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Mais de 230 foliões buscaram voluntariamente os módulos do ‘Fique Sabendo’, em Salvador, para realizar testes rápidos para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) na segunda-feira (20). Ao todo, no 5º dia da folia, foram contabilizados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) quase 1 mil testes rápidos.

No balanço parcial dos quatro dias de funcionamento dos módulos, a Sífilis segue liderando os resultados positivos da testagem com 108 diagnósticos para a doença. Em seguida, o HIV (20), Hepatite C (6) e Hepatite B (5).

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A vice-prefeita e secretária de Saúde de Salvador, Ana Paula Matos, destacou o acolhimento desses profissionais. “Os nossos profissionais estão empenhados em realizar o acolhimento desse paciente que teve o resultado reagente para a doença, a fim de orientar da melhor forma possível. Aliada à estrutura do Carnaval, temos na nossa rede os Serviços de Atendimento Especializados, locais preparados para oferecer o tratamento necessário ao paciente diagnosticado”, disse.

A médica infectologista Adielma Nizarala explica que é importante acabar com a cadeia de transmissão da Sífilis. “A Sífilis lidera historicamente o número de pessoas acometidas com alguma infecção no Carnaval. É fundamental que após a detecção da infecção, o reagente aceite a medicação, que não impedirá de ter uma vida normal, inclusive durante a folia. Será uma proteção individual e coletiva, em respeito ao próximo parceiro. Aliado a isso, o uso do preservativo, distribuído gratuitamente nos nossos módulos, deve ser indispensável”.

Nesta terça (21), último dia da folia na capital baiana, os módulos do ‘Fique Sabendo’ funcionam das 9h às 21h no Largo da Piedade, Circuito Osmar, e de 10h às 22h na Rua Dias D’Ávila, próximo ao Farol da Barra, no Circuito Dodô. No local, além dos testes, são distribuídos preservativos e lubrificantes em gel.

Da assessoria.

O cuidado com a saúde do folião é parte importante dos serviços oferecidos pela Prefeitura de Olinda durante o Carnaval. Para isso, a Secretaria de Saúde do Município montou um estande para testagem rápida de HIV/Sífilis ao lado dos Correios, no bairro do Carmo. O serviço funciona todos os dias de folia, das 11h às 18h.

O atendimento é feito por demanda espontânea e o resultado sai em 15 minutos. Quem tiver o teste positivo é orientado para procurar uma unidade de saúde. Além disso, há um serviço no Hospital Tricentenário para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) HIV/Sífilis, Hepatite Virais e outras Infecções Transmissíveis (IST), através de uma parceria com Secretaria Estadual de Saúde, que consiste reduzir o risco de infecção com a doença.

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Da assessoria 

 

Com o objetivo de conscientizar os foliões a curtirem os dias de carnaval com mais segurança, a Administração de Fernando de Noronha, por meio da Superintendência de Saúde, vai promover uma ação de testagem para HIV e sífilis, nesta sexta-feira (17), das 8h às 12h, no auditório da Unidade de Saúde da Família Dois Irmãos (USF).

A atividade, que tem como tema "Diversão combina com proteção", oferecerá testagem gratuita, e o resultado do teste estará disponível após 15 minutos, de forma segura e sigilosa. Para realizar os exames, basta ir à unidade de saúde.   Serão oferecidos mais de 500 testes para HIV e sífilis, além da distribuição de 10 mil preservativos masculinos em todo trade turístico da ilha - associação de pousadas, bares e restaurantes, blocos carnavalescos e aeroporto.

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A ação também vai fornecer orientação, prevenção e conscientização à população sobre as infecções sexualmente transmissíveis, além de aconselhamento e acolhimento aos pacientes atendidos.

*Da assessoria 

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou nesse sábado (15) que os casos de sífilis no estado subiram 14% de 2020 para 2021. Segundo a Secretaria, os casos passaram de 4.448 em 2020 para 5.068 no ano passado.

O alerta para o crescimento da doença no estado foi divulgado na data em que se celebra o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita.

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De acordo com o Boletim Epidemiológico Sífilis do Ministério da Saúde de 2021, o Rio de Janeiro registra taxa de 21,1 casos por mil nascidos vivos; quase três vezes acima da notificação nacional (7,7 casos para cada mil nascidos vivos).

Apesar do aumento dos casos, a Secretaria registrou queda de 13% no número de mortes provocadas pela doença, de 2020 (216) para 2021 (188).

Segundo a Secretaria de Saúde fluminense, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem contribuir para enfrentar a doença, que tem tratamento, com injeções de penicilina, e pode ser curada.

Sífilis

Caso não seja tratada, a doença pode levar a paralisia, cegueira, demência e a morte. A sífilis é transmitida através de relação sexual sem uso de preservativos ou passada de mãe para filho durante a gravidez.

A doença se desenvolve em três estágios. No primeiro, ela se manifesta até o 90º dia após o contágio por meio de uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). A ferida não dói, não coça, não arde e não tem pus, mas pode estar acompanhada de ínguas na virilha.

O segundo estágio se desenvolve após o surgimento e cicatrização espontânea da ferida, quando surgem manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés.

No estágio mais avançado, os órgãos internos (cérebro, olhos, nervos, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações) podem ser danificados, mesmo após décadas da doença.

Os casos de sífilis e sífilis congênita, uma infecção sexualmente transmissível que pode ser transmitida de mãe para filho com possíveis efeitos devastadores, aumentaram nas Américas, alertou nesta terça-feira (5) a Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

Calcula-se que 4,6 milhões de pessoas tenham sífilis na região, segundo a revisão epidemiológica lançada em junho pela Opas.

Em 2020, os países das Américas reportaram 29.147 casos de sífilis congênita e cifras preliminares de 2021 registram mais de 30.000 casos desta infecção transmitida de mãe para filho.

"O número de pessoas afetadas continua sendo inaceitavelmente alto para uma doença que não devia mais existir", afirmou Marcos Espinal, vice-diretor interino da Opas, citado em um comunicado, insistindo em que existe tratamento e que seu custo é acessível.

A sífilis pode causar problemas neurológicos, cardiovasculares e dermatológicos nos adultos e ser transmitida na gravidez, "algo que pode provocar aborto espontâneo, morte fetal ou pouco depois do nascimento, prematuridade ou deficiências graves nos recém-nascidos", adverte a Opas.

Em 2016, a Assembleia Mundial da Saúde fixou a meta de reduzir os novos casos de sífilis em 90% entre 2018 e 2030, e os novos caso de sífilis congênita a menos de 50 por 100.000 crianças nascidas vivas.

Atualmente, a incidência de sífilis congênita na região é de 200 por 100.000, ou seja, muito superior a este objetivo.

"Devemos testar todas as mulheres na primeira consulta pré-natal, antes da 20ª semana e no terceiro trimestre da gravidez, e tratar de forma imediata com penicilina as positivas, assim como seus bebês, para evitar a transmissão", recomenda Rodolfo Gómez Ponce de León, assessor regional em saúde sexual e reprodutiva da Opas, citado no mesmo comunicado.

"Para evitar a reinfecção, também é necessário tratar os companheiros das gestantes", acrescentou.

A Revisão Epidemiológica sobre Sífilis da Opas mostra que na América Latina em 2020 só foram oferecidos testes de detecção da doença a apenas 59% das grávidas.

O ex-ministro da Saúde e deputado Alexandre Padilha (PT-SP) denunciou a ausência de dados sobre a população privada de liberdade nos boletins epidemiológicos tanto do HIV/aids como o das hepatites virais. 

Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9), ele disse que a falta de dados detalhados e consistentes dificulta tanto o monitoramento como a construção de políticas específicas para essa população, seus familiares e para os servidores das unidades prisionais. “Não é possível fazer prevenção, cuidado e tratamento sem uma boa informação em saúde”, afirmou. 

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Coordenador de Saúde do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Rodrigo Pereira informou que hoje em torno de 33 mil pessoas privadas de liberdade têm o diagnóstico das doenças infecciosas mais prevalentes no sistema prisional - HIV/aids, hepatite, sífilis e tuberculose. Ao todo, são mais de 670 mil pessoas divididas em cerca de 1.500 unidades prisionais no Brasil.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Sistema Prisional feminino de Pernambuco foi escolhido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para a implantação do projeto-piloto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Implementação de Programa para Detecção da Infecção pelo HIV/aids e Sífilis em Prisões Femininas com Ênfase na Prevenção da Transmissão Materno Infantil é o nome do projeto da Fiocruz.

Os trâmites para o início da implantação do projeto foram discutidos em reunião remota, realizada na quinta-feira (8), com representantes da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), poder judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça, Depen e grupos de monitoramento do sistema carcerário.

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A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, por meio da Seres, em parceria com a Secretaria de Saúde e Pernambuco (SES/PE), desenvolverá o projeto de extensão na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL) e na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR), ambas na Região Metropolitana do Recife. 

“A escolha do Estado como piloto mostra o reconhecimento do avanço das políticas de saúde no encarceramento feminino, resultado dos investimentos do governo estadual”, destacou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. As duas unidades prisionais servirão de referência para a implantação das atividades em outros estabelecimentos penais femininos, após adequação às especificidades de cada local.

O objetivo do estudo é contribuir para a redução da frequência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre mulheres encarceradas, com ênfase na saúde das gestantes e na prevenção da transmissão vertical (de mãe para filho). 

A redução será possível com o aumento da detecção e tratamento precoces das infecções e gravidezes entre mulheres presas. A previsão é que o trabalho seja colocado em prática até dezembro deste ano. Profissionais de saúde da SES e da Seres, que atuam no sistema prisional, participarão de oficinas e treinamentos, bem como, haverá adequações de plataformas digitais.  

Nesta sexta-feira (18), a Universidade Guarulhos (UNG) realizará, de forma gratuita, atendimentos de saúde à população. A ação será realizada das 10h às 16h, na Praça Tereza Cristina, no Centro de Guarulhos, ao lado da Igreja Matriz.

Ao todo, serão feitos 400 testes de sífilis e HIV. Além da testagem, também serão oferecidos acompanhamentos para tratamento e aconselhamentos. Os resultados serão emitidos na hora.

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A ação será realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos e com o Centro de Testagem e Aconselhamento Ubiratan Marcelino dos Santos.

As abordagens, testes e aconselhamentos serão feitos por alunos e professores do curso de Enfermagem da UNG e por profissionais da Secretaria. Qualquer pessoa pode fazer os testes e, também, passar pelas conversas com os profissionais da saúde.

"A UNG mais uma vez presta um serviço essencial à população guarulhense. Nesta ação, em específico, visamos oferecer acolhimento e passar informações aos cidadãos que, porventura, tenham alguma IST (Infeção Sexualmente Transmissível) para que, dessa forma, possam fazer o melhor tratamento possível", pontua o diretor de Área da instituição de ensino, professor Bruno Correa.

Serviço

Ação Saúde Universidade UNG

Quando: 18/10, das 10h às 16h

Local: Praça Tereza Cristina, Centro de Guarulhos

Gratuito

*da Assessoria de Comunicação

Durante quatro dias, o Hospital da Mulher do Recife se despede do 'Outubro Rosa' disponibilizando 120 mamografias sem necessidade de marcação prévia. A partir desta segunda-feira (28), 30 mulheres serão atendidas diariamente na unidade localizada no bairro do Curado, Zona Oeste da capital pernambucana.

Frisando a importância do autoexame e da detecção precoce para combater o câncer de mama, 15 mamografias serão realizadas pela manhã e 15 a tarde. Das 7h às 11h, mulheres entre 50 e 69 anos também poderão fazer 30 testes rápidos de sífilis e HIV. Vacinação contra a gripe está inclusa na ação.

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Anualmente, a doença atinge cerca de 50 mil novos pacientes no Brasil. Por isso, a ação também destaca a conscientização. Diversas palestras ministradas por enfermeiros, mastologistas e outros profissionais, instruirão as pacientes sobre o convívio e as precauções envolvendo o câncer. 

Inicia nesta sexta-feira (18), das 9h às 15h, a campanha para combater a sífilis no município de Recife. Em diversas unidades de saúde serão realizados testes rápidos para a detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A campanha vai até o fim de outubro e visa o diagnóstico precoce.

Em 30 minutos o paciente vai saber se contraiu a doença, garante a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau). O alerta é para frear o aumento da sífilis transmitida pela mãe ao bebê. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que a doença afete mais de um milhão de gestantes, com risco de mais de 300 mil mortes fetais e de recém-nascidos.

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Também está disponível no site da prefeitura o Curso Básico de Vigilância Epidemiológica m IST/Aids e hepatites virais, que será ministrado no dia 25 de outubro. A atividade acontece das 8h às 17h, no auditório do Centro de Especialização em Saúde do Trabalhador (Cerest) da Prefeitura do Recife, em Santo Amaro, e é voltada para profissionais de saúde.

Confira o cronograma

No próximo domingo (17), a partir das 14h, o trailer do Projeto Quero Fazer vai disponibilizar testes rápidos de HIV e sífilis, além de preservativos, na praça do Marco Zero, localizada na Região Central do Recife. A parceria com o Programa Estadual de IST (infecções sexualmente transmissíveis) /Aids vai atender até 70 pessoas.

Além dos testes, que duram em média 30 minutos, os pernambucanos e turistas vão receber aconselhamentos sobre saúde sexual. Caso seja diagnosticado, o paciente será encaminhado para uma unidade de referência, onde iniciará o tratamento. Vale lembrar que os exames já são disponibilizados em diversos postos de saúde do município, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e ONGs.

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O Terminal Jabaquara, em São Paulo está oferecendo testes gratuitos de HIV e sífilis até às 15h30. O teste acontece na plataforma A do Terminal. A ação tem o objetivo de orientar os usuários quanto à importância da prevenção para evitar as doenças. Ao todo serão ofertados 300 testes rápidos de HIV e sífilis.

Além disso, haverá distribuição de 8 mil preservativos masculinos e folhetos informativos sobre os testes realizados. A ação faz parte do “Dezembro Vermelho”, mês da conscientização e combate à Aids.

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O teste rápido detecta anticorpos no fluido oral e o resultado é obtido em cerca de 30 minutos. “É simples, rápido e indolor, realizado com privacidade e sigilo, indicado para todas as pessoas que têm vida sexual”, afirma a coordenadora-adjunta do Programa Estadual DST/AIDS-SP, Maria Clara Gianna.

 

A epidemia de sífilis que atinge o País fez o número de óbitos infantis e fetais pela doença congênita (transmitida pela mãe) triplicar em dez anos, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2006, foram 477 casos de crianças infectadas pela bactéria que morreram ainda no útero da mãe, nasceram mortas ou não resistiram à doença até um ano após o parto. No ano passado, esse número passou para 1.499 bebês. O índice só não é maior do que o registrado em 2015 (1.620).

A categoria com o maior número de fatalidades no ano passado foi o aborto espontâneo por sífilis congênita, com 692 registros. Outros 622 bebês estão na categoria de natimortos. E 185 crianças morreram antes de completar 1 ano de idade.

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Segundo o Ministério da Saúde e especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o recente surto da doença e o aumento da mortalidade por sífilis congênita estão associados a quatro principais fatores: falta de penicilina no mercado, crescimento do comportamento sexual de risco no País, falhas na assistência à gestante e resistência de alguns profissionais de saúde em utilizar o medicamento indicado por risco de reação anafilática.

"Tivemos um período de desabastecimento de penicilina, desde o fim de 2014. As empresas não queriam vender o medicamento porque o valor estava muito baixo. Isso não foi um problema exclusivo do Brasil. Mais de 30 países tiveram essa dificuldade", diz Adele Benzaken, diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais do ministério. O abastecimento, afirma ela, só foi normalizado no início de 2017.

Segundo ela, metade das equipes de saúde que atuam em unidades de atenção básica tem resistência em aplicar o medicamento por receio de choque anafilático. Um parecer do Conselho Federal de Enfermagem previa que os profissionais deveriam aplicar o remédio somente em centros médicos com estrutura de primeiros socorros, o que intimidava os trabalhadores de postos de saúde a aplicar o tratamento às gestantes logo após o diagnóstico. Esse documento foi revogado em 2015, mas alguns profissionais ainda se recusam a atuar.

Desamparo

Para Jorge Senise, infectologista do núcleo de patologias infecciosas da gestação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o problema poderia ser minimizado com uma melhor assistência à mulher e à gestante. "Muitas vezes a grávida chega já tardiamente ao centro de saúde ou há demora para a realização do teste", afirma.

Foi o caso da estudante Sinara Ferreira, de 21 anos, que descobriu a doença tardiamente durante a gestação. O bebê, do sexo masculino, nasceu no início de novembro, mas morreu cinco dias depois, vítima de complicações provocadas pela doença. "Não sabia que estava doente nem o que era essa doença. O médico passou uns remédios, mas só consegui no posto quase dois meses depois", diz.

As complicações que acabaram com a morte do bebê, que nasceu prematuro, aos 8 meses, e com baixo peso, incluíam convulsões, febre alta e problemas renais. "Ele tremia muito. Tinha manchas vermelhas pela pele toda e não conseguia mamar porque tinha uma abertura perto da boca. Foi triste ver meu filho morrer por causa de uma doença que eu nem sabia que tinha e poderia ter sido evitada se tivesse tomado os remédios para me tratar a tempo."

Para a comerciária Núbia Ferreira, de 32 anos, a descoberta da doença foi em setembro, dois dias antes da morte de seu bebê ainda dentro do útero, com seis meses.

"Eu havia feito alguns exames de sangue e quando entreguei ao médico ele falou que eu estava com sífilis. Fiquei muito assustada. Comecei o tratamento imediatamente, mas, para meu desespero, meu bebê morreu dois dias depois", conta.

Abastecimento normalizado

O Ministério da Saúde afirmou que o abastecimento de penicilina já está normalizado no País desde o início deste ano. De acordo com Adele Benzaken, diretora do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) da pasta, antes do recente surto as compras do antibiótico eram feitas pelos Estados e municípios.

A aquisição do insumo foi, no ano passado, centralizada pela pasta federal para aumentar o apelo para os laboratórios produtores. "Fizemos uma compra de emergência no ano passado e já está em andamento uma aquisição no valor de R$ 13 milhões para garantir o medicamento até o fim do ano que vem", declarou.

A mais recente compra está em negociação com um laboratório público, a Fundação para o Remédio Popular (Furp). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O município de Guarulhos, localizado em São Paulo, deu início a campanha “Fique Sabendo”, que pretende estimular a população realizar testes de Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e sífilis. A ação segue em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Serviço de Assistência Especializada em Infecções Sexualmente Transmissíveis (SAE) e nos Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da cidade até o dia 1º de dezembro, em que é celebrado o Dia Internacional da Luta contra a AIDS.

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 112 casos de HIV foram diagnosticados este ano em Guarulhos, mais de 50% correspondem a homens com idade entre 20 e 34 anos.

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Para realizar o teste é necessário efetuar a coleta de sangue, o resultado fica pronto em aproximadamente 30 minutos. O procedimento não necessita de preparo, basta comparecer na UBS mais próxima, entre as 8h às 16h.

Segundo a prefeitura, a cidade pretende colaborar para que a meta 90/90/90 seja atingida junto ao Estado de São Paulo, cuja proposta é que até 2020 90% de todas as pessoas portadoras de HIV saibam que tem o vírus; 90% dos diagnosticados recebam terapia antirretroviral ininterruptamente e que 90% dos munícipes em tratamento tenham suprimido a carga viral, levando-a a níveis indetectáveis. Além da nova meta que corresponde à discriminação zero.

No primeiro semestre deste ano, foram ofertados aproximadamente 30 mil testes rápidos em Guarulhos. Durante a intensificação, a expectativa é que sejam realizados entre 3 a 4 mil testes de HIV e sífilis.

Os casos de sífilis adquirida (em adultos) tiveram aumento de 27,9% de 2015 para 2016 no Brasil. Os dados são do boletim epidemiológico de 2017, divulgado hoje (31) pelo Ministério da Saúde. Entre as gestantes, o crescimento dos casos foi de 14,7%. As infecções por sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê) subiram 4,7%.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, as causas para o aumento da doença são o desabastecimento de penicilina (medicamento mais eficaz contra a doença) e o aumento dos diagnósticos, com a distribuição de testes rápidos na rede de saúde. “A tendência é de, com o aumento da testagem, aumentar os casos identificados e permitir ao sistema de saúde tratar essas pessoas e diminuir a transmissão de mãe para filho”, afirmou.

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Em 2016, o Ministério da Saúde identificou uma epidemia de sífilis no país. “Hoje temos uma situação controlada porque temos à disposição medicamentos. Os números não são o que gostaríamos, mas estamos em condições de reduzir esses índices e resolver os casos da doença”, avaliou Barros.

Apesar de essencial para o controle da transmissão vertical da sífilis, a penicilina benzatina apresenta, desde 2014, um quadro de desabastecimento em diversos países devido à falta de matéria-prima para a produção. Segundo o Ministério da Saúde, apesar de a responsabilidade pela compra do medicamento ser de estados e municípios, em 2016, o governo brasileiro concentrou a aquisição em caráter emergencial para o tratamento de grávidas e seus parceiros.

Barros explicou que o ministério também aumentou o valor máximo de compra do medicamento, que antes era inferior ao custo de produção. Com isso, o problema do abastecimento foi resolvido, inclusive com produção nacional.

Sífilis congênita

Todos os tipos de sífilis são de notificação obrigatória no país há pelo menos cinco anos. Entre 2010 e 2016, a taxa de incidência de sífilis congênita e a taxa de detecção de sífilis em gestantes aumentaram cerca de três vezes, passando, respectivamente, de 2,4 para 6,8 por mil nascidos vivos e de 3,5 para 12,4 casos por cada mil nascidos vivos. A sífilis adquirida, que teve sua notificação compulsória implantada em 2010, teve sua taxa de detecção aumentada de 2 para 42,5 casos por 100 mil habitantes.

Para a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken, o aumento nos índices significa uma melhora na identificação da doença. “Essa questão de aumento quer dizer que a cobertura da testagem está aumentando, estamos conseguindo chamar os parceiros das gestantes. Se estamos testando as pessoas, estamos tratando as gestantes e evitando a sífilis congênita”, declarou.

O novo boletim aponta que 37% das mulheres grávidas com sífilis conseguiram realizar o diagnóstico precocemente. A identificação ainda no primeiro trimestre da gestação e o tratamento adequado impedem a transmissão da doença da mãe para o bebê. Entretanto, segundo Adele, muitas mulheres iniciam o pré-natal tardiamente, então há um prejuízo nesse diagnóstico.

Para alcançar a meta de eliminação da mortalidade por sífilis congênita estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil deve reduzir da taxa atual de 6,8 por mil nascidos vivos para um índice menor ou igual a 0,5 por mil. “Isso é possível em um curto prazo, porque a sífilis é facilmente detectada e facilmente tratada. Tendo o teste rápido e tendo a penicilina, é possível alcançar a eliminação”, disse Adele.

Segundo o boletim epidemiológico, apenas os estados de Pernambuco, Tocantins, Ceará, Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte apresentam taxas de incidência de sífilis congênita mais elevadas que as taxas de detecção da doença em gestantes, o que remete a possíveis deficiências no diagnóstico precoce e notificação equivocada dos casos de grávidas.

Medidas adotadas

Para conter o avanço da sífilis no país, Ministério da Saúde, estados e municípios vão intensificar ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. A estratégia, chamada de Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção, vai destinar R$ 200 milhões para as 100 cidades que concentram 60% dos casos da doença. O plano concentra ações em quatro eixos: diagnóstico; vigilância da transmissão; tratamento; e pesquisa e comunicação.

Em relação à compra centralizada do medicamento, o Ministério da Saúde destinou R$ 13,5 milhões para a aquisição de 2,5 milhões de ampolas de penicilina benzatina, para o tratamento da sífilis adquirida e em gestantes, além de 450 mil ampolas da penicilina cristalina, para uso em bebês. A quantidade garantirá o abastecimento da rede pública até 2019.

Na ampliação e qualificação do diagnóstico, uma das ações do plano é o aumento da testagem, principalmente nas grávidas. Neste ano, até setembro, o Ministério da Saúde enviou mais de 6,3 milhões de testes de sífilis, crescimento de 33,7% em relação a 2016 (4,7 milhões).

Campanha nacional

Para incentivar a testes em grávidas e seus parceiros sexuais, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha que será veiculada na internet, com os slogans “Faça o teste de sífilis, proteja o seu futuro” e “Faça o teste de sífilis, proteja o seu futuro e de seu filho”. O público-alvo são os jovens até 35 anos, casais e gestantes. O objetivo é alertar para a importância do diagnóstico precoce, que possibilita o tratamento adequado e diminuição da mortalidade em bebês.

Foram registrados 33.365 casos de sífilis só no ano passado. Em casos de sífilis congênita – quando a infecção é transmitida durante a gestação para o bebê – foram registrados mais de 19 mil casos em 2015, um aumento de 19% em relação ao ano anterior. O número de casos da doença em gestantes subiu 20,9% nesse mesmo período. Os dados são do Ministério da Saúde e correspondem somente aos casos que foram notificados às autoridades de saúde – ou seja, o número real pode ser bem maior.

Segundo especialistas, o aumento se deu pela redução no uso de preservativos, por mudanças no comportamento sexual da nova geração e por falta de conscientização.

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A sífilis é uma infecção causada por uma bactéria e a principal forma de contágio é por relação sexual, mas a contaminação também acontece por transfusão de sangue ou durante a gestação (da mãe para o bebê). Os sintomas aparecem, em média, de 3 a 4 semanas após a infecção. Se não for tratada, a doença pode evoluir podendo causar lesões cardíacas, cerebrais e até mesmo a morte.

O diagnóstico é feito através de testes rápidos que estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Quem planeja uma gravidez deve fazer o exame antes, para certificar-se de que não tem a doença.

O tratamento é feito com penincilina, um antibiótico injetável e a prescrição pode ser de uma a três doses, a depender do estágio da doença.

 

Para a prevenção é importantíssimo que a população se conscientize quanto ao uso de preservativos. Para as mulheres que planejam uma gestação é importante verificar se são ou não portadoras da bactéria antes de engravidar. É recomendado pelo Ministério da Saúde que se repita o teste nos três primeiros meses de gestação, inclusive o pai também deve fazer o teste.

 

Por Adriane Soares Henriques


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta sexta-feira, 4, que o governo prepara uma solução, a ser apresentada "rapidamente", para tornar viável a produção nacional de penicilina no combate à epidemia de sífilis.

"O governo prepara solução para o abastecimento de medicamentos que são fundamentais. Temos uma epidemia de sífilis por falta de penicilina. Precisamos dar solução, viabilizar economicamente a produção desse medicamento", afirmou, após participar de encontro com empresários do setor na sede da Fiesp, na capital paulista.

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Ricardo Barros acrescentou que o ministério conta com uma deliberação sobre a fixação de preços a novos medicamentos, para fazer o reajuste de remédios não produzidos no País, por ter valores que não justificam economicamente sua fabricação pelos laboratórios. A solução, segundo o titular da pasta de saúde do governo Temer, será implementada "rápido".

O ministro disse ainda que vem cobrando à Anvisa agilidade na aprovação de novos medicamentos, "sem prejuízo da segurança e defesa do consumidor". "Esperamos que novas tecnologias sejam aprovadas e colocadas à disposição da população", comentou.

Nesta segunda-feira (29), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) oferece exames gratuitos de sífilis, HIV, filariose e tracoma para a população. As atividades acontecem das 8h às 12h, no Espaço Carlos Chagas, na praça em frente ao Pronto Socorro Cardiológico Universitário da Universidade de Pernambuco (Procape/UPE), onde também funciona o ambulatório para pacientes da doença de Chagas, referência no Estado. 

De acordo com a SES, as consultas serão feitas no ônibus "Prevenção para Tod@s" e cerca de 15 técnicos e coordenadores de serviço do Programa Sanar e do Programa Estadual de IST/Aids estarão realizando os exames e testes rápidos das doenças. Também estarão disponíveis equipe médica e de enfermagem para dúvidas clínicas de pacientes.

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A ação é gratuita e os transeuntes que passarem pelo local poderão receber atendimento e também participarem da arrecadação solidária para conseguir alimentos, roupas e outras contribuições para pacientes carentes atendidos pela Associação. Os interessados podem colaborar com doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, vestimentas e medicamentos. 

Balanço - Entre 2011 e 2014, o Programa Sanar eliminou 6,7 mil vetores de Doença de Chagas, após inspeção em mais de 183 mil residências pernambucanas. A doença de Chagas é provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e pode se apresentar na fase aguda ou somente na forma crônica, com complicações cardíacas ou digestivas. 

A Associação é a primeira ONG no mundo dedicada aos pacientes chagásicos e tem como missão dar assistência tanto psicológica quanto pessoal aos pacientes. Durante as reuniões semanais, médicos cardiologistas, assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras e nutricionistas esclarecem dúvidas e orientam como devem se comportar quanto ao tratamento, já que possuem algumas restrições, mas podem seguir a vida normalmente se tomarem os devidos cuidados.

A falta de medicamentos para tratamento de sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez), que se arrasta há quase dois anos, pode ser reduzida nos próximos meses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na semana passada a dispensa de registro da matéria-prima para produção da penicilina cristalina, usada para tratamento das crianças, até dezembro.

A permissão, requisitada pelo laboratório Blau Farmacêutica, se estende até dezembro. A matéria-prima necessária para o medicamento teve redução drástica nos últimos anos, deixando fabricantes nacionais sem alternativa para produção. O sanitarista Artur Kalichman, do Programa Estadual de DST/Aids, afirma que, em São Paulo, o estoque de cristalina está próximo do fim, mas o problema atinge todo o País. Para contornar a falta do produto, médicos têm sido orientados a receitar o remédio apenas para casos mais graves.

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O Ministério da Saúde admitiu a falta do remédio e disse estar em contato com a Organização Pan-Americana de Saúde para compra emergencial. O número de casos de sífilis congênita praticamente triplicou em seis anos. Em 2008, eram 5.728. Em 2014, foram 16.172.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Paulista ganhará dois novos pontos de teste e aconselhamento sobre HIV, Sífilis e Hepatites B e C, a partir da próxima sexta-feira (21). As comunidades beneficiadas foram a do Chega Mais e de Mumbeca. A implantação do trabalho nas unidades de saúde ocorre simultaneamente às 8h30.

No local, Técnicos da Secretaria de Saúde estarão disponíveis para aconselhamento aos usuários e realização de exames. Em caso de detecção dos vírus do HIV ou da Sífilis, os pacientes serão encaminhados ao Serviço de Assistência Especializada (SAE) e receberão medicamentos para o tratamento. O serviço acontece de segunda a sexta, das 8h às 17h.

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A unidade conta com sete profissionais de diversas especialidades, como: psicólogo, infectologista e assistente social. Os pacientes diagnosticados com Hepatites B ou C serão encaminhados ao Instituto do Fígado, em Santo Amaro, no Recife. Para realizar o teste, basta o paciente se dirigir a uma das unidades credenciadas portando um documento oficial com foto. 

Este tipo de atendimento já é desenvolvido nos centros médicos da Mata do Ronca, que fica na zona rural, e Jurandir Freire II, em Jardim Maranguape. De acordo com a Prefeitura do Paulista, a meta da Secretaria de Saúde é instalar o serviço em 20 postos da cidade até o final de 2015.

Desde que os testes foram iniciados na cidade, em 1986, até hoje, foram registrados 1.287 casos de pessoas portadoras de AIDS no município, sendo 846 homens, 434 mulheres e sete crianças. Em todo o estado de Pernambuco já foram detectados 14.249 homens e 7.741 mulheres com o vírus.

ACONSELHAMENTO – Pessoas que desejam obter mais detalhes sobre o tratamento podem participar do Grupo de Adesão. A equipe se reúne todas as terças-feiras, a partir das 9h, no SAE, que fica na Rua Rodolfo Aureliano, 714, na Vila Torres Galvão. O espaço conta com profissionais como nutricionista e educador físico, que orientam os pacientes como obter qualidade de vida, apesar da doença.  

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