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Pernambuco fechou o ano de 2021 com quase 44% da população do estado em situação de pobreza. O número equivale a cerca de 4,2 milhões de pernambucanos. Foi a primeira vez que o indicador ficou acima de 40% na série, pior resultado em 10 anos. O maior percentual até então havia sido 38,2% em 2012.

Esses dados foram revelados no levantamento do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (Imds), e divulgado pela Folha de São Paulo, no último sábado (25). 

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A escalada no Nordeste também foi parecida. Na região, 5,5 milhões caíram na pobreza no ano passado, elevando o número de pobres para 22,8 milhões, quase 40% da população nesta parte do país.

No Sul, o contingente aumentou em 400 mil, fazendo com que os mais pobres passassem a representar 10% do total da população nesta parte do país. Lá o ano terminou com três milhões de pessoas na pobreza. 

O maior salto do país aconteceu em Sergipe, onde a pobreza avançou 12,5%, quase o triplo da média nacional que foi de 5%. Na avaliação da equipe do Imds, um fator para a oscilação na renda foi o auxílio emergencial. 

A concessão de um benefício de R$ 600 em 2020 teve o efeito de reduzir a pobreza. No ano passado, porém, o auxílio foi suspenso e, depois, teve o valor reduzido, além de ter um corte no número de beneficiários. Como a Covid não havia cedido, e a economia tão pouco reagido, houve repique na pobreza. 

"A baixa renda depende do trabalho informal, predominantemente associado ao setor de serviços com contato físico, como venda de alimentos e negócios associados ao turismo", afirma o economista Sergio Guimarães Ferreira, diretor do Imds. "A oscilação do benefício, sem a retomada dos serviços, foi determinante para o aumento da pobreza em 2021." 

Guimarães, porém, destaca que será preciso aprofundar a análise de dados para avaliar mais detalhadamente o aumento da pobreza em alguns locais.

O ex-executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar, relatou em uma entrevista para o filme "Amigo Secreto", da cineasta Maria Augusta Ramos, que sofreu pressão de procuradores da força-tarefa anticorrupção para envolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo. Alencar também declarou que um suposto investigado que delatou o ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB) como beneficiário de caixa dois teria sido solto pelos procuradores.

"Isso é um sistema anticorrupção? Ou é uma questão direcionada?", questionou o relator, de acordo com a Folha de São Paulo. Segundo Alexandrino, apontado pela Lava Jato como elo entre o PT e a empreiteira, o ex-presidente era "o principal alvo" dos investigadores, que o pressionaram a chegar "ao limite da verdade" para envolver Lula em sua delação. É a primeira vez que um delator da operação faz esse tipo de declaração pública.

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"Era uma pressão em cima da gente", diz o ex-executivo no longa-metragem. "E estava nítido que a questão era com o Lula", disse Alencar.

Os interrogadores, diz ele, insistiam em questões sobre "o irmão do Lula, o filho do Lula, não sei o que do Lula, as palestras do Lula [a empreiteira contratou o ex-presidente mais de uma vez para falar em eventos]". 

"Nós levávamos bola preta, 'ah, você não falou o suficiente'. Vai e volta, vai e volta. 'Senão [diziam os interrogadores], não aceitamos o teu acordo'", segue o ex-empreiteiro em seu relato.

Só depois de ceder, diz Alexandrino, os investigadores aceitaram em assinar, com ele, um acordo de colaboração premiada. Entre outras coisas, Alexandrino detalhou em seus depoimentos os gastos da empreiteira com a obra no sítio de Lula em Atibaia entre 2010 e 2011.

O ex-presidente acabou sendo condenado em 2019 a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro por causa das reformas feitas pela construtora na propriedade. O depoimento de Alexandrino foi considerado fundamental na época para que o petista fosse condenado.

Dois anos depois, a Justiça extinguiu a punição a Lula, como desdobramento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito no caso do tríplex atribuído a Lula.

Mais revelações

No filme "Amigo Secreto", o ex-executivo afirma que outros delatores, sob pressão, mentiram para os investigadores para poder assinar a colaboração e ver suas penas de prisão diminuídas. "Se eu falasse mais, eu estaria inventando. Estaria contando uma mentira como aconteceu com alguns [delatores] que você sabe, notórios, que mentiram para tentar escapar", diz ele. "Eu contei a verdade. Eu cheguei no limite da minha verdade."

Ele diz também saber de casos de pessoas que foram dispensadas dos depoimentos quando citaram o tucano Aécio Neves em suas delações.

"Não vou dizer o nome do santo. Mas tem colega meu que foi preso em Curitiba, chegou lá, o pessoal [investigadores] começou a perguntar sobre caixa dois [recursos doados para políticos sem registro na contabilidade oficial]. Ele [colega de Alexandrino] falou: 'Isso aqui é para o Aécio Neves'. Na hora em que ele falou, eles [interrogadores] se levantaram e soltaram ele. Isso é Lava Jato? Isso é um sistema anticorrupção? Ou é uma questão direcionada?".

Ex-delegada da Polícia Federal, Raquel Lyra (PSDB), pré-candidata ao governo de Pernambuco, tem a segurança pública e a reestruturação das forças policiais como parte da própria pauta desde que era prefeita da cidade de Caruaru, no Agreste. Na Sabatina UOL e Folha de São Paulo desta quinta-feira (9), ela admitiu que não é completamente contra a posse de armas pela população civil, mas entende que esta é uma necessidade extrema, influenciada por falhas de segurança social. Lyra também criticou projetos que pretendem conceder posse “indiscriminada” aos brasileiros. 

“Eu discordo da tese [de que o porte dá mais segurança à população]. Em qualquer lugar do mundo, ela não consegue se comprovar. A questão de armar o cidadão, para mim, não é a solução para a segurança pública. A gente precisa resolver o problema de segurança em Pernambuco com um novo olhar sobre a estruturação das polícias, investimento em inteligência e garantia de ações de prevenção social que consigam enxergar quem hoje é potencial vítima e autor de crimes, e seus familiares, para protegê-los e permitir que possamos ter estado de mais paz social”, declarou a ex-prefeita. 

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Ela continuou: “A meu ver, a liberação de armas, de forma discriminada, inclusive daquelas que eram de uso restrito, na mão do cidadão, é perigoso. Mais ainda nas mãos de bandidos, porque muitas delas irão parar lá”. 

Sucateamento da polícia 

Na sabatina, Raquel Lyra admitiu que as forças policiais do estado, sobretudo a Militar e a Civil, estão sucateadas e desmotivadas. Apesar de reconhecer a letalidade policial, também acredita que as tropas carecem de estrutura de trabalho e de uma nova visão para a abordagem pública. No “Pinga Fogo” da entrevista, quadro em que os entrevistados respondem com “sim” ou “não” sobre os tópicos mais importantes da disputa, Lyra disse que é a favor do uso de câmeras no uniforme policial. 

"A tropa está desmotivada. As delegacias estão sucateadas, não só com teto caído, mas com falta de materiais de limpeza, de expediente, e cobrando o que não tem condições de entregar. A Delegacia da Mulher precisa ser interiorizada e funcionar nos finais de semana e à noite, com unidades móveis inclusive. Vou fazer o completamento das tropas da Polícia Militar, porque muita gente saiu. Temos 90% dos municípios cobertos com dupla de policiais fazendo ronda. Eles só chegam depois de 6 a 7 horas do crime acontecido", declarou Raquel. 

A pré-candidata também disse que falta transparência sobre segurança pública no atual governo de Pernambuco. E criticou o programa Pacto Pela Vida. 

"Os indicadores do Pacto pela Vida estão errados, pois se deixa de investigar após 12 meses, porque não conta pra bater meta. Crimes de 12 meses atrás não são investigados mais, na prática, porque não contam para bater meta. O que era uma política pública efetiva acabou virando coisa para tirar retrato", concluiu. 

Propostas em segurança pública 

No estado, Raquel Lyra pretende replicar o “Juntos Pela Segurança”, projeto de segurança pública que uniu todas as forças policiais do estado, a Guarda Municipal e o Ministério Público. A proposta já é aplicada em Caruaru, onde foi prefeita até a metade deste ano. 

“A segurança pública em Pernambuco precisa ser liderada diretamente pelo governador. Se eu tiver oportunidade, farei como em Caruaru, e assumirei o problema diretamente. Quando você vê Paulo Câmara falando, pensa que Pernambuco vive num mar de rosas. Acaba parecendo que a propaganda é a vida real. O pernambucano hoje vive o toque de recolher. Teremos o Juntos pela Segurança, para reunir forças operacionais de polícia e dialogar prevenção da fase primária à prevenção terciária”, prometeu Raquel. 

Ela também sugeriu mais investimento na Polícia Científica, que tem enfrentado problemas para fazer o recolhimento de vítimas mortas em tempo, o que também aponta para um problema sanitário. Além disso, quer que as delegacias funcionem plenamente aos fins de semana e que os núcleos de apoio à mulher funcionem à noite, quando são registrados maiores episódios de violência de gênero. Em outras áreas, como a educação, infraestrutura e o desenvolvimento, a candidata prometeu a criação de 60 mil novas vagas em creches e a conclusão das obras na PE-104 e também na PE-232, além da duplicação da PE-432 até Garanhuns, no Agreste. 

A ex-prefeita Raquel Lyra (PSDB), pré-candidata ao governo de Pernambuco, revelou que percebe os seus adversários utilizando as candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) como “muleta”, em uma tentativa de levantar a bandeira partidária, em vez de agregar ao debate pelas questões mais urgentes do estado. Na Sabatina UOL e Folha de S. Paulo desta quinta-feira (9), ela abordou aspectos da política nacional, apesar de ter evitado se colocar na polarização pelo Governo Federal. 

“Hoje a gente apresenta a candidatura centro-democrática e não pode querer cair na pegadinha de escorar candidatura estadual, e é isso que os nossos adversários estão fazendo, usando como muleta a candidatura do presidente Lula ou do presidente Bolsonaro, pra tentar chegar ao segundo turno sem fazer o debate por Pernambuco”, declarou. 

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A sabatina foi iniciada com repercussões sobre a política nacional, que tem moldado as campanhas de nível inferior, com a troca de palanques e os apoios em diretórios estaduais e municipais. Assim, Raquel, que sempre buscou se manter entre a direita e a esquerda partidária, precisou comentar as gestões Lula e Bolsonaro. Evitou defender um ou outro, mas elogiou o governo petista e criticou a postura antidemocrática do atual presidente. 

“Sabemos do grande ganho que o presidente Lula fez para Pernambuco. Obras estruturadoras, no tempo em que a população vivia uma menor situação de pobreza. Óbvio que o povo de Pernambuco sente falta, pela condição de vida que ele tinha. [...] Votei no Lula três vezes e na Dilma [Rousseff] uma vez, porque representava naquele momento tudo o que acreditava ser o melhor para o Brasil. E eles deram contribuições”, declarou Lyra. 

Raquel também disse que, “independente de quem for o presidente da República”, irá buscar apoio aos projetos do estado, e que é necessário evitar fugir dos debates sobre os problemas da vida real, em vez de discutir quem é o melhor ou o pior candidato ao Planalto. 

Ela também criticou Jair Bolsonaro (PL) por ataques contra a democracia. "Ataque à democracia não cabe no Brasil de hoje. Temos democracia fortalecida e precisamos preservá-la. Acho que parte do discurso do Bolsonaro pode ser ameaça à democracia", afirmou. 

Chamou o governo de Paulo Câmara de "encastelado", criticando os baixos índices de aprovação e a falta de entregas de projetos para a população, principalmente em moradia e em água. 

"Paulo Câmara conduz o pior governo da história de Pernambuco. Qualquer pesquisa aponta. Seu governo não faz entregas. Vivemos desemprego, a região metropolitana é a mais pobre do Brasil, somos o pior estado para empreender, porque o estado se acostumou a acomodar e não entregar", afirmou. 

Apoio às principais pautas  

Legalização do aborto - CONTRA  

Legalização da maconha - CONTRA  

Concessão de parques públicos à iniciativa privada - A FAVOR 

Privatização da Petrobras - CONTRA  

Federalização do arquipélago de Fernando de Noronha - CONTRA  

Privatização do metrô do Recife - DEPENDE 

Criação do bilhete único - DEPENDE 

Privatização da Arena Pernambuco - A FAVOR 

Suspensão das festas juninas em Pernambuco - DEPENDE  

Câmeras em uniformes policiais - A FAVOR  

Porte/posse de armas por civis - CONTRA/A FAVOR 

Cotas raciais - A FAVOR  

Pedágios em rodovias - A FAVOR 

Principal bandeira da campanha  

Combater a desigualdade e devolver a autoestima à nossa gente, porque, em um governo tão medíocre, que não consegue garantir a Pernambuco o seu local de liderança do Nordeste, a gente vai trabalhar para, incansavelmente, fazer de Pernambuco um lugar melhor para se viver. 

 

Após receber o diagnóstico de afasia progressiva primária, o cartunista Angeli, de 65 anos, anunciou o fim da carreira. O artista colaborou por mais de 50 anos no jornal Folha de São Paulo e inspirou diferentes gerações de cartunistas no país. 

A informação do afastamento de Angeli foi divulgada pela própria Folha, nesta quarta (20). “Chargista ícone do underground, Angeli está guardando o lápis na gaveta e encerrando uma carreira que revolucionou a arte que se podia fazer em jornais nos últimos 50 anos”, publicou o veículo em suas redes sociais. O cartunista foi o responsável pela criação de personagens icônicos como Rê Bordosa e Bob Cuspe. 

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No artigo que explica a aposentadoria do artista, ele é citado como “nome que ajudou  a escrever a história dos quadrinhos no Brsil”.  Angeli interrompe suas atividades por conta do diagnóstico de afasia progressiva primária (APP), uma doença degenerativa que atinge a linguagem e se encontra dentro do conceito de doenças demenciais, como o Alzheimer. A condição não tem tratamento e nem cura. 

As motociatas organizadas por bolsonaristas, com o apoio e presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já podem ter custado ao menos R$ 2,8 milhões aos cofres públicos, segundo levantamento realizado pela Folha de São Paulo, a partir de mais de 30 pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI). O relatório foi divulgado nesta quinta-feira (30) e coincide com os dados do relatório do Tribunal de Contas da União, que investiga um suposto investimento de R$ 1 milhão, por parte do Governo Federal, no mesmo tipo de evento. 

O levantamento da Folha leva em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informadas pela Secretaria-Geral da Presidência, e os custos assumidos pelos estados para garantir a segurança da população e da comitiva de Bolsonaro. A quantia, porém, pode estar aquém do valor real investido, pois o governo federal publicizou, por enquanto, apenas despesas relativas a cinco das 12 motociatas que tiveram a presença do presidente. 

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Ainda não há informações a respeito de gastos que ocorreram há mais de dois meses. É o caso da viagem da comitiva de Bolsonaro para participar de motociata em Porto Alegre, no dia 10 de julho. Segundo resposta da Secretaria-Geral da Presidência à reportagem, as prestações de contas “encontram-se em fase de instrução”. Também não foram divulgadas as despesas com o evento em Presidente Prudente, em São Paulo, no dia 31 de julho. De acordo com a secretaria, “a prestação de contas dessa viagem ainda não foi apresentada, estando no prazo legal”. 

A Presidência havia afirmado que o prazo para a apresentação das contas acaba no dia 5 do mês seguinte às viagens, levando ainda cerca de 10 a 15 dias úteis para a execução da análise de conformidade das prestações.  

Na viagem ao Rio, em 23 de maio, foram gastos mais de R$ 231 mil no cartão de pagamento do governo federal. Em São Paulo, em 12 de junho, foram mais de R$ 476 mil. Em Chapecó, Santa Catarina, 14 dias depois, quase R$ 450 mil. Segundo a Presidência, as motociatas em Brasília não geraram custos adicionais. Não é possível saber detalhes a respeito das despesas porque a informação foi classificada como sigilosa pela Presidência. 

Entre os estados onde ocorreram as motociatas, São Paulo informou os maiores custos para a sua realização. Segundo a Secretaria de Segurança de São Paulo, foi gasto R$ 1,2 milhão no evento, que contou com 1.433 policiais e a atuação de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque e Canil, além de equipes do Corpo de Bombeiros e do Resgate. 

O ato também teve o apoio de cinco aeronaves, dez drones e aproximadamente 600 viaturas —entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais. A motociata de Presidente Prudente, no dia 31 de julho, custou R$ 300 mil ao governo paulista. O efetivo foi reforçado com cerca de 450 PMs, e a ação foi monitorada por drones e pelo helicóptero Águia da região. 

Em agosto, Doria afirmou que Bolsonaro será cobrado se participar de novas motociatas no estado. “Não é obrigação do governo do estado de São Paulo fazer segurança de motociatas sem que o custo seja suportado por quem as organiza e as promove”, disse o governador. 

A motociata em Porto Alegre, no dia 10 de julho, custou mais de R$ 88 mil aos cofres do estado, governado por outro presidenciável do PSDB, Eduardo Leite. Para viabilizar o ato bolsonarista, foram empregados 746 policiais militares, 27 policiais civis e 239 viaturas, sendo duas aeronaves, duas embarcações, dois jet-skis e duas lanchas. 

No Rio de Janeiro, as despesas estaduais chegaram a R$ 37.651. Foram solicitados 105 policiais militares no POE (Policiamento Ostensivo Extraordinário), além do grupamento escalado no POO (Policiamento Ostensivo Ordinário), já normalmente em atividade. Um helicóptero sobrevoou o evento durante cerca de três horas. 

A motociata de Chapecó, em 26 de junho, gerou gastos de R$ 26.771, com efetivo de 174 policiais militares, 83 viaturas e um helicóptero. Em resposta a pedido via Lei de Acesso à Informação, o estado disse que o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança do presidente, “disponibilizou lanche a todo o efetivo envolvido”. 

O Governo de Santa Catarina também teve que custear mais de R$ 13 mil para a realização da motociata em Florianópolis, no dia 7 de agosto. O efetivo foi reforçado com 365 policiais e foram empregadas uma aeronave, 16 viaturas e 17 motocicletas. A Polícia Militar do Distrito Federal se negou a informar os custos que envolveram três motociatas em Brasília, afirmando que a corporação não tem esses dados compilados. 

Já a Polícia Civil de Goiás recusou-se a divulgar as despesas com a segurança do evento em Goiânia no dia 27 de agosto. A corporação decretou sigilo de cinco anos em cima das informações, alegando que sua divulgação iria expor a instituição “quanto aos equipamentos de que dispõe para investigação e operações policiais”, pondo em risco a segurança da polícia e o sucesso em outras atuações. Não foram incluídos os gastos das motociatas em Uberlândia-MG e Santa Cruz do Capibaribe-PE. 

 

A Prefeitura de Maringá, no Paraná, emitiu uma nota de esclarecimento sobre as supostas doses vencidas da vacina da AstraZeneca/Oxford aplicadas na população entre abril e junho deste ano. Segundo a gestão, não foram aplicadas doses fora do prazo da validade nos maringaenses e houve apenas atraso na comunicação com a base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). O ConecteSUS teria demorado a enviar dados do Ministério da Saúde ao município.

Em reportagem desta sexta-feira (2), a Folha de São Paulo divulgou que 25.935 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford foram administradas após a data de vencimento em pelo menos 1.532 cidades brasileiras, das quais 3.563 teriam sido aplicadas em Maringá, tornando a cidade o primeiro lugar do levantamento.

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“Sobre reportagem da Folha de S. Paulo que denuncia suposta vacinação contra covid-19 com imunizantes vencidos, Marcelo Puzzi, secretário da Saúde de Maringá, explica: “O lançamento no Sistema Conect SUS está diferente do dia da aplicação da dose. Isso porque, no começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS”, escreveu a prefeitura em nota pública.

Segundo o jornal, os dados utilizados estão disponíveis nos registros oficiais do Ministério da Saúde e foram cruzados através do DataSUS e Sala de Apoio à Gestão Estratégica (Sage). Foram considerados os números dos lotes das vacinas e todas as imunizações do país contra Covid-19 até 19 de junho.

O texto menciona ainda que outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca que foram distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram. Não foi esclarecido se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas. AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil. Ela responde por 57% das doses aplicadas neste ano.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi condenado, em decisão proferida no último dia 16 de março, a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello em R$ 20 mil por danos morais. Em entrevista dada na saída do Palácio do Planalto, em fevereiro de 2020, o presidente afirmou em tom jocoso que a jornalista ‘queria dar o furo a qualquer preço’. Cabe recurso.

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A decisão foi tomada pela juíza Inah de Lemos e Silva Machado, da 19ª Vara do Foro Central Cível de São Paulo.

“Tendo o réu, no exercício individual do direito à liberdade de expressão, violado a honra da autora, causando-lhe dano moral, devendo, portanto, ser responsabilizado. Como assinalado, a utilização no sentido dúbio da palavra "furo" em relação à autora, repercutiu tanto na mídia como também nas redes sociais, expondo a autora”, diz um trecho da decisão da juíza.

Disparo de mensagens em 2018

Patrícia virou alvo do presidente e de seus apoiadores ao publicar reportagem, que depois se tornou um livro, sobre o disparo ordenado de mensagens com informações falsas nas eleições de 2018.

Defesa alegou que Bolsonaro reproduziu fala de Hans River

A advogada de Bolsonaro, nesta ação, tentou amenizar a declaração do presidente, que teria apenas reproduzido uma fala de Hans River, ouvido na CPMI das Fake News, em 11 de fevereiro de 2020.

Hans River do Rio Nascimento é ex-funcionário da empresa Yacows, uma das que estaria envolvida no uso fraudulento de disparo de mensagens em massa por aplicativos de mensagens.

A juíza refutou a tese da defesa:

“Ao contrário do alegado em resposta, não houve pelo requerido mera reprodução do depoimento prestado por Hans River, este teria dito, como constou na petição inicial... Denota-se pela leitura não ter sido utilizada pelo depoente a palavra "furo", portanto, não vinga a alegação em resposta de ter apenas o réu reproduzido o depoimento prestado por Hans”. 

Confira a decisão na íntegra.

A viúva do ex-ministro Gustavo Bebianno, Renata Bebianno, disse que destruiu o último celular do marido. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo (27). Segundo a reportagem, Renata revelou que tomou a decisão ao depor na investigação que apura disparos de mensagens de WhatsApp na campanha presidencial de 2018. 

A publicação aponta que Renata foi indagada se teria feito pesquisas no aparelho antes de destruir e ela negou. Bebianno havia sido intimado a depor para a investigação, mas morreu antes disso. O ex-ministro sofreu um infarto fulminante em março. 

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Em junho deste ano, informações de que um celular de Bebianno poderia comprometer o presidente foram divulgadas pela colunista do Uol Thaís Oyama, não há inforamções, contudo, se trata-se do mesmo aparelho destruído pela esposa dele. 

Após romper políticamente com Jair Bolsonaro, Bebianno chegou a dizer em uma entrevista à rádio Jovem Pam que tinha um material "fora do Brasil" com informações sobre o chefe do executivo nacional. 

"Me sinto, sim, ameaçado. O presidente Jair Bolsonaro é uma pessoa que tem muitos laços com policiais no Rio de Janeiro. Policiais bons e ruins. Me sinto, sim, vulnerável e sob risco constante. [...] Eu tenho material, sim, inclusive fora do Brasil. Porque eles podem achar que, fazendo alguma coisa comigo aqui no Brasil, uma coisa tão terrível que fosse capaz de assustar quem estivesse ao meu redor e, portanto, inibir a divulgação de algum material... Eu tenho muita coisa, sim, inclusive fora do Brasil. Então, não tenho medo", afirmou naquela ocasião.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (11), mostra que a rejeição da Delegada Patrícia (Podemos) para assumir a Prefeitura do Recife cresceu cinco pontos percentuais, saindo de 35% para 40%. Coincidência ou não, a rejeição saltou depois que o presidente Jair Bolsonaro confirmou o seu apoio à candidata, já que a pesquisa foi feita nos dias 9 e 10 de novembro.

A pesquisa, encomendada pela TV Globo e Folha de São Paulo, mostra que a rejeição à candidata do Podemos voltou a subir ao longo da semana, chegando a 40% dos eleitores. No levantamento anterior, feito entre os dias 3 e 4 de novembro, o índice era de 35%. Patrícia, inclusive, era uma das candidatas que a população recifense menos rejeitava.

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Mesmo liderando as últimas pesquisas de intenção de voto, o Datafolha confirma que João Campos (PSB) assume o segundo lugar dos candidatos que os eleitores não votariam de jeito nenhum. O seu percentual foi de 34%, seguido de Mendonça Filho (DEM) que registrou 31%. Coronel Alberto Feitosa (PSC), com 30% das rejeições e Marília Arraes (PT), com 27%, fecham o top 5 dos candidatos mais rejeitados do Recife.

Pedidos para a delegada

Na última segunda-feira (9), depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que estava apoiando a candidatura de Patrícia no Recife, a delegada voou para Brasília para se encontrar com o Bolsonaro e participar da live diária que o presidente faz em suas redes.

Na ocasião, o chefe do Executivo apelou para que os recifenses votassem em Patrícia para conseguir "varrer o comunismo e o socialismo do Brasil". Além disso, a delegada aproveitou para pedir união da direita e da centro-direita em para que, assim, conseguisse viabilizar a sua eleição na capital pernambucana.

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Nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (11), mostra que João Campos (PSB) caiu dois pontos nas intenções de voto, saindo de 31% para 29%, e Marília Arraes (PT) cresceu um ponto, saindo de 21% para 22%, quando comparado com a última pesquisa divulgada no dia 5 de novembro.

Em seguida, Mendonça Filho (DEM) aparece com 18% das intenções de voto e a Delegada Patrícia (Podemos) com 15%. Na margem de erro, Marília e Mendonça Filho estão empatados tecnicamente em segundo lugar. Carlos (PSL) registrou 2% e Coronel Alberto Feitosa (PSC) 1%, segundo a pesquisa.

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Brancos e nulos somaram 9% e indecisos 4%. Charbel (NOVO), Cláudia Ribeiro (PSTU), Marco Aurélio (PRTB) e Thiago Santos (UP) foram citados na pesquisa pelos eleitores, mas não atingiram 1% das intenções de voto. 

Nesta pesquisa, encomendada pela TV Globo e pela Folha de São Paulo, 1.036 eleitores do Recife foram ouvidos nos dias 9 e 10 de novembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. 

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O programa Pátria Voluntária, liderado pela primeira dama Michelle Bolsonaro, teria recebido do governo federal o valor de R$ 7,5 milhões que deveriam ter sido usados na compra de testes rápidos de Covid-19. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a doação, feita por uma empresa da iniciativa privada, acabou tendo seu destino alterado em pleno auge da pandemia no Brasil. 

De acordo com reportagem da Folha, a Marfrig, uma das maiores empresas no segmento frigorífico no país, teria doado o valor ao Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos do novo coronavírus. O montante, no entanto, acabou sendo desviado para o programa Arrecadação Solidária (vinculado ao projeto da primeira dama), que por sua vez repassou os recursos à instituições missionárias evangélicas aliadas da ministra Damares Alves, para a compra de cestas básicas. 

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Ainda segundo a publicação, a Mafrig afirmou ter recebido, no dia 20 de maio, uma comunicação oficial da Casa Civil informando que os valores doados deveriam ser depositados em uma conta da Fundação do Banco do Brasil, gestora dos recursos do Pátria. O comunicado dava conta de que os recursos seriam empregados na compra de testes de Covid-19. Porém, no dia 1º de julho, o governo contatou a empresa questionando sobre o desvio da doação para outras ações de combate aos efeitos socioeconômicos da pandemia, o que foi acatado. 

O Pátria Voluntária foi criado com objetivo de estimular o voluntariado e o crescimento do terceiro setor. Criado em julho de 2019, o programa comandado por Michelle Bolsonaro já gastou R$ 9 milhões dos cofres públicos em publicidade. Segundo a Folha, a Casa Civil foi procurada para dar esclarecimentos quanto as doações da Mafrig mas não se pronunciou. 

O Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ficou em segundo lugar em levantamento que avalia o desempenho entre escolas públicas brasileiras no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. Em Pernambuco, o Colégio de Aplicação obteve a maior nota entre as escolas públicas e privadas.

Ao considerar as escolas públicas e privadas, o CAp ocupou a 14ª posição nacional, com média 684,55 na prova objetiva do Enem. De acordo com o diretor do CAp-UFPE, o resultado é um rerflexo positivo de um trabalho contínuo de formação do estudante, sem foco em rankings. “Não é uma preparação para o Enem, e sim uma formação contínua. Desde o 6º ano do Ensino Fundamental, as crianças aprendem na escola a trabalhar de forma crítica, autônoma, reflexiva, e isso segue até o 3º ano do Ensino Médio”, explicou, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Universidade.

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De acordo com a ex-aluna da instituição, Manuela Bastos, o CAp se destaca por, entre outras coisas, corpo docente capacitado, projeto pedagógico diferenciado e acesso a bibliotecas. "A gente não atribui este sucesso a um critério, a um ponto só. É um conjunto de fatores", disse, segundo informações divulgadas pela UFPE.

Os microdados do Enem 2019 foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), tabulados pelo jornal Folha de S. Paulo e publicados no último dia 2 de julho. O critéri de veiculação excluiu escolas com menos de dez participantes no Enem e/ou aquelas em que menos de 50% do total de estudantes fizeram a prova. Na rede pública, a média mais alta da prova objetiva no Brasil é do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, com 687,24 pontos.

A Polícia Militar foi à Justiça interpelar o jornal Folha de São Paulo e os cartunistas Laerte, João Montanaro, Alberto Benett e Claudio Mor pela publicação de cinco charges críticas à violência policial. Dos cinco desenhos, dois criticam diretamente uma ação violenta que deixou nove mortos pisoteados em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na cidade de São Paulo, em dezembro de 2019. 

A Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar, Defenda PM, que considerou os cartuns ofensivos a ela e seus aproximadamente 2 mil associados, pede explicações dos artistas e do Grupo Folha. Fundada em 2016, a Defenda PM é vista entre os pares como parte da ala mais conservadora da corporação, e frequentemente associada ao bolsonarismo. Seu presidente, coronel Elias Miler da Silva, é assessor parlamentar do senador Major Olímpio (PSL-SP). 

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Entre as perguntas colocadas no pedido de explicações encaminhado à Justiça pela Defenda PM, há dúvidas sobre os desenhos se referirem a eventos específicos, questionamentos acerca da intenção de desqualificar profissionalmente os integrantes da polícia e se os autores das obras se arrependem de tê-las publicado. 

"Considerei a interpelação impertinente, autoritária e despida de lógica. A intenção de quem faz isso é intimidar a imprensa. Nunca tive de lidar com algo deste tipo”, disse o advogado Luís Francisco de Carvalho Filho, que representa a Folha de São Paulo. 

Posicionamento dos artistas

Em entrevista à propria Folha de São Paulo, os artistas se pronunciaram. Para o chargista João Montanaro, de 24 anos, os questionamentos da Defenda PM parecem fruto de uma falta de interpretação visual e são “sintoma de toda essa atmosfera que estamos vivendo”.

“Nunca tive de lidar com algo deste tipo. Achei que poderia ser algo sério. Mas depois me pareceu algo extremamente esdrúxulo”, avalia o artista, cuja charge gerou grande repercussão nas redes sociais à época de sua publicação. 

Para Alberto Bennet, de 46 anos, “explicar charge é uma coisa deprimente” pois “Se estamos contando uma história por meio de um desenho, explicá-lo é matar a ideia e sua interpretação”. 

Ele compara a interpelação à sua charge, que mostra uma senhora observando o corpo de uma pessoa morta junto a uma poça de sangue, coberto por um jornal dizendo “Que horror essa charge!” e dois policiais parados ao fundo, indicando que a pessoa era uma potencial vítima de violência policial. “É como se o desenho fosse mais chocante que o fato que ele retrata”. 

O chargista Claudio Mor, de 40 anos, explicou que “o chargista reage a uma ação. A gente não inventa notícias, mas se baseia nelas e expressa críticas”. Diante disso, sua conclusão foi que o questionamento da Defenda PM representa “uma tentativa de censura”. 

A cartunista Laerte declarou que “Os exemplos de excessos policiais no Brasil são muito numerosos, evidentes e têm se intensificado. A linguagem do humor tem o dever de ir em cima disso”. Ela foi a autora de uma das charges sobre o caso que levou à morte de nove pessoas em Paraisópolis. 

Laerte lembra que “A polícia brasileira é conhecida mundialmente pela truculência e pela letalidade. Portanto nenhuma dessas charges têm como motivação birras ou implicâncias. São linguagens humorísticas, mas necessariamente agressivas, amplamente calçadas em fatos, fotos e exemplos”. 

Para a artista, o pedido de explicações “está sintonizado com o momento de crescimento de uma situação autoritária no Brasil”. 

Ela também citou a exclusão de indicadores de violência policial praticada no Brasil em 2019 do relatório anual do governo federal sobre direitos humanos. “Se instalou um clima de desinformação e censura que é muito sério”, disse a artista. 

O jornal Folha de São Paulo questionou a Defenda PM sobre o motivo de ter feito a interpelação seis meses após a publicação das charges, apontando também o caráter de intimidação da ação. A associação, no entanto, se negou a responder afirmando em nota apenas que “não se envolve, institucionalmente, em questões partidárias ou de caráter eleitoral”. 

A mesma nota também afirma que “não apoia, emite juízo de opinião ou crítica aos poderes constituídos, aos representantes eleitos”, mas o site da associação estampa a mensagem “Governador João Doria. Despreparado para SP. Despreparado para o Brasil”. 

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Após pronunciamento em rede nacional, na última terça (24) - no qual minimizou, mais uma vez, a gravidade do coronavírus e criticou as medidas de contenção à pandemia tomadas por governadores e órgãos de saúde do país -, o presidente Jair Messias Bolsonaro vem recebendo duras críticas e até perdendo aliados. Nesta quinta (26), um editorial de um grande jornal de circulação nacional sugeriu que o mandatário deveria se “retirar” de seu cargo, ao que ele respondeu, como de costume, através de seu Twitter.

A Folha de São Paulo publicou, nesta terça (26), um editorial que analisa a conduta do presidente e sugere alternativas à maneira com a qual ele vem conduzindo a crise instaurada pelo coronavírus, como retirar-se de seu cargo e deixar que equipes técnicas da Saúde e da área econômica liderem a gestão do caso. “Tudo que o Brasil não precisa neste momento é de um presidente que estimula a divisão e atrapalha a coordenação de diagnósticos e estratégias municipais, estaduais e federais contra a doença e o empobrecimento em um país continental”. diz o texto. 

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O jornal compartilhou o link do editorial em seu Twitter, reforçando o pedido com a mensagem: “Presidente, retire-se”. Ao que Bolsonaro, sem cerimônias, resolveu responder: “Não. Bom dia”. Os internautas reagiram e fizeram muitos comentários, tanto contra o presidente, como:. “Até meu cachorro governa melhor que esse cara”;  como a favor: “Defenderei o que eu acredito ser melhor pra o Brasil com a minha própria vida se for preciso”.

Nesta terça-feira (18), depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a Jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, queria "dar o furo" a qualquer preço contra ele, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que "já deu a hora dele (Bolsonaro) aprender bons modos" e que "educação faz bem para todo mundo".

"Esse comportamento do Bolsonaro já virou cotidiano dele. Ofender e achincalhar as pessoas. Lamentavelmente me parece que a educação e o respeito não chegaram à cabeça do presidente", declarou Lula. O posicionamento do presidente aconteceu depois que ele se reuniu com as bancadas do PT na Câmara e no Senado em Brasília, onde discutiram sobre a "oposição democrática ao governo Bolsonaro". 

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta terça-feira (18), que a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, queria “dar o furo” a qualquer preço contra ele. A fala do presidente, regada a risos, foi encarada por alguns como uma insinuação de cunho sexual. 

Na semana passada, sem apresentar provas, o ex-funcionário da Yacows, Hans River do Rio Nascimento, disse na Comissão Parlamentar de Inquérito das Fake News que Patrícia queria “um determinado tipo de matéria a troco de sexo”. A Yacows é uma empresa especializada em marketing digital e apontada como responsável por disparos de mensagens durante a campanha eleitoral de 2018, a favor do presidente Jair Bolsonaro.

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“Olha a jornalista da Folha de S.Paulo. Tem mais um vídeo dela aí. Não vou falar aqui porque tem senhoras aqui do lado. Ela falando: 'Eu sou (...) do PT', certo? O depoimento do Hans River, foi final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele", diz o presidente, ao ser abordado sobre o assunto na saída do Palácio da Alvorada na manhã de hoje. 

"Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim. Lá em 2018 ele [Hans] já dizia que ele chegava e ia perguntando: 'O Bolsonaro pagou pra você divulgar pelo Whatsapp informações?' E outra, se você fez fake news contra o PT, menos com menos dá mais na matemática, se eu for mentir contra o PT, eu tô falando bem, porque o PT só fez besteira", emenda Jair Bolsonaro. 

O presidente ainda reforçou: "Tem um povo aqui [em referência a um grupo de simpatizantes], alguém recebeu no zap uma matéria qualquer que suspeitou pra prejudicar o PT e me beneficiar? Ninguém recebeu nada. Não tem materialidade, zero, zero zero. Você não precisa mentir pra falar sobre o PT, os caras arrebentaram com Petrobras, fundo de pensões, BNDES..."

A repórter da Folha de São Paulo é uma das autoras das reportagens que denunciam os disparos de mensagens na campanha presidencial de 2020.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a atriz Regina Duarte afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está "querendo atuar pelo bem", ao transferir a subpasta de Cultura, que havia sido acoplada ao Ministério da Cidadania, para o Ministério do Turismo.

A mudança foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira (7), por decreto de Bolsonaro.

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“Não faço ideia do que levou o presidente a fazer isso, mas com certeza ele está querendo atuar pelo bem do Brasil, da cultura brasileira, da classe artística. E, talvez, ele ache que a cultura vai ficar melhor no lugar para onde ele está mandando”, disse Regina Duarte.

No Twitter, o nome da atriz chegou ao primeiro lugar do Trends Topic e internautas criticaram a atriz sobre o posicionamento.

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O apresentador, jornalista e bispo evangélico Edilásio Barra foi escolhido para comandar a Superintendência de Desenvolvimento Econômico da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Segundo o jornal Folha de São Paulo, no cargo o bispo ficará responsável pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Para quem não sabe, o FSA é uma categoria específica do Fundo Nacional de Cultura, criado em 2006 pela Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Brasieleira (Condencine) e pelo Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel), com o objetivo de fornecer investimento em obras audiovisuais brasileiras. Em 2018, foram movimentados mais de R$ 800 milhões, segundo dados da Ancine.

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Por Pietro Tenório

<p>No podcast dessa segunda-feira (15), o cientista político Adriano Oliveira faz uma avaliação sobre as novas informações reveladas a partir de conversas entre membros da operação Lava Jato. A Folha de São Paulo trouxe a informação de que o procurador Delton Dallagnol tinha a intenção de dar palestras, com retorno financeiro, sobre sua atuação na operação. Para Adriano, isso põe em dúvida a ética, uma vez que ele tem cargo público. Por que não fazer esse tipo de ação em escolas públicas e/ou centros universitários, sem retorno financeiro?</p><p>Segundo a avaliação e as recentes pesquisas do Datafolha, a credibilidade da operação e do próprio ministério público vem caindo, o que pode enfraquecer a figura de Bolsonaro (PSL) e da democracia. O eleitorado do presidente é formado por uma grande parcela antipetista e confiante na Lava Jato.&nbsp;</p><p>O cientista também aborda no programa de hoje a relação da oposição com a aprovação da Reforma da Previdência: só há derrota para ela se houver a geração de emprego e renda.</p><p>O programa Descomplicando a Política é exibido na fanpage do Leia Já, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:&nbsp;</p><p>
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