Cientistas da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia da Rússia desenvolveram nanomateriais que podem restaurar danificações da estrutura óssea interna causadas por doenças degenerativas, como osteoporose e osteomielite. Esses pesquisadores acreditam que a descoberta pode vir a substituir o transplante de medula óssea. A revista científica Applied Surface Science publicou artigo sobre a pesquisa nesta terça-feira (19).
A nova descoberta foi baseada em nanofibras de policaprolactona, material que se dissolve automaticamente e é compatível com o corpo humano. O procedimento utiliza compostos bioativos, que têm efeito sobre tecido ou célula e potencializaram a taxa de divisão das células ósseas em 3 vezes, o que pode garantir que, futuramente, pacientes que dependem da adequação a um doador não precisarão mais esperar pela compatibilidade.
##RECOMENDA##Nos experimentos, os cientistas relacionaram a taxa de divisão de células envolvidas na formação do tecido ósseo da superfície do material que foi modificado e do que não foi modificado. Detectaram então que o material modificado tinha bastante hidrofilicidade, afinizando-se bem com água. Em comparando com o não-modificado, as células demonstravam mais conforto e se dividiam com o triplo de rapidez.
Ainda de acordo com os cientistas, os resultados são consideráveis e passam a ser portas de entrada para trabalhos de novas perspectivas com nanofibras de policaprolactona modificadas, que servirão como uma nova opção aos transplantes de medula óssea.
por Alex Dinarte