PE é segundo lugar no ranking de transplantes de medula
Estado também ficou em segundo lugar em transplantes de coração e primeiro no Norte e Nordeste em procedimentos de rim e pâncreas
Pernambuco é o segundo colocado no número de transplantes de coração e medula óssea do Brasil no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O Estado também ficou na primeira posição do Norte e Nordeste nos procedimentos de rim e pâncreas.
No período de janeiro a junho, foram realizados 108 transplantes de medula óssea em Pernambuco, ficando atrás apenas de São Paulo, com 537 procedimentos. Já no caso dos transplantes de coração, Pernambuco contabilizou 19 registros, ficando empatado com Brasília e novamente atrás de São Paulo. Apesar do bom posicionamento nos transplantes de coração, o Estado sofreu uma queda nas doações do órgão em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos transplantes de rim e pâncreas, Pernambuco também se destacou, com 134 e 5 procedimentos, respectivamente. Os números deram aos pernambucanos o primeiro lugar entre os Estados do Norte e Nordeste. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a maior fila de espera é por rim.
Apesar dos resultados positivos do levantamento da ABTO, a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) alerta que houve uma queda de 17,51% no número de transplantes de órgãos sólidos em relação ao mesmo período em 2015. De acordo com a central, a queda foi motivada pela diminuição nos transplantes de coração, fígado e rim. Quando somados todos os tipos de transplantes há um crescimento de 12%.
Segundo a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes, mitos impossibilitam a doação de muitos órgãos. “Mais da metade das famílias entrevistadas negam a doação, alegando, por exemplo, medo que o corpo fique mutilado para as celebrações fúnebres, o que não é verdade”, explica.
Dados – De janeiro a junho de 2016, Pernambuco realizou 710 transplantes de órgãos e tecidos. O quantitativo significa um aumento de 12,7% em relação a 2015, que contabilizou 630 transplantes. Já com relação apenas aos órgãos sólidos, foram 212 transplantes em 2016 contra 257 em 2015, uma redução de 17,51%.
Fila de espera – Atualmente, mais de 1,2 mil pacientes aguardam em fila de espera por um órgão. A maior demanda é a de rim, com mais de 800 pessoas.
Doadores – A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos registra a recuperação na taxa de doadores efetivos, que passou de 13,1 pmp (doadores por milhão de população) para 14 pmp. O número ainda é distante do previsto para este ano, de 16 pmp.
Com informações da assessoria