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No próximo domingo (24), o Theatro Municipal de São Paulo e o Sesc 24 de Maio promoverão o evento “Primavera no Centro”, das 11h às 17h, entre as ruas 24 de Maio e Conselheiro Crispiniano e a Praça Ramos. O encontro gratuito contará com atividades culturais e esportivas.

Veja a programação: 

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11h - Orquestra furiosa, na Praça Ramos: Composta por 38 jovens talentos formados na Escola do Auditório Ibirapuera. Sob regência do maestro Nailor Proveta, a orquestra apresenta um repertório exclusivo de música brasileira;

11h – Repertório das Mãos com Ateliê Vivo, na Rua Conselheiro Crispiniano: Ateliê aberto de introdução ao mundo têxtil para investigar através das linhas, retalhos, desenhos e agulhas. O processo criativo aborda exercícios de desenho, tecelagem manual, estamparia, bordado em talagarça e colagem têxtil; 

11h às 12h20 - Capuêra Angola Pequena, Filha da Natureza, Rua 24 de Maio: Voltada para crianças de até 6 anos de idade e seus responsáveis, a proposta é vivenciar a capoeira sem a necessidade de acrobacias;

11h às 14h - Criação de um caderno de artista, usando cianotipia e encadernação artesanal, com Ateliê Lab PinRolê e Roberto T. Araki, na Praça Ramos: Os participantes farão um passeio pelas ruas do entorno do Theatro Municipal, em alguns pontos históricos do centro, enquanto coletam elementos naturais para compor imagens em cianotipia, que serão utilizadas na construção de um caderno poético. Cianotipia ou cianótipo é um processo de impressão fotográfica que produz imagens em ciano (tons de azul). Já o livro de artista, é uma forma de expressão que combina elementos da arte visual e da literatura em um livro; 

11h às 17h – Basquete 3×3, na Rua 24 de Maio: Festival de basquete 3X3 com circuito de habilidades, enterradas e minitorneios. Haverá uma quadra com tabela de basquete e implementos para o treino de drible e outros fundamentos A atividade conta com a animação de DJs e MCs;

11h às 17h - Habilidades Circenses com Bella Cia: Vivência que explora diferentes habilidades, como acrobacias básicas de solo; andar de pernas-de-pau. Malabarismos com diversos materiais como argolas, diabolôs, pratos, claves, devil stick, escovas de dentes, arames, entre outros;

11h às 17h - Kombi dos Sonhos: Instalação com estações de brincadeiras, para crianças de até seis anos acompanhadas dos pais e/ou responsáveis; 

11h às 17h - Espaço de Brincar, térreo (entrada) do Sesc 24 de Maio: Espaço lúdico destinado a bebês e crianças de zero a seis anos, com a finalidade de promover a interação e convivência entre crianças com a participação de seus responsáveis;

11h às 17h – Oficina de Impressão de Clichês com Xilomóvel Ateliê Itinerante, na Rua Conselheiro Crispiniano: Os participantes brincam com impressão de matrizes de xilogravura recortadas. Os clichês de madeira podem ser montados em camas de impressão, utilizando duas cores de tinta gráfica e equipamentos profissionais, como rolo de entintagem e a prensa;

11h às 17h – POCket POC-CON, na Rua 24 de maio: Feira expositiva LGBTQIAP+, com a presença de autores de histórias em quadrinhos e artistas gráficos;

12h às 16h - Performance TRAMA de Laila Padovan, na Rua 24 de Maio, em frente ao Sesc: Criada a partir da segunda residência artística “Da Rua ao Theatro”, TRAMA é uma performance itinerante de dança, na qual o espectador é convidado a realizar uma trajetória nas ruas do entorno do Theatro Municipal;

12h às 16h - Trilogia Circo, Teatro Lambe Lambe com Ciclistas Bonequeiros: São três apresentações de teatro de bonecos, sobre o universo circense, encenadas em caixas acopladas em bicicletas personalizadas. O circo de pulgas dá vida a pulgas malabaristas, pulgas equilibristas, pulgas saltadoras. Quando a cidade recebe o circo, conta a história da chegada de uma trupe e a recepção da cidade; 

13h - (Re) Entorno: Um percurso de descoberta do entorno ao Theatro Municipal, ponto de encontro: bilheteria do Theatro: O público será convidado a caminhar e refletir sobre o entorno do Theatro Municipal, a partir da trajetória de artistas de circo, hip hop, música e literatura, que marcaram sua presença em espaços como a Rua 24 de maio, Largo Paissandu, Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e Pátio São Bento. Após a caminhada haverá uma troca de experiências e reflexões no Theatro;

13h – Vozes do Lírico com Coro Lírico Municipal, na Praça Ramos: Sob regência da maestra Érica Hindrikson, o concerto traz músicas dos compositores Puccini, Verdi, Mozart, Rossini e Bizet;

13h às 16h30 - Leitura Surpresa com Sarau do Binho, itinerante: Os integrantes do Sarau do Binho circulam entre o público e leem trechos de obras literárias periféricas, com apresentações de 15 á 20 minutos;

13h às 17h - Jogos de Tabuleiro pelo Mundo, Rua Conselheiro Crispiniano: Oficina sobre jogos de tabuleiros que representam diferentes culturas do mundo. Os jogos serão divididos por continentes e de seus países, a atividade contará com jogos típicos de cada região. O objetivo é proporcionar ao público uma experiência lúdica ambientada nos diferentes lugares do mundo, por meio de jogos que exploram a cultura, a história, o espaço geográfico e o ecossistema; 

14h às 15h – Baile Black com Nelson Triunfo, na Rua 24 de Maio: O dançarino Nelson Triunfo e mais quatro bailarinos apresentarão coreografias.  O público participa no final, assim como nos bailes black; 

14h às 15h – Cortejo Bloco Zumbiido Afropercussivo: Criado pela comunidade africano-ascendente ZUMBIIDO, organizada em 2007 pela união de homens pretos e mulheres pretas de propósito. Possui influência do samba afro e samba reggae, além de outros ritmos africanos;

14h às 17h – Percurso Histórico com Câmera Escura e Retrato com Fotografia Pinhole: O encontro será ministrado Ateliê/Lab PinRolê, junto aos convidados Flávio Nascimento e João Allison. Com saída ao entorno do Theatro Municipal e do Sesc 24 de Maio, com câmera escura, para o reconhecimento e registro fotográfico de alguns prédios do Centro Histórico;

14h às 17h - Quadradinho em crochê com Homem na Agulha, na Rua Conselheiro Crispiniano: Será ensinado um dos padrões de crochê mais versáteis. O público poderá tecer uma infinidade de quadrados, possibilitando a criação de peças coloridas, desde mantas e almofadas até roupas e objetos para casa; 

15h - Circo Fubanguinho com Trupe Lona Preta, Rua Conselheiro Crispiniano: O espetáculo é inspirado nas charangas, farsas e bufonarias. Onde dois palhaços que foram demitidos e expulsos do picadeiro, tentam retornar a qualquer custo;

15h às 16h30 - Jogos e Brincadeiras Originárias, das, Rua 24 de Maio: O objetivo é incentivar o desenvolvimento de jogos e brincadeiras dos povos indígenas do Brasil. Com destaque para as etnias Guarani e Kalapalo, mostrando a relação de muitos jogos indígenas com a origem de diversas brincadeiras da tradição brincante brasileira;

17h – Bailão Forrozeiro, na Praça Ramos: Apresentação musical do Bando de Régia, junto a presença das poetas populares cordelistas no cerimonial. Além da participação especial do Quarteto de Cordas da Cidade.

Serviço - Primavera no Centro

Data: 24 de setembro de 2023

Horário: 10h às 17h

Local: Sesc 24 de Maio e Theatro Municipal de São Paulo

Endereço: Ruas 24 de Maio e Conselheiro Crispiniano e Praça Ramos- São Paulo/SP

Até o dia 26 de fevereiro, estão abertas inscrições para cursos livres na escola do Theatro Municipal de São Paulo. As modalidades oferecidas são: Ateliê Contemporâneo, Coro Comunitário, Estúdio de Ópera, Fundamentos da Linguagem Musical, Iniciação ao Piano, Iniciação ao Canto Lírico e Oficina de Música Antiga. 

A idade mínima para iniciação ao piano é de 12 anos, canto lírico a partir de 16 e as demais turmas, 18 anos. O edital está disponível no seguinte link: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/Edital%20Cursos%20Livres%20-%202023.pdf

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Para se inscrever, é necessário preencher o formulário com nome completo, RG, CPF, data de nascimento, telefone e endereço.

Serviço - Escola Municipal de Música de São Paulo

Endereço: Praça das Artes, Avenida São João, número 281 - Centro de São Paulo/SP

A primeira maestrina do país, Chiquinha Gonzaga, autora de músicas como Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de carnaval, é homenageada hoje (12), às 11h, nas plataformas virtuais do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ), abrindo as festas de Momo na capital fluminense.

A soprano do Coro do Municipal, Fernanda Schleder, presta homenagem à maestrina brasileira que é um símbolo da festa mais popular do país, cantando, além da música Ô Abre Alas, outra composição de autoria de Chiquinha Gonzaga, intitulada Forrobodó.

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Pioneirismo

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, popularmente conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu em 1847. Foi a primeira maestrina brasileira e uma das primeiras compositoras do país. Pioneira, ajudou a criar os patamares da música popular brasileira no início do século 20. Seu espírito rebelde e seu amor à música a fizeram abandonar o primeiro marido e a responder, perante o Tribunal Eclesiástico, por abandono de lar e adultério. 

Seu desejo de liberdade a levou a abandonar um segundo marido até encontrar João Batista, a quem amou até o fim da vida. Depois de seu primeiro casamento desfeito, Chiquinha passou a lecionar piano e canto e disciplinas como francês, história e geografia para sobreviver e sustentar o único filho que ficou em sua companhia.

Apoiada pelo amigo músico Antonio Callado, conhecido como "o pai do choro", Chiquinha passou a integrar, como pianista, o conjunto musical de Callado. Juntos, eles animavam os saraus e a vida boêmia do início do século. Ao longo do tempo, Chiquinha compôs centenas de músicas, dentre elas a famosa Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de carnaval. 

Chiquinha lutou pela implantação da República e pela abolição da escravatura, ajudando a subsidiar grupos abolicionistas. Ela ajudou também a criar o Sindicato Brasileiro dos Autores Teatrais (SBAT), que permanece atuando até hoje. A compositora morreu em 28 de fevereiro de 1935, poucos dias antes do carnaval. O dia de seu nascimento, 17 de outubro, é dedicado ao Dia da Música Popular Brasileira, uma merecida homenagem a esta grande dama da cultura brasileira.

Fernanda Schleder

A soprano Fernanda Schleder é natural do Rio de Janeiro. Graduada em canto pelo Conservatório Brasileiro de Música, é bisneta da maestrina e pianista Grizelda Lazzaro Schleder e filha do percussionista João Alfredo Schleder. Pertence ao Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2001.

Ela é fundadora da EntreAtto Solistas, Coral e Orquestra, que realiza apresentações, concertos líricos, casamentos e recepções no Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil. Ela foi solista no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no Concerto “Jóias da Ópera”, sob a regência do Maestro Jésus Figueiredo, em 2018.

A homenagem à Chiquinha Gonzaga será repetida nesta sexta-feira, às 16h, nas plataformas oficiais do teatro no InstagramFacebook e You Tube.

O velório da atriz, cantora, diretora e compositora Bibi Ferreira, de 96 anos, será aberto nesta quinta-feira (14) ao público das 10h às 15h, no foyer do Theatro Municipal, no Rio. Com mais de nove décadas dedicadas aos palcos, será em um dos principais do país que ela receberá as últimas homenagens. 

O corpo da artista será cremado no Memorial do Carmo, às 17h, em cerimônia reservada à família e aos amigos. Bibi Ferreira morreu ontem (13) no começo da tarde em consequência de problemas cardíacos, enquanto dormia no seu apartamento, no Flamengo.

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De acordo com a única filha, Tina Ferreira, a mãe aproveitou bem a vida e morreu tranquilamente. Ela contou que a mãe amanheceu ontem bem, mas reclamando de um “pouco de falta de ar”. Porém, quando os médicos chegaram, ela já havia morrido.

“Ela fez o que ela queria, ela teve uma vida muito boa”, disse Tina Ferreira. “Ela sempre falou isso: ‘Eu vivo para o meu público e que fique nas lembranças deles [espectadores], o que eu pude dar, eu dei o meu melhor”, acrescentou.

Em seguida, Tina Ferreira lembrou-se da frase que a mãe gostava de repetir. “'No palco, é o momento que não sou atingida por nada. É o momento que eu me encontro com Deus.'”

No Theatro Municipal, Bibi Ferreira foi diretora de dramartugia e apresentou-se várias vezes. A primeira apresentação, aos 16 anos, com a peça João e Maria, baseada na ópera homônima, no papel da bruxa. Em 1951, já acumulava as funções de diretora e atriz na peça Diabinho de Saias, de N. Krasna, e em A Hipócrita, de Hagar Wilde e Dale Eunson, nessa última também como tradutora.

Homenageando o cantor Luiz Melodia, falecido em 2017, o Prêmio da Música Brasileira reuniu grandes nomes da canção nacional na noite dessa quarta-feira (15), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

A 29ª edição do evento premiou artistas que se destacaram por trabalhos lançados no ano passado. Indicado em duas categorias, o caruaruense Almério foi reconhecido pelo disco "Desempena", sendo agraciado com o prêmio de "Cantor Revelação".

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No Instagram, o cantor celebrou a vitória no evento carioca. "Obrigado, Prêmio da Música Brasileira (...) Ainda impactado com tudo. Obrigado a todos pela energia linda, pelas vibrações de amor", escreveu o pernambucano.

Almério, que gravou neste mês o primeiro DVD da carreira, também concorreu ao prêmio de "Melhor Cantor Pop" com os cantores Chico César e Lulu Santos. Homegeando Rita Lee no disco "Baby Baby!", Lulu ganhou a estatueta. 

O secretário da Cultura de São Paulo, André Sturm, foi afastado do cargo de diretor-geral da Fundação do Theatro Municipal, nesta quarta-feira (7), de acordo com o ato da administração divulgado no Diário Oficial da cidade.

Mesmo fora do cargo, Sturm continua como secretário da Cultura. A saída de André é por causa das mudanças ocorridas no comando da instituição.

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De acordo com a pasta, Sturm exerceu os dois cargos por "acompanhar o administrativo/financeiro mais de perto pois, naquela época, o Theatro estava sob gestão do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, uma instituição investigada pelo Ministério Público".

A direção do Theatro Municipal vai ser ocupado por Renata Araújo, funcionária da fundação. 

Por Beatriz Gouvêa

A SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, localizada no bairro do Brás, em São Paulo, recebe, nos dias 19 e 20 de agosto, a mostra "Theatro Municipal: A Desconstrução do Figurino", que mostrará um acervo de 16 roupas e acessórios de grandes óperas já encenadas no prédio histórico.

A visitação é gratuita e o público terá acesso às peças confeccionadas exclusivamente para as grandes produções que passaram pelo palco do Theatro Municipal. É o caso de “Aída” (2013), “Falstaff” (2014), “Carmen” (2014), “Il trovatore” (2014) e “Manon Lescaut” (2015).

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A exposição pretende mostrar como materiais simples se transformaram em grandes objetos cênicos.

Apresentações

Os integrantes do projeto Opera Studio, da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, farão quatro apresentações de árias de ópera no sábado (19).

Na abertura, que acontece às 13h30, acompanhados de um pianista, os cantores do Opera Studio interpretam trechos da obra “Escada de Seda”, do compositor italiano Gioachino Rossini.

Na sala de exposições, ao longo do dia, cerca de 12 cantores se revezam na interpretação de diversas árias de ópera. Quem estiver no local às 15h, 16h e 17h poderá acompanhar de perto as intervenções artísticas.

A SP Escola de Teatro Sede Brás fica na Avenida Rangel Pestana, 2401, Brás – São Paulo. Para mais informações, acesse o site: www.spescoladeteatro.org.br

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro anunciou nesta quinta-feira (13) a lista dos indicados de 2017. A cerimônia acontece no dia 5 de setembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e os homenageados do evento são Antonio Pitanga e Helena Ignez.

Domingos Montagner recebeu indicação póstuma na categoria de “Melhor ator”. Entre os indicados, o filme “Elis” lidera com 12 indicações, seguido por “Aquarius”, com 11, e “Bom Neon”, com 10.

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As categorias de “Melhor longa-metragem ficção”, “Melhor longa-metragem documentário” e “Melhor longa-metragem estrangeiro” serão por voto popular. A votação ocorre a partir do dia 1 de agosto, através do site www.academiabrasileiradecinema.com.br.

Confira a lista das indicações abaixo:

Melhor longa-metragem de ficção

"Aquarius", de Kleber Mendonça Filho

"Boi Neon", de Gabriel Mascaro

"Elis", de Hugo Prata

"Mãe só há uma", de Anna Muylaert

"Nise - O coração da loucura",  de Roberto Berliner.

Melhor longa-metragem documentário

"Cícero Dias, O Compadre de Picasso", de Vladimir Carvalho. Produção: Vladimir Carvalho por Com Domínio Filmes

"Cinema Novo", de Eryk Rocha. Produção: Diogo Dahl por Coqueirão Pictures (Kino TV) e Eryk Rocha por Aruac Filmes

"Curumim", de Marcos Prado. Produção: Marcos Prado e José Padilha por Zazen Produções

"Eu sou Carlos Imperial", de Renato Terra e Ricardo Calil. Produção: Alexandre Rocha e Marcelo Pedrazzi por Afinal Filmes

"Marias", de Joana Mariani. Produção: Matias Mariani por Primo Filmes e Joana Mariani por Mar Filmes

"Menino 23 – Infâncias Perdidas no Brasil", de Belisario Franca. Produção: Maria Carneiro da Cunha por Giros

"Quanto Tempo o Tempo Tem", de Adriana L. Dutra. Produção: Claudia Dutra e Viviane Spinelli por Inffinitto

Melhor longa-metragem comédia

"BR 716", de Domingos Oliveira. Produção: Domingos Oliveira por Teatro llustre e Renata Paschoal por Forte Filmes

"É Fada!" de Cris D’Amato. Produção: Daniel Filho por Lereby Produções

"Minha Mãe é Uma Peça 2", de César Rodrigues. Produção: Iafa Britz por Migdal Filmes

"O Roubo da Taça", de Caito Ortiz. Produção: Francesco Civita e Beto Gauss por Prodigo Films

"O Shaolin do Sertão", de Halder Gomes. Produção: Halder Gomes e Márcia Delgado por ATC Entretenimentos

Melhor direção

Afonso Poyart, por Mais forte que o mundo – A história de José Aldo

Anna Muylaert, por Mãe só há uma

David Schurmann, por Pequeno segredo

Gabriel Mascaro, por Boi Neon

Kleber Mendonça Filho, por Aquarius

Melhor atriz

Adriana Esteves como Dilza por Mundo cão

Andréia Horta como Elis por Elis

Gloria Pires como Nise da Silveira por Nise – o coração da loucura

Julia Lemmertz como Heloisa por Pequeno segredo

Sonia Braga como Clara por Aquarius

Sophie Charlotte como Severina por Reza a lenda

Melhor ator

Caio Blat como Felipe por BR716

Cauã Reymond como Ara por Reza a lenda

Chico Diaz como Gomez por Em nome da lei

Domingos Montagner como Corvo por Um namorado para minha mulher

Juliano Cazarré como Iremar por Boi Neon

Lázaro Ramos como Paulinho por Mundo cão

Melhor atriz coadjuvante

Alice Braga como Sandra por Entre idas e vindas

Andréa Beltrão como Ana Lucia por Sob pressão

Laura Cardoso como Yolanda por De onde eu te vejo

Maeve Jinkings como Ana Paula por Aquarius

Maeve Jinkings como Galega por Boi Neon

Sophie Charlotte como Gilda por BR716

Melhor ator coadjuvante

Caco Ciocler, como César Camargo Mariano por Elis

Dan Stulbach, como Marcos por Meu amigo hindu

Flavio Bauraqui, como Octávio Ignácio por Nise – o coração da loucura

Gustavo Machado, como Ronaldo Bôscoli por Elis

Irandhir Santos, como Roberval por Aquarius

Melhor direção de fotografia

Adrian Teijido; ABC por Elis

André Horta, por Nise – o coração da loucura

Diego Garcia, por Boi Neon

Marcelo Corpanni; ABC, por Reza a lenda

Mauro Pinheiro Junior, por Meu amigo hindu

Melhor roteiro original

Afonso Poyart e Marcelo Rubens Paiva, por Mais forte que o mundo – A história de José Aldo

Anna Muylaert, por Mãe só há uma

Domingos Oliveira, por BR716

Gabriel Mascaro, por Boi Neon

Kleber Mendonça Filho, por Aquarius

Melhor roteiro adaptado

Fil Braz e Paulo Gustavo  – adaptado da peça teatral “Minha mãe é uma peça”, de Paulo Gustavo por Minha mãe é uma peça 2

Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco – adaptado do obra “Big Jato”, de Xico Sá – por Big Jato

Lusa Silvestre e Julia Rezenda – adaptado do longa-metragem argentino “Un Novio para mi Mujer” – por Um namorado para minha mulher

Neville D’Almeida e Michel Melamed - adaptado do texto “A frente fria que a chuva traz”, de Mario Bortolotto – por A frente fria que a chuva traz

Walter Lima Jr. – adaptado da obra “A volta do parafuso”, de Henry James – por Através da sombra

Melhor direção de arte

Clovis Bueno, Isabel Xavier e Caroline Schamall, por Meu Amigo Hindu

Daniel Flaskman, por Nise – O Coração Da Loucura

Frederico Pinto, por Elis

Juliana Ribeiro por O Shaolin Do Sertão

Juliano Dornelles e Thales Junqueira, por Aquarius

Melhor Figurino

Cássio Brasil, por Reza A Lenda

Cris Kangussu, por Nise – O Coração Da Loucura

Cristina Camargo, por Elis

Flora Rebollo, por Boi Neon

Luciana Buarque, por O Shaolin Do Sertão

Melhor Maquiagem

Alex De Farias, por Boi Neon

Anna Van Steen, por Elis

Bruna Nogueira, por Meu Amigo Hindu

Cristiano Pires, por O Shaolin Do Sertão

Tayce Vale, por Reza A Lenda

Melhor Efeito Visual

Binho Carvalho e José Francisco; Abc, por Reza A Lenda

Eduardo Amodio, por Aquarius

Guilherme Ramalho, por Elis

Marcelo Siqueira, por Pequeno Segredo

Mari Figueiredo, por Mais Forte Que O Mundo – A História De José Aldo

Melhor Montagem Ficção

Eduardo Serrano por Aquarius

Fernando Epstein E Eduardo Serrano por Boi Neon

Gustavo Giani por Meu Amigo Hindu

Karen Harley; Edt por Big Jato

Tiago Feliciano; Amc por Elis

Melhor Montagem Documentário

Alexandre Lima; Edt Por Curumim

Gabriel Medeiros Por Geraldinos

Jordana Berg; Edt Por Eu Sou Carlos Imperial

Renato Vallone Por Cinema Novo

Yan Motta Por Menino 23 – Infâncias Perdidas No Brasil

Melhor Som

Alfredo Guerra e Érico Paiva Por O Shaolin Do Sertão

Fabian Oliver, Mauricio D’orey E Vicent Sinceretti Por Boi Neon

Gabriela Cunha, Daniel Turini, Fernando Henna E Paulo Gama Por Sinfonia Da Necrópole

Jorge Rezende, Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. E Eduardo Virmond Lima Por Elis

Nicolas Hallet E Ricardo Cutz Por Aquarius

Paulo Ricardo Nunes, Miriam Biderman; Abc, Ricardo Reis E Paulo Gama Por Reza A Lenda

Melhor Trilha Sonora Original

Alceu Valença, por A Luneta Do Tempo

Antonio Pinto, por Pequeno Segredo

Dj Dolores, por Big Jato

Jaques Morelenbaum. por Nise – O Coração Da Loucura

Otavio De Moraes, por Elis

Melhor Trilha Sonora

Alexandre Guerra, por O Vendedor De Sonhos

Bernardo Uzeda, por Mate-Me Por Favor

Domingos Oliveira, por Br716

Mateus Alves, por Aquarius

Mauricio Tagliari,  por Mundo Cão

Melhor Longa-Metragem Estrangeiro

A Chegada/ Arrival – Dirigido Por Denis Villeneuve. Distribuição: Sony Picture

A Garota Dinamarquesa / The Danish Girl – Dirigido Por Tom Hooper. Distribuição: Universal Pictures

Animais Noturnos/ Nocturnal Animals – Dirigido Por Tom Ford. Distribuição: Universal Picture

Elle/ Elle – Dirigido Por Paul Verhoeven. Distribuição: Sony Pictures

O Filho De Saul/ Son Of Saul – Dirigido Por László Nemes, Distribuição: Sony Pictures

Spotlight - Segredos Revelados / Spotlight – Dirigido Por Tom Mccarthy. Distribuição: Sony Pictures

Melhor Curta-Metragem Animação

"Cartas", de David Mussel

"O Caminho dos Gigantes", de Alois Di Leo

"O Projeto Do Meu Pai", de Rosaria Maria

"Quando Os Dias Eram Eternos",  de Marcus Vinicius Vasconcelos

"Tango", de Francisco Gesso e Pedro Giongo

"Vento", de Betânia Furtado

"Vida de Boneco", de Flávio Gomes

Melhor Curta-Metragem Documentário

"A Morte Do Cinema", de Evandro De Freitas

"Abissal", de Arthur Leite

"Aqueles Anos de Dezembro", de Felipe Arrojo Poroger

"Buscando Helena" de Ana Amélia Macedo e Roberto Berliner

"Índios No Poder", de Rodrigo Arajeju

"Orquestra Invisível Let's Dance", de Alice Riff

Melhor Curta-Metragem Ficção

"A Moça Que Dançou Com O Diabo", de João Paulo Miranda Maria

"Constelações", de Maurílio Martins

"E O Galo Cantou", de Daniel Calil

"Não Me Prometa Nada", de Eva Randpolph

"O Melhor Som do Mundo", de Pedro Paulo de Andrade

Um incêndio de pequenas proporções atingiu o Theatro Municipal do Rio, localizado no centro da cidade, na manhã deste sábado (29), mas foi rapidamente controlado. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 6h, com o deslocamento de três viaturas do Quartel Central. Não houve vítimas.

O incêndio atingiu uma sala, mas o Corpo de Bombeiros não soube informar qual foi o motivo para o início do fogo. Em torno de 15 bombeiros foram deslocados para a ocorrência. Os veículos dos Bombeiros continuavam no local por volta das 10h, uma vez que ainda havia muita fumaça no local.

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O prédio do Theatro Municipal do Rio é uma das referências históricas da capital. O edifício foi inaugurado em 14 de julho de 1909. Desde sua inauguração, o teatro passou por quatro grandes reformas em 1934, 1975, 1996 e 2008. Atualmente, a casa de espetáculos tem capacidade para 2.252 pessoas.

A Justiça de São Paulo autorizou na terça-feira, 30, que Patrícia Neschling, mulher do maestro John Naschling, seja conduzida coercitivamente para prestar depoimento aos vereadores na CPI do Teatro Municipal. Na decisão, a juíza Carla Santos Balestreri ressalta que ela deve ser ouvida como informante, sem o compromisso de dizer a verdade, e também poderá ficar em silêncio, caso algumas perguntas feitas pelos parlamentares comprometam o seu marido.

O maestro é investigado em dois processos, criminal e civil, por suspeita de participar de um esquema de corrupção na Fundação Theatro Municipal que causou prejuízo de pelo menos R$ 15 milhões aos cofres públicos entre 2013 e 2015. O diretor da fundação, José Luiz Herência, e o ex-diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), William Nacked, são réus confessos e fecharam acordo de delação com o Ministério Público. O maestro nega todas as acusações e afirma que é inocente. A reportagem não localizou seus advogados.

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Segundo o vereador Ricardo Nunes (PMDB), integrante da CPI, a decisão da Justiça vai ajudar as investigações ao esclarecer dúvidas. "Patrícia é sócia majoritária da PMM Produções Artísticas e Culturais, que é a empresa que recebia os pagamentos da Prefeitura. Queremos que ela explique como eram feitos esses repasses." Patrícia foi convocada duas vezes para prestar esclarecimentos e não compareceu. Os parlamentares devem definir na sessão desta quarta-feira, 31, a data de depoimento.

Pelas investigações, o maestro recebia R$ 150 mil mensais por ser diretor artístico e também se contratava para concertos. A suspeita dos promotores é de que Neschling contratava artistas internacionais com cachês acima do padrão e, em troca, era contratado para se apresentar no exterior. Um produtor, Valentin Proczynski, faria a intermediação.

Outros acusados. O secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio Filho, e o ex-secretário da Cultura Juca Ferreira também são investigados pelos promotores. Ambos negam qualquer participação no caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Parte da programação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro está suspensa devido à falta de pagamento dos salários dos funcionários pela Secretaria Estadual de Cultura, à qual a instituição é subordinada. Sem dinheiro para chegar ao trabalho, os servidores suspenderam os ensaios na última sexta-feira e só deverão retomá-los quando receberem os salários. Por enquanto, não há perspectiva para o Estado regularizar os vencimentos. Os espetáculos protagonizados por artistas que não compõem o corpo artístico estão mantidos.

"Não estamos em greve, é falta de dinheiro mesmo", disse Jesuína Passaroto, presidente da Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. "Recebemos apenas a primeira parcela do salário de maio. Junho já está terminando, então são dois meses de atraso. Tem gente que não tem dinheiro para ir trabalhar, então, decidimos suspender os ensaios". A decisão foi tomada durante assembleia realizada na quinta passada.

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"Estão mantidos os serviços essenciais, como a segurança, e há um rodízio entre os funcionários das áreas técnica e administrativa, porque o teatro também é alugado para muitos eventos. Não pode simplesmente fechar as portas", afirmou Jesuína.

A ópera Orfeu e Eurídice, que seria encenada no próximo domingo (3) e depois na terça, quinta e sábado seguintes, está suspensa pelo menos para a primeira encenação. Os ensaios para o espetáculo já haviam começado, mas ainda não estavam concluídos. Segundo integrantes do coro do teatro, quando os ensaios forem retomados serão necessários alguns dias para o espetáculo entrar em cartaz. Os ingressos custam de R$ 36 a R$ 100.

Nas próximas semanas estão previstos espetáculos que deverão ser mantidos porque não são protagonizados pelo corpo artístico do Theatro Municipal: Orquestra Petrobrás Sinfônica, dia 8; Orquestra Filarmônica de Goiás, dia 10; e Orquestra Sinfônica e Coro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dia 11.

Em 14 de julho o Municipal completará 107 anos. Estão previstas atividades, mas a falta de pagamento poderá comprometê-las, segundo funcionários.

Consultada sobre a paralisação dos ensaios e a suspensão da programação com artistas próprios, a direção do Theatro Municipal informou apenas que a estreia da ópera Orfeu e Eurídice foi adiada e não há data para ser encenada. "Logo que os vencimentos forem depositados, serão divulgadas as novas datas da estreia e demais récitas", divulgou em nota. Sobre o público que já tinha convites para o espetáculo, a nota diz que "o setor de informações do Theatro Municipal entrará em contato com os assinantes a fim de transferir seus ingressos".

Pela segunda vez, em menos de dois anos, a locação do Theatro Municipal de São Paulo ficou mais cara. A alta não foi pequena. O aluguel do espaço para a realização de um evento corporativo ou mesmo um casamento, sem a venda de ingressos ao público, passou dos atuais R$ 120 mil para R$ 200 mil. O aumento é ainda maior se comparado com o preço praticado em 2011: R$ 60 mil.

O reajuste foi determinado pela fundação que comanda o teatro e já está em vigor. Ele altera não apenas os preços de aluguel, mas também de apresentações de corais e orquestras, além de custos de produções de ópera e de reprodução de fotos e livros do acervo do Municipal. Na nova tabela, um concerto da Orquestra Sinfônica Municipal passa a valer R$ 100 mil, contra os R$ 35 mil cobrados anteriormente. Já uma apresentação do Coral Lírico passa de R$ 16 mil para R$ 70 mil.

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De acordo com o diretor-geral da Fundação Theatro Municipal, José Luiz Herencia, os valores precisavam ser atualizados. "Os preços estavam muito defasados em relação a outras instituições públicas e até privadas. O Theatro Municipal é referência na cidade, deve ter seu uso valorizado", disse.

Aprovado pelo conselho deliberativo, o reajuste também tem por finalidade privilegiar a produção interna. "As locações ficarão subordinadas a uma política que dará prioridade aos nossos espetáculos." Como efeito colateral, a fundação admite que a fila, que é grande por uma data disponível para locação, crescerá.

Testemunha de 13 protestos desde junho, a escadaria do Theatro Municipal do Rio será cenário nesta quarta-feira, 16, de uma manifestação dos funcionários da casa. Cerca de 400 devem participar, de acordo com os organizadores. Eles pedem a valorização dos corpos artísticos fixos (orquestra, balé e coro), a realização de concursos públicos nas áreas técnica, administrativa e artística (hoje, muitos postos são ocupados por terceirizados) e investimento na programação do teatro.

A "manifestação cultural em defesa do Theatro Municipal" está convocada para o meio-dia. Diferentemente dos atos que tomam o centro, os funcionários não são contra o governador Sérgio Cabral (PMDB): somente se opõem à gestão da presidente Carla Camurati na Fundação Theatro Municipal.

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"Não queremos que seja um ataque ao governador, pois ele tem dado apoio ao teatro. Se percebermos algo nesse sentido, vamos avaliar. Nossa preocupação é ele sair do cargo no fim do ano (em favor do vice-governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, que deve concorrer ao posto em 2014)", disse a instrumentista Jesuina Passaroto. Músicos, cantores e bailarinos se sentem subutilizados. Reclamam do número baixo de óperas e balés e também das poucas récitas marcadas. Dizem que os eventos que ocupam o teatro mediante pagamento de aluguel têm privilégio na agenda em detrimento das óperas, concertos e balés.

"Na orquestra, há 59 vagas e só 39 foram abertas para concurso. No coro, são 42 vagas, mas só abriram 22", afirmou o representante do conjunto vocal, Pedro Olivero, que lembra que a Lei 3.741, de 2001, que dispõe sobre a reestruturação do quadro permanente do teatro, não é cumprida. "Concurso na área administrativa não é feito desde 1988. Nos corpos artísticos, desde 2002. O teatro deveria ter cerca de 700 funcionários, mas tem 400", calcula Jesuina.

A equipe do Theatro Municipal de São Paulo impediu que o espaço fosse invadido nesta terça-feira, 18, à noite, durante a última récita da ópera Rake's Progress. Cerca de 300 espectadores acompanhavam o espetáculo, além de outras cem pessoas, entre funcionários, seguranças, equipe de manutenção, músicos e artistas. Houve tentativa de invasão, o que obrigou o fechamento de todas as portas. Os vitrais da fachada foram pichados.

"O prejuízo foi relativamente pequeno. Só teremos de limpar a fachada. Felizmente, nenhum equipamento ou vitral foi danificado ou destruído", afirmou o diretor da Fundação Teatro Municipal, José Luiz Herencia. A ópera do compositor, pianista e maestro russo Ígor Fiódorovitch Stravinski começou por volta das 20 horas. Antes, no terraço, o público acompanhou os protestos, mas foi orientado pelos funcionários a entrar, enquanto o grupo radical do lado de fora cantava: "Você de gravata, vem pra passeata".

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A primeira parte da ópera ocorreu sem dificuldades, mas, durante o intervalo, a segurança do teatro orientou o público a ficar longe das janelas, uma vez que os manifestantes batiam nelas. Antes do reinício do espetáculo, o maestro Jamil Maluf subiu no palco e avisou o público que, se fosse necessário, um cordão de segurança seria montado para que os espectadores deixassem o teatro pela lateral, ao fim da apresentação.

Como a Tropa de Choque chegou, não houve necessidade de segurança extra e a saída do público não teve incidentes. Ao deixar o teatro, o analista Luís Cruz, de 50 anos, disse que já foi jovem e que compreende a manifestação. "Mas, com vandalismo, eu não concordo." (Colaboraram João Luiz Sampaio e Maria Fernanda Rodrigues)

O Dia de Reis, celebrado em 6 de janeiro, será comemorado este ano de forma especial pela Secretaria de Cultura do Rio. Em parceria com a Secretaria de Segurança, a secretária de Cultura, Adriana Rattes, vai levar ao Theatro Municipal 2 mil moradores de comunidades onde foram instaladas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Lá, eles assistirão a uma apresentação especial do balé O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky, em versão assinada pela coreógrafa Dalal Achcar, considerado uma das peças mais importantes no balé clássico mundial. Segundo a secretária, os convidados são moradores de 24 comunidades com UPPs - Santa Marta, Batan, Cidade de Deus (quadras), Cidade de Deus (apartamentos), Cidade de Deus (karatê), Chapéu Mangueira, Tabajaras, Borel, Pavão, Providência, Formiga, Andaraí, Turano, São João, Prazeres, Mangueira, Salgueiro, Macacos, Fallet, São Carlos, Rocinha, Vidigal, Morro Azul e Cruzada São Sebastião.

Adriana Rattes espera que esse seja um grande momento do processo de pacificação. "Um momento de celebração, de novo impulso para o ano e de todo o trabalho a ser feito para consolidar o processo”. Ela informou que serão distribuídos mais 100 convites para policiais que atuam nas UPPs e seus parentes.

O objetivo, disse a secretária, é oferecer às comunidades a inclusão também do ponto de vista cultural. “Usar a cultura como instrumento para melhorar o relacionamento com a comunidade e transformar a vida de pessoas que estão lá, para oferecer novas oportunidades. Principalmente para as crianças e jovens das comunidades”.

Adriana explicou que a ideia não é fazer apenas um evento no ano, como esse no Theatro Municipal, ou o que foi realizado durante o Natal, quando a secretaria levou o corpo de baile do teatro à Rocinha, na zona sul da cidade. Segundo ela, este ano haverá um calendário grande de atividades artísticas levadas de fora para as comunidades, mas também de apoio a atividades das próprias comunidades. "É um processo de intercâmbio entre artistas, criadores e produtores culturais de fora com os da comunidade, para que possam criar juntos. Para que os talentos da comunidade também possam sair dali e aparecer para o resto da cidade, o resto do estado”.

O trabalho envolve desde a instalação de bibliotecas-parque até uma série de eventos e patrocínios a microprojetos. O primeiro grande evento do calendário cultural, em 2012, será a inauguração, em fevereiro, da biblioteca-parque da Rocinha, que começará com um acervo de 15 mil livros. As publicações  foram compradas pelo governo fluminense a partir de um acervo previamente definido como importante para uma biblioteca pública. A unidade da Rocinha totalizará 25 mil livros. “São bibliotecas que funcionam como centros culturais”, destacou a secretária.

Adriana Rattes informou que a unidade terá ainda cineteatro, cozinha-escola, além de estúdios de gravação de áudio e vídeo, atendendo a uma demanda de produção nessa área que é significativa na comunidade. A biblioteca-parque ficará aberta ao público diariamente das 9h às 21h, incluindo os fins de semana.

No segundo semestre, o cronograma prevê a abertura  da biblioteca-parque do Complexo do Alemão, conjunto de favelas situado na zona norte da cidade. Adriana Rattes lembrou que o sucesso desses empreendimentos pode ser medido pelo público que frequenta a primeira biblioteca-parque, implantada pelo estado há um ano e meio na comunidade de Manguinhos, também na zona norte.

A  unidade de Manguinhos registra um público médio de 15 mil pessoas por mês. O projeto  ganhou, no ano passado, o Prêmio José Olympio, como melhor iniciativa de incentivo à leitura no Brasil. “É o que a gente espera na biblioteca da Rocinha”, disse Adriana.

Os moradores da Rocinha, na zona sul do Rio,  poderão assistir na noite desta terça-feira (27) a uma programação de gala que reúne o melhor da temporada 2011 do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Com início previsto para as 20h, a apresentação contará com trechos dos balés Carmen, de Roland Petit; O Quebra Nozes, na versão de Dalal Achcar; Nascimento Novo, de David Parsons, e o pas-de-deux de Romeu e Julieta, de John Cranko.
 
Para a presidente da Fundação Theatro Municipal, Carla Camurati, é uma honra para a instituição participar de um momento tão significativo para a comunidade da Rocinha, ocupada desde novembro pelas forças policiais. “Um momento de retomada da cidadania e da paz”, afirma.

A abertura do espetáculo, que terá a atriz Cassia Kiss como apresentadora, ficará a cargo dos alunos da Escola de Dança Maria Olenewa, da Fundação Theatro Municipal. Eles vão dançar a montagem Fantasia Brasileira, com coreografia de Eric Frederic baseada na “grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro”, do compositor norte-americano Louis Moreau Gottschalk.

A primeira bailarina do Municipal, Ana Botafogo, também marcará presença no palco, montado no local conhecido como “Toca do Nem”. Ela vai comentar a programação, fornecendo ao público informações sobre cada peça a ser apresentada.

 

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