Tópicos | medicamentos

Um técnico de enfermagem do Hospital da Retauração (HR) foi preso em flagrante, nessa quinta (25), por falsificar receitas médicas para desviar remédios. A denúncia feita por servidores da unidade no Centro do Recife aponta que ele usava o carimbo de um médico que não trabalhava no local para retirar a medicação.

A direção do HR informou que os próprios servidores acionaram a Polícia Civil ao identificar que o plantonista de 25 anos usava a identidade do profissional para solicitar a retirada das substâncias.

##RECOMENDA##

O caso foi registrado na Central de Plantões da Capital (Ceplac) como falsidade ideológica e peculato. O suspeito teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia e deu entrada no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

Os rótulos de medicamentos passarão a conter alerta sobre substâncias consideradas doping. É o que determina uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicada no Diário Oficial da União em 12 de janeiro deste ano, após aprovação do Congresso Nacional. A regra passa a valer em 180 dias a partir da publicação.

"Os laboratórios farmacêuticos serão obrigados a incluir nos rótulos, nas bulas e nos materiais destinados à propaganda e publicidade de seus produtos um alerta sobre a presença de substâncias cujo uso seja considerado doping", afirma em comunicado o Ministério da Saúde.

##RECOMENDA##

Conforme a pasta, o objetivo da Lei 14.806/24 é reduzir a probabilidade de que atletas utilizem medicamentos que eventualmente contenham substâncias vedadas pelas autoridades antidopagem e que, consequentemente, caiam no doping acidental e fiquem proibidos de participar de competições esportivas.

O que é o doping?

Segundo o Ministério da Saúde, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) define o doping ou dopagem como a utilização de substâncias ou métodos proibidos, capazes de promover alterações físicas.

"O Comitê Olímpico do Brasil (COB) recomenda especialmente a atletas que, antes de tomar qualquer medicamento, suplemento ou mesmo ervas medicinais, verifique se existem substâncias proibidas em sua formulação. E que consulte um médico do esporte ou entre em contato com o COB", afirma a pasta.

Caso o atleta esteja viajando para fora do Brasil e precise de alguma medicação comprada no exterior, a orientação é consultar o Global Drug Reference Online (Global DRO), que fornece aos atletas e ao pessoal de apoio informações sobre o status proibido de medicamentos específicos com base na atual Lista de Proibidos da Agência Mundial Antidopagem (WADA).

Ele é atualizado regularmente e todos os dados são totalmente verificados por farmacêuticos com experiência na área de antidoping. "Todos os esforços são feitos para adicionar novos produtos que chegam ao mercado em tempo hábil", acrescenta o Global DRO.

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou mudanças na rotulagem de medicamentos. De acordo com a agência, as alterações visam deixar mais claras as informações sobre os remédios nas embalagens, garantindo a segurança do paciente e o uso correto dos medicamentos.

No caso de remédios isentos de prescrição médica, a classe terapêutica e a indicação ficarão dispostas na parte da frente da embalagem para facilitar a visualização pelo consumidor.

##RECOMENDA##

O mesmo será feito para quantidade total de medicamento. “Com intuito semelhante, foi permitida a colocação da quantidade total do medicamento na face frontal da embalagem, podendo auxiliar o cidadão na comparação de preço dos produtos, sem, no entanto, causar prejuízo para a compreensão das informações relacionadas ao uso seguro do medicamento”, informa nota da Anvisa.

Segundo a agência, outra mudança é o uso obrigatório da técnica Tall Man Lettering (TML) – quando parte do nome de um remédio é escrito em letras maiúsculas - nos rótulos de medicamentos restritos ao uso de hospitais, clínicas, ambulatórios, serviços de atenção domiciliar e demais unidades de saúde.

“A técnica de TML é uma das ferramentas utilizadas para ajudar a minimizar os erros de medicações decorridos de troca acidental entre princípios ativos com fonética e/ou ortografia semelhantes”, explica a agência.

Em relação a remédios que são vendidos ao governo federal, serão retiradas as frases que utilizam os termos venda sob prescrição, sendo substituídas por “Uso sob prescrição” e “Uso sob prescrição e retenção de receita”.

Mais um indicador de preços veio a corroborar em junho o processo de desinflação em curso no País. Desta vez, foi o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) que, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e a plataforma Bionexo, fechou o mês passado com uma queda de 0,99%.

Essa queda dos medicamentos supera a deflação de 0,08% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período. Trata-se de uma baixa menor do que a de 1,37% apurada em maio pelo IPM-H, mas ainda assim em linha com a redução da inflação plena do País.

##RECOMENDA##

As análises feitas sobre horizontes de prazos maiores também mostram os preços dos medicamentos destinados aos hospitais caindo a uma velocidade maior do que a da inflação oficial plena do Brasil. Só nos primeiros seis meses do ano, o IPM-H acumula uma queda de 4,03% enquanto o IPCA, no acumulado de 12 meses encerrados em junho, acumula ainda uma alta de 3,16%, o que já se situa abaixo do centro da meta, de 3,25% ao ano.

Na comparação mensal com o IGP-M, no entanto, os preços dos medicamentos caíram menos que a inflação do atacado, que em junho fechou negativa em 1,93%. Também contribuiu para a queda dos remédios vendidos aos hospitais a valorização cambial de 2,63%. Dado que boa parte dos insumos utilizados na fabricação dos medicamentos é importada, a queda do dólar frente ao real é positiva para a constituição do IPM-H.

"Os últimos resultados do IPM-H revelaram novo recuo nos preços dos medicamentos para os hospitais, abrangendo a maioria dos grupos terapêuticos que compõem o índice. A queda contribuiu para a variação negativa do índice no ano e nos últimos 12 meses. É consistente com o comportamento de outros preços da economia, principalmente no atacado, onde passam por deflação relevante", detalhou o coordenador de Pesquisas da Fipe, Bruno Oliva.

Ainda de acordo com Oliva, um conjunto de fatores pode estar contribuindo com esse fenômeno, entre eles a apreciação da moeda brasileira e queda nos preços de combustíveis.

Os resultados revelam que a queda mensal nos preços foi compartilhada pela maioria dos grupos terapêuticos: sistema nervoso (-3,70%); sistema musculoesquelético (-1,88%); preparados hormonais (-1,58%); aparelho geniturinário (-1,25%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-1,25%); agentes antineoplásicos (-1,15%); aparelho respiratório (-0,99%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,71%).

Em contrapartida, houve aumento nos preços dos medicamentos dos grupos de aparelho digestivo e metabolismo (1,37%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (0,64%); órgãos sensitivos (0,33%); e aparelho cardiovascular (0,23%).

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o IPM-H passou a acumular uma queda nominal de 7,90%. Nesta base, as variações mais expressivas foram as quedas dos medicamentos para tratamento do sistema nervoso (-22,18%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-6,44%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-4,16%); sistema musculoesquelético (-4,06%); aparelho cardiovascular (-3,79%); e agentes antineoplásicos (-2,59%).

Assim como remédios para hipertensão, diabetes e asma, os medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos passam agora a integrar o rol de gratuidade do programa Farmácia Popular do Brasil, conforme anúncio feito nesta quarta-feira, 7, pelo Ministério da Saúde.

Até então, as medicações estavam disponíveis pelo programa em duas modalidades: Gratuidade (asma, diabetes e hipertensão) e medicamentos de outras oito categorias ofertados em formato de copagamento - com até 90% de desconto. Veja lista abaixo.

##RECOMENDA##

"Essa população terá acesso gratuito aos medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos. São produtos que eram oferecidos pelo Farmácia Popular com preços mais baixos (50% de desconto) e que agora passam a integrar o rol de gratuidade", afirmou em comunicado. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 5 milhões de mulheres que antes pagavam a metade do valor devem ser beneficiadas com a retirada dos produtos de graça.

Além disso, com a ampliação do programa, os beneficiários do Bolsa Família também terão acesso aos 40 medicamentos disponíveis na lista do Farmácia Popular do Brasil, que contempla o tratamento para 11 doenças. A iniciativa deve beneficiar 55 milhões de brasileiros.

Segundo o ministério, o governo federal retoma o programa com expansão da oferta gratuita de medicamentos e credenciamento de novas unidades em municípios de maior vulnerabilidade. Com as novas habilitações que serão abertas, a expectativa é que o Farmácia Popular, até o fim do ano, passe a ter unidades em 5.207 municípios brasileiros. O programa foi relançado nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento em Pernambuco.

"Antes do Farmácia Popular, o povo ia na UBS, ia a um posto de saúde, era atendido pelo médico, pegava a receita e levava para casa. Muitas vezes, acabavam morrendo com a receita em cima da mesa, porque não tinham dinheiro para comprar o remédio. Isso não vai mais acontecer no nosso país. É por isso que nós resolvemos lançar o programa há tantos anos. Ele foi diminuído pelo governo passado, mas nós voltamos agora com mais força, mais remédio e capacidade de atender a totalidade das pessoas necessitadas do Brasil. Cuidar de doença é caro e cuidar da saúde não é gasto, é investimento", disse Lula.

O programa Farmácia Popular do Brasil também passa a ofertar todos os medicamentos do rol de forma gratuita para a população indígena.

O Ministério da Saúde disse ainda que irá facilitar o acesso ao programa para a população indígena aldeada. "Para evitar o deslocamento desta população, será nomeado um representante de comunidade responsável por retirar os medicamentos indicados, sem necessidade de ter um CPF para ser atendido", disse a pasta sobre a iniciativa que entrará em prática em um projeto piloto no território Yanomami, em Roraima, e, em seguida, expandida de forma gradual para as outras regiões.

Farmácia Popular do Brasil

Criado em 2004, o programa Farmácia Popular do Brasil é uma ação complementar de assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, foram ofertados medicamentos com preços mais baixos. Em 2006, na primeira expansão do programa, o Ministério da Saúde fechou parceria com as farmácias e drogarias da rede privada, instituindo a modalidade "Aqui Tem Farmácia Popular".

A partir de 2011, o programa começou a ofertar à população medicamentos gratuitos indicados para o tratamento de três doenças.

São elas:

Asma;

Diabetes;

Inclusos também na lista de gratuidade a partir de agora:

Contraceptivo;

Osteoporose.

Tratamentos ofertados em formato de copagamento - com até 90% de desconto.

São eles:

Contraceptivo (passa agora a integrar o rol de gratuidade);

Dislipidemia (presença de níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue, como no caso do colesterol total);

Doença de Parkinson;

Glaucoma;

Incontinência (fralda geriátrica);

Osteoporose (passa agora a integrar o rol de gratuidade);

Rinite;

DM II + Doença Cardiovascular (acima de 65 anos).

Com a ampliação, quem recebe o Bolsa Família e pertence à população indígena também terá acesso gratuito aos medicamentos listados para as patologias acima. No caso de contraceptivo e osteoporose, essas duas patologias entram a partir de agora no rol de gratuidade.

A lista do programa Farmácia Popular do Brasil, que contempla o tratamento para 11 doenças, reúne 40 medicamentos, tendo mais opções de remédios dependendo da patologia citada.

O que é preciso apresentar para retirar os medicamentos de forma gratuita:

Bolsa Família

Para retirar, basta o usuário ir até a farmácia credenciada e apresentar a receita médica, documento de identidade e CPF. O reconhecimento do vínculo do beneficiário com o Bolsa Família ocorrerá automaticamente pelo sistema, não sendo necessário cadastro prévio.

 

Farmácia Popular Indígena

Com a ação, o Farmácia Popular passa a ofertar todos os medicamentos do rol do programa de forma gratuita para essa população. Para evitar o deslocamento, um representante da comunidade será escolhido para retirar os medicamentos indicados. Assim, também não será necessário ter um CPF para ser atendido pelo programa.

O Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) dois medicamentos para tratamento da anemia. A previsão é que a ferripolimaltose e a carboximaltose férrica estejam disponíveis no sistema público de saúde em até 180 dias.

Segundo a pasta, a ferripolimaltose é indicada para o tratamento da anemia por deficiência de ferro e intolerância ao sulfato ferroso, enquanto a carboximaltose férrica é indicada para adultos com anemia por deficiência de ferro e intolerância ou contraindicação aos sais orais de ferro.

##RECOMENDA##

A anemia é uma doença que causa a redução da concentração de hemoglobina, proteína responsável por transportar o oxigênio pelo sangue. Crianças, gestantes, lactantes, meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados.

“O Ministério da Saúde reforça que somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios para tratamento”, destacou a pasta.

Por muito tempo considerada mortal, a aids se tornou uma doença crônica, graças à terapia tripla, enquanto se espera por uma vacina que demora a ser produzida dada a capacidade de mutação do vírus HIV.

- AZT

Quando o HIV (vírus da imunodeficiência humana) apareceu no início dos anos 1980, os pacientes estavam condenados a morrer no curto e no médio prazos, e nenhum medicamento parecia funcionar até a chegada do AZT.

Na realidade, a azidotimidina foi inicialmente sintetizada na década de 1960 como um potencial tratamento contra o câncer, mas foi abandonada por falta de resultados convincentes.

Contra a aids, o laboratório americano Burroughs Wellcome, proprietário da molécula, testou-a em um ensaio clínico que se deteve na fase 2, um a menos do que a fase 3 – a última antes da comercialização –, porque os resultados foram bons.

Em 20 de março de 1987, foi autorizado nos Estados Unidos o primeiro tratamento antirretroviral AZT, que agia sobre a atividade de uma enzima chamada "transcriptase reversa", que retarda a replicação do vírus.

Infelizmente, o AZT tinha efeitos colaterais significativos. Posteriormente, foi considerado insuficiente para tratar o HIV, pois agia apenas em uma fase da replicação do vírus.

- Terapias triplas

Em janeiro de 1996, registrou-se um acontecimento importante na conferência internacional sobre retrovírus em Washington, D.C.. Foram apresentados resultados positivos de vários testes realizados por laboratórios.

Era a chegada de uma nova classe de medicamentos, as antiproteases. Essas moléculas impedem outra etapa da replicação do HIV, ao bloquear a maturação de novas proteínas do vírus.

Combinadas com outros antirretrovirais, as antiproteases mudaram completamente o jogo.

“Ao mirar em três etapas, três alvos moleculares, fica muito mais difícil para o vírus escapar do tratamento”, explica o pesquisador Victor Appay, imunologista e diretor de Pesquisa do Inserm francês (Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde e Medicina).

Inicialmente muito caras e reservadas aos países ricos, as terapias se tornaram mais acessíveis, graças a um compromisso assinado em 2001 na Organização Mundial do Comércio (OMC) para permitir que os países em desenvolvimento produzissem medicamentos genéricos.

Hoje, existem cinco tipos principais de drogas antirretrovirais que atuam em diferentes fases da replicação viral. E, cada vez mais, trabalha-se para que o tratamento seja bem menos pesado, com doses menos frequentes.

- PrEP

Em 16 de julho de 2012, um primeiro tratamento chamado PrEP (profilaxia prévia à exposição), o coquetel antirretroviral Truvada, foi autorizado nos Estados Unidos. Desde então, esse tipo de tratamento provou sua eficácia e permitiu que pessoas em risco se protegessem, tomando um comprimido preventivo.

- Transplantes

Houve três recuperações totais de pacientes com HIV por meio de transplante. Pacientes que sofriam de câncer no sangue receberam transplantes de células-tronco que renovaram completamente seu sistema imunológico.

O doador tinha uma mutação rara em um gene chamado CCR5, que impede o HIV de entrar nas células. Esses transplantes foram feitos apenas em casos raros, não em todos os pacientes.

- Possível vacina

É o Santo Graal esperado há quatro décadas.

A dificuldade é que o HIV tem uma poderosa capacidade de mutação e inúmeras subvariantes, o que lhe permite escapar dos pequenos soldados do sistema imunológico.

Pode se tornar invisível, esconder-se em reservatórios e aparecer anos depois.

Até agora, as tentativas de desenvolver uma vacina falharam. Mas o trabalho continua. Uma nova abordagem é a indução de anticorpos na pessoa por meio de uma vacina que a proteja da infecção.

"Essa é a principal esperança", diz Victor Appay, acrescentando que "muitas pesquisas estão sendo feitas para gerar anticorpos de amplo espectro que visem ao maior número possível de cepas do HIV".

Durante a audiência de custódia a que foi submetido no domingo, 30, o empresário Thiago Brennand - preso sob acusação de estupros e agressões - alegou que faz uso contínuo de medicações para depressão, ansiedade e distúrbios de sono.

Ao lado de seus advogados, Brennand elencou os remédios que diz tomar frequentemente - Efexor/cloridrato de venlafaxina (antidepressivo), Rivotril/clonazepam (ansiolítico), captopril (pressão alta), Nexium/esomeprazol (distúrbios gástricos) e Zolpidem (para dormir). Ele não fez menção a diagnósticos.

##RECOMENDA##

Investigadores avaliam que a informação de Brennand sobre os medicamentos faz parte de uma possível estratégia para reforçar eventual pedido de internação hospitalar e, dessa forma, se livrar da prisão - atualmente, ele ocupa uma cela no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, o Cadeião de Pinheiros.

A reportagem do Estadão entrou em contato com o advogado Eduardo César Leite, que compõe a banca de defesa do empresário, mas não houve retorno.

Na audiência de custódia, o juiz Orlando Castro Neto negou liberdade provisória ao empresário, por entender que o pedido deveria ser analisado pelos magistrados autores das cinco ordens de prisão preventiva contra Brennand.

O empresário foi preso nos Emirados Árabes e extraditado para o Brasil no sábado, 29. O juiz concluiu que não houve irregularidades na prisão. Em ao menos oito ações penais na Justiça de São Paulo, Brennand é acusado dos crimes de estupro, ameaça, lesão corporal e cárcere privado.

Na audiência de custódia, a defesa solicitou a transferência para o presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Esse pedido também foi negado, sob justificativa de que cabe à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) verificar a disponibilidade de vagas.

Consultada pelo Estadão, a Secretaria respondeu nesta terça, 2, que o empresário ‘permanece custodiado no Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros e, até o momento, a SAP não recebeu pedido de transferência por parte da defesa do preso’.

Depois de um processo de extradição que se arrastou por mais de seis meses, Brennad chegou ao Brasil na noite de sábado, 29, em um voo de carreira da Air France, escoltado por agentes da Polícia Federal. Sua primeira noite na volta ao País ele passou na Superintendência da PF, no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo.

Ele estava, desde setembro do ano passado, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes. Brennand deixou o Brasil na iminência da expedição da primeira ordem de prisão preventiva contra ele, de autoria da juíza Érika Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo.

No Cadeião de Pinheiros, o empresário ocupa uma cela individual, procedimento de praxe para a adaptação de novos detentos. Habituado a uma rotina de luxos, o empresário recebeu o mesmo uniforme dado a todos os detentos - camiseta branca de gola careca e calça cáqui com elástico na cintura, sem bolsos. Sua cela possui uma cama de alvenaria, colchão, pia, chuveiro. Não tem TV.

COM A PALAVRA, THIAGO BRENNAND

A reportagem entrou em contato com o advogado Eduardo César Leite, que defende o empresário Thiago Brennand, mas não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.

O governo federal autorizou um reajuste de até 5,60% no preço de remédios para este ano, já a partir desta sexta-feira, 31. O aval para o aumento foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) nesta tarde em decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão interministerial responsável pela regulação do segmento.

"As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos a partir de 31 de março de 2023, nos termos desta resolução", diz o ato. O porcentual de aumento deste ano veio menor do que o praticado em 2022 e em 2021, que foram de 10,89% e 10,08%, respectivamente.

##RECOMENDA##

Para 2023, diferentemente de outros, o ajuste máximo de preços permitido será linear, ou seja, o mesmo índice de 5,60%, para todos os tipos de medicamentos. O reajuste deve atingir cerca de 13 mil apresentações de remédios disponíveis no varejo brasileiro.

A gigante farmacêutica americana Pfizer anunciou nesta terça-feira (17) que ampliará consideravelmente a quantidade de medicamentos e vacinas que vende sem fins lucrativos aos países mais pobres do mundo.

Em um anúncio na reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, a Pfizer disse que começará a vender a preço de custo, para 45 países de baixa renda, a lista completa de produtos aos quais tem direitos globais.

Em maio, a farmacêutica começou a ofertar sem fins lucrativos 23 de seus medicamentos patenteados a países pobres.

A Pfizer disse que agora incluirá medicamentos sem patente, com os quais o número total de produtos oferecidos se elevará a cerca de 500. A medida faz parte de uma iniciativa conhecida como "Um acordo para um mundo mais saudável", anunciada em Davos no ano passado.

"Lançamos o Acordo para ajudar a reduzir o evidente abismo de igualdade em saúde que existe em nosso mundo", disse o presidente e diretor-geral da Pfizer, Albert Bourla, em nota.

Sobre a nova iniciativa, Bourla acrescentou: "Espero que nos ajude a alcançar e até acelerar nossa visão de um mundo onde todas as pessoas tenham acesso aos medicamentos e vacinas de que precisam para viver uma vida mais longa e saudável".

A Pfizer disse que a ampliação ajudará a lidar com o "peso das doenças e as necessidades não atendidas dos pacientes" de 1,2 bilhão de pessoas que vivem em 45 países de baixa renda.

"A oferta agora inclui medicamentos e vacinas patenteados e não patenteados que tratam ou previnem muitas das maiores ameaças de doenças infecciosas e não transmissíveis enfrentadas atualmente nos países de baixa renda", disse a Pfizer.

"Isto inclui quimioterapias e tratamentos orais contra o câncer que têm potencial de tratar quase um milhão de novos casos de câncer nos países do Acordo a cada ano", completou o laboratório.

Os países em desenvolvimento enfrentam 70% da carga de doenças do mundo, mas recebem apenas 15% do gasto mundial em saúde, o que leva a resultados devastadores.

Na África Subsaariana, uma em cada 13 crianças morre antes de completar cinco anos, em comparação com uma a cada 199 nos países de alta renda.

As taxas de mortalidade relacionadas ao câncer também são muito mais altas nos países de baixa e média renda, causando mais mortes até mesmo que a malária na África todos os anos.

Tudo isso ocorre em um contexto de acesso limitado aos medicamentos mais modernos. Medicamentos e vacinas essenciais geralmente levam de quatro a sete anos a mais para chegar aos países mais pobres, e problemas em redes de abastecimento e sistemas de saúde com poucos recursos dificultam seu recebimento pelos pacientes depois de aprovados.

A Pfizer, que registrou lucro de US$ 8,6 bilhões no terceiro trimestre, também fez um acordo em paralelo no ano passado para fornecer milhões de doses de seu medicamento oral para tratamento da covid-19, o Paxlovid, para países de baixa e média renda.

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) registrou avanço de 1,95% em 2022, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 5,79%. A informação foi apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo, healthtech de soluções digitais para gestão em saúde. Os dados foram obtidos em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O resultado foi menor do que o registrado em 2021, quando houve crescimento de 5,96%, e também menor que as altas de 2020 (14,36%), 2019 (3,97%), 2018 (4,97%), 2017 (3,94%), 2016 (4,97%) e 2015 (4,74%).

##RECOMENDA##

"Após 2 anos de elevação recorde dos preços, 2020 e 2021 foram os anos de maior aumento na série histórica, 2022 fechou com a menor variação (1,95%). Esse resultado pode ser explicado, em boa medida, por dois fatores principais: acomodação dos preços após o choque de demanda gerado pela pandemia e redução de custos logísticos resultante da redução do ICMS sobre combustíveis", afirma o economista da Fipe Bruno Oliva.

Os grupos de medicamento com maior contribuição para a desaceleração do IPM-H em 2022 foram órgãos sensitivos (-0,67%); sistema musculoesquelético (-1,01%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-5,31%); aparelho cardiovascular (-7,88%), sistema nervoso (-10,55%); e aparelho digestivo e metabolismo (-20,15%).

Por outro lado, ao longo do ano, registraram alta nos preços aos hospitais os grupos aparelho geniturinário (24,90%); aparelho respiratório (21,40%); sangue e órgãos hematopoiéticos (20,17%); agentes antineoplásicos (6,20%); e imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (2,33%).

Dezembro

O IPM-H desacelerou a 0,12% em dezembro na margem, inferior à variação de novembro, de 1,72%. O resultado foi influenciado pela acomodação dos preços depois de 2020 e 2021, quando foram registradas, respectivamente, a maior e a segunda maior variação anual acumulada da série histórica do IPM-H, principalmente devido à pandemia.

Houve recuo nos preços dos grupos aparelho geniturinário (-6,04%); sistema nervoso (-3,11%); aparelho digestivo e metabolismo (-2,42%); órgãos sensitivos (-2,34%); aparelho cardiovascular (-1,21%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,84%); sistema musculoesquelético (-0,63%); e sangue e órgãos hematopoiéticos (-0,47%).

Em contrapartida, quatro grupos registraram altas: aparelho respiratório (2,0%); preparados hormonais (1,95%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (1,67%); e agentes antineoplásicos (1,49%).

Em outubro, os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil recuaram 0,61%. É o que mostra o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo - healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde.

Trata-se da quarta queda consecutiva dos preços dos medicamentos. Em julho haviam caído -0,74%; em agosto, 2,05%; em setembro caíram 2,48% e em outubro voltaram a ceder 0,61%.

##RECOMENDA##

No acumulado do ano até outubro o IPM-H mostra uma ligeira alta de 0,11%. Nos últimos 12 meses os preços dos medicamentos acumulam alta de 0,1%.

A variação mensal do índice foi também inferior à alta do IPCA de outubro, que subiu 0,49%, embora tenha superado a queda de 0,77% do IGP-M. O IPM-H também fechou outubro abaixo da variação cambial, uma alta de 0,25%.

A queda dos preços dos remédios no mês passado, segundo a Fipe e a Bionexo, é atribuída ao recuo dos preços de grupos com peso relevante na cesta de IPM-H, como de anti-infecciosos gerais para uso dos sistemas nervoso, sanguíneo e órgãos hematopoiéticos.

"O IPM-H apresentou queda pelo quarto mês consecutivo, acumulando recuo de 5,8% nesse período. Como resultado, os preços aumentaram apenas 0,1% nos últimos 12 meses. Esse movimento recente foi influenciado pela redução de impostos sobre combustíveis, mas a alteração do imposto não deve impactar a dinâmica do IPM-H nos próximos meses", afirma Bruno Oliva, economista da Fipe.

O Japão deve aprovar o uso de medicamentos à base de cannabis, recomendou um think tank do Ministério da Saúde nesta quinta-feira (29), abrindo caminho para uma possível revisão de leis rígidas sobre drogas.

Mas essa mudança não afetaria a política de "tolerância zero" do Japão sobre o uso recreativo da maconha e, em vez disso, o mesmo painel proporia o endurecimento das regras sobre seu uso não médico.

As leis contra a cannabis são particularmente rígidas no Japão, onde estrelas internacionais foram atingidas – incluindo o ex-Beatle Paul McCartney, que passou nove dias na prisão em 1980 depois que encontraram maconha em sua bagagem.

Mas o governo vem discutindo há vários meses a possível aprovação de medicamentos derivados da cannabis, o que muitos países já fizeram para tratar certas doenças, como casos graves de epilepsia.

Na quinta-feira, o grupo de especialistas do Ministério da Saúde do Japão recomendou que o governo revise a legislação para permitir a importação e fabricação de medicamentos que utilizam componentes da cannabis.

Mas também pediu que os textos sejam revisados para deixar claro que o uso recreativo da maconha é um crime grave.

Isso preencheria uma brecha no Japão que torna o uso da cannabis tecnicamente legal, embora a posse de seus brotos, folhas e raízes seja punível com cinco anos de prisão ou até sete no caso de venda com fins lucrativos.

Esse paradoxo decorre de uma medida de longa data para impedir que agricultores sejam presos por inalar fumaça psicoativa ao cultivar cânhamo para fabricar cordas.

As recomendações do grupo de especialistas chegam em um momento em que os produtos que contêm canabidiol (CBD), a molécula não psicotrópica da cannabis, também estão ganhando popularidade no Japão.

O painel também pediu que a atual proibição geral das plantas de cannabis seja substituída pela proibição do THC, sua principal molécula psicoativa.

Isso garantiria que a indústria emergente do CBD não fosse restrita, disse um funcionário do Ministério da Saúde à AFP, observando que "o CBD é legal e é usado em suplementos alimentares e cosméticos".

Essas recomendações serão analisadas pelo governo e as alterações legislativas só poderão ser feitas após a apresentação de um projeto de lei e sua aprovação pelo Parlamento.

 A polifarmácia é o nome dado à situação em que um paciente precisa tomar pelo menos mais de cinco diferentes remédios por dia. A interação medicamentosa só é segura quando acompanhada por um médico. O problema é que tem crescido o hábito do uso de vários remédios ao mesmo tempo por pacientes que o fazem por conta própria. Nos últimos anos, esse fenômeno tem crescido no mundo todo e deixado especialistas da saúde em alerta.

É possível praticar polifarmácia saudável, mas apenas com acompanhamento e receita médica. Sem isso, a prática é inadequada e pode trazer novos riscos para quem faz uso. É muito comum que adultos, geralmente, se sintam tentados a tomarem uma série de remédios para combater vários problemas do dia a dia. Segundo os especialistas, o risco aumenta ainda mais entre pacientes de doenças crônicas, que precisam desses tratamentos.

##RECOMENDA##

Ter muitos médicos diferentes para tratar diversos problemas de saúde, estar com a saúde mental fragilizada, viver em instituições de longa permanência, como casas de repouso, também são fatores que contribuem para o fenômeno. “Alguns pacientes precisam de muitos medicamentos por terem doenças como diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia associados simultaneamente e ainda podem precisar de suplementos nutricionais e outros medicamentos”, explica o professor do curso de Farmácia da UNG, Anderson Carniel. 

Uma questão que pode influenciar alguns casos das pessoas tomarem muitos remédios é a falta de atualização dos prontuários médicos. Sem atualização dos registros, muitos pacientes acabam presos a um remédio que nem precisam mais. “A consequência do uso de muitos medicamentos são efeitos colaterais previstos por cada um deles além de queda imunitária, pois alguns deles podem gerar interações farmacológicas”, ressalta a coordenadora de Farmácia da Universidade Guarulhos (UNG), Anna Cristina Duarte.

Só é possível a redução de alguns remédios a critério médico para avaliar os riscos, benefícios e inclusões de tratamentos complementares e outras práticas visando a melhoria de vida do paciente. Somente um profissional de saúde pode avaliar os riscos e benefícios causados pelos medicamentos. O uso de muitos remédios pode ser necessário para tratar certas condições de saúde e manter o alívio dos sintomas.  

Os especialistas chamam esse efeito de interação medicamentosa. Ela pode levar aos danos colaterais, como problemas de memória, fragilização dos ossos, falência renal, insuficiência hepática e até risco de morte. Apesar disso, ninguém deve interromper um tratamento prescrito por um médico por conta própria, já que isso pode piorar ainda mais as condições de saúde.

No caso de suspeitas, a melhor solução para o problema é buscar um profissional de saúde. Um especialista tem a formação adequada e é capaz de dizer quais medicamentos interagem entre si e quais são seguros para serem tomados de forma combinada. Para isso, entretanto, é preciso que o paciente informe a ele com sinceridade todos os remédios em que faz uso. “São muitos que dão interação. Acho importante orientar que é sempre neecessário procurar orientação do farmacêutico”, indica a professora Anna.  

Uma nova pesquisa de preços do Procon Pernambuco, realizada nos municípios de Olinda, Recife e Camaragibe, mostra que a precificação dos medicamentos genéricos em farmácias nas três cidades chega a 732,92%. O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (22), é referente a uma pesquisa feita entre os dias 12 e 20 de abril, acerca de 26 tipos de medicamentos. Ao todo, 15 farmácias de 14 redes diferentes foram visitadas.

A categoria dos anti-histamínicos (inibidores da histamina), remédios que bloqueiam a substância que atua em processos alérgicos, apresentou a maior variação. De acordo com o Procon, a caixa com 12 comprimidos está custando de R$ 2,40 a R$ 19,99 em farmácias diferentes. Em seguida, surge o analgésico à base de ácido acetilsalicílico, com variação de 618% na cartela com 10 comprimidos. Os valores encontrados foram de R$ 0,50 a R$ 3,59. 

##RECOMENDA##

Para os antiinflamatórios, a diferença é de 532,06%; enquanto a variação para medicamentos cujo objetivo é reduzir os níveis de colesterol, 348,12%. O menor preço encontrado foi R$ 19,99, e o maior, R$ 89,58, na caixa com 30 comprimidos. A pesquisa também identificou o medicamento com menor variação de preço, que é o utilizado para reposição hormonal, com 81,93%. 

Segundo a gerente geral do Procon-PE, Ana Carolina Guerra, “esse tipo de pesquisa é importante para auxiliar o consumidor, uma vez que o aumento nos medicamentos gera um impacto nas despesas mensais do cidadão e, principalmente, para o público que faz uso contínuo de algumas dessas medicações". 

Alguns medicamentos de uso contínuo são disponibilizados gratuitamente pelo Programa do Governo Federal, “Farmácia Popular”, em redes de farmácias credenciadas pelo Ministério da Saúde. A pesquisa de preços dos medicamentos genéricos está disponível no site do Procon/PE, www.procon.pe.gov.br.

LeiaJá também:

- - > ‘App ajuda consumidor a saber preço máximo de medicamentos’ 

 

O novo aplicativo MeAlerta, criado em março deste ano, deve auxiliar o consumidor brasileiro a comprar medicamentos pelo preço mais justo oferecido no mercado. De acordo com os desenvolvedores do programa, o banco de dados interno do sistema registrou que a diferença no preço entre medicamentos iguais pode chegar a 186%. De julho de 2021 até março de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aplicou multas de R$ 15 milhões a farmácias infratoras que burlaram o PMC, frente ao novo reajuste federal de 11% nesses itens.

O app já foi baixado mais de mil vezes desde a sua criação. A lista disponível deve indicar qual o preço máximo que o consumidor deve pagar por determinado produto. Conforme a Lei 10.742 de 2003, as listas de preços de medicamentos podem ser obtidas com a Anvisa e nas farmácias e drogarias é obrigatória que ela esteja no balcão, ao alcance do cliente.

##RECOMENDA##

“O MeAlerta foi criado com o objetivo de alertar aos seus usuários, o preço máximo que um medicamento pode ser vendido nas farmácias, um aplicativo que se destina a informar e fiscalizar os valores dos medicamentos, além de categorizar os remédios, por estados e cidades, de acordo com a informação e site da Anvisa e da lei 10.742 de 2003. Possibilita rapidez e eficácia ao consumidor, ao verificar o máximo que pode ser pago por um determinado medicamento”, informa Lucas Primo, inventor do MeAlerta e consultor de tecnologia.

Com dois cliques, o aplicativo permite acesso ao Preço Máximo ao Consumidor (PMC) do medicamento pesquisado, além da nova funcionalidade da evolução ou regressão do medicamento nos últimos 2 anos. O MeAlerta pode ser baixado gratuitamente nas lojas virtuais para Android e iOS.

O que é o PMC determinado pela Anvisa?

PMC é o Preço Máximo ao Consumidor, ou seja, o maior valor que um determinado medicamento poderá ser vendido nas farmácias. Infelizmente, nem todos os estabelecimentos seguem essa norma.

Vender medicamentos acima do PMC pode gerar multa

As farmácias terão de pagar R$ 4,2 milhões em multas aplicadas pelo Governo Federal por venderem medicamentos acima do preço autorizado, segundo a Anvisa. As multas foram aplicadas pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial ligado à Anvisa, responsável por fazer a padronização dos preços e fiscalização do setor.

No ano passado, a Anvisa multou em R$ 15,2 milhões empresas que burlaram a regra do preço máximo dos medicamentos. De acordo com a CMED, de julho de 2020 a março de 2021 foram instaurados 139 processos de sanção e aplicadas 64 multas aos agentes do setor farmacêutico que descumpriram as regras de preços. Por lei, farmácias, laboratórios, distribuidores e importadores de medicamentos não podem cobrar preço acima do permitido pela câmara. O documento divulgado no Diário Oficial da União (DOU) detalha 23 autuações com preços que variam de R$ 750,41 a R$ 2.133.502,96.

Estudo divulgado nesta sexta-feira (26) pela Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, identificou uma série de medicamentos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório do país, que reduzem “significativamente” a capacidade de a variante Delta, da covid-19, se replicar em células humanas. Os resultados foram publicados em 25 de fevereiro na revista Communications Biology.

De acordo com os pesquisadores da Penn State, a descoberta abrange medicamentos que inibem enzimas virais essenciais para replicação do SARS-CoV-2 em células humanas infectadas.

##RECOMENDA##

“As vacinas SARS-CoV-2 têm como alvo a proteína spike, mas essa proteína está sob forte pressão de seleção e, como vimos com a Ômicron, pode sofrer mutações significativas”, explicou a professora de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Joyce Jose.

Nesse sentido, acrescentou, “permanece a necessidade urgente de agentes terapêuticos que tenham como alvo partes do vírus, além da proteína spike, que não é tão provável de evoluir”.

Segundo nota divulgada pela universidade, pesquisas anteriores demonstraram que duas enzimas SARS-CoV-2 – proteases, incluindo Mpro e PLpro – são alvos promissores para o desenvolvimento de medicamentos antivirais.

Professor de bioquímica e biologia molecular da Penn State, Katsuhiko Murakami disse que o novo coronavírus produz proteínas longas, chamadas poliproteínas, de seu genoma de RNA.

“Essas proteínas devem ser clivadas em proteínas individuais por essas proteases de maneira ordenada, levando à formação de enzimas e proteínas virais funcionais para iniciar a replicação do vírus assim que ele entra na célula. Caso você iniba uma dessas proteases, a disseminação do vírus na pessoa infectada pode ser interrompida”, detalhou.

Os pesquisadores fizeram ensaios que testaram 64 compostos – incluindo inibidores das proteases do HIV e da hepatite C; proteases de cisteína, que ocorrem em certos parasitas protozoários; e dipeptidil peptidase, enzima humana envolvida no diabetes tipo 2 (por sua capacidade de inibir Mpro ou PLpro).

“Dos 64 compostos, a equipe identificou 11 que afetaram a atividade de Mpro e cinco que afetaram a atividade de PLpro, com base em corte de 50% de redução na atividade de protease com 90% de viabilidade celular”, informou a universidade.

Em seguida, a equipe avaliou a atividade antiviral dos 16 inibidores PLpro e Mpro contra vírus em células humanas vivas, e descobriu que oito deles tinham “atividades antivirais dependentes da dose contra o SARS-CoV-2, e que alguns deles inibem a enzima Mpro, além de prejudicar a capacidade do vírus de infectar células.

Os pesquisadores descobriram também que a combinação de algumas substâncias proporcionou “efeito antiviral aditivo”, inibindo ainda mais a replicação do novo coronavírus.

Embora os cientistas tenham estudado a variante Delta, eles afirmam que os medicamentos “provavelmente serão eficazes contra a Ômicron e futuras variantes, porque visam partes do vírus que provavelmente não sofrerão mutações significativas”.

*Com informações da Penn State University.

Uma pesquisa feita pelo Procon-PE constatou uma diferença de até 289% nos preços cobrados pelos medicamentos antigripais no Recife. A maior diferença do preço cobrado é do Ácido Acetilsalicílico, utilizado para febre. Em uma farmácia o produto custavar R$ 5,00, em outra o preço saltou para R$ 19,45. A pesquisa foi realizada em 14 farmácias de diversos bairros da capital.

O genérico do mesmo produto teve diferença de 276%, R$ 0,75 num estabelecimento e R$ 2,82 em outro. Em segundo lugar vem o Paracetamol, também para febre, com 250,63% de diferença entre o menor e o maior valor, R$ 3,99 em uma farmácia e R$ 13,99 em outra. Além desses dois produtos, o anti-inflamatório Nimesulida teve um percentual de diferença correspondente a 248% de um local para outro no genérico. 

##RECOMENDA##

Nos outros produtos, a diferença chegou a 226,48%, como é o caso do genérico do Maleato de Dexclorfeniramina, para doenças alérgicas. O Cloridrato de Fenilefrina, utilizado para sintomas gripais, foi de 26,40%, de R$ 8,90 passou para R$ 11,25 em outro estabelecimento. O que menos variou de preço foi o xarope para tosse, visto por R$ 10,10 em uma farmácia e R$ 11,30 em outra.

Nesta quinta-feira (20) é celebrado o Dia do Farmacêutico, data que presta homenagem a esses profissionais do segmento da saúde e lembra a criação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), que ocorreu neste mesmo período em 1916.

A ideia para instituir a comemoração partiu do farmacêutico Oto Serpa Grandado, que questionou o fato de não existir uma data para celebrar a profissão. Após muita insistência, o Dia do Farmacêutico foi instituído em 2010, pela Lei n.º 12 338.

##RECOMENDA##

O farmacêutico desempenha um papel essencial para a sociedade, pois é graças a esses profissionais, que os medicamentos e vacinas são produzidos. Mas, engana-se quem pensa que a profissão de um farmacêutico se resume apenas ao desenvolvimento de remédios.

Segundo o professor do curso de farmácia da Universidade Guarulhos (UNG), Anderson Carniel, existem atualmente 70 áreas de atuação, que vão desde o atendimento em farmácias, análises clínicas, veterinária, indústria farmacêutica e indústria cosmética. “São várias áreas onde estão envolvidas a produção, o controle de qualidade, o diagnóstico, a orientação e a dispensação de medicamentos”, explica.

O professor destaca que a rotina de um profissional de farmácia gira em torno da orientação de uso dos produtos, atenção e foco no paciente, assim como os processos de saúde onde o medicamento e os diagnósticos de análises clínicas estão envolvidos. “O farmacêutico precisa ter os ouvidos bem abertos, para poder compreender as necessidades do paciente e também, bastante olhar crítico em relação a fiscalização de insumos e produtos acabados”, descreve Carniel.

Diferente de médicos e enfermeiros, que trabalham diretamente com pacientes, o professor ressalta que o foco do profissional de farmácia é o medicamento. “A linha tênue que os separa, é que o farmacêutico não prescreve medicações, ele apenas faz a preparação, separação e triagens para gerar economia de custos”, exemplifica Carniel.

De acordo com Carniel, um estudante que deseja atuar na área da farmácia, precisa estar atento às novidades que surgem na internet. “É necessário sentir o chamado de querer salvar pessoas, melhorar o estado de vida, produzir os melhores medicamentos e desenvolver novos produtos cosméticos. Isso vai exigir muita criatividade, perspicácia e atenção às novidades da internet, pois é esse o profissional farmacêutico que a sociedade espera”, define.

 O profissional farmacêutico na pandemia

Durante a pandemia de Covid-19, Carniel lembra que o farmacêutico tem o papel fundamental de realizar os conhecidos testes rápidos de Covid, além de também estar envolvido no desenvolvimento e no controle de qualidade das vacinas disponíveis. “Assim como também, a pesquisa de prováveis medicamentos que podem ajudar a melhorar um estado de vida e oferecer uma possível cura”, destaca.

Carniel pontua que o profissional precisa observar as melhores informações, para evitar que a sociedade faça uso de medicamentos que não possuem eficácia contra o vírus. “É claro que nós temos o uso de outros medicamentos que ajudam a salvar vidas, porque evitam o agravamento pulmonar. Existem alguns antibióticos e corticosteróides que com condutas médicas e protocolos adequados, se mostraram importantes no tratamento, ”, finaliza. 

Aprovado na Câmara dos Deputados em 17 de dezembro, o projeto que trata da bula digital dos remédios será analisado pelo Senado (PL 3.846/2021). De autoria do deputado André Fufuca (PP-MA), o projeto permite aos laboratórios inserirem QR Code nas embalagens de medicamentos para acesso a uma bula digital. A matéria terá o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) como relator no Senado.

  O autor do projeto aponta que tem sido cada vez mais comum o emprego de documentos digitais, acessíveis mediante a leitura do QR Code por meio do telefone celular. André Fufuca argumenta que a bula digital não ocupa espaço e permite a elaboração de ilustrações e outros recursos, que poderão ser úteis para deficientes visuais e analfabetos. Além disso, os laboratórios poderão atualizar o documento, sempre que necessário. 

##RECOMENDA##

Conforme o texto aprovado na Câmara, a bula impressa continua sendo exigida e não poderá ser dispensada — exceto em casos a serem definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As bulas digitais deverão ser hospedadas em links autorizados pela agência, e o laboratório poderá inserir outras informações, além do conteúdo completo e atualizado, idêntico ao da bula impressa. O formato deve facilitar a leitura e a compreensão e deve permitir a conversão do texto em áudio e/ou vídeo mediante o uso de aplicativo adequado. 

Mapa

O substitutivo aprovado também revoga regras sobre controle de medicamentos constantes na Lei 11.903, de 2009, que previa um Sistema Nacional de Controle de Medicamentos por meio de banco de dados centralizado em instituição do governo federal para armazenamento e consulta das movimentações dos medicamentos. 

Com a nova redação dada à lei, o laboratório deverá possuir sistema que permita a elaboração de mapa de distribuição de medicamentos, identificando os quantitativos de comercialização e distribuição para cada lote e os destinatários das remessas. Esse mapa e as embalagens devem conter, obrigatoriamente, o número de lote do medicamento; a data de fabricação do lote; e a data de validade do lote. Após a conclusão da regulamentação, as demais etapas do sistema deverão ser implantadas em até 12 meses, segundo cronograma da Anvisa. 

*Da Agência Senado/Com informações da Agência Câmara de Notícias  

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando