Para esclarecer a população sobre o uso da vacina Oxford-AstraZeneca contra a Covid-19, o Ministério da Saúde divulgou na semana passada informações sobre a recomendação vigente. Conforme a pasta, desde dezembro a vacina é indicada para pessoas a partir de 40 anos, de acordo com as evidências científicas mais recentes. Ou seja, ela permanece sendo aplicada no País.
A recomendação é reforçada após a circulação de notícias falsas em redes sociais, dizendo que uma nota técnica do Ministério da Saúde, divulgada em dezembro, informava que o imunizante teria causado trombose em pessoas na faixa etária acima de 40 anos, principalmente entre as mulheres. E, por isso, não seria mais autorizada sua aplicação.
##RECOMENDA##"O Ministério da Saúde reforça que todas as vacinas ofertadas à população são seguras, eficazes e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As estratégias de vacinação no Brasil, assim como os imunizantes indicados para cada público, levam em consideração o avanço tecnológico do setor e novas evidências científicas sobre o tema, discutidos no âmbito da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações."
Conforme a pasta, a vacina Oxford-AstraZeneca, desenvolvida no início da pandemia e produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi "extremamente importante" para o controle dos casos e redução de óbitos por covid-19 no País e no mundo. Na quinta, a Anvisa também esclareceu que nenhuma das vacinas contra a covid-19 aprovadas pela agência reguladora foi proibida ou desautorizada. "Sobre a vacina da Oxford-AstraZeneca, é importante esclarecer que a vacina está registrada no Brasil. Com isso, está autorizada para uso no País dentro das condições e indicações aprovadas pela Anvisa", disse. "Com o surgimento de novas variantes, com a evolução tecnológica e com o avanço do conhecimento sobre a doença, é perfeitamente normal que algumas das vacinas da primeira geração aplicadas anteriormente sejam substituídas por outros imunizantes, como acontece com outras vacinas atualizadas regularmente."
BULA
Segundo a Anvisa, o papel da agência é analisar os pedidos apresentados pelas empresas farmacêuticas, a fim de verificar se os dados e informações técnicas garantem a eficácia, segurança e qualidade das vacinas e de qualquer outro medicamento autorizado no País. "Como parte do monitoramento pós-uso da vacina no Brasil, a Anvisa solicitou, em abril de 2021, a alteração da bula da vacina Oxford-AstraZeneca para incluir no item 'advertência e precauções' sobre possíveis ocorrências tromboembólicas com trombocitopenia. Todos os eventos adversos conhecidos estão indicados em bula", informou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.