Tópicos | HIV

Estimulando o cuidado com a saúde sexual e desmentindo alguns mitos e preconceitos, o mês se inicia nesta sexta-feira (1) com a campanha do Dezembro Vermelho, que marca uma mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Sendo assim, o LeiaJá entrevistou um biomédico para explicar sobre os avanços nos tratamentos das doenças e esclarecer as dúvidas de muitas pessoas sobre as diferenças entre HIV e AIDS.

Avanços

##RECOMENDA##

Um relatório divulgado esse ano pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) aponta que o fim da doença é uma escolha política e financeira, e que os países e lideranças que estão seguindo esse caminho já percebem resultados promissores. Países como Botsuana, Ruanda e Zimbábue estão sendo considerados exemplos mundiais ao alcançarem as metas denominadas de "95-95-95". Isso significa que 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico, 95% estão em tratamento antirretroviral e outras 95%, que são acompanhadas por infectologistas, estão com a carga viral suprimida.

Mesmo ainda não alcançando essa meta, o Brasil tem números animadores. Dados apresentados na última quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde revelam que 1 milhão de pessoas viviam com HIV no país no ano passado. Desse total, 900 mil foram diagnosticadas, 731 mil das que têm diagnóstico estão em tratamento antirretroviral e 695 mil pessoas que estão em tratamento antirretroviral têm carga indetectável do vírus. Transformando esses números em porcentagens, o Brasil está com suas metas na casa de “88-83-95”, respectivamente.  

“Esses números animam, principalmente por saber que essa doença já matou muita gente nos anos 80. Ali as pessoas viviam amedrontadas, pois se a saúde sexual está doente, a saúde mental também fica afetada. Mas hoje é diferente. Claro que existem os perigos ocasionados pela doença, mas quem segue e respeita o tratamento, consegue viver muito bem”, afirma o biomédico Thiago Silva.

O especialista que trabalha em um laboratório de análises clínicas diz que “a decisão de se fazer o teste rápido é um passo muito importante para cuidar da saúde”.

“Vejo pacientes que vão fazer o teste rápido com um certo tipo de receio de que positive para o vírus. Mas é muito importante procurar um local de coleta. O medo precisa, urgentemente, ser substituído por precaução. Assim como o teste é muito importante, não deixe de usar preservativos”, afirmou.

Como o biomédico citou, o preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção pela doença e outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de hepatites. Os preservativos masculino e feminino são distribuídos gratuitamente em qualquer serviço público de saúde.

Thiago reforçou que a transmissão, em grande parte, ocorre através de uma relação sexual desprotegida, porém que existem também outras formas de se contaminar com a doença, como por exemplo, no compartilhamento de seringas contaminadas ou na transmissão vertical, que é quando a mãe passa o vírus para a criança durante a gestação, no momento do parto ou na amamentação, devido a falta de tratamento ou profilaxia.

PEP e PrEP

Com o avanço da ciência nos últimos anos, hoje é possível tanto controlar como prevenir a transmissão do HIV de diversas maneiras, muitas delas disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um grande exemplo disso é o uso Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP).

A PEP é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com a doença em situações como: violência sexual; relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso de camisinha; rompimento do preservativo e em casos de acidente ocupacional, que é quando a pessoa se fere com um instrumento perfurocortante ou quando tem um contato direto com um material biológico contaminado.

Para que a PEP seja efetiva, ela deve ser iniciada logo após a exposição de risco, respeitando um prazo de até 72 horas. Os medicamentos devem ser tomados por 28 dias. Mesmo com eficácia comprovada, os especialistas afirmam que a PEP não serve como substituta à camisinha.

Já a PrEP é o uso dos medicamentos antirretrovirais antes da exposição a doença. Ela reduz a probabilidade da pessoa se infectar com o vírus e é utilizada quando existe um alto risco de contrair o HIV. Os públicos prioritários para PrEP são as populações-chave, que são aquelas que concentram o maior número de casos de HIV no país: gays, pessoas trans, trabalhadores/as do sexo e parcerias sorodiferentes, que é quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não.

Diferença entre HIV e Aids

Questionado na entrevista sobre qual a diferença entre as doenças, o biomédico Thiago Silva afirmou que "o HIV é o vírus causador da Aids, pois ele ataca as células específicas do sistema imunológico, já a aids se apresenta no corpo do paciente em um estágio mais avançado da infecção pelo HIV". “Ter HIV não significa que a pessoa desenvolverá aids, pois hoje existem tratamentos para diminuir o impacto do vírus no corpo. Mas vale lembrar que a aids é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, quando a falta de tratamento por longo tempo faz os sintomas avançarem de nível”.

O especialista explicou que a aids “ataca células específicas do sistema imunológico”, aquelas que são responsáveis em defender o organismo de outras doenças.

“Em um estágio avançado da infecção pelo HIV, o paciente apresenta vários sinais e sintomas, além de infecções como a pneumonias atípicas e doenças parasitárias. Alguns tipos de câncer também podem acometer o paciente. Isso acontece pois o HIV usa células do sistema imunológico para replicar outros vírus. Além disso, ele as destroem, tornando o organismo incapaz de lutar contra em série de infecções e doenças”. Completou.

 

Uma nova vacina experimental contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) começa a ser testada em humanos, conforme anunciou na quarta-feira (20) a companhia norte-americana de imunologia Vir Biotechnology. A empresa espera ter os dados iniciais do teste de fase 1 no segundo semestre de 2024.

"O primeiro participante foi dosado em um ensaio de fase 1 avaliando a segurança, reatogenicidade (capacidade de gerar reação) e imunogenicidade (resposta imune ao corpo) do VIR-1388, uma nova vacina experimental de células T para a prevenção do vírus da imunodeficiência humana (HIV)", disse a Vir Biotechnology.

##RECOMENDA##

O imunizante VIR-1388 é baseado na plataforma vetorial do citomegalovírus humano (HCMV) e foi projetado para estimular o corpo a produzir células imunológicas conhecidas como células T, que reconhecem várias proteínas do HIV de uma forma diferente em relação às vacinas contra o HIV pesquisadas anteriormente.

"O VIR-1388 foi desenvolvido usando aprendizados aplicados do VIR-1111, a vacina experimental inicial de células T do HIV com prova de conceito da empresa, baseada no HCMV", relatou a companhia.

"O HIV continua a ser um grande desafio de saúde pública global, sem vacinas aprovadas, apesar de décadas de esforços de investigação", disse Carey Hwang, vice-presidente sênior de investigação clínica da Vir Biotechnology.

"O início do nosso primeiro ensaio clínico avaliando o VIR-1388 é um marco importante na nossa busca pelo desenvolvimento de uma vacina contra o HIV, e estamos gratos a todos os nossos parceiros pelo seu apoio a este ensaio de fase 1."

O ensaio é apoiado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), parte dos Institutos Nacionais de Saúde e pela Fundação Bill & Melinda Gates.

O NIAID forneceu financiamento durante todo o ciclo de vida de desenvolvimento do produto VIR-1388, enquanto a fundação apoiou o desenvolvimento da empresa de terapias para o tratamento do HIV, a prevenção da tuberculose e a prevenção da malária.

O que se avalia na fase 1

O ensaio de fase 1 randomizado, duplo-cego e controlado por placebo está avaliando a segurança, reatogenicidade e imunogenicidade de três doses diferentes de VIR-1388 em comparação com placebo, segundo a empresa. Ele será realizado em locais nacionais e internacionais dentro da rede de ensaios de vacinas contra o HIV, financiado pelo governo federal.

Será testado, inicialmente, em um grupo menor para avaliar os possíveis efeitos colaterais graves. Cerca de 100 pessoas devem ser divididas em grupos, com três deles recebendo dosagens diferentes e um quarto, tomando placebo.

"O ensaio foi concebido para inscrever aproximadamente 95 participantes com idades entre 18 e 55 anos que não vivem com HIV, com anticorpos específicos para o HCMV existentes e com boa saúde geral, conforme determinado pelo histórico médico, exame físico e testes laboratoriais", completou a Vir Biotechnology.

Um estudo opcional de acompanhamento de longo prazo aumentará a participação no estudo por até três anos após a primeira dose ser administrada no participante.

Vetor HCMV

O vetor HCMV é uma versão enfraquecida do vírus projetada para entregar o material da vacina contra o HIV ao sistema imunológico sem causar doença nos participantes do ensaio. Ele está presente em grande parte da população global há séculos. A maioria das pessoas que vivem com HCMV não apresentam sintomas e não sabem que têm o vírus.

"O HCMV permanece detectável no corpo durante toda a vida, o que sugere que tem potencial para transmitir e depois ajudar com segurança o corpo a reter o material da vacina contra o HIV durante um longo período de tempo, superando potencialmente a diminuição da imunidade observada com vetores de vacina de vida mais curta", explicou a empresa.

De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), aproximadamente 1,5 milhões de pessoas foram recentemente infectadas pelo HIV e cerca de 650 mil pessoas em todo o mundo morreram de causas relacionadas com a Aids em 2021.

A 15ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital determinou que os candidatos ao concurso de formação de soldados da Polícia Militar do estado do Rio, portadores do HIV e/ou de doenças dermatológicas como vitiligo, psoríase, e dermatose que comprometa o barbear ou que traga comprometimento apenas estético, não poderão ser excluídos do concurso devido. O pedido foi feito à Justiça pela 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital em Ação Civil Pública ajuizada contra o Estado do Rio de Janeiro e o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), organizador do concurso da Polícia Militar.

No edital referente ao concurso público para preenchimento de vagas no Curso de Formação de soldados policiais militares está prevista a realização de diversos exames, entre eles o antiHIV 1 e 2, bem como a eliminação dos candidatos possuidores do HIV. Além disso, o edital também prevê a exclusão do concurso de candidatos portadores de condições clínicas, sinais ou sintomas que o incapacitem, dentre eles portadores de HIV e doenças dermatológicas: vitiligo; psoríase; pênfigo; eczemas extensos; paroníquia crônica dos dedos dos pés; acne com processo inflamatório agudo ou outra dermatose (psicose, pseudofoliculite) que comprometa o barbear; doenças ou alterações da pele, subcutâneo e anexos persistentes e/ou incuráveis que tragam comprometimento funcional e/ou estético.

##RECOMENDA##

De acordo com o MPRJ “esta Promotoria de Justiça recomendou à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e ao Ibade que retirassem do edital a previsão de exclusão de candidato portador de doença dermatológica que não configurasse condição incapacitante ou prejudicial ao desenvolvimento da atividade policial, e a exigência de entrega de exame médico para HIV.  O Estado réu, porém, optou por manter sua conduta discriminatória, apesar de ter sido informado que as doenças mencionadas não causariam prejuízo ao desempenho das funções policiais, além da condição de portador do HIV ser confidencial, não podendo ser exigida do candidato”, diz um trecho da ação civil pública.

As provas objetivas para o concurso de soldado da PM estão marcadas para o dia 27 de agosto. A corporação está oferecendo 2 mil vagas.

Um novo medicamento que será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) pode facilitar a vida das pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Chamado Dovato, o remédio combina dois antirretrovirais já disponibilizados no SUS e utilizados no tratamento contra o vírus - o Dolutegravir e o Lamivudina. A diferença é que agora os pacientes poderão tomar um único comprimido por dia.

"Estamos em fase final de licitação e a distribuição aos Estados deve começar até dezembro. A coformulação dos dois medicamentos já incorporados representa um aprimoramento dos protocolos já existentes", disse o Ministério da Saúde ao Estadão.

##RECOMENDA##

Segundo a pasta, a novidade deve ajudar na adesão ao tratamento, já que ficará mais fácil fazê-lo no dia a dia, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o HIV. O tratamento exige que as pessoas tomem o Dolutegravir e o Lamivudina diariamente.

Vivendo com o HIV

O HIV é o vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), doença que ataca o sistema imunológico, tornando o corpo da pessoa suscetível a uma série de doenças e complicações.

Apesar de não haver cura para a Aids e nem um método para expulsar o HIV do corpo, o tratamento com antirretrovirais garante estabilidade ao vírus, evitando o aparecimento da doença ou retardando significativamente o seu progresso, prevenindo infecções secundárias e complicações.

Com o tratamento que é disponibilizado hoje pelo SUS, de uso diário dos antirretrovirais, ao contrário dos anos 1980 e 1990, quando o mundo viu uma epidemia da Aids, muitas pessoas com HIV não chegam a desenvolver a doença, ou, quando desenvolvem, convivem com ela sem grandes agravamentos.

Um homem conhecido como 'o paciente de Genebra' mostra sinais de remissão do HIV a longo prazo depois de receber um trasplante de médula óssea, um caso individual que abre novas possibilidades de pesquisa.

A novidade é que a medula óssea que esse paciente recebeu não possui uma mutação já detectada por cientistas, que consegue bloquear o vírus da aids.

Seu caso foi apresentado nesta quinta-feira(20) em Brisbane, antes da Conferência da Sociedade Internacional da Aids que começa no domingo na Austrália.

Antes dele, outras cinco pessoas já foram consideradas como provavelmente curadas do vírus da aids, após ter recebido um transplante de medula óssea.

Todos os pacientes curados tinham uma situação muito particular em comum: sofriam de câncer de sangue e se beneficiaram de um transplante de células-tronco que renovaram profundamente seu sistema imunológico.

Porém, em todos esses casos, os doadores apresentavam uma rara mutação, de um gene conhecido como CCR5 delta 32, que previne a entrada do HIV nas células.

Com o "paciente de Genebra", a situação é diferente: em 2018, para tratar uma forma de leucemia especialmente agressiva, fez um transplante de células-tronco. Porém, desta vez, o transplante veio de um doador que não portava a famosa mutação CCR5.

- Sem rastro do vírus -

Vinte meses depois de ter interrompido o tratamento antirretroviral, o vírus continua sendo indetectável em seu corpo.

O paciente é acompanhado pelos Hospitais Universitários de Genebra, em colaboração com o Instituto Pasteur, o Instituto Cochin e o consórcio internacional IciStem.

Seu tratamento antirretroviral foi reduzido lentamente e suspenso em definitivo em novembro de 2021.

As equipes científicas não descartam que o vírus ainda persista, mas consideram que trata-se de uma nova remissão da infecção pelo HIV.

Dois casos anteriores, conhecidos como os "pacientes de Boston", também receberam células-tronco normais durante seus trasplantes. Porém, em ambos os casos, o HIV retornou nestes pacientes alguns meses depois de pararem de tomar antirretrovirais.

Asier Saez-Cirion, cientista espanhol do Instituto Pasteur da França, que apresentou o caso do paciente de Genebra em Brisbane, disse à AFP que se não há sinais do vírus depois de 12 meses "a probabilidade de que seja indetectável no futuro aumenta significativamente".

Há algumas possíveis explicações porque o paciente de Genebra permanece livre do HIV, disse Saez-Cirion. "Neste caso específico, talvez o trasplante eliminou todas as células infectadas sem necessidade da famosa mutação", disse. "Ou talvez seu tratamento imunossupressor, solicitado depois do transplante, teve um papel", acrescentou.

Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional de Aids, que celebrou a conferência científica sobre o HIV em Brisbane, disse que o caso era "promissor".

"Porém aprendemos com os pacientes de Boston que apenas uma" partícula do vírus pode provocar um rebote do HIV, advertiu.

"Este indivíduo em particular deverá ser monitorado rigorosamente durante os próximos meses e anos", disse a especialista.

Apesar desdes casos de remissão a longo prazo gerarem esperanças de uma cura para o HIV um dia, o agressivo e arriscado procedimento de trasplante de médula óssea não é uma opção para as milhões de pessoas que vivem com o vírus em todo o mundo.

No entanto, este paciente traz esperanças de que os casos de remissão possam indicar novas vias de pesquisa, como o papel potencial dos tratamentos imunossupressores.

Saez-Cirion disse que o caso também motivou os cientistas a continuarem estudando as células imunes inatas, que atuam na linha de frente da defesa contra vários patógenos.

Já o paciente de Genebra disse que agora "pensa no futuro".

Uma nova pesquisa científica desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da UFPE deu origem a dois artigos que trazem informações importantes sobre pessoas idosas diagnosticadas com HIV.

O estudo foi conduzido pela médica auditora e preceptora da Residência Médica em Geriatria do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, Isaura Romero Peixoto, e constatou um processo de envelhecimento precoce nesses indivíduos, que pôde ser identificado por meio de uma estimativa de idade biológica utilizando inteligência artificial, bem como a baixa contagem de linfócitos T CD4+, disglicemia (pré-diabetes e diabetes) e uso de cannabis como fatores associados ao problema.

##RECOMENDA##

Além de Isaura, a professora Heloísa Ramos Lacerda e a doutoranda Ladjane Santos Wolmer de Melo também participaram do desenvolvimento da pesquisa.

Os artigos são “Factors associated with early biological aging in older people with HIV (Fatores associados ao envelhecimento biológico precoce de idosos com HIV)” e “Older people living with HIV and antiretroviral therapy: The prevalence of dysglycemia and risk factors (Idosos vivendo com HIV e antiretroviral: a prevalência de disglicemia e fatores de risco)”. 

Eles foram apresentados nos congressos Advanced Cardiology & Cardiovascular Research (Reino Unido), Advances in Clinical Research & Trials (Reino Unido) e Future of Preventive Medicine & Public Health (Espanha), renomados eventos internacionais ocorridos em março deste ano.

O estudo ainda envolveu a análise de dados de uma amostra de pessoas vivendo com HIV/aids e estão em tratamento com Terapia Antirretroviral (TARV), que são atendidos em ambulatórios especializados do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Hospital das Clínicas da UFPE, uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O Boletim Epidemiológico HIV/Aids publicado pelo Ministério da Saúde, em dezembro de 2022, reforça o aumento da infecção entre a população envelhecida. Mesmo com a pandemia da covid-19, foram registrados 1.517 casos de HIV entre os brasileiros mais velhos em 2021, representando um aumento em relação ao ano anterior (2020), quando mais de 1.200 pessoas idosas foram diagnosticadas com a infecção.

“Estudos apontam como causas para esse evento a falta de informação por parte das pessoas idosas, decorrente do fato dos profissionais de saúde acharem que as pessoas idosas são assexuadas”, diz a médica Isaura.

A pesquisadora, por sua vez, ainda ressalta que a falta de uso de preservativo por pessoas idosas é uma das causas da infecção pelo HIV, assim como a persistente crença de que o vírus afeta exclusivamente pessoas homossexuais, destacando a utilização de uma abordagem mais abrangente para esse público.

“Estudos como esses alertam para a necessidade de campanhas de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que envolvam pessoas com 60 anos ou mais. Precisamos dar visibilidade à pessoa idosa”, acrescenta.

Da assessoria da UFPE

A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento injetável para prevenção do HIV no Brasil, o Cabotegravir, que será mais uma opção de profilaxia pré-exposição (PreP), ou seja, uso contínuo de medicamentos antirretrovirais para pessoas com maior risco de contaminação.

A autorização foi dada à empresa GSK (GlaxoSmithKline) e está na Resolução nº 1.970, de 1º de junho de 2023, publicada no Diário Oficial da União no último dia 5 de junho.

##RECOMENDA##

Atualmente, os medicamentos à disposição do público são comprimidos de uso via oral. A principal diferença em relação aos novos está em sua ação prolongada, com redução da necessidade de doses.

Basicamente, aplica-se uma injeção intramuscular na região dos glúteos, com as duas doses iniciais tendo entre elas um intervalo de quatro semanas, e depois uma dose a cada oito semanas. Ou seja, em vez de 365 doses anuais, seriam apenas seis.

Segundo informações divulgadas pela GSK em 2020, a eficácia do novo método seria 69% maior em relação aos medicamentos de uso oral e diário. Além disso, espera-se que, com doses menos frequentes, a adesão ao tratamento aumente para os que fizerem uso desse tipo de medicamento.

Para mais informações sobre eficácia, segurança e quem deve recorrer ao método da PReP, é possível acessar o site e documentos do Ministério da Saúde (ainda sem atualização em relação aos injetáveis).

Por muito tempo considerada mortal, a aids se tornou uma doença crônica, graças à terapia tripla, enquanto se espera por uma vacina que demora a ser produzida dada a capacidade de mutação do vírus HIV.

- AZT

Quando o HIV (vírus da imunodeficiência humana) apareceu no início dos anos 1980, os pacientes estavam condenados a morrer no curto e no médio prazos, e nenhum medicamento parecia funcionar até a chegada do AZT.

Na realidade, a azidotimidina foi inicialmente sintetizada na década de 1960 como um potencial tratamento contra o câncer, mas foi abandonada por falta de resultados convincentes.

Contra a aids, o laboratório americano Burroughs Wellcome, proprietário da molécula, testou-a em um ensaio clínico que se deteve na fase 2, um a menos do que a fase 3 – a última antes da comercialização –, porque os resultados foram bons.

Em 20 de março de 1987, foi autorizado nos Estados Unidos o primeiro tratamento antirretroviral AZT, que agia sobre a atividade de uma enzima chamada "transcriptase reversa", que retarda a replicação do vírus.

Infelizmente, o AZT tinha efeitos colaterais significativos. Posteriormente, foi considerado insuficiente para tratar o HIV, pois agia apenas em uma fase da replicação do vírus.

- Terapias triplas

Em janeiro de 1996, registrou-se um acontecimento importante na conferência internacional sobre retrovírus em Washington, D.C.. Foram apresentados resultados positivos de vários testes realizados por laboratórios.

Era a chegada de uma nova classe de medicamentos, as antiproteases. Essas moléculas impedem outra etapa da replicação do HIV, ao bloquear a maturação de novas proteínas do vírus.

Combinadas com outros antirretrovirais, as antiproteases mudaram completamente o jogo.

“Ao mirar em três etapas, três alvos moleculares, fica muito mais difícil para o vírus escapar do tratamento”, explica o pesquisador Victor Appay, imunologista e diretor de Pesquisa do Inserm francês (Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde e Medicina).

Inicialmente muito caras e reservadas aos países ricos, as terapias se tornaram mais acessíveis, graças a um compromisso assinado em 2001 na Organização Mundial do Comércio (OMC) para permitir que os países em desenvolvimento produzissem medicamentos genéricos.

Hoje, existem cinco tipos principais de drogas antirretrovirais que atuam em diferentes fases da replicação viral. E, cada vez mais, trabalha-se para que o tratamento seja bem menos pesado, com doses menos frequentes.

- PrEP

Em 16 de julho de 2012, um primeiro tratamento chamado PrEP (profilaxia prévia à exposição), o coquetel antirretroviral Truvada, foi autorizado nos Estados Unidos. Desde então, esse tipo de tratamento provou sua eficácia e permitiu que pessoas em risco se protegessem, tomando um comprimido preventivo.

- Transplantes

Houve três recuperações totais de pacientes com HIV por meio de transplante. Pacientes que sofriam de câncer no sangue receberam transplantes de células-tronco que renovaram completamente seu sistema imunológico.

O doador tinha uma mutação rara em um gene chamado CCR5, que impede o HIV de entrar nas células. Esses transplantes foram feitos apenas em casos raros, não em todos os pacientes.

- Possível vacina

É o Santo Graal esperado há quatro décadas.

A dificuldade é que o HIV tem uma poderosa capacidade de mutação e inúmeras subvariantes, o que lhe permite escapar dos pequenos soldados do sistema imunológico.

Pode se tornar invisível, esconder-se em reservatórios e aparecer anos depois.

Até agora, as tentativas de desenvolver uma vacina falharam. Mas o trabalho continua. Uma nova abordagem é a indução de anticorpos na pessoa por meio de uma vacina que a proteja da infecção.

"Essa é a principal esperança", diz Victor Appay, acrescentando que "muitas pesquisas estão sendo feitas para gerar anticorpos de amplo espectro que visem ao maior número possível de cepas do HIV".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou norma que permite a realização de exames de análise clínica em farmácias e consultórios. Os exames devem ser realizados nesses espaços somente em caráter de triagem e não substituem o diagnóstico laboratorial convencional.

A resolução entra em vigor em 1º de agosto e define uma nova categorização de serviços de saúde que realizam atividades relacionadas a exames de análise clínica: serviço tipo I (farmácias e consultórios isolados); serviço tipo II (postos de coleta); e serviço tipo III (laboratórios clínicos, laboratórios de apoio e laboratórios de anatomia patológica).

Os serviços tipo I e II são habilitados a realizar coletas e exames de análises clínicas em caráter de triagem a partir de material biológico primário (tecido ou fluido constituinte do organismo humano ou isolado a partir destes que não sofreu alterações no seu estado natural ou que não foi submetido a atividades que visam a preparação para a análise), desde que todas as etapas do exame sejam realizadas após a coleta no próprio estabelecimento. 

“Assim, a norma aprovada possibilita a realização de testes de triagem nos serviços tipo I e tipo II, os quais não ultrapassam o diagnóstico laboratorial convencional e nem o substituem, pois a sua atuação é complementar, com finalidades distintas no atendimento à população”, destacou a Anvisa.

“Os resultados dos testes executados nos serviços tipo I não devem ser usados de forma isolada para a tomada de decisões clínicas. Esses testes devem ser usados como triagem, com vistas a oferecer um ponto de partida objetivo, em conjunto com a rotina de avaliação dos profissionais de saúde, para oferecer o suporte adequado aos pacientes. Portanto, o resultado de um teste rápido necessita da interpretação de profissionais de saúde, que devem associá-lo aos dados clínicos do indivíduo e à realização de outros exames laboratoriais confirmatórios”, reforça a Anvisa.

Em nota, a agência avalia que a nova norma representa um avanço importante em relação à ampliação da lista de serviços executados em farmácias e consultórios, a fim de permitir o melhor acesso da população à assistência à saúde, bem como garantir a qualidade dos exames de análises clínicas no país.

Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os seguintes exames poderão ser feitos nas farmácias que atenderem às exigências:

Beta-hCG, Dengue Antígeno NS1, Hemoglobina Glicada A1c, Check-up Pós-Covid Anticorpos Anti-Spike, Colesterol Total, Avaliação de Controle de Asma, Dengue Anticorpos IgG IgM, Glicemia, Pressão Arterial, Glicemia e Perfil Lipídico, Hormônio Luteinizante (LH), Toxoplasmose, Teste de Intolerância Alimentar, Exames do coração check-up completo, VSR – Vírus Sincicial Respiratório, VSR Molecular – Vírus Sincicial Respiratório, Zika Vírus Anticorpos, Avaliação de Controle da Asma e Medição de Pressão arterial. 

Testes rápidos: PSA, Adenovírus, HIV, Covid-19 Anticorpos, Covid-19 Antígeno, Covid-19 Antígeno + Anticorpos, Covid-19 Molecular, Ácido Úrico, Chikungunya, Lactato, Malária, Sífilis, Troponina Cardíaca, Ferritina, Mioglobina, Streptococcus Grupo A Molecular, Streptococcus Grupo A, Hepatite C, Vitamina D, Proteína C Reativa, Rubéola, Dímero-D, Dengue Antígeno e Anticorpos, Febre Amarela, Helicobacter Pylori, Influenza Molecular, Alergia Alimentar e Tipo Sanguíneo.

[@#video#@]

Com Redação do LeiaJá

A partir desta terça-feira (21), a Prefeitura do Recife vai iniciar a vacinação contra a varíola causada pelo vírus mpox para os moradores da capital. Conforme definição do Ministério da Saúde (MS), nesta primeira fase da campanha receberão o imunizante as pessoas que vivem com HIV/aids e os profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus. A capital pernambucana recebeu, nesta segunda-feira (20), 65 doses da vacina enviadas pelo MS.

A estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença, dentro do atual contexto de transmissão observado no Brasil. A vacina utilizada será a MVA-BN Jynneos Mpox, cujo uso foi aprovado de forma emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para bloquear a transmissão da doença. A imunização será realizada em duas doses, com 4 semanas (28 dias) de intervalo entre elas.

##RECOMENDA##

Para facilitar a imunização dos públicos-alvo, os profissionais da Secretaria de Saúde do Recife vão realizar a busca ativa dos moradores da capital que atendem aos critérios elegíveis e realizam tratamentos nos dois Serviços de Atenção Especializada (SAE) do município, localizados nas Policlínicas Lessa de Andrade, na Madalena; e Gouveia de Barros, na Boa Vista. Essas pessoas serão informadas, por telefone e pelo site ou aplicativo Conecta Recife, sobre os detalhes da imunização e poderão agendar o dia e horário de sua preferência para receber a vacina.  

Conforme definição do Ministério da Saúde, nesta primeira fase serão contemplados com a vacinação pré-exposição ao vírus: homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos que vivem com HIV/aids e têm status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses; profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

Já no grupo de pós-exposição ao vírus, poderão receber o imunizante os indivíduos entre 18 e 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeita ou confirmação de mpox. 

Neste caso, a exposição precisa ser classificada como de alto (contato direto com a pele, mucosas ou materiais potencialmente infecciosos de pessoas com quadro suspeito ou confirmado da doença) ou médio risco (apenas contato próximo com uma pessoa com teste positivo para o vírus). Essas pessoas devem buscar o serviço em até 4 dias após a exposição. 

É importante destacar que aqueles que já foram diagnosticados com mpox ou apresentarem uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverão receber a dose. 

Além disso, para a vacinação pré-exposição é recomendado um intervalo de 30 dias entre qualquer vacina previamente administrada. Já aqueles que estiverem em situação de pós-exposição, a recomendação é que a aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico.

A capital pernambucana confirmou, entre 11 de julho de 2022 e 13 de março de 2023, 212 casos de mpox. Não houve registro de óbito. A doença, anteriormente chamada de monkeypox, é transmitida, principalmente, por meio de contato com sangue, suor, secreções respiratórias, feridas de pele ou mucosas de pessoas infectadas, além do toque em objetos e superfícies contaminadas.

Os sintomas de mpox, geralmente, começam a aparecer três semanas após a contaminação com o vírus. As feridas da doença podem se espalhar por todo o corpo (rosto, dentro da boca, braços, pernas, peito, genitais ou ânus). 

As lesões passam por diversos estágios, mas, na fase inicial, se assemelham a espinhas. Outros sintomas podem surgir, como forte dor de cabeça, caroço em região de pescoço e virilha, dores nas costas, dores musculares, falta de energia e calafrios. A doença tem período limitado e determinado, com duração, normalmente, de duas a quatro semanas. 

Confira abaixo quem pode tomar a vacina contra mpox:

Vacinação e pré-exposição

Homens, pessoas transexuais e travestis a partir de 18 anos vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) e que tenham entre 18 e 49 anos. 

acinação e pós-exposição

 Pessoas, entre 18 e 49 anos, que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco.7

 

Mais de 230 foliões buscaram voluntariamente os módulos do ‘Fique Sabendo’, em Salvador, para realizar testes rápidos para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) na segunda-feira (20). Ao todo, no 5º dia da folia, foram contabilizados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) quase 1 mil testes rápidos.

No balanço parcial dos quatro dias de funcionamento dos módulos, a Sífilis segue liderando os resultados positivos da testagem com 108 diagnósticos para a doença. Em seguida, o HIV (20), Hepatite C (6) e Hepatite B (5).

##RECOMENDA##

A vice-prefeita e secretária de Saúde de Salvador, Ana Paula Matos, destacou o acolhimento desses profissionais. “Os nossos profissionais estão empenhados em realizar o acolhimento desse paciente que teve o resultado reagente para a doença, a fim de orientar da melhor forma possível. Aliada à estrutura do Carnaval, temos na nossa rede os Serviços de Atendimento Especializados, locais preparados para oferecer o tratamento necessário ao paciente diagnosticado”, disse.

A médica infectologista Adielma Nizarala explica que é importante acabar com a cadeia de transmissão da Sífilis. “A Sífilis lidera historicamente o número de pessoas acometidas com alguma infecção no Carnaval. É fundamental que após a detecção da infecção, o reagente aceite a medicação, que não impedirá de ter uma vida normal, inclusive durante a folia. Será uma proteção individual e coletiva, em respeito ao próximo parceiro. Aliado a isso, o uso do preservativo, distribuído gratuitamente nos nossos módulos, deve ser indispensável”.

Nesta terça (21), último dia da folia na capital baiana, os módulos do ‘Fique Sabendo’ funcionam das 9h às 21h no Largo da Piedade, Circuito Osmar, e de 10h às 22h na Rua Dias D’Ávila, próximo ao Farol da Barra, no Circuito Dodô. No local, além dos testes, são distribuídos preservativos e lubrificantes em gel.

Da assessoria.

O cuidado com a saúde do folião é parte importante dos serviços oferecidos pela Prefeitura de Olinda durante o Carnaval. Para isso, a Secretaria de Saúde do Município montou um estande para testagem rápida de HIV/Sífilis ao lado dos Correios, no bairro do Carmo. O serviço funciona todos os dias de folia, das 11h às 18h.

O atendimento é feito por demanda espontânea e o resultado sai em 15 minutos. Quem tiver o teste positivo é orientado para procurar uma unidade de saúde. Além disso, há um serviço no Hospital Tricentenário para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) HIV/Sífilis, Hepatite Virais e outras Infecções Transmissíveis (IST), através de uma parceria com Secretaria Estadual de Saúde, que consiste reduzir o risco de infecção com a doença.

##RECOMENDA##

Da assessoria 

 

Com o objetivo de conscientizar os foliões a curtirem os dias de carnaval com mais segurança, a Administração de Fernando de Noronha, por meio da Superintendência de Saúde, vai promover uma ação de testagem para HIV e sífilis, nesta sexta-feira (17), das 8h às 12h, no auditório da Unidade de Saúde da Família Dois Irmãos (USF).

A atividade, que tem como tema "Diversão combina com proteção", oferecerá testagem gratuita, e o resultado do teste estará disponível após 15 minutos, de forma segura e sigilosa. Para realizar os exames, basta ir à unidade de saúde.   Serão oferecidos mais de 500 testes para HIV e sífilis, além da distribuição de 10 mil preservativos masculinos em todo trade turístico da ilha - associação de pousadas, bares e restaurantes, blocos carnavalescos e aeroporto.

##RECOMENDA##

A ação também vai fornecer orientação, prevenção e conscientização à população sobre as infecções sexualmente transmissíveis, além de aconselhamento e acolhimento aos pacientes atendidos.

*Da assessoria 

Pelo menos duas mulheres denunciam terem sido propositalmente infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em Macapá, no Amapá. O principal suspeito é um personal trainer de 28 anos, que utilizava da função em uma academia local para criar aproximação com as vítimas. O homem foi detido durante o horário de trabalho, no centro da capital amapaense, nessa quarta-feira (15). 

O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM), após as duas vítimas registrarem boletim de ocorrência contra o mesmo acusado. À Polícia Civil, elas informaram que tinham testado positivo para HIV após terem relações sexuais com o profissional. Ele não as havia informado sobre o vírus e não fazia questão do uso de preservativo. A possibilidade do crime se repetir foi o que motivou as mulheres a buscarem as autoridades. 

##RECOMENDA##

"Isso pra mim era uma aflição muito grande sabendo que ele estava por aí livre podendo contaminar outras pessoas e então eu realmente estava muito aflita pensando no meu caso. Eu sei que para muitas pessoas pode ser muito difícil assim como foi pra mim, mas eu consigo ver isso, a atitude de denunciar, como uma prudência pra mim para que ele possa ser preso e pague pelo que fez", disse uma das vítimas ao g1 Amapá. 

Segundo a delegada Marina Guimarães, as investigações começaram no mês de janeiro após as vítimas relatarem que ele usava da função de personal trainer para se aproximar delas. 

"Em torno dos fatos, as vítimas registraram a ocorrência na delegacia relatando que tinham contraído a doença sexualmente transmissível e a partir de então começamos as diligências e as apurações. As vítimas apresentaram os laudos de que elas realmente contraíram a doença e a partir de então tentamos localizá-lo" contou. 

Em um primeiro momento não foi possível encontrá-lo porque ele estava numa cidade no Nordeste, mas, recentemente, a polícia recebeu a informação de que ele estava em Macapá trabalhando numa academia e conseguiu cumprir o mandado de prisão. 

O acusado foi preso e está à disposição da Justiça. A DCCM orienta outras possíveis vítimas a também procurarem a delegacia. 

 

Os homens foram os que mais se infectaram e morreram por HIV/Aids no Recife em 2021. É o que aponta um levantamento da Secretaria de Saúde (Sesau) do município. Além disso, no ano passado, último com as estatísticas fechadas, houve aumento no número de casos e mortes pela doença entre pessoas do sexo masculino. 

A comparação entre os anos de 2020 e 2021 mostra um aumento de 24% no número de registros de casos de HIV em pacientes do sexo masculino, com 515 e 640 notificações, respectivamente. A maior concentração registrada foi entre jovens de 15 a 29 anos, com 47% dos casos, seguido daqueles com 30 a 39 anos, com 29% e 9% para os homens com mais de 50 anos de idade.

##RECOMENDA##

“Observamos diversos fatores que influenciaram esse aumento, como, por exemplo, a pandemia da Covid-19. Com o lockdown, o acesso aos testes rápidos de HIV ou de exames de sorologia diminuiu, afetando, diretamente, a detecção da infecção. Além disso, com as pessoas trancadas em casa, o acesso aos métodos de prevenção também foi reduzido”, aponta o coordenador da Política de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis do Recife, Airles Ribeiro. 

No entanto, Ribeiro reflete que, para além da questão pandêmica, observa-se, ainda, mudanças na sociedade em relação ao comportamento sexual: as pessoas têm se colocado em situações sexuais mais vulneráveis, deixando a prevenção em segundo plano. “Percebendo isso, temos trabalhado para diminuir esse número de novas infecções por HIV/Aids a partir de diversas metodologias, como oficinas e espaços de educação à saúde. Além disso, os atendimentos têm foco na prevenção combinada e no gerenciamento de risco das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), que é um método onde o paciente é apresentado a várias formas de prevenção, que são adaptadas às suas práticas e vivências sexuais”, afirma. 

Em 2020, o Recife registrou 130 mortes por Aids - desse total, 76 (58,5%) eram homens. Já em 2021, 163 pessoas foram a óbito pela doença, sendo 114 (70,5%) do sexo masculino. Comparando os dois anos, pode-se observar um aumento de 25% no número de pessoas que morreram pela mesma causa.

Já em relação ao número de casos de Aids, a capital pernambucana registrou 254 casos em 2020, sendo 166 (65%) em pacientes do sexo masculino. No ano seguinte, em 2021, 305 pessoas foram diagnosticadas com a infecção, das quais 214 (70%) eram homens. A comparação entre os dois anos representa um incremento, até o momento, de 29% na casuística. 

No geral, para estes pacientes, a faixa etária que concentra o maior número de casos de Aids é a de 30 a 39 anos, com 33%, seguidos dos jovens de 15 a 29 anos, com 27% e 17% para os que têm 50 anos e mais de idade.

Na rede municipal de saúde, a Prefeitura do Recife oferece serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento precoces para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Existem dois Serviços de Atenção Especializada (SAE) para as pessoas com HIV/Aids e seus parceiros: o primeiro, na Policlínica Lessa de Andrade, localizada na Madalena; e o segundo no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Policlínica Gouveia de Barros, na Boa Vista. 

A Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife oferece, de forma rotineira, testagem rápida no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Policlínica Gouveia de Barros e também na Policlínica Salomão Kelner, em Água Fria. Além disso, a população pode se dirigir à unidade básica de saúde mais perto de casa, para saber a disponibilidades de testes rápidos para detecção de IST. O resultado sai em cerca de meia hora.

PROFILAXIA - É no ambulatório LGBT Patrícia Gomes, na Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, e no Serviço de Atenção Especializada (SAE) na Policlínica Gouvêia de Barros, na Boa Vista, que a PrEP é oferecida a homens gays, homens que fazem sexo com homens (HSH), profissionais do sexo, casais sorodiferentes e pessoas transexuais e travestis. Esse tipo de profilaxia consiste no uso preventivo de medicamentos antirretrovirais, antes da exposição sexual ao vírus, para reduzir a probabilidade de infecção. Esse protocolo clínico faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de evitar  infecções pelo vírus HIV, pelas hepatites virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). 

Já a Profilaxia Pós-Exposição (PeP) é ofertada em casos de violência sexual, relações sexuais sem camisinha ou em caso de acidente com o uso do preservativo (rompimento ou saída) durante ato sexual, casos de acidentes com materiais perfuro cortantes ou contato direto com material biológico infectado. No Recife, as Policlínicas Barros Lima, em Casa Amarela, Agamenon Magalhães, em Afogados, e Arnaldo Marques, no Ibura, oferecem a PeP, que deve ser iniciada preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição, e no máximo em até 72 horas.

Da assessoria

Estudo mostra que a oferta imediata de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV é viável no Brasil, com baixa perda precoce de acompanhamento. Os resultados, publicados na edição de 21 de dezembro de The Lancet HIV, uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, mostram que a adesão à PrEP e a retenção ao serviço a longo prazo foram boas.

PrEP é um medicamento anti-HIV, tomado de forma programada para evitar uma infecção pelo HIV caso ocorra uma exposição. A pesquisa foi conduzida pelo Grupo de Estudos ImPrEP no Brasil, México e Peru, de 2018 a 2021 e teve como objetivo central avaliar a viabilidade da oferta de PrEP oral diária nesses três países, servindo de espelho para iniciativas similares na América Latina.

##RECOMENDA##

Ao todo, participaram 9.509 pessoas, sendo 3.928 no Brasil, 3.288 no México e 2.293 no Peru. A maioria, 94,3%, gays, bissexuais e outros homens cisgêneros que fazem sexo com homens (HSH). Os demais 5,7% são travestis e mulheres trans, populações mais afetadas pela pandemia de HIV e aids na América Latina, a maioria com idade entre 18 e 30 anos.

Os resultados mostram que a adesão à PrEP e a retenção ao serviço a longo prazo foram boas, sendo pior entre os mais jovens e mais vulneráveis; e a incidência de HIV foi muito baixa, sendo maior nas populações mais vulneráveis e com baixa adesão à PrEP.

De acordo com o estudo, a PrEP comprovou ser uma importante tecnologia de prevenção, especialmente junto a populações como HSH, travestis e mulheres trans na América Latina. A pesquisa aponta que os determinantes sociais e estruturais de risco ao HIV precisam ser abordados para a plena realização dos benefícios da profilaxia.

A etapa inicial do ImPrEP, ligada à oferta da PrEP oral diária, foi uma iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Ministério da Saúde do Brasil, a Universidade Peruana Cayetano Heredia, do Peru, a Clínica Condesa e o Instituto Nacional de Saúde Pública, ambos do México.

A Secretaria de Saúde do Recife informou, nesta quarta-feira (30), que os jovens entre 14 e 29 anos representaram o maior número de pessoas que se infectaram com o vírus HIV no ano passado - representando também o maior número de casos de Aids notificados na cidade.

Das 827 pessoas infectadas pelo HIV, 330 (40%) correspondiam a jovens com idade entre 14 e 29 anos. Essa faixa etária também é maioria (21,5%) dos 302 casos notificados de Aids no Recife.

##RECOMENDA##

Até novembro deste ano, foram registrados 615 novos casos de infecção pelo HIV, sendo 38% na faixa etária de 14 a 29 anos. Neste grupo, 82% dos casos são do sexo masculino, sendo 56% com formação até o ensino médio e 26% com formação superior. 

Na tentativa de mudar essa realidade, a Secretaria de Saúde da capital pernambucana irá lançar atividades educativas, ações de testagem e oficinas para os munícipes.

A ação integra a programação do Dezembro Vermelho, campanha nacional voltada para a prevenção e luta contra o HIV, Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Com o tema "Viver Positivo é Possível", a Secretaria de Saúde do Recife inicia os seus trabalhos a partir desta quinta-feira (1º), Dia Mundial de Enfrentamento à Aids, e segue até o dia 22 de dezembro.

As iniciativas têm como objetivo trazer visibilidade para as estratégias de prevenção e tratamento das enfermidades, com foco na diminuição do estigma, preconceito e discriminação de pessoas que vivem com o vírus ou a doença. 

Na abertura da programação será realizado, em parceria com a ONG Gestos, o seminário “Enfrentamento ao Estigma e Discriminação em Relação às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS”, no auditório da Policlínica Lessa de Andrade. No mesmo dia, haverá ações de testagem na Policlínica Salomão Kelner, em Água Fria, e na Escola Municipal da Mangabeira, no bairro de mesmo nome.

Confira a programação: 

01/12 - Seminário Enfrentamento ao Estigma e Discriminação em Relação às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS 

Local: auditório da Policlínica Lessa de Andrade: Estrada dos Remédios, 2416, Madalena (8h30)

01/12 - Vamos Testar  

Local: Policlínica Salomão Kelner: Estrada Velha de Água Fria, s/n, Tamarineira (9h)

01/12 - Vamos Testar

Local: Escola Municipal da Mangabeira: Rua do Cinema, 287, Mangabeira (9h)

01/12 - Iluminação de Prédios Públicos com a cor vermelha (cor símbolo da luta contra o HIV/AIDS)  

Locais: Ponte Estaiada do Pina, Geraldão e Autarquia de Urbanização do Recife (URB) (18h)

01/12 - Prevenção Combinada para Juventude

Local: Praça da Várzea: Avenida Afonso Olindense, Várzea (18h)

03/12 - Vamos Testar Juventude 

Local: Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE): Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos (14h)

05/12 - Vamos Testar Juventude 

Local: ONG Adolescer Caranguejo: Travessa Campo Tabaiares, 88, Afogados (ponto de referência: ao lado do Sebrae) (09h)

06/12 - I Encontro de Formação Multiprofissional em atenção à saúde integral das pessoas vivendo com HIV/AIDS na cidade do Recife

Local: Universidade Tiradentes (UNIT): Avenida Mascarenhas de Morais, 3905, Imbiribeira (8h)

07/12 - I Encontro de Formação Multiprofissional em atenção à saúde integral das pessoas vivendo com HIV/AIDS na cidade do Recife

Local: Universidade Tiradentes (UNIT): Avenida Mascarenhas de Morais, 3905, Imbiribeira (8h)

07/12 - Vamos Testar 

Local: Casa de Acolhida Atitude Santo Amaro: Rua dos Palmares, 1306, Santo Amaro (9h)

07/12 - Prevenção Combinada para Juventude 

Local: Praça da Joana Bezerra: Ponte José de Barros Lima, 1002, Ilha Joana Bezerra (17h)

09/12 - Oficina com Jovens da Comunidade do Caranguejo 

Local: ONG Adolescer Caranguejo: Travessa Campo Tabaiares, 88, Afogados (ponto de referência: ao lado do Sebrae) (14h)

09/12 - Vamos Testar Juventude 

Local: ONG Adolescer Caranguejo: Travessa Campo Tabaiares, 88, Afogados (ponto de referência: ao lado do Sebrae) (15h) 

09/12 - Saúde na Pista: Profilaxia Pós-Exposição 

Locais de concentração de profissionais do sexo do Recife (21h) 

10/12 - Oficina sobre Prevenção Combinada 

Local: Casa de Acolhida LGBTQIA+: Rua Pereira Coutinho Filho, 481, Iputinga (10h)

10/12 - Vamos Testar em parceria com a Igreja Católica do Coque 

Local: Terreiro de Mãe Leonildes 

14/12 - Oficina sobre Gerenciamento de Risco na Prevenção das IST

Local: Auditório do Compaz Miguel Arraes: Avenida Caxangá, 653, Madalena (13h)

16/12 - Prevenção Combinada: Multiplique essa ideia 

Local: USF Alto José do Pinho: Rua Maragogi, 05, Casa Amarela (18h)

17/12 - Vamos Testar no Colorindo os Terreiros 

Local: Terreiro Ilê Orixá - Rua da Bela Vista, 342, Dois Unidos (9h)

19/12 - Vamos Testar 

Local: Caps AD René Ribeiro: Rua Jacira, 210, Afogados (18h) 

22/12 - Oficina sobre Notificação de Violência com foco na Sorofobia 

Local: Serviço de Atenção Especializada (SAE) Gouveia de Barros: Largo da Santa Cruz, s/n Boa Vista (14h)

 Nesta quarta-feira (30), a ONG Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) realiza um série de ações no Recife em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em todo 1º de dezembro. Com o tema “É possível viver com HIV e AIDS, mas com Preconceito Não!”, a campanha pretende chamar atenção da sociedade para a prevenção ao HIV e AIDS e para o preconceito enfrentado pelas pessoas que convivem com o vírus. 

Os trabalhos começam pela manhã, com diálogo sobre prevenção combinada, entre os personagens Lampião e Maria Bonita com os usuários da estação do Metrô de Recife. Às 14h, educadores promoverão testagem ao HIV, em frente à sede do GTP+, localizada na Avenida Manoel Borba, 545, no Bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

##RECOMENDA##

O dia termina com uma projeção no Centro do Recife, em defesa das pessoas convivendo com HIV e AIDS. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2021, o Brasil registrou, a cada hora, pelo menos cinco infecções por HIV.

Atualmente, o país vive uma marca de 960 mil pessoas acometidas pelo HIV. Para diz Wladimir Reis, coordenador geral do GTP+, o dado revela precariedade de políticas e ações de prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento do HIV e AIDS.  “As desigualdades que vivemos no país impacta na resposta ao HIV. Sem comida, sem dignidade, sem informação, a saúde fica em último lugar. É a população mais vulnerável que contraí o vírus. Por isso, precisamos de políticas com mais acesso ao tratamento, medidas de prevenção e diagnóstico para todo mundo”, afirma.

Serviço: Dia Mundial de Luta Contra a AIDS

8h- Lampião e Maria Bonita em tempos de AIDS, na Estação de Metrô do Recife.

14h- Testagem ao HIV, na sede do GTP+ (Rua Manoel Borba, 545, Boa Vista)

18h- Projeção em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS, na Conde da Boa Vista

Em 24 de novembro de 1991 o mundo perdeu um dos maiores cantores de rock de todos os tempos, Freddie Mercury (1946-1991). O vocalista do Queen tinha apenas 45 anos de idade quando morreu, devido a complicações de HIV, deixando seus fãs e amantes da música em todo o mundo de luto. Conhecido por suas performances enérgicas, roupas extravagantes e voz poderosa, Freddie ainda é um ícone até hoje e a música do Queen é tão popular como sempre. Confira a seguir, sua trajetória. 

Em 1969, o cantor britânico se formou no Ealing Art College de Londres, onde estudou Arte e Design Gráfico. Embora sua carreira profissional tenha seguido por um caminho diferente na indústria da música, suas habilidades artísticas o levaram a participar da criação do icônico logotipo do Queen. Em 1970, os membros do Queen ensaiavam juntos regularmente e estavam prontos para se concentrar em sua carreira. Seu álbum de estreia, ‘Queen’, lançado em 1973, apresentou seu primeiro single, ‘Keep Yourself Alive’. Em uma entrevista de rádio em 1977, o guitarrista afirmou que a faixa mudou ao Mercury emprestar sua voz. Crazy Little Thing Called Love’ foi o primeiro número 1 de Mercury com o Queen na lista Billboard Hot 100, embora tenha perdido o primeiro lugar nas paradas do Reino Unido. O single de 1979 permaneceu no topo das paradas dos EUA por quatro semanas seguidas.  

##RECOMENDA##

No início dos anos 1980, Freddie e o Queen já eram mega estrelas do rock em quase todo o mundo, quando eles embarcaram em uma turnê sul-americana chamada ‘The Game’, em 1981. No Rio de Janeiro, a banda deu um show para uma multidão de 250 mil pessoas, estabelecendo um novo recorde mundial de maior público pagante na época. Talvez a performance mais lembrada com carinho dos fãs de Freddie tenha sido o show beneficente Live Aid, em 1985, no Estádio de Wembley, em Londres.

No mesmo ano, ele atingiu um novo marco musical, lançando seu primeiro álbum solo, enquanto o Queen estava em um hiato de gravação. Ele não só alcançou muitos marcos de sua vida, mas feitos continuaram após sua morte. Foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame e UK Music Hall of Fame em 2001 e 2004, respectivamente.  

Em 2005, a apresentação ao vivo de 21 minutos do Queen foi eleita a maior da história do rock por um grupo de estrelas da música e jornalistas. Outra grande distinção que Freddie recebeu após sua morte foi dada em 2010, quando a instituição de caridade The Mercury Phoenix Trust estabeleceu uma iniciativa anula chamada Freddie For A Day, que visa preservar a vida, o trabalho e o legado fantástico do cantor. Embora não seja uma conquista profissional, a marca registrada de Mercury, seu sorriso com quatro dentes extras, tem um lugar especial para os fãs. Sua aparência única refletia a personalidade e carisma pelos quais não é esquecido. Para saber mais detalhes sobre a vida privada e o trabalho de Fredie, assista ao filme ‘Bohemian Rhapsody’ (2018).

A Polícia Civil do Rio prendeu um homem de 50 anos que havia sido condenado em 2018 por transmitir de forma proposital o vírus HIV para duas mulheres. O empresário Renato Peixoto Leal Filho foi preso na segunda-feira, 24, em seu apartamento na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

O empresário havia sido condenado a sete anos de prisão, e cumpriu os dois primeiros em regime fechado. Em 2020, ganhou direito à progressão de regime e passou à prisão domiciliar. No ano passado, contudo, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aumentou a pena para 13 anos e 4 meses de reclusão. Com isso, foi determinada a volta de Leal Filho ao regime fechado. Ele era considerado foragido desde maio.

##RECOMENDA##

A prisão foi feita por agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca). Segundo a Polícia Civil, a captura foi possível a partir de troca de informações de inteligência entre as equipes da delegacia e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Renato Peixoto Leal Filho passará por audiência de custódia e será encaminhado ao sistema prisional. O Estadão tenta localizar sua defesa para posicionamento sobre o assunto.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando