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Um homem conhecido como 'o paciente de Genebra' mostra sinais de remissão do HIV a longo prazo depois de receber um trasplante de médula óssea, um caso individual que abre novas possibilidades de pesquisa.

A novidade é que a medula óssea que esse paciente recebeu não possui uma mutação já detectada por cientistas, que consegue bloquear o vírus da aids.

Seu caso foi apresentado nesta quinta-feira(20) em Brisbane, antes da Conferência da Sociedade Internacional da Aids que começa no domingo na Austrália.

Antes dele, outras cinco pessoas já foram consideradas como provavelmente curadas do vírus da aids, após ter recebido um transplante de medula óssea.

Todos os pacientes curados tinham uma situação muito particular em comum: sofriam de câncer de sangue e se beneficiaram de um transplante de células-tronco que renovaram profundamente seu sistema imunológico.

Porém, em todos esses casos, os doadores apresentavam uma rara mutação, de um gene conhecido como CCR5 delta 32, que previne a entrada do HIV nas células.

Com o "paciente de Genebra", a situação é diferente: em 2018, para tratar uma forma de leucemia especialmente agressiva, fez um transplante de células-tronco. Porém, desta vez, o transplante veio de um doador que não portava a famosa mutação CCR5.

- Sem rastro do vírus -

Vinte meses depois de ter interrompido o tratamento antirretroviral, o vírus continua sendo indetectável em seu corpo.

O paciente é acompanhado pelos Hospitais Universitários de Genebra, em colaboração com o Instituto Pasteur, o Instituto Cochin e o consórcio internacional IciStem.

Seu tratamento antirretroviral foi reduzido lentamente e suspenso em definitivo em novembro de 2021.

As equipes científicas não descartam que o vírus ainda persista, mas consideram que trata-se de uma nova remissão da infecção pelo HIV.

Dois casos anteriores, conhecidos como os "pacientes de Boston", também receberam células-tronco normais durante seus trasplantes. Porém, em ambos os casos, o HIV retornou nestes pacientes alguns meses depois de pararem de tomar antirretrovirais.

Asier Saez-Cirion, cientista espanhol do Instituto Pasteur da França, que apresentou o caso do paciente de Genebra em Brisbane, disse à AFP que se não há sinais do vírus depois de 12 meses "a probabilidade de que seja indetectável no futuro aumenta significativamente".

Há algumas possíveis explicações porque o paciente de Genebra permanece livre do HIV, disse Saez-Cirion. "Neste caso específico, talvez o trasplante eliminou todas as células infectadas sem necessidade da famosa mutação", disse. "Ou talvez seu tratamento imunossupressor, solicitado depois do transplante, teve um papel", acrescentou.

Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional de Aids, que celebrou a conferência científica sobre o HIV em Brisbane, disse que o caso era "promissor".

"Porém aprendemos com os pacientes de Boston que apenas uma" partícula do vírus pode provocar um rebote do HIV, advertiu.

"Este indivíduo em particular deverá ser monitorado rigorosamente durante os próximos meses e anos", disse a especialista.

Apesar desdes casos de remissão a longo prazo gerarem esperanças de uma cura para o HIV um dia, o agressivo e arriscado procedimento de trasplante de médula óssea não é uma opção para as milhões de pessoas que vivem com o vírus em todo o mundo.

No entanto, este paciente traz esperanças de que os casos de remissão possam indicar novas vias de pesquisa, como o papel potencial dos tratamentos imunossupressores.

Saez-Cirion disse que o caso também motivou os cientistas a continuarem estudando as células imunes inatas, que atuam na linha de frente da defesa contra vários patógenos.

Já o paciente de Genebra disse que agora "pensa no futuro".

Dados do Registro Nacional de Medula Óssea (Redome) mostram que, no Brasil, cerca de 650 pessoas aguardam na fila por uma doação de medula de um doador que não seja um parente. A boa notícia é que o número de doadores voluntários cadastrados tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), eram 12 mil inscritos e, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram cadastrados no Redome.

Hoje, com mais de 5,5 milhões de doadores inscritos, o Brasil tem o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. “A chance de se identificar um doador compatível, no Brasil, na fase preliminar da busca, é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado”, explicou o instituto.

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A medula, conhecida popularmente como tutano, é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos. Nela, são produzidos os componentes do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Pelas hemácias, o oxigênio é transportado dos pulmões para as células de todo o organismo e o gás carbônico é levado destas para os pulmões, a fim de ser expirado. Já os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do organismo, combatendo infecções. Por fim, as plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Como doar?

Para ser um doador no Brasil, basta procurar o hemocentro do estado e agendar uma consulta de esclarecimento sobre a doação de medula óssea. O voluntário precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Ele vai assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e preencher uma ficha com informações pessoais. Será retirada uma pequena quantidade de sangue - 10 mililitros (ml) - do candidato a doador. É necessário apresentar o documento de identidade.

A partir daí, o sangue é analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório que identifica características genéticas a serem cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade. Em seguida, os dados pessoais e o tipo de HLA são incluídos no Redome. O Inca alerta para a importância de manter os dados sempre atualizados, tendo em vista que, quando houver um paciente com possível compatibilidade, o voluntário será consultado para decidir quanto à doação. Para seguir com o processo, são necessários outros exames que confirmem a compatibilidade, além de uma avaliação clínica de saúde. Somente ao final dessas etapas o doador poderá ser considerado é apto.

Há riscos?

Segundo o Inca, relatos médicos de problemas graves ocorridos a doadores durante e após o procedimento são raros e limitados a intercorrências controláveis. Por isso, o estado físico de saúde do doador é checado. “Em alguns casos, é relatada pequena dor no local da punção, dor de cabeça e cansaço. Por volta de 15 dias, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada”, acrescentou o instituto.

Pacientes

No transplante de medula, a rejeição é relativamente rara, mas pode acontecer. Por isso, existe a preocupação com a seleção do doador adequado e o preparo do paciente. O sucesso do transplante depende de fatores como o estágio da doença, o estado geral e as boas condições nutricionais e clínicas do paciente e do doador.

“Os principais riscos se relacionam às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória' e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns dos seus órgãos como estranhos. Essa complicação, chamada de doença do enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade variável e pode ser controlada com medicamentos adequados”, garante o instituto.

Procedimento

A doação de medula óssea é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral. O procedimento dura cerca de 90 minutos e requer internação por um período de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples de controle da dor. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação.

 

O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) lança oficialmente neste sábado seu aplicativo para celulares para facilitar o cadastro de interessados e aumentar a base de doadores. A fase experimental do programa começou em janeiro e 489 pessoas fizeram o pré-cadastro, manifestando interesse em ser doadoras. Dessas, 129 foram a um hemocentro.

Atualmente, o Redome tem cadastradas 5,41 milhões de pessoas que manifestaram interesse em ser doadoras de medula. A maior parte está nas Regiões Sudeste (2,39 milhões) e Sul (1,13 milhão). Um dos problemas é que boa parte dos cadastrados está com seus dados, como endereço e telefone, desatualizados. Isso dificulta a localização quando o sistema aponta algum deles como compatível para doação.

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Com o novo aplicativo, é possível atualizar os dados com poucos toques e baixar a carteirinha de identificação, que funciona como uma declaração de doador. Até então, só era possível conseguir o documento físico. Ele também permite que quem ainda não se apresentou como voluntário faça um pré-cadastro. Essa ação precisa ser completada depois com a coleta de sangue em hemocentro.

"Esse é um dos maiores desafios para qualquer registro: manter atualizados os dados dos voluntários", diz a médica Danielli Oliveira, coordenadora técnica do Redome. Ela destaca que sucessivas campanhas que pedem a atualização dos dados têm apresentado resultados práticos, e por isso elogia o lançamento do aplicativo.

"Em 2015, o prazo (para localizar um doador) era de sete dias; hoje são três", conta. "Neste ano, até agosto, foram mais de 90 mil cadastros atualizados, mais do que em todo o ano passado. Esperamos que os números melhorem ainda mais."

O lançamento oficial do aplicativo é uma forma de celebrar o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. A data é lembrada sempre no terceiro sábado de setembro, com eventos promovidos no mundo todo pela Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea (WMDA, na sigla em inglês). A entidade representa mais de 38 milhões de doadores voluntários e está presente em 55 países. O aplicativo está disponível para celulares com sistema operacional Android e iOS, e está disponível em Play Store e Apple Store.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um estudo inédito publicado na revista científica Nature, no último dia 24, revelou que pessoas que contraíram a Covid-19 pelo menos uma vez desenvolvem uma célula imunológica capaz de produzir anticorpos contra o SARS-CoV-2 para o resto da vida. Segundo observaram os pesquisadores, o nível de anticorpos – proteínas capazes de impedir o vírus de infectar as células – diminui após quatro meses.

A observação foi realizada por pesquisadores de sete instituições estadunidenses diferentes, todas especializadas em genética e imunização. Foi considerada a presença dos plasmócitos de longa vida da medula óssea (BMPCs), uma fonte persistente e essencial de anticorpos protetores, tanto em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como nos leves e moderados, cerne do estudo.

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“Aqui, demonstramos que em pacientes que apresentaram infecções leves, os anticorpos séricos anti-SARS-CoV-2 aumentam rapidamente nos primeiros quatro meses após a infecção e, em seguida, mais gradualmente ao longo dos sete meses seguintes, permanecendo detectáveis pelo menos 11 meses após a infecção”, escreveram os coautores.

O estudo foi o primeiro a analisar a presença de células plasmáticas de longa vida na medula óssea. As células plasmáticas são geradas quando um patógeno entra no organismo. No caso da Covid-19 é, por exemplo, a proteína S que o vírus usa para infectar as células humanas.

O importante é perceber se, apesar da queda de anticorpos, o doente desenvolveu também uma resposta imunológica completa, que inclui a criação de glóbulos brancos capazes de eliminar o vírus, muitos meses e até anos após a primeira infecção. Vários estudos têm indicado que as pessoas que passam pela infecção e aquelas que são vacinadas geram uma resposta celular imune que as protege de reinfecções.

Após a infecção, essas células imunes viajam pela medula óssea, onde permanecem em estado latente. Se o vírus reaparecer, as células regressam à corrente sanguínea e começam novamente a produzir anticorpos. O estudo mostra que a grande maioria dos doentes que conseguiram recolher amostras de medula óssea – 15 de 18 – gerou células plasmáticas no sistema imunológico.

Ali Ellebedy, imunologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington e pesquisador principal do estudo, destaca, em declarações ao jornal espanhol El País: “As células plasmáticas podem durar a vida inteira. Essas células vão continuar e produzir anticorpos para sempre”.

Anticorpos e imunidade

A presença de anticorpos nem sempre significa que a pessoa está “imune” à reinfecção, embora seja provável que isso aconteça.

Ellebedy esclarece que se os anticorpos produzidos por células de longa vida não forem suficientes, o sistema imunológico ativa as células B de memória, capazes de produzir ainda mais anticorpos.

Esse estudo encontrou esses tipos de células em doentes, uma descoberta que é consistente com estudos anteriores que sugerem que a imunidade contra o SARS-CoV- 2, mediada por diferentes tipos de linfócitos e células do sistema imunológico, provavelmente dura anos.

O mesmo ocorre com outras infecções. Os anticorpos e células de memória contra o SARS, um coronavírus que provocou a morte de pelo menos 800 pessoas no início da última década, duram pelo menos 17 anos. Com a varíola, mais de 50 anos após a vacinação, as pessoas retêm células B capazes de produzir anticorpos se o vírus reaparecer no organismo.

“Essas células continuarão a produzir anticorpos eternamente", acrescenta Ali Ellebedy ao jornal. Uma das questões que se coloca é se esse tipo de célula do sistema imunológico é capaz de neutralizar as novas variantes que têm surgido. “Tudo depende de quanto muda a sequência genética do vírus”, afirma Ellebedy.

Estudos anteriores mostraram que o sistema imunológico dos infectados e vacinados neutraliza suavemente as variantes mais graves detectadas até agora. Existem alguns tipos de anticorpos que não conseguem neutralizar o vírus, mas o sistema imunológico nunca aposta tudo numa jogada e produz anticorpos contra muitas proteínas diferentes do vírus e das células de memória com as mesmas capacidades, de modo que é muito difícil que a variante escape a todas e, sobretudo, faça alguém adoecer, a ponto de causar graves problemas de saúde ou até a morte.

“É razoável que esse tipo de célula forneça imunidade vitalícia”, afirmou Manel Juan, chefe do serviço de Imunologia do Hospital Clinic em Barcelona. E acrescenta: “essas células de longa vida são uma ajuda na imunidade contra outras doenças por muitos anos”.

Terceira dose

Uma das questões que se coloca é apurar se uma terceira dose da vacina será realmente necessária, conforme propõem as farmacêuticas. “Para mim está claro que não é necessário, assim como não seria necessário vacinar quem já teve a doença”, explicou Manel Juan.

África González e Marcos López-Hoyos, da Sociedade espanhola de Imunologia consideram ser “muito cedo para pensar em terceira dose”.

“É bem provável que a proteção pela doença ou pela vacina seja para toda a vida, embora seja algo que terá que ser analisado”, explicou López-Hoyos.

Para o imunologista, “é necessário estar muito atento ao que acontece com as pessoas mais velhas e com doenças de base. Em todo caso, pensamos que a necessidade de uma terceira dose não é tanta quanto dizem os CEOs da Pfizer e Moderna. Em qualquer caso, a primeira coisa é vacinar toda a população pela primeira dose. Estudos como esses mostram que a imunização gerada pela infecção é mais protetora do que se pensava”.

“O sistema imunológico gera células de curta, média e longa duração em resposta a uma infecção”, afirma África González, imunologista da Universidade de Vigo.

Segundo a especialista, “traduzidas em vacinas, existem algumas que fornecem proteção apenas temporárias para anticorpos humorais, por cerca de seis meses. São eles que carregam os carboidratos de bactérias e não ativam os linfócitos T”.

“Outras vacinas induzem respostas celulares e humorais que se mantêm por alguns anos, como a do tétano, que é recomendada de dez em dez anos. Com outras não é necessário vacinar mais, depois das três doses recebidas na infância”, conclui.

Uma médica recifense de 36 anos está internada há quatro meses em um hospital da Espanha à espera de um transplante de medula. Familiares e amigos lançaram a campanha #TodosPorJulia nesta segunda-feira (21) em busca de um doador.

Julia Soares Alexandre foi diagnosticada com a doença de Aplasia Medular Severa, que impede a produção necessária de plaquetas e resulta, consequentemente, em uma baixa imunidade. O quadro dela piorou recentemente, fazendo com que familiares e amigos do Recife planejassem a campanha.

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"Julia é uma pessoa que jamais mediu esforços para ajudar quem precisa, é muito alegre e divertida, uma irmã maravilhosa, tem uma sede de viver e cheia de planos", diz o irmão de Julia, Jarbas Júnior.

A médica é casada e mãe de uma menina de cinco anos. Há cerca de quatro anos, a recifense foi submetida a uma cirurgia no cérebro para retirada de um tumor benigno. O tumor retornou e ela precisou passar por uma segunda cirurgia.

A campanha está mobilizando as pessoas a fazerem o teste e verificar a compatibilidade para o transplante. O exame é gratuito e, no Recife, é realizado na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), localizado na Zona Norte.

Realizado o exame, a pessoa pode enviar o nome completo para o e-mail jarbasalexandrejr@hotmail.com, por meio da página da campanha no Instagram (@todos.porjulia) ou pelo telefone (81) 98629.7777. O resultado será encaminhado para a equipe de Hematologia do Hospital Clinic Barcelona, onde a paciente está internada. 

O número de doações de medula óssea caiu 30% de janeiro a julho com relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com informações do Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome). Neste ano foram cadastrados 136.754 novos doadores, totalizando 5.212.391 doadores cadastrados no sistema.

Atualmente há 850 pacientes na fila de espera para o transplante de medula com a doação de não aparentados, ou seja, aquelas em que o doador não tem nenhum grau de parentesco com o receptor.

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Para chamar atenção sobre a importância da doação de medula óssea e de outros órgãos, o mês de setembro é destacado com a cor verde e por meio da campanha Setembro Verde são realizadas ações e eventos para esclarecimento e conscientização da população sobre o impacto da doação como um ato de amor ao próximo e na vida de quem aguarda na fila por um transplante.

De acordo com o Ministério da Saúde, as doações e transplantes de medula óssea não foram interrompidos por causa da pandemia da Covid-19, mas estão sendo aplicadas algumas restrições de segurança, descritas em notas técnicas publicadas no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, o ministério ressaltou que o novo coronavírus impactou em toda a cadeia de assistência de saúde, tornando necessária a estrutura, recursos humanos e insumos para o atendimento dos pacientes com Covid-10 nos estados e municípios.

Segundo o ministério, por esse motivo houve redução nos números de doação, assim como o observado em países da Europa acometidos pela pandemia antes do Brasil. O número de transplantes também sofreu queda ao passar de 1.811 de janeiro a junho de 2019 para 1.144 no mesmo período de 2020.

Para ser doador de medula é preciso ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não ter câncer, doenças no sangue ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Para receber a doação é preciso fazer inscrição e entrar em uma fila no Registro de Receptores de Medula Óssea (Rereme) do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com autorização de médico avalizado pelo Ministério da Saúde. Assim que o paciente entra no Rereme, ocorre a primeira tentativa de encontrar um doador. A partir disso, o próprio sistema refaz a busca todos os dias e um resultado preliminar aponta uma lista de possíveis doadores compatíveis.

A busca também é feita na Rede BrasilCord, que contém os dados de cordões umbilicais armazenados nos Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário. Caso não seja encontrado um doador brasileiro, a equipe de registro faz a busca internacional simultaneamente.

Os critérios de prioridade na lista são definidos de acordo com compatibilidade, gravidade, idade, tempo de espera, disponibilidade de doadores e disponibilidade de leitos. Para que seja feito um transplante de medula é necessário a total compatibilidade entre doador e receptor, informou o Ministério da Saúde.

O hematologista Roberto Luiz da Silva, especializado em oncologia, ressaltou a necessidade de conscientizar a população ao fato de que a pandemia trouxe à humanidade o chamado novo normal. “Por isso, temos que prosseguir com os tratamentos. O hospital garante atendimento seguro e diferenciado para todos os pacientes que necessitam de transplante de medula óssea. A doação salva vidas e pode ser opção de tratamento para mais de 80 tipos de doenças,” disse.

De acordo com o médico, a queda no número de doações tem sido atribuída à diminuição de campanhas de mobilização, para que se evite aglomerações, ou por receio das pessoas de saírem de casa, com medo de contrair o novo coronavírus. Ele destacou que hospitais e hemocentros brasileiros seguem as determinações de órgãos de saúde oficiais, como o Ministério da Saúde, Anvisa, Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e Sociedade Europeia para Transplante de Medula e Sangue (EBMT), com protocolos rigorosos para evitar contaminações e a proliferação da doença.

“O distanciamento seguro entre as pessoas é fortemente observado. Além disso, proceder com a aferição de temperatura, incentivar o uso, que é obrigatório, de máscaras faciais específicas para cada situação, fornecer álcool em gel por todas as áreas e separar pacientes, de maneira distinta, em suspeitos, confirmados e negativados para a doença são ações adotadas com extremo rigor no hospital.”

Cientistas da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia da Rússia desenvolveram nanomateriais que podem restaurar danificações da estrutura óssea interna causadas por doenças degenerativas, como osteoporose e osteomielite. Esses pesquisadores acreditam que a descoberta pode vir a substituir o transplante de medula óssea. A revista científica Applied Surface Science publicou artigo sobre a pesquisa nesta terça-feira (19).

A nova descoberta foi baseada em nanofibras de policaprolactona, material que se dissolve automaticamente e é compatível com o corpo humano. O procedimento utiliza compostos bioativos, que têm efeito sobre tecido ou célula e potencializaram a taxa de divisão das células ósseas em 3 vezes, o que pode garantir que, futuramente, pacientes que dependem da adequação a um doador não precisarão mais esperar pela compatibilidade. 

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Nos experimentos, os cientistas relacionaram a taxa de divisão de células envolvidas na formação do tecido ósseo da superfície do material que foi modificado e do que não foi modificado. Detectaram então que o material modificado tinha bastante hidrofilicidade, afinizando-se bem com água. Em comparando com o não-modificado, as células demonstravam mais conforto e se dividiam com o triplo de rapidez.

Ainda de acordo com os cientistas, os resultados são consideráveis e passam a ser portas de entrada para trabalhos de novas perspectivas com nanofibras de policaprolactona modificadas, que servirão como uma nova opção aos transplantes de medula óssea.

por Alex Dinarte

Depois de três meses de intensa procura, o empresário Thiago Marini Wilfer, de 34 anos, internado em Sorocaba, interior de São Paulo, com quadro de leucemia linfoide aguda, conseguiu um doador de medula óssea a 10,6 mil quilômetros de distância - um jovem de 26 anos, que mora próximo de Varsóvia, na Polônia. Exames mostraram que, apesar de a medula do europeu não ser 100% compatível com a do brasileiro, não há risco de rejeição. Em todo o mundo, não foi encontrado doador totalmente compatível com Wilfer.

De acordo o Ministério da Saúde, o cadastro de doadores de medula é universal, o que explica ter sido achado um doador compatível com Wilfer na Polônia. No Brasil, a chance de encontrar doador compatível é de uma para 100 mil, podendo chegar a uma em 1 milhão.

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No caso do polonês, a compatibilidade é de 90%. O transplante estava previsto para este mês, mas sofrerá atraso porque, em razão da demora, a leucemia voltou a aparecer em exames recentes. Thiago foi internado em um hospital particular de Sorocaba e passou por sessões de quimioterapia, que zeraram o quadro leucêmico. "Estamos vivendo um dia por vez. Toda essa espera é angustiante, mas não perdemos a confiança. Se tudo correr bem, o transplante será realizado na primeira quinzena de novembro", disse Wilfer.

Na página criada em uma rede social para a busca do doador, a mulher do empresário, Marina Wilfer, pediu orações para Thiago e para o "anjo polonês que vai salvar a sua vida". A coleta da medula do doador vai acontecer assim que Thiago estiver pronto para o transplante. O material será enviado de avião para um hospital de São Paulo, onde a cirurgia será realizada. "Sabemos que o jovem polonês continua firme no propósito de doar um pouco de si para devolver todo nosso sonho de volta. Agora é só o Thiago melhorar", disse Marina.

Há duas semanas, os médicos pediram um exame complementar sobre a compatibilidade da medula de Thiago com a do polonês. O resultado foi satisfatório. "Já tínhamos um resultado positivo e esse confirmou que os 10% de não compatibilidade não são problema", disse o paciente. O transplante será realizado no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), na capital paulista, que é referência nesse tipo de tratamento.

O caso do empresário mobilizou as redes sociais. Casado e pai de três filhos pequenos, ele descobriu a leucemia em janeiro do ano passado, fez um tratamento intensivo e chegou a ser dado como curado. Em junho deste ano, exames mostraram que a doença tinha voltado. Em agosto, os médicos deram uma sobrevida de dois a três meses ao paciente, caso não realize o transplante. A mulher e os filhos de 11, 10 e até o de 3 anos passaram a procurar um doador pelas redes sociais.

A mobilização foi tão grande que esgotou rapidamente a cota mensal de 200 coletas de sangue para o exame de compatibilidade em Sorocaba. Familiares e amigos organizaram caravanas em ônibus para hospitais de Campinas e São Paulo. A família acredita que o movimento levou ao menos 5 mil pessoas a se tornarem doadoras de medula só no Estado de São Paulo. Em Guararapes, terra natal de Wilfer, centenas de pessoas foram fazer o exame em Araçatuba, obrigando o hemocentro a distribuir senhas.

E o número baixo de cotas para exames em Sorocaba motivou o Ministério Público a entrar com ação para obrigar o Estado a ampliar esse número, mas a Justiça entendeu que não havia ilegalidade. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a cota estabelecida pelo Ministério da Saúde prevê 72,1 mil exames anuais em todo o Estado de São Paulo. Em Sorocaba, 28 mil pessoas já estão cadastradas como doadoras.

Neste sábado (16) é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. Desde 1999, quando foi realizado o primeiro procedimento em Pernambuco, até julho deste ano, 2.186 pessoas fizeram transplante de medula. Só neste ano, até julho, 133 pacientes saíram da fila de espera, uma ampliação de 10% em relação ao mesmo período de 2016, com 121 procedimentos. Ainda há 20 pessoas aguardando pela doação.

Para ser doador de medula óssea, é preciso fazer o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Em Pernambuco, o cadastro é feito no Hemope. Para doar, é preciso ter entre 18 e 55 anos e levar RG e CPF. Além de uma palestra informativa sobre a doação de medula óssea, será feita a coleta de uma amostra de sangue do possível doador para os testes de compatibilidade. Uma vez no banco de dados, o possível doador pode ajudar alguém em qualquer lugar do Brasil e também do mundo. Mais informações podem ser obtidas pelo 0800.081.1535.

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É importante ressaltar que a doação só ocorre quando há compatibilidade entre a medula do doador e a medula do receptor. A chance de encontrar um doador compatível em um banco de medula é de 1 em 100.000. Também é importante frisar que o candidato à doação já cadastrado precisa manter seus dados atualizados no sistema do Redome (telefone, endereço). Para isso, basta acessar o https://goo.gl/MoN1G4 e fazer a atualização.

MEDULA ÓSSEA

Tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, popularmente conhecido como tutano. Ela tem um papel fundamental no desenvolvimento das células sanguíneas, pois é lá que são produzidos os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos), e as plaquetas.

TIPOS DE TRANSPLANTES DE MEDULA ÓSSEA

transplante pode ser alogênico, quando as células precursoras da medula provêm de outro indivíduo (doador), de acordo com o nível de compatibilidade do material sanguíneo. A primeira opção é sempre pela medula de um irmão. Se o indivíduo não tem irmão ou este não é compatível, também verifica-se a compatibilidade com a mãe e o pai. Se não há um doador aparentado com boa compatibilidade, procura-se um não aparentado compatível. Este tipo de transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas do sangue de um cordão umbilical.

Já o transplante autólogo é feito a partir das células da medula do próprio indivíduo transplantado (receptor). Esse tipo de transplante é usado basicamente para doenças que não afetam a qualidade da medula óssea, ou seja, aquelas que não têm origem diretamente na medula ou quando a doença já diminuiu a ponto de não ser mais detectada na medula (estado de remissão).

TIPOS DE COLETA DA MEDULA

- Punção direta: em um procedimento, as células da medula óssea são retiradas do interior dos ossos da bacia, por meio de punções com agulhas. Os doadores retornam as suas atividades habituais em média de uma semana após a doação.

- Por aférese: o doador recebe uma medicação que estimula a produção das células-tronco e faz com que as células da medula óssea sejam levadas para a corrente sanguínea. Essas células são retiradas pelas veias do braço do doador, ou por um acesso venoso central com uso de uma máquina de aférese.

Da Secretaria de Saúde de PE

Luiz Carlos dos Santos, o Luiz Melodia, faleceu na madrugada desta sexta-feira (4), por volta das cinco da manhã. O cantor, compositor e músico carioca estava internado no hospital Quinta D’Or e morreu no Rio de Janeiro, em decorrência de um câncer na medula óssea.

Segundo o G1, a informação foi dada pelo guitarrista Renato Piauí. Melodia chegou a fazer um transplante de medula e resistiu ao procedimento, mas a quimioterapia não estava surtindo efeito. Na época, a assessoria do artista disse que o tratamento de quimioterapia feito no hospital resultou em uma baixa glicemia e acidez sanguínea, o que fez com que o estado de saúde do carioca se agravasse. 

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Pernambuco é o segundo colocado no número de transplantes de coração e medula óssea do Brasil no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O Estado também ficou na primeira posição do Norte e Nordeste nos procedimentos de rim e pâncreas.

No período de janeiro a junho, foram realizados 108 transplantes de medula óssea em Pernambuco, ficando atrás apenas de São Paulo, com 537 procedimentos. Já no caso dos transplantes de coração, Pernambuco contabilizou 19 registros, ficando empatado com Brasília e novamente atrás de São Paulo. Apesar do bom posicionamento nos transplantes de coração, o Estado sofreu uma queda nas doações do órgão em relação ao mesmo período do ano passado.

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Nos transplantes de rim e pâncreas, Pernambuco também se destacou, com 134 e 5 procedimentos, respectivamente. Os números deram aos pernambucanos o primeiro lugar entre os Estados do Norte e Nordeste. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a maior fila de espera é por rim. 

Apesar dos resultados positivos do levantamento da ABTO, a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) alerta que houve uma queda de 17,51% no número de transplantes de órgãos sólidos em relação ao mesmo período em 2015. De acordo com a central, a queda foi motivada pela diminuição nos transplantes de coração, fígado e rim. Quando somados todos os tipos de transplantes há um crescimento de 12%.

Segundo a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes, mitos impossibilitam a doação de muitos órgãos. “Mais da metade das famílias entrevistadas negam a doação, alegando, por exemplo, medo que o corpo fique mutilado para as celebrações fúnebres, o que não é verdade”, explica. 

Dados – De janeiro a junho de 2016, Pernambuco realizou 710 transplantes de órgãos e tecidos. O quantitativo significa um aumento de 12,7% em relação a 2015, que contabilizou 630 transplantes. Já com relação apenas aos órgãos sólidos, foram 212 transplantes em 2016 contra 257 em 2015, uma redução de 17,51%.

Fila de espera – Atualmente, mais de 1,2 mil pacientes aguardam em fila de espera por um órgão. A maior demanda é a de rim, com mais de 800 pessoas.

Doadores – A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos registra a recuperação na taxa de doadores efetivos, que passou de 13,1 pmp (doadores por milhão de população) para 14 pmp. O número ainda é distante do previsto para este ano, de 16 pmp. 

Com informações da assessoria

Pernambuco é o segundo estado brasileiro que mais fez transplante de coração e de medula óssea no primeiro semestre de 2015. A afirmação é da Associação Brasileira de Transplantes de Órgão (ABTO). Perdendo só para São Paulo, o Estado realizou 25 procedimentos de coração entre janeiro e junho deste ano, o que representa um aumento de 150% em relação ao mesmo período do ano passado. No caso de medula óssea, foram 111 procedimentos no primeiro semestre, enquanto que em 2014 foram 113. Em todo o ano de 2014 foram 214 transplantes.

A coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes, explica a importância destes números. “Não há nenhum equipamento que possa realizar as funções do coração, por isso a urgência desse tipo de transplante. Neste ano, as equipes dos hospitais estão conseguindo manter o potencial doador com as funções que permitam a doação e conseguindo, nas entrevistas com os familiares, a autorização para efetivar o fato. Esse melhor aproveitamento também tem permitido mais doações múltiplas”, ressalta Noemy.

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Ela completa que para ser um potencial doador de medula óssea, basta se cadastrar no Hempe, onde será retirada uma pequena quantidade de sangue para que sejam feitas as análises. Se houver compatibilidade com um paciente em fila de espera, a doação pode ser feita sem nenhum prejuízo à saúde do doador, que se recupera rapidamente.

Pernambuco também se destacou em transplante de rins, sendo o primeiro lugar no Nordeste e sexto do Brasil, com 170 procedimentos, um aumento de 24% em relação ao primeiro semestre de 2014, quando foram computados 137.

Com informações da assessoria

O Hemope lança, nesta sexta-feira (4), uma campanha para coletar doadores de medula óssea para o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome) em várias cidades do interior do estado de Pernambuco. Os cadastros podem ser realizados até este sábado (5) nos municípios de Caruaru, Serra Talhada e Petrolina. A meta é conseguir cerca de 4.500 doadores. 

Segundo os dados do Hemope, ao todo existem 93 mil cadastros no Redome, apenas do Recife e Região Metropolitana e o objetivo é aumentar o número de doadores do interior. Mais de 120 pessoas foram preparadas para atender a população. Durante a campanha os candidatos vão receber palestras informativas com o intuito de conscientizar sobre a importância da doação de medula óssea.

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Para os que têm interesse em ser um dos doadores, será necessário ter entre 18 e 55 anos, não apresentar antecedentes de doença neoplásica, hematológica ou infecciosa e estar em bom estado de saúde. Em seguida, a pessoa deve comparecer em um dos locais de cadastro das 8h às 17h com um documento que comprove o CPF.

Locais de realização do cadastro:

- Caruaru - Spaço Difusora – 5º. Piso - Avenida Agamenon Magalhães, 444 - Maurício de Nassau

- Serra Talhada - Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada – FAFOPT - Avenida Afonso Magalhães, 380 – Centro - Ao lado do Ginásio Poliesportivo Egídio Torres de Carvalho

- Petrolina - Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF - Avenida José de Sá Maniçoba, s/n – Centro

Com informações da assessoria 

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De 14 a 21 de dezembro se comemora a semana de incentivo a doação de medula óssea, que tem como objetivo incentivar o cadastro de novos doadores. Homologada há quatro anos, a Lei Pietro, como ficou conhecida, possui cem mil cadastrados em Pernambuco.

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O Atmo – Associação dos Amigos dos Doadores de Medula Óssea está à frente das comemorações, que terá como principal atividade uma caminhada no próximo domingo (16), com saída do Marco Zero, no Recife, às 16h.

Maiores informações pelo site www.atmo.org.br

O Ministério da Saúde está estudando a revisão da Portaria 2.600, de 2006, que limita entre 60 e 70 anos - dependendo da gravidade do caso - a idade do paciente que pode receber o transplante de medula óssea de doador. Pela proposta discutida até agora, a faixa etária por tipo de transplante será ampliada em cinco anos - o limite de idade para o não aparentado subiria para 65 anos; e o do aparentado, com supressão da medula, passaria de 65 para 70.

"A portaria está sendo revisada para aumentar algumas faixas etárias de transplante, sempre com base na literatura publicada e tendo como objetivo a segurança do paciente", afirmou Luis Fernando Bouzas, diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que participou de reunião da câmara técnica que debate o tema, em São Paulo, na semana passada. O próximo encontro do órgão está previsto para o dia 13.

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Crescimento

Dados do Ministério da Saúde apontam para o aumento no número de transplantes de pacientes com mais de 55 anos. O crescimento foi rápido em poucos anos: foram 26, em 2009; 33, em 2010; e 51, no ano passado.

Bouzas lembra que, quando começou a trabalhar com transplantes, 30 anos atrás, a faixa etária limite era de pacientes com até 45 anos. "Ao longo dos anos, vão surgindo novas drogas, novos protocolos, as equipes vão ficando mais experientes e tudo isso permite a ampliação", afirma o diretor do centro. Bouzas ressalta, no entanto, que a tolerância à quimioterapia é diferente dependendo da idade do paciente.

"Por isso tem de ter uma indicação bem precisa. O problema desses transplantes em pacientes idosos basicamente é relacionado com a comorbidade, com alterações que já possam apresentar pela idade, como doença cardiovascular, doença hepática, renal, diabetes, uma série de complicações. E acabam causando mais morbidade", diz. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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O Opinião Brasil desta semana traz  debate sobre a doação de órgãos. Para falar sobre o assunto, o apresentador Alvaro Duarte recebe a gestora da Central de Transplantes de Pernambuco, Noemy Gomes, e a diretora de educação e captação da Associação Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO), Liliane Peritore.

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No programa, a gestora da Central de Transplantes reforça que a doação é um gesto de amor, de solidariedade. Noemy Gomes também explica como é realizado o processo para constatar a morte de um paciente e encaminhá-lo para a doação, após a autorização da família, além de esclarecer os mitos que foram criados em torno da doação de órgãos e tecidos.

Ainda durante a conversa, Liliane Peritore comenta sobre o cadastro dos que desejam ser doadores de medula óssea. "É importante manter sempre esse cadastro atualizado, pois já tivemos casos de um doador 100% compatível com o paciente ser selecionado, mas a doação não pôde ser concretizada porque esse doador não foi localizado", alerta.

O Opinião Brasil é produzido pela TV LeiaJá e exibido toda segunda-feira aqui, no portal LeiaJa.com.

Estão à venda os ingressos para um jantar com objetivo de sensibilizar os participantes em relação ao cadastro de doadores de medula óssea no Estado. Os ingressos que custam R$ 100 (individual) e R$ 800 (mesa para oito pessoas) estão disponíveis no Espaço Solidário do Shopping Paço Alfândega.

No valor, já estão inclusos o buffet e bebidas não-alcoólicas. Toda a verba arrecadada será destinada às obras assistenciais do Lions Clube Recife Centro. O jantar será no Arcádia Paço Alfândega no próximo dia 23, a partir das 20h. Também haverá show do cantor Altemar Dutra Jr. O evento está sendo organizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Lions Club.

Cadastro

Entre os dias 26 e 30 de setembro, no auditório do Hemope, haverá, ainda, palestras de sensibilização para o público, sempre a partir das 9h. No local, será feito o cadastro de doadores. Para completar, também será feita a entrega de folders nas principais avenidas recifenses.

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