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De janeiro a setembro de 2023, o Brasil registrou 6.622 transplantes de órgãos sólidos, como coração, rim, pulmão e fígado, por exemplo, segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde. Desses, 360 foram realizados em Pernambuco.

Como continuidade às ações de fortalecimento do SUS e melhoria da assistência à população brasileira, a pasta mais que dobrou a autorização de novos serviços de transplante, que passaram de 31 em 2022 para 64 em 2023 - aumento de 106%. Ao todo, o Brasil tem 1.198 serviços credenciados para transplantes.

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Quando incluídos os transplantes de córnea e medula óssea, o país avançou 9,5% nos procedimentos realizados entre janeiro e agosto, quando comparado com o mesmo período de 2022. Até agosto deste ano, foram feitos 18.461 transplantes em todo o Brasil, sendo que ano passado o total registrado foi de 16.848 cirurgias.

O Ministério da Saúde também divulgou número recorde de doadores efetivos no primeiro semestre de 2023, com 1,9 mil doadores, o que possibilitou a realização de 4.377 transplantes de órgãos sólidos, número 16,2% maior do que em 2022. Quando somados os meses de julho e agosto de 2023, o total de doadores efetivos salta para 2.435. Com a tendência de aumento já observada até agora, a expectativa é fechar 2023 com um recorde inédito.

Em campanha durante o mês de setembro, com o tema “Doe uma segunda chance, doe órgãos”, a pasta reforça a importância da conscientização sobre o ato de doar. De acordo com o SNT, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador. Na maioria das vezes, o transplante pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para quem precisa da doação. Atualmente, 40.567 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil. Dessas, 1.803 estão em Pernambuco.

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Para doação de órgãos, é fundamental que a pessoa interessada deixe clara para a família a sua vontade de doar, pois somente com a autorização dos familiares a doação pode ser efetivada.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Mandando um recado mais que importante para os brasileiros, Fausto Silva se juntou ao Ministério da Saúde para falar sobre a doação de órgãos. Vale lembrar que o apresentador ficou internado esperando por um coração durante uma semana na fila do SUS. Desde o dia 27 de agosto, o artista está com o órgão doado e se recuperando.

Faustão começou sua fala explicando a importância da informação sobre doação de órgãos: "Sigo na minha luta para reabilitação com boas perspectivas, mas estou aqui para mais uma vez agradecer o empenho de tanta gente nessa corrente para transformar o Brasil no maior doador de órgãos do mundo. Agora o Ministério da Saúde vai propiciar a possibilidade de mais gente se informar e mobilizar toda população para que cada vez mais o Brasil seja um país da doação de órgãos".

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Continuando seu incentivo, Silva relembra que uma só pessoa pode salvar a vida de mais oito. O apresentador não se cansa em relembrar a solidariedade da família que proporcionou o coração a ele e pede para que mais brasileiros pensem na doação: "A gente precisa dessa solidariedade. É o Brasil pulsando com um coração só. Lembrando que uma pessoa pode dar vida a mais oito vidas, já que oito órgãos podem ser doados. É uma luta de todo mundo, não tem partido político. A luta é pela vida. Conto com vocês".

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O número de doadores de órgãos em São Paulo registrou crescimento acima de 10% neste ano, em comparação com o ano anterior, com alta acentuada em agosto em razão das campanhas de conscientização. De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde, com base em dados da Central de Transplantes, na sexta-feira (1º) as recusas de autorização da doação por parte das famílias caíram de 41% para 38,6%.

Os dados referentes ao período de janeiro a 30 de agosto mostram que foram registrados 696 doadores em comparação com 631 no mesmo período de 2022, segundo a pasta.

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A campanha de conscientização acabou impulsionada por casos de grande repercussão na mídia, como a situação vivida por Faustão, que passou por uma cirurgia de transplante de coração no dia 27 de agosto deste ano. Para ter ideia, foram contabilizados 28 novos doadores na semana entre 20 e 26 de agosto, um aumento de 86% em relação aos 15 doadores registrados na mesma semana de 2022.

Conforme a secretaria, também houve crescimento em relação aos procedimentos realizados. O número de transplantes de coração feitos até julho deste ano, por exemplo, foi maior do que o visto no mesmo período dos cinco anos anteriores. Em 2018, aconteceram 64 procedimentos, seguidos por 74 em 2019, 67 em 2020 e 73 em 2021 e 2022. Em 2023, foram 75 transplantes do tipo nos sete primeiros meses do ano.

"No total, foram realizados 5.077 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas no Estado de São Paulo, o que representa um aumento de 10,5% em relação a 2022, quando foram feitos 4.592 procedimentos. É praticamente a mesma proporção de crescimento observada no número de doadores", afirma a secretaria.

A doação de órgãos deve ser consentida, mas não é mais preciso incluir a informação no RG ou na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Se quiser ser doador, basta comunicar a família sobre esse desejo.

No caso de pessoas falecidas, a autorização para doação deve ser dada por familiares com até o 2º grau de parentesco.

Por isso, a principal recomendação do Ministério da Saúde para quem quer se tornar um doador é conversar com os parentes mais próximos, deixando explícito seu desejo de doar.

Os órgãos doados são encaminhados para pacientes que precisam de um transplante e estão aguardando em uma lista de espera. A lista é única, organizada por Estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

A doação entre vivos só ocorre se não houver nenhum problema de saúde para a pessoa que está doando, de acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado.

Conforme diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), pessoas com diagnóstico de covid-19 com menos de 28 dias da regressão completa dos sintomas não podem ser doadoras.

A Central de Transplantes do Estado de São Paulo lembra que doar órgãos e tecidos é fundamental para ajudar a salvar vidas. "Além disso, reforça a orientação de que haja diálogo entre as famílias sobre o desejo de ser ou não doador de órgãos, pois isso facilita a tomada de decisão", acrescenta a secretaria.

Entenda como é definida a ordem na fila para receber órgãos

A realização de um transplante de órgão no Brasil leva em consideração diversos critérios, entre eles a gravidade do quadro clínico e a compatibilidade entre doador e receptor. A realização da cirurgia de transplante de coração do apresentador de TV Fausto Silva, de 73 anos, conhecido popularmente como Faustão, realizada em 27 de agosto deste ano, alguns dias após ser internado e entrar na lista de espera para realizar o procedimento, gerou repercussão entre os brasileiros e questionamentos sobre a espera na lista.

A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada. Ela funciona com base em critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.

Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica. A ordem cronológica do cadastro só funciona como critério de desempate quando os critérios técnicos são semelhantes.

De acordo com a pasta, 13 transplantes foram realizados na mesma semana no Brasil; médicos dizem que rapidez não é rara

O número de doadores efetivos de órgãos cresceu quase 90% em seis anos no Brasil, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Saúde em evento de lançamento de uma campanha para incentivar a autorização da doação de órgãos de parentes que, em vida, manifestaram interesse de serem doadores. De acordo com o ministério, o número de doadores passou de 1.350 em 2008 para 2.562 em 2013, alta de 89,7%

O Hospital Miguel Arraes (HMA/FGH), em Paulista, está apoiando a Semana Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos promovida pela Central de Transplantes de Pernambuco (CT/PE). A iniciativa é um reforço para conscientizar a população pernambucana sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, e reduzir a fila de espera por transplantes no Estado.

A negativa familiar continua sendo o maior desafio para tornar a doação uma realidade, contribuindo para o aumento no número de pessoas na fila de espera. Até o último mês de março, 2.810 pacientes aguardavam rins, córneas, fígado, medula óssea, pâncreas e coração. 

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O HMA realiza um trabalho diário de sensibilização através de sua Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT, e que começa na porta de entrada da unidade com o acolhimento aos familiares. Uma média de 70 óbitos são registrados, por mês, no hospital. A maioria, porém, são de pacientes com contraindicação médica para captação de órgãos e tecidos (sepse, portadores de doenças como HIV, tuberculose, tumores metastáticos ou leptospirose) ou fora da faixa etária viável, que é entre 5 e 75 anos.

Com isso, no ano passado, apenas cerca de 20% das mortes encefálicas foram possíveis para doação de órgãos, com o registro de quatro doações de córneas. Nos primeiros meses de 2023 o índice se repete, com a consolidação de seis doações de córneas. Isso torna mais complexo o trabalho da Comissão.

De acordo com o enfermeiro Lucas Stterphann, gerente da CIHDOTT/HMA, é na entrada do hospital que a captação tem êxito: “É um momento difícil pelo qual a família atravessa, então precisamos, principalmente, ouvir e orientar de forma adequada aquele que acompanha o paciente. A entrevista familiar para doação de órgãos deve ser feita por um profissional capacitado. Nossa equipe tira todas as dúvidas, levando informações claras, precisas e objetivas sobre o processo, com a intenção de quebrar a resistência dos parentes e obter sucesso na autorização para captação do órgão ou do tecido”.

Para alertar sobre esse trabalho, a CIHDOTT/HMA organizou um “Dia de Incentivo à Doação de Órgãos”, que acontece na manhã desta quinta-feira, 18. A programação prevê palestra sobre a importância de órgãos para transplante e visita aos setores conscientizando os profissionais da unidade sobre a doação de órgãos.

Programação – AUDITÓRIO:  9h – Recepção dos profissionais/ Coffee break 

 9h30 às 10h30 - Palestra “Importância da doação de órgãos para transplante”, com Lucas Stterphann – Enfermeiro, Gerente da CIHDOTT/HMA 

10h30 - Visita aos setores para conscientização dos profissionais quanto à doação de órgãos e tecidos, e entrega de brindes.

*Da assessoria 

 

Entre janeiro e agosto de 2022, Pernambuco realizou 900 transplantes de órgãos e tecidos, 9,4% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram efetuados 823 transplantes. Apesar da alta nos números absolutos, a negativa familiar ainda é responsável por 50% dos motivos da não efetivação das doações no Estado. Para ter uma ideia, neste ano, 98 famílias não autorizaram a doação de órgãos de seus parentes. Nesta terça-feira (27), entidades de saúde de todo o país se mobilizam para marcar o Dia Nacional de Doação de Órgãos e chamar a atenção para este gesto de solidariedade. Ao longo deste mês, o chamado Setembro Verde, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), realizou e participou de programação para capacitar profissionais e conscientizar a população em geral sobre o assunto.
Hoje pela manhã, a Central de Transplantes marca presença no Simpósio sobre o Setembro Verde promovido pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Já pela tarde, a coordenadora da CT-PE ministrará palestra na programação dedicada ao tema realizada pelo Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP). Encerrando a programação nesta quarta-feira (28), a partir das 20h, a Central participa de live nas redes sociais do Cremepe. O encontro online terá como tema 'Cuidados paliativos e doação de órgãos: mitos e verdades'.  
Na última semana, em parceria com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), a CT realizou duas capacitações sobre morte encefálica. Os treinamentos foram voltados para médicos e enfermeiros atuantes em UTIs, SR (sala de recuperação) e emergência, além de profissionais da Central Estadual de Transplantes (CET), Organizações de Procura de Órgãos (OPO) e Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).
Desde 2017, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou os critérios de diagnóstico da morte encefálica, a CT-PE tem atuado constantemente para capacitar os profissionais sobre as novas diretrizes. "Preparar os profissionais para o diagnóstico adequado da morte encefálica e para tirar todas as dúvidas dos familiares sobre este processo é fundamental para que o transplante ocorra. Precisamos entender que, neste momento de dor que é a perda de um ente querido, a equipe deve estar bem preparada para auxiliar a família a compreender a importância da doação de órgãos", pontua a coordenadora da Central, Noemy Gomes.
Ao longo do mês, as equipes das unidades vinculadas à rede estadual de saúde também realizaram ações de conscientização sobre o transplante e a doação de órgãos.
DADOS - Dos 900 transplantes realizados entre janeiro e agosto deste ano, 414 foram de córnea, seguido de rim (205), medula óssea (186), fígado (61), coração (23), valva (8) e rim/pâncreas (3). Pernambuco, inclusive, ocupa o primeiro lugar no Norte e Nordeste no número de procedimentos de rim, coração e pâncreas, segundo aponta levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em análise até junho deste ano.
Atualmente, 2.617 pacientes aguardam por um órgão ou tecido em Pernambuco. A maior fila é por rim (1.430), seguida de córnea (978), fígado (150), medula óssea (20), rim/pâncreas (25) e coração (14).

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Entre janeiro e junho de 2022, Pernambuco realizou 654 transplantes de órgãos e tecidos, 6,2% a mais que o mesmo período do ano passado, quando foram efetuados 616 transplantes. Apesar do aumento, a negativa familiar ainda se configura como um dos principais entraves para a efetivação dos procedimentos no Estado. O percentual chegou a 41% dos motivos da não realização dos transplantes, no mesmo período, segundo dados da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE). Isso significa que 66 famílias não autorizaram as doações.

"Neste semestre registramos uma das maiores taxas de negativa familiar dos últimos anos. Este é um número significativo, levando em conta que apenas um doador de órgãos pode salvar muitas vidas e beneficiar vários receptores. É fundamental que as famílias discutam esse tema em casa, que tenham acesso às informações e respeitem a decisão de quem opta, ainda em vida, ser doador depois de sua morte. Temos como missão reforçar a necessidade de ampliar as doações no Estado, ajudando assim mais e mais famílias", afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes.

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Atualmente, 2.587 pacientes aguardam por um órgão ou tecido em Pernambuco. A maior fila é por rim (1.453), seguida de córnea (916), fígado (153), medula óssea (26), rim/pâncreas (24) e coração (15). No ano de 2021, no mesmo período, a fila de espera era de 2.269 pessoas.

O diagnóstico e a confirmação da morte encefálica são norteados por critérios rígidos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Quando um paciente é identificado com morte encefálica em uma unidade hospitalar, condição que possibilita a doação do coração, rins, pâncreas, fígado e córneas, as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) e as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs) entram em ação para conversar com os familiares e dar informações sobre o processo de doação.

"As causas da não realização do transplante podem ocorrer por diversos fatores, inclusive médicos, como nos casos em que não se preenchem os critérios necessários para a doação. Por exemplo, quando os pacientes apresentavam algum tipo de doença sorológica, infecções virais sistêmicas, entre outros. No entanto, para além desses fatores - que já excluem parte das possíveis doações - temos, ainda, a negativa das famílias", lamenta Noemy.

Tecidos  

Entre janeiro e junho de 2022, Pernambuco realizou 144 transplantes de medula óssea, 29,7% a mais que o mesmo período do ano passado (111) e 306 transplantes de córnea, - 1% que no período anterior (309).

Medula óssea 

A Central de Transplantes de Pernambuco ainda lembra que, em vida, é possível ser doador de medula óssea. Basta ir ao Hemope e se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Para doar, é preciso ter entre 18 e 35 anos e levar RG e CPF. Além de uma palestra informativa sobre a doação de medula óssea, é feita a coleta de uma amostra de sangue do possível doador para os testes de compatibilidade. Uma vez no banco de dados, o possível doador pode ajudar alguém em qualquer lugar do Brasil e também do mundo.

A criança de 7 anos que engoliu um apito em Navegantes, Santa Catarina, teve a morte cerebral confirmada na quinta-feira (17), à noite, em um hospital em Itajaí, cidade vizinha. A família de Matheus Rodrigo de Oliveira autorizou a doação dos órgãos do garoto. 

Abalada, a mãe Tiele Costa de Oliveira, contou ao UOL que inicialmente não queria fazer a doação, pois tinha esperança de ainda ter o filho consciente. A decisão da doação foi tomada após uma reunião com o resto da família. 

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O irmão de Tiele, tio de Matheus, morreu de leucemia à espera de um doador compatível de medula óssea. “Da mesma forma que a gente já esperou por uma doação, com a possibilidade de doar e salvar outras vidas, pensamos em dar mais conforto [para quem vai receber os órgãos]”, contou a mãe. 

Alguns órgãos já foram doados, como as córneas, os rins e o fígado, que foram para o Rio de Janeiro. A família aguardava a liberação do corpo da criança no Instituto Médico Legal até o fim da tarde de hoje para realizar o velório e sepultamento. Matheus era o segundo mais novo entre quatro irmãos. 

Acidente 

Matheus engoliu um apito e precisou ser internado na UTI no último sábado (12), em Itajaí. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a criança foi levada por dois homens até o quartel da cidade no fim da tarde e chegou ao local inconsciente, carregado no colo pelo próprio pai. 

Ele tinha a frequência cardíaca lenta e sinais de baixa oxigenação no corpo no momento do atendimento. Matheus foi submetido a manobras de reanimação e expeliu o objeto minutos após receber o atendimento médico.

Os socorristas passaram 45 minutos fazendo manobras de reanimação na criança até o quadro da parada respiratória ser revertido. Quando ele foi estabilizado, foi levado de helicóptero para o Hospital Infantil Pequeno Anjo, onde foi internado na UTI e não resistiu. 

Em resultado inédito, cirurgiões tiveram sucesso ao transplantar um rim crescido em um porco geneticamente alterado a um paciente humano, nos Estados Unidos. Os médicos descobriram que o órgão funcionava normalmente e a novidade científica pode, no futuro, render um vasto suprimento de órgãos para pacientes que enfrentam grandes filas de doação. O procedimento foi feito no Langone Health, da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, informou a imprensa americana. 

A data da cirurgia não foi publicada, assim como os responsáveis pelo estudo ainda não fizeram a publicação dos resultados em nenhum jornal científico, incluindo o da Langone, mas o relato do instituto foi feito na terça-feira (19). 

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Embora muitas perguntas ainda não tenham sido respondidas sobre as consequências a longo prazo do transplante, que envolveu um paciente de morte encefálica após apenas 54 horas, especialistas na área disseram que o procedimento representou um marco. 

“Precisamos saber mais sobre a longevidade do órgão”, disse o Dr. Dorry Segev, professor de cirurgia de transplante da Escola de Medicina Johns Hopkins, que não esteve envolvido na pesquisa. No entanto, ele disse: “Este é um grande avanço. É um grande negócio. ” 

Os pesquisadores há muito procuram cultivar órgãos em porcos adequados para transplante em humanos. Um fluxo constante de órgãos - que poderia eventualmente incluir corações, pulmões e fígados - ofereceria uma tábua de salvação para os mais de 100.000 americanos atualmente em listas de espera para transplantes, incluindo os 90.240 que precisam de um rim. 12 pessoas nas listas de espera morrem a cada dia. 

Um número ainda maior de americanos com insuficiência renal - mais de meio milhão - depende de tratamentos de diálise exaustivos para sobreviver. Em grande parte, devido à escassez de órgãos humanos, a grande maioria dos pacientes em diálise não se qualifica para transplantes, que são reservados para aqueles com maior probabilidade de prosperar após o procedimento. 

 

O Projeto de Lei 3643/19 determina que a família não poderá interferir na retirada de órgãos de uma pessoa com morte cerebral que tenha manifestado em vida a vontade de ser doadora. O texto, já aprovado pelo Senado, altera a Lei dos Transplantes.

Atualmente, a lei exige autorização de cônjuge ou parente maior de idade, até o segundo grau, para retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outras finalidades terapêuticas. O projeto de lei torna explícito que o consentimento familiar só será exigido caso o potencial doador não tiver se manifestado em vida.

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A proposta está em tramitação na Câmara dos Deputados. “Inquestionavelmente, é uma regulação que torna mais fácil a doação de órgãos e que tem a capacidade de melhorar consideravelmente a qualidade de vida daqueles que necessitam de órgãos doados para prorrogar as próprias vidas”, argumentou o autor, senador Lasier Martins (PSD-RS).

Para amparar a dispensa de autorização familiar, Lasier Martins invocou a tutela da autonomia da vontade do titular do direito da personalidade, assegurada pelo Código Civil. Essa figura jurídica implica que a manifestação do doador para a retirada de partes de seu corpo depois da morte é suficiente para que sua vontade seja respeitada sem interferências da família.

Tramitação

A proposta será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

Reportagem – Ralph MachadoEdição –Com informações da Agência Senado

 

Trenton McKinley é um garoto de apenas 13 anos. Ele estava em coma e acordou logo depois de seus pais autorizarem o desligamento dos aparelhos e a doação de seus órgãos. 

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Ele estava hospitalizado após um acidente que ocorreu enquanto ele brincava na casa de um amigo, em março deste ano. O menino, que mora em Alabama, Estados Unidos, sofreu várias fraturas no crânio, falência dos rins, uma parada cardíaca também passou 15 minutos sem sinais vitais durante uma cirurgia.

Após os médicos afirmarem que o menino nunca se recuperaria e que seus órgãos eram compatíveis com outras cinco crianças que precisavam de transplantes, sua mãe Jennifer Reindl assinou os documentos do desligamento e da doação, porém um dia antes da data, ele começou a dar sinais de consciência.

Trenton despertou e agora passa por um lento processo de recuperação e família iniciou uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos nos custos médicos, o valor pretendido era de US$ 4 mil dólares, porém 240 pessoas já doaram e o valor está em US$ 12,7 mil, o triplo pretendido.

*por Tayná Barros

De acordo com a Central de Transplantes do Estado de São Paulo, 107 mil transplantes foram realizados em 20 anos de existência da instituição. A central é vinculada à Secretaria de Estado de Saúde e afirma que esse número de transplantes está em constante crescimento. “A nossa maior conquista é ter um sistema estruturado para garantir todos os princípios e equidade com essas pessoas. Comemoramos também o aumento de 22% do número de doadores em 2017 em relação a 2016”, comenta a coordenadora da instituição, Marizete Medeiros.

O estado de São Paulo responde atualmente por cerca de metade dos transplantes realizados em todo o país. Ainda em 2017, a central registrou a realização de 2,2 mil transplantes simples, sendo eles de coração, pâncreas, fígado, pulmão e rim.

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Entretanto, por mais expressivos que sejam os números, ainda é um desafio para a instituição conscientizar as famílias dos possíveis doadores. “Neste ano, temos que estimular a cada vez mais a capacitação dos profissionais de saúde e promover a cultura de doação entre as famílias. É instruindo os profissionais para que saibam como abordar e auxiliar essas pessoas em momentos de luto: tem que ser o mais humano possível. Tem que conhecer e preparar para o processo de morte encefálica”, afirma Marizete.

 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou critérios mais rígidos para definir a morte encefálica nesta terça-feira (12). As alterações nos procedimentos terão impacto no processo de doação e transplante de órgãos – que só poderá ser iniciado após o consentimento da família e da confirmação da morte cerebral do paciente depois da realização de vários exames.

De acordo com a nova resolução aprovada, outros profissionais (além do neurologista) como neurocirurgião ou médico de emergência poderão constatar se é o fim da atividade cerebral. Os critérios constam da nova resolução 2.173/17, que entrará em vigor dentro de seis meses substituindo a lei 9434/17, que rege atualmente o Sistema Nacional de Transplantes.

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Para constatar a morte cerebral, dois médicos diferentes devem realizar o exame clínico, teste de apneia (interrupção persistente da respiração) e exames complementares, como o eletroencefalograma e angiografia cerebral, entre outros.

Os alunos de Biomedicina, Ciências Biológicas e Medicina Veterinária da Universidade Guarulhos (UNG) realizam neste sábado (30), às 11h, uma ação social no Shopping Pátio Guarulhos, no bairro Vila Rio.

O evento conta com orientações sobre a doação de órgãos, sobre insetos vetores de doença e sobre transfusão de sangue em animais. A ação faz parte das comemorações do Setembro Verde, que tem como objetivo informar e conscientizar a comunidade sobre a importância da doação de órgãos, sangue e medula óssea.

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O Shopping Pátio fica na Avenida Molina Pannochia, 331, no bairro Vila Rio em Guarulhos. O evento acontece das 11h às 16h.

As orientações são gratuitas e abertas ao público.

Mais informações no telefone (11) 24641151.

O Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) vai promover uma campanha de doação de órgãos, das 10h às 15h, na próxima quarta-feira (27), data em que é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos.

Médicos, residentes, pacientes transplantados, pacientes na fila de transplante e profissionais da Organização de Procura de Órgãos (OPO) irão esclarecer as dúvidas da população sobre a importância da doação para a sobrevivência de doentes que dependem do transplante.

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Ainda serão distribuídos materiais educativos para maior conscientização e disseminação da informação, além de fitinhas na cor verde, símbolo da doação de órgãos.

Ação acontecerá em frente ao prédio dos ambulatórios, que fica na av. Enéas de Carvalho Aguiar, 155, próximo à Estação Clinicas do Metrô. Para outras informações acesse: http://www.hc.fm.usp.br/

Os alunos do curso de Enfermagem da Universidade Guarulhos (UNG) realizam nesta sexta-feira (22) uma caminhada de incentivo a doação de órgãos no centro da cidade.

O evento faz parte das comemorações do Setembro Verde, que visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos.

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A caminhada acontece das 14h até as 17h,  saindo da Praça Tereza Cristina e indo até o Bosque Maia. Durante o trajeto, alunos e professores vão distribuir folders, além de dar aconselhamentos aos cidadãos interessados.  

Mais informações no telefone (11) 24641151.

Nesta semana, o Esquadrão Carajá (4º ETA), localizado na Base Aérea de Guarulhos, realizou três missões de Transporte de Órgão Vitais: foram três corações, um rim, um fígado, um pâncreas e um pulmão.

No último domingo (20), um coração recolhido na Santa Casa de Ourinhos, no interior de São Paulo, foi levado ao Hospital Albert Einstein, na capital paulista. Segundo o Comandante da aeronave C-97 Brasília, Tenente Osvaldo Peres Maslinkiewicz, ao ser acionado para uma missão como essa, é necessário correr contra o tempo. “Ao finalizar a missão e retornar para casa, surge um sentimento de dever cumprido. Sinto-me honrado por saber que, graças à prontidão das nossas tripulações, alguém recebeu um coração novo, carregado nas asas do Esquadrão Carajá”, disse.

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Já no período da noite da última segunda-feira (21/08), o Esquadrão foi solicitado novamente para o transporte de mais um coração, dessa vez, no Sul do País. O órgão foi levado do Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba (SC), para o Hospital Angelina Caron, em Curitiba (PR). A Tenente Silvia Helena de Medeiros Dantas, copiloto da missão, participou do transporte de órgãos pela primeira vez. “Foi uma grande satisfação ver meu trabalho sendo útil para alguém. Transportar logo um coração, um órgão vital de tamanha importância, fez eu me sentir realmente útil à sociedade”, disse.

Nesta quinta-feira (24/08), foram transportados outros cinco órgãos: um coração, um rim, um fígado, um pâncreas e um pulmão. O trajeto foi de Toledo (PR) à Curitiba – também no Hospital Angelina Caron.

"Eu não tenho nada a ver com os filhos das outras mães." A recusa veemente de uma mulher em doar os órgãos da filha foi um dos momentos que mais marcaram os 21 anos de carreira de Edvaldo Leal de Moraes, vice-coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital de Clínicas de São Paulo. Mesmo em um País em que a fila de espera por um órgão chega a cinco anos, o relato não é um caso isolado. Quase metade das famílias ainda rejeita a doação de órgãos no País.

Entre as 34.543 pessoas que esperavam um transplante no País em dezembro, 21.264 precisam de rim, 10.293 de córnea, 1.331 de fígado, 539 de pâncreas e rim, 282 de coração, 172 de pulmão e 31 de pâncreas. Em 2016, 2.013 pessoas que estavam na fila por um órgão, morreram. Dessas, 82 eram crianças. No ano passado, as centrais estaduais de transplantes identificaram 10.158 pessoas que tiveram morte encefálica e poderiam ser doadoras. De 5.939 famílias consultadas, 2.571 (ou 43%) não deram a autorização necessária.

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Os dados foram compilados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), com base nas informações das centrais estaduais de transplantes, e divulgados anteontem pelo Ministério da Saúde. "O índice de recusa é bem alto. A Espanha é país líder em transplante e lá a recusa das famílias é de menos de 20%", afirma Roberto Manfro, presidente da ABTO. Houve pequeno aumento no número de doadores em relação a 2015 - de 2.854 para 2.981.

Nos Estados do Norte, estão os maiores índices de rejeição à doação. No Acre, chega a 81%; Rondônia registrou 76% e Tocantins, 75%. "O grande empecilho é a falta de conhecimento de saber que a morte encefálica é uma situação de irreversibilidade absoluta", afirma Manfro. Para atestar a morte encefálica, são necessários avaliação de especialista (neurologista ou neurocirurgião) e exame complementar que ateste que o cérebro não tem atividade elétrica (eletroencefalograma) ou que não há mais circulação de sangue no cérebro (angiotomografia, angiografia, angiorressonância e cintilografia do cérebro).

Nesta semana, a gerente médica da unidade cardiointensiva do Hospital CopaStar do Rio, Jaqueline Miranda, acompanhou um caso de negativa de uma família. "Era um homem grande, salvaria quatro ou cinco vidas. A gente entende a reação das famílias nesse momento de tanta dor. Não dá para colocar nelas a culpa", afirmou. "É impactante para o entrevistador ouvir isso (a recusa). A gente se sente impotente, incompetente", relata Moraes.

Ele estuda desde 2005 os motivos pelos quais ainda há tanta recusa na doação de órgãos em casos de morte encefálica e a resposta é complexa, pois envolve aspectos culturais e a falta de informação. "Ainda há muito a crença de que ocorrerá um ‘milagre’, mesmo em pessoas que até então não tinham manifestado nenhum tipo de ligação religiosa", comenta.

Segundo Moraes, mais do que familiares de pacientes, há muitos profissionais de saúde que também não compreendem ou não aceitam um diagnóstico de morte encefálica. É a mesma análise do coordenador médico do núcleo de captação de órgãos do Hospital Israelita Albert Einstein, José Eduardo Afonso Junior. Mais do que isso, Moraes afirma ter presenciado muitos casos de pessoas que rechaçavam a doação por desacreditar no Sistema Único de Saúde, chegando a cogitar a hipótese de que poderiam ter o tratamento adiado para que seus órgãos fossem retirados.

Campanhas

José Ottaiano, vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, lembra que a adesão à doação de órgão é maior quando há campanhas nacionais, um caso de maior comoção, ou até quando o tema é abordado em filmes ou novelas. "A doação é uma coisa conjuntural.

A divulgação pela imprensa e em novelas realmente facilita", afirmou. Em 2014, na novela Em Família, da Rede Globo, o personagem Cadu, interpretado por Reynaldo Gianecchini, passou por transplante de coração. Em 2013, houve 271 transplantes do órgão. No ano da novela, o número subiu para 311.

Para Manfro, uma atitude eficiente para quem quer ser doador é avisar à família. "Ela geralmente respeitamesse desejo."

Capacitação

O coordenador médico do núcleo de captação de órgãos do Hospital Israelita Albert Einstein, José Eduardo Afonso Junior, observa que uma das possíveis explicações para a rejeição à doação de órgãos é uma falta de preparo profissional.

Para reverter isso, ele aponta investimentos em classificação, como as pós-graduações em Captação de Órgãos que o Ministério da Saúde realiza em parceria com alguns hospitais, como o Einstein. Durante as aulas, os profissionais participam de simulações de todo o processo, desde o diagnóstico até as conversas com a família e orientações sobre armazenamento dos órgãos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em cada oito potenciais doadores de órgãos no Brasil, apenas um é notificado. Mesmo assim, o país é o segundo colocado no ranking de transplantes realizados anualmente. Cada estado possui uma Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, mantida pelo Ministério da Saúde, que coordena a captação e armazenamento dos órgãos. Cerca de 80% dos transplantes realizados reabilitam o cidadão completamente. O número de doadores aumentou, de 13,1 por milhão de habitantes para 14 por milhão, entre abril e junho deste ano.

Apesar do sucesso e do crescimento no interesse em se doar órgãos, a taxa de doadores efetivos ficou abaixo do esperado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), que era de 16 por milhão de habitantes, e ainda está bem longe do que é considerado ideal. Com o aumento na fila de espera em relação ao ano passado, de 32 mil para mais de 33 mil pessoas, os órgãos mais procurados são córneas e rins e, segundo a associação, o motivo é a baixa taxa de crescimento de doadores no sudeste, principalmente nos estados mais populosos.

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Outras causas apontadas pelo coordenador da Comissão de Remoção de Órgãos da ABTO, José Lima Oliveira Júnior, são as condições para o transporte interestadual, que depende do apoio da Força Aérea, e a família dos potenciais doadores: “Podemos melhorar muito esse sistema, mas precisamos de uma infraestrutura nacional que funcione bem e, principalmente, temos que reduzir a taxa de recusa familiar que é muito alta no país, 49% é inaceitável.”

A taxa de doadores nos Estados Unidos está entre 25 a 30 por milhão de habitantes, porém são pessoas com idade avançada e diversos problemas de saúde, o que impossibilita alguns transplantes. Já no Brasil, os doadores são muitas vezes jovens, vítimas da violência ou acidentes de transito, que deixam de ser doadores por conta da vontade da família ou das más condições do serviço de saúde local que não tem infraestrutura para acondicionar os órgãos para ser transplantados.

A Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE) realiza, nesta quarta-feira (25), o 3° Simpósio Pernambucano de Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos, com o tema “Reflexões sobre comunicação de má notícia e entrevista familiar para a doação de órgãos”. Em Pernambuco, a fila de espera ultrapassa 1,2 mil pessoas.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, nos primeiros quatro meses de 2015, a CT-PE registrou 4445 doações de órgãos e tecidos. O valor representa um aumento de 21,25% em relação ao mesmo período em 2015. O maior responsável pela melhora foi a doação de córnea, que subiu 71%. Apesar dessa melhora, 45% das potenciais doações não são realizadas por causa da recusa dos familiares.

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Para a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes, entre os motivos da negativa familiar está o desconhecimento da população sobre a morte encefálica e sobre a integridade do corpo após a doação. “Precisamos informar que o diagnóstico de morte encefálica segue um rígido protocoloco na sua confirmação e que a família receberá o corpo do ente querido íntegro para realizar todas as cerimônias de despedida. Como a doação só ocorre com a autorização de um familiar de até segundo grau, de acordo com a legislação brasileira, precisamos difundir esse tema”, conclui Gomes.

Dados – De janeiro a abril, foram realizados 445 transplantes em Pernambuco, sendo três de válvula cardíaca, três de rim/pâncreas, 10 de coração, 35 fígado, 68 medula óssea, 88 rim, 238 córnea.

Em 2015, foram realizados 1.348 transplantes de órgãos e tecidos. O quantitativo foi 4,13% menor que em 2014, com 1.404 procedimentos.

Atualmente, a fila de espera por órgãos e tecidos no Estado computa 1.229 pessoas. Desse total, três aguardam por rim/pâncreas, 12 por coração, 25 medula por medula óssea, 57 por fígado, 307 por córnea e 825 por rim. 

Serviço –

3° Simpósio Pernambucano de Doação e Transplantes de Órgãos e Tecidos

Horário de início: 8h30

Local: auditório do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) 

Com informações da assessoria

Em apoio à Semana Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos algumas fachadas da cidade do Recife estão se vestindo de iluminação na cor verde. A campanha Brasil Verde é uma iniciativa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) que busca aumentar a quantidade de doações desses órgãos, além de conscientizar a população acerca da importância de salvar vidas através desse gesto.

Por conta disso, o Hospital Jayme da Fonte - que é referência em transplante de fígado, já tendo sido realizadas 739 cirurgias - também resolveu aderir à cor na sua entrada principal.

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>> Campanha para transplante de órgãos ganha cor no Recife

A semana também marca o Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos, comemorado neste domingo (27).

 

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