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Os dois filmes “Barbie” e “Oppenheimer” foram lançados no mesmo dia (20 de julho). Com histórias diferentes, eles foram considerados um “hype” pela quantidade de ingressos vendidos nos Estados Unidos. Porém, essa não é a primeira vez que dois filmes foram lançados no mesmo dia. A equipe do LeiaJá separou outros filmes que foram lançados no mesmo dia nos cinemas brasileiros no ano passado. Confira a seguir: 

Janeiro  

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27/01 - Spencer / O Beco do Pesadelo 

Fevereiro  

17/02 - Uncharted / Sempre em Frente 

Março  

11/03 - Red: Crescer É Uma Fera / O Projeto Adam 

Abril  

14/04 - Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore / Medida Provisória 

Julho  

07/07 - Thor: Amor e Trovão / Lola e Seus Irmãos 

14/07 - Elvis / Garota Inflamável 

21/07 - O Telefone Preto / De repente Drag 

28/07 - X: A Marca da Morte / DC Liga dos SuperPets 

Setembro  

22/09 - A Mulher Rei / Não Se Preocupe, Querida 

Dezembro  

15/12 - Avatar: O Caminho da Água / A Saga Crepúsculo: Eclipse (relançamento) 

 

Hoje (19) é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. Inventado pelos irmãos franceses Auguste (1862-1954) e Louis Lumière (1864-1948), o cinematógrafo era uma máquina portátil que permitia captar as imagens, revelar o filme e, depois, também projetá-lo em uma tela. E há 125 anos, Afonso Segreto  filmava a Baía de Guanabara, o que é considerado o primeiro registro de imagens em movimento no Brasil. Os filmes brasileiros com os anos ganharam destaque e uma peculiaridade em alguns deles: a presença de iomportantes obras da arquitetura nacional nas produções cinematográficas do país. Confira a seguir, três construções históricas que aparecem em filmes brasileiros 

Brasília, em “Faroeste Caboclo” (2013) - a capital do Brasil em si já é uma obra de arte. O Plano Piloto de Brasília foi elaborado pelo urbanista e arquiteto Lúcio Costa (1902-1998) e os prédios públicos da cidade foram assinados por Oscar Niemeyer (1907-2012). Em “Faroeste Caboclo”, longa-metragem baseado na música de mesmo nome de Renato Russo (1960-1996) e dirigido por René Sampaio, Brasília aparece como plano de fundo, sendo o local onde a trama de João do Santo Cristo ocorre.  

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FAU-USP, em “Que Horas Ela Volta?” (2015) - estrelado por Regina Casé, o filme conta sobre o relacionamento entre Val e sua filha, Jéssica, que deseja cursar Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo (USP) – e em certo momento do filme, a personagem conhece o prédio da faculdade onde sempre sonhou em estudar. O edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo foi projetado pelo fundador João Batista Vilanova Artigas (1915-1985). Colocado pelo CONDEPHAAT como patrimônio cultural do Estado, o prédio tem o uso do concreto armado e a simplicidade de suas linhas como marca principal.  

Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, em “O Auto da Compadecida” (2000) - de Guel Arraes, este é um dos filmes brasileiros mais aclamados pelo público e crítica. A história, inclusive, ganhará uma sequência em 2024. O longa-metragem, baseado na peça teatral de Ariano Suassuna (1927-2014), foi filmado na cidade de Cabaceiras, interior da Paraíba. Um dos monumentos do local que aparece no filme é a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, construída pelo Capitão-mór Domingos de Faria Castro (1670-1740) em 1735. Foi ao redor dela que começou a surgir um povoado, que futuramente, se transformaria em Cabaceiras.  

 

Estrelado por Marieta Severo, Luisa Arraes, Gabriel Leone e Rodrigo Lombardi,  o filme brasileiro "Duetto", que teve locações também na Itália ganhou seu primeiro trailer nesta quarta (31). A estreia nos cinemas ocorre no dia 29 de setembro. 

A história é ambientada em 1965 e acompanha Cora (Arraes), uma jovem de 18 anos que acaba de perder o pai. Ela viaja para a Itália com sua avó Lúcia (Severo) - que retorna à sua cidade natal depois de 40 anos, em busca de negociar as terras da família. Porém, a venda se complica com a chegada de um festival de música e as duas prolongam a estadia mais do que o esperado. Entre os dramas familiares do passado e histórias da cidadezinha italiana, Cora trilhará seu caminho de maturidade até a vida adulta.

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O longa falado em português e italiano é dirigido por Pedro Amorim, com roteiro de Rita Buzzar e João Segall. Giancarlo Giannini, Elisabetta De Palo, Maeve Jinkings e Michele Morrone também completam o elenco. 

Confira o vídeo: https://youtu.be/Pkj2o3Injh4

O cinema feito no Brasil já passou por diversas fases e hoje conta com produções de qualidade e público crescente. O dia 19 de junho foi escolhido para render-lhe homenagem

O cinema brasileiro já atravessou diversas fases. A chanchada, na década de 1930; o 'Cinema Novo', nos anos 1950; a pornochanchada nos 1970; e uma espécie de renascimento, na chegada dos 1990, com o 'Cinema de Retomada'. De lá para cá, a produção nacional vem crescendo, resistindo às dificuldades e crises e mostrando o potencial do país na sétima arte. 

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O dia 19 de junho é dedicado a celebrar esta arte nacional. O Dia do Cinema Brasileiro foi escolhido nesta data pois foi quando, em 1898, foram registradas as primeiras imagens, em solo nacional, com um cinematógrafo. Para celebrar, que tal conhecer alguns dos filmes brasileiros mais assistidos nos últimos tempos? Confira.

Os Dez Mandamentos (2016) - 11, 216 milhões de espectadores

Tropa de Elite (2010) - 10.736.995 de público

Dona Flor e Seus Dois Maridos (1977) - 10.735.524 espectadores

Minha Mãe é uma Peça 2 (2016) - 8,8 milhões de espectadores

A Dama do Lotação (1978) - 6.509.134 de público 

Se eu fosse você 2 (2009) - 6.112.851 de espectadores

O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (1977) - 5.786.226 de público

2 Filhos de Francisco (2005) - 5.319.677 de pessoas

Nada a Perder (2018) - 11.285.248 de espectadores



 

Neste mês de julho, começa o período de férias, seja no ambiente escolar ou acadêmico. Com o tempo livre, uma boa opção de lazer é acompanhar obras cinematográficas. O LeiaJá entrevistou o crítico de cinema e autor do livro “Cinema Brasileiro no Século 21”, Franthiesco Ballerini, para dar dicas de filmes nacionais que todo brasileiro deve assistir. O especialista também contou como está o cenário cinematográfico no Brasil. Confira:

Central do Brasil (1998) – Direção de Walter Salles

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O filme conta a história de Dora (Fernanda Montenegro), uma ex-professora que ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, e parte em uma busca no interior do Nordeste para encontrar o pai de um garoto chamado Josué (Vinícius de Oliveira), que perdeu a mãe em um acidente de ônibus. A obra ganhou o 'Urso de Ouro (melhor filme)' e o 'Urso de Prata (melhor atriz)' no Festival de Berlim, além de levar o 'Globo de Ouro' de melhor filme estrangeiro. Franthiesco comenta que este é um dos melhores trabalhos de direção, e um dos melhores trabalhos de harmonia entre todos os elementos de um filme.

Cidade de Deus (2002) – Direção de Fernando Meirelles e Kátia Lund

A trama gira em torno do jovem Buscapé (Alexandre Rodrigues), morador da periferia, que tem seu destino traçado fora dos caminhos da bandidagem, por conta de seu talento como fotógrafo. Vale destacar a presença do personagem Zé Pequeno (Leandro Firmino), como um dos grandes antagonistas do filme, que foi indicado a quatro categorias do Oscar: melhor diretor; melhor fotografia; melhor montagem e melhor roteiro adaptado. De acordo com o crítico, este também é um dos filmes que conseguem ser um trabalho impecável de autoralidade, com apelo ao público.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) - Direção de Glauber Rocha

O cineasta brasileiro, que na época tinha apenas 25 anos, trouxe na obra uma história sobre rebelião popular com cenário principal nos sertões brasileiros. A sinopse oficial conta que, depois de matar um patrão inescrupuloso, Manoel (Geraldo Del Rey) foge com a mulher Rosa (Yoná Magalhães) para as terras áridas do sertão. Para Franthiesco, esta obra cinematográfica tem o melhor roteiro sobre a gênese da violência, que gera o cangaceiro.

Limite (1931) – Direção de Mário Peixoto

O filme é preto e branco, e também mudo. A trama aborda a história de duas mulheres e um homem que estão em um barco à deriva, que posteriormente passam a ficar cansados de remar. Conformados com a morte, os personagens passam a relembrar situações do passado. O filme chegou a ser exibido em Paris e Londres, e hoje existem cópias do filme incompleto, por conta de trechos que se perderam. Estudiosos e cineastas já o assistiram, como Orson Welles (1915 – 1985) em sua passagem no Brasil, no ano de 1942. Segundo Franthiesco Ballerini, esta é uma obra que precisa ser vista.

O Bandido da Luz Vermelha (1968) – Direção de Rogério Sganzerla

Neste filme, a história é inspirada nos crimes do assaltante João Acácio Pereira da Costa, o bandido da luz vermelha, que realiza assaltos em residências, e foge das autoridades policiais. De acordo com o cineasta Sganzerla, este é um longa que mistura diversos gêneros: faroeste, musical, documentário, policial, comédia, ficção científica e se torna um “filme-soma”. Franthiesco avalia que este foi um filme “importantíssimo”.

Terra em Transe (1967) – Direção Glauber Rocha

O longa traz um contexto sobre política em sua composição, por conta do momento em que foi feito, nos anos 60, durante a ditadura militar. A trama mostra um país chamado Eldorado, onde o poeta e jornalista Paulo Martins (Jardel Filho) decide abandonar a proteção de um político, para apoiar o populista Felipe Vieira (José Lewgoy) para governador. Para o crítico de cinema, este é um filme fundamental para entender o Brasil de hoje. “Glauber foi muito visionário na época”, destaca.

Importância do cinema nacional

De acordo com Ballerini, é importante que o Brasil produza obras cinematográficas, porque o cinema por si só é uma manifestação da cultura de um país. “O cinema trafega e flutua muito bem pelo mundo, por meio dos festivais, pelo streaming também. Então é uma maneira excelente de mostrar nosso país, nossa cultura, nossa cara, o lado bom e o lado ruim”, aponta.

Existem caminhos para que a cultura brasileira seja exposta, de modo que se rompa a barreira da estereotipação. “O cinema é o caminho para a gente fugir do estereótipo do futebol e do carnaval, ou até mesmo de falar dessas manifestações, fugindo dos estereótipos. É importantíssimo, o cinema já fez isso muito bem”, comenta.

Franthiesco ressalta que existe uma ideia equivocada, de que os filmes nacionais mostram apenas as mazelas do país. “Ao contrário, o cinema brasileiro é um dos canais para se mostrar a pluralidade da nossa cultura”, diz.

Após passar por salas multiplex e cineclubes de todo o mundo, conquistar 32 prêmios, inclusive em um dos mais importantes festivais de cinema da atualidade, o de Cannes - no qual levou o prêmio Especial do Júri, em 2019 -, o filme Bacurau chega à televisão aberta. O longa, assinado pelos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, será exibido nesta segunda (30), na TV Globo, no tradicional Tela Quente. 

Bacurau foi assistido por 700 mil pessoas somente nos cinemas brasileiros. O filme narra a história de uma cidade do interior nordestino que reage à invasão e ataques de pessoas de fora, em um verdadeiro ‘faroeste’ brasileiro. Aclamado pelo público e pela crítica especializada, o longa conta com grandes estrelas no elenco, como Sônia Braga, Thomás Aquino, Silvero Pereira, e Bárbara Colen, entre outros. 

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Nas redes sociais, o diretor Kleber Mendonça Filho festejou a chegada do que ele chama de “cinema popular brasileiro” ao veículo que possibilita o acesso das grandes massas à arte e cultura. Em seus perfis, ele celebrou: “Nosso filme boneco na Tela Quente. Sensacional isso aqui. Ocupando o horário nobre”. 

O canal de TV por assinatura Space presta homenagem a um dos maiores nomes do cinema brasileiro e disponibiliza, em sua conta na plataforma YouTube, a primeira série produzida sobre vida e obra do cineasta José Mojica Marins (1936-2020), morto na última quarta-feira (19), vítima de uma broncopneumonia. No conjunto de seis episódios, a produção "Zé do Caixão" (2015) foi dirigida por Vitor Mafra e tem como protagonista o ator Matheus Nachtergaele no papel do personagem-título, um dos mais icônico do gênero terror no Brasil.

A série que conta a história do Pai do Terror foi inspirada na biografia "Maldito - A Vida e o Cinema de José Mojica Marins" (1998) escrita pelos jornalistas Ivan Finotti e André Barcinski. A produção relata a carreira do cineasta, as dificuldades, o dia-a-dia de Mojica e a vida pessoal do artista em paralelo à relação com toda a equipe de produção de suas obras. No seriado, cada capítulo se refere a um filme estrelado por Zé do Caixão. Entre eles estão "À Meia-Noite Levarei sua Alma" (1964), primeira vez do personagem no cinema, e "Ritual dos Sádicos" (1970).

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Além de Matheus Nachtergaele como Zé do Caixão, a série também apresenta o ator e apresentador Felipe Solari, no papel do produtor Mário Lima, e a atriz Maria Helena Chira, que interpreta Dirce Morais. A mãe e o pai do cineasta brasileiro também fazem parte do programa e foram interpretados por Anamaria Barreto e Walter Breda.

Para assistir, acesse o link da série "Zé do Caixão" no YouTube.

Prêmios em Cannes, indicações ao Oscar e à Berlinale: o cinema brasileiro vive um ciclo de esplendor, mas teme um retrocesso pela perda de apoio público sob o governo ultraconservador de Jair Bolsonaro.

Diretores, produtores e profissionais do setor afirmam que a política cultural atual é ideológica e ameaça uma indústria que é uma das faces visíveis do país e mantém cerca de 300.000 empregos.

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"Artisticamente é um momento de florescimento. Temos filmes comerciais brasileiros dando muito certo comercialmente e filmes brasileiros de caráter mais autoral dando muito certo em festivais também", afirmou à AFP Caetano Gotardo, co-diretor do longa-metragem Todos os Mortos, co-produzido com a França e em competição na seleção oficial do próximo Festival de Berlim, no final de fevereiro.

"Mas a gente vive um momento de bastante dúvida sobre a continuidade dessa produção", alerta Gotardo.

Seu filme, que retrata a relação entre uma família branca e uma negra no Brasil no final do século XIX, após a abolição da escravidão, conseguiu escapar a tempo do período de turbulências que enfrentam muitas produções ainda em andamento.

O mesmo aconteceu com “A vida invisível de Euridice Gusmão”, de Karim Ainouz, vencedor do prêmio Un Certain Regard no último festival de Cannes, e com “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho, vencedor do Prêmio do Júri e que foi um sucesso de bilheteria nos cinemas brasileiros.

"Falta de ação"

Nenhuma dessas vitórias foi comemorada por Bolsonaro, envolvido junto a seus ministros em uma “guerra cultural” contra o que consideram “arte de esquerda”.

As mudanças começaram com a extinção do Ministério da Cultura, convertido em uma secretaria do Ministério do Turismo, e continuaram com o corte do patrocínio de empresas públicas para atividades culturais, medida que afetou vários festivais de cinema.

Bolsonaro afirmou que “o Estado tem maiores prioridades” do que financiar a cultura e ameaçou fechar a Agência Nacional de Cinema (Ancine) se não pudesse estabelecer um “filtro” de conteúdo ao alocar recursos públicos para incentivar o setor.

O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), administrado pela Ancine e alimentado principalmente por receitas da própria indústria audiovisual, sofrerá em 2020 um corte orçamentário de mais de 40%.

O cinema brasileiro está “freado pelas decisões erradas” e pela “falta de ação” do governo, que é “contra a cultura”, aponta Sara Silveira, produtora de “Todos os mortos”.

Nesta semana, o Ministério da Comunicação da Presidência acusou a diretora Petra Costa de “difamar a imagem do país” com seu documentário “Democracia em Vertigem”, indicado ao Oscar, que conta sob uma perspectiva de esquerda o processo que levou ao poder o presidente ultradireitista.

Bolsonaro, cujo mandato termina em 2022 e pode ser reeleito, havia dito pouco antes que não perderia tempo assistindo essa “porcaria”.

Momento "perturbador"

“O momento cultural atual é talvez o mais perturbador que já se tenha vivido no processo cultural brasileiro”, declarou à AFP Luiz Carlos Barreto, um dos maiores produtores do cinema brasileiro, que viveu o auge do Cinema Novo na década de 1960 e negociou com a censura da ditadura militar (1964-1985) a autorização de produções qualificadas “subversivas”.

De acordo com Barreto, de 91 anos, está em curso uma “nova estratégia, um sistema de censura prévia”, no qual não se trata mais de “reprimir um produto [artístico], mas de colocar barreiras para que não sejam produzidos”.

Barreto pensa que o principal problema, agravado pelo governo atual, é que a cultura no Brasil é tratada como um “enfeite” e não como uma indústria valiosa.

“Precisamos lutar e brigar para que a indústria da cultura, o que chamamos de ‘economia criativa’, que engloba muitos outros setores, seja vista de fato como um pilar econômico”, afirmou Ilda Santiago, diretora do Festival de Cinema do Rio, cuja última edição estava prestes a ser cancelada após a redução do patrocínio da estatal Petrobras.

O futuro próximo é, para muitos, uma incógnita.

Após a renúncia do quarto secretário de Cultura – que parafraseou o ministro da propaganda de Hitler em um discurso –, a esperança mais pragmática é de que sua substituta, a atriz Regina Duarte, promova o diálogo com a classe artística e retome os programas que ajudam o setor a avançar.

Apesar de todas as dificuldades, “não vamos parar de produzir [filmes], não vamos parar de fazer o que fazemos”, conclui Ilda Santiago.

O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta semana, um decreto que estabelece a chamada Cota de Tela. A medida estabelece um número mínimo de filmes nacionais a serem exibidos pelas salas de cinema do país durante o ano. A decisão foi publicada na última terça (24), no DIário Oficial da União. 

O objetivo da Cota é proteger o cinema nacional evitando que blockbusters internacionais façam ocupações predatórias nos cinemas minimizando, ou até mesmo excluindo, o espaço para os filmes produzidos no Brasil. Segundo o decreto, uma empresa que tiver apenas uma sala será obrigada a exibir títulos nacionais durante 27 dias em 2020. 

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Esse número varia de acordo com o tamanho dos complexos exibidores. Empresas que tenham a partir de 201 salas, por exemplo, deverão dedicar 57 dias de sua programação ao cinema nacional no ano que vem. O regulamento também estabelece a quantidade de títulos a serem distribuídos nesse período. A partir de 10 salas, deve ser feita a exibição de um mínimo de 15 filmes nacionais. 

 

O longa-metragem escolhido para representar o Brasil na premiação do Oscar 2020 estreia hoje nas salas de todo o país. Premiado no Festival de Cannes, na França, no último mês de maio, “A Vida Invisível” chega às telonas brasileiras repleto de elogios da crítica especializada e do público. Dirigido pelo cineasta pernambucano Karim Aïnouz o drama, além de estar entre os preferidos a concorrer ao maior prêmio do cinema mundial, foi aclamado no exterior e vendido para entrar em cartaz nas sessões de mais de 30 países.

Baseado na história do livro “A vida invisível de Eurídice Gusmão” (2016), escrito por Martha Batalha, Aïnouz apresenta uma reverência às mulheres de uma geração que não se deixaram levar pelas pressões da sociedade dominante e do machismo que tentava controlar o ímpeto da juventude feminina nas décadas de 1940 e 1950. A história traz duas irmãs Guida (Julia Stockler) e Eurídice (Carol Duarte) com características de personalidade próprias, entretanto como cúmplices e muito próximas. Vista como inconsequente, Guida abandona tudo para seguir com Yorgus (Nikolas Antunes), o grande amor da sua vida, para o exterior. Enquanto isso, Eurídice alimenta o sonho de estudar música em Viena, na Áustria, para se tornar pianista.

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Forçada a não realizar seus desejos, Eurídice casa-se com Antenor (Gregório Duvivier), um cidadão comum do período. Grávida, Guida retorna ao Brasil e seu pai, Manuel (Antonio Fonseca), em uma atitude rigorosa vigente nas famílias tradicionais da época, a expulsa de casa sustentando uma mentira que pode separar as duas irmãs para sempre.

Para ter um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira em cena, o cineasta Karim Aïnouz teve que mudar o fim da história do livro que inspirou seu longa-metragem. A atriz Fernanda Montenegro surge no papel de Eurídice idosa, para fechar a história com o brilho peculiar de seus mais de 60 anos de carreira. Na trama, o momento é de descobertas emocionantes e corrigir desmandos do passado.

Em paralelo à campanha para que “A Vida Invisível” figure entre os finalistas do prêmio do Oscar em 2020 na categoria Filme Internacional, os produtores também tentam encaixar Fernanda Montenegro entre as indicadas na premiação às atrizes coadjuvantes. Vale a torcida!

O apresentador, jornalista e bispo evangélico Edilásio Barra foi escolhido para comandar a Superintendência de Desenvolvimento Econômico da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Segundo o jornal Folha de São Paulo, no cargo o bispo ficará responsável pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Para quem não sabe, o FSA é uma categoria específica do Fundo Nacional de Cultura, criado em 2006 pela Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Brasieleira (Condencine) e pelo Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), com o objetivo de fornecer investimento em obras audiovisuais brasileiras. Em 2018, foram movimentados mais de R$ 800 milhões, segundo dados da Ancine.

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Por Pietro Tenório

Para comemorar os 80 anos de um dos maiores nomes da dramaturgia e do cinema brasileiro, o ator Antonio Pitanga, a Cinemateca Brasileira exibe de hoje (1º) até 11 de agosto 14 filmes da trajetória do artista. A programação será composta pelos mais importantes trabalhos do artista baiano, como "Bahia de Todos os Santos" (1960), "Ganga Zumba" (1963), "A Grande Cidade" (1966) e "Barravento" (1969). Os ingressos são gratuitos.

Entre os destaques da "Mostra Antonio Pitanga – 80 Anos" estão filmes dirigidos por José Trigueirinho Netto (1931-2018), Cacá Diegues, Roberto Pires (1934-2001) e Glauber Rocha (1939-1981). Na programação estão também raridades como "Êsse Mundo é Meu" (1963) e "Juliana do Amor Perdido (1971)", dirigidos por Sérgio Ricardo, além de "Chico Rei" (1985), do cineasta Walter Lima Jr. Outra atração da mostra é o documentário "Pitanga" (2017), dirigido por Camila Pitanga, filha do ator, e Beto Brant.

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Antonio Pitanga nasceu em Salvador (BA), em 13 de junho de 1939 e esteve presente em momentos marcantes do cinema nacional sendo uma das referências do movimento Cinema Novo, além de ter ficado marcado com sua presença no Cinema Marginal em produções da Empresa Brasileira de Filmes S.A (Embrafilme).

Os ingressos da "Mostra Antonio Pitanga – 80 Anos" estarão disponíveis na bilheteria da Cinemateca Brasileira uma hora antes de cada sessão.

Serviço

"Mostra Antonio Pitanga – 80 Anos"

Quando: de 1º a 11 de agosto

Endereço: Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, São Paulo - SP

Ingressos: Grátis. Sujeito à lotação

Programação completa em http://cinemateca.org.br/antonio-pitanga-80-anos/

Quando se fala de cinema nacional, o gênero fantástico, como terror, aventura e fantasia, fica meio esquecido. O que não significa que o país não tenha representantes nesses tipos de filmes. O número de exemplares pode não ser assim tão grande, mas isso não impede o Brasil de ter bons longas e ótimos personagens. O LeiaJá separou alguns vilões, justamente, para provar isso.

Zé do Caixão

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Claro que ele iria abrir a lista. O maléfico agente funerário criado por José Mojica Marins é o maior de todos. O personagem estreou em 1963, no filme À Meia-Noite Levarei Sua Alma e, depois do sucesso, estrelou mais dois filmes e apareceu em outros sete. Até hoje, um ícone do terror, não só no brasil, como no resto do mundo.

Severino de Aracaju (O Auto da Compadecida - 2000)

Mesmo sendo um filme família, o longa baseado na peça escrita por Ariano Suassuna traz um personagem que mete medo em todo mundo. Marco Nanini está perfeito na pele de Severino de Aracaju, o implacável cangaceiro que aterroriza Taperoá e persegue seus desafetos mesmo depois de morto.

Baixo Astral (Super Xuxa contra Baixo Astral - 1988)

O humorista Guilherme Karan é o responsável por dar vida ao vilão mais icônico de todos os filmes estrelados por Xuxa Meneghel. Baixo Astral é um ser demoníaco que quer acabar com a alegria do mundo, mas sempre se dá mal. Anos depois o longa virou cult nos EUA, vendido como um filme de terror (!).

Cangaço (Condado Macabro - 2015)

Todo país tem um palhaço de filme de terror que se preze. No Brasil, o longa Condado Macabro, dirigido por André de Campos Mello, Marcos DeBrito, nos deu Cangaço (Francisco Gaspar). Na história, o palhaço, além de entreter, também se mete no mundo do crime. Tudo dá errado quando ele encontra o grupo de psicopatas tão perigosos quanto ele.

Inácio (O Animal Cordial - 2017)

O filme de Gabriela Amaral Almeida nos apresenta um dono de restaurante que surta durante um assalto e resolve manter todo mundo preso no local sob forte tortura psicológica. Interpretado por Murilo Benício, o empresário Inácio é o melhor exemplo de homem comum que pode virar um monstro;

Ratan (A Princesa Xuxa e os Trapalhões - 1989)

Claro que não podia faltar um vilão de um filme d’os Trapalhões. O escolhido foi Ratan (Paulo Reis), o tirano do planeta Antar, que, entre outras maldades, escraviza crianças e idosos. Quem pode impedí-lo? Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.

Tenório (Reza a Lenda - 2016)

Em um Nordeste místico, um grupo de motoqueiros procura pela imagem de uma santa que vai trazer chuva e prosperidades para a região. Quem se opõe a eles é o fazendeiro Tenório, latifundiário inescrupuloso, interpretado por Humberto Martins, que quer a riqueza só para ele.

Chupacabras (A Noite do Chupacabras - 2011)

Rodrigo Aragão é o grande nome do terror brasileiro hoje e seus filmes são cheios de monstros assustadores. Um dos mais conhecidos é o Chupacabras, que ganhou vida através do ator Walderrama Dos Santos. O bicho/ET aparece no interior do Espírito Santo, em uma cidade onde duas famílias estão em pé de guerra e se farta com tanta matança.

Fotos: Divulgação

Em 19 de junho de 1898, o cinegrafista italiano Affonso Segretto filmou sua chegada ao Brasil. O estrangeiro fez imagens do Rio de Janeiro e as compilou em um documentário, tido como o primeiro filme rodado em solo nacional e intitulado 'Uma vista da Baia de Guanabara'.

Mais de um século se passou desde então; a data foi imortalizada como o Dia do Cinema Nacional que hoje, em pleno século 21, pode olhar para trás e se orgulhar de sua história. Dos primeiros e parcos documentários produzidos após a chegada de Segretto, passando pelas chanchadas dos estúdios Atlântida, nos anos 1940; até o Cinema Novo, em 1960 e a pornochanchada, em 1970; chegando à Retomada, nos anos 1990, a produção cinematográfica brasileira foi ganhando quantidade e, sobretudo, qualidade, tendo títulos premiados internacionalmente e aclamados pela crítica especializada e pelo público.

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Confira 10 filmes que são prova da qualidade do cinema brasileiro: 

O pagador de Promessas (Anselmo Duarte, 1962)

Considerado um marco no cinema nacional. Até hoje, único representante brasileiro a vencer a Palma de Ouro em Cannes, desbancando obras de aclamados diretores como Bresson. Também foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Segundo alguns críticos, é uma das maiores produções cinematrográficas do Brasil. 

Terra em transe (Glauber Rocha, 1967)

Um dos mais celebrados da filmografia brasileira, o filme contém uma forte crítica social ao contar a história de um país fictício, Eldorado, em crise política. À época de seu lançamento, teve problemas com a censura brasileira e quase foi proibido. Também é muito elogiado pelo seu elenco, que traz nomes como Paulo Autran, Jardel Filho, José Lewgoy e Paulo Gracindo. Foi indicado à Palma e Ouro em Cannes e venceu o Prêmio da Crítica e de Melhor Filme no Festival de Havana, em 1967. 

O bandido da luz vermelha (Rogério Sganzerla, 1968)

Este filme se tornou o símbolo do movimento chamado Cinema Marginal, nos anos 1960. Apresenta linguagem e temática transgressoras e tom debochado e crítico. Em 1968, conquistou o grande prêmio do Festival de Brasília, além de também ter sido premiado nas categorias figurino, diretor e montagem. 

Pixote - A lei do mais fraco (Héctor Babenco, 1981)

Apesar de ter sido dirigido por um argentino, Héctor Babenco, o filme Pixote traz, em sua história, um forte retrato da realidade brasileira. O longa mostra o cotidiano de jovens abandonados nas ruas de São Paulo e foi indicado ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.

Carlota Joaquina (Carla Camurati, 1995)

O longa dirigido por Carla Camurati é tido como a obra responsável pela retomada do cinema brasileiro, após amargar anos de enfrentamento à censura e de passar pela extinção da Embrafilme (empresa estatal de produção de filmes), no governo Fernando Collor de Mello. O filme traz uma revisão histórica do período colonial interpretada por grandes atores como Marco Nanini e Marieta Severo. Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Assunção, no Paraguai. 

Central do Brasil (Walter Sales, 1998)

Outro grande responsável pela 'retomada', venceu diversos prêmios internacionais como o Urso de Ouro, no Festival de Berlim; o BAFTA, da Academia Britânica de Cinema; e foi o reperesentante brasileiro do Oscar em 1999 em duas categorias, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz, para Fernanda Montenegro. 

Cidade de Deus (Fernando Meirelles, 2002)

Este longa pode ser considerado um 'hit' da produção nacional. Ganhou a 21ª posição no ranking do site internacional IMDb (ultrapassando clássicos como O silêncio dos inocentes e Casablanca); foi escolhido pela revista Empire como o sétimo melhor filme de todos os tempos e pela Time como um dos 100 melhores filmes da história. Recebeu quatro indicações ao Oscar e consagrou Fernando Meirelles como o primeiro brasileiro indicado na categoria de Melhor Diretor. 

Tropa de Elite (José Padilha, 2007)

Tropa de Elite é sucesso absoluto de público e é quase impossível contabilizar quantas pessoas o assistiram. O filme chegou tendo que brigar com a pirataria e, acredita-se que cerca de três milhões de brasileiros tenham assistido à produção antes mesmo de ela chegar às salas de cinema, através de DVDs piratas. Nas bilheterias, foram contabilizados quase dois milhões de espectadores pagantes apenas no primeiro mês em que esteve em cartaz. Ganhou o Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim. 

Aquarius (Kleber Mendonça Filho, 2016)

O badalado filme do cineasta Kleber Mendonça Filho estreou no festival de Cannes, na França, fazendo bastante barulho. Parte da equipe e do elenco fez um protesto contra o impeachment da então presidente Dilma Rousseff no tapete vermelho do festival. Percorreu com intensidade o circuito internacional e Associação Brasileira de Críticos de Cinema o elegeu como o melhor filme brasileiro daquele ano; o Sindicato Francês da Crítica de Cinema o considerou como Melhor Filme Estrangeiro; além de ter arrebatado diversos prêmios internacionais. Tudo isso sem falar na deslumbrante atuação da atriz brasileira Sônia Braga. 

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Na quarta e penúltima noite de mostras competitivas da 22ª edição do Cine PE, foram exibidos um total de oito filmes entre as categorias curta-metragem pernambucano, curta-metragem nacional e longa-metragem.

“Deep Dive” e “Frequências” concorreram na mostra de curtas-metragens pernambucanos. Já a competição da categoria curtas-metragens nacionais ficou por conta da animação “Insone”, o documentário “Universo Preto Paralelo” e as ficções “Peripatético”, “Lençol de Inverno” e “Não Falo Com Estranhos”. E o único longa-metragem a ser exibido na noite foi “Henfil”, dirigido por Angela Zoé. 

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Ao longo do festival, serão exibidos 30 filmes que irão disputar as diferentes categorias do Troféu Calunga. Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, votando através do aplicativo oficial do Cine PE. A solenidade de encerramento acontece na próxima terça-feira (5).

O Ministério da Cultura divulgou hoje (10), no Diário Oficial da União (DOU), os critérios de seleção do filme longa-metragem que será indicado como candidato brasileiro ao Oscar 2018 de Melhor Filme em Língua Estrangeira da 90ª Premiação Anual promovida pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences.

Poderão concorrer os filmes que tiverem sido lançados e exibidos inicialmente no Brasil, em sala de cinema comercial, por no mínimo sete dias consecutivos, entre 1º de outubro de
2016 e 30 de setembro de 2017. 

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A inscrição deverá ser feita na página do ministério até as 18h (horário de Brasília) do dia 31 de agosto.

A seleção do filme será realizada por Comissão Especial, composta por especialistas com atuação notória no setor audiovisual a serem indicados pela Academia Brasileira de Cinema.

A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura é a responsável pelo apoio à comissão, cuja composição ainda não foi divulgada.

A Comissão Especial de Seleção Oscar 2018 anunciará o resultado da seleção no dia 15 de setembro, segundo a portaria do DOU.

No ano passado, o filme Pequeno Segredo, dirigido por David Schurmann, foi indicado como representante do Brasil, mas não foi selecionado como finalista. O melhor filme foi Moonlight - Sob a Luz do Luar .

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro anunciou nesta quinta-feira (13) a lista dos indicados de 2017. A cerimônia acontece no dia 5 de setembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e os homenageados do evento são Antonio Pitanga e Helena Ignez.

Domingos Montagner recebeu indicação póstuma na categoria de “Melhor ator”. Entre os indicados, o filme “Elis” lidera com 12 indicações, seguido por “Aquarius”, com 11, e “Bom Neon”, com 10.

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As categorias de “Melhor longa-metragem ficção”, “Melhor longa-metragem documentário” e “Melhor longa-metragem estrangeiro” serão por voto popular. A votação ocorre a partir do dia 1 de agosto, através do site www.academiabrasileiradecinema.com.br.

Confira a lista das indicações abaixo:

Melhor longa-metragem de ficção

"Aquarius", de Kleber Mendonça Filho

"Boi Neon", de Gabriel Mascaro

"Elis", de Hugo Prata

"Mãe só há uma", de Anna Muylaert

"Nise - O coração da loucura",  de Roberto Berliner.

Melhor longa-metragem documentário

"Cícero Dias, O Compadre de Picasso", de Vladimir Carvalho. Produção: Vladimir Carvalho por Com Domínio Filmes

"Cinema Novo", de Eryk Rocha. Produção: Diogo Dahl por Coqueirão Pictures (Kino TV) e Eryk Rocha por Aruac Filmes

"Curumim", de Marcos Prado. Produção: Marcos Prado e José Padilha por Zazen Produções

"Eu sou Carlos Imperial", de Renato Terra e Ricardo Calil. Produção: Alexandre Rocha e Marcelo Pedrazzi por Afinal Filmes

"Marias", de Joana Mariani. Produção: Matias Mariani por Primo Filmes e Joana Mariani por Mar Filmes

"Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil", de Belisario Franca. Produção: Maria Carneiro da Cunha por Giros

"Quanto Tempo o Tempo Tem", de Adriana L. Dutra. Produção: Claudia Dutra e Viviane Spinelli por Inffinitto

Melhor longa-metragem comédia

"BR 716", de Domingos Oliveira. Produção: Domingos Oliveira por Teatro llustre e Renata Paschoal por Forte Filmes

"É Fada!" de Cris D’Amato. Produção: Daniel Filho por Lereby Produções

"Minha Mãe é Uma Peça 2", de César Rodrigues. Produção: Iafa Britz por Migdal Filmes

"O Roubo da Taça", de Caito Ortiz. Produção: Francesco Civita e Beto Gauss por Prodigo Films

"O Shaolin do Sertão", de Halder Gomes. Produção: Halder Gomes e Márcia Delgado por ATC Entretenimentos

Melhor direção

Afonso Poyart, por Mais forte que o mundo – A história de José Aldo

Anna Muylaert, por Mãe só há uma

David Schurmann, por Pequeno segredo

Gabriel Mascaro, por Boi Neon

Kleber Mendonça Filho, por Aquarius

Melhor atriz

Adriana Esteves como Dilza por Mundo cão

Andréia Horta como Elis por Elis

Gloria Pires como Nise da Silveira por Nise – o coração da loucura

Julia Lemmertz como Heloisa por Pequeno segredo

Sonia Braga como Clara por Aquarius

Sophie Charlotte como Severina por Reza a lenda

Melhor ator

Caio Blat como Felipe por BR716

Cauã Reymond como Ara por Reza a lenda

Chico Diaz como Gomez por Em nome da lei

Domingos Montagner como Corvo por Um namorado para minha mulher

Juliano Cazarré como Iremar por Boi Neon

Lázaro Ramos como Paulinho por Mundo cão

Melhor atriz coadjuvante

Alice Braga como Sandra por Entre idas e vindas

Andréa Beltrão como Ana Lucia por Sob pressão

Laura Cardoso como Yolanda por De onde eu te vejo

Maeve Jinkings como Ana Paula por Aquarius

Maeve Jinkings como Galega por Boi Neon

Sophie Charlotte como Gilda por BR716

Melhor ator coadjuvante

Caco Ciocler, como César Camargo Mariano por Elis

Dan Stulbach, como Marcos por Meu amigo hindu

Flavio Bauraqui, como Octávio Ignácio por Nise – o coração da loucura

Gustavo Machado, como Ronaldo Bôscoli por Elis

Irandhir Santos, como Roberval por Aquarius

Melhor direção de fotografia

Adrian Teijido; ABC por Elis

André Horta, por Nise – o coração da loucura

Diego Garcia, por Boi Neon

Marcelo Corpanni; ABC, por Reza a lenda

Mauro Pinheiro Junior, por Meu amigo hindu

Melhor roteiro original

Afonso Poyart e Marcelo Rubens Paiva, por Mais forte que o mundo – A história de José Aldo

Anna Muylaert, por Mãe só há uma

Domingos Oliveira, por BR716

Gabriel Mascaro, por Boi Neon

Kleber Mendonça Filho, por Aquarius

Melhor roteiro adaptado

Fil Braz e Paulo Gustavo  – adaptado da peça teatral “Minha mãe é uma peça”, de Paulo Gustavo por Minha mãe é uma peça 2

Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco – adaptado do obra “Big Jato”, de Xico Sá – por Big Jato

Lusa Silvestre e Julia Rezenda – adaptado do longa-metragem argentino “Un Novio para mi Mujer” – por Um namorado para minha mulher

Neville D’Almeida e Michel Melamed - adaptado do texto “A frente fria que a chuva traz”, de Mario Bortolotto – por A frente fria que a chuva traz

Walter Lima Jr. – adaptado da obra “A volta do parafuso”, de Henry James – por Através da sombra

Melhor direção de arte

Clovis Bueno, Isabel Xavier e Caroline Schamall, por Meu Amigo Hindu

Daniel Flaskman, por Nise – O Coração Da Loucura

Frederico Pinto, por Elis

Juliana Ribeiro por O Shaolin Do Sertão

Juliano Dornelles e Thales Junqueira, por Aquarius

Melhor Figurino

Cássio Brasil, por Reza A Lenda

Cris Kangussu, por Nise – O Coração Da Loucura

Cristina Camargo, por Elis

Flora Rebollo, por Boi Neon

Luciana Buarque, por O Shaolin Do Sertão

Melhor Maquiagem

Alex De Farias, por Boi Neon

Anna Van Steen, por Elis

Bruna Nogueira, por Meu Amigo Hindu

Cristiano Pires, por O Shaolin Do Sertão

Tayce Vale, por Reza A Lenda

Melhor Efeito Visual

Binho Carvalho e José Francisco; Abc, por Reza A Lenda

Eduardo Amodio, por Aquarius

Guilherme Ramalho, por Elis

Marcelo Siqueira, por Pequeno Segredo

Mari Figueiredo, por Mais Forte Que O Mundo – A História De José Aldo

Melhor Montagem Ficção

Eduardo Serrano por Aquarius

Fernando Epstein E Eduardo Serrano por Boi Neon

Gustavo Giani por Meu Amigo Hindu

Karen Harley; Edt por Big Jato

Tiago Feliciano; Amc por Elis

Melhor Montagem Documentário

Alexandre Lima; Edt Por Curumim

Gabriel Medeiros Por Geraldinos

Jordana Berg; Edt Por Eu Sou Carlos Imperial

Renato Vallone Por Cinema Novo

Yan Motta Por Menino 23 – Infâncias Perdidas No Brasil

Melhor Som

Alfredo Guerra e Érico Paiva Por O Shaolin Do Sertão

Fabian Oliver, Mauricio D’orey E Vicent Sinceretti Por Boi Neon

Gabriela Cunha, Daniel Turini, Fernando Henna E Paulo Gama Por Sinfonia Da Necrópole

Jorge Rezende, Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. E Eduardo Virmond Lima Por Elis

Nicolas Hallet E Ricardo Cutz Por Aquarius

Paulo Ricardo Nunes, Miriam Biderman; Abc, Ricardo Reis E Paulo Gama Por Reza A Lenda

Melhor Trilha Sonora Original

Alceu Valença, por A Luneta Do Tempo

Antonio Pinto, por Pequeno Segredo

Dj Dolores, por Big Jato

Jaques Morelenbaum. por Nise – O Coração Da Loucura

Otavio De Moraes, por Elis

Melhor Trilha Sonora

Alexandre Guerra, por O Vendedor De Sonhos

Bernardo Uzeda, por Mate-Me Por Favor

Domingos Oliveira, por Br716

Mateus Alves, por Aquarius

Mauricio Tagliari,  por Mundo Cão

Melhor Longa-Metragem Estrangeiro

A Chegada/ Arrival – Dirigido Por Denis Villeneuve. Distribuição: Sony Picture

A Garota Dinamarquesa / The Danish Girl – Dirigido Por Tom Hooper. Distribuição: Universal Pictures

Animais Noturnos/ Nocturnal Animals – Dirigido Por Tom Ford. Distribuição: Universal Picture

Elle/ Elle – Dirigido Por Paul Verhoeven. Distribuição: Sony Pictures

O Filho De Saul/ Son Of Saul – Dirigido Por László Nemes, Distribuição: Sony Pictures

Spotlight - Segredos Revelados / Spotlight – Dirigido Por Tom Mccarthy. Distribuição: Sony Pictures

Melhor Curta-Metragem Animação

"Cartas", de David Mussel

"O Caminho dos Gigantes", de Alois Di Leo

"O Projeto Do Meu Pai", de Rosaria Maria

"Quando Os Dias Eram Eternos",  de Marcus Vinicius Vasconcelos

"Tango", de Francisco Gesso e Pedro Giongo

"Vento", de Betânia Furtado

"Vida de Boneco", de Flávio Gomes

Melhor Curta-Metragem Documentário

"A Morte Do Cinema", de Evandro De Freitas

"Abissal", de Arthur Leite

"Aqueles Anos de Dezembro", de Felipe Arrojo Poroger

"Buscando Helena" de Ana Amélia Macedo e Roberto Berliner

"Índios No Poder", de Rodrigo Arajeju

"Orquestra Invisível Let's Dance", de Alice Riff

Melhor Curta-Metragem Ficção

"A Moça Que Dançou Com O Diabo", de João Paulo Miranda Maria

"Constelações", de Maurílio Martins

"E O Galo Cantou", de Daniel Calil

"Não Me Prometa Nada", de Eva Randpolph

"O Melhor Som do Mundo", de Pedro Paulo de Andrade

O Cine PE, festival audiovisual realizado no Recife até esta segunda-feira (03), promoveu um seminário que levou até o público questões sobre o mercado audiovisual. Partindo de um ponto de vista mais técnico e econômico, a discussão envolveu todos os presentes e abordou as tendências nacionais e internacionais relacionadas ao universo de negócios do cinema. 

Para contribuir com o debate, o criador do curso de Economia Audiovisual da Universidade de Sao Paulo (USP), Gilson Schwartz, esteve presente e explicou o processo de formação dessa iniciativa pioneira em todo país, além das suas concepções a respeito do atual momento do cinema brasileiro. Confira tudo no vídeo:

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Estão abertas até o dia 23 deste mês as inscrições para a 22ª edição do programa Encontros com o Cinema Brasileiro, iniciativa da Agência Nacional do Cinema (Ancine) em parceria com o Ministério das Relações Exteriores para aumentar a visibilidade do cinema brasileiro no mercado internacional.

Este ano, o programa vai possibilitar que novas produções cinematográficas nacionais sejam vistas pelos curadores dos festivais de Veneza, na Itália; de San Sebastián, na Espanha; e de Locarno, na Suíça.

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O programa aceita inscrições de filmes brasileiros de longa-metragem já finalizados e ainda inéditos fora do território nacional, ou obras em fase de finalização que já possuam corte provisório de som e imagem. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição online no portal da Ancine (www.ancine.gov.br) e disponibilizar um link onde esteja disponível para visualização um teaser/trailer com duração entre 2 e 5 minutos, legendado em inglês.

As informações das inscrições e os respectivos links serão repassados aos responsáveis pelos comitês dos festivais que selecionarão de dez a 12 filmes. As curadoras Andrea Stavenhagen, delegada para América Latina do Festival de San Sebastian, e Violeta Bava, delegada para América Latina do Festival de Veneza, virão ao Rio de Janeiro entre os dias 6 e 9 de junho para assistir aos longas-metragens em sessões exclusivas. O Festival de Veneza ocorre de 30 de agosto a 9 de setembro e o de San Sebastián, de 22 a 30 de setembro.

Nesta edição, excepcionalmente, a equipe do Festival de Locarno verá os filmes à distância. As produções selecionadas pela curadoria ganham isenção na taxa de inscrição no festival suíço, que será realizado de 2 a 12 de agosto.

De acordo com a Ancine, o planejamento do programa Encontros com o Cinema Brasileiro leva em conta o calendário de realização dos festivais para aumentar as chances de participação dos filmes brasileiros. Em edições anteriores, já vieram ao Brasil curadores de festivais internacionais de cinema como os de Cannes, Sundance, Toronto, Roterdã, Berlim, BAFICI (Buenos Aires), Havana e Roma.

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Com 143 filmes, o cinema brasileiro registrou recorde de lançamentos em 2016, alcançando um desempenho que contribuiu para o crescimento da bilheteria total no ano. O resultado foi divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) no Informe Preliminar de Acompanhamento de Mercado, que contém os números do segmento de exibição em 2016.

Os filmes nacionais lançados no ano passado venderam 30,4 milhões de ingressos, o que representa o melhor resultado desde 1984. De acordo com o informe da Ancine, cresceu também a participação do público dos filmes nacionais em relação ao total de espectadores, atingindo 16,5%, ante 13% no ano anterior.

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Os dados da Ancine demonstram ainda que, em meio à crise econômica no país, o mercado de cinema continua em expansão. Os 184,3 milhões de bilhetes vendidos ao longo de 2016, gerando uma receita de R$ 2,6 bilhões, representam crescimento real pelo oitavo ano consecutivo, com taxas muito expressivas nos dois últimos anos, apesar da recessão.

Segundo a Ancine, a expansão e modernização do parque exibidor brasileiro é um dos principais fatores do bom desempenho no mercado. O ano terminou com 3.168 salas em funcionamento, mantendo a expansão acima da média dos últimos cinco anos e incorporando novas cidades ao serviço de cinema.

Para o Brasil, 2016 foi também o primeiro ano de operação do parque exibidor quase integralmente digitalizado, o que ajudou a elevar a bilheteria e a participação dos pequenos cinemas. “Desde 2009, temos crescimento real do mercado de salas de cinema, apesar das oscilações da conjuntura econômica do país. Isso mostra a força do cinema na vida dos brasileiros, e o empenho das distribuidoras e dos exibidores”, comentou o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel.

Campeões de bilheteria

Entre os filmes nacionais, 23 tiveram mais de 100 mil espectadores, 13 mais de 500 mil e sete venderam mais de 1 milhão de bilhetes. O filme nacional recordista de bilheteria foi a produção de temática bíblica Os Dez Mandamentos, com mais de 11,3 milhões de espectadores, superando até o estrangeiro mais bem colocado, Capitão América – Guerra Civil, visto por de 9,6 milhões de pessoas.

Mesmo tendo estreado no fim de dezembro, a comédia Minha Mãe É uma Peça 2 alcançou a segunda posição no ranking dos filmes brasileiros mais vistos em 2016. Em apenas duas semanas, o filme, que continua em cartaz, foi o 13º com maior público do ano, com 4 milhões de ingressos vendidos.

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