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Após cinco longos anos de restauração, o Big Ben de Londres, o relógio mais famoso do mundo, sairá oficialmente do silêncio no domingo (13) para marcar mais uma vez o ritmo dos dias na capital britânica.

Com seu imenso sino de 13,7 toneladas, o grande relógio que domina o Parlamento britânico retomará sua atividade normal após uma limpeza completa das mais de 1.000 peças que compõem seu mecanismo.

Em agosto de 2017, uma multidão se reuniu em Westminster para ouvir os últimos repiques de seus cinco sinos de ferro fundido. Alguns até derramaram uma lágrima.

Muitos se reunirão novamente no domingo às 11h GMT (8h de Brasília) para ouvir mais uma vez o som deste símbolo de Londres: seu carrilhão de quatro sinos tocará a cada quarto de hora, enquanto o sino principal tocará a cada hora, como aconteceu nos 158 anos anteriores à renovação.

A data coincide com o domingo seguinte ao 11 de novembro, dia em que o Reino Unido comemora o armistício da Primeira Guerra Mundial.

Nos últimos cinco anos, o Big Ben tocou poucas vezes, usando um mecanismo elétrico substituto. A última vez foi para o funeral da rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro.

- "O som de Londres" -

No alto da "torre elizabetana" de 96 metros do Palácio de Westminster, os sinos são protegidos por uma rede externa para impedir a entrada de morcegos e pombos.

De lá, a vista de Londres é espetacular, mas os três relojoeiros responsáveis pelo Big Ben não têm tempo para apreciá-la.

Ian Westworth, de 60 anos, e seus colegas estão ocupados finalizando os testes para garantir que tudo estará funcionando corretamente após uma reforma de 80 milhões de libras (US$ 93 milhões).

"O som de Londres está de volta", diz Westworth à AFP durante uma visita ao campanário.

"Esses sinos tocaram atravessando as guerras", ressalta, impressionado com todas as transformações da cidade testemunhadas por eles.

A "torre elizabetana", o novo nome dado à torre do relógio em 2012 por ocasião do jubileu de diamante da monarca, foi construída na década de 1840.

Naquela época, sem tráfego, ou arranha-céus, "em uma noite tranquila você podia ouvir (o Big Ben) a até 24 quilômetros de distância", lembra o relojoeiro.

- Imitar as luzes vitorianas -

A restauração envolveu a limpeza e a pintura dos braços e martelos, mas os sinos não se moveram.

O sino principal, o Big Ben, é tão grande que para movê-lo seria necessário levantar todo piso da torre do sino.

A parte mais complicada foi desmontar o mecanismo do relógio de 11,5 toneladas, que remonta a 1859, para limpá-lo.

Além disso, 28 luzes LED agora iluminam os quatro mostradores do relógio, com cores que variam do verde ao branco para se assemelhar aos lampiões a gás da era vitoriana.

Outra luz branca maior foi colocada acima dos sinos para indicar quando o Parlamento está em sessão.

Antes da reforma, os relojoeiros verificavam a precisão da hora usando seus telefones. Agora, o relógio é calibrado por GPS.

Já o método de acertar a hora continua muito tradicional: moedas antigas são usadas para adicionar, ou subtrair, peso das molas do relógio gigante, permitindo que um segundo seja ganho, ou perdido.

Na torre do sino, durante os testes, é preciso usar tampões e protetores de ouvido para proteger seus tímpanos a cada nova hora em ponto.

São sete da manhã, e o Big Ben – um símbolo de estabilidade em um caótico contexto político britânico – ressoa sete vezes com um estrondo.

Embora ensurdecedor, o inconfundível som também é um sinal de estabilidade, após anos de grande turbulência política no Reino Unido.

O palácio de Westminster, um impressionante complexo gótico às margens do rio Tâmisa, também precisa de uma grande reforma, mas as disputas políticas sobre seu alto custo atrasaram o processo.

Enquanto isso, Westorth e seu colega Alex Jeffrey, de 35 anos, continuam concentrados em seu trabalho: cuidar dos 2.000 relógios do Parlamento britânico.

"É o melhor trabalho do mundo", diz o mais novo.

Nesta terça-feira (31), completa 163 anos que o símbolo de Londres, no Palácio de Westminster – o relógio da torre Big Ben - começou a marcar o tempo.

O Big Ben é, na verdade, o Great Ball, um grande sino localizado no interior da Elizabeth Tower, prédio que abriga as casas do Parlamento da Grã-Bretanha e traz o relógio mais famoso do mundo – o Great Clock. O relógio da Torre do Big Ben é composto por um relógio de sete metros de diâmetro em cada um dos seus lados e quatro faces gigantes e iluminadas.

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Construído no reinado da rainha Vitória, o prédio traz a inscrição em latim, no qual traduzido significa “Senhor, mantenha a salvo nossa Rainha Victoria Primeira”. O Big Ben não fazia parte do projeto original do Palácio. A construção de sua morada, só foi projetada após um incêndio em outubro de 1834, o qual destruiu quase todo o Palácio. Como o Westminster Hall foi a parte que permaneceu de pé mesmo com as chamas, a ideia foi reconstruir o prédio com que havia restado ao fogo.

O Parlamento decidiu fazer algumas inovações no local, solicitando a construção de uma torre e um relógio. O arquiteto Charles Barry foi responsável pelo projeto. Trata-se de um dos relógios mais confiáveis que existem, já que é capaz de suportar as inflexibilidades meteorológicas como a neve e o vento, inclusive, suportou os bombardeios alemães durante a Segunda Guerra Mundial, mantendo sua pontualidade.

Embora tenha sido poucas as vezes em que sofreu incidências em sua pontualidade, os cidadãos ingleses não poderão esquecer o Réveillon de 1962, quando entraram com dez minutos de atraso no novo ano devido a algumas falhas técnicas produzidas no Big Ben.

Hoje em dia, tornou- se o símbolo da nação britânica e suas badaladas são transmitidas diariamente pela emissora de rádio da BBC.

Com mais de 13 toneladas, o transporte do Big Ben exigiu o fechamento de vias e um feriado foi decretado em 1858.

Desde 2017, a torre está em reforma completa. Além dos reparos necessários para a manutenção do prédio, está sendo instalado um elevador que leva ao alto da Elizabeth Tower.

Por Camily Maciel

Os danos causados por uma bomba da Segunda Guerra Mundial, o amianto ou a contaminação, descobertos recentemente, fizeram disparar os custos de reparo do famoso Big Ben, em Londres, que está em obras há dois anos.

Os custos da restauração da torre Elizabeth, que abriga o famoso relógio e seu sino, vai beirar os 80 milhões de libras esterlinas (103,6 milhões de dólares), anunciou o Parlamento britânico.

Após precisar de um aumento de 32 milhões de libras em 2017, a restauração quase 19 milhões de libras adicionais. A restauração acabou se revelando "mais complexa que o previsto", destacou em um comunicado Ian Ailles, diretor-geral da Câmara dos Comuns.

Apesar dos gastos adicionais, que devem ser aprovados pelas duas câmaras do Parlamento britânico, a reabertura ao público da torre de 96 metros continua prevista para 2021.

Com essas obras, será reparada a esfera e o mecanismo do relógio, as fissuras da torre e a corrosão do telhado, além do marco em torno da esfera, à qual será devolvida a cor original do século XIX.

O edifício neogótico do arquiteto Augustus Pugin, concluído em 1856, apresenta os estragos da passagem do tempo e está inclinado 46 cm.

Os mais fervorosos defensores do Brexit queriam que badalasse por ocasião do divórcio da União Europeia, em 31 de janeiro, mas o sino não tocou.

Ao invés disso, foi projetada uma imagem do icônico relógio na fachada de Downing Street, residência do premier, Boris Johnson, e foi reproduzida uma gravação dos badalos do sino.

Parte dos farmacêuticos demitidos com o fechamento da rede Big Bem em Pernambuco deve acionar a Justiça para cobrar os valores da rescisão. Em uma assembleia realizada no dia 19 de fevereiro no Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco (Sinfarpe), 25,2% desses profissionais recusaram a proposta oferecida pela empresa.

A rede Big Ben propôs que todas as verbas rescisórias fossem pagas com um abatimento de 30%. Em contrapartida, todo o valor seria pago em uma única parcela.

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Na primeira assembleia, no dia 5 de janeiro, os farmacêuticos rejeitaram a proposta porque ainda não haviam analisado o texto. Já na segunda assembleia, 97 aprovaram o acordo, 27 disseram não e seis se abstiveram. 

Segundo a presidente do Sinfarpe, Veridiana Ribeiro, o setor jurídico do sindicato está reunindo cada caso para entrar com um processo, o que deve ocorrer nos próximos dias. 

Caminhões já estão recolhendo os produtos estocados na farmácia. De acordo com Veridiana, os produtos devem ser levados para as farmácias da Bahia, onde ainda há lojas da Big Bem abertas. 

“Em um caso desses todo mundo perde. A sensação é de estar num enterro”, resumiu a presidente do Sinfarpe. Cerca de 1,5 mil profissionais foram desligados com o fechamento da rede, sendo mais de 200 desses farmacêuticos. 

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Por unanimidade, farmacêuticos da rede de farmácias Big Ben rejeitaram a proposta de rescisão da empresa momentaneamente em assembleia realizada na segunda-feira (5). As farmácias foram fechadas na última quarta-feira (31), resultando em mais de 1,2 mil profissionais desligados, sendo mais de 200 desses farmacêuticos.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco (Sinfarpe), Veridiana Ribeiro, a Big Ben enviou uma planilha com nomes e valores no dia anterior à assembleia, não havendo tempo de uma análise minuciosa. A proposta da Big Ben tem um abatimento de 30% dos valores. 

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"Os farmacêuticos estão incomodados porque eles trabalharam o mês de janeiro todo, então deveriam receber o valor fechado. Mas o salário também viria com essa redução de 30%", explica Veridiana. A redução também seria aplicada no valor das férias, 13º salário e parcelas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em contrapartida, a empresa diz que fará o depósito à vista.

Com a recusa da categoria de aprovar a proposta com poucas informações, o sindicato decidiu que fará uma análise minuciosa da planilha. Cada funcionário deverá ser informado separadamente de quanto deverá receber. "Estamos tomando a cautela de não induzir a categoria a algum posicionamento, mas todas as falas da assembleia eram sobre não aceitar a proposta exatamente por haver uma perda muito grande", complementou a presidente do Sinfarpe. Uma nova assembleia ainda será convocada para uma decisão final. O Sinfarpe não descarta acionar a Justiça.

A rede Big Ben entrou com pedido de recuperação judicial. O valor do pedido está avaliado em R$ 1,2 bilhão.

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A rede de farmácias Big Ben encerrou as atividades em Pernambuco nesta quarta-feira (31). De acordo com o Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco (Sinfarpe), mais de 1200 profissionais foram demitidos, sendo mais de 200 desses farmacêuticos.

O fechamento da rede já foi sentido no estado do Pará. Cerca de 40 lojas foram fechadas e mais de 200 farmacêuticos desligados no estado paraense.

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A presidenta do Sinfarpe, Veridiana Ribeiro, diz que as notícias chegaram de surpresa. "A empresa foi nos sindicatos dizer que a ideia era demitir ninguém. Iriam fechar algumas lojas e remanejar esses farmacêuticos. Não iam contratar ninguém, mas não iam demitir. Só que de 15 dias para cá começou o 'zumzumzum' e acabou fechando hoje. O sindicato soube hoje que de fato estavam encerrando", ela conta.

O Sinfarpe realizará uma assembleia na próxima segunda-feira (5) às 10h em frente ao Memorial da Medicina de Pernambuco, no bairro do Derby, centro do Recife. O objetivo é juntar os profissionais de farmácia da Big Ben e discutir como proceder. "Temos rescisão, homologação. A empresa diz que vai pagar tudo com algumas condicionantes. Precisamos saber como vai ser isso. Esse processo tem que estar claro, não vamos dar tiro no escuro", complementa Veridiana.

As unidades estão fechadas e um aviso foi colocado na entrada. O texto diz: "A BIG BEN informa que, tendo em vista o deferimento da Recuperação Judicial desta empresa na 2ª Vara de Recuperação Judicial da Comarca de São Paulo, processo nº 1000990-38.2018.8.26.0100, se faz necessário o fechamento provisório desta unidade a fim de efetuar balanço interno do estoque e inventário patrimonial".

O processo de recuperação judicial foi ajuizado no último dia 10 de janeiro pela Brasil Pharma, empresa responsável pela franquia. A Brasil Pharma comanda outras drogarias como Farmaz, Farmácia Sant'Ann e Rosário. O valor da recuperação judicial apresentado pela empresa é de R$ 1,2 bilhão.

Em conversa com o LeiaJá, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) já havia destacado que a falência da Big Ben poderia estar associado com lavagem de dinheiro. É que a rede teria conexão com o Banco BGP, envolvido na Operação Lava Jato. "É difícil acreditar que as farmácias no Recife vivam apenas de venda de remédios. É muita farmácia", avaliou.

Para a presidente do Sinfarpe, o fechamento também foi problema de gerenciamento. "Foram deixando o problema se acumular. É um final triste". 

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A rede de farmácias Big Ben fechou pelo menos 40 lojas em Belém e outras cidades do Estado do Pará. Mais de 200 farmacêuticos, além de outros profissionais, foram demitidos. A estimativa é do Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF-PA).

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O fechamento é resultado do processo de recuperação judicial (medida requerida quando a empresa não tem mais condições de pagar suas dívidas) ajuizado no último dia 10, pela Brasil Pharma, empresa responsável pela franquia. A Brasil Pharma é um grupo brasileiro de varejo farmacêutico, que comanda a gestão de várias redes farmacêuticas pelo país. Dona das drogarias Farmaz, Farmácia Sant’Anna, Rosário e Big Ben, o grupo emprega mais de 4,5 mil pessoas. O valor do pedido de recuperação judicial apresentado pela empresa é de R$ 1,2 bilhão, de acordo com a agência Reuters.

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Há exatamente um ano, o deputado estadual Edilson Silva, do Psol de Recife, fez uma postagem em uma rede social dizendo que a falência da rede Big Ben está ligada à sua relação com o Banco BGP Pontual, investigado na operação Lava Jato, e que a rede era uma “lavanderia em forma de farmácia”.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o deputado contou por que levantou essa possibilidade. “Não é possível que o mercado seja tão grande para a quantidade de farmácias. É uma farmácia da mesma empresa, praticamente, em frente da outra”, disse.

A crise nas lojas da franquia já havia sido notada pelos consumidores, que frequentemente reclamavam da falta de produtos e medicamentos em estoque. O CRF-PA elabora uma nota junto às entidades em defesa do farmacêutico sobre as ações a serem tomadas.

Em Belém, alguns pontos da Big Ben continuam funcionando, ainda que precariamente. O mais famoso e um dos maiores da cidade, localizado no bairro de Batista Campos, área nobre da capital paraense, não abriu nesta terça-feira.

O LeiaJá Pará não consegui contato com os diretores da Big Ben no Estado.

Por João Paulo Jussara.

Londres amanheceu com um som ambiente diferente nesta segunda-feira (21). O badalar do sino do Big Ben, situado na região central da cidade, foi silenciado pelos próximos quatros anos para a restauração do relógio mais famoso do mundo.

Durante este período, as peças do Big Ben vão ser desmontadas, limpas e restauradas. Os ponteiros também serão trocados, além da instalação de um elevador para servir como alternativa aos 334 degraus que levam ao topo da torre.

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A tradicional Luz de Ayrton, acendida no alto do Big Ben sempre que há uma sessão no Parlamento britânico, também será apagada, fato que não ocorre desde a 2ª Guerra Mundial.

Até 2021, as badaladas serão ouvidas somente em eventos especiais, como no Ano Novo. Steve Jaggs, responsável pela torre, comentou que o projeto de restauração é importante para o Big Ben. "Esse programa essencial de trabalhos protegerá o relógio a longo prazo, assim como protegerá e preservará sua casa, a Torre Elizabeth", comentou.

No entanto, muitos britânicos foram contra a paralisação, tanto que a primeira-ministra Theresa May pediu ao Parlamento para revisar a medida de silenciar o relógio pelos próximos quatro anos.

Em 157 anos de funcionamento, o Big Ben calou-se em pouquíssimas ocasiões. A mais longa delas foi em 1976, quando ficou nove meses sem funcionar devido a graves danos no mecanismo do relógios. 

O Big Ben deixará de marcar as horas por quatro anos a partir de 21 de agosto próximo, para a restauração do famoso relógio e da torre do parlamento britânico - informou a instituição nesta segunda-feira (14).

"Na segunda 21 de agosto ao meio-dia, as famosas campanadas do Big Ben soarão pela última vez antes do início de grandes obras de reforma", anunciou o Parlamento em um comunicado.

"As campanadas voltarão a marcar as horas no decorrer de 2021", acrescenta o comunicado, sem especificar uma data.

"O silêncio do Big Ben é um marco nesse projeto crucial de manutenção. Como encarregado do grande relógio tenho a honra de garantir que essa peça de engenharia vitoriana está nas melhores condições dia a dia", disse Steve Jaggs, responsável pelo monumento.

"Este programa essencial de obras protegerá o relógio em longo prazo, além de proteger e preservar seu lar, a Torre Elizabeth", acrescentou Jaggs, convidando o público a "se concentrar na Praça do Parlamento para ouvir as últimas campanadas, até seu retorno em 2021".

As obras servirão para restaurar e reparar a esfera do relógio e seu mecanismo, suas campainhas e a estrutura dessa torre de 96 metros construída em 1856.

Também será instalado um elevador, como alternativa aos 334 degraus que levam ao alto da torre.

O nome Big Ben se refere estritamente ao sino do grande relógio, mas é usado, em geral, para dar nome ao conjunto da torre e seu relógio.

O sino pesa 13,7 toneladas e soa a cada hora. É acompanhado de outros quatro sinos a cada 15 minutos.

O Big Ben funcionou quase sem interrupções nos últimos 157 anos, salvo em duas pausas de manutenção e renovação em 2007 e em 1983-85.

O banco BTG Pactual continuará, nos próximos dias, o repasse do controle da rede de farmácias BR Pharma ao empresário Paulo Remy. Como adiantou o LeiaJá, a rede Big Ben também será repassada no pacote já que BR é dona dela, da Farmácia Santanna e da cadeia de franquias FarMais. De acordo com informações do jornal Estado de São Paulo, Remy teria experiência em assumir negócios em dificuldades. O repasse será no valor de R$ 1.

Ao passar o controle da rede de farmácias, o BTG sai do negócio sem receber nada, mas se livra das obrigações com as empresas. Somente para adquirir a Big Ben, o BTG gastou R$ 453 milhões, em novembro de 2011.

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A BR Pharma é um dos ativos mais problemáticos na carteira do BTG. Desde que resolveu desistir das farmácias, o BTG vinha vendendo separadamente as marcas. Em novembro de 2015, a Mais Econômica foi repassada ao fundo Verti, por R$ 44 milhões. Em 2016, foi a vez da Rosário ser vendida à Profarma, por R$ 173 milhões.

Atuante em Pernambuco há cerca de dez anos, a rede de farmácias Big Ben já dava sinais de que o negócio estava comprometido. Lojas esvaziadas e faltas de medicamentos era o cenário encontrado pelos consumidores em muitas das lojas da franquia em diversos bairros do Recife já em dezembro de 2016. No Pará, de onde a empresa é originária, a situação era semelhante.

Em entrevista ao LeiaJá, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) chegou a afirmar que a falência da Rede Big Ben estaria ligada ao Banco BGP, citado na Operação Lava Jato. O parlamentar questionou a quantidade de farmácias atuantes na capital pernambucana.

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Com a colaboração de Nathália Guimarães

Nesta segunda-feira (30), o deputado estadual Edilson Silva (Psol), em entrevista ao LeiaJa.com, contou que “amigos” da área farmacêutica afirmaram que a falência da Rede Big Ben estaria ligada ao Banco BGP, que teria “caído” após envolvimento na Operação Lava Jato.

“Eu já tinha ouvido falar nisso no Pará. Levantei essa especulação porque há muitas farmácias no Recife. Não é possível que o mercado seja tão grande para a quantidade de farmácias. É uma farmácia da mesma empresa, praticamente, em frente da outra. Eu não sei se essas empresas recebem algum tipo de incentivo, sei que gera emprego, mas é estranho ter tantas em uma cidade. É uma epidemia. No Uruguai, em Montevidéu, para conseguir encontrar uma eu tive que andar um pouco”, contou. 

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Mais cedo, ele já tinha publicado na sua página do Facebook uma mensagem sobre o assunto sugerindo que outras farmácias da capital pernambucana poderia estar envolvidos em esquemas corruptos. “É difícil acreditar que as farmácias no Recife vivam apenas da venda de remédios. É muita farmácia. Tem muita gente hipocondríaca e muita medicina vinculada à indústria farmacêutica, mas mesmo assim é demais”, escreveu.

Para o deputado, os desdobramentos da Lava Jato são imprevisíveis e definiu a operação como “um buraco sem fim”. 

 “É um processo muito profundo, onde há variáveis. Há questões de natureza política e vícios jurídicos. Existe um núcleo de investigação muito disposto, na Justiça Federal de Curitiba, que foram desdobrando as delações. A prisão de Eike Batista e a metodologia da delação faz com que seja um buraco sem fim. Eu, como parlamentar, quero que todos os casos sejam apurados e quem tiver que ir para a cadeia, que vá, e que o erário público seja ressarcido para fortalecer a democracia e não para o seu atrofiamento”, ressaltou.

Em dezembro de 2016, a reportagem do LeiaJá visitou unidades da drogaria em várias regiões do Recife. A situação encontrada foi praticamente a mesma: falta de remédios, algumas prateleiras de remédios vazias com previsão vaga ou ausente para reposição.

Na época, a suspeita levantada, divulgadas na revista Valor, era de que a situação da Big Ben estivesse relacionada ao processo de venda da marca.

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Falta de remédios importantes, prateleiras de remédios vazias, previsão vaga ou ausente para reposição e insegurança de funcionários. Este é o retrato atual das diversas unidades das farmácias Big Ben, rede que tem mais de 250 estabelecimentos no Norte e no Nordeste do Brasil.

A reportagem do LeiaJá visitou unidades em vários bairros de zonas diferentes do Recife. Em todas, a situação é semelhante. Uma lista de remédios importantes ou mais vendidos está em falta em todas as farmácias – ou estão disponíveis apenas em algumas poucas dosagens. É o caso da Neosaldina, Neosoro, Losartana e Rivotril.

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Quando indagados, alguns funcionários disseram que tais remédios sempre são vendidos na Big Ben, mas que acabaram. Em quatro unidades, eles afirmaram não haver previsão para reposição, e em duas outras a resposta é que a previsão é fevereiro de 2017. Alguns funcionários, em reserva, alegaram que a crise havia chegado à empresa.

A suspeita é que a situação da Big Ben esteja relacionada ao processo de venda da marca. As negociações foram divulgadas na revista Valor em junho deste ano. Na época, estava prevista a aquisição da empresa nos dias subsequentes pela Extrafarma, do grupo Ultra. Em novembro, uma nova nota dizia que o grupo continua de olho no mercado farmacêutico e poderia levar a rede Big Ben, da Brasil Pharma.

A situação não é exclusiva de Pernambuco. No Pará, de onde a empresa é originária, as dezenas de farmácias estão com prateleiras vazias e sem reposição do estoque. Os funcionários também não sabem informar o que vai ocorrer. 

O abandono é possível ser observado mesmo na capital Belém, onde a marca chegou a patrocinar o Remo e o Paysandu, maiores times de futebol do Estado, incentivou atividades turísticas e culturais, distribuiu verbas publicitárias em diversas plataformas.

Isso colocou a família Aguilera, fundadora da rede, entre as mais conhecidas e ricas do Estado. O crescimento na cidade chegou a ser tanto que a empresa virou uma espécie de pequeno shopping center, com venda de produtos diversos e praça de alimentação. 

A reportagem tentou contato com a assessoria da Big Ben, mas até para isso encontrou dificuldade. A Scritta Comunicação, que faz a assessoria da Brasil Pharma, disse que não trabalha mais com a Big Ben. A nova assessoria, que disse trabalhar isoladamente com a Big Ben e não com um grupo, estava com a assessora responsável em recesso. O LeiaJá também tentou contato com Roger Aguilera, filho do fundador e que já esteve envolvido com o marketing da rede, mas ele não atendeu aos telefonemas.

Com colaboração de Antônio Carlos, do LeiaJá Pará

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Por Nathan Santos e Thiago Graf

O sorriso no rosto de Thamirys Lins, de 29 anos, reflete toda a alegria do seu atual momento profissional. Depois de três meses amargando desemprego em plena crise econômica, a recifense foi chamada para um processo seletivo, acabou sendo aprovada e hoje faz parte de uma grande rede de farmácias do Nordeste, a Pague Menos. Já são quase cinco meses na função de consultora de beleza, em uma das unidades da companhia localizada numa importante avenida da Zona Sul do Recife. O emprego, além de ser oportunidade para quem estava sem trabalho, representa uma boa chance de ascensão profissional, uma vez que Thamirys vislumbra a possibilidade de alcançar novos cargos na empresa.

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Confiante na função, a recifense comemora o grande fluxo de clientes da loja. Além da procura por remédios, muitos buscam dicas de produtos de beleza e veem na farmácia um local confortável e acessível para as compras. “Abordo os clientes e percebo que eles frequentam as farmácias e levam produtos diversificados, não mais apenas remédios. Existem muitas ofertas da linha de cosmético e beleza. Hoje, você encontra tudo numa farmácia e, às vezes, o cliente vem para comprar só um produto, acaba se deparando com outras opções e leva bem mais do queria adquirir. É interessante que algumas pessoas já me conhecem e me procuram durante o atendimento. Fico muito feliz com o emprego e, principalmente, com as oportunidades de promoção que o mercado dispõe”, conta Thamirys.

   

A consultora de beleza faz parte de um contexto que se mostra muito diferente da resseção econômica enfrentada pelo País. Na contramão dos segmentos empresariais que apenas apresentam índices negativos, retração financeira, cortes de funcionários e escassas possibilidades de crescimento, o mercado de farmácias tem muito que comemorar. O setor conta com resultados expressivos em 2016 e já projeta números louváveis para o próximo ano. E Thamirys é um exemplo dos mais de 110 mil profissionais empregados pelo segmento farmacêutico, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), que também registrou uma movimentação anual de R$ 70 bilhões.

Para o economista e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, os bons índices do setor farmacêutico em plena crise têm relação direta com a necessidade das pessoas adquirirem remédios em busca de uma boa saúde. “As pessoas continuam clientes das farmácias durante o período de resseção econômica porque o remédio é um item de necessidade. Elas precisam de medicamentos para cuidar da saúde, tratar doenças e até para evitar enfermidades. Muitos remédios são comprados por prescrição médica. O consumidor pode até deixar de lado lazer, roupas e outros produtos não tão necessários, mas não pode descuidar da saúde. Além disso, com o aumento da expectativa de vida no Brasil, os idosos também tendem a consumir mais medicamentos”, ressalta.  

A força do setor farmacêutico no quesito geração de empregos não se resume apenas aos pontos de venda. Estrategicamente, as grandes redes investem em centros de distribuição que facilitam a logística de abastecimento de remédios nas unidades espalhadas em todo o Brasil. Em agosto deste ano, a Drogasil, outra rede de destaque no cenário farmacêutico que está em plena expansão, inaugurou seu primeiro centro de distribuição no Nordeste, localizado na cidade de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O empreendimento promete abastecer cerca de 200 lojas espalhadas na região nordestina e também focou na geração de empregos para a população do município. Contratado para o novo CT, o supervisor de planejamento e controle, Arthur Ferreira, é um dos 26 mil funcionários da Drogasil em todo o Brasil. No vídeo a seguir, ele e Thamirys descrevem a chegada ao mercado de trabalho por meio do segmento de farmácias:

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Os bons resultados das grandes redes de farmácias não aconteceram por acaso. Existem inúmeros fatores que reiteram a força do setor para a economia nacional, como o aumento da perspectiva de vida do brasileiro e a forte participação feminina no consumo de produtos comercializados nas farmácias. Endossando os recentes números do setor, o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, estima um faturamento de R$ 80 bilhões em 2017 e projeta a abertura de cerca de 600 novas unidades em todo o País.

 

A receita das grandes redes e a estratégia das pequenas

Os bons índices registrados no setor farmacêutico são, em sua maioria, oriundos das grandes redes. Companhias como Drogasil, Pague Menos e Big Ben expandem em praticamente todo o Brasil e valorizam os estoques de medicamentos. Sobre esse contexto, Sérgio Mena Barreto chama a atenção para o panorama que coloca as grandes empresas no topo das vendas.

“Os resultados são bons, mas não são do setor inteiro. Existem 72 mil farmácias no Brasil e 60 mil são independentes. Essas últimas não estão tão bem, pois falta produto e há problema de capital de giro. As 12 mil farmácias das grandes redes estão muito bem e crescendo, porque a área de medicamentos, higiene e beleza faz o cliente comprar independente de qualquer coisa. São itens essenciais para o consumidor. A grande rede tem centro de distribuição próprio e abastece a própria loja, o que impede a falta de produtos. As grandes farmácias também compram em grande volume da indústria e oferecem medicamentos a preços baratos, com valores imbatíveis”, explica Barreto.

As pequenas farmácias, no entanto, mesmo em tempo de crise econômica, podem alcançar bons índices e se manter vivas no mercado. Segundo Barreto, o segredo do sucesso das independentes é não tentar competir com as principais empresas do ramo. “É praticamente impossível concorrer com a grande rede, porque dificilmente a pequena farmácia terá capital. Por exemplo: um mercadinho de bairro não pode concorrer com um supermercado. O pequeno empresário precisa ser eficiente naquilo que se propõe. Você não pode ter 20 mil itens, mas pode possuir 3 mil itens muito bem administrados. Pode conhecer bastante a clientela, sabendo como o consumidor de bairro se comporta, oferecendo um serviço diferenciado e de qualidade. Conseguindo estabelecer uma estratégia local, a pequena farmácia também acaba alcançando sucesso. É preciso conhecer bem o consumidor e acompanhar o tratamento do cliente”, orienta o presidente da Abrafarma.

O ano de 2016 não acabou, mas a Abrafarma já conta com boas projeções para o próximo ano. A tendência é que fatores como o idoso consumidor de medicamentos e a compra assídua de produtos de beleza continuem influenciando as ações das grandes companhias e abrindo horizontes para as pequenas farmácias montarem suas estratégias. No vídeo a seguir, o presidente da Abrafarma dá mais detalhes do que estar por vir: 

E o público?

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), por meio do estudo “Brasil: uma visão geográfica e ambiental do início do século XXI”, a expectativa de vida do brasileiro beira os 76 anos. Consequentemente, aumentou a necessidade dos idosos cuidarem da saúde. Casados há mais de quatro décadas, Jesus Campelo, de 84 anos, e Iris Pureza de Araújo, 77 anos, estão entre os idosos que fazem parte dessa estatística e estão entre os principais consumidores das farmácias. 

Seu Jesus e dona Iris gastam, em média, R$ 500 mensais em medicamentos. Bem humorados, eles enxergam a compra de remédios como uma forma de prevenção no combate às doenças. Aposentado, ele acredita que não há crise que impeça o brasileiro de cuidar da saúde. “Parece que o problema de ficar doente está acontecendo mais frequentemente. Nós observamos que não há muito dinheiro, mas é preciso comprar remédio para cuidar da nossa saúde. A gente está vivendo mais e, principalmente na velhice, temos essa necessidade de comprar medicamentos. Mas uma boa farmácia não vende apenas esses produtos. Ela também deve oferecer um bom atendimento e o que me faz voltar ao estabelecimento é justamente a forma como sou bem atendido”, opina o aposentado.

Dona Iris também acredita que a busca pela boa saúde é um fator primordial para os idosos procurarem as farmácias. Entretanto, ela reforça a questão do bom atendimento. “Acho que quanto melhor o atendimento, a tendência é que a empresa cresça. Isso atrai os clientes, porque é bom demais ser bem atendido. Outro fator é que as pessoas estão cuidando mais da saúde, fazendo exercícios, sempre pensando numa melhoria de vida”, diz dona Iris.

O valor dos não medicamentos 

Nem só de remédios vivem as grandes redes de farmácias. De acordo com levantamento da Abrafarma, a categoria de não-medicamentos (higiene pessoal, cosméticos e perfumaria) já representa quase 36% dos produtos comercializados. Além disso, as mulheres correspondem a cerca de 70% da clientela. “Para se ter uma ideia, esse segmento representava 28% das vendas em 2010. Essa crescente participação, estimulada pelo aumento da renda média do brasileiro no início da década, vai ao encontro da demanda da população por encontrar muito mais do que saúde no estabelecimento farmacêutico. A margem desses produtos também tem permitido resultados positivos, ainda que modestos”, comenta Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma.

Um lugar de saúde

Se num período de crise conquistar os clientes e concretizar vendas são fatores essenciais para a sobrevivência das farmácias, existe outro conceito que promete fazer dos estabelecimentos locais ainda mais frequentados pelos consumidores. Chegou a hora da farmácia vender saúde num sentido mais amplo e, por isso, a Abrafarma está percorrendo todo o Brasil qualificando farmacêuticos. A ideia é oferecer atendimentos de saúde para a população, servindo, inclusive, de subsídio para os tratamentos médicos.

Presidente da Drogasil, uma das maiores redes em atuação no País, Marcílio Pousada vive de perto o mercado farmacêutico. De acordo com o gestor, além dos fatores que contribuem para os bons números do segmento, a farmácia também passou a primar por um conceito que valoriza os estabelecimentos como pontos de apoio à saúde. “O setor farmacêutico é um defensor da economia e o grande vetor é o envelhecimento da população. O País deve dobrar o número de idosos nos próximos anos. É nisso que a gente acredita e por isso estamos crescendo. Falando pela Drogasil, não paramos de investir neste momento de crise, porque pensamos em longo prazo. Também defendo que o estabelecimento precisa estar pronto para atender o cliente no momento em que ele precisa do produto, pois penso que a farmácia é um lugar onde o público procura saúde e bem estar. É um espaço onde você pode encontrar vida saudável de maneira rápida e objetiva”, complementa pousada. 

A Lei n° 13.021, por exemplo, já busca a ampliação do papel das farmácias. De acordo com o coordenador do projeto de assistência farmacêutica da Abrafarma, Cassyano Correr, os farmacêuticos serão personagens essenciais na mudança de conjuntura dos estabelecimentos, a partir do momento em que serviços de saúde passarão a ser oferecidos à sociedade.

“O farmacêutico é um profissional de saúde de nível superior, só que por muitos anos ele não esteve presente nas farmácias. Mas nos últimos 10 anos, a gente teve uma valorização muito maior da presença e da atividade desse profissional dentro das farmácias. Então, nada mais natural que a gente coloque a farmácia num lugar mais ativo dentro da saúde da população brasileira. É um desafio, porque estamos levando para dentro do comércio espaços de saúde, onde os farmacêuticos poderão atender o cliente/paciente de uma forma mais privada. É alguém que a farmácia cuida de verdade”, explica Correr, em entrevista ao LeiaJá.

Vários serviços podem ser oferecidos de forma gratuita para os clientes. “Existe um leque de atendimentos, como o acompanhamento de doenças crônicas, hipertensão, diabetes e colesterol alto, ou análise da perda de peso, aplicação de vacinas e até encontrar programas para pessoas que querem parar de fumar. Tudo isso é uma forma da farmácia cumprir seu papel, por lei, não apenas vendendo medicamentos, mas cumprindo uma função social, contribuindo para a saúde pública e fazendo uma diferença incrível, porque são mais de 70 mil farmácias em todo o Brasil. Só as redes da Abrafarma, por exemplo, contam com quase 20 mil farmacêuticos e 800 milhões de atendimentos por ano em mais de 600 cidades. Se a gente usar essa capacidade instalada para levar todo esse serviço de saúde, faremos muita diferença no atendimento da população”, destaca o coordenador.

 

Segundo Jório Elias de Oliveira, formado há quatro anos em farmácia, profissionais da área estão tendo uma aceitação maior dos clientes, bem como passaram a ser mais valorizados. “Estamos tendo uma aceitação muito boa e com certeza acabou aquela coisa do profissional de farmácia ser apenas aquele cara do balcão que vende medicamentos. O acompanhamento farmacêutico faz com que as farmácias criem clientes fieis, principalmente aqueles que precisam de atendimentos contínuos. Estamos quebrando o paradigma que só quem faz acompanhamento são os médicos”, opina o farmacêutico, natural de Sousa, na Paraíba.

Formada há três anos em farmácia, Raqueline Silveira, atuante em lojas localizada no Recife, acredita que a nova conjuntura ajuda o Sistema Único de Saúde (SUS). “Vamos ajudar a diminuir a sobrecarga no SUS. Hoje, os clientes já nos procuram muito e voltam sempre para receber orientações. Mas o próprio profissional precisa se qualificar para se adaptar ao novo atendimento, bem como as empresas precisam oferecer capacitação para seus funcionários”, diz Raqueline.

Durante os eventos de qualificação realizados pela Abrafarma, o médico ginecologista Márcio Elias Queiroz participa das palestras e leva sua experiência ao público. O profissional aprova a atuação das farmácias como pontos de saúde e detalha como deve ser a relação do farmacêutico com o médico. Ouça no áudio a seguir:

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Cliente satisfeito e saudável

Aos 61 anos de idade, o motorista de ônibus Felix Cavalcante não deixa de cuidar da saúde. O recifense sempre acha espaço na agenda para ir ao médico, fazer exames de rotina e realizar atividades físicas. Porém, nos últimos meses, o trabalhador acrescentou a sua lista de compromissos mais um espaço voltado para a saúde. Na unidade da Pague Menos localizada na Avenida Recife, Zona Sul da Cidade, seu Felix comprou medicamentos e descobriu que também poderia passar a receber atendimento de saúde que servirá de informação complementar para seus médicos. “Um dia cheguei aqui e vi que a farmácia montou um espaço para atendimento. Já vi minha glicose, aferi minha pressão. Acho tudo isso muito importante e o próprio serviço é de qualidade, porque os farmacêuticos nos atendem muito bem”, diz o trabalhador.

O serviço ao qual seu Felix se refere é a mais nova ação da Pague Menos voltada ao atendimento farmacêutico. A Clinic Farma reúne salas dentro das unidades onde são prestadas atividades de saúde, tais como acompanhamento do tratamento prescrito pelo médico, revisão da medicação, esclarecimento de dúvidas, acompanhamento para clientes com diabetes, hipertensão, risco cardiovascular, asma e obesidade. Tudo é oferecido de forma gratuita, por meio de atendimento individual em um espaço privado.

De acordo com a assessoria de imprensa da rede, o público também conta com orientações sobre interações entre remédios e alimentos, melhores horários para medicação, esquema posológico, bem como aferição da pressão arterial, glicemia capilar e controle de diabetes. “O objetivo do Clinic Farma é possibilitar um melhor resultado do tratamento prescrito pelos médicos, garantindo mais qualidade de vida ao paciente e contribuindo com a saúde pública brasileira”, explica a coordenadora técnica farmacêutica do Clinic Farma em Pernambuco, Micalyne Egito. “O farmacêutico é o último profissional da cadeia de saúde ou mesmo o único que o paciente aciona após a prescrição médica, e a maioria dos clientes chega à farmácia com muitas dúvidas. O Clinic Farma procura orientar e, assim, garantir maior adesão ao tratamento e a melhoria do quadro de saúde do paciente. Quando sentimos necessidade, recomendamos o retorno ao médico”, complementa a farmacêutica. No vídeo a seguir, confira como funciona o atendimento:

A Pague Menos também já conta com quase 400 espaços de atendimento em todo o Brasil. Segundo a companhia, até o final deste ano, o número de salas deve chegar a 430. Uma lei federal já diz que os estabelecimentos farmacêuticos precisam ter, durante todo o expediente, um farmacêutico de plantão para atender os clientes. De acordo com a Abrafarma, o grande objetivo é fazer com que nos próximos anos todas as farmácias brasileiras ofereçam espaços de saúde para os clientes.

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--> Farmácias dobram faturamento em seis anos

Autoridades britânicas anunciaram nesta terça-feira que o famoso sino do Parlamento irá silenciar por diversos meses a partir de janeiro de 2017, para reparos na torre.

A reforma é a mais complexa em décadas, afirmou Steve Jaggs, responsável pelo Big Ben. "A torre não está instável mas, ao menos que façamos algo, ela ficará muito pior" disse.

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A reforma deve custar 29 milhões de libras, e incluirá a reparação da corrosão sofrida pelo teto de ferro e a solução das goteiras que ameaçam o trabalho em pedra da construção icônica de 160 anos. Os operários irão trabalhar sobre o pêndulo de quatro metros e remover os ponteiros de cada uma das quatro faces do relógio.

Oficialmente nomeado como Torre Elizabeth, em homenagem à Elizabeth 2ª, a estrutura é um dos mais famosos ícones de Londres. Ele se tornou símbolo de provocação ao sobreviver ao bombardeio alemão durante a Segunda Guerra Mundial.

A torre é conhecida popularmente como Big Ben, mas este é apenas o nome do maior de seus cinco sinos. Os quatro menores tocam para sinalizar cada quarto de hora. Fonte: Associated Press.

O Big Ben de Londres ficará parado por vários meses e seus sinos não soarão para que sejam realizados trabalhos urgentes neste famoso relógio e na Torre Elizabeth, que o aloja, anunciou nesta terça-feira (26) o Parlamento britânico.

"O mecanismo do relógio ficará parado por vários meses para que sejam realizados trabalhos de manutenção essenciais", declarou um porta-voz do Parlamento. "Durante este período, não haverá carrilhão", acrescentou.

As obras terão um custo de 29 milhões de libras (37 milhões de euros, 42 milhões de dólares) e uma duração total de três anos, e servirão para restaurar e reparar a esfera do relógio e seu mecanismo, seus sinos, e a estrutura desta torre de 96 metros construída em 1856.

Além disso, será instalado um elevador como alternativa aos 334 degraus que levam ao topo da torre.

O responsável pelo cuidado do relógio, Steve Jaggs, explicou: "Todos os dias nossa equipe de relojoeiros altamente qualificados cuida desta obra-prima vitoriana, mas para que o relógio siga funcionando temos que ter o tempo de inspecioná-lo detalhadamente e restaurá-lo".

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Quem anda pelas ruas do Recife e observa com atenção a cidade, deve ter notado que, em alguns pontos com boa movimentação de populares, existe uma presença marcante de farmácias. Nos últimos meses, grandes empresas do setor resolveram expandir em terras recifenses, apesar da forte crise econômica que afeta o Brasil. De início, as unidades da rede paraense Big Ben ganharam espaço no cenário econômico local. Foram instaladas lojas em centros de compras e principalmente em vias movimentadas, como a Avenida Caxangá, considerada um dos principais corredores de mobilidade da capital pernambucana.

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Porém, o mercado ficou ainda mais aquecido. Além da forte expansão da rede Big Ben, outras duas grandes marcas investiram forte no Recife.  Uma delas é a companhia paulista Drogasil. Com 79 anos de atuação no mercado, o empreendimento abriu recentemente uma nova loja no bairro da Madalena, Zona Oeste da cidade. A empresa já possui mais de mil unidades distribuídas em 17 estados brasileiros. De acordo com a assessoria de imprensa da Drogasil, a expectativa é novas lojas sejam abertas em terras pernambucanas, graças ao bom desempenho de vendas do ano passado. Segundo a rede de farmácias, a companhia alcançou um faturamento de R$ 7,7 bilhões. 

Outra rede que está ganhando as esquinas do Recife é a Drogaria São Paulo. Já são 12 filiais em Pernambuco, a maioria instalada na capital pernambucana. Para o diretor de marketing da Drogaria São Paulo, Roberto Tamasa, a crise econômica não afetou o ramo farmacêutico e por isso as redes estão em expansão. “O varejo farmacêutico não tem sido afetado pelas oscilações econômicas do país. As perspectivas são favoráveis e a rede projeta um crescimento contínuo na praça de Pernambuco, dando continuidade ao trabalho que teve início no ano passado. A praça de Pernambuco recebeu a rede muito bem e a cada nova inauguração é possível perceber que a marca está se consolidando no Estado”, explica Tamasa, em entrevista ao LeiaJá.

O diretor de marketing garantiu que nos próximos meses novas unidades da São Paulo deverão ser instaladas no Recife, porém, ele preferiu não adiantar a quantidade. Sobre geração de empregos, Tamasa acredita que a empresa contribuiu para a criação de novas oportunidades. ”A expansão da rede em Pernambuco gerou aproximadamente 150 postos de trabalho e a previsão é de que este número aumente à medida que novas lojas forem inauguradas no Estado”, conta Tamasa.

Números do setor

De acordo com o Conselho Federal de Farmácias, o Brasil tem, atualmente, mais de 75 mil lojas. Ainda segundo o órgão, a região Sudeste é a que possui mais estabelecimentos, com mais de 31 mil unidades. A forte expansão de farmácias no Recife é reforçada pelo fato do Nordeste ser o segundo colocado em quantidade de farmácias, com cerca de 18 mil unidades.

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostrou que os estabelecimentos registraram no primeiro semestre de 2014 um faturamento 13,69% superior ao apresentado no mesmo período em 2013. O resultado mostra que o índice representa mais de R$ 15 bilhões.

Segundo a Abrafarma, entre os produtos oferecidos pelas farmácias, os “não-medicamentos” vêm mantendo vendas crescentes, somando mais de R$ 5 bilhões nos primeiros seis meses do ano passado, além de representar 32,69% da comercialização total do período. Em um levantamento mais recente, levando em consideração todo o ano de 2014, as vendas totais do setor farmacêutico passaram R$ 28 bilhões.  

   

  

  

 

 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, 11, por unanimidade, a aquisição da rede de drogarias do grupo Big Ben pela BR Farma - do Grupo BTG Pactual. Além do varejo e distribuição de produtos farmacêuticos, parte das unidades do Grupo Big Ben oferece serviços de correspondente bancário, comércio de telefones celulares e chips, acessórios de telefonia, alimentos, papelaria, informática e produtos diversos.

"Muitas vezes as lojas são confundidas com supermercados", destacou o conselheiro relator da operação, Ricardo Ruiz. Ele entendeu que a aquisição não traz riscos à concorrência no setor.

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Na manhã desta quarta-feira (29), três assaltantes invadiram uma farmácia na avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e fizeram alguns clientes de reféns durante cerca de 40 minutos. Os bandidos levaram R$ 7.941, além dos pertences das vítimas.

Pelo menos 10 pessoas foram feitas de reféns e ficaram trancadas dentro da copa do estabelecimento. Segundo as testemunhas, um dos assaltantes chegou a entrar na farmácia e colocar produtos dentro de uma cesta, simulando um compra normal. Enquanto isso, outro se dirigiu ao balcão e perguntou onde estaria o caixa eletrônico. Ao saber que não havia o equipamento na loja, a ideia era arrombá-lo com um maçarico, o suspeito se irritou e anunciou o assalto, com um revolver calibre 38 na mão, perguntando aos funcionários sobre o cofre. O outro ficou do lado de fora observando a movimentação na área externa do estabelecimento.

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Durante aproximadamente 40 minutos, os funcionários e clientes ficaram presos enquanto dois dos bandidos arrombavam e roubavam o cofre. Antes de sair, um dos assaltantes ainda obrigou o vigilante a tirar sua roupa e saiu da farmácia vestido com ela. Uma das vítimas conseguiu avisar a seu filho sobre o assalto, mas a polícia só chegou ao local depois que os bandidos já haviam fugido. 

Com informações de Pollyanne Brito

Há alguns meses, a imagem da mítica torre de relógio Big Ben, que forma parte do Grande Relógio do Palácio de Westminster, localizado na cidade de Londres, vem se repetindo nos tablóides britânicos. Porém, a famosa torre tem ganhado maior visibilidade por um triste motivo: ela está sofrendo certa inclinação, semelhante à torre de Pisa, na Itália.

O fato vem causando certa inquietude sobre o futuro do complexo onde abriga as Câmaras do Parlamento inglês. A quinta essência de Londres começou a cair há muitos anos e, hoje, está ladeada a tal ponto que é possível ser visualizada a distância. Para um observador que está na direção do rio Támesis, por exemplo, verá uma torre inclinada à esquerda.

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Medidas realizadas recentemente indicam que o Big Ben está torcido a 0,26 grados, o que significa que a parte alta está solta 43,5 centímetros referente à perpendicular. Uma série de exames arquitetônicos está sendo realizado para averiguar o problema e descobrir até que ponto o discreto movimento da torre compromete a segurança dos parlamentares.

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