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Hoje (19) é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. Inventado pelos irmãos franceses Auguste (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948), o cinematógrafo era uma máquina portátil que permitia captar as imagens, revelar o filme e, depois, também projetá-lo em uma tela. E há 125 anos, Afonso Segreto  filmava a Baía de Guanabara, o que é considerado o primeiro registro de imagens em movimento no Brasil. Os filmes brasileiros com os anos ganharam destaque e uma peculiaridade em alguns deles: a presença de iomportantes obras da arquitetura nacional nas produções cinematográficas do país. Confira a seguir, três construções históricas que aparecem em filmes brasileiros 

Brasília, em “Faroeste Caboclo” (2013) - a capital do Brasil em si já é uma obra de arte. O Plano Piloto de Brasília foi elaborado pelo urbanista e arquiteto Lúcio Costa (1902-1998) e os prédios públicos da cidade foram assinados por Oscar Niemeyer (1907-2012). Em “Faroeste Caboclo”, longa-metragem baseado na música de mesmo nome de Renato Russo (1960-1996) e dirigido por René Sampaio, Brasília aparece como plano de fundo, sendo o local onde a trama de João do Santo Cristo ocorre.  

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FAU-USP, em “Que Horas Ela Volta?” (2015) - estrelado por Regina Casé, o filme conta sobre o relacionamento entre Val e sua filha, Jéssica, que deseja cursar Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo (USP) – e em certo momento do filme, a personagem conhece o prédio da faculdade onde sempre sonhou em estudar. O edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo foi projetado pelo fundador João Batista Vilanova Artigas (1915-1985). Colocado pelo CONDEPHAAT como patrimônio cultural do Estado, o prédio tem o uso do concreto armado e a simplicidade de suas linhas como marca principal.  

Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, em “O Auto da Compadecida” (2000) - de Guel Arraes, este é um dos filmes brasileiros mais aclamados pelo público e crítica. A história, inclusive, ganhará uma sequência em 2024. O longa-metragem, baseado na peça teatral de Ariano Suassuna (1927-2014), foi filmado na cidade de Cabaceiras, interior da Paraíba. Um dos monumentos do local que aparece no filme é a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, construída pelo Capitão-mór Domingos de Faria Castro (1670-1740) em 1735. Foi ao redor dela que começou a surgir um povoado, que futuramente, se transformaria em Cabaceiras.  

 

A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) lançou o curso online “BIM, do conceito à prática”, voltado para engenheiros, arquitetos e demais profissionais ligados à construção civil. 

O curso, uma em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP), tem como objetivo conscientizar para a mudança na indústria da Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação (Aeco) provocada pelo uso global e colaborativo do Building Information Modeling (BIM), além de permitir o alinhamento de conceitos de modo a auxiliar na integração entre equipes ou organizações. 

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Os interessados podem se inscrever no site. O curso tem desconto especial para profissionais associados aos sindicatos da base da entidade, e pagam R$ 600,00; para os demais, a taxa é de R$ 800,00. 

O curso acontecerá entre os dias 5 e 7 de dezembro, das 19h às 22h. A formação possui uma carga total de 9 horas, e será realizado por meio de três aulas assíncronas, transmitidas através da plataforma zoom.  

Mais informações pelo Whatsapp: (11) 97275-7911 ou através do e-mail.

“Patrimônio edificado: presente vivido, passado lembrado” foi o primeiro assunto abordado na roda de conversa realizada no espaço das Vozes da Cultura Popular, na 25ª Feira do Livro e das Multivozes, em Belém. O encontro contou com a presença da arquiteta Paula Caluff Rodrigues, da psicóloga Andréa Mártyres e teve mediação da Karyna Moriya, do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC).

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A preservação do patrimônio percorre todo o conjunto que faz parte do bem material como referência, importância e significado para as pessoas e regiões. O Cemitério da Soledade, assunto de estudo da arquiteta Paula Rodrigues no livro "Duas faces da morte: corpo e alma do cemitério Soledade", reúne todos esses elementos a partir das devoções populares existentes no espaço. Paula falou do processo de tombamento do cemitério e de suas referências culturais e históricas.

“Eu comecei a conversar com os frequentadores do Cemitério Soledade, com as pessoas que fazem as devoções às almas, que sempre vão às segundas-feiras. Ficou um banco de dados que ajudou imensamente a entender como era esse processo do mesmo bem ser apropriado de diversas maneiras, tanto pela riqueza imaterial, que são as devoções populares, quanto pela riqueza material, que é um cemitério do século XIX, com uma arte característica da época, que retrata muito dessa sociedade”, observou Paula Caluff.

 Atenta ao amor pela conservação e perpetuação da memória, Andréa Mártyres  colocou no papel a história do Hotel Farol, localizado em Mosqueiro. Ela destaca que ouvir relatos sobre o espaço foi seu incentivo para escrever sobre suas memórias e memórias de sua família que, até hoje, cuida do Hotel. “A ideia é de que a gente pudesse juntar os relatos dessas pessoas, assim como os relatos deixados pela minha avó, que viveu 100 anos, e poder registrar no livro. Além disso, a ideia é que o livro pudesse servir como fonte de pesquisa, sobre Mosqueiro, sobre a Ponta do Farol, e que pudesse estar compartilhando todas essas histórias e essas memórias”, relatou.

 Andréa Martyres falou sobre a experiência da construção da obra "Hotel Farol: história e memórias". “O projeto do livro durou oito anos. Foi uma coisa que levou bastante tempo, com muita dedicação, muito trabalho e muita superação também. E foi também um processo de autoconhecimento pra mim como neta, de entrar em contato com a história da minha família”, concluiu.

 Por Amanda Martins, Clóvis de Senna, Giovanna Cunha e Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O Plurarte de hoje abre as portas para receber o arquiteto e produtor cultural Humberto Macêdo (veja entrevista aqui). Há anos em Brasília, Humberto já transitou por muitos lugares e coleciona ricas experiências, concentrando sua maior dedicação nos projetos arquitetônicos e nas reformas dos mais diversos ambientes. Estudioso e com elegância nata, acumula vivências com organização de eventos, cenografia, produção e direção cultural e artística, passando pelo artesanato, gastronomia, agricultura em Brasília, Goiânia, São Paulo, Salvador e outras muitas cidades.

Comandado por Sandra Duailibe, o Plurarte está no ar sempre às sextas-feiras, na Rádio Unama FM (105.5), às 13h20, com reapresentação aos sábados, às 10 horas, e publicação no portal LeiaJá. Acesse o canal do Plurarte no Youtube aqui.

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A Semana de Arte Moderna de 1922 completou 100 anos nesta semana. O movimento mudou os rumos da arte brasileira, reunindo Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e tantos outros artistas que se tornaram símbolos da criação brasileira. O LeiaJá selecinou  alguns lugares de São Paulo que têm a ver com o evento centenário, para quem deseja  conhecer mais sobre o assunto:

• Theatro Municipal de São Paulo;

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Projeto iniciado em 1903, foi concluído em 1911. Sua inauguração causou uma aglomeração de cerca de 20 mil pessoas. A principal atração era a rara iluminação elétrica que emanava do prédio. O apogeu das atividades culturais no espaço, no centro de SP ocorreu justamente em 1922. O Theatro foi sede da Semana de Arte Moderna. O prédio fica na Praça Ramos de Azevedo, na República.

O museu foi inaugurado em 1979, no mesmo local em que o artista morou de 1946 até sua morte. O local abriga um acervo composto de objetos que pertenceram a Guilherme, um dos mentores do movimento modernista. O acervo é constituído por uma significativa coleção de obras de arte, em grande parte oferecidas pelos principais artistas do modernismo brasileiro. A casa fica na Rua Macapá, 187, em Sumaré.

A casa de autoria do arquiteto ucraniano, Gregori Warchavchik, é considerada a primeira arquitetura moderna do Brasil. Na década de 1920, a cidade de São Paulo passava por um período de ruptura do tradicional. A Casa Modernista se localiza na Rua Santa Cruz, 325, na Vila Mariana.

Era a casa do escritor modernista, residência de 1920 até sua morte, em 1945. O Museu possui alguns objetos de Mário, como o piano em que dava aulas de música para complementar sua renda. Lá também são realizados alguns cursos e exposições. A casa se localiza na Rua Lopes Chaves, na Barra Funda.

Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) são os responsáveis pela construção de projeto para restauração elétrica e estrutural do Edifício Holiday, localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

O trabalho dos alunos é realizado de forma voluntária e faz parte de um projeto de extensão da UFPE. O projeto ainda será apresentado para a Neoenergia.

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O Edifício Holiday está desocupado desde 2010, após interdição judicial por apresentar problemas estruturais e colocar em risco cerca de três mil moradores. O imóvel foi construído em 1956 e conta com 476 apartamentos e 17 andares.

Os bairros de Beberibe e Dois Unidos, na Zona Norte do Recife, em breve terão uma nova ponte atravessando o Rio Morno, na nova avenida marginal do Rio Beberibe, com limites até o bairro do Passarinho. A obra é mais uma etapa da requalificação da bacia do Rio Beberibe e acontece por meio da Secretaria de Saneamento da Prefeitura do Recife. Nesta quinta-feira (8), foi publicado o edital de licitação que expõe detalhes sobre a obra. O valor máximo para a construção é de R$ 4,3 milhões e as empresas devem entregar as propostas no dia 22 de agosto.

A ponte será construída em concreto armado, com extensão de 30 metros e largura de 14 metros, tendo duas faixas de trânsito, ciclovia e passeios. Ela cruzará o Rio Morno na altura da confluência com o Rio Beberibe, conectando o trecho já pronto da via marginal com o Lote 3, que está em construção.

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“As obras estão mudando a cara dessa região. Já entregamos mais de 3 km de novas avenidas e estamos fazendo outros 1,3 km, com pavimentação, drenagem, esgotamento sanitário e ciclovia”, afirma a secretária de Saneamento do Recife, Érika Moura.

Segundo a PCR, das quase 2,2 mil famílias que moravam em condições precárias na beira do rio, cerca de 1,5 mil foram realocadas para 16 conjuntos habitacionais e o restante recebeu indenização ou auxílio moradia.

“O PAC Beberibe é um projeto fundamental para melhorar a qualidade de vida dos moradores da área e a mobilidade para todas as pessoas que por ali transitam”, complementa a secretária. A ponte beneficiará diretamente 62 mil moradores dos bairros de Beberibe, Dois Unidos e Passarinho.

O programa

Através do PAC Beberibe estão sendo realizadas a requalificação das margens, a construção de vias e de equipamentos urbanos, melhorias na drenagem e no esgotamento sanitário, além do reassentamento de famílias residentes de forma inadequada na área de intervenção da obra. As tubulações de esgoto implantadas nas avenidas levarão os dejetos para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Minerva, em Dois Unidos.

O lote 1 foi entregue em agosto do ano passado, com a implantação de avenida às margens do Beberibe, entre a Avenida José dos Anjos e a Rua dos Craveiros. O trecho concluído mede 1,2 km e recebeu investimentos de R$ 23,9 milhões. O lote 2 foi entregue em junho deste ano pelo prefeito João Campos e totaliza 2,2 km de avenidas, com investimentos em torno de R$ 29 milhões. Já o lote 3, em andamento, está implantando a via marginal entre o CT do Santa Cruz e a 2ª. Travessa Santo Antônio, em Dois Unidos, totalizando 1,3 km, ao custo de R$ 24,4 milhões.

O arquiteto e urbanista é um profissional multidisciplinar que atua em diversos segmentos no mercado profissional, além de áreas já bem conhecidas. O coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade UNINASSAU Caruaru e arquiteto, Rogério Nascimento, destaca alguns dos ramos que a arquitetura tem como mercado profissional, como exemplo: Arquiteto de Patrimônio, Paisagista, Arquiteto Urbanista, de Interiores e de Edificações.

E a área vem crescendo cada vez mais. Segundo dados do novo Índice de Confiança da Construção (ICST), produzido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, essa boa perspectiva de posicionamento profissional chegou a subir mais de seis pontos ano passado, assinalando uma terceira alta consecutiva do indicador no país. “Para este ano de 2021, a área da construção civil e o setor imobiliário possui prospecções de grande valorização segundo especialistas do setor imobiliário, o aquecimento dessa área é positiva para a valorização do profissional de arquitetura e urbanismo”, explica Nascimento.

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E a média salarial? Nascimento traz que de acordo com a Lei 4.950-A/66, que regulamenta a remuneração dos profissionais, a média salarial é de 6 a 8,5 salários-mínimos, a depender da jornada de horas de trabalho. Algumas das outras atividades que podem ser exercidas por um profissional de Arquitetura e Urbanismo são:

- Arquitetura de interiores: organizar o espaço interno, definindo os materiais de acabamento e a distribuição de móveis, considerando a acústica, a ventilação, a iluminação e a estética;

- Arquitetura industrial: planejar projetos para instalação de indústrias, respeitando as normas e os padrões de técnicos e de segurança exigidos de acordo com a área de atuação do cliente;

- Paisagismo e ambiente: desenvolver espaços abertos, como jardins, parques e praças, combinando plantas, pedras, madeiras, calçamento e iluminação;

- Edificação e construção: projetar, acompanhar e coordenar obras, definindo materiais e controlando prazos e custos;

- Luminotécnica: fazer o projeto de iluminação de grandes e pequenos espaços. Realizar a iluminação de eventos;

- Restauro de edifícios: recuperar casas e prédios antigos ou deteriorados, mantendo as características originais;

- Urbanismo: planejar uma região, cidade ou bairro, elaborando o plano diretor e o zoneamento que vão direcionar o crescimento.

Curso de Arquitetura e Urbanismo

A graduação forma profissionais aptos a conceber os espaços físicos da paisagem urbana, das edificações e dos objetos, modelos e detalhamentos. Segundo Rogério Nascimento, o estudante de arquitetura e urbanismo será preparado/habilitado a desenvolver técnica de desenho e pensar criativamente sobre todos os processos de criação. “Pensar na cidade sustentável é também um dos grandes requisitos que os arquitetos e urbanistas devem analisar, dentro desta perspectiva o posicionamento profissional é capaz de mudar a forma do crescimento da cidade”, detalha Nascimento.

O curso é uma das graduações ofertadas pela Faculdade UNINASSAU Caruaru. Os interessados podem fazer a inscrição para o Vestibular gratuito e on-line através do link sereduc.com/120GEF.

Da assessoria 

A dissertação de mestrado da professora Paula Andréa Caluff Rodrigues, denominada "Duas faces da morte: o corpo e a alma do Cemitério Nossa Senhora da Soledade, em Belém/PA", será lançada em livro nesta segunda-feira, em evento on-line pelo canal do Youtube do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. O trabalho aborda os novos usos do cemitério da Soledade e o seu significado para a comunidade, tendo em conta a sua natureza material e imaterial. 

Paula Rodrigues é professora do curso de Artes Visuais da UNAMA - Universidade da Amazônia, doutoranda em Comunicação, Linguagem e Cultura e mestra em Patrimônio Cultural pelo IPHAN (PEP/MP). Graduada em Arquitetura e Urbanismo (1989), tem especialização em Sensoriamento Remoto e pós-graduação em História e Memória da Arte. Clique no ícone abaixo e ouça entrevista.

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Entre os diversos monumentos históricos que existem na cidade de São Paulo, destacam-se oito palácios, todos eles com importância histórica.

Todas essas construções fazem parte do patrimônio histórico da cidade de São Paulo e têm em comum o fato de todos já terem sido tombados em algum momento e prestarem algum serviço para o estado.

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“Nós historiadores achamos importante o tombamento de prédios, mas também queremos que esses prédios mantenham suas funções, que as pessoas possam vivenciar situações nesses locais e não apenas ficar visitando quadros e objetos de museus”, diz o historiador e professor Adriano Sgrignero.

Esses prédios podem ser considerados como lugares da memória. “Quando se escolhe que esses prédios sejam preservados, também escolheu preservar um tipo de memória. A grande discussão é que esses locais preservam o legado de uma elite, mas onde está a preservação de um local que não é uma elite? Não estou tirando a importância desses locais, mas também é importante correr atrás de outros lugares”, questiona Sgrignero. 

É importante destacar que esses locais carregam a ideia de patrimônio, portanto, eles não devem sofrer alterações, pois devem representar um determinado momento, e manter o mesmo uso de quando eles foram construídos. “Os prédios são de grande importância para a memória de São Paulo, mas são apenas um recorte de um determinado tempo, não representam o todo”, afirma.

Quando construções como essas são preservadas, o que é lembrado são as técnicas, hábitos, modo de fazer e viver. “Além de todo o conhecimento relativo a ele, pois o que está sendo lembrado nesses locais é a memória de quem venceu”, finaliza.

A cidade de São Paulo passará a ser observada pelos olhos do design a partir da próxima quinta-feira (5). O seminário especial "O design e a Cidade" do Instituto Europeu de Design (IED), receberá pesquisadores e designers para o lançamento dos exemplares impressos e digitais do Guia SP Design. A publicação emprega a visão dos especialistas na configuração estética da grande metrópole com criações belas, inovadoras e úteis, ao mesmo tempo.

Com um total de 168 páginas, o novo mapa das formas e padrões estéticos da metrópole paulistana traz textos que abordam o Design e a Cidade. Separado por regiões e com um guia indicativo, a publicação apresenta uma seleção que abrange espaços como lojas, ateliês e galerias. Nestes locais, os interessados poderão conhecer, comprar, vivenciar ou estudar design, além de voltar as atenções para as mais diversas modalidades arquitetônicas presentes na metrópole que se transforma e se adequa às mudanças de cada tempo.

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Para a festa que marca o lançamento do Guia SP Design, foram convidados nomes de destaque do segmento voltado para o desenvolvimento criativo e para o design no Brasil. Durante o evento, palestras com o ex-coordenador do Laboratório de Inovação Aberta (Mobilab) da Prefeitura de São Paulo, Fernando Nogueira; do designer e futurista Barão di Sarno e do especialista em mobilidade Uriel Jaroslawiscki abordarão temas como mobilidade e melhoras coletivas por meio da ativação de espaços públicos.

As inscrições para participação na solenidade são gratuitas e podem ser feitas pelo site do Instituto Europeu de Design

 

Serviço:

Lançamento do Guia SP Design no Instituto Europeu de Design (IED)

Quando: 5 de março às 19h

Endereço: R. Maranhão, 617 - Higienópolis, São Paulo – SP

Inscrições gratuitas pelo site

Basta subir o calçadão da São João, atravessar a Líbero Badaró e seguir mais alguns metros para se deparar com o que já foi considerado o banco mais luxuoso de São Paulo. A descrição pode lembrar o Edifício Altino Arantes (Farol Santander), mas se refere ao vizinho nove anos mais velho: o antigo Banco de São Paulo.

Menos conhecido dos turistas, o edifício é referência da arquitetura art déco na cidade de São Paulo, com linhas retas e verticais e padrões em leque na fachada. Desde os anos 1970, é utilizado pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, que decidiu neste ano: vai deixar o local até dezembro e colocá-lo à venda.

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O valor estimado da transação não é divulgado pelo Estado, que estima economizar R$ 1,2 milhão de manutenção com a mudança. O número de milhões que vão entrar nessa conta deve levar em consideração os 17 pavimentos e 14 mil metros quadrados de área construída, além de um elemento decisivo para a saída da secretaria: o tombamento integral nas esferas estadual (em 2003) e municipal (1992).

Para tentar evitar a venda, um abaixo-assinado destinado ao governador João Doria (PSDB) foi criado para pedir o "rebaixamento" do tombamento do antigo banco. Como propostas semelhantes já foram negadas por órgãos de patrimônio, a ideia é tentar sensibilizar o chefe de governo. "A alternativa que vejo é o governador pedir", explica a arquiteta e servidora pública Ivone Faddul Alves, de 54 anos.

Ela é idealizadora e mediadora de um tour gratuito pelo edifício, que diz ter recebido 15 mil visitantes em dois anos. Ivone teme que a venda encerre a abertura do espaço para o público e o deixe sujeito a ocupações, como a que está na antiga Casa da Moeda há cerca de dois anos.

Além disso, a arquiteta relata que o espaço está com alguns andares "feios", com umidade, trincas e infiltrações. Ela considera que os ambientes poderiam "ser melhor usados", visto que a estimativa é de que apenas 300 pessoas trabalhem no local. Para ela, uma mudança no tombamento garantiria a reforma, sem descaracterizar os ambientes internos originais.

Mudança definida

Mesmo que o abaixo-assinado seja bem-sucedido, o secretário de Esportes, Aildo Rodrigues Ferreira, garante que a troca de sede é definitiva. "Estamos trabalhando para mudar de prédio, para um mais novo, moderno e confortável para o servidor." O novo endereço será o Edifício Cidade I, a uma quadra de distância.

Segundo ele, o antigo banco tem "sérios problemas de hidráulica e elétrica" e exige uma restauração "muito custosa". Ele afirma que o Estado vai garantir a segurança do imóvel antes da posse do novo dono.

Se a fachada do antigo Banco de São Paulo não é tão conhecida quanto pares do entorno, o andar térreo do edifício já estrelou dezenas de filmes, programas de televisão e comerciais. O motivo é a antiga área da agência bancária, mantida de forma semelhante à configuração original, além do grande caixa-forte e a permanência de adornos de época e materiais nobres.

O "refinamento artístico" e o "apuro técnico" do projeto arquitetônico são destacados na resolução do tombamento estadual do edifício. O texto também aponta o "caráter de excepcionalidade em relação ao conjunto de testemunhos dessa corrente existente em São Paulo", referindo-se às características art déco.

O tombamento abrange o edifício "como um todo", listando itens como os portais em mármore, granito e granilite, o mosaico romano grés, a serralheria artística de ferro e bronze, os lustres em alabastro e os cristais.

"É uma obra-prima de São Paulo", descreve José Eduardo Lefévre, professor aposentado de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP) e ex-presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).

"É o melhor exemplar de art déco em São Paulo. O interior é um requinte, um prédio com um projeto muito bem feito, com ambientes externos e internos de primeira." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Museu Cais do Sertão, localizado na área Central do Recife, está entre os 15 finalistas do Prêmio Obra do Ano 2019, organizado pelo site ArchDaily. A premiação é concedida para a melhor construção arquitetônica dos países de língua portuguesa.

Neste ano, estão na disputa nove edificações brasileiras e seis portuguesas. Ao todo, mais de 10 mil votos foram coletados durante duas semanas de indicações. Entre as obras nomeadas estão projetos culturais, comerciais, educacionais, praças, residências de alto padrão e remodelações.

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O Cais do Sertão completou cinco anos de inauguração no último dia 3 de abril. A arquitetura do equipamento é formada por concreto armado e protendido. O espaço exalta as tradições do Estado com atividades lúdicas e culturais em sua programação e conserva uma exposição permanente em homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, além de salas expositivas, auditório, restaurante e café.

*Da assessoria de comunicação

O terreno do Cais José Estelita, na área central do Recife, voltou a ser palco de discussões e protestos após a Prefeitura do Recife emitir um alvará de demolição para o local. Dois armazéns foram derrubados após vai e vem de decisões judiciais.

Através das redes sociais, é possível observar que uma parcela expressiva dos internautas é a favor do projeto imobiliário, com o entendimento de que o empreendimento é a única oportunidade de mudar o abandono da área, gerando emprego, moradia e economia. A ideia que foi assimilada por esta parcela da população é: ou se constrói o projeto Novo Recife ou o local continuará abandonado, servindo para consumo de drogas e oferecendo risco para as pessoas que transitam por lá. “Deve ser um local muito bom para maconheiros e promiscuidade para ser defendido assim!”, escreveu um internauta em uma publicação do LeiaJá, um exemplo da visão de que o mercado é o caminho para o cais.

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Na prática, entretanto, a disputa progresso e abandono não existe. Isso porque o Movimento Ocupe Estelita, principal grupo contrário ao projeto imobiliário não defende o vazio urbano do cais da forma que está. Quem destaca isso é o arquiteto e urbanista Vítor Araripe, integrante do movimento, segundo o qual as próprias ocupações realizadas no local são um símbolo da necessidade de intervenções e uso no terreno. Além disso, desde o acirramento das discussões em 2014, projetos alternativos para a área foram produzidos por estudantes, arquitetos e coletivos de arquitetura - alguns projetos mais realistas que outros.

Abaixo, segue um resumo dos projetos alternativos encontrados e que circularam ao longo desses últimos anos. Mesmo considerados menos nocivos, os projetos a seguir não são classificados como ideais por integrantes do Ocupe Estelita. Falta neles, por exemplo, um enfoque no tema moradia popular, que tem protagonismo na pauta dos movimentos urbanísticos. Por motivos óbvios, os projetos também não são considerados ideais pelo consórcio. Servem, entretanto, para indicar que outras ideias foram cogitadas para a área. Um tópico a seguir também apresenta a visão de integrantes do Ocupe Estelita sobre a destinação do terreno. Antes, um resumo do projeto Novo Recife, que se apresenta como inovador e respeitoso à cidade e se encaminha para ser erguido no local.

Novo Recife

Segundo o site do projeto Novo Recife, no site da construtora Moura Dubeux, serão erguidos 13 edifícios no terreno. As construções terão entre 12 e 38 andares.

Como ação mitigadora, está previsto que 65% do terreno, 65 mil m², será voltado para a população, com parques, ciclovia e espaços de convivência. O projeto também promete a preservação de um conjunto de galpões próximo ao viaduto das Cinco Pontas - este será demolido -, além das antigas casas dos funcionários e a oficina de eletrotécnica, com administração pelo poder público e pela iniciativa privada, sendo transformados em museus, cafés e comércio.

Não haverá grades e muros separando os prédios, que contarão com comércio e serviço no térreo. As calçadas terão cinco metros de largura e fiação embutida. Os edifícios contarão com telhado verde e as águas serão reutilizadas para irrigação do parque. Estão previstos ainda um parque linear, quadra poliesportiva e biblioteca municipal.

A Moura Dubeux também destaca ter assumido o compromisso de construir 200 moradias de interesse social a cerca de 300 metros do projeto. O consórcio espera gerar mais de dois mil postos de trabalho direto e indireto.

O primeiro passo do projeto é o Mirante do Cais, composto de duas torres e um edifício garagem de cinco andares. O empreendimento possui apartamento com quatro suítes, sala para dois ambientes e varanda gourmet, além de quatro vagas de garagem cobertas por apartamento. “Além dos espaços tradicionais, como piscina, sauna, salão de festas, playground, brinquedoteca e espaço gourmet, a área de lazer terá quadra de tênis profissional, piscina coberta e aquecida, pista de cooper, horta e pomar orgânicos”, informa a construtora.


Movimento Ocupe Estelita

O Movimento Ocupe Estelita nunca apresentou um projeto próprio para a área. Segundo o arquiteto e urbanista e integrante do movimento Vítor Araripe, essa foi uma decisão tomada no início dos conflitos, em 2014, para que o grupo não fosse comparado às construtoras. “Na época, houve uma certa resistência porque se acreditava que a proposta deveria passar por um projeto bem amplo de discussão, o movimento se sentia sem toda essa legitimidade para promover essa discussão”, ele explica. Agora, com a iminente construção dos prédios, o grupo tem pensado diferente: “O movimento está no momento de tentar fazer alguma proposta, montar algumas diretrizes. Temos um grupo de trabalho tentando montar esse projeto”, acrescenta Araripe.

O mais próximo que os ativistas têm de projeto para área divulgado é um documento com diretrizes que foi enviado à Prefeitura do Recife na época da discussão do plano urbanístico para a área do cais, em 2015. O projeto é assinado por integrantes do grupo Direitos Urbanos, de onde o Movimento Ocupe Estelita surgiu.

Constam como sugestões: no quesito mobilidade, edifícios voltados para a rua; uso de galerias e térreos livres, para criação de espaços de convivência; continuação da Avenida Dantas Barreto em linha reta até o Cais José Estelita; criação de um binário na avenida, cortando o terreno do pátio ferroviário ao meio; demolição do Viaduto Das Cinco Pontas sem implementação de túnel; estabelecimento de número máximo de garagens por empreendimento residencial ou comercial na área; implementação de sistema de transporte coletivo de alta capacidade ao longo do eixo da Avenida Sul e Avenida Dantas Barreto; implementação de linhas circulares de ônibus ou bonde com tarifa gratuita ligando principais pontos de interesse da Ilha de Antônio Vaz, em particular a comunidade do Coque, às estações de metrô e a região do comércio popular do bairro São José;

Sócio-espacial: estabelecimento de uma cota de solidariedade em habitação de interesse social para empreendimentos imobiliários no território e no Cais José Estelita; Demarcação de Zona Especial de Interesse Social (Zeis) na área da comunidade Vila Zenaide, no quadrilátero formado pela Avenida Central, Travessa do Raposo, Rua Lourenço Silva e Rua Imperial; estabelecimento de cota de solidariedade em habitação de interesse social para empreendimentos imobiliários no território e no cais; oferta de habitação de mercado popular, financiada por programas como Minha Casa, Minha Vida; implementação de Habitação de Interesse Social na forma de edifícios inseridos na malha urbana, com maior incidência próximo à infraestrutura de transporte público; concurso público de projetos para a implementação de projetos habitacionais; e requalificação de edifícios antigos para habitação social.

Patrimônio: preservar os armazéns de açúcar, as casas e toneis e outras estruturas remanescentes da atividade ferroviária; preservar como parque o espaço entre os armazéns de açúcar; preservação do máximo de remanescentes dos trilhos do pátio ferroviário; preservar a vista de marcos históricos, urbanísticos e arquitetônicos

Proposta #penserecife

O #penserecife, segundo os próprios integrantes, é um grupo de arquitetos e urbanistas que se dizem insatisfeitos com os rumos do planejamento urbano da capital pernambucana. A proposta para o cais foi publicada em um blog em 2014. De acordo com o #penserecife, a ideia era algo que juntasse os interesses financeiros e imobiliários sem que houvesse prejuízo aos interesses urbanos. “Não há uma polarização antagônica. Há, sim, um radicalismo, de origem egoísta e preguiçosa, das empresas de ramo imobiliário associado a uma exacerbada conivência, impotência e preguiça do setor público, resultando em um sistema fadado ao fortalecimento privado em detrimento da qualidade pública. O nosso projeto é a representação de que esse modelo, vigente por uma acomodação geral, está ultrapassado. Não há vilões, nem heróis. A iniciativa privada é necessária, mas o interesse público tem de prevalecer”, afirmam.

O grupo considera como primeiro elemento estruturador da proposta a conexão da Avenida José Estelita com a Avenida Dantas Barreto, o que criaria “um novo equilíbrio na avenida do camelódromo e possibilitando sua conexão direta à zona sul”. Haveria ainda a ampliação da Praça Sérgio Loreto, conectando-se com uma grande Praça Cívica, que dividiria o lote em duas porções.

Na porção Sul do terreno estariam setorizados os empreendimentos com edifícios residenciais e corporativos, enquanto na Norte estaria o setor hoteleiro, mais próximo à Praça Cívica, e o setor cultural, próximo do Forte das Cinco Pontas e do Bairro do Recife. “Ainda na porção Norte, buscamos criar uma conexão direta com a frente do rio, possibilitando que a população apreenda e se utilize do potencial paisagístico do local”, diz o coletivo.

No polo cultural, 28 galpões seriam revitalizados, transformando-se em equipamento de recreação, lazer e cultura. Haveria para o público geral um complexo com quadras e piscinas cobertas, salas de cinema e teatro, restaurantes e áreas de exposições. O projeto também previa a retirada do Viaduto das Cinco Pontas.

Os edifícios residenciais e corporativos seriam implantados de modo elevado, livrando o passeio para os pedestres e possibilitando a presença de comércio no térreo. O projeto do #penserecife contaria com os dois grandes galpões, que se tornariam um complexo empresarial. Esses galpões foram demolidos na recente intervenção do terreno.

Proposta (Re)pensando a cidade

Este projeto foi apresentado por um grupo de arquitetos chamado JMW Arquitetura e Urbanismo. Segundo o grupo, a proposta se apoia em potenciais investimentos de infraestrutura, estimulando a interação dos cidadãos com as frentes de água e com a malha urbana existente no bairro de São José. O projeto prevê a criação de um parque linear com áreas esportivas, restaurantes e mirante, um píer para embarcações de pequeno porte, praça aquática, galeria comercial e a conversão da Praça Frei Caneca em uma área social.

O viaduto das Cinco Pontas sofreria demolição parcial, com a estrutura sendo transformada em um parque linear elevado que integraria o centro comercial do Recife com as margens da bacia portuária. O parque idealizado é composto por uma pista de corrida, expansão da área verdade e de lazer e um mirante que permite uma vista privilegiada ao Forte das Cinco Pontas, ao Centro do Recife e à Bacia Portuária.

Nos armazéns já derrubados, deveriam ser instalados equipamentos e atividades de uso público, visando priorizar a integração da população existente no centro e nas comunidades vizinhas, como o Coque e Coelhos, com o novo fluxo de pessoas que iria trabalhar e residir no empreendimento. Consta ainda a construção de quadras esportivas elevadas, com o objetivo de equalizar as diferenças sociais através da criação de equipamentos públicos paralelos a equipamentos privados similares. O projeto sugere ainda a instalação de um novo equipamento público de grande porte, como o Sesc, para garantir o uso contínuo do parque.

Projeto de conclusão de curso

Em seu trabalho de conclusão de curso na Universidade de Brasília (UNB), a arquiteta e urbanista Tamiris Stevaux apresentou um projeto para o Cais José Estelita que tinha entre as diretrizes promover a integração do cais com o bairro de São José e o restante da cidade, estimular o adensamento da área de modo sustentável, aproveitando e melhorando a infraestrutura existente, promover suporte para o desenvolvimento de um sistema de transporte eficiente valorizando o pedestre, a bicicleta e o transporte público nesta ordem e projetar espaços públicos de qualidade e acessíveis a toda a população dando preferência a pequenas praças e parques ao longo do cais.

O projeto visa respeitar a paisagem de um Recife horizontal, garantindo a visibilidade do conjunto urbano dos bairros de Santo Antônio e São José, onde estão localizados 16 bens tombados do IPHAN.

A área teria uma nova dinâmica viária. A Avenida Engenheiro José Estelita passaria a ser uma via coletora, enquanto a Avenida Sul ganharia um caráter de via arterial, garantindo um fluxo contínuo para os automóveis que passam pela área. Uma proposta presente é o compartilhamento da Avenida Engenheiro José Estelita, para reaproximar o Forte das Cinco Pontas da Bacia do Pina, cuja aproximação era uma característica desde a construção do Forte, mas foi perdida ao longo do tempo, principalmente com a construção do Viaduto das Cinco Pontas.

Para que o fluxo do vento não fosse prejudicado, o projeto previa a estratégia de escalonamento dos edifícios, posicionando os mais altos, de no máximo 12 pavimentos, atrás dos mais baixos, com o mínimo de cinco pavimentos.

Nosso Cais, workshop da Unicap

Em 2012, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) promoveu um workshop para desenvolver diretrizes de intervenção para o Cais José Estelita. Este projeto propõe a construção de um grande parque urbano, com possibilidade de implementação de ciclovias, área para a prática de esportes, áreas verdes e de contemplação, etc; demolição do viaduto das Cinco Pontas; túneis de ligação entre a zona sul e o Bairro do Recife. A Avenida Dantas Barreto interligaria a área ao centro comercial do bairro de São José, facilitando a conexão entre zona sul e centro da cidade.

Além disso, o patrimônio histórico seria preservado, como galpões, silos e linha férrea, que deveriam ser incorporados à intervenção. Essas estruturas poderiam abrigar teatros, museus, galerias, áreas esportivas e centros culturais.

Comércio e serviço operariam no térreo e sobreloja. Já os estacionamentos estariam alocados acima das lojas, para não promover paredões que separem o transeunte do edifício. “Compreende-se a importância da parceria público-privada para o empreendimento da intervenção proposta. Compreende-se também que há um desejo latente de camadas da população que a intervenção nesta área venha a contemplar a todos, não apenas uma camada da população, que, por ventura, adquira apartamentos na área”, assinala trecho do documento.

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A arquiteta e urbanista Márcia Nunes foi uma das convidadas do III Congresso Nacional de Ciências Exatas e Tecnologia, realizado pela UNAMA – Universidade da Amazônia, de 25 a 27 de outubro. Doutora em História, a arquiteta falou sobre projeto com as casas senhoriais da capital, desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia.

O conceito de casa senhorial remete a estudos das moradas de nobres e burgueses, dependendo do momento histórico. “O projeto das casas senhoriais nasce com o objetivo de despertar nos alunos e na sociedade geral o pertencimento da cidade. Se você tiver esse pertencimento e conhecer todos esses bens patrimoniais, a gente pode resgatar. As pessoas vão olhar a cidade de uma forma diferente, realmente cuidar da nossa cidade. Nós temos casa do século XVIII até as duas primeiras décadas do século XX, que são um total de 18 casas, mais quatro casas que ficam localizadas Icoaraci e Mosqueiro, e vamos estar fazendo estes estudos dentro das casas senhoriais”, disse Márcia.

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A palestra foi marcada pela divulgação do livro "Paris n'América", com lançamento previsto para 2019. “O meu livro é importante no resgate do conhecimento. Eu citei na palestra que a primeira lembrança que eu tenho daquele palacete é de quando eu era criança e acompanhava minha mãe nas compras. Eu com 10 anos na época, aquela escada me chamava atenção e eu nunca imaginava que um dia eu faria arquitetura. Quando essa pesquisa me veio à mão, não tinha outro edifício que viesse na minha mente que não fosse o Paris n'América. Então eu me debrucei realmente sobre ele, eu tenho tudo sobre essa edificação, eu tenho ele todo fotografado e todo redesenhado. O livro será lançado no ano que vem, no nosso 6º Colóquio Internacional das Casas Senhoriais”, finalizou Márcia.

Por Cleo Tavares.

 

A UNAMA - Universidade da Amazônia realizou, nos dias 25, 26 e 27 de outubro, o III Congresso Nacional de Ciências Exatas e Tecnologia, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. A palestra “Arquitetura de Espaços e Saúde” foi uma das atrações do módulo Arquitetura e Urbanismo/ Design de Interiores.

Na palestra, o arquiteto Oliveira Júnior compartilhou dicas com os estudantes e profissionais de arquitetura sobre como melhorar os projetos que estão desenvolvendo. “Na verdade, eu queria mostrar para eles que fazer qualquer projeto, tem um processo, tem metodologia. Ninguém chega a um resultado sem estudar todas as variáveis, quando você compreende isso parece que você consegue ver a luz no fim do túnel. Os filósofos falavam que a pergunta é mais importante que a resposta e eu estou sempre me perguntando para melhorar a minha resposta”, disse Oliveira.

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O arquiteto falou sobre a importância de participar do congresso. “Acho vital e parabenizo a instituição em promover e buscar pessoas de outros lugares para esse bate-papo que é intercultural. Isso enriquece muito, e é fundamental. Estou muito feliz em estar aqui. Eu vim aqui para buscar coisas diferentes para mim e deixar um pouco, mas eu levo mais do que deixo”, explicou o arquiteto.

Para Caroline Vieira, estudante do último semestre do curso de Arquitetura, na UNAMA, a palestra ampliou seus conhecimentos e vai ajudar na elaboração do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) sobre arquitetura hospitalar. “O meu tema é sobre 'Arquitetura da cura: a influência da arquitetura na melhora do paciente internado'. É um estudo de caso em um hospital particular, na Região Metropolitana de Belém, e vai ser uma intervenção em ambientes específicos, pensando justamente na melhora do paciente, em uma ala pediátrica”, disse a estudante.

Laildo Mendes, também estudante do último semestre do curso de Arquitetura da UNAMA, disse que o palestrante o ajudou a compreender os conhecimentos que estava procurando no congresso. “Eu achei o tema muito interessante. O palestrante tem uma didática simples de ser entendida. O projeto dele é muito interessante e eu acho muito válida a palestra pôr dar respostas a estudantes”, concluiu.

Por Rosiane Rodrigues.

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No 3° Congresso Nacional de Ciências Exatas e Tecnologia, no Hangar Centro de Convenções e Feira da Amazônia, foi realizada, no dia 26 deste mês, a palestra sobre projetos de paisagismo. A palestrante foi Margareth Maroto, que falou da importância do paisagismo, de estudar o ambiente, das melhores espécies de plantas e do uso da tecnologia por meio de aplicativos. 

Para a palestrante, é muito importante poder passar seu conhecimento para os alunos, para que eles possam viver e aprender sobre o paisagismo. “O paisagismo é importante nas nossas vidas quando tem um momento que tem que mudar algumas coisas. O paisagismo faz isso. Faz fazer uma reflexão e voltar para dentro de si. É a natureza. Eu fico muito feliz quando o jovem se interessa por paisagismo. Eu gosto de colocar isso para ele de um jeito que ele se interesse, porque é a vida dele. Ninguém vive sem a natureza, o ar, a chuva etc”, disse Margareth.

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Margareth disse que os profissionais de arquitetura precisam ter uma visão ampla, e valorizar profissionais de outras áreas, para melhorar o resultado do seu trabalho. "O arquiteto não pode viver sem o paisagista e o paisagista não pode viver sem o arquiteto. Eles têm coisas em comum, estão juntos. Um não pode sair de perto do outro, porque é o bem-estar de vida, nem que seja uma plantinha em um lavabo. Aquilo já é importante”, falou a paisagista.

Esse foi o primeiro congresso de que Eduardo Moreira, estudante de Arquitetura e Urbanismo, participou. Para ele, o evento abrange um conhecimento muito grande de diversas áreas. “Esse congresso está sendo muito bom porque está trazendo um conhecimento de diversas áreas da arquitetura, tanto de interiores, como restauração de patrimônios históricos da cidade de Belém, dentre outros assuntos também. Está somando muito para a nossa formação”, disse o estudante.

Eduardo disse que o congresso superou sua expectativa. Ele conseguiu aprender muita coisa para a restauração de imóveis do patrimônio histórico da cidade de Belém, área em que pretende trabalhar. "Isso está somando muito, está trazendo muito conhecimento que eu não tinha e está sendo uma experiência muito bacana. Muita gente não tem noção que o paisagismo é justamente a parte final do projeto. Muitos arquitetos acabam projetando a casa, o imóvel ou qualquer coisa em que estejam trabalhando e esquecem do paisagismo, porque é uma opção do cliente, mas muitas vezes eles esquecem por conta de outros ambientes que eles, talvez, estejam mais focados. Quando estamos trabalhando nisso, ao projetar qualquer ambiente que necessita de uma iluminação a mais, que a gente possa fazer alguma coisa para melhorar aquele lugar, temos que pensar na parte do paisagismo, porque traz um conforto ambiental muito grande para as pessoas que estão naquele lugar”, concluiu. 

Por Sayury Moraes.

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A 16ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza abre suas portas ao público no sábado (26) para mostrar com projetos simples e concretos a face mais humana de uma disciplina dividida entre ética e estética, individual e coletivo.

Um projeto espetacular para apresentar 10 capelas projetadas por 10 importantes arquitetos, incluindo o britânico Norman Foster e o português Eduardo Souto de Moura, os dois ganhadores de prêmios Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura, bem como vários latino-americanos: o paraguaio Javier Corvalan, a brasileira Carla Juaçaba e o chileno Smiljam Radic Clarke.

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O evento mais relevante da arquitetura mundial, que este ano tem como lema "Freespace", sob a curadoria das arquitetas irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara, se propõe a valorizar os espaços coletivos, "a generosidade de espírito" e o "sentido de humanidade" que a arquitetura deve colocar no centro de sua agenda.

"É que a criatividade do arquiteto deve estar a serviço da comunidade", resume em entrevista à AFP McNamara, que começou sua trajetória como professora com Farrell, com especial atenção para a função social da arquitetura.

Ao percorrer os imponentes 3.000 metros quadrados do Arsenal e a área sugestiva dos Jardins, onde 65 países apresentam suas propostas junto com outros 100 estúdios de arquitetura convidados, a ideia de espaço livre é, acima de tudo, uma soma de "desejos e propostas".

O enorme corredor central nos antigos galpões dos estaleiros venezianos indica a distância e introduz o visitante em espaços muito diferentes, públicos e privados, entre eles o ovalado e sereno projetado jardim de infância projetado pelo arquiteto Takaharu Tezuka, ou a bela estrutura, uma espécie de altar moderno de madeira laminada, da arquiteta canadense Alison Brooks.

Dividida em seções especiais, a exposição convida a conhecer projetos notáveis, a refletir sobre edifícios históricos famosos e a compreender a importância da docência, de experimentar, de dialogar entre disciplinas.

Sete países participam pela primeira vez da Bienal, incluindo Antígua e Barbuda, Arábia Saudita, Guatemala, Líbano, Mongólia, Paquistão e o Vaticano, com um pavilhão especial na ilha veneziana de San Jorge.

A Bienal, que se encerra em 26 de novembro, premiará com o Leão de Ouro a carreira do arquiteto e historiador Kenneth Frampton Inglês, de 88 anos, que influenciou e inspirou gerações de estudantes e arquitetos.

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) comemora 70 anos de sua fundação com a exposição “FAU 70 Anos”. A mostra começa nesta terça-feira (17), às 19h, no Centro Maria Antônia, no Prédio Joaquim Nabuco, na Vila Buarque, região central de São Paulo, e vai até o dia 24 de junho, e fica aberta de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita.

A mostra tem o objetivo de contar a história da faculdade e o progresso no decorrer das sete décadas, com a participação dos alunos, ex alunos, professores e funcionários. A exposição é dividida em duas salas do Prédio Joaquim Nabuco. Na primeira, terão projetos, práticas políticas, experiências didáticas, realizações técnicas e artísticas, com incentivo ao conhecimento.

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Na segunda sala, estão expostas as atividades mais recentes, que exibem a presença e o compromisso da FAU com a sociedade. Além de projetos premiados, registros da presença em instituições públicas, ações de cultura e extensão realizadas por professores, alunos e funcionários que fizeram a escola ao longo dos 70 anos.

Após trabalhar por anos no Departamento de Água de Ribeirão Preto (Daerp) e no câmpus da Universidade de São Paulo (USP) na cidade do interior de São Paulo, onde conviveu com arquitetos e engenheiros, o aposentado Carlos Augusto Manço, de 90 anos, resolveu realizar seu sonho e cursar Arquitetura e Urbanismo.

O novo estudante acaba de ingressar no Centro Universitário Barão de Mauá, em Ribeirão Preto, onde vem se destacando pelo esforço e interesse nas aulas. "É um aluno muito dedicado", diz a coordenadora do curso, Flavia Olaia. Ela conta que foi a neta Isabela que procurou a instituição a pedido do avô.

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"Fizemos o possível para criar uma grade semestral um pouco menor e preparamos nossos docentes para recebê-lo", explica a coordenadora.

Já Manço ou Carlão, como está sendo chamado por colegas, senta na primeira fileira da sala todos os dias e acha isso uma forma de ficar mais engajado nas aulas.

"Estou realizando um sonho e quero aproveitar", justifica.

A ideia de fazer a graduação era antiga, mas questões financeiras o levaram apenas a um curso técnico na área de Desenho Industrial, sem afastar o gosto pela arquitetura. "Sempre gostei da profissão, até pelo contato que tinha com engenheiros e arquitetos no tempo que estive na USP", falou.

Incentivo

Agora, com casa própria e a família formada, o desejo se tornou realidade e teve o incentivo dos dois filhos, oito netos e quatro bisnetos. Para eles, as aulas são também uma forma do patriarca não sentir a perda da mulher, que morreu no ano passado após mais de 60 anos de casamento.

Segundo a neta Isabella, a família não apenas apoia como também está muito orgulhosa ao vê-lo ir à escola nessa idade. "É um incentivo para a vida dele", diz.

Além do desenho, Carlão é um apaixonado pelas orquídeas e já fez história entre os aficionados por estas flores em Ribeirão Preto.

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