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Um técnico de enfermagem do Hospital da Retauração (HR) foi preso em flagrante, nessa quinta (25), por falsificar receitas médicas para desviar remédios. A denúncia feita por servidores da unidade no Centro do Recife aponta que ele usava o carimbo de um médico que não trabalhava no local para retirar a medicação.

A direção do HR informou que os próprios servidores acionaram a Polícia Civil ao identificar que o plantonista de 25 anos usava a identidade do profissional para solicitar a retirada das substâncias.

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O caso foi registrado na Central de Plantões da Capital (Ceplac) como falsidade ideológica e peculato. O suspeito teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia e deu entrada no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.

Os atos de barbárie registrados em tempo real na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes, em Brasília, em uma tarde nublada de domingo, no dia 8 de janeiro do ano passado, deixaram um rastro de destruição do patrimônio público que, mesmo depois de um ano, ainda não foi totalmente recuperado.

A depredação provocada por golpistas atingiu parte do conjunto arquitetônico dos três principais palácios da República, que são tombados como patrimônio mundial, especialmente vidros, paredes e teto, mas foi especialmente severa em relação a equipamentos, mobiliário e obras de arte que faziam parte do acervo, muitos dos quais ainda passam ou passarão por delicados processos de restauração.

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"As equipes do [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] Iphan, por meio da superintendência no Distrito Federal, fizeram um minucioso levantamento dos danos, primeiro no conjunto arquitetônico, que é tombado. Nossa primeira ação foi a recuperação dos bens imóveis, como vidraçaria, mármore, recomposição dos plenários. Em seguida, ajudamos a elaborar relatórios sobre os bens integrados e bens móveis, painéis, obras de arte que faziam parte dos acervos de cada palácio. Eu creio que a gente teve uma resposta positiva do Brasil, como Estado, na capacidade de gestão da crise e dos bens recuperados", explicou o presidente do Iphan, Leandro Grass, em entrevista à Agência Brasil.

Museu da Democracia

Promessa da ministra da Cultura, Margareth Menezes, a criação de um memorial sobre os atos golpistas deve tomar forma por meio da construção do Museu da Democracia. A previsão é de investimentos da ordem de R$ 40 milhões no empreendimento, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A iniciativa foi anunciada pelo Ministério da Cultura (MinC) na última sexta-feira (5). Segundo a pasta, desde o início de 2023, após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, o órgão vem trabalhando para viabilizar a construção do museu.

O local foi definido após tratativas entre o MinC e a Secretaria de Patrimônio da União e será erguido no setor cultural de Brasília, lado norte da Esplanada dos Ministérios, ao lado do Teatro Nacional Cláudio Santoro. A destinação da área será formalizada por meio de acordo com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU).

Educação para a memória

Para Leandro Grass, além do crime contra o Estado democrático, os atos de vandalismo apontam para um outro desafio civilizatório, que é a salvaguarda do patrimônio cultural e artístico de um povo e uma nação:

"A primeira guardiã do patrimônio cultural é a própria população. Se a gente não conectar o povo ao seu patrimônio, é impossível preservá-lo."

A depredação do 8 de janeiro também impulsionou a retomada de uma agenda de educação patrimonial por parte do Iphan, que no ano passado lançou um edital no valor recorde de R$ 2 milhões para promover projetos, em todo o país, para o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio cultural brasileiro. "É preciso fomentar o sentimento de pertencimento da população com o que é patrimônio coletivo", acrescentou o presidente do Iphan.

Uma das cenas reproduzidas à exaustão e que ilustra o grau de selvageria e estupidez dos atos foi o momento em que um dos invasores, Antônio Cláudio Alves Ferreira, destruiu um relógio do século 17, que estava exposto no Palácio do Planalto.

Construído pelo relojoeiro Balthazar Martinot Boulle, a peça havia sido um presente da corte francesa ao imperador Dom João VI, em 1808. Tanto o relógio quanto a caixa de André Boulle, destruídos durante os atos de vandalismo, serão revitalizados a partir de um acordo de cooperação técnica formalizado com a Embaixada da Suíça no Brasil. Não é possível estimar o custo dessa recuperação, no momento.

Inventário do 8 de janeiro

Outras cerca de 20 obras destruídas no Palácio do Planalto passarão por um processo de restauração em um laboratório montado no Palácio da Alvorada, fruto de um acordo de cooperação com o Iphan e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

No Supremo Tribunal Federal (STF), que registrou quase mil itens furtados, quebrados ou completamente destruídos, os prejuízos materiais ultrapassam R$ 12 milhões, mas a restauração de obras de arte ainda não foi totalmente mensurada.

Já no Congresso Nacional, cerca de 82% das obras vandalizadas na Câmara dos Deputados passaram por tratamento, no entanto, muitas nem voltaram a ser expostas. No Senado, a recuperação dos bens musealizados totalizou mais R$ 483 mil, mas ainda há peças em processos de restauração.

A reportagem da Agência Brasil pediu um balanço atualizado sobre as reformas dos prédios e restauração dos bens vandalizados no 8 de janeiro, detalhados a seguir:

Palácio do Planalto

Os reparos e reformas na estrutura predial da sede da Presidência da República foram viabilizados pelos contratos de manutenção que já estavam em vigor. Ao todo, foram quase R$ 300 mil para consertos na parte elétrica, vidraçaria, divisórias, pintura, bancadas e tampos de mármore, peças sanitárias, gradil e elevador danificado.

Já a restauração das demais peças de valor histórico e artístico estão em andamento no laboratório montado para esse fim, sem prazo para conclusão e se custos estimados. A lista inclui:

- Pintura sobre tela As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti

- Escultura em bronze O Flautista, de Bruno Giorgi

- Escultura em madeira, de Frans Krajcberg

- Relógio histórico de Balthazar Martinot (em parceria com a Suíça)

- Pintura sobre madeira Bandeira, de Jorge Eduardo

- Escultura de ferro de Amílcar de Castro

- Mesa imperial em madeira

- Marquesa em metal e palha, de Anna Maria Niemeyer

- Retrato de autoria não identificada

- Ânfora portuguesa em cerâmica esmaltada

- Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues

- Pintura abstrata de autoria não identificada

- Pintura de batalha de autoria não identificada

Outras três obras importantes, como uma escultura de ferro, de Amílcar de Castro, a marquesa em metal e palha, de Ana Maria Niemeyer, e a mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues receberam cuidados de profissionais das equipes da Diretoria de Engenharia e Patrimônio da própria Presidência da República e foram restaurados.

Congresso Nacional

No Senado Federal, as obras e serviços necessários para recuperação das instalações físicas no edifício principal, no Anexo I e no Anexo II totalizaram R$ 889,4 mil. Em outubro, o Senado reinstalou a tapeçaria de Burle Marx no Salão Negro do Congresso Nacional. Nas contas do órgão, a recuperação dos itens de valor histórico e artísticos somou cerca R$ 483 mil, restado dois bens para serem revitalizados.

Um relatório disponibilizado pela Câmara dos Deputados mostra que 46 presentes protocolares que estavam em exibição na casa foram tratados e higienizados, sendo que um segue desaparecido e seis ainda em restauro, totalizando 84,78% de recuperação. Já a lista de obras de arte e bens integrados à arquitetura do prédio foram 82,3% restaurados.

Seguem em processo de restauro, por exemplo, a maquete tátil do Congresso, a escultura em bronze de Alfredo Ceschiatti (1977) e o painel Ventania, de Athos Bulcão.

O custo de recuperação de um total de 68 bens do acervo cultural da Câmara dos Deputados, entre pinturas, esculturas, presentes protocolares, painéis, entre outros, somou cerca de R$ 1,4 milhão, com pagamento de mão-de-obra especializada e reposição de peças.

Além disso, foram destruídos dezenas de outros móveis e equipamentos eletrônicos que causaram mais de R$ 1,3 milhão em prejuízo.

Supremo Tribunal Federal

A destruição no edifício-sede do STF gerou um prejuízo de R$ 8,6, com 951 itens que furtados, quebrados ou completamente destruídos, segundo a assessoria do órgão. Além disso, a despesa para reconstrução do plenário, com troca de carpetes, cortinas e outros, somou outros R$ 3,4 milhões, totalizando cerca de R$ 12 milhões em prejuízo para os cofres públicos.

Até o momento, o STF informou terem sido restaurados 116 itens:

- 22 esculturas (entre bustos, estatuetas, Crucifixo do Plenário e Estátua A Justiça);
- 21 telas e tapeçarias;
- 4 galerias de retratos (galeria de ministros, de presidentes, de diretores-gerais e secretários-gerais);
- 19 objetos (lustres, Brasão da República, vasos);
- 50 itens de mobiliário (cadeiras, mesas, móvel expositor da Constituição, etc.).

Também foi necessária a substituição de quatro telas do fotógrafo Sebastião Salgado. Seguem em análise três espelhos e nove cadeiras que ainda não tiveram a restauração concluída, em razão da necessidade de material específico que está sendo adquirido elo tribunal.

Ainda segundo o STF, há outros 15 itens, entre vasos e mobiliários, passíveis de restauração. Esse acervo, que sofreu maiores avarias, está sendo objeto de estudo para definição da técnica mais apropriada e do material necessário. Outros 106 itens históricos de valor imensurável, como esculturas e móveis que não puderam ser restaurados e não podem ser repostos, e foram registrados como perdas irreparáveis.

A Suprema Corte ainda não conseguiu mensurar o valor total a ser gasto com as restaurações em curso.

"Quanto aos insumos utilizados nas restaurações, além do material que o STF já tinha em estoque e de materiais que conseguiu gratuitamente em parcerias, houve aquisições ao decorrer do ano de 2023. Diante desses dados, não há como estimar o custo individual de cada restauração. Vale lembrar que os itens danificados, com natureza de patrimônio cultural, são de valor inestimável", informou a assessoria do tribunal, em nota à reportagem.

 

Um pequeno fragmento de coral-fogo (Millepora alcicornis) encontrado no leito do mar, desprendido do recife e coberto de areia, estaria fadado a perecer. Em pouco tempo, perderia a simbiose com as algas zooxantelas, que fornecem grande parte dos nutrientes para o hidrocoral, e morreria.

Mas, pelo menos em um trecho de litoral no município de Ipojuca, em Pernambuco, eles têm grandes chances de ser resgatados pelas mãos de cientistas e receber os cuidados necessários para que se restabeleçam e possam voltar sadios às franjas de recifes.

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Os responsáveis por cuidar dessa e de outras espécies de corais no litoral pernambucano são a equipe da Biofábrica de Corais, uma pequena startup (empresa iniciante) que, em 2017, recebeu autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para manejar os corais de Porto de Galinhas, em Ipojuca.

“A gente pega os corais, procurando sempre por uma parte do tecido ainda saudável, para garantir que ele possa se recuperar. A gente então o fragmenta [em partes menores], porque isso favorece o crescimento”, explica María Gabriela Moreno, venezuelana que coordena as operações da biofábrica.

Com a fragmentação, um coral se transforma em vários indivíduos. Os pedaços são colocados em uma base de plástico ecológico, para que possam se recuperar e crescer. O trabalho é feito em dois locais: no próprio recife, em Porto de Galinhas; ou em tanques em uma sala do Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), vinculado ao ICMBio e localizado em Tamandaré, município vizinho.

Depois que atingem um tamanho adequado, os corais são amarrados em pedaços de pedra ou concreto e reposicionados nos recifes de Porto de Galinhas.

Turismo

Porto de Galinhas é, aliás, um destino turístico que depende dos corais. Sua atração mais famosa são as piscinas naturais, formadas no meio dos recifes que se localizam a poucos metros da costa.  

Justamente por isso, atrai milhares de turistas todos os anos, o que traz recursos para a cidade e gera renda para os moradores, ao mesmo tempo em que ameaça o frágil equilíbrio desse ecossistema.

No primeiro semestre deste ano, apenas uma operadora de viagens embarcou 20 mil turistas para Porto de Galinhas, segundo a prefeitura de Ipojuca.

“Na bancada recifal, tem aproximadamente 80 jangadeiros que vivem de levar as pessoas para pisar no coral”, explica o engenheiro de pesca Rudã Brandão, gestor da Biofábrica de Corais.

O pisoteio do recife é apenas um dos impactos diretos provocados pelo turismo de massa. Turistas também esbarram nos corais com braços e nadadeiras, quebrando estruturas coralíneas; deixam lixo nas piscinas naturais; afugentam a vida selvagem; e alimentam peixes, interferindo no ciclo da natureza.

Armando Júnior tem 48 anos e trabalha como jangadeiro desde que tinha 14 anos. Segundo ele, apesar do grande número de turistas, há hoje uma preocupação maior com a preservação dos recifes.

O pisoteio, por exemplo, é restrito às 'zonas de sacrifício', marcadas por boias, que concentram os turistas para evitar a degradação de outras áreas recifais. O número de jangadeiros também é limitado a cerca de 80. Não é possível alugar ou vender o registro de jangadeiro, sendo permitido apenas passá-lo para um dos filhos.

“Antes, eu levava oito, dez pessoas numa jangada, deixava lá [no recife] e marcava um horário para buscar. Hoje não, o passeio tem duração de uma hora e o jangadeiro acompanha em tempo integral, é limitado o número de pessoas. O tempo de permanência no recife é de 20 minutos. Fica 20 minutos, tira foto e embarca na jangada para uma piscina”, conta Júnior. “O recife de coral é a minha vida, tudo o que eu tenho, é graças ao ambiente recifal”.

Outro morador de Ipojuca que vive dos corais é o instrutor de mergulho Pedro Gabriel Maia, de 27 anos:

“Aqui, sem os corais, não teria o turismo, que é importantíssimo. É isso que move a cidade, com os passeios de jangada, o mergulho nas piscininhas. Sem os corais, Porto de Galinhas não seria Porto de Galinhas.”

O excesso de turistas, no entanto, mesmo com as restrições impostas, coloca em risco a própria viabilidade da praia como um destino voltado à experiência da natureza. Pedro explica que, há alguns anos, os recifes tinham muito mais vida marinha do que hoje em dia.

“Tinha maior quantidade e maior variedade [de espécies]. Eu mergulho há 19 anos e o que pude observar nesses anos mergulhando é justamente a degradação e a diminuição da quantidade e variedade de animais em geral, principalmente dos corais. E o coral é a base de tudo, onde ele vai diminuindo, vai morrendo, vai diminuindo também a diversidade e a quantidade de outros animais”.

Restauração

Na tentativa de resolver o dilema entre o aumento do turismo e a preservação ambiental, a Biofábrica de Corais resolveu aproveitar seu projeto de restauração para envolver também os turistas.

O projeto oferece aos visitantes a possibilidade de mergulhar nos recifes e, ao mesmo tempo, ajudar na sua conservação, reintroduzindo espécimes de corais no seu habitat natural.  

Como é uma empresa voltada para a pesquisa, a biofábrica tem autorização para explorar, com exclusividade, uma área do recife de Porto de Galinhas. É nesse local que os corais se reproduzem e são reintroduzidos, com a ajuda dos próprios turistas.

“A gente está entrando em uma nova era de relação com a natureza. O recife de coral não pode mais ser concebido como algo que pode se manter sozinho. Todo recife de coral vai precisar ter alguém salvaguardando-o”, explica Rudã Brandão.

“A gente oferece essa experiência de a pessoa ir até a bancada recifal e não destruí-la. Pelo contrário, ela entrega algo mais para a bancada”.

No litoral de Porto de Galinhas e Tamandaré existe cerca de uma dezena de espécies de corais construtores de recifes. Hoje, a biofábrica trabalha com o coral-fogo e também com a Mussismilia harttii, mas a ideia é começar a reproduzir e reintroduzir outras variedades.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de Pernambuco informou que os recifes de corais são um dos principais ecossistemas marinhos do estado e que, atualmente, tem dez projetos voltados diretamente para sua conservação, como os planos de combate ao lixo no mar e de combate a espécies invasores; e o estabelecimento de regras e zonas para a prática de turismo náutico e para a pesca.

Além disso, a Secretaria informou que desenvolve ações que, “transversalmente, estão a beneficiar os recifes de corais, como a Política Estadual de Resíduos Sólidos, que envolve a capacitação de todos os municípios do estado para lidar com seus resíduos e rejeitos sólidos e líquidos”, informou a nota.

*A equipe da Agência Brasil viajou a convite da Fundação Grupo Boticário

As obras de recuperação de engenharia nas áreas do Senado atingidas na invasão de 8 de janeiro já estão praticamente prontas, e devem estar concluídas até a posse dos novos senadores, marcada para esta quarta-feira (1º), às 15h. 

Em entrevista à Agência Senado, o diretor da Secretaria de Infraestrutura do Senado (Seinfra), Nélvio Dal Cortivo, afirmou que todos os serviços de engenharia previstos para a posse já foram feitos.

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Segundo ele, há poucas exceções, como a recolocação das pedras de mármore — que demandam um tempo maior para a troca, para que a textura encontrada seja exatamente igual à peça original. Esse serviço, porém, já está bem encaminhado e não vai comprometer a cerimônia, disse o diretor. 

Em 8 de janeiro, um domingo, um grupo de manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiu os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, quebrando móveis, vidros e obras de arte, como forma de protestar contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os atos antidemocráticos foram reprimidos pela Polícia Legislativa do Senado, que deteve 39 manifestantes. Os senadores também se manifestaram, condenando os atos de vandalismo.

Para o diretor, recuperar as obras e os prédios é uma forma de mostrar que a democracia existe e deve seguir firme e forte. "É um simbolismo, sim! A democracia tem que existir sempre, em qualquer situação", declarou. 

Custos

Nélvio Dal Cortivo informou que as obras de recuperação na parte de engenharia devem ficar em torno de R$ 1 milhão. Essa estimativa, destacou o diretor, não inclui equipamentos de segurança e obras de arte, ficando restrita à parte de engenharia, como carpetes e vidros. 

O reparo das obras de arte do acervo histórico também deve demandar R$ 1 milhão. A gestão do acervo identificou 14 obras danificadas pelos extremistas. A previsão da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, é que o custo total das obras de recuperação deve ficar entre R$ 3 e R$ 4 milhões. 

Retomada

A expectativa é que as obras de recuperação no Senado durem até o fim de fevereiro. A Seinfra vem trabalhando desde o dia da invasão na recuperação da parte de engenharia, como portas, vidros, pinturas e carpetes.

Na semana passada, o secretário-geral da Mesa, Gustavo Sabóia, declarou que em menos de um mês os estragos foram quase todos recuperados e não vão comprometer a cerimônia de posse, no dia 1º, ou a abertura do Ano Legislativo, no dia 2.

Na visão de Sabóia, todo ato do Congresso agora será uma demonstração de que as instituições seguem funcionando. "Esses atos criminosos podem ferir a democracia, mas não vão matá-la. A grande mensagem que se pode passar é que as instituições seguem funcionando normalmente", ressaltou. 

Nesta segunda-feira (30), o Senado volta a expor o quadro Trigal na Serra, de Guido Mondin. A obra, danificada durante o vandalismo do dia 8, retorna à recepção da Presidência da Casa, depois do trabalho do restaurador Nonato Nascimento. Ele se disse emocionado com o trabalho de recuperação do quadro. "Quando terminei o trabalho de restauração, foi uma alegria no laboratório. Ela ficou linda de novo, está perfeita", afirmou. 

*Da Agência Senado

O Senado terminou a recuperação de uma das 14 obras de arte que foram danificadas durante os atos golpistas de 8 de janeiro. A primeira obra restaurada é o quadro Trigal na Serra, produzido em 1967 pelo pintor brasileiro Guido Mondin. A tela será reposta na recepção da presidência da Casa.

Após a retomada do controle do Congresso pelas forças de segurança, o quadro foi encontrado no chão, separado da moldura. A obra estava encharcada de água e tinha sofrido arranhões provocados por estilhaços de vidro.

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O trabalho de recuperação foi feito pelo laboratório de restauração do Senado. Foram retirados fungos provocados pela umidade e fragmentos de vidro. Uma prensa foi utilizada para planificar a tela, que também ficou empenada.

Guido Mondin produziu cerca de 4 mil telas, que estão expostas no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.  Além de pintor, ele atuou como deputado federal e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Mondin morreu em 2000, aos 88 anos.

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), até o momento, os prejuízos causados pela depredação às instalações do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) chegaram a R$ 18,5 milhões. O valor está sendo cobrado na Justiça pelo órgão para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro de 2022, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente. As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Exatos quatro anos depois do incêndio que destruiu boa parte do Museu Nacional e seu acervo, a fachada principal do Palácio de São Cristóvão está inteiramente restaurada, bem como o jardim na frente do prédio histórico na Quinta da Boa Vista. O fim da primeira etapa das obras faz parte das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil.

A reconstrução do prédio em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense, destruído pelo fogo em 2 de setembro de 2018, só deverá ser concluída em 2026. Mas é simbólica a entrega da fachada amarela com 31 esculturas no topo e do jardim da mais antiga instituição científica do País. O Museu Nacional foi criado em 1808, com a chegada da Família Real.

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As obras de reconstrução só começaram de fato em novembro do ano passado. Até então foram feitos serviços de escoramento do prédio, instalação do telhado provisório, garimpo do acervo nos escombros e limpeza das peças.

Originalmente, o Palácio São Cristóvão pertencia ao comerciante português Elias Antonio Lopes. Ele fez fortuna com o tráfico de pessoas escravizadas da África.

Em 1808, o prédio foi cedido para moradia da recém-chegada Família Real, "em troca de concessões, influência na corte e títulos". O museu propriamente dito foi fundado em 1818 por D. João VI com o acervo trazido pela corte. O museu só passou a ocupar o Palácio São Cristóvão em 1892.

"Estamos vivendo um momento histórico", afirmou o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner. "Podermos, no Bicentenário da Independência, entregar uma pequena parte do Museu Nacional, esse patrimônio do Brasil, paisagem afetiva e cartão-postal do Rio de Janeiro. E isso depois de apenas quatro anos da maior tragédia no cenário cultural brasileiro. O amarelo ocre da fachada e o verde das portas são as mesmas cores do período imperial, ressaltando o compromisso do projeto em preservar a identidade e a trajetória arquitetônica do palácio."

Pelo menos 150 profissionais estiveram diretamente envolvidos na restauração da fachada. Com um orçamento total de R$ 23,6 milhões, as obras nas fachadas e coberturas do bloco histórico seguem até fevereiro de 2023.

Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1951, a Igreja Matriz dos Santos Cosme e Damião, considerada a mais antiga em funcionamento no Brasil, foi reaberta esta semana, depois de dois anos em obras de restauração. Construída a partir de 1535, a pedido do donatário da capitania hereditária de Pernambuco à época, Duarte Coelho, a igreja constitui o ponto mais visitado do sítio histórico de Igarassu, município situado na região metropolitana de Recife. A edificação tem estilo maneirista, que em arquitetura significa uma transição entre os estilos renascentista e barroco, e passa a abrigar, a partir de agora, um espaço expositivo em sua casa paroquial.

As obras tiveram o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da Lei de Incentivo à Cultura. A instituição destinou R$ 4,2 milhões, em recursos não reembolsáveis, para o projeto. Além do restauro das edificações, os investimentos incluíram a implantação de sistemas de prevenção, detecção e combate a incêndio; recuperação de toda a rede elétrica; e adaptação de forma a ampliar a acessibilidade a portadores de necessidades especiais.

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O diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, destacou que a cidade de Igarassu possui um rico patrimônio histórico, que narra parte relevante da formação territorial e econômica do país. “O projeto apoiado pelo BNDES devolve à sociedade um patrimônio restaurado e equipado para contar essa história. Com ações voltadas para educação patrimonial e desenvolvimento de um programa turístico do centro histórico, vamos contribuir para qualificar o turismo e dinamizar a economia na região”, disse o diretor.

Novo espaço

Instalado no primeiro andar da casa paroquial, o novo espaço expositivo e educativo conta a formação da capitania de Pernambuco, a história da própria Igreja dos Santos Cosme e Damião e da cidade de Igarassu. O público poderá conferir, em um mapa, os demais equipamentos culturais do município. No local, foi instalado um café, cuja receita será revertida para a manutenção da igreja e do próprio espaço expositivo. Os dois espaços passarão a receber visitas com guias especialmente treinados para essa finalidade e terão agendamento para escolas, faculdades e agências de turismo.

De acordo com informação da prefeitura de Igarassu, foram restaurados o altar-mor e parte da estrutura da igreja, anteriormente danificados. As peças do Museu de Arte Sacra, ligado à igreja, receberam medidas de conservação preventiva, devido ao seu elevado valor histórico, sobretudo por retratar diversos acontecimentos marcantes do passado, como as invasões holandesas no Brasil.

A obra foi planejada pelo Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH).

Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) são os responsáveis pela construção de projeto para restauração elétrica e estrutural do Edifício Holiday, localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

O trabalho dos alunos é realizado de forma voluntária e faz parte de um projeto de extensão da UFPE. O projeto ainda será apresentado para a Neoenergia.

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O Edifício Holiday está desocupado desde 2010, após interdição judicial por apresentar problemas estruturais e colocar em risco cerca de três mil moradores. O imóvel foi construído em 1956 e conta com 476 apartamentos e 17 andares.

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A Prefeitura do Recife anunciou que irá iniciar a recuperação dos 60 quiosques dispostos nas orlas de Boa Viagem e do Pina, na Zona Sul da capital pernambucana. A gestão municipal assume o comando dos trabalhos após encerrar o termo de cooperação firmado em julho de 2020 com a Associação dos Barraqueiros de Coco do Recife (ABCR), e que previa que os próprios comerciantes seriam responsáveis pela requalificação dos quiosques, captando recursos junto a empresas privadas. Por considerar a intervenção urgente, a prefeitura afirmou que, em comum acordo com a categoria, decidiu assumir as revitalizações.

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A requalificação das orlas deve acontecer a partir de fevereiro de 2022, com o prazo de execução, para todos os equipamentos, de 15 meses - logo, a obra deverá ter seu fim entre maio e junho de 2023, sem contar com atrasos que eventualmente podem vir a acontecer. A licitação deve ser publicada no Diário Oficial do Município ainda nesta sexta-feira (12), de acordo com o prefeito João Campos (PSB). O investimento será de R$ 10,2 milhões e será 100% arcado pelo Tesouro Municipal.

“Os quiosques serão completamente móveis, então vai ser outra estrutura, outro layout, e foi feito conversando com os quiosqueiros, com especialistas que participaram da concepção. Então ele tem uma maior área de cobertura, e uma maior área interna. Essa coluna central, que é muito criticada pelos quiosqueiros, vai ser retirada. Então é um novo projeto, vai ser maior, com uma estrutura muito mais moderna. Todos os 60 quiosques serão repaginados”, disse Campos.

Os serviços serão realizados em 10 lotes de seis quiosques cada. O valor do projeto representa 50,54% a menos que os R$ 20,7 milhões previstos no estudo promovido pela Associação dos Barraqueiros de Coco do Recife. As obras dos novos quiosques da orla serão executadas pelo Gabinete de Projetos Especiais e contam com a parceria da Secretaria de Políticas Urbanas e Licenciamento.

Identidade recifense nos quiosques

Os quiosques terão tamanho padrão de 39,8 metros quadrados de área coberta, sendo 12,14 metros quadrados de área interna - maiores que as estruturas atuais. A ideia do projeto é realizar a transição entre o ambiente natural da praia e o construído - calçadão e avenida - mantendo aspectos de segurança, durabilidade, manutenção, funcionalidade e acessibilidade.

De acordo com o comunicado, o sistema de lajes de concreto de alto desempenho vai garantir segurança e durabilidade aos quiosques, além de facilitar a manutenção. Com isso serão evitados os arrombamentos que viraram constantes na orla. A PCR garantiu que a acessibilidade está contemplada no projeto - os equipamentos têm previsão de balcão acessível para atendimento de cadeirantes. O projeto terá identidade recifense, com a preservação da herança arquitetônica, da memória urbana e da cultura popular da cidade. A laje plana projetada dialoga com a linha do horizonte da praia.

O concreto pigmentado na cor areia confere originalidade e contemporaneidade ao conjunto dos quiosques, como encontrado no Museu Cais do Sertão em Recife, no Paço das Artes em São Paulo, no Museu Casa Paula Rego em Portugal, ou mesmo, no Museu Iberê Camargo em Porto Alegre com o concreto branco estrutural.

O painel de azulejaria de tradição portuguesa e largamente utilizado na arquitetura moderna brasileira e pernambucana - a exemplo dos encontrados no Edifício Acaiaca em Boa Viagem, Edifício Barão de Rio Branco na Boa Vista, do arquiteto Delfim Amorim e nos volumes das cascas de cobertas pré-moldadas de Armando de Holanda no Parque dos Guararapes - foi incorporado ao projeto, com um redesenho das antigas velas e ondas das calçadas da Avenida Boa Viagem, se transformando num momento de resgate da memória urbana do Recife.

Os azulejos revestirão os depósitos que irão auxiliar na organização do novo layout interno. Os beirais amplos dos quiosques trarão sombras mais  generosas, dando o conforto ambiental tão necessário nas cidades tropicais.

“Os quiosques foram pensados de acordo com quatro pilares que são a historiocultura do Recife, a segurança, a funcionalidade e a durabilidade, e a acessibilidade. Em relação a historiocultura, a arquitetura foi pensada para ter revestimentos cerâmicos remetendo a azulejaria tradicional dos portugueses e terão desenhos conforme os calçadões antigos de Boa Viagem com velas e barcos”, comentou a chefe do Gabinete de Projetos Especiais Cinthia Mello.

O governador Paulo Câmara cumpre agenda no município de Paulista na manhã desta sexta-feira (15). Entre outras ações, ele anunciará investimentos na infraestrutura local, como a licitação para as obras de restauração da PE-22, além de intervenções nos âmbitos de abastecimento de água, desenvolvimento urbano, assistência social e saúde.

As atividades fazem parte, segundo o governo, do Plano Retomada. Na educação, ele autoriza a licitação para nove coberturas de quadras e assina ordem de serviço para a construção de duas quadras cobertas.

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*Da assessoria de imprensa

Foram iniciadas, neste sábado (14), as obras de recuperação do prédio da unidade que foi desativada após um incêndio ocorrido em 2014, no Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). O local recebeu a visita do governador Paulo Câmara (PSB) na manhã de hoje, para oficializar a restauração. O investimento é de aproximadamente R$ 2,4 milhões, por meio de uma subvenção social, segundo o governo. De acordo com o governador, a instituição é referência em Pernambuco, e o início das obras trará reforço para a saúde pública no Estado.

“Iniciamos uma nova etapa dessa parceria, justamente para a recuperação dessa estrutura que foi danificada anos atrás, mas que agora recebe aportes do Governo de Pernambuco para ser totalmente requalificada. Teremos a abertura de novos serviços e leitos, no intuito de seguir avançando em uma área tão sensível como a oncologia”, destacou Paulo Câmara, que esteve acompanhado da vice-governadora Luciana Santos.

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O HCP recuperou o pavimento térreo e instalou no local o novo Centro de Quimioterapia. Com a subvenção, será possível recuperar os demais pavimentos, onde funcionarão o novo Centro de Transplante de Medula Óssea – TMO, 24 leitos para hematologia, 20 leitos de UTI, um novo centro cirúrgico com 12 salas e a central de material de esterilização, além de 13 leitos da sala de repouso. A previsão é de que até dezembro deste ano a reestruturação esteja concluída.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, parabenizou a iniciativa e reforçou a importância da instituição para a Rede Estadual de Saúde. “É preciso destacar a sensibilidade do governador Paulo Câmara em reconhecer o valor do hospital, enviando esse projeto de lei, que vai permitir ampliar os serviços da oncologia. Essa ação vai qualificar a assistência do hospital, ampliar a capacidade de atendimento, fortalecendo toda a assistência ao pacientes oncológicos de Pernambuco”, frisou.

Com a ampliação do prédio, devem ser oferecidos os serviços de transplante de medula óssea e enfermaria dedicada a esses pacientes, além de uma área que vai ser ampliada para centro cirúrgico e uma nova UTI, de acordo com o superintendente geral do HCP, Hélio Fonsêca.

Esta semana se comemorou o Dia Mundial dos Arquivos, data instituída durante a Assembleia Geral do Conselho Internacional dos Arquivos (CIA) em 2007, órgão criado  pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), como forma de refletir sobre a importância dos  arquivos enquanto documentos  que marcam a história da humanidade,  relembrando a importância deles para a preservação da memória.

Dentre os profissionais que se destacam quando o assunto é arquivos antigos e fotografias, estão aqueles que trabalham com restauração de imagem. Este é o caso de Daniel Herrera. Ele é designer, especialista em fotografia, e trabalha com restauração de imagens, de forma semelhante à pintura digital. “Quando recebo uma imagem para restaurar, faço um processo de escaneamento dessa imagem, que geralmente está deteriorada, ou desgastada pelo tempo, transformando-a em uma imagem digital de alta resolução”, conta.

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Todo esse processo de restauração de imagem é feito por etapas. Herrera explica que uma das ferramentas usadas para seu trabalho é o software Adobe Photoshop, no qual é possível trabalhar melhor o uso da iluminação e das cores. “Removo manchas, furos e refaço tudo que é possível para deixar a imagem o mais próximo possível da [versão] original. Assim, concluo o processo realizando uma revelação fotográfica, que é o processo químico fotográfico para que essa imagem digital se torne novamente uma fotografia revelada em papel”, detalha.

O especialista conta que a maioria das imagens pode ser restaurada, mas antes é preciso fazer uma análise para constatar quais são as partes da fotografia que podem ser recuperadas, para que assim possam ficar mais próximas ou iguais à original. “Também analiso nesta imagem que partes estão mais deterioradas, nas quais  possivelmente deverão ser empregadas as técnicas de pintura. Depende bastante do estado para me aproximar novamente do que era a original”, explica Herrera.

Ele lembra que a fotografia é parte fundamental da lembrança, da memória, e é um lugar de saudosismo fundamental da nossa história, mas muitas pessoas não dão o devido valor à preservação de fotografias antigas, por conta da era digital. Entretanto, seja qual for o tipo de registro, para Herrera, é importante celebrar e lembrar do Dia Mundial dos Arquivos, para ter em mente que os arquivos de modo geral são memórias. “ Um povo que não sabe a sua história e não conserva essa memória, infelizmente se confunde no que é a realidade do presente”,  reflete.

Como preservar fotografias analógicas e digitais?

O coordenador do curso de Fotografia da Universidade Guarulhos (UNG) e professor da disciplina Gerenciamento de Acervos Fotográficos, Alex Francisco, explica que uma fotografia impressa entra em processo de deterioração a partir do momento em que é revelada. “É natural que ela se decomponha com o passar dos anos. O que podemos fazer é, por exemplo, tomar medidas de conservação e preservação para que essas fotos possam durar um maior tempo”, analisa.

Como primeira dica, Francisco recomenda fazer uma análise das fotos, para verificar o estado delas. Imagens com manchas e sujidades podem passar por um processo de limpeza mecânica, feita com pincel e pó de borracha. Também é importante que as fotografias estejam embaladas em plásticos ou papel com o selo Acid Free ou o PAT (Photography Activity Test). “Outro fator importante é não manipular as fotos com as mãos nuas, sempre usar luvas, pois os resíduos dos nossos dedos ficam na imagem e causam manchas. O que parece inofensivo para nós, causa um dano maior na fotografia revelada”, orienta.

Já quando se trata de armazenamento e cuidados com fotografias digitais, Herrera conta que é possível se organizar no sistema físico do computador, catalogando as imagens em pastas separadas por ano, mês, ocasião específica e etc. "Assim, na hora de procurar uma fotografia, posso encontrá-la facilmente através do buscador dentro do sistema. Catalogar imagens é uma técnica livre, vai depender do volume e da quantidade, e cada um pode criar o seu próprio sistema de critérios para organizá-las”, afirma.

Outra alternativa, é o sistema de nuvem. “Ele é muito importante para esse backup de arquivos, pois o sistema físico pode sofrer danos que são irreversíveis. Eu já perdi fotos, por exemplo, em uma hd que simplesmente parou de funcionar”. Alguns sites que podem servir para armazenamento são: Flickr, Google Fotos e 500px. “Esses sites e sistemas de armazenamento são um mercado que cresce a cada dia, acredito que em um futuro próximo as fotografias estarão somente no armazenamento em nuvem, que realmente traz mais segurança referente a esses dados”, projeta.

 

A empresa cinematográfica francesa MK2 Productions, em parceria com a distribuidora internacional Piece Of Magic, anunciou que vai restaurar obras de Charles Chaplin (1889-1977). A ação acontece como forma de comemorar alguns títulos do cineasta que completam 100 anos, como o longa-metragem "O Garoto" (1921).

A MK2 está responsável pela restauração 4K do filme, que será exibido em meados de setembro na França. "O Garoto" mostra o icônico personagem que Chaplin deu vida, o Carlitos, um homem pobre, que veste smoking e chapéu-coco, e que tenta proteger a todo custo um garoto que foi abandonado pela mãe quando ainda era um bebê.

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Já a Piece of Magic está responsável por trabalhar com uma rede de exibidores para lançar este e outros filmes em cerca de 50 países ao redor do mundo. Entre os filmes que serão restaurados, seja em 2K ou 4K, estão "Em Busca do Ouro" (1925), "O Circo" (1928), "Luzes da Cidade" (1931), "Tempos Modernos" (1936) e "O Grande Ditador" (1940).

Chaplin é considerado um dos pilares na história da sétima arte. Embora tenha dirigido e atuado em muitos filmes mudos, suas produções trazem mensagens atemporais sobre classes sociais, preconceito e cenários políticos. Em duas ocasiões, Chaplin recebeu o Oscar honorário. A primeira vez, em 1929, ano de estreia da premiação, que prestigiou o artista pela genialidade, e em 1972, quando a Academia reconheceu o trabalho dele como uma contribuição sem precedentes para o cinema.

Por Thaiza Mikaella

A primeira profissão de José Érico Serafim, de 33 anos, foi pintor. Sobrevivia com a realização de outros bicos, mas a pintura lhe fascinava mais. A profissão foi interrompida quando ele acertou dois tiros em um adolescente de 13 anos em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), em 2014 e foi preso e condenado por tentativa de homicídio. A pintura voltou para a sua vida agora e ele a enxerga como um caminho para parar de cometer erros e organizar sua vida e a de sua mãe. 

Serafim é integrante do projeto Pinte Seu Patrimônio, uma parceria entre o Governo de Pernambuco e a Prefeitura de Olinda, que busca manter preservado o Sítio Histórico da cidade. No projeto, o morador é responsável por adquirir os materiais para a reforma de seu imóvel, enquanto o Governo do Estado oferece a mão de obra carcerária por meio do Patronato Penitenciário e da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), e a prefeitura, o apoio técnico. O projeto foi um dos vencedores da 32ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2019.

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“Hoje eu me sinto uma pessoa melhor”, diz Serafim. Ele mora em uma palafita com a mãe em Olinda e sonha em construir uma casa de tijolo para os dois após conseguir a liberdade. 

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Para os moradores, a vantagem é a economia e a preservação de seu bem. Eles não gastam com a contratação de mão de obra especializada, que seria necessária para esse tipo de recuperação.

Já os reeducandos recebem capacitação e uma chance de se integrarem ao mercado de trabalho. Segundo a secretária executiva de Patrimônio de Olinda, Ana Cláudia Fonseca, diversas vezes os moradores contrataram os reeducandos para serviços extras. “O projeto oferece uma inclusão social dos reeducandos. Eles estão vivenciando o dia a dia do Sítio Histórico”, destaca a secretária.

O detento Roberto da Silva, 52, trabalhava como servente de pedreiro e foi preso por roubo. Desde 2018 usa tornozeleira eletrônica e dorme em sua casa no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. “Não tenho mais idade para estar dentro do sistema penitenciário. Minha rotina lá era de aperreio e estresse. Minha família sofria humilhação na fila, humilhação dos agentes penitenciários”, recorda ele enquanto faz a decapagem de um casarão na Rua de São Bento, onde funciona o Olinda Sorvetes e Sucos. Roberto espera poder continuar com o serviço de restauro.

A pintura não é feita com tinta acrílica tradicional, que, nas casas de alvenaria antiga, gera bolhas na parede e pode danificar a estrutura. O material utilizado no Pinte Seu Patrimônio é cal, por permitir que a parede respire. 

O morador do Sítio Histórico interessado em inscrever seu imóvel deve comparecer à Secretaria de Patrimônio. Ele precisa estar com o IPTU em dia e não ter nenhum processo de dano ao patrimônio não resolvido. A secretaria fica localizada na Rua de São Bento, 160, bairro do Varadouro.

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O histórico quadro "Independência ou Morte", de Pedro Américo (1843-1905), é uma das principais atrações do Museu Paulista, no bairro do Ipiranga, região sul de São Paulo. A obra, apresentada pela primeira vez ao público em 7 de setembro de 1895 durante a inauguração do ambiente reservado para a história do Brasil, passa por um cuidadoso processo de restauração no Salão Nobre do Museu do Ipiranga. A ideia é que a pintura esteja pronta para a reinauguração do espaço programada para acontecer em 2022, ano em que o "Grito de Independência" completa 200 anos.

Uma equipe especializada repara os danos causados por ação do tempo para que a obra tenha de volta as cores originais. Para recompor pontos de perda nas camadas da pintura e retirar vestígios de outros restauros, os profissionais são acompanhados por pesquisadores do Instituto de Física e do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP).

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Os acadêmicos assessoram o time de restauradores utilizando técnicas com equipamentos capazes de mostrar os materiais empregados durante o processo criativo do autor. Para expor traços iniciais feitos a grafite ou carvão por Pedro Américo, alguns recursos tecnológicos como a reflectografia de infravermelho, a espectroscopia por fluorescência de raios X e a espectroscopia Raman são essenciais para que o quadro seja reconstruído por completo.

De acordo com os especialistas, os recursos empregados na restauração também possibilitaram o reconhecimento de intervenções anteriores na mesma tela. Um tom amarelado indevido em uma certa região do céu é um exemplo identificado pela tecnologia. Os artifícios ainda permitiram o acesso a informações escondidas por Pedro Américo. Segundo os estudiosos, há "figuras de arrependimento" do autor como a traços alusivos a um cavalo que só foi observado com o uso do infravermelho.

Após finalização do trabalho de restauro, o quadro será revestido com verniz de alta qualidade para não amarelecer com o tempo. O procedimento seguirá sendo feito no próprio Salão Nobre do Museu do Ipiranga, sem retirar a tela da parede. De acordo com Yara Petrella, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela USP e especialista em conservação e restauro do Museu Paulista, em entrevista à Agência Fapesp, não há justificativa para desmontar toda a pintura, pois a ação provocaria danos à moldura fabricada em folha de ouro. A quadratura também está sendo restaurada.

Os danos causados por uma bomba da Segunda Guerra Mundial, o amianto ou a contaminação, descobertos recentemente, fizeram disparar os custos de reparo do famoso Big Ben, em Londres, que está em obras há dois anos.

Os custos da restauração da torre Elizabeth, que abriga o famoso relógio e seu sino, vai beirar os 80 milhões de libras esterlinas (103,6 milhões de dólares), anunciou o Parlamento britânico.

Após precisar de um aumento de 32 milhões de libras em 2017, a restauração quase 19 milhões de libras adicionais. A restauração acabou se revelando "mais complexa que o previsto", destacou em um comunicado Ian Ailles, diretor-geral da Câmara dos Comuns.

Apesar dos gastos adicionais, que devem ser aprovados pelas duas câmaras do Parlamento britânico, a reabertura ao público da torre de 96 metros continua prevista para 2021.

Com essas obras, será reparada a esfera e o mecanismo do relógio, as fissuras da torre e a corrosão do telhado, além do marco em torno da esfera, à qual será devolvida a cor original do século XIX.

O edifício neogótico do arquiteto Augustus Pugin, concluído em 1856, apresenta os estragos da passagem do tempo e está inclinado 46 cm.

Os mais fervorosos defensores do Brexit queriam que badalasse por ocasião do divórcio da União Europeia, em 31 de janeiro, mas o sino não tocou.

Ao invés disso, foi projetada uma imagem do icônico relógio na fachada de Downing Street, residência do premier, Boris Johnson, e foi reproduzida uma gravação dos badalos do sino.

O trânsito da Avenida Agamenon Magalhães, no sentido Boa Viagem, área central do Recife, sofre bloqueio periódicos desde o meio-dia desta quinta-feira (30). Uma manifestação de técnicos em enfermagem e auxiliares do Hospital da Restauração interdita a via a cada dez minutos, apontou a assessoria do hospital.

O grupo reivindica o reajuste do salário e pede melhores condições de trabalho. Uma equipe da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) está no local e orienta os condutores.

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Uma criança, de cinco anos, foi picada por um escorpião enquanto dormia na ala pediátrica do Hospital da Restauração (HR), localizado na área Central do Recife, na noite desse domingo (11). O animal peçonhento foi encontrado no leito pela mãe da vítima, que deu entrada na unidade de saúde para tratar um quadro de dores abdominais e febre.

Após o ataque, o garoto se queixou de dor e disse que havia sido picado por uma formiga. A mãe tirou a criança do leito, momento que encontrou o escorpião. Ela relatou que o menino começou a reclamar de dormência no braço recebeu apenas uma medicação para o alívio da dor. Representantes da unidade de saúde explicam que o menino não tomou soro antiescorpiônico por não haver reação alérgica. 

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A assessoria do HR confirmou o caso e informou que o escorpião caiu de uma fissura do teto. A direção lamenta o ocorrido, e reitera que realiza higienização e prevenção em toda a área hospitalar, inclusive nos 833 leitos.

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Dois meses após o incêndio que destruiu a Catedral de Notre-Dame de Paris, apenas 9% dos € 850 milhões prometidos para sua restauração foram repassados, embora as autoridades esperem que o montante seja alcançado.

O incêndio que destruiu o telhado da catedral em 15 de abril provocou uma onda de solidariedade na França, com a multiplicação de promessas de doações - de pessoas físicas e jurídicas, como a gigante LVMH e a Kering. Mas, até agora, apenas € 80 milhões foram arrecadados e esse valor é composto principalmente por pequenas doações de indivíduos.

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Fontes do Ministério da Cultura disseram que as grandes empresas pediram para saber como os valores serão investidos. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um rato foi encontrado nessa terça-feira (7) dentro do Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife. Testemunhas registraram a confusão causada pelo roedor.

O animal foi visto no refeitório privativo para funcionários e acompanhantes, localizado no térreo da unidade de saúde, onde são servidas aproximadamente seis mil refeições por dia. A assessoria do HR informou que mantém um cronograma regular de dedetização e desratização do hospital.

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