Tópicos | Seções

Com a eleição antecipada em relação ao Brasil por conta do fuso horário, brasileiros em países da Oceania e de parte da Ásia já votaram para a Presidência. O resultado parcial consolidou a preferência pelo ex-presidente Lula (PT) em países como Austrália e Coréia do Sul. O único país com vantagem de Jair Bolsonaro (PL) foi o Japão. 

Assim que as votações encerraram, os boletins de urna foram emitidos e expostos nas portas das seções eleitorais. A resposta do eleitorado fora do Brasil expôs a tendência apresentadas nas pesquisas com o voto polarizado e Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) alternando como melhor posicionado por fora do eixo de disputa principal. 

##RECOMENDA##

Em Tóquio, no Japão, Bolsonaro teve sua única vantagem. O resultado mais expressivo que o atual presidente alcançou em uma seção foi 185 votos contra 39 de Lula. Daí em diante, o petista conquistou uma larga vantagem. 

Na Nova Zelândia, primeiro país a fechar as urnas, na cidade de Wellington, o petista foi dominante em todas as urnas. O resultado mais expressivo foi de 128 votos contra 19 em Bolsonaro. Na Austrália, em Canberra, Lula chegou a atingir 341 votos contra 76 do atual presidente. 

Em uma seção de Singapura, Lula obteve 182 voto e Bolsonaro recebeu 97. Em Seul, na Coréia do Sul, o representante da esquerda recebeu 130 votos, enquanto o candidato conservador foi escolhido por 53 eleitores. 

Eleições 2022- Neste domingo (2), brasileiros vão escolher seus representantes e exercer a cidadania através do voto, das 8h às 17h, pelo horário de Brasília. A apresentação de documento original com foto é obrigatória para o eleitor, que vai votar em Deputados federais, estaduais e distrital, Governador, Senador e Presidente. 

As Eleições 2022 devem contar com 1.271.381 eleitoras e eleitores que declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, dentro de um eleitorado total de mais de 156 milhões de pessoas. Essa parcela de votantes cresceu 35,27% em relação ao pleito de 2018, quando 939.915 afirmaram se encontrar em uma dessas situações. Para receber com mais segurança e comodidade esses cidadãos e cidadãs no momento do voto, este ano, a Justiça Eleitoral (JE) vai disponibilizar mais de 163 mil seções eleitorais com acessibilidade. 

Na divisão por gênero, são 642.441 mulheres e 628.827 homens eleitores com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida e que disseram precisar de atendimento ou condições adaptadas para votar este ano, além de outras 113 pessoas que não informaram o gênero. O eleitorado com deficiência representa 0,81% do total apto a votar em 2 de outubro. 

##RECOMENDA##

Eleitoras e eleitores nessa situação podem exercer o voto em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral para suprir as respectivas necessidades. A cada eleição, a JE aumenta a acessibilidade dos locais de votação para propiciar a essa parcela do eleitorado maior facilidade e conforto. 

Maior acessibilidade 

Todas as urnas eletrônicas têm condições de atender pessoas com deficiência visual. Além do uso do sistema Braille e da identificação mais evidente da tecla “5” no teclado da urna, também serão disponibilizados fones de ouvido para que pessoas cegas ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato por meio do uso de voz sintetizada. 

Para promover a inclusão social e facilitar o voto de pessoas com deficiência auditiva, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprimorou também os softwares já existentes e instalou novos recursos de acessibilidade nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2022. Os equipamentos contarão este ano com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

  Além disso, um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as 577.125 urnas eletrônicas preparadas para o pleito, indicando, para a pessoa votante, qual cargo está em votação no momento, nesta sequência: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e presidente da República. 

Estado com mais eleitores com deficiência  Segundo o cadastro eleitoral, o Brasil tem 427.729 (30,47% do total deste eleitorado) votantes com deficiência de locomoção; 186.647 (13,3%) com deficiência visual; e 111.813 (7,97%) com deficiência auditiva. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior número de eleitoras e eleitores com alguma deficiência: 456.846. 

Nos casos em que uma limitação física ou mental impeça a pessoa de votar ou torne extremamente onerosa essa atividade, ela mesma ou um familiar mais próximo pode requerer uma quitação eleitoral permanente ao cartório eleitoral, apresentando documentação que comprove a dificuldade, como laudos médicos. 

Com base no que for apresentado, o juiz analisará se a situação informada realmente impede a pessoa de votar ou dificulta o exercício do voto, podendo fornecer documento que a isentará da obrigação de maneira permanente. 

Prazo e comunicação 

No ano das eleições, as pessoas com deficiência devem informar à Justiça Eleitoral  situações que dificultem o exercício do voto, como as relacionadas com a locomoção e a visão. A medida é necessária a fim de que o local de votação possa ser adaptado para que possam exercer a cidadania por meio do voto. 

O prazo oficial para essa solicitação terminou em 4 de maio, com o fechamento do cadastro eleitoral para o pleito deste ano. Porém, pedidos de transferência de pessoas votantes com deficiência ou mobilidade reduzida para locais de votação que atendessem às suas necessidades específicas puderam ser feitos até 18 de agosto.

Apesar disso, se a pessoa com deficiência não tiver requerido no prazo oportuno a transferência, poderá comunicar suas limitações à mesária ou ao mesário, para que a Justiça Eleitoral possa tomar as soluções cabíveis no momento, garantindo que ela vote. 

Auxílio 

Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida têm preferência no momento do voto. Elas podem ser auxiliadas no instante de votar, caso o presidente da mesa receptora de votos ateste que essa ajuda é fundamental. Nesse caso, podem ser acompanhadas por alguém de sua confiança, inclusive na cabine de votação.  Além disso, poderá, no dia das eleições, preencher o Formulário de Identificação de Eleitor com Deficiência ou Mobilidade Reduzida para autorizar o juiz eleitoral a anotar a circunstância (deficiência) no cadastro eleitoral.

*Do TSE 

Os recifenses que foram as urnas na tarde deste domingo (5) não encontraram problemas nas seções de votação. A reportagem do LeiaJá esteve em três colégios no bairro do Barro, na Zona Oeste da capital - Colégio Alberto Torres, Colégio Paulo Guerra e Escola Poeta Joaquim Cardoso -  encontrou poucas filas e quase nenhuma reclamação. 

A supervisora de call center, Taysa Mirelle, de 24 anos, sempre vota no final da tarde para evitar de enfrentar filas. “As filas estão andando rápido, a maior demora é o eleitor que tem que escolher muitos candidatos. Por isso eu sempre chego com o número dos meus candidatos já na cabeça. A biometria está funcionando bem e não está demorando nada”, comentou Mirelle.

##RECOMENDA##

Andrea Mendes, 36 anos, foi à urna com uma “cola” para não esquecer os candidatos, e também votou com tranquilidade. “Foi muito rápido. O que mais demorou foi o dedo, pois eu tive que colocar o dedo três vezes pra poder reconhecer, mas eu não tive nenhuma dificuldade pra votar. Eu vim de tarde porque tem menos gente”, explicou a doméstica. 

Já a pensionista Margarida Delgado, 64 anos, saiu da seção eleitoral sorrindo por ter cumprido o dever de cidadã. “Eu achei uma votação muito rápida. Decorei o número dos meus candidatos e quando cheguei na urna só fiz digitar. Meu único problema foi o dedo, tive que colocar duas vezes, mas não tem problemas”, afirmou Margarida. 

Isnalda Maria, 48 anos, sempre vota no período da tarde para não encontrar filas. “Eu não encontrei problemas. Quando eu cheguei na sala só tinha uma pessoa na minha frente, eu só esperei, no máximo, cinco minutos. Não tive problemas com a biometria, foi rápido e fácil. Venho de tarde porque tem menos gente e menos filas”, concluiu sorrindo a diarista. 

Dentro dos colégios visitados, a equipe de reportagem não encontrou os famosos "santinhos" espalhados no chão, mas nas ruas e avenidas ao redor a sujeira estava presente. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando