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Mais um indicador de preços veio a corroborar em junho o processo de desinflação em curso no País. Desta vez, foi o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) que, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e a plataforma Bionexo, fechou o mês passado com uma queda de 0,99%.

Essa queda dos medicamentos supera a deflação de 0,08% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período. Trata-se de uma baixa menor do que a de 1,37% apurada em maio pelo IPM-H, mas ainda assim em linha com a redução da inflação plena do País.

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As análises feitas sobre horizontes de prazos maiores também mostram os preços dos medicamentos destinados aos hospitais caindo a uma velocidade maior do que a da inflação oficial plena do Brasil. Só nos primeiros seis meses do ano, o IPM-H acumula uma queda de 4,03% enquanto o IPCA, no acumulado de 12 meses encerrados em junho, acumula ainda uma alta de 3,16%, o que já se situa abaixo do centro da meta, de 3,25% ao ano.

Na comparação mensal com o IGP-M, no entanto, os preços dos medicamentos caíram menos que a inflação do atacado, que em junho fechou negativa em 1,93%. Também contribuiu para a queda dos remédios vendidos aos hospitais a valorização cambial de 2,63%. Dado que boa parte dos insumos utilizados na fabricação dos medicamentos é importada, a queda do dólar frente ao real é positiva para a constituição do IPM-H.

"Os últimos resultados do IPM-H revelaram novo recuo nos preços dos medicamentos para os hospitais, abrangendo a maioria dos grupos terapêuticos que compõem o índice. A queda contribuiu para a variação negativa do índice no ano e nos últimos 12 meses. É consistente com o comportamento de outros preços da economia, principalmente no atacado, onde passam por deflação relevante", detalhou o coordenador de Pesquisas da Fipe, Bruno Oliva.

Ainda de acordo com Oliva, um conjunto de fatores pode estar contribuindo com esse fenômeno, entre eles a apreciação da moeda brasileira e queda nos preços de combustíveis.

Os resultados revelam que a queda mensal nos preços foi compartilhada pela maioria dos grupos terapêuticos: sistema nervoso (-3,70%); sistema musculoesquelético (-1,88%); preparados hormonais (-1,58%); aparelho geniturinário (-1,25%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-1,25%); agentes antineoplásicos (-1,15%); aparelho respiratório (-0,99%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,71%).

Em contrapartida, houve aumento nos preços dos medicamentos dos grupos de aparelho digestivo e metabolismo (1,37%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (0,64%); órgãos sensitivos (0,33%); e aparelho cardiovascular (0,23%).

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o IPM-H passou a acumular uma queda nominal de 7,90%. Nesta base, as variações mais expressivas foram as quedas dos medicamentos para tratamento do sistema nervoso (-22,18%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-6,44%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-4,16%); sistema musculoesquelético (-4,06%); aparelho cardiovascular (-3,79%); e agentes antineoplásicos (-2,59%).

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) registrou avanço de 1,95% em 2022, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, de 5,79%. A informação foi apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo, healthtech de soluções digitais para gestão em saúde. Os dados foram obtidos em primeira mão pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O resultado foi menor do que o registrado em 2021, quando houve crescimento de 5,96%, e também menor que as altas de 2020 (14,36%), 2019 (3,97%), 2018 (4,97%), 2017 (3,94%), 2016 (4,97%) e 2015 (4,74%).

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"Após 2 anos de elevação recorde dos preços, 2020 e 2021 foram os anos de maior aumento na série histórica, 2022 fechou com a menor variação (1,95%). Esse resultado pode ser explicado, em boa medida, por dois fatores principais: acomodação dos preços após o choque de demanda gerado pela pandemia e redução de custos logísticos resultante da redução do ICMS sobre combustíveis", afirma o economista da Fipe Bruno Oliva.

Os grupos de medicamento com maior contribuição para a desaceleração do IPM-H em 2022 foram órgãos sensitivos (-0,67%); sistema musculoesquelético (-1,01%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-5,31%); aparelho cardiovascular (-7,88%), sistema nervoso (-10,55%); e aparelho digestivo e metabolismo (-20,15%).

Por outro lado, ao longo do ano, registraram alta nos preços aos hospitais os grupos aparelho geniturinário (24,90%); aparelho respiratório (21,40%); sangue e órgãos hematopoiéticos (20,17%); agentes antineoplásicos (6,20%); e imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (2,33%).

Dezembro

O IPM-H desacelerou a 0,12% em dezembro na margem, inferior à variação de novembro, de 1,72%. O resultado foi influenciado pela acomodação dos preços depois de 2020 e 2021, quando foram registradas, respectivamente, a maior e a segunda maior variação anual acumulada da série histórica do IPM-H, principalmente devido à pandemia.

Houve recuo nos preços dos grupos aparelho geniturinário (-6,04%); sistema nervoso (-3,11%); aparelho digestivo e metabolismo (-2,42%); órgãos sensitivos (-2,34%); aparelho cardiovascular (-1,21%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-0,84%); sistema musculoesquelético (-0,63%); e sangue e órgãos hematopoiéticos (-0,47%).

Em contrapartida, quatro grupos registraram altas: aparelho respiratório (2,0%); preparados hormonais (1,95%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (1,67%); e agentes antineoplásicos (1,49%).

Em outubro, os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil recuaram 0,61%. É o que mostra o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo - healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde.

Trata-se da quarta queda consecutiva dos preços dos medicamentos. Em julho haviam caído -0,74%; em agosto, 2,05%; em setembro caíram 2,48% e em outubro voltaram a ceder 0,61%.

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No acumulado do ano até outubro o IPM-H mostra uma ligeira alta de 0,11%. Nos últimos 12 meses os preços dos medicamentos acumulam alta de 0,1%.

A variação mensal do índice foi também inferior à alta do IPCA de outubro, que subiu 0,49%, embora tenha superado a queda de 0,77% do IGP-M. O IPM-H também fechou outubro abaixo da variação cambial, uma alta de 0,25%.

A queda dos preços dos remédios no mês passado, segundo a Fipe e a Bionexo, é atribuída ao recuo dos preços de grupos com peso relevante na cesta de IPM-H, como de anti-infecciosos gerais para uso dos sistemas nervoso, sanguíneo e órgãos hematopoiéticos.

"O IPM-H apresentou queda pelo quarto mês consecutivo, acumulando recuo de 5,8% nesse período. Como resultado, os preços aumentaram apenas 0,1% nos últimos 12 meses. Esse movimento recente foi influenciado pela redução de impostos sobre combustíveis, mas a alteração do imposto não deve impactar a dinâmica do IPM-H nos próximos meses", afirma Bruno Oliva, economista da Fipe.

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