeira novidade", segundo afirmou Fernández, que vêm dando declarações em série a órgãos católicos conservadores reativos ao documento, reside no "convite a distinguir" entre bênçãos "litúrgicas ou ritualizadas" e "espontâneas ou pastorais", que podem ser concedidas a este tipo de relações. Nesse sentido, essas "bênçãos pastorais, para se distinguirem das bênçãos litúrgicas ou ritualizadas, devem antes de tudo ser muito breves".

O "esclarecimento" cita textualmente as conferências episcopais (entidades que reúnem todos os bispos de uma área, região ou País, como ocorre no Brasil com a CNBB). "Permanece importante que estas Conferências Episcopais não sustentem doutrina diferente daquela da Declaração aprovada pelo papa, enquanto é a doutrina de sempre, mas sobretudo que proponham a necessidade do estudo e do discernimento para agir com prudência pastoral em um tal contexto."

"São 10 ou 15 segundos. Faz sentido negar esse tipo de bênção a duas pessoas que imploram?", questiona. A Fiducia Supplicans já afirmava que, quando a bênção for solicitada por um casal "em situação irregular", nunca poderá ser realizada concomitantemente com os ritos civis de união ou com vestidos de noiva, por exemplo, para evitar qualquer confusão. Isso porque o Vaticano, embora permita estas bênçãos "espontâneas" ou informais aos casais homossexuais, não as iguala ao casamento canônico.

O Vaticano observou ainda que a forma como esta declaração foi recebida nas dioceses exige "a necessidade de um tempo mais longo de reflexão pastoral". Esse comunicado é divulgado na sequência de declarações e cartas pastorais das Conferências Episcopais e dioceses nas quais os sacerdotes são exortados a não abençoarem casais do mesmo sexo ou casais em situação irregular.

Na declaração dessa quinta-feira, o Vaticano admite que, nos seus aspectos práticos, pode ser necessário "mais ou menos tempo para a aplicação" das bênçãos, segundo os contextos locais e o discernimento de cada bispo com a sua diocese. "Em alguns lugares não há dificuldades para uma aplicação imediata, em outros há a necessidade de não inovar nada enquanto se toma todo o tempo necessário para a leitura e a interpretação". (Com agências internacionais).

O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (18), com o aval do papa Francisco, a possibilidade de padres e bispos abençoarem casais homoafetivos, desde que essa prática não seja confundida com o casamento.

A orientação foi divulgada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão mais importante da Santa Sé em termos de teologia e herdeiro da Santa Inquisição.

##RECOMENDA##

De acordo com o órgão, são possíveis as "bênçãos a casais em situação irregular e a casais do mesmo sexo, cuja forma não deve ter qualquer fixação ritualística por parte das autoridades eclesiásticas, a fim de não produzir uma confusão com a bênção característica do sacramento do matrimônio".

"A bênção chega de Deus para aqueles que, reconhecendo-se como necessitados de sua ajuda, não reivindicam a legitimação de um status próprio", explicou o dicastério.

De acordo com o órgão, para não ser confundida com o casamento, a bênção poderia ocorrer em situações como a "visita a um santuário, um encontro com um sacerdote ou uma oração recitada em um grupo".

"Não se pretende legitimar nada, mas apenas abrir a própria vida a Deus, pedir sua ajuda para viver melhor e invocar o Espírito Santo para que os valores do Evangelho possam ser vividos com maior fidelidade", acrescentou o dicastério.

As diretrizes confirmam uma resposta dada recentemente pelo Papa a questionamentos de cinco cardeais conservadores que perguntavam se a Igreja aceitaria como "um possível bem situações objetivamente pecaminosas, como as uniões entre pessoas do mesmo sexo".

Na ocasião, o pontífice esclareceu que o catolicismo "tem uma concepção muito clara do casamento, que é uma união exclusiva, estável e indissolúvel entre um homem e uma mulher, naturalmente aberta à geração de filhos".

No entanto, Jorge Bergoglio ressaltou que os padres e bispos não deveriam perder a "caridade pastoral". "Uma bênção é um pedido de ajuda a Deus, uma oração para poder viver melhor.

Portanto, não podemos nos tornar juízes que apenas negam, rejeitam, excluem", afirmou Francisco.

Da Ansa

O papa Francisco completa 87 anos neste domingo, 17. Além das crianças do Dispensário de Santa Marta, o religioso celebra a data com uma festa para mais de 200 famílias, sendo homenageado por autoridades e fiéis do mundo todo. O Vaticano não costuma comemorar aniversários, a não ser as onomásticas, mas a "festa" de Francisco já se tornou uma tradição.

O jesuíta argentino já é um dos pontífices mais velhos dos quais se têm registro na história da Igreja Católica. O último ocupante do Trono de São Pedro a viver mais que ele foi Leão 13, que morreu aos 93 anos em 1903. Antes disso, havia sido Clemente 12, que morreu aos 87 anos em 1740.

##RECOMENDA##

Bento 16, antecessor de Francisco, morreu em 31 de dezembro de 2022, aos 95 anos, mas como papa emérito. Ele havia deixado o comando da Santa Sé aos 85, alegando limitações de saúde.

Nesta manhã, Francisco visitou a Sala Paulo VI do Vaticano, perto de sua residência pessoal, para participar do evento organizado pelo Dispensário Santa Marta, centro pediátrico da Santa Sé fundado há um século, em 1922.

Com a presença de mais de 200 famílias que atendem o hospital, assim como os médicos e voluntários, a festa inclui apresentações de canto, dança, "um pequeno espetáculo circense" e, como não poderia ser diferente, um bolo de aniversário. Depois, o pontífice argentino recitou a oração dominical de Angelus na janela do Palácio Apostólico.

Saúde do pontífice restringe agenda

A celebração ocorre em meio aos conhecidos problemas de saúde de Francisco, com dificuldades para caminhar devido a dores nos joelhos, o que o obriga a usar a cadeira de rodas com frequência. No início do mês, ele suspendeu a ida a Dubai, para a Cúpula do Clima das Nações Unidas, por um problema pulmonar.

Em 2023, ele fez cinco viagens internacionais. Ele pretende visitar a Bélgica em 2024, sem especificar data, e disse que tem viagens pendentes à Polinésia e à Argentina, para onde não fez visita após se tornar papa.

Francisco afirma sentir-se bem de saúde, apesar das limitações. Ele tem afirmado que estaria disposto a deixar o cargo caso não pudesse mais exercer as suas funções, mas ao mesmo tempo que destaca que a renúncia não deve virar moda.

Nesta semana, ele também revelou que deseja ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não no Vaticano, em entrevista à emissora de TV mexicana N+.

Antigo aliado é condenado por fraude

Neste fim de semana, um antigo auxiliar de Francisco recebeu a sentença após ser acusado de fraude. O Tribunal do Vaticano condenou nove pessoas por escândalo financeiro, entre elas o cardeal Angelo Becciu, que foi seu prefeito na Congregação para as Causas dos Santos (2018-2020) e número 3 da Secretaria de Estado. Ele recebeu a pena de 5 anos e meio de prisão. (com agências internacionais)

O papa Francisco, um homem "cansado" mas ainda "no comando", comemora seus 87 anos no domingo (17), após um ano de 2023 agitado que o viu "acelerar" o ritmo, apesar do declínio de sua saúde e das crescentes críticas contra ele.

Um sínodo, cinco viagens, 10 anos de pontificado: em 12 meses, o argentino, que agora se locomove com cadeira de rodas, não diminuiu o seu ritmo intenso apesar de vários sustos na saúde, como uma infecção respiratória em março e uma operação abdominal em junho.

Nos corredores do Vaticano, muitos relatam um clima de "fim de reinado". "Sua saúde está piorando, é um homem cansado", mas "tem a cabeça intacta. Está mais no comando do que nunca", declarou à AFP uma fonte do Vaticano sob condição de anonimato.

Embora tenha admitido que viajar se tornou "mais difícil", o pontífice continua abordando assuntos representativos para o mundo, como as migrações em Marselha, as "periferias" na Mongólia e os danos da guerra na República Democrática do Congo.

Seu ano de 2023 será lembrado como o primeiro sem a sombra de seu antecessor, Bento XVI, que faleceu em 31 de dezembro de 2022.

"Francisco está liberto da sombra de Bento XVI e, ao mesmo tempo, isolado dos seus inimigos porque de certa forma Bento XVI o protegeu", disse à AFP Michel Kubler, sacerdote em Roma e ex-editor-chefe religioso do jornal francês La Croix.

- Aumento das críticas -

Tanto fora quanto dentro do Vaticano, as críticas aumentaram desde sua eleição, como comprovam as inúmeras declarações contra sua gestão, especialmente por parte dos ultraconservadores americanos.

"Os que não gostam de Francisco estão se contendo cada vez menos. Estamos em uma espiral de endurecimento das relações entre Francisco e certa oposição católica", constatou Kubler.

"Os ataques são mais virulentos e a 360º. Também há um cansaço geral", sinalizou uma fonte do Vaticano, enfatizando a personalidade "polarizadora" do pontífice.

As questões mais criticadas são a gestão do papa, considerada muito pessoal, e as dificuldades em concluir a reforma da Cúria, o governo central da Igreja, para o qual foi eleito.

Em resposta, Francisco agiu com firmeza, eliminando os privilégios, o salário e as acomodações oficiais de um dos seus adversários mais famosos, o cardeal americano Raymond Burke.

O ano de 2023 também foi marcado pela evolução na luta contra a violência sexual na Igreja, assim como a acusação de um padre jesuíta esloveno acusado de violência sexual e psicológica contra mulheres.

Já 2024 será marcado, sobretudo, pela segunda etapa do Sínodo sobre o futuro da Igreja, que colocou em pauta questões como o diaconado feminino. E o papa, que revelou recentemente ter escolhido Roma como seu local de sepultamento, disse que quer continuar viajando.

"Muito dependerá de seu estado de saúde e de sua capacidade de manter o rumo apesar das hostilidades", resumiu a mesma fonte do Vaticano.

O Para Francisco enviou uma carta ao presidente Lula (PT) desmarcando o encontro que eles teriam durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), realizada este ano em Dubai, nos Emirados Árabes. A carta foi divulgada nas redes sociais do presidente neste sábado (2).

No texto, o pontífice se desculpa ao chefe do Executivo Nacional por desmarcar o encontro devido a problemas de saúde. “Estou escrevendo para informar a você, com grande tristeza, que diante do conselho dos meus médicos, eu não estarei apto a comparecer à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, e consequentemente participar do nosso encontro agendado”, escreveu o Papa.

##RECOMENDA##

Eles tinham uma reunião agendada durante a conferência, e possivelmente discutiriam ações e medidas acerca da questão climática global. “Continuo grato pela sua disposição em discutir o futuro de nossa casa comum e os meios mais eficazes de responder aos desafios urgentes enfrentados por nossa família humana. Acredito que poderemos falar juntos em outra ocasião para prosseguir com essas questões”, continuou.

[@#video#@]

 

 

O papa Francisco voltou a apelar neste sábado (2) para a criação de um fundo com o dinheiro destinado a armamentos, com o objetivo de financiar a luta contra a fome global e a crise climática.

O apelo foi feito em seu discurso na 28 edição da Conferência da ONU sobre as mudanças climáticas, a COP28, em Dubai, lido pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

##RECOMENDA##

Francisco, que foi impedido de participar da cúpula devido a uma crise de bronquite, disse: "Quanta energia a humanidade está desperdiçando nas muitas guerras em andamento, como em Israel e na Palestina, na Ucrânia e em muitas regiões do mundo".

O religioso explicou que todos esses conflitos não vão resolver os problemas, mas os aumentarão e voltou a questionar "quantos recursos são desperdiçados em armamentos, que destroem vidas e arruínam a casa comum".

"Reitero uma proposta: com o dinheiro que é gasto com armas e outras despesas militares, criemos um fundo mundial para finalmente eliminar a fome e realizar atividades que promovam o desenvolvimento sustentável dos países mais pobres, combatendo das alterações climáticas", disse.

O líder da Igreja Católica explicou ainda que "as alterações climáticas sinalizam a necessidade de uma mudança política" e defendeu que "saiamos das restrições do particularismo e do nacionalismo", pois são "padrões do passado".

No texto, o argentino pede que "abracemos uma visão alternativa e comum", que permitirá uma conversão ecológica, porque "não há mudanças duradouras sem mudanças culturais".

"É tarefa desta geração dar ouvidos aos povos, aos jovens e às crianças para lançar as bases de um novo multilateralismo. Por que não começar pela casa comum?", questionou.

O Pontífice assegura nisto "o compromisso e o apoio da Igreja Católica, ativa sobretudo na educação e na sensibilização para a participação comum, bem como na promoção dos estilos de vida, porque a responsabilidade é de todos e a de cada um é fundamental".

Segundo Francisco, a "saída" da crise climática é "aquela que vocês estão seguindo nestes dias: o caminho da união, do multilateralismo".

"É preocupante neste sentido que o aquecimento global seja acompanhado por um esfriamento geral do multilateralismo e por uma desconfiança crescente na comunidade internacional. É essencial reconstruir a confiança, fundamento do multilateralismo", acrescenta ele, enfatizando que "isto aplica-se tanto ao cuidado da criação como à paz: são as questões mais urgentes e estão interligadas".

Jorge Bergoglio garantiu que "é essencial uma mudança de ritmo que não seja uma modificação parcial da rota, mas uma nova forma de proceder juntos".

De acordo com ele, "se o Acordo de Paris marcou 'um novo começo' na luta contra as mudanças climáticas, que começou no Rio de Janeiro em 1992, devemos agora "relançar a jornada".

"Que esta COP seja um ponto de viragem: deixe-a demonstrar uma vontade política clara e tangível, que conduza a uma aceleração decisiva da transição ecológica, através de formas que têm três características: são eficientes, vinculativas e facilmente monitoradas", afirmou.

Por fim, o Santo Padre pediu que todos encontrem realização em quatro campos: "eficiência energética; fontes renováveis; eliminação de combustíveis fósseis; educação para estilos de vida menos dependentes destes últimos".

"Por favor, vamos em frente, não vamos voltar atrás. Aqui se trata de não adiar mais, de realizar, não apenas de esperar, o bem dos seus filhos, dos seus cidadãos, dos seus países, de nosso mundo. A história agradecerá. 2024 marca o ponto de virada", concluiu ele, apelando para que as divisões fiquem para trás e as forças se unam. "Com a ajuda de Deus, saímos da noite de guerras e de devastação ambiental para transformar o futuro comum numa aurora de luz". 

*Da Ansa

"Como veem, estou vivo", declarou a visitantes o papa Francisco em tom de brincadeira, após deixar de ir à COP28 em Dubai devido a uma "bronquite muito aguda".

"O médico não me deixou ir a Dubai", explicou o pontífice argentino de 86 anos aos participantes de um seminário de "Ética na gestão da saúde", citado em comunicado do Vaticano.

"A razão é que faz muito calor lá e se passa do calor para o ar-condicionado. E nesta situação de bronquite [não é conveniente]. Agradeço a Deus que não foi um pneumonia", afirmou.

"É uma bronquite muito aguda, infecciosa. Não tenho mais febre, mas continuam os antibióticos", detalhou.

Em sua audiência semanal de quarta-feira, o papa parecia cansado e com dificuldades para respirar e pediu a um assistente que lesse seu texto.

Seguindo os conselhos médicos, Francisco se viu obrigado a cancelar a viagem à cúpula anual do clima, a COP28, que este é celebrada em Dubai.

O pontífice, que na juventude foi submetido a uma ablação parcial de um pulmão, tinha programado um discurso no sábado, durante sua estadia nos Emirados Árabes Unidos agendada inicialmente de sexta-feira a domingo.

O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, representa a Santa Sé em Dubai.

O papa fez da defesa ao meio ambiente um dos pilares de seu pontificado e seria o primeiro chefe da Igreja Católica a participar desta cúpula da ONU desde sua criação em 1995.

O papa Francisco presidiu a audiência semanal, nesta quarta-feira (29), apesar da gripe que o obrigou a cancelar a viagem para a COP28, em Dubai, e pediu para um auxiliar ler o texto em seu lugar durante a cerimônia.

O pontífice argentino, de 86 anos, parecia cansado e com dificuldades para respirar durante a audiência no Vaticano. "Com esta gripe, ainda não estou bem", declarou aos fiéis.

##RECOMENDA##

"Não tem febre, mas a inflamação pulmonar associada à dificuldade respiratória persiste", informou à tarde o Vaticano, acrescentando que o pontífice segue o tratamento com antibióticos.

Com um quadro gripal desde o fim de semana e seguindo o conselho dos médicos, Francisco cancelou na terça-feira a viagem à reunião de cúpula anual do clima, a COP28, em Dubai.

O pontífice, que na juventude foi submetido a uma ablação parcial do pulmão, deveria discursar no sábado na COP28. Ele ficaria nos Emirados Árabes Unidos de sexta-feira a domingo.

No final da audiência desta quarta-feira, Francisco pediu o fim das guerras de Gaza e da Ucrânia, com uma voz muito frágil. Alguns minutos depois, no entanto, pareceu mais animado ao assistir a uma apresentação circense com acrobatas.

E antes da audiência geral, afirmou aos visitantes do Celtic Football Club, de Glasgow, que estava "melhor do que ontem".

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, disse mais tarde que o papa está "em processo de recuperação", mas não quer correr riscos viajando a Dubai.

Francisco ainda pretende participar dos debates sobre o clima, segundo o Vaticano, mas ainda não foi divulgado como o fará.

Parolin disse que ele mesmo assistirá à primeira parte dos debates da ONU, enquanto uma equipe do Vaticano permanecerá durante todo o evento.

Francisco, que nos últimos anos sofreu vários problemas de saúde e em junho foi submetido a uma cirurgia no intestino, cancelou as audiências de sábado passado devido ao que o Vaticano chamou de "leve estado gripal".

O pontífice passou por uma tomografia computadorizada, que "descartou o risco de complicações pulmonares".

O papa Francisco presidiu a audiência semanal nesta quarta-feira (29), apesar da gripe que o obrigou a cancelar a viagem para a COP28 de Dubai, e pediu para um auxiliar ler o texto em seu lugar durante a cerimônia.

O pontífice argentino, de 86 anos, parecia cansado e com dificuldades para respirar durante a audiência no Vaticano. "Com esta gripe, ainda não estou bem", declarou aos fiéis.

##RECOMENDA##

Com um quadro gripal desde o fim de semana e seguindo o conselho dos médicos, Francisco cancelou na terça-feira a viagem à reunião de cúpula anual do clima, a COP28, que acontecerá em Dubai a partir de quinta-feira.

O pontífice, que na juventude foi submetido a uma ablação parcial do pulmão, deveria discursar no sábado na COP28. Ele ficaria nos Emirados Árabes Unidos de sexta-feira a domingo.

No final da audiência desta quarta-feira, Francisco pediu o fim das guerras de Gaza e da Ucrânia, com uma voz muito frágil. Alguns minutos depois, no entanto, pareceu mais animado ao assistir uma apresentação circense com acrobatas.

Francisco, que nos últimos anos sofreu vários problemas de saúde e em junho foi submetido a uma cirurgia no intestino, cancelou as audiências de sábado passado devido ao que o Vaticano chamou de "leve estado gripal".

O pontífice passou por uma tomografia que "descartou o risco de complicações pulmonares". O Vaticano informou que Francisco estava recebendo antibióticos por via intravenosa.

O papa Francisco fez um apelo nesta sexta-feira (24) para que as pessoas não promovam uma comunicação que incentive a cultura do descarte por meio de mensagens de ódio nas redes sociais.
    A declaração foi dada em uma mensagem enviada aos participantes da 13ª edição do Festival da Doutrina Social da Igreja, que acontece em Verona de hoje até 26 de novembro, sob o tema "#soci@lmente livres".
    "Que ninguém promova uma comunicação inútil através da difusão de mensagens de ódio e da distorção da realidade online", afirmou o Pontífice.
    Segundo ele, "a comunicação atinge sua plenitude na doação total de si mesmo ao outro" e "nesta relação de reciprocidade se desenvolve a teia da liberdade".
    Para o argentino, a rede que queremos, "não foi feita para prender, mas para libertar, para valorizar uma comunhão de pessoas livres".
    "A própria Igreja é uma rede tecida a partir da comunhão eucarística, onde a união não se baseia em 'likes', mas na verdade, no 'amém', com o qual cada pessoa adere ao Corpo de Cristo, acolhendo ao próximo", explicou.
    De acordo com o religioso, "em comparação com a velocidade da informação, que provoca a voracidade relacional, o 'amém' é de fato uma espécie de provocação para ir além da superficialidade cultural para dar plenitude à linguagem, no respeito por cada pessoa".
    Francisco ainda fez referência à comunicação de Jesus no Evangelho para dizer que ela "é verdadeira porque é inspirada no amor por quem o escuta, às vezes até distraidamente".
    "Jesus está interessado na pessoa inteira, isto é, na pessoa na sua integridade. Jesus, como é evidente, não é um líder solitário.

Para chegar a cada um dos presentes pede a colaboração dos discípulos. Também eles devem entrar na sua lógica de envolvimento pessoal. Não há dom evangélico que não inclua também um pouco do próprio doador", ressaltou.
    Por fim, o líder da Igreja Católica enfatizou que "esta é a liberdade à qual o discípulo é chamado: a de quem se envolve com inteligência e amor para fazer crescer os outros".
    "Aqui está, então, a importância de ser testemunhas de liberdade num mundo de conflitos. Desejo que todos vocês saibam traduzir a hashtag 'soci@lmente', promovendo de forma inteligente ações e iniciativas para o bem comum. Envolvam-se na educação sobre a cultura da doação", finalizou.

##RECOMENDA##

 

Em sua nova peça de campanha, o candidato peronista Sergio Massa faz questão de dizer que "ama o papa". Não só porque Francisco é argentino, mas também porque ele virou um personagem do segundo turno das eleições depois de ser alvo de ataques do libertário Javier Milei - o que pode ter lhe custado um eleitorado importante em um país de maioria católica.

Segundo pesquisa feita em 2019 pelo Conselho Nacional de Investigações Científicas (Conicet), ligado ao Ministério da Ciência, quase 63% dos argentinos se identificam como católicos - uma queda em relação a 2009, quando 76,5% se identificavam com a Igreja. Mas significa que 28 milhões ainda se importam com o papa.

##RECOMENDA##

Para além dos números, o fato de Francisco ter sido o primeiro papa argentino é motivo de orgulho nacional, e suas respostas sobre preferir Messi ou Maradona repercutem na sociedade. "Temos um papa que influencia, queira ou não, na política argentina", afirma Cecilia Sturla, diretora do Instituto da Família e Vida João Paulo II, da Universidade Católica de Salta. "Francisco tem um peso político na Argentina, para o bem ou para o mal."

Mesmo sabendo disso, Milei disse que o pontífice era "comunista" e "a encarnação do maligno". Um conselheiro chegou a sugerir o rompimento das relações com o Vaticano. Francisco nunca respondeu diretamente, embora tenha lançado alertas que pareciam aludir ao libertário.

"Todos já fomos jovens sem experiência e, às vezes, meninos e meninas se apegam a milagres, ao Messias, para que as coisas se resolvam de forma messiânica. O Messias é apenas um, que nos salvou de todos. Os demais são todos palhaços do messianismo", disse o papa em entrevista à agência Télam, antes do primeiro turno.

Diferentemente do Brasil, onde o voto religioso tem um peso importante nas eleições e há uma bancada religiosa no Congresso, na Argentina a Igreja não costuma se posicionar em eleições, embora historicamente tenha uma aproximação com o peronismo. No entanto, as palavras duras de Milei provocaram a reação de padres e bispos.

Resposta

Em setembro, um grupo de padres de vilas e bairros de Buenos Aires, conhecidos como "curas villeros", realizou uma missa em resposta a Milei. "Acaba-se por perguntar se alguém com esse distúrbio emocional, que não consegue encontrar alguém que pensa diferente sem gritar ou insultar, consegue suportar as tensões inerentes ao cargo a que aspira", disseram.

A alta cúpula da Igreja argentina também respondeu dizendo que não apoiava ninguém, mas expressou "princípios úteis para refletir o futuro do povo que amamos e servimos".

Considerada uma das cidades mais católicas da Argentina, Salta se tornou o maior exemplo do impacto da cruzada de Milei contra o papa. Na província de mesmo nome, no noroeste argentino, 76% da população se diz católica. Igrejas, catedrais e conventos fazem parte da paisagem saltenha, sendo a placa de boas vindas na cidade acompanhada por uma cruz.

Nas discussões sobre aborto, em 2020, todos os congressistas de Salta votaram contra a proposta, consolidando sua visão conservadora do tema.

O ápice da religiosidade de Salta é visto em setembro, quando milhares de peregrinos viajam quilômetros, muitos a pé, para festejar a Fiesta del Milagro, que celebra o milagre ocorrido no século 16, durante a fundação da cidade, quando se crê que orações à Virgem dos Milagres fez parar um terremoto. Desde então, a festa chega a reunir 800 mil pessoas.

Mesmo com todo este histórico, Milei ganhou a maioria dos votos de Salta nas primárias de agosto, sendo a província que mais havia votado no libertário, com quase 50% dos votos. Os cartazes de Milei faziam parte da paisagem da cidade quando a reportagem a visitou, em outubro.

Andrea Zintgraff, de 36 anos, votou em Milei nas primárias e no primeiro turno, porque defende uma mudança econômica na Argentina, mas admite que as falas do libertário sobre a Igreja a incomodam. "Eu discordo de algumas coisas da Igreja, como a posição sobre o aborto, por exemplo, e me preocupam os casos de padres abusadores, por isso não sou contra o que Milei diz. Mas, neste momento, estou pensando na economia", afirma.

Vista grossa

A agente administrativa representa uma grande parte do eleitorado de Milei, que decidiu fazer vista grossa ao que diz o libertário sobre o papa porque tem outras preocupações mais urgentes, como a inflação. Mas, para o consultor político Pedro Buttazzoni, parte do eleitorado foi afetado pela briga.

"Vemos isso nas pesquisas que fizemos em Salta, as pessoas sabem das propostas de dolarização, do objetivo de tirar a casta política, eliminar o Banco Central, mas não muito mais que isso. Não citam propostas de Milei muito além dessas", afirma Buttazzoni, diretor da Droit Consultores.

Mas, no primeiro turno, em outubro, o libertário viu uma queda de apoio entre os saltenhos. Ele venceu na região com 40% dos votos, mas Massa aumentou de 24%, nas primárias, para 37%. Segundo o Centro de Pesquisa para a Qualidade Democrática, Milei perdeu 3% de seu eleitorado na província, enquanto Massa cresceu 85%.

Os motivos para o salto são dois, segundo analistas. Primeiro, a ação do aparato peronista nas províncias, que em Salta foi comandada pelo próprio governador reeleito Gustavo Sáenz. E, segundo, a Igreja.

"Achávamos que o peronismo estava muito mais debilitado antes das primárias, mas nos demos conta de que não, que estava adormecido e ativou toda sua força para ressurgir, e uma das forças do peronismo é a Igreja", disse Sturla. "A doutrina peronista se aproxima em parte da doutrina social e do pensamento da Igreja. Então, houve muita aproximação entre Igreja e partido. A partir disso, o peronismo fica muito ligado aos católicos."

Golpe

Massa soube aproveitar os ataques ao papa, embora não seja ele próprio um fã de Francisco. Nos bastidores da política argentina circula a história de que o pontífice não gosta de Massa por acreditar que ele, quando era do gabinete de Néstor Kirchner, tentou armar um golpe para tirá-lo do arcebispado de Buenos Aires por ser "muito de esquerda".

Mas em seu discurso após o primeiro turno, Massa disse que pretende ser o presidente quando o papa visitar a Argentina pela primeira vez. Desde então, citar Francisco é uma constante. Durante os debates, o peronista criticou Milei por atacar "o argentino mais importante da história".

A Milei restou a tarefa de minimizar os ataques, tendo dito que já havia pedido desculpas à Igreja, o que a instituição não confirmou. "Se Francisco, líder da Igreja, vier à Argentina, será recebido com as honras de chefe de Estado e com o reconhecimento de alguém que é o líder espiritual dos católicos. Não mudamos, apesar dos ataques", afirmou Milei, após as críticas.

Seu maior problema, porém, é convencer padres e bispos que não apoiam Massa, mas pedem cautela com Milei. "Quando Milei cresceu, o setor do 'curas villeros', que são influenciados pelo peronismo, passaram a soar o alarme", disse Sturla. "A Igreja não diz 'votem em Massa', mas diz 'não votem em Milei', o que na prática é estar a favor de Massa."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco, de 86 anos, provocou preocupação nos fiéis ao dizer nesta segunda-feira (6) que não se sentia bem de saúde, porém o Vaticano afirmou que trata-se apenas de um resfriado.

Em uma audiência com rabinos europeus no Vaticano, o líder da Igreja Católica agradeceu pela visita, mas explicou que não leria o discurso que estava programado para a ocasião.

##RECOMENDA##

"Bom dia, cumprimento todos vocês e lhes dou as boas-vindas. Obrigado por essa visita que tanto me agrada, mas acontece que eu não estou bem de saúde e, por isso, prefiro não ler o discurso, mas sim dá-lo para vocês o levarem", declarou o Papa, com a voz aparentando cansaço.

Pouco depois, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, disse que Jorge Bergoglio estava "com um pouco de resfriado". "Ele tinha o desejo de cumprimentar individualmente os rabinos europeus e, por isso, entregou o discurso. De resto, as atividades do Papa prosseguem regularmente", ressaltou.

Francisco tem uma agenda cheia de encontros privados e audiências públicas nesta segunda-feira, incluindo uma reunião com 7 mil crianças provenientes de todo o mundo.

Em junho passado, Bergoglio ficou nove dias internado devido a uma cirurgia para tratar uma hérnia em uma cicatriz abdominal.  Antes disso, em março, o Papa havia sido hospitalizado devido a uma bronquite.

Apelo pela paz

O discurso entregue por Francisco aos rabinos demonstrou preocupação com a "disseminação de manifestações antissemitas" no mundo, na esteira do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas no Oriente Médio.

No entanto, o Papa alertou contra o "brusco ímpeto da vingança e a loucura do ódio bélico" e destacou que as pessoas precisam ser "testemunhas de diálogo". "Não as armas, não o terrorismo, não a guerra, mas sim a compaixão, a justiça e o diálogo são os meios adequados para edificar a paz", acrescentou. 

O Papa Francisco reiterou seu pedido de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, bem como a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo grupo militante e a continuação da ajuda ao enclave em Gaza.

"Em Gaza, devem ser deixados espaços para garantir a ajuda humanitária e os reféns devem ser libertados imediatamente", disse o Papa Francisco no Vaticano. "Cessar fogo! Cessar fogo! Parem, irmãos e irmãs. A guerra é sempre uma derrota."

##RECOMENDA##

Fonte: Dow Jones

A Orquestra Jovem Criança Cidadã fará uma apresentação no próximo domingo (29), às 17h. O grupo de músicos selecionados para a viagem ao Vaticano, que se inicia no dia seguinte, realizará um concerto especial no Paço do Frevo, no Recife Antigo, dedicado ao repertório que será executado nos Concertos pela Paz diante do Papa Francisco, nos dias 3 e 4 de novembro.

Sob regência do maestro José Renato Accioly, o setlist inclui peças de Händel, Vivaldi, Villa-Lobos, Leontovich, Bach, Franck, Rachmaninov, Piazzolla, Clóvis Pereira e Ary Barroso. Os Concertos pela Paz são uma iniciativa da Charis Internacional, em parceria com a OCC e com o apoio da Fondazione Cavalsassi e da Comunidade Obra de Maria, que inclui a participação de musicistas russos, ucranianos e italianos em prol da paz entre as duas primeiras nacionalidades, atualmente.

##RECOMENDA##

A violista e monitora Bruna Stefani, 21, demonstra muita expectativa para a apresentação pré-viagem. “Acredito que esse concerto passará para o público um pouco de como será lá no Vaticano. O repertório está lindo, e sei que a plateia irá se emocionar. Minhas expectativas são de conseguir transmitir paz, leveza e alegria aqui, também, no Recife. Acredito que a música tem o poder de união, tem o poder de transformar. E aqui no Recife, assim como lá em Roma, vamos unir pessoas e deixar o dia delas mais leve, mais sereno”, afirma.

A entrada para o concerto, que se inicia às 17h, é gratuita e aberta a todos os públicos, sendo necessário se inscrever através do link. O calendário completo da Orquestra Criança Cidadã em 2023 está disponível online, no site do projeto social.

Sediada nas instalações do 7° Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro, a Orquestra Criança Cidadã é um projeto realizado com incentivo do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e que conta com patrocínio master da Caixa Econômica Federal, patrocínio sênior dos Correios e realização da Funarte e do Governo Federal.

*Da assessoria de imprensa

O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (11), em sua audiência geral no Vaticano, que Israel tem direito a se defender de agressões, mas mostrou preocupação contra o "cerco total" contra palestinos na Faixa de Gaza.

Em um apelo no fim da cerimônia, o líder da Igreja Católica também disse que o Oriente Médio precisa "de uma paz construída sobre a justiça, o diálogo e a coragem da fraternidade".

##RECOMENDA##

"É direito de quem é atacado se defender, mas estou muito preocupado com o cerco total em que vivem os palestinos em Gaza, onde também há muitas vítimas inocentes. O terrorismo e os extremismos não ajudam a alcançar uma solução para o conflito, mas alimentam o ódio, a violência e a vingança", declarou.

O Papa ressaltou que acompanha "com dor e apreensão" os acontecimentos no Oriente Médio e cobrou a libertação "imediata" de reféns israelenses pelo Hamas, embora sem citar o nome do grupo fundamentalista.

"Oro por aquelas famílias que viram um dia de festa se transformar em um dia de luto e peço que os reféns sejam soltos imediatamente", disse Francisco, em referência ao festival de música eletrônica atacado pelo Hamas no sábado (7) e em que morreram pelo menos 260 pessoas, incluindo dois brasileiros.

Até o momento, Israel reporta 1,2 mil mortos e 2,7 mil feridos no conflito, enquanto as autoridades de Gaza contabilizam cerca de 1,1 mil vítimas e 5,2 mil feridos.

*Da Ansa

O papa Francisco se reuniu nesta quinta-feira (28), no Vaticano, com o músico brasileiro Caetano Veloso. A informação é da Sala de Imprensa da Santa Sé, que, no entanto, não revelou o teor da conversa.

Caetano já deveria ter se encontrado com o líder da Igreja Católica no fim de junho, em um evento com cerca de 200 artistas na Capela Sistina, mas acabou cancelando a viagem a Roma devido a uma gripe.

##RECOMENDA##

O músico fez um show na capital italiana para cerca de 5 mil pessoas na última quarta-feira (27), apresentando faixas de seu último álbum, "Meu Coco", e clássicos de sua carreira, além de "Michelangelo Antonioni", sua única canção escrita em italiano e que homenageia um dos mais célebres cineastas do país.

"Não falo italiano, mas amo essa língua desde pequeno e tudo o que sei aprendi com os filmes, com o cinema italiano", disse Caetano no show. 

*Da Ansa

O papa Francisco criará no sábado 21 novos cardeais, incluindo cinco latino-americanos, que em sua maioria poderão votar para definir o sucessor do jesuíta argentino ou tornar-se o novo pontífice.

A cerimônia, oficialmente chamada consistório, que acontecerá no sábado (30) na Praça de São Pedro do Vaticano, será a nona do papado de Francisco desde sua eleição em 2013.

O evento será acompanhado por analistas em busca de indícios sobre o rumo da Igreja, devido à idade avançada de Francisco (86 anos), que não descarta a possibilidade de renunciar ao cargo, como fez seu antecessor Bento XVI, em caso de declínio de seu estado de saúde.

Francisco, o primeiro papa das Américas, incluiu na lista cinco cardeais latino-americanos, mas apenas três serão eleitores em um conclave.

Três deles são argentinos: monsenhor Víctor Manuel Fernández, prefeito do poderoso Dicastério para a Doutrina da Fé; Ángel Sixto Rossi, arcebispo de Córdoba; e Luis Pascual Dri, confessor no Santuária de Nossa Senhora de Pompeia que, por ter mais de 80 anos, não poderá participar em um eventual conclave.

Os outros dois latino-americanos são o arcebispo de Bogotá, o colombiano Luis José Rueda Aparicio, e o venezuelano Diego Rafael Padrón Sánchez, arcebispo emérito de Cumaná, que também supera o limite de idade.

Durante o pontificado, Francisco trabalha para promover o clero de países em desenvolvimento e distantes de Roma, como parte da sua filosofia de diversidade e inclusão. Também defende uma Igreja mais tolerante, com atenção especial aos pobres e marginalizados.

Após o consistório, a Igreja Católica terá 137 cardeais eleitores, 73% deles (99) nomeados por Jorge Bergoglio, enquanto 21% foram criados por Bento XVI e 6% por João Paulo II.

- Pompa e tradição -

Como é habitual, os futuros cardeais ajoelharão diante do pontífice para receber o capelo cardinalício, cuja cor vermelho escarlate evoca o sangue derramado por Cristo na cruz.

Francisco também entregará o anel de cardeal, que substitui o anel episcopal que recebem como bispos.

Depois da cerimônia acontecerá a tradicional "visita de cortesia", na qual o público é convidado a saudar os novos cardeais nos salões dourados do Palácio Apostólico.

Considerados tradicionalmente os "príncipes" da Igreja Católica Romana, os cardeais são os principais conselheiros e administradores do pontífice.

Alguns lideram departamentos dentro da Cúria Romana, o governo da Santa Sé, mas a maioria trabalha em seus países.

- "Universalidade" -

Fiel ao princípio de "universalidade" da Igreja, o pontífice jesuíta também olha para outras "periferias" do catolicismo, onde o número de fiéis aumenta, como África ou Ásia.

Entre os novos escolhidos há clérigos de duas áreas geopoliticamente delicadas: o patriarca latino de Jerusalém, a principal autoridade católica na Terra Santa, e o bispo de Hong Kong, crucial para tentar melhorar as relações do Vaticano com a China comunista.

A nova lista de cardeais também inclui os arcebispos de Juba (Sudão do Sul), Cidade do Cabo (África do Sul) e Tabora (Tanzânia).

"Isto significa que o papa quer estar cercado por pessoas dotadas de uma experiência do mundo global, não apenas por setor de especialização", declarou à AFP o vaticanista italiano Marco Politi.

Mas o clero europeu, onde o catolicismo está em declínio, continuará fortemente representado.

Os novos cardeais incluem o prelado suíço que atua como núncio apostólico da Santa Sé na Itália, o arcebispo de Lodz (Polônia) e o arcebispo de Madri, monsenhor José Cobo Cano.

O mais jovem na lista é o arcebispo de Setúbal (Portugal), que recentemente organizou a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.

Américo Aguiar, 49 anos, será o segundo integrante mais jovem do Colégio de Cardeais, atrás apenas do prefeito apostólico em Ulan Bator (Mongólia), Giorgio Marengo, seis meses mais jovem.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando