Saúde reduz intervalo entre doses da vacina AstraZeneca
Espaço agora é de oito semanas, em vez das 12 estipuladas anteriormente. Ministério já enviou todas as segundas doses restantes para que estados completem calendário vacinal da população adulta
O Ministério da Saúde reduziu o intervalo entre as doses da vacina da AstraZeneca de 12 para oito semanas. A pasta também comunicou que 100% das doses do imunizante necessárias para completar o esquema vacinal de toda população adulta brasileira já foram enviadas aos estados, segundo nota oficial desta sexta-feira (15). Até o momento, o Governo Federal já distribuiu mais de 310 milhões de vacinas Covid-19 para todos os estados e Distrito Federal.
A Saúde segue enviando vacinas para as novas etapas da campanha: a dose de reforço da população acima de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia, além da imunização de adolescentes com comorbidades. Ainda nas próximas distribuições, também serão enviadas doses da Pfizer para completar o esquema vacinal de quem tomou a primeira dose desse imunizante, respeitando o intervalo de 8 semanas.
O último envio de doses para completar o esquema vacinal da população com Astrazeneca foi feito na pauta nº 56. Nesta distribuição, de 3,6 milhões de doses, o Ministério da Saúde autorizou a diminuição do intervalo do imunizante, para 8 semanas.
Alguns estados já haviam antecipado a data de vacinação da segunda dose para a AstraZeneca, mas a antecipação deve beneficiar jovens adultos, na faixa dos 30 anos e jovens acima dos 18 que ainda aguardam para completar seu esquema de imunização.
"O Sistema Único de Saúde brasileiro tem uma estrutura extraordinária, nas mais de 38 mil salas de vacinação, nós temos condições de vacinar até 2,4 milhões de brasileiros todos os dias. Mas, peço para aqueles que não foram tomar a segunda dose da vacina, para procurar as salas de vacinação para completar a sua imunização", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na quarta-feira (13).
Quem ainda não completou o esquema vacinal e já está fora do prazo recomendado, está mais vulnerável aos sintomas mais graves e óbito pela Covid-19, já que os imunizantes de dose dupla ainda não atingiram a eficácia esperada. Até a quarta (13), um levantamento do Ministério da Saúde mostrou que 19,3 milhões de brasileiros estão nesta situação e precisam procurar um posto de vacinação. A segunda dose deve ser tomada mesmo se o prazo recomendado já tiver vencido.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e as recomendações gerais são pactuadas de forma tripartite, entre representantes da União e das gestões municipais e estaduais de saúde. O cálculo para garantir a segunda dose dos brasileiros é feito considerando o quantitativo já enviado nas pautas de distribuição anteriores, respeitando o intervalo recomendado.