Tópicos | Psicoterapia

Pouco citada quando se fala no tratamento do câncer de mama, a psicoterapia pode ser o ponto de partida para uma recuperação mais saudável. A campanha Outubro Rosa amplia o debate sobre como o acolhimento psicológico pode ser fundamental para a qualidade de vida dos pacientes.

A psicóloga e integrante da Comissão de Psicologia Clínica do Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco 2ª Região (CRP-PE), Thais de Lima, lamenta que a busca por esse apoio ainda é tímida. "A gente não vêm tanta presença. Querendo ou não, a gente ainda vê muito a questão de ver a psicoterapia e o cuidado com a saúde mental como algo secundário", observa.

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Na sua visão, a falta de reflexão sobre os benefícios do acolhimento psicológico influenciam na baixa procura. "Por o câncer ser uma doença muito agressiva, que traz um certo tabu, as pessoas costumam não querer falar sobre e isso cria uma dificuldade muito maior", apontou.

A nova rotina imposta pela doença deixa o paciente fragilizado e, em alguns casos, cria o sentimento de solidão. Nesse sentido, a psicoterapia se apresenta como um suporte para ajudar a lidar com os sentimentos de medo e incerteza causados por um tratamento tão desafiador.

"Nossa saúde mental também pode vir a alterar ou influenciar qualquer doença que a gente possa ter. É totalmente interligado", ressalta Thais. "Prestar atenção na saúde mental, principalmente quando a gente tá enfrentando uma doença muito agressiva, pode dar espaço para um tratamento menos danoso", complementou.

Para 2023, o Ministério da Saúde prevê 73.610 casos novos de câncer de mama no Brasil, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Esse tipo de câncer é o que mais mata mulheres no país.

O objetivo do Outubro Rosa 2023 é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença. O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização para contribuir na redução da incidência e da mortalidade pela doença.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção à violência sexual contra menores de idade. A data foi instituída pela Lei 9.970/2000, em homenagem ao ocorrido com a menina Araceli Crespo, de 8 anos, que foi violentada e assassinada no ES, em 1973. 

A última pesquisa realizada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) em 2020, indica que de 159 mil ligações feitas ao Disque Direitos Humanos (Disque 100) em 2019, 86,8 mil tinham como vítimas crianças e adolescentes. De acordo com os dados, a violência sexual corresponde a 11% das denúncias, o que equivale a 17 mil casos. 

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Além disso, a doutora em psicologia escolar, desenvolvimento e aprendizagem pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do curso de Psicologia da Universidade Guarulhos (UNG), Maria Lucia Marques, lembra que segundo alguns estudos, crianças que sofreram abusos sexuais na infância, possuem tendências a também praticar violência sexual na vida adulta. 

A psicóloga destaca, que na maioria dos casos, as crianças ou adolescentes que sofrem de abusos sexuais, vivem este sofrimento de maneira silenciosa. Por conta desta cultura do silêncio, as possibilidades de replicar essas práticas na vida adulta são potencializadas.  De acordo com os estudos da psicologia, menos de 5% dos abusadores sexuais são psicóticos, mas em alguns casos, apresentam Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS), transtornos de humor, ansiedade e abuso de álcool. “O que há de mais comum entre eles é uma baixa autoestima, dificuldades nos relacionamentos com outros adultos e dificuldade para identificar os sentimentos das outras pessoas”, relata Maria Lucia. Para estes casos, a psicóloga orienta o tratamento de psicoterapia.

Como combater os abusos sexuais com menores de idade  Os casos de exploração sexual de crianças e adolescentes podem ser denunciados pelo Disque 100, em Delegacias Locais, Conselho Tutelar, Ministério Público, ONGs que visam combater a prática, pelo aplicativo Proteja Brasil que, possibilita fazer denúncias anônimas ou pelo site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), disponível em https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/

Como consequência das mortes causadas pela pandemia do coronavírus (Covid-19) muitas pesoas foram obrigados a lidar com a dor da perda de seus entes queridos. Apesar de o luto ser um processo que faz parte da vida humana, há situações em que ele não é elaborado de maneira apropriada, quando então pode trazer prejuízos à saúde mental. 

“Especialistas afirmam que o luto se cura sozinho em um espaço de duas semanas, onde a pessoa já demonstra sinais de religação com o mundo exterior”, comenta o psicólogo e diretor do Instituto de Saúde Mental e Comportamento (ISMC), Diogo Bonioli.

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Durante o processo de luto, a libido, que funciona como a energia que fortalece a vontade de viver de um indivíduo, fica desprovida de prazer. A consciência tenta proteger o ser humano da perda e do desprazer. “Esse processo é o que vemos como um recolhimento ou tristeza. No entanto, dentro de duas semanas, a libido começa a dar sinais de ligação a novos objetos externos e de religação aos antigos, indicando que a pessoa está lidando de modo saudável”, explica o psicólogo.

Por se tratar de uma dor pessoal, apenas as experiências passadas do próprio enlutado podem auxiliá-lo nesse momento, contudo, é importante a companhia e atenção de outra pessoa, que deve observar se o indivíduo está realmente de luto, ou se o caso não se transformou em uma melancolia.

“Caso estejamos diante de uma melancolia, será de extrema importância a companhia até o consultório de psicologia ou psiquiatria e uma vigilância sobre as necessidades básicas da pessoa tal como comer, tomar banho e vigiar sono”, aconselha Bonioli.

De acordo com o psicólogo, esse procedimento deve ser realizado pois o paciente melancólico corre o risco de prejudicar a própria vida em função do luto. O estado de luto, por si só, não leva ninguém a precisar de ajuda psicológica, mas o estado de melancolia já indica que a pessoa precisa cuidar da saúde mental.

“Melancolia é uma experiência de morte do próprio enlutado, por ter perdido o motivo do seu luto. Assim, o luto do melancólico é duplo, pois sofre a morte e a perda do seu objeto de desejo”, descreve Bonioli. O psicólogo destaca que o luto só vai necessitar de ajuda profissional no momento em que enlutado não superar a própria morte simbólica.

No estado de São Paulo, estudantes e professores passam a ter um auxílio importante para o desenvolvimento educacional. De acordo com a administração pública estadual, 1 mil profissionais da Psicologia serão contratados para contribuir com as atividades do ambiente pedagógico.

Os atendimentos serão realizados online e ocorrem a partir do próximo mês de novembro. De acordo com a Secretaria da Educação, além de trabalhar para a melhora de todo o ambiente escolar, o auxílio dos profissionais da Psicologia passa a orientar os responsáveis pela educação a agirem em possíveis situações traumáticas ou de abusos ocorrentes entre os alunos.

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Com o empenho dos especialistas, a ação também vai elaborar instrumentos e testes psicológicos que seguirão o planejamento de cada uma das 5 mil unidades educacionais do estado.

Segundo a pasta cada escola terá, no mínimo, cinco horas semanais de atendimento. Ainda conforme o órgão, colégios que funcionam com número maior de alunos terão carga horária mais elevada com psicólogos.

Ainda segundo o poder público paulista, o atendimento remoto obedece às recomendações das autoridades de saúde em meio à pandemia do novo Coronavírus. De acordo com a Secretaria, 28% dos professores admitem estarem sofrendo ou terem sofrido algum tipo de depressão e cerca de 50% se preocupam com a saúde mental. O número é superior quando se trata dos estudantes. Conforme levantamento da pasta, 80% dos alunos compreendem que o lado emocional atrapalha os estudos.

Um tribunal determinou que o campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, condenado pelo assassinato de sua namorada em 2013, passe por sessões de psicoterapia, informa um comunicado do serviço penitenciário.

A comissão de apelação encarregada de examinar a solicitação de libertação antecipada do atleta "ordenou que o detento se submeta ao tratamento psicoterapêutico para que tome consciência" do crime que cometeu, segundo a nota oficial.

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Pistorius terá que comparecer às sessões mesmo em caso de liberação do cumprimento do restante de sua pena, informou a juíza Lucy Mailula, que preside a comissão.

Na segunda-feira, a justiça negou o pedido de liberdade antecipada de Oscar Pistorius e devolveu o processo para a comissão, que deve se reunir no "momento adequado", segundo fontes oficiais.

O ex-aleta foi condenado a cinco anos de prisão pelo "homicídio culposo" de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, no dia 14 de fevereiro de 2013. Ele está preso desde 21 de outubro de 2014.

A saga judicial ainda está longe de terminar. O Ministério Público apelou da condenação de Pistorius, por considerar que ele deveria ser condenado por "assassinato", e não por "homicídio culposo".

O novo julgamento vai acontecer no dia 3 de novembro no Tribunal Supremo de Apelações, que pode alterar o veredicto e eventualmente condenar Pistorius a uma pena mais dura ou devolver o processo à primeira instância.

O atleta de 28 anos alegou que acreditava estar diante de um ladrão quando efetuou quatro disparos contra a porta do banheiro de sua casa, atrás da qual estava sua namorada.

O Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem oferece o Curso de Formação e Psicoterapia de Criança. O objetivo é atender às necessidades dos profissionais que atuam na clínica com crianças por meio de seminários teóricos, clínicos e supervisão. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas através do número de telefone (81) 3423.5751.

O curso tem coordenação do psicólogo e psicanalista Antonio Ricardo e vai envolver encontros quinzenais nas sextas-feiras e sábados. A duração é de um ano e dois meses. Os interessados devem enviar currículo e carta de intenção, além de participar de entrevista. O CPPL está localizado na Rua Cardeal Arcoverde, n.º 308, no bairro das Graças, Recife. 

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A Clínica Ensino e Consultoria em Gestão (CPPL) promove espaço voltado para a formação de psicoterapeutas de adultos. Trata-se do Curso de Formação em Psicoterapia com Adultos. O curso, que tem coordenação da psicóloga e psicanalista do CPPL, Maria Helena de Barros, tem carga horária de 206 horas/aula. Os encontros são quinzenais e acontecem às sextas-feiras, das 16h às 20h e aos sábados, das 9h às 12h.

A seleção dos candidatos será feita através de análise de currículo resumido, carta de intenção e entrevista pessoal. O início do curso está programado para agosto. Para obter mais informações, os candidatos podem entrar em contato com Neide Viana por meio do telefone (81) 3423.5751 ou por e-mail cppl@cppl.com.br.

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Curso de Formação em Psicoterapia com Adultos

CPPL (Rua cardeal arcoverde, 308, Graças, Recife-PE)

(81) 3423.5751 | e-mail cppl@cppl.com.br

http://www.cppl.com.br/spip.php

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