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Para celebrar o Outubro Rosa, a Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (Caape) junto com a OAB do estado, está oferecendo, até a próxima terça-feira (31), exames gratuitos de ultrassom e mamografia para mulheres do meio jurídico, especialmente para advogadas e estagiárias. 

Através de parceria com a Unidade de Diagnóstico Médico Derbimagem, as pacientes podem fazem os exames diretamente na clínica do grupo de saúde. Já para as mulheres que desejam fazer a mamografia, o atendimento será em um caminhão, com equipamento especial, que estará estacionado exclusivamente na terça, das 9h às 17h, na sede da OAB-PE, localizada na Rua do Imperador, 346, no Centro do Recife.

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A iniciativa visa aumentar a conscientização sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama. De acordo com a Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio À Saúde da Mama), estima-se que, em 2023, mais de 73 mil novos casos serão registrados. Isso significa o impacto na vida de milhares de pessoas, suas famílias, sua comunidade. 

"A saúde é o nosso bem mais precioso e a Caape está comprometida em continuar fornecendo acesso a serviços de saúde essenciais para nossa comunidade jurídica. Detectando o câncer de mama em estágios iniciais, a doença tem até 95% de chances de cura", afirma a presidenta da Caape, Anne Cabral.

Como as vagas são limitadas, a orientação da Caape é para que as interessadas agendem os exames com antecedência.

Veja como agendar os exames:

Solicitação de ultrassom (USG) através do e-mail: convenios@caape.org.br 

Solicitação de mamografia através do telefone: (81) 3223-0902

 

A KTF Sports e a Play For a Cause – empresa que utiliza o esporte e o entretenimento como ferramentas de transformação social – uniram forças, desta vez, por conta do Outubro Rosa. Os parceiros abriram na última quarta-feira (25), um leilão social, com o macacão da piloto Bruna Tomaselli, que corre na categoria Stock Series.

O valor líquido angariado com a ação será destinado para o Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), que se dedica ao diagnóstico e tratamento integral de pacientes com câncer, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A ação fica no ar até o dia 06/11 e tem lance inicial de R$1.500.

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O item em exposição, um macacão cor de rosa, será usado por Bruna neste final de semana (dias 28 e 29/10), durante os treinos e corrida da etapa Velocitta, em Mogi Guaçu. A catarinense, de 26 anos, estreou no início deste ano na categoria Stock Serie, após dois anos representando o Brasil na extinta categoria W Series.

“O macacão foi cuidadosamente confeccionado para a Bruna utilizar nesta etapa e, após a corrida, ele será entregue para a nossa equipe, que irá preservá-lo da mesma forma que receber, pois já se trata de uma peça única”, comenta André Georges, fundador e CEO da Play For a Cause. “Nós realizamos outras parcerias com a KTF, contudo essa é a primeira em função do Outubro Rosa. E, por isso, construímos um leilão cheio de significado”, conclui ele.  

“Para a KTF Sports, é uma honra ajudar numa causa tão importante como o Outubro Rosa. Com a chegada da Bruna, faz total sentido promover essa ação e agradecemos a Play For a Cause por estar nessa com a gente”, diz Flávio Quick, diretor de Marketing da KTF Sports.

Outras informações sobre o leilão podem ser obtidas no site www.play.foracause.com.br.

Serviço

Ação: Leilão do macacão da Bruna Tomaselli

Valor: Lance inicial de R$1500

Data: Até 06/11

Site: https://play.foracause.com.br/ktf-bruna-tomaselli/

Adriane Galisteu fez um alerta ao público feminino. Aproveitando a ação do Outubro Rosa, mês que destaca o combate ao câncer de mama, a estrela do reality show A Fazenda compartilhou cliques durante uma realização de mamografia. Galisteu fez questão de compartilhar imagens do exame para incentivar as seguidoras.

"Prevenir é um ato de amor com você… Faça regularmente seus exames!", escreveu a loira. Depois de fazer a publicação, a apresentadora recebeu muitas mensagens.

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Algumas pessoas deixaram diversos relatos na publicação de Adriane Galisteu. Uma seguidora declarou: "'Não tenho idade para fazer a mamografia'. Sim meninas, entretanto, o câncer de mama não escolhe a idade, ele não escolhe mulheres a partir de 40 anos, pra isso existe o ultrassom e o toque, por mais que em alguns dos casos, não se identifica por meio do toque. A mastologista da minha mãe já dizia: 'pior do que um diagnóstico positivo é um diagnóstico tardio'".

Confira a publicação de Adriane Galisteu:

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Pouco citada quando se fala no tratamento do câncer de mama, a psicoterapia pode ser o ponto de partida para uma recuperação mais saudável. A campanha Outubro Rosa amplia o debate sobre como o acolhimento psicológico pode ser fundamental para a qualidade de vida dos pacientes.

A psicóloga e integrante da Comissão de Psicologia Clínica do Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco 2ª Região (CRP-PE), Thais de Lima, lamenta que a busca por esse apoio ainda é tímida. "A gente não vêm tanta presença. Querendo ou não, a gente ainda vê muito a questão de ver a psicoterapia e o cuidado com a saúde mental como algo secundário", observa.

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Na sua visão, a falta de reflexão sobre os benefícios do acolhimento psicológico influenciam na baixa procura. "Por o câncer ser uma doença muito agressiva, que traz um certo tabu, as pessoas costumam não querer falar sobre e isso cria uma dificuldade muito maior", apontou.

A nova rotina imposta pela doença deixa o paciente fragilizado e, em alguns casos, cria o sentimento de solidão. Nesse sentido, a psicoterapia se apresenta como um suporte para ajudar a lidar com os sentimentos de medo e incerteza causados por um tratamento tão desafiador.

"Nossa saúde mental também pode vir a alterar ou influenciar qualquer doença que a gente possa ter. É totalmente interligado", ressalta Thais. "Prestar atenção na saúde mental, principalmente quando a gente tá enfrentando uma doença muito agressiva, pode dar espaço para um tratamento menos danoso", complementou.

Para 2023, o Ministério da Saúde prevê 73.610 casos novos de câncer de mama no Brasil, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Esse tipo de câncer é o que mais mata mulheres no país.

O objetivo do Outubro Rosa 2023 é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença. O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização para contribuir na redução da incidência e da mortalidade pela doença.

A micropigmentação é uma evolução da maquiagem definitiva, uma técnica usada já alguns anos no país. O procedimento é mais conhecido no realce de sobrancelhas e lábios, mas também é aplicado para os seios de mulheres mastectomizadas, para recriar o desenho das aréolas, resgatando a autoestima feminina. O método é feito em uma camada mais superficial e trabalhada com pigmentos próprios para esta região do corpo.

Segundo a especialista em micropigmentação, professora da técnica no Brasil e no exterior, Deise Damas, a micropigmentação paramédica pode suavizar cicatrizes de cirurgias. “No procedimento, são redesenhadas as cores do mamilo e contornos originais. Após a mastectomia, a micropigmentação pode representar uma reconstrução para a mulher e ajuda muito na autoestima. Esta técnica pode também ser feita em mulheres que fizeram cirurgias plásticas ou para acertos de pequenas assimetrias”, explicou Deise.  

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A especialista ressaltou que a micro pigmentação das aréolas é feita quando a pessoa sofreu perda do mamilo em decorrência de câncer, acidentes ou nascença. “O trabalho é feito simulando realisticamente em forma de desenho o mamilo, podendo ser feita quando há ou não alguma parte do mamilo. O pigmento é específico para este procedimento, pois as cores devem ser parecidas com as dos mamilos naturais”, detalhou a professora. De acordo com Deise, o pós procedimento é tranquilo, evitando apenas fontes de calor. São feitas duas sessões que leva uma hora e meia cada. O procedimento deve ser repetido em média a cada dois anos.  

Deise Damas é a primeira artista licenciada do Rio de Janeiro pela maior academia europeia de micropigmentação, a Phibrows. Especialista em técnicas naturais em sobrancelhas, lábios, olhos e aréolas, ela ministra cursos no Brasil e na Alemanha e também trabalha na área da estética há mais de 20 anos.  

O câncer é a segunda doença que mais mata homens e mulheres no Brasil. Entre as brasileiras, os tipos que mais fazem vítimas são o câncer de mama e o de pele. Ano após ano, a campanha de conscientização Outubro Rosa busca fazer com que mais mulheres procurem realizar exames preventivos na tentativa de reduzir as estatísticas de mortalidade da doença.

Em 2021, 37,3% dos óbitos por câncer de mama foram considerados mortes prematuras (que ocorrem em pacientes entre 30 e 69 anos). Apesar de muito prevalente - cerca de 66.280 novos casos são diagnosticados por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) -, a doença costuma ter um bom prognóstico se detectada e tratada logo no início.

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Segundo dados do Datasus organizados pelo Instituto Oncoguia, cerca de 1,5 milhão de mamografias foram realizadas em 2022. Iniciativas de diferentes organizações buscam aumentar a possibilidade do diagnóstico precoce para mulheres em situação de vulnerabilidade social em São Paulo. As "carretas de mamografia" proporcionam a realização do exame de forma gratuita.

Programa 'Mulheres de Peito'

O programa estadual Mulheres de Peito já realizou mais de 35,5 mil exames em seis cidades em 2022, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Até o dia 29 de outubro, mulheres de 50 a 69 anos de Lençóis Paulista, Artur Nogueira, São Paulo e Marília poderão fazer exames gratuitos e sem necessidade de pedido médico ou agendamento nas carretas do programa.

Os exames são realizados de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 13h, exceto em feriados. Para acessar o serviço, é preciso apresentar o RG e o cartão do SUS. Mulheres entre 35 e 49 anos ou com mais de 70 anos também podem passar por consultas, desde que apresentem também uma solicitação médica do exame.

A secretaria informou que, além dos atendimentos das carretas, agendamentos em unidades de saúde que prestam este serviço podem ser feitos pela central telefônica disponível no 0800-779-0000, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Datas e horários

Até 22/10

- Lençóis Paulista - Praça Comendador José Zillo, Rua Sete de Setembro.

- Artur Nogueira - Dr. Fernando Arens, 939, esquina com Antônio Matheus, S/N.

18/10 a 26/10

- São Paulo (Arena Corinthians) - Avenida Miguel Ignácio Curi, 111.

18/10 a 29/10

- Marília - Rua Lourival Freire, 240.

Américas Amigas

A ONG Américas Amigas promove a realização de mamografias em sua unidade móvel até o dia 9 de dezembro, em dez localidades diferentes pelo Estado. Para participar, é preciso fazer um cadastro prévio no site da organização (www.americasamigas.org.br/mulheres-amigas-2022) e aguardar o contato para o agendamento.

Agenda da ação na unidade móvel no Estado de São Paulo

- 14/10 a 17/10 - Raposo Shopping, zona oeste.

- 19/10 a 23/10 - Tenda Atacado, Carapicuíba.

- 25/10 a 29/10 - Tenda Atacado, Jundiaí.

- 31/10 a 04/11 - Shopping Bonsucesso, Guarulhos.

- 06/11 a 10/11 - Shopping Mauá Plaza, Mauá.

- 12/11 a 16/11 - Tenda Atacado, Ferraz de Vasconcelos.

- 18/11 a 22/11 - Corometro, Santana.

- 24/11 a 27/11 - Corevali, Tremembé - Vale do Paraíba.

- 29/11 a 03/12 - Orienta Vida, Potim.

- 05/12 a 09/12 - Instituto Verdescola, São Sebastião.

Hospital do Amor e Instituto Avon

De 18 a 21 de outubro, uma carreta de mamografia estará no Coletivo Pink, no Largo da Batata, em São Paulo, realizando exames diários das 9h às 17h30. As vagas, para mulheres de 50 a 69 anos, são limitadas e estão sujeitas à ordem de chegada. É preciso levar cópias e originais do RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência.

A ação é uma iniciativa do Hospital do Amor apoiada pelo Instituto Avon. As carretas contam com profissionais especializados e condução do SUS, para que as mulheres coloquem os exames em dia. Aquelas que tiverem alterações em suas mamografias podem contar com orientação de equipes do Instituto Protea e Hospital Santa Marcelina.

De 18/10 a 21/10 - Largo da Batata, Pinheiros, São Paulo.

Corrente do Amor

O Savegnago Supermercados e o Hospital de Amor de Barretos (SP) uniram forças a fim de proporcionar e facilitar a realização de exames com foco na prevenção e detecção precoce do câncer de mama. As unidades móveis da entidade já passaram por Limeira, Rio Claro e Araraquara.

Agora, será a vez de Franca e Ribeirão Preto receberem as carretas. Mulheres na faixa etária entre 40 e 69 anos podem fazer consultas, exames de mamografia e ter orientações sobre a prevenção ao câncer de mama de forma gratuita. Além disso, os municípios receberão um micro-ônibus focado na prevenção ao câncer de boca.

Para o atendimento haverá distribuição de senhas após o cadastro no balcão de atendimento das lojas do supermercado, pois as vagas são limitadas. As interessadas em realizar o exame de mamografia devem estar munidas dos documentos: CPF, RG, cartão do SUS e comprovante de residência.

- 18/10: Franca (Av. José da Silva, 3913 - Jd. Maria Rosa).

- 19/10: Franca (Av. Paulo Roberto Cavalheiro Coelho, 1.911 - Parque do Castelo).

- 25/10: Ribeirão Preto (Rua Javari, 4.819 - Antonio Marincek).

- 26/10: Ribeirão Preto (Rua Acre, 1.400 - Ipiranga).

- 27/10: Ribeirão Preto (Av. Portugal, 2.509 - Jd. São Luiz); neste dia não haverá o micro-ônibus de prevenção ao câncer de boca.

Lançada pela Fundação do Câncer em alusão ao Outubro Rosa, mês da conscientização sobre o câncer de mama, a campanha Outubro + que rosa tem um objetivo maior que é alertar sobre a necessidade de cuidado permanente da saúde por parte das mulheres, e não somente em um período específico do ano.

“A ideia é chamar a atenção das mulheres para cuidarem de sua saúde, porque a questão do câncer de mama em outubro é pontual no mundo todo, para chamar a atenção para o problema, mas não é só isso. É para estar atenta a qualquer sinal do seu corpo, não esquecer de fazer os exames preventivos, manter hábitos saudáveis; enfim, todo um conjunto de coisas que são sempre importantes para a gente lembrar. Por isso é que, na fundação, é sempre Outubro + que rosa, disse  à Agência Brasil o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni. O slogan da campanha é Valorize a sua saúde, cuide de você.

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A atriz e cantora Isabel Fillardis é a embaixadora da campanha. Ela participa de uma série de vídeos veiculados nas redes sociais da Fundação do Câncer, fazendo perguntas relacionadas ao câncer de mama e à saúde da mulher, que são respondidas por Luiz Augusto Maltoni e pelos consultores médicos da instituição, Alfredo Scaff e Flávia Miranda. “Precisamos alertar as mulheres sobre a importância de se cuidar o ano inteiro, mantendo hábitos saudáveis, além de acompanhamento médico”, salientou Isabell.

Sinais e sintomas

A campanha deste ano ressalta a necessidade de não adiar as consultas; fazer os exames preventivos; manter hábitos saudáveis, com destaque para não fumar. Maltoni reafirmou a importância de as mulheres prestarem atenção ao aparecimento de eventuais sinais e sintomas de problemas na mama, como aparecimento de nódulos, secreção anormal pelo mamilo que não seja leite, alterações ou retração na pele da mama. “Enfim, sinais e sintomas que chamam a atenção que alguma coisa não está bem”, reforçou Maltoni.

O diretor executivo da Fundação do Câncer indicou que esses cuidados valem para qualquer idade. A mulher que sente alguma alteração nas mamas tem que procurar um médico do serviço de saúde para investigar, recomendou. Segundo ele, isso é diferente de quando se fala de rastreamento, ou seja, a realização de exame de mamografia como prevenção. Nesse caso, a faixa etária que deve realizar mamografia a cada dois anos vai de 50 a 69 anos, seguida de exame clínico por um profissional de saúde. “Isso é para aquela mulher que não está sentindo nada, não tem nenhum sintoma, nem alteração nas mamas”.

Maltoni informou que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 30% e 40% de todos os cânceres poderiam ser prevenidos ou terem reduzida a incidência de casos novos se as pessoas mantivessem hábitos de vida saudável. Eles incluem uma dieta balanceada e rica em fibras, evitar excessos de carne vermelha, evitar excesso de bebida alcoólica, não fumar, manter atividade física regular, evitar sobrepeso e obesidade. “Todos esses são fatores de risco não só para câncer, mas para outras doenças, especialmente as cardiovasculares”. Fumar, em particular, é considerada pelo cirurgião oncológico “uma catástrofe” para vários tipos de câncer e para várias outras doenças. “Então, a gente reforça e destaca essa questão para a pessoa procurar ajuda”.

Neoplasias

No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer no sexo feminino e constitui a neoplasia mais comum entre as mulheres, sendo menos incidente apenas que o câncer de pele não melanoma. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de aparecimento de mais de 66 mil novos casos de câncer de mama somente em 2022. Outros tipos de câncer mais incidentes nas mulheres são o do colo do útero, com estimativa de 16.700 casos; o colorretal, com 20 mil casos novos; e o câncer de pulmão, que responde por mais de 12 mil casos a cada ano, no triênio 2020-2022, segundo o Inca. 

 De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência de câncer de mama em pacientes jovens é a maior em dois anos. A doença, que comumente afeta mulheres acima dos 50 anos, agora, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), há um aumento de incidência entre pacientes mais jovens, antes dos 35 anos passando de 2% a 5% dos casos. 

 Segundo a médica mastologista, Alessandra Saraiva, o motivo para esse aumento no número de caso entre as mais jovens acontece devido o estilo de vida, estresse e alimentação. “O câncer de mama em pacientes jovens, algumas vezes ele vem mais agressivo até porque algumas vezes vem relacionado com a genética”, afirmou. 

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 Prevenção 

Para prevenir o câncer de mama, é necessário adotar um estilo de vida saudável e realizar a prevenção primária. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que o exame seja feito anualmente em mulheres a partir dos 40 anos, mas também pode ser feito por mulheres de 25 e 30 anos que apresentem fatores de risco. 

“Sugerimos sempre ter o hábito de se consultar e procurar médicos, mesmo antes dos 40 anos, e solicitar os exames de mama. Não necessariamente a mamografia, pode ser a ultrassonografia. Em alguns casos, como pacientes que tenham histórico familiar desse tipo de câncer, podemos acrescentar a ressonância ou até mesmo antecipar a mamografia”, afirmou a especialista. 

 Além disso, é importante ter uma alimentação equilibrada combinada com a prática de exercícios físicos e controle de peso. 

Tratamento 

O tratamento varia para cada caso, já que depende do tipo de tumor, estágio da doença, idade da paciente e outros fatores, mas os biomedicamentos combinados com quimioterapia são os mais indicados.  

O câncer de mama acomete mulheres na maioria dos casos. Para se ter uma ideia, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano de 2021, foram estimados cerca de 66 mil novos casos - o que representa cerca de 44 casos a cada 100 mil mulheres. Os principais fatores de risco da doença são excesso de peso, idade avançada ou até histórico familiar. Por isso, o Outubro Rosa é uma campanha que conscientiza as mulheres sobre a importância de exames de rotina para um diagnóstico precoce e prevenção da doença.

Entre os principais tratamentos estão a quimioterapia, radioterapia, hormonoterapia e cirurgia, que podem incluir a remoção do tumor ou mastectomia - retirada completa da mama. Os meses de tratamento, dependendo do caso, podem ser longos e, muitas vezes, mexem com a autoestima da mulher - já que pode haver queda de cabelo e pele ressecada, no caso da quimioterapia.

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De acordo com Natália Brezinski, fundadora da Lieve, empresa de cosméticos que busca fazer produtos de beleza que melhoram o bem-estar e a autoestima de pacientes oncológicos, alguns produtos, como os de sua marca, são pensados em impulsionar a autoestima dos pacientes, que devido ao tratamento, podem ser infligidos a perda de cabelo ou problemas dermatológicos.

"Nossas fórmulas foram estudadas com base neurocientífica para trazer experiências sensoriais prazerosas durante os momentos de auto cuidado com a pele. São texturas inovadoras, que se fundem na pele de maneira extremamente delicada, aveludado, que age como uma carícia e higieniza, hidrata e restaura a barreira cutânea", relata Natália.

Complemento a outros tratamentos

Investir em cosméticos e atividades complementares pode ser ótima alternativa para a mulher se sentir mais feliz e confiante para enfrentar a doença. Quanto mais força de vontade a paciente apresenta, maior são as possibilidades dela se recuperar logo.

"No estudo intitulado The use and perceived benefits resulting from the use of complementary and alternative medicine by cancer patients in Australia, 80% dos pacientes reportaram que os tratamentos complementares podem ser benéficos à saúde, mesmo quando a eficácia de alguns deles não tenha sido comprovada. Esse levantamento mostrou que o estado mental positivo levava a uma melhora do quadro clínico dos pacientes, que sentiam menos dor ou incômodo durante as práticas médicas de químio e radioterapia", complementa Natália.

Além disso, apostar no uso de uma linha completa de cosméticos desenvolvidos exatamente para pessoas que enfrentam o câncer, pode diminuir as dificuldades dos tratamentos comuns, que podem estar envolto em dores e desconforto. "Certamente esses pequenos momentos de felicidade distribuídos ao longo do dia durante as rotinas de cuidados com a pele, o banho, a preparação para dormir e até para relaxar podem beneficiar enormemente os pacientes em qualquer fase do tratamento da doença", ressalta.

A fisioterapeuta Roberta Perez, especializada na área cardiorrespiratória, tinha a vida profissional com que sonhou, mas às custas do abandono da saúde e do autocuidado, como ela conta. “Estava há anos sem ir ao médico, só me consultava quando caía gripada entre um plantão e outro. Vivia um estresse constante, me alimentava super mal e tinha péssimos hábitos”. 

Mas, ao ler uma publicação na internet, de uma conhecida contando que estava com câncer de mama aos 26 anos, ela ficou assustada. “Decidi que marcaria alguns médicos. Enrolei muito e fazia o autoexame como forma de me sentir menos culpada, mas esse gesto fez toda a diferença na minha vida.”

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Um dia ela sentiu um nódulo. “Na mesma hora acendeu o alerta. Procurei um mastologista que, na avaliação, por eu ser jovem e sem histórico familiar, não se preocupou tanto com o caso, mas levou em consideração a minha angústia e pediu uma biópsia. Foi assim que descobri um câncer de mama aos 27 anos.”

Durante o tratamento de quimioterapia, em 2016, ela decidiu que mudaria de hábitos. “Comecei a caminhar na quinta sessão e terminei a 16ª sessão com corrida de 8 quilômetros. Descobri na atividade física uma maneira de me empoderar como paciente e de esquecer um pouco dos problemas.” 

Ela fez a mastectomia bilateral e três cirurgias nas mamas. Também teve um tumor benigno no ovário, que resultou na perda do órgão e de uma trompa. “Tive depressão pós-tratamento, porque me sentia perdida e não me encaixava mais na vida que eu tinha. Compreendi que o maior desafio que já enfrentei era o propósito da minha vida e, em 2018, fiz uma transição de carreira e comecei a trabalhar na causa do câncer”. Hoje, aos 33 anos, ela é empreendedora na causa do câncer e fundadora do Portal Vai por mim, que oferece acolhimento e informação aos pacientes de câncer. 

Roberta conta que, como não queria ter filhos, optou por não congelar óvulos. Além disso, e por conta do tratamento e com os problemas ginecológicos, os médicos a alertaram, em 2020, que ela não teria condições de engravidar. “Não sei se me impressionei com a notícia, mas sonhei que tinha uma filha chamada Helena. Três meses depois desse sonho, tentando evitar uma gravidez, engravidei de forma natural. Optamos por descobrir o sexo apenas no parto, e no dia 12 de setembro de 2021 meu sonho virou realidade e dei à luz a minha sorridente Helena.”

Sintomas

O nódulo, como o que a Roberta encontrou no autoexame, é um dos sintomas do câncer de mama. Qualquer alteração notada na palpação ou autoexame das mamas como nódulos e áreas endurecidas são sinais que devem ser investigados. Outros sintomas são: alterações no formato da mama como abaulamentos, inversão do mamilo e retração de pele. Saída de secreção transparente ou com sangue pelo mamilo, já as secreções amareladas, esverdeadas ou amarronzadas tendem a ser benignas. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.

Há vários tipos de câncer de mama. Enquanto alguns tipos têm desenvolvimento rápido, outros crescem lentamente. O câncer de mama apresenta vários estágios da doença, que variam desde tumor inicial microscópico, tumores acometendo toda a mama, e tumores que invadem outros órgãos, como tecido linfático, fígado, pulmão e ossos. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. 

A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e precocemente, apresentam boa evolução, mas cada um deve ser avaliado individualmente. “O tratamento do câncer de mama apresenta diversas etapas, o objetivo é destruir o tumor atual, evitar que células tumorais se espalharem para outros órgãos e reduzir as chances do tumor voltar no futuro. O tratamento inicia-se pela quimioterapia ou pela cirurgia; algumas caraterísticas tumorais irão guiar o mastologista nessa decisão”, explica a mastologista e ginecologista Laura Penteado, também obstetra e diretora clínica da Theia, clínica centrada na saúde da gestante, que utiliza tecnologia para revolucionar a saúde da mulher.

Mamografia

A detecção precoce, que pode ser feita por meio da mamografia, é o principal exame para rastrear pacientes sem sintomas aparentes, explica a médica especialista em radiologia mamária, Maria Helena Louveira, também professora da Escola Brasileira de Medicina. 

“O exame de mamografia é o principal e o único eficaz nos rastreamentos do câncer em pacientes assintomáticas. Embora tenhamos muitos estudos em desenvolvimento e novas tecnologias na busca pelo câncer, ainda assim, a mamografia é o principal método. Sabemos que existe um certo desconforto em relação à compressão das mamas no equipamento, porém, é um desconforto rápido, que dura em torno a três segundos, algo bem tolerável”.

A especialista reforça que o benefício supera o incômodo. “Mesmo com esse incômodo momentâneo, pois a mama é um órgão sensível mesmo, o benefício é infinitamente maior ao fazer o exame e, eventualmente, detectar um câncer e, com isso, salvar vidas. A dica é nunca deixar de fazer o exame e buscar sempre a prevenção precoce, pois ela salva”.

Quando diagnosticado no início, a taxa de cura do câncer de mama é alta. “Se diagnosticado precocemente, o câncer de mama apresenta uma alta taxa de cura, mais de 90% em cinco anos”, completa a mastologista Laura Penteado. Iniciado logo após o diagnóstico, o tratamento aumenta a sobrevida e as chances de cura da paciente.

A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco. O Ministério da Saúde recomenda mamografia de rastreamento a partir dos 50 anos e anual a partir dos 35 anos para mulheres de alto risco. Mas, a mamografia diagnóstica, aquela que é solicitada para elucidação de alterações palpáveis, deve ser realizada em qualquer idade sempre que necessário.

Em casos específicos, porém, o mastologista pode recomendar outros exames além da mamografia. “Atualmente, com os avanços da tecnologia, alguns centros oferecem a tomossintese, um exame 3D que apresenta maior sensibilidade e deve ser realizado em conjunto com a mamografia - exame 2D - sempre que possível. Para as mulheres que apresentam alto risco para a doença, também realiza-se a ressonância magnética das mamas como exame de rotina. O ultrassom é indicado como rastreamento somente em alguns casos específicos, como o de mamas muito densas”, completa a mastologista Laura Penteado.

Histórico familiar

Dois ou mais parentes de primeiro grau (pais, irmãs ou filhas) ou de segundo grau (neta, avó, tia, sobrinha, meio-irmão) com câncer de mama e/ou de ovário já indicam alto risco para câncer de mama. Ou seja, o histórico familiar é um indicativo para começar a prevenção o quanto antes. 

É o caso da Ana Clara Varela, modelo e influenciadora digital, de 30 anos. Em 2010, a mãe dela teve câncer na faixa dos 40 anos, e na mesma época ela havia descoberto dois nódulos chamados tumor filoide. A mãe se tratou e ela fazia os exames anualmente. “A cada ano um nódulo novo aparecia, totalizando oito nódulos benignos e devidamente acompanhados. Não quis tirar pois sempre tive medo de cirurgias”.

Apesar da vida regrada e de praticar esportes desde 2019, a rotina da modelo ficou paralisada com o início da pandemia. “Em maio de 2020 eu havia engordado 10 quilos e resolvi voltar a minha rotina de esportes e dietas. Procurei uma clínica de medicina do esporte e fiz uma série de exames. Na hora de realizar o ultrassom, avisei ao médico que havia oito nódulos que eram acompanhados pela minha mastologista. E aí ele achou o nono, disse que era diferente dos outros e que era para eu acompanhar. Como já tinha o caminho das pedras, peguei o atalho e fui direto fazer a biópsia”, conta.

“Com 28 anos fui diagnosticada com carcinoma invasivo do tipo não especial (Luminal B). Origem completamente hormonal pela produção exacerbada de estrogênio. Descobri tão no início que não precisei de quimioterapia e nem radioterapia. Após a cirurgia, fui direto para o Tamoxifeno, que é um tratamento complementar via oral. Graças ao diagnóstico precoce, as chances de cura aumentam até 90%! Meu nódulo não era palpável, somente os exames de rotina poderiam detectá-lo”.

Diagnosticada no primeiro ano da pandemia, ela conta como foi se tratar na época. “Todo o processo até a cirurgia foi muito delicado, pois eu não poderia me contaminar em hipótese alguma devido a minha imunidade baixíssima. Mas, fiz todo o processo, operei e dois dias depois fui pra casa”. Ana fez a adenomastectomia bilateral com reconstrução imediata das mamas, cirurgia para mulheres que necessitam de mastectomia, mas que possuem a pele livre para a realização de uma reconstrução mamária imediata. 

“Mulheres com histórico familiar de câncer de mama são consideradas pacientes de alto risco para desenvolver o tumor e por isso necessitam de um acompanhamento e de uma investigação mais detalhada. Recomenda-se que essa mulher realize ressonância magnética anual após os 25 anos e mamografia após os 30 anos. Geralmente, em famílias com mutações genéticas que favorecem o aparecimento do câncer de mama (por exemplo, mutação BRCA 1 e 2) o tumor tende a surgir em idade mais precoce do que nas gerações anteriores”, alertou a mastologista.

Prevenção

Para o câncer de mama existe a prevenção primária, ou seja, reduzir os riscos de surgimento da doença, a qual está muito correlacionada com os fatores hormonais da mulher. “Ter filhos, amamentar, não usar anticoncepcional hormonal, não realizar terapia de reposição hormonal são fatores protetores para as mulheres”, explica a mastologista. Já a prevenção secundária são exames de rastreamento para detecção precoce da doença. 

Ela explica como se dá o fator protetivo da amamentação. “Quando você tem filhos e amamenta, estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e pela alteração hormonal da gestação, o que acaba protegendo a mama contra alterações celulares cancerígenas”.

“Quanto à reposição hormonal na menopausa, outro fator que predispõe ao câncer de mama, ela aconselha a usar com muita parcimônia. “Em alguns casos a mulher tem muita sintomatologia e realmente necessita de uma reposição hormonal, mas os casos tem que ser individualizados, porque está correlacionado com o aumento de câncer de mama. Principalmente as mulheres que têm alto risco familiar para desenvolvimento de câncer de mama, precisa ser muito bem ponderado o uso da reposição hormonal”.

Para as mulheres que optam por não ter filhos, ela recomenda a prevenção secundária, mas alerta. “Realizar mamografia todo ano não vai impedir que a doença apareça, mas aumenta a chance de detectar tumores em estágios precoces, o que aumenta a cura”.

Hábitos saudáveis são protetores

Os hábitos saudáveis também são protetores e auxiliam a reduzir o risco do câncer de mama, assim como de outras doenças. “A ingesta de bebida alcoólica, o sobrepeso e a obesidade, o sedentarismo e a exposição à radiação ionizante são fatores correlacionados a aumento de taxas da doença. Assim, reduzir a ingestão de álcool, praticar atividade física e ter uma alimentação saudável para manter-se em um IMC [índice de massa corpórea] adequado são hábitos recomendados para evitar a doença”.

A médica explica como a obesidade está correlacionada a um aumento do câncer de mama. “As células de gordura produzem estrogênio. Então a mulher obesa tem mais estrogênio circulante e a gente sabe que alguns tipos de tumores de câncer de mama se alimentam desses hormônios. Então quanto maior o nível, maior a predisposição aos surgimentos de câncer de mama”.

Manter atividade física regular e a alimentação saudável reduzem os riscos de aparecimento de cânceres e diminui também outras doenças como hipertensão, diabetes e tumores. 

Por isso, desde o surgimento do câncer de mama, a fisioterapeuta Roberta Perez não se descuidou mais. “Embora biologicamente eu esteja curada, uma vez que você descobre a doença, nunca mais sua vida será igual. E quanto mais jovem você descobre, mais chance você tem de desenvolver o câncer de novo. Hoje, faço acompanhamento anual. Mudei péssimos hábitos que tinha e, quando vou à academia vejo como parte do tratamento. Quando me alimento bem e, de forma saudável, faz parte do meu cuidado. Sempre temos uma atenção especial quando se descobre uma doença como essa. Agora, vou fazer uma renovação dos meus exames genéticos, pois está muito avançada a pesquisa genética, para ver se tenho alguma mutação e, assim ajudar meus familiares de primeiro grau, mãe e irmã”.

Impacto da pandemia

Revista Brasileira de Cancerologia de julho de 2022, apontou dados em relação à falta de busca das mulheres pela mamografia durante a pandemia. O Data SUS, que é o sistema de informação dos exames realizados pelo sistema único de saúde, revelou um déficit de mais de 1,7 milhões de mulheres que deixaram de fazer o exame em 2020 com relação a 2019. Essa queda significa quase 40% no número de exames realizados em pacientes assintomáticas (mamografias de rastreamento) em 2020 em comparação a 2019, enquanto, em pacientes sintomáticas, ou seja, com alguma queixa clínica relativa às mamas, a redução foi em torno de 20% nesse mesmo ano.

“Além do aumento na incidência, é preciso dizer que o câncer de mama é uma doença evolutiva. A falta de diagnóstico e de tratamento precoce reflete em menores chances de cura e em tratamento mais complexo e agressivo. E aquele grupo de mulheres que apresentou sintomas suspeitos de câncer mamário durante a pandemia, e que tiveram seu atendimento e diagnóstico atrasados, provavelmente sofreram com o avanço da doença, que pode ter alterado seu estadiamento) processo para determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa) e, eventualmente, também sua expectativa de vida”, lamenta a especialista em radiologia mamária Maria Helena Louveira. 

Conselhos

A modelo Ana Clara ainda dá o seu conselho para as mulheres jovens. "Mulheres, se toquem! Conheçam seu próprio corpo. Não tenham medo de investigar algo incomum por conta do resultado. Sua vida, sua saúde estão a um toque de distância! O diagnóstico precoce aumenta em 90% das chances de cura! Idade não é regra e autocuidado nunca sai de moda".

A fisioterapeuta Roberta Perez também tem seu conselho. “Quanto mais jovem, temos em nosso subconsciente que vamos morrer velhinhos, e isso dá uma margem para certas prioridades, como colocar trabalho na frente de saúde, lazer na frente de autocuidado, e isso não pode. Aos 27 anos, era muito imatura, workaholic [alguém que trabalha muito], e sei que, parte do meu câncer ter sido diagnosticado em fase avançada se deve a isso. Estava há quatro anos sem ir ao médico e acabei negligenciando meu cuidado. Mulheres, a dica que dou, eu que passei por isso é, revejam suas prioridades, olhem com carinho para você emocionalmente e fisicamente. Olhar para a finitude pode levar à reflexão de como estamos vivemos e sempre é hora de mudar”.

Para a especialista em radiologia mamária, Maria Helena Louveira, as campanhas de conscientização, como as relacionadas ao Outubro Rosa, têm contribuído de forma significativa para difundir informações verdadeiras acerca do câncer de mama, e têm influenciado positivamente as mulheres na busca do exames de mamografia. 

“Temos que incentivar a busca pelos exames de detecção, mas, antes disso, fortalecer os vínculos entre as mulheres, para que olhem para suas companheiras  - tias, mães, irmãs que estão desassistidas - e insistam para que falem o que sentem, se percebem algo suspeito em suas mamas, algum nódulo palpável que passou despercebido, para que procurarem o atendimento médico o quanto antes”, aconselha.

Alto risco para câncer de mama

- Dois ou mais parentes de primeiro grau (pais, irmãs ou filhas) ou de segundo grau (neta, avó, tia, sobrinha, meio-irmão) com câncer de mama e/ou de ovário; 

- Câncer de mama antes dos 50 anos (pré-menopausa) em um parente de primeiro grau;

- História familiar de câncer de mama e de ovário;

- Um ou mais parentes com dois tumores (de mama e de ovário ou dois tumores mamários independentes);

- Parentes do sexo masculino com câncer de mama.

Para marcar o Outubro Rosa, mês de prevenção ao câncer de mama, a Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres de Paulista inicia nesta sexta-feira (7), às 8h, ações voltadas para o tema que, apesar de ser uma questão de saúde, o combate à violência contra a mulher também é uma preocupação.

A programação começa com a atividade de panfletagem Basta de Violência, no semáforo ao lado do Terminal Integrado Pelópidas Silveira, na PE-15, no sentido Paulista/Olinda. A campanha do mês prevê também palestras, mamografia, maquiagem, limpeza de pele, e a saída do Bloco Xingou, Bateu… É Penha!.   

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“Nós da Secretaria da Mulher iremos realizar vários eventos voltados para o Outubro Rosa, pois dentro da perspectiva do combate ao câncer de mama, o enfrentamento à violência contra a mulher também está relacionado, pois ela  agrava o risco de não detecção precoce, o que é um fator de risco para o câncer”, declarou a secretária-executiva de Políticas para as Mulheres, Bianca Pinho Alves.   

Confira a Programação do Outubro Rosa da Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres:   

Dia 07/10 - Ação de panfletagem Basta de Violência, no semáforo ao lado do Terminal Integrado Pelópidas Silveira, na PE-15, no sentido Paulista/Olinda;  Horário: 8h 

Dia 11/10 - Palestras sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, serviços gratuitos como limpeza de pele, maquiagem, e serviços de saúde, como mamografia, dentre outros. Encontro será na Unidade de Saúde da Família (USF) Paratibe II;   Horário: 9h 

Dia 21/10 - Saída do Bloco Xingou, Bateu… É Penha!, com concentração na Rua Siqueira Campos, Centro do Paulista.

*Da assessoria 

De 6 a 15 de outubro, o Internacional Shopping e o Centro de Diagnóstico (CEPAC) vão promover a campanha “Cuidando delas – A prevenção não pode esperar”, oferecendo exames gratuitos voltados para o cuidado com a saúde e o diagnóstico precoce do câncer de mama.

A iniciativa celebra o Outubro Rosa, mês que visa a conscientização sobre a doença, e é destinada para mulheres com mais de 40 anos. Para participar, basta realizar o agendamento no aplicativo do Internacional Shopping e levar dois quilos de alimento não perecível no dia, que serão doados à Fundação Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). Os exames serão realizados aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 17h, com cerca de 100 atendimentos por dia.

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O movimento "Outubro Rosa" surgiu na década de 1990, quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure definiu o laço cor-de-rosa como símbolo da prevenção ao câncer de mama e o distribuiu como símbolo de conscientização na primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA).

Serviço - Carreta da Mamografia

Até dia 15 de outubro

Local: Em frente ao Internacional Shopping, na entrada da Smart Fit

Horário: Sábados, domingo e feriados, das 8h às 17h

O Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, está promovendo nesse período de outubro rosa a campanha “A Beleza de se cuidar”, que incentiva mulheres priorizem a prevenção e o diagnóstico, além de divulgar informações e desfazer preconceitos em relação ao câncer de mama, além de disponibilizar mamografia gratuitas.

De acordo com o centro, o tema foi escolhido devido, para incentivar as mulheres a buscarem, como prioridade, os cuidados com a saúde, por meio de tratamentos e exames que levem à prevenção, não significa que procedimentos estéticos, que provocam o aumento da autoestima, precisem ser deixados de lado. “Mas a real beleza vai muito além do que é visual, e, portanto, do superficial. A plenitude do bem estar, da beleza feminina, vem com a comprovação de um bom estado de saúde”, enfatiza a radiologista Mirela Ávila.

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Entre as ações sociais da campanha deste ano, será disponibilizado um total de 140 mamografias gratuitas, assim distribuídas: 40 exames para a Casa Rosa; 40 para as comunidades atendidas pelo Instituto JCPM; mais 20 para a Sociedade Brasileira de Mastologia/Regional Pernambuco, que fará uma ação junto ao Recife Tênis, além de outras 20 mamografias para a Sociedade Regional de Oncologia. Na comunidade do Coque e também no Ceasa, a ação promovida, em parceria com o Instituto Cristina Tavares, prevê a realização de outros 20 exames.

No dia 15 de outubro, a Prefeitura de Guarulhos vai fazer um mutirão do exame Papanicolau das 8h às 16h, nas Unidades Básicas de Saúde do município. Para participar é necessário fazer agendamento na UBS mais próxima.

O Papanicolau é o principal método para detectar lesões e ter o diagnóstico do câncer do colo do útero, antes que a mulher apresente sintomas. A realização periódica permite que o tratamento comece na fase inicial do câncer, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade da doença, que hoje representa o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres no Brasil. O exame também pode ser realizado durante a semana na UBS de referência da paciente.

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  Além disso, no mês de outubro os serviços de saúde disponibilizarão informações em cartazes, exibirão vídeos educativos, promoverão rodas de conversa, caminhadas e orientações por meio de palestras realizadas nas salas de espera sobre prevenção do câncer de mama e do colo do útero e violência doméstica. 

Confira o endereço das UBSs de Guarulhos em: www.guarulhos.sp.gov.br/unidades-basicas-de-saude-ubs

O câncer de mama continua sendo um dilema de saúde pública mundial e atualmente é o tumor mais comum no mundo e o mais letal no Brasil. Doença superou o câncer de pulmão como o mais comumente diagnosticado no mundo, de acordo com o relatório mais recente publicado no Cancer Journal for Clinicians, que estima que houve cerca de 2,3 milhões de novos casos em 2020, representando 11,7% de todos os novos casos de câncer. Para o Brasil, estimam-se que 66.280 casos novos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

A conscientização sobre o câncer de mama – através de campanhas mundiais como o Outubro Rosa –, a atenção do público e os avanços nas imagens da mama tiveram um impacto positivo no reconhecimento e na triagem do tumor. Dentre todas as doenças malignas, o câncer de mama é considerado uma das principais causas de morte em mulheres na pós-menopausa, sendo responsável por 23% de todas as mortes por câncer. Boa parte desse número, causada pelo diagnóstico tardio e a negligência com a checagem clínica do próprio corpo, mas principalmente das mamas.

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Mudanças no estilo de vida das mulheres tendem a aumentar os fatores de risco da doença, associado a ocorrências como a ausência da maternidade, realização de intervenção hormonal, a maternidade após os 30 anos de idade; bem como maus hábitos, a exemplo do sedentarismo, da má alimentação, obesidade, tabagismo e consumo de álcool em excesso, além do histórico familiar de câncer, sendo a idade o principal fator de risco para o diagnóstico do câncer de mama, no qual a faixa etária de incidência é mais frequente em mulheres acima dos 40 anos, segundo estudo de especialistas em Saúde Coletiva da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) de 2015.

A radiologista Mirela Ávila, confirma o perfil das que contraem a doença, mas ressalta que o fator hereditário e o histórico familiar acometem uma porcentagem menor de mulheres no país.

“No Brasil, uma em cada oito mulheres terá câncer de mama ao longo da vida. Infelizmente, cerca de metade dos casos no país ainda é diagnosticada numa fase mais avançada da doença. A principal faixa etária de acometimento do câncer de mama é entre 50 e 70 anos de idade. Sendo que em torno de 20% a 30% ocorrem abaixo dos 50 anos. É bem mais raro antes dos 35 anos. História familiar de câncer em parentes de primeiro grau é um fator de risco importante a ser considerado, porém apenas 10% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama possuem algum antecedente na família”, explicou Ávila ao LeiaJá.

Há 11 dias no Outubro Rosa, médicos especialistas, famílias e a saúde coletiva no geral tentam entregar aos lares brasileiros o incentivo à prevenção, que teve redução drástica durante a pandemia. Segundo levantamento da Fundação do Câncer, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), houve queda de 84% no número de mamografias feitas no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, em comparação ao mesmo período no ano anterior. A ONG Oncoguia estima que a pandemia pode ter deixado 4 mil casos sem diagnóstico no país, considerando que cerca de um milhão de mulheres deixaram de fazer exames preventivos.

“A prevenção é a chave para uma vida saudável, para um diagnóstico precoce e consequentemente, tratamentos menos agressivos e maiores chances de cura e controle eficaz da doença. O Outubro Rosa vem para reforçar todos os anos a importância desse autocuidado, disseminando informações, ampliando o acesso à exames clínicos e de imagem para muitas mulheres e fortalecendo diversas ações sociais”, reafirma a radiologista.

Abaixo, a reportagem preparou a continuação da entrevista com a especialista convidada, a fim de tirar dúvidas gerais de interesse público sobre o câncer de mama. Acompanhe:

– Mirela Ávila, médica radiologista e especialista em diagnóstico por imagem da mama

LJ: A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama ainda são práticas pouco exercidas pela população? Caso sim, o que afasta essas pessoas do tratamento correto e desde cedo?

MA: Sim, infelizmente ainda vemos muita resistência às medidas de prevenção, porque na verdade, são hábitos que devem ser incorporados desde os primeiros meses de vida. A prevenção do câncer de mama se faz por duas vias, uma primária, que se constitui na atitude de adotar uma vida saudável, como praticar atividades físicas regulares, alimentação equilibrada, dormir bem, não fumar, não exceder a ingestão alcoólica. Isso significa buscar uma atitude positiva consigo mesmo durante toda a vida.

A prevenção secundária é a busca ativa pelo câncer, através de exames, incluindo o autoexame mensal, que permite a percepção pela própria pessoa de sinais de alerta nas mamas, e os exames de imagem (mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética), que podem identificar a doença nas fases iniciais, quando as chances de cura são elevadíssimas, chegando a 95%. Infelizmente grande parte das mulheres diagnosticam a doença em fase mais avançada, levando a tratamentos mais agressivos e reduzindo as chances de cura.

LJ: Quais os maiores mitos relacionados à prevenção? Há algum tipo de preconceito?

MA: A ideia de que a prevenção vai anular a chance de ter um câncer é o maior mito de todos. As medidas de prevenção reduzem sim as chances de desenvolver um câncer ou de detectá-lo em estágios avançados. Porém não podemos assumir que as medidas de prevenção constituem uma garantia de que a doença não vai ocorrer, mas vai proporcionar uma situação bem mais favorável para a cura.

O oposto também é um mito comum, quando muitos dizem que não existe prevenção ao câncer de mama. As medidas de prevenção reduzem em até 30% as chances de desenvolver o câncer. Por outro lado, existem ainda aquelas pessoas que por um medo incontrolável, preferem pensar que é melhor não procurar pelo câncer, e não realizam o autoexame ou exames de imagem, “pra não achar o que não quer”. Este é um dos maiores preconceitos, e representa uma omissão perigosa para a mulher.

LJ: Qual a forma correta de autoexaminar?

MA: O autoexame não deve seguir um padrão para todas as pessoas e não deve representar mais uma obrigação estressante. O importante é que cada uma conheça seu corpo para poder perceber caso uma alteração diferente apareça. O ideal é realizar uma inspeção mensal, e naquelas que menstruam, fazer logo após a menstruação.

LJ: No autoexame, quais sinais podem indicar a existência de um problema? A qual profissional recorrer?

MA: As principais alterações são alterações da forma dos seios, como retração da pele ou do mamilo, nódulo palpável e saída de secreção pelo mamilo. Ao perceber qualquer alteração, não se desespere, é comum ocorrerem modificações cíclicas nas mamas e que não representam patologias. Mas é fundamental procurar um médico especialista para avaliar o problema, ginecologista ou mastologista, de preferência.

LJ: Homens (cis) devem fazer checagem de rotina? Como trazer esse público para a realidade da prevenção?

MA: O câncer de mama no homem pode ocorrer, mas é muito raro, portanto, não há necessidade de que esse grupo realize rastreamento de rotina com exames de imagem. Porém é importante que o homem procure avaliar suas mamas periodicamente, através de uma palpação simples, e ao perceber alguma alteração, deve buscar atendimento com um especialista, de preferência um mastologista.

LJ: Quais são os exames diagnósticos para o rastreamento do câncer de mama? Quando devemos realizá-los?

MA: Em geral, é recomendado o rastreamento com mamografia anual a partir dos 40 anos e que vai se mantendo até a idade em que a mulher deixe de ter uma expectativa de vida maior. Aquelas mulheres que possuem fatores de risco, como antecedente familiar de câncer de mama ou ovário em parentes de primeiro grau, ser portadora de mutações genéticas, ter passado por tratamento com irradiação do tórax antes dos 30 anos, o rastreamento deve ser mais intenso e precoce, podendo iniciar antes dos 30 anos de idade. Nessas mulheres são adicionados outros métodos complementares, como a ressonância magnética e a ultrassonografia.

Desde o surgimento do mundo, as expressões artísticas codificaram a história da humanidade. A natureza, os afetos e as paisagens foram fortemente representados a partir da perspectiva masculina. Com a necessidade de trazer protagonismo de  diversos grupos sociais, as mulheres passaram a refletir e produzir arte. O Cais do Sertão, tendo como mote o Outubro Rosa, que traz à tona a discussão sobre o feminino, convida a desenhadora e jornalista Dani Acioli para live. A artista discute A feminista obra de uma desenhadora, no quadro Conexão Cais, nesta quarta-feira (28), às 15h, no Instagram do museu.

Dani se coloca como feminista e trabalha todo o seu universo por intermédio da linguagem figurativa com forte inspiração na xilogravura e no cordel - expressões fortes no interior de Pernambuco. Entre tecidos, madeiras e cores, o seu trabalho ganha forma por abordar o feminino, o pudor, o erotismo e a opressão. Todo esse processo criativo será apresentado e analisado por ela na conversa mediada pela coordenadora de Conteúdo do Cais, a jornalista Clarice Andrade.

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Em um cenário dominado pelas produções masculinas, torna-se difícil trazer ao centro outras perspectivas do ofício artístico. Para Dani, o mercado ainda é desigual para as mulheres. "Em um mundo pautado pelo endeusamento da visão masculina, trazer à tona as experiências femininas com o erotismo, a religião e os afetos, infelizmente, é uma tarefa que ainda encontra muita resistência. Faz-se necessário a luta persistente em ocupar um lugar que é nosso", defende a artista.

O trabalho visual de Dani nos últimos anos chegou à Europa, ganhando visibilidade em galerias de arte em Lisboa, com as exposições No Meu lugar, o que você faria e Histeril. No Recife, entre outros trabalhos, ela coordenou o Projeto Anexo e a Mostra Cultural BR Shopping Recife.

*Da assessoria

A partir da campanha Outubro Rosa, o décimo mês do ano passou a ser referência na prevenção ao câncer de mama. Embora os tumores malignos acometam mais de 66 mil mulheres a cada 12 meses em todo o Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 90% dos casos têm possibilidade de cura.

Um dos tratamentos para este tipo de câncer é a mastectomia. A cirurgia que retira parte ou toda a mama para os tumores deixarem de agir no local, é considerada uma das mais eficazes na eliminação da doença. No entanto, a mutilação do corpo pode fazer com que as mulheres não assimilem a agressividade do procedimento cirúrgico e possam desenvolver problemas relacionados à autoestima. Para amenizar as mazelas trazidas pelas cicatrizes, algumas técnicas paramédicas e artísticas, como a micropigmentação da pele ou a tatuagem, são recursos utilizados por pacientes que buscam o conforto e a recuperação completa da doença.

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Acometida pelo câncer de mama, a professora Joana D’Arc Vieira Botini, 68 anos, procurou o método estético para elevar a autoestima. Segundo ela, o cirurgião que realizou a mastectomia foi quem lhe indicou a micropigmentação na auréola do seio. Para Joana, a manutenção da aparência foi a etapa final do processo clínico. "Foi o último procedimento da conclusão da mastectomia, como um recurso de identificação mais próxima e possível da minha mama verdadeira, de personalidade, de quem eu sou e de como nasci como mulher", declara a educadora. "Muitas pessoas tem vergonha de expor sua mama faltando a auréola, e esse procedimento ajuda a aumentar a autoestima de quem se submeteu a uma cirurgia", complementa.

A professora Joana D’Arc Vieira Botini | Foto: Arquivo Pessoal

A responsável pela aplicação do recurso estético em Joana foi a especialista em micropigmentação Deise Damas, 44 anos. De acordo com a esteticista e professora, o método redesenha cores e contornos originais do mamilo. "Implantamos o pigmento numa camada bem superficial da pele. O trabalho é simular ao desenho do mamilo, podendo ser feita quando há ou não alguma parte dele", destaca a profissional. "O pigmento é específico para este procedimento, pois as cores devem ser parecidas com as dos mamilos naturais", complementa Deise.

O procedimento

De acordo com a especialista Deise, o método não é invasivo e não aponta riscos para a saúde. "São feitas duas sessões que levam uma hora e meia cada. O procedimento deve ser repetido em média a cada dois anos", aponta. "O pós é muito tranquilo, exigindo apenas que a paciente evite fontes de calor".

O procedimento de micropigmentação | Foto: Divulgação / Deise Damas

A profissional ainda destaca que pacientes sem recursos financeiros para pagar pela micropigmentação podem procurar o estúdio, passar por uma avaliação e agendar horário para ser uma das contempladas do mês e ter o recurso paramédico aplicado na área afetada pela mastectomia. "É um benefício para quem não pode pagar pelo procedimento, normalmente pacientes do Sistema Único de Saúde [SUS]. Sempre é feito com autorização médica por escrito após a cicatrização da cirurgia", explica Deise.

Tatuagem

Assim como no documentário "The Dazzling Dozen" (2020), da revista estadunidense Inked, especializada em tatuagens, a securitária Ana Claudia Armando, 53 anos, buscou no desenho uma solução para marcar, de forma definitiva e criativa, as batalhas contra o câncer. Embora tivesse outros dois desenhos na pele, ela tinha receio em cobrir as cicatrizes da cirurgia. "Quando soube do projeto, fui pesquisar um pouco mais sobre o trabalho deles e me apaixonei tanto pela ação em si, quanto pela arte que eles fazem. O resultado não poderia ser diferente: ficou maravilhoso", comemora Ana.

A securitária Ana Claudia Armando | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a paciente, o que poderiam ser sinais considerados feios, virou arte e graça. "Foi um período que eu tinha que passar e passei com força, fé e coragem, mas que deixaram marcas incômodas. Elas relembram a parte feia da experiência e foi isso que o Gabriel transformou em beleza", enfatiza.

O artista

O tatuador Gabriel Nanni, 23 anos, foi o escolhido por Ana Claudia para cobrir as marcas do procedimento cirúrgico. Segundo ele, que é um dos responsáveis pelo estúdio Nanni Ink Tattoo & Art, em Campinas (SP), a inspiração para contribuir com as pacientes de câncer de mama veio após o relato de uma pessoa próxima emocionar ele e a sócia, a artista plástica e tatuadora Stella Nanni, 48 anos.

De acordo com Nanni, o testemunho fez com que o trabalho artístico se tornasse apoio para vítimas da mutilação causada pelas cirurgias. De lá para cá, a família Nanni já ilustrou 40 cicatrizes de maneira gratuita. "Como não temos patrocínio, temos que nos dividir entre nosso estúdio, tatuando e cobrando normalmente, mas a atividade de cobrir as cicatrizes que fazemos gratuitamente", pondera o artista.

A tatuagem feita no seio de Ana Claudia | Foto: Nanni Ink / Tattoo Truck Tour

De acordo com Nanni, o trabalho vai além da chance de dar um alento às vítimas de câncer de mama. Para ele, a iniciativa também trouxe uma valorização maior do próprio trabalho. "Sempre nos questionamos se nossa arte ajudaria as pessoas, e neste projeto nos encontramos. A satisfação em poder mudar a vida de alguém que passou pelo câncer, não tem como descrever".

Ainda segundo o artista, que participou da ação Tattoo Truck Tour, em parceria com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no Outubro Rosa, o talento empregado nos desenhos é fundamental para ampliar a aplicação da técnica entre as vítimas do câncer de mama. "É importante o maior número possível de mulheres saber que existe essa possibilidade, não só de fazer a reconstituição do mamilo com uma tatuagem 3D, como de fazer outro desenho por cima da cicatriz", conclui o Nanni.

A Prefeitura de Olinda realizará, nesta sexta-feira (15), uma ação para ressaltar os cuidados do combate ao câncer de mama, exaltando a campanha do Outubro Rosa, que é promovida anualmente no Brasil. O evento inicia às 8h na Avenida Marcos Freire, próximo ao antigo Quartel do Exército, na Orla de Bairro Novo. 

Além de exames de mamografia, realizados para identificar a presença ou não do câncer de mama nas mulheres, a ação conta com exames para HIV, Sífilis, testes de Covid-19 e consultas na área de clínica geral. Nas atividades também estão inseridas danças, alongamento e orientação nutricional. 

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No Brasil, conforme publicado pelo Instituto Nacional do Câncer, existe a estimativa de 66.280 mil novos casos de câncer de mama em mulheres neste ano. 

A campanha Outubro Rosa, direcionada ao câncer de mama, é um importante alerta para as mulheres, maiores afetadas pela doença, fazerem exames preventivos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o problema é o segundo que mais atinge o sexo feminino em todo o mundo e, no Brasil, cerca de 66 mil novos casos são diagnosticados por ano. No entanto, o que grande parte das pessoas não sabe é que os bichinhos de estimação podem sofrer com o câncer de mama.

Entre cães e gatos, por exemplo, o maior número da incidência do problema também acomete as fêmeas. Segundo o professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Guarulhos (UNG), Renato Dalcin, cadelas e gatas são as grandes vítimas dos tumores malignos que podem se alastrar para outras partes do corpo dos pets.

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“Nas fêmeas caninas é de aproximadamente 70% e em gatas, cerca de 90% são malignos que podem se disseminar para sítios metastáticos como linfonodos regionais e pulmão, principalmente”, declara Dalcin, que acrescenta os machos nos dados.

“Machos de ambas as espécies raramente apresentam essa enfermidade, apenas 1%”, cita o professor.

Ainda segundo o especialista, a atenção dos donos deve ser redobrada a partir da meia idade das cadelas e a partir dos dez anos das gatas. Para o professor, a realização da castração após o primeiro ciclo menstrual é uma das opções mais seguras para evitar o câncer de mama nos pets.

“A ovariohisterectomia imediata após o primeiro cio pode ser a escolha mais segura. Ela antes do primeiro ciclo pode diminuir a incidência do câncer de mama, mas em algumas raças pode implicar no aumento de outras doenças ósseas, musculares ou nos órgãos sexuais”, explica. De acordo com Dalcin, cães das raças Poodle, Shih Tzu, Dachshund, Yorkshire, Maltês, Cocker Spaniel, Pastor Alemão, Boxer e ainda felinos da raça Siamesa, são os que mais apresentam risco mais acentuado de sofrer com os tumores mamários.

Tratamento

Bem como nos humanos, a identificação do câncer de mama dos pets é realizada a partir do exame físico específico das cadeias mamárias, por inspeção e palpação individual. Para o tratamento, as cirurgias localizadas são os modelos mais utilizados pelos veterinários na cura dos animais.

“A intervenção cirúrgica é o tratamento de eleição dos neoplasmas mamários. A ressecção cirúrgica pode ser curativa em muitas fêmeas caninas com tumores mamários, permite o diagnóstico histopatológico e em determinados pacientes é utilizada como tratamento paliativo para promover melhora na qualidade de vida”, ressalta Dalcin.

Hospital Veterinário

A Universidade Guarulhos (UNG) disponibiliza o Hospital Veterinário (Hovet-UNG) para atendimento clínico-cirúrgico de diversos tratamentos à disposição da comunidade. Entre eles, o de câncer de mama. O expediente da é de segunda a sexta-feira, das 8h30 até às 16h.

O Hovet-UNG fica na Avenida Otávio Braga de Mesquita, 210, Jd. Flórida – Guarulhos (SP). Mais informações pelo WhatsApp comercial (11) 2464-1152.

Adriane Galisteu fez uma postagem de extrema importância na sua conta do Instagram. A atriz e apresentadora compartilhou imagens durante um exame de mamografia. Na rede social, Galisteu ressaltou a necessidade de que todas as mulheres devem tomar cuidados para combater o câncer de mama.

Fazendo parte da campanha Outubro Rosa, a loira escreveu: "A prevenção sempre é o melhor remédio!". Conscientizando suas seguidoras, Adriane Galisteu foi bastante elogiada pela atitude. "Essa mulher é porreta! Amo. Abraça as melhores causas de forma direta, objetiva e elegante", comentou uma pessoa nas imagens divulgadas.

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