Tópicos | Orgulho

A Avenida Paulista, na região central da capital, está tomada pelo público da 27ª Parada do Orgulho LGBT desde a manhã deste domingo (11) ensolarado. Algumas pessoas chegaram enroladas na bandeira do arco-íris e outras fantasiadas, enquanto as tradicionais drag queens apostavam em visuais mais chamativos para a festa. Na programação dos trios elétricos, que descem a Rua da Consolação em direção ao centro da cidade, apresentam-se artistas como Pabllo Vittar, Daniela Mercury e Mc Soffia.

Na edição deste ano, a parada tem como foco a luta para que as políticas públicas englobem a comunidade LGBTQIA+. “A maior parte dos seus planos, programas, projetos, serviços e benefícios são disfarçadamente direcionados às famílias e indivíduos cisgêneros e heterossexuais. Essas distorções ficam evidenciadas quando procuramos fazer parte desses programas”, diz o manifesto deste ano.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Celebrar a união

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio de Almeida, que desfilou no primeiro dos carros de som, disse que a parada busca unir a sociedade brasileira e garantir direitos a todas as pessoas. “Essa é uma parada que, ao contrário que muitos dizem, não é celebração da divisão, é a celebração da união. É para mostrar que brasileiros são muitos e diversos, e pertencem ao nosso país e merecem a proteção do Estado brasileiro”, enfatizou.

A secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, defendeu que o governo federal esteja junto com essa população “comprometendo-se a construir as políticas sociais que ajudam a mudar essa realidade”. “A parada é o momento em que vamos às ruas para lutar contra uma narrativa que nos mata, que diz que nós temos que ter vergonha de ser quem somos. Por isso, é importante a narrativa do orgulho, nós temos que ter orgulho de ser quem somos”, afirmou.

Luta e Festa

No bloco que abre alas da parada, estão as famílias de crianças intersexo. “São crianças que nascem com variações das características cromossômicas, anatômicas, hormonais e de fenótipo em relação ao sexo biológico”, explica Taís Emília, que ajudou a fundar uma associação para trazer visibilidade ao tema. “Tive um bebê intersexo. Ele ficou sem registro civil porque não era menino, nem menina. Eu, sem licença maternidade. Eu comecei uma luta em relação a isso”, lembrou.

Em Curitiba, sua cidade natal, Caroline Socodolski disse que frequenta a parada desde 2014. Porém, na capital paulista, esta é a segunda edição do evento de que participa. “Além de estar aqui para marcar presença e ser mais uma para dar volume, mostrar que somos presentes na sociedade, que existimos, eu também estou aqui para me divertir”, resume a moça que trabalha em uma agência de turismo.

drag queen Cristina está em São Paulo há menos tempo ainda, vinda do Chile faz dois meses. “Eu estou gostando demais”, diz sobre a sua experiência no Brasil. Há muita felicidade hoje aqui e muita resistência das pessoas LGBTQIA+. E a comunidade inteira hoje está em festa.”

Fotos: Rovena Rosa/Agência Brasil

Os participantes negros do Big Brother Brasil 23 protagonizaram um momento bastante simbólico - e histórico - no programa ao criarem uma foto com uma 'paleta de cores'. Eles se organizaram do mais ao menos retinto para exaltar a diversidade de tons de pele entre eles. O momento marcou uma edição que teve número recorde de brothers e sisters pretos, sendo eles a maioria no Top 10 do programa. 

Em uma brincadeira, Fred Nicácio juntou os amigos e propôs a foto da 'paleta' de cores. Eles, então, se organizaram e levantaram o punho para cima, gesto que demonstra força e resistência entre o povo preto. Na foto, vê-se a seguinte ordem:  Sarah Aline, Fred, Cezar Black, Aline Wirley, Marvvila, Ricardo, Gabriel Santana e Domitila.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Em 23 anos de Big Brother Brasil, essa foi a primeira vez em que metade do elenco do reality foi formada por pessoas pretas - 11 entre 22 escalados. Agora, na reta final do programa, também de forma inédita, o Top 10 foi formado por maioria preta. Dos brothers e sisters que fizeram a foto emblemática, apenas Gabriel saiu, tendo sido eliminado na última terça (28).

Recentemente, Fred Nicácio causou alvoroço nas redes sociais ao decretar que desejava um pódio apenas com pretos. “Eu quero essa casa inteira de preto, gente! Inteira de preto! Inteira, inteira! Não quero nenhum branco aqui dentro. Não quero. Eu quero a casa Big Preto Brasil”, disparou.

A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ voltou a percorrer as ruas de Seul, a capital de Coreia do Sul, neste sábado (16), após dois anos de pausa pela pandemia de coronavírus, entre bandeiras do arco-íris e manifestações de grupos conservadores.

Milhares de pessoas desafiaram a chuva torrencial durante o evento em Seul, acompanhadas de um importante cordão policial que mantinha separados os participantes da marcha dos manifestantes conservadores, a maioria cristãos.

##RECOMENDA##

Um ativista, que contou à AFP que se chamava Joy, explicou que "a sociedade sul-coreana ainda tem um longo caminho a percorrer" para o reconhecimento dos direitos LGTBQIA+.

O casamento de pessoas do mesmo sexo continua sendo ilegal na Coreia do Sul, e os ativistas insistem na necessidade de leis contra a discriminação por orientação sexual.

Pendurados em andaimes ao longo da marcha, manifestantes contrários exibiram cartazes com palavras de ordem em inglês como "Homosexuality is Sin" ("A homossexualidade é pecado") e "No!! Same-Sex Marriage" ("Não ao casamento [de pessoas] do mesmo sexo!").

A homossexualidade "é ruim. Traz corrupção moral e desordem social. Não podemos deixar que exista na Coreia do Sul", disse Hong Sung-bo, um manifestante.

Nesta quarta-feira (25) é celebrado mundialmente o Dia do Orgulho Nerd, também conhecido como Dia da Toalha. Ao redor do mundo, essa data é usada para realizar atividades temáticas e recreativas envolvendo seus personagens e histórias favoritas, seja em filmes, quadrinhos etc. Mas, você sabe de onde vem esta data?

Existem dois motivos principais para o dia 25 de maio ser escolhido como o Dia do Orgulho Nerd pela comunidade. O primeiro é o livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, lançado em 1979, primeiro livro da série escrita por Douglas Adams e um marco na cultura nerd. No livro, acompanhamos a história da exploração espacial e extraterrestre do humano Arthur Dent.

##RECOMENDA##

A toalha, no universo do Guia, é descrita como um dos objetos mais úteis em viagens intergaláticas, contando com funções além das óbvias. Pelo aspecto inusitado, a toalha tornou-se um símbolo para os amantes da obra. Logo após o falecimento de Douglas Adams, em 2001, os fãs saíram com toalhas na rua para homenageá-lo, isso aconteceu em 25 de maio. A partir deste dia a data ficou conhecida como Dia da Toalha.

Outro motivo da data está relacionado a Star Wars. Star Wars: Uma Nova Esperança, o primeiro filme da franquia de George Lucas, que estreou nos cinemas em 25 de maio de 1977. Assim, a data tornou-se importante para diversos amantes da cultura nerd.

Por Matheus de Maio

Maria Casadevall fez a alegria dos fãs, na última terça (21), ao surgir publicamente, pela primeira vez, ao lado da namorada, a percussionista Larissa Mares. As duas foram juntas à pré-estreia do filme Garota da Moto, em São Paulo. Aproveitando a deixa, a atriz resolveu expressar seu orgulho e amor, em uma publicação no Instagram, ostentando a hashtag #amorsapatão. 

Maria e Larissa estão juntas desde 2019, porém, só assumiram a relação em março de 2021. O casal foi prestigiar a pré-estreia do longa  dirigido por Luis Pinheiro, no qual a atriz interpreta uma mãe motogirl que descobre um esquema de escravidão de mulheres.

##RECOMENDA##

Durante o evento, as duas posaram para os fotógrafos e acabaram virando assunto na internet. Em seguida, Maria fez uma publicação em seu Instagram, falando da alegria em estar ao lado da namorada. Com um vídeo das duas trocando um beijo, a atriz escreveu: ”Celebrando o amor, a coragem e a resistência. Obrigada a todas que vieram antes de mim, abrindo caminhos. #amorsapatão”. 

Reprodução/Instagram

Nesta segunda-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, ativistas dos Direitos Humanos reúnem-se ao redor de diálogos que buscam celebrar a potência desta população. No Brasil, país que lidera o número de homicídios de indivíduos LGBTQIA+ nas Américas, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), a data também reacende o debate sobre a garantia de direitos e representação política.

“Em 1969, Marsha P Johnson se levantou contra a violência e brutalidade policial juntamente a outras lideranças negras, periféricas, LGBTQIA+, que existiam na subalternidade que criminalizava os nossos corpos”, explica o vereador de Olinda Vinicius Castello (PT), quando questionado sobre a importância do dia 28 de junho.

##RECOMENDA##

O parlamentar, ativista do Movimento Negro Unificado (MNU) e advogado de 26 anos, faz questão de relembrar a atitude revolucionária que deu origem ao Dia do Orgulho, liderada pela drag queen norte-americana Marsha P Johnson, em um episódio conhecido como a Revolta de Stonewall, que ocorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Mais de 50 anos depois, jovens homossexuais como Castello ainda precisam usar suas mentes para articularem respostas contra o preconceito.

“Para mim democracia é olhar para a representação e entender que ela está condizente com a diversidade existente na sociedade. Eu acredito que a gente tá caminhando para o entendimento de que os corpos que precisam estar pautando e atuando politicamente, são corpos que entendem, entre outras coisas, o que é a desigualdade e o que é a violência no Brasil”, ressalta Vinicius, que já no início do mandato ocupa o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Olinda.

Em contraposição às forças conservadoras que tendem a essencializar a gestão do ativista, torna-se inegável a sua disposição em enxergar os processos políticos de maneira interligada. “Eu desejo que a gente consiga atingir o nível de democracia em que todas as pessoas, independente de classe, gênero, orientação sexual e identidade de gênero possam se sentir potentes e respeitadas em um país que também é delas. Resolvi enfrentar estas violências utilizando meu corpo político para dizer que basta todo tipo de opressão e retrocesso”.

A variedade de violências as quais Castello faz referência têm relação, infelizmente, com o número de agressões às pessoas LGBTQIA+ no estado de Pernambuco. Sobre o tema, o parlamentar lamentou: “Na semana que passou, uma criança ateou fogo em uma mulher trans [Roberta Silva, 40 anos] no Centro do Recife, e nesta segunda-feira nós estaremos nas ruas, novamente, para afirmarmos o porquê da nossa luta”.

O ranking da morte a o “a construção de novos horizontes”

Embora dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) apontem para o aumento vertiginoso da violência contra LGBTQIA+ em todo o estado, a ação do conservadorismo na Câmara do Recife ainda encontra fôlego. Na última semana, enquanto a maioria dos parlamentares se reunia para negar um requerimento que solicitava o hasteamento da bandeira LGBT no Dia do Orgulho, mais uma mulher trans era atravessada pelo crime motivado pelo preconceito na capital.

Roberta Silva, de 40 anos, queimada viva na quinta-feira (24), enquanto estava no Cais de Santa Rita, área central da capital, simboliza mais um dos 1.854 ataques brutais à vida das pessoas LGBTQIA+ em Pernambuco só no primeiro trimestre de 2021. Destes, 46% das vítimas, ou cerca de 869 pessoas, foram violadas dentro de casa por parentes ou pessoas de confiança. Em 2019, neste mesmo período, o número havia sido de 333.

O atentado à Roberta Silva, 40 anos, que ganhou notoriedade após a advogada transexual e co-deputada estadual Robeyoncé Lima (PSOL), 30 anos, usar sua conta no Twitter para denunciar a invisibilização da violência, é resultado, segundo a parlamentar, da “banalização da violência contra corpos transexuais”. “Esse extermínio não é de agora, e quando a gente escuta a cisgeneridade branca dizer que está com medo de morrer de Covid, a gente responde: esse medo da morte pode ser novidade para vocês, mas pra gente não, porque há dez anos o Brasil figura o ranking dos países que mais mata transexuais no mundo”, ressalta.

O ranking da morte, citado por Robeyoncé Lima, é baseado em dados fornecidos pela da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), que realiza, anualmente, relatórios sobre a vida de trans e travestis no Brasil. Infelizmente, de acordo com informações da Associação, a expectativa de vida desta população no país é de 35 anos, com destaque para mulheres trans negras, que são as que mais morrem. “São violências concatenadas, por isso não adianta pedir para a gente falar sobre transexualidade sem falar de raça e de classe”, confirma a parlamentar.

Quando pergunto sobre quais são as maiores dificuldades existentes no processo de elaboração de políticas públicas que possam desmobilizar a barbárie em curso também em Pernambuco, Robeyoncé aponta a ausência de informações a respeito destas violências em Pernambuco como um dos principais problemas.

“Nós, das Juntas Co-deputadas, conseguimos aprovar, por exemplo, um projeto de lei que estabelece que nos prontuários de saúde conste os campos de orientação sexual e identidade de gênero, para que a gente possa saber como está o acesso - ou a falta dele - da população LGBT ao Sistema Único de Saúde”, uma forma de gerar estatísticas e provar para o estado a necessidade do incremento de políticas públicas para a população, de acordo com a parlamentar.

Para Jarda Araújo, 25 anos, assistente social, secretária executiva de Juventude na prefeitura do Recife e mulher transexual, a movimentação política de pessoas trans e travestis durante o período de extremo conservadorismo no Brasil, representa “a construção de novos horizontes”.”É muito simbólico que seja exatamente agora que a gente esteja conseguindo construir, de forma massiva, este novo lugar, diferente do que seria há dez anos atrás”, explica, de maneira esperançosa, ao citar as mais de 30 candidaturas travestis ao redor do Brasil.

Sobre a violência brutal que acometeu Roberta Silva, a pesquisadora em saúde pública comenta: “Recife tem operacionalizado, de forma direta ou indireta, a travestifobia. E se nós não fizermos esse movimento de tornar público e nos movimentarmos politicamente, esses casos não vão ser ouvidos”. Jarda destaca também o fato de Roberta ter ficado, até a intervenção política da co-deputada Robeyoncé Lima, na ala masculina do Hospital da Restauração (HR), após ser socorrida.

“Enquanto rede, é preciso nos movimentarmos para fazer com que essas questões venham à tona e a partir disso a gente possa cobrar, tanto dos parlamentares, das mandatas, um posicionamento político em prol da nossa população, porque nós não buscamos por mais direitos que os demais, e sim uma equidade para que a gente possa acessar os nossos direitos como qualquer outra pessoa” diz, lembrando que o “respeito ao nome social é garantido pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde”.

O futuro da política LGBTQIA+ em Pernambuco

Quando pergunto quem são as principais referências dos entrevistados, os nomes se repetem: Vinicius Castello admira Robeyoncé Lima, que também é citada por Jarda Araújo, articuladora social que, inclusive, imagina um futuro onde a possibilidade de ocupar um cargo eletivo já existe. Ademais, é também nos bastidores da política, ocupando cargos de assessoria parlamentar e articulação social, que a pluralidade tem demarcado espaço.

A estudante do curso de Ciência Política da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ativista bissexual Myrella Santana, 19 anos, por exemplo, foi uma das 70 candidaturas declaradamente LGBTQIA+ a se lançar no processo eleitoral de 2020. E, embora não tenha sido eleita, passou a atuar na assessoria parlamentar de Dani Portela (PSOL), vereadora mais votada para a Câmara Municipal do Recife.

Forjada nos movimentos sociais, Myrella explica que a política sempre ocupou um papel central em sua vida. “Eu acho que, inicialmente, veio muito da necessidade de entender que o que eu faço tem impacto direto na vida do outro. E no segundo momento, por me enxergar enquanto mulher negra bissexual e compreender que esse é um corpo político”, diz, enquanto explica que as decisões políticas atingem, sobretudo, aqueles que não costumam estar no centro das decisões políticas do país.

Outra trajetória que inspira é a de João Pedro Simões, ativista homossexual de 27 anos, cientista político e co-fundador do coletivo de estudante negros da UFPE, o Coletivo Afronte. Ele trabalha desde 2017 ao lado do vereador Ivan Moraes (PSOL), com quem começou ainda como estagiário e, posteriormente, foi contratado para desempenhar a função de assessor parlamentar.

João Pedro diz que o incentivo familiar foi essencial nos processos de tomada de decisões, além dos atravessamentos sociais, raciais e de sexualidade, que, segundo ele, são “marcadores sociais que influenciam muito no reconhecimento e autoavaliação sobre o quanto é possível adentrar na política”. “Existe toda uma gama de corpos que fazem parte da sigla LGBTQIA+, mas que ainda estão alheios à política institucional e isso é muito grave. É um projeto, obviamente, do ‘status quo’ que sustenta uma democracia que é, em tese, representativa mas não representa quase ninguém”, critica o assessor parlamentar.

Para o Dia do Orgulho LGBTQIA+, Simões, que é, também, uma promessa de futuro para ocupar um cargo eletivo no estado de Pernambuco, espera mobilizações em torno do atentado à Roberta Silva. “A gente tem orgulho de ser quem é, mas é um momento de luta, denúncia e cobrança. O preconceito está longe de ser uma coisa do passado, então a gente tem que estar mais ciente de que precisa coletivizar nossas ideias, angústias e felicidades, porque sozinho a gente não anda. Eu espero que cada vez mais as pessoas LGBTs e aliados estejam conscientes da força que a gente pode ter para mudar e mover a realidade deste país”, acentua.

 

 

Rodrigo Faro é um dos apresentadores brasileiros mais conhecidos atualmente, tendo apresentado diversos programas como Ídolos, O Melhor do Brasil e Hora do Faro. Em entrevista ao colunista Leo Dias, o marido de Vera Viel relembrou o começo da carreira, quando apostava na atuação, e também da saída polêmica da Rede Globo, em 2008. Segundo Faro, sua despedida da emissora veio com a frase "Você nunca mais pisa aqui", dita por um dos diretores na época.

Faro começou sua carreira aos nove anos de idade como modelo e, com o passar dos anos, encarou a atuação como uma oportunidade. No entanto, declarou que sua vontade sempre fora ser apresentador, e quando recebeu a proposta da Record TV para comandar o programa Ídolos, pensou se deveria ou não arriscar.

##RECOMENDA##

"As dúvidas eram deixar a Globo. Eu tinha uma carreira sólida, promissora, dez anos de casa, tinha feito grandes papéis, novelas do Walcyr Carrasco - que até hoje brinca que eu era o talismã dele. O Ídolos era um programa de três meses, podia não ter mais, e eu ia dançar. Eu ganhava cerca de 30 mil reais na Globo e passaria a ganhar algo em torno de 50 mil reais. Não era uma paulada. Foi risco", revelou.

Mas o apresentador optou pelo risco e deu detalhes sobre sua saída da Rede Globo, que foi tudo menos tranquila.

"Na hora em que falei que queria ir para a Record, o cara da Globo berrava: Mas você vai embora? Vai deixar a emissora número um do Brasil para ir para uma aventura? Você nunca mais pisa aqui!. Fiquei sem saber o que falar. Aí, eu fechei o olho e escutei no meu ouvido algo dizendo: Vai! Peita!. Aí, falei: Eu estou indo embora, mas vocês ainda vão ouvir falar muito de mim. Estou assinando quatro anos de contrato. Em quatro anos, o senhor pode não estar sentado nessa cadeira, eu posso não estar mais vivo, o senhor pode não estar mais vivo, mas eu só quero deixar algo bem claro: o dia em que eu tiver o meu microfone, eu vou ser um dos maiores apresentadores deste país. E não vou precisar pisar aqui. Um dia, vocês vão me querer de volta", disparou.

O que Faro não esperava, porém, era que o contrato iria se estender até os dias de hoje e que iria comandar não só o Ídolos, como também diversos outros programas como O Melhor do Brasil, ao substituir Márcio Faria.

"Eu vim para a Record para apresentar o Ídolos. Na semana em que eu tinha assinado o contrato, o Marcio Garcia anunciou que iria sair. Aí, me ligaram e disseram que eu seria também o apresentador do programa que ele fazia e já era um sucesso. Eu falei: Meu Deus, e agora? Perguntaram se eu topava, eu falei que não estava preparado para assumir um programa de auditório, mas disseram que eu daria conta. Falaram: Estão aqui os DVDs com os quadros do programa. Aprenda. Segunda-feira você grava. Aí, eu morri. No dia, eu entrei, fiz uma oração no palco, e ali começava a minha trajetória como comunicador. Nervoso, berrando, gritando para caramba [risos]", contou.

Na sequência, falou sobre a ótima relação com a Record TV, afirmando nunca ter ouvido um não da emissora.

"Eu vivi a Beyoncé fazendo Single Ladies aqui. Priscila, a Rainha do Deserto, um filme com temática LGBT, a Record não se opôs. Todo o mundo entendeu o espírito da brincadeira. [...] Uma coisa que eu sempre tive aqui, na Record, e eu acho que é o sentimento mais bonito que existe é gratidão. Quando o programa arrebenta, me ligam para me dar parabéns. Diferentemente da Globo, eles sabem valorizar quem está com eles. Na época do Boni na Globo tinha isso. Ele mandava flores para as atrizes. As pessoas se sentiam acarinhadas, prestigiadas, e aqui eu me sinto assim. Eu sinto o carinho que eles têm. Vira e mexe, vou lá tomar um café, a gente fica conversando. É muito saudável", disse.

Questionado sobre nunca ter ouvido um não tem relação com o alto Ibope que ele dava a emissora em O Melhor do Brasil, Rodrigo negou.

"Não, porque o programa já respondia bem no Ibope antes. O Dança, Gatinho era a cereja do bolo. Acontece que, com o quadro, ele explodiu, foi para primeiro lugar. Em alguns momentos, chegava perto da novela das oito da Globo. Teve um dia em que a gente passou a novela Passione [Globo, 2010]. Então, nunca ninguém chegou para mim e disse: Não faça isso. É claro que, agora, no domingo, eu tomo mais cuidado, porque tem criança assistindo", afirmou.

Faro ainda deu detalhes sobre seu patrimônio, que de acordo com a Wikipedia chega a R$ 220 milhões. "Não vou mentir para você, Leo. É mais. Mas não tenho vergonha de ser rico, não. Tenho orgulho. Sou filho de professora. Meu pai era alcoólatra", contou.

Em seguida, também afirmou que precisará comer muito arroz e feijão para chegar no nível de Fausto Silva e Luciano Huck, ambos apresentadores da Rede Globo.

"Poxa, a vida do Faustão é uma maravilha, mas ele já ralou muito. Já o Luciano ainda trabalha muito. Cada hora ele está em um lugar diferente do Brasil, do mundo. Mas eu acho que eu ainda tenho que comer muito arroz com feijão, comer muita poeira para chegar nesse patamar deles", admitiu.

Por fim, questionado se voltaria para a Rede Globo algum dia, declarou: "Não. Porque eu vou falar: Quero voltar para a Globo? Vou fazer o quê, lá na Globo? Deixa o Faustão lá, cara. Ele está arrebentando. Faustão vai ficar muito tempo lá".

Vale lembrar que recentemente Rodrigo Faro chamou a atenção após ter sido flagrado perguntando da audiência de A Hora do Faro enquanto homenageava Gugu Liberato, cuja morte foi anunciada no dia 22 de novembro.

Em entrevista ao TV Fama, o apresentador comentou a polêmica: "A gente vive de audiência. Então sempre pergunto, é meu instrumento de trabalho. Audiência faz parte da vida do apresentador, o prestígio e o faturamento. Sempre a gente está querendo saber, sempre pergunto, sempre me é informado no ponto, é normal de quem trabalha em televisão".

E continua: "Tudo é baseado na audiência. Está dando audiência? Segura. Não está? Vamos pro intervalo. Quem faz programas ao vivo a audiência é um instrumento importantíssimo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Audiência é audiência, emoção é outra coisa. Elas vivem em paralelo e uma não atrapalha a outra".

Além disso, também comentou sobre as críticas sofridas na internet.

"Faz parte, a gente tem que sempre ouvir, essa é a melhor lição. Só tem que tomar cuidado porque no ambiente de internet hoje muita gente está se matando por causa de ofensa, cor, condição física... Eu sei assimilar uma crítica, entender e tocar a vida, pedir desculpas a quem se ofendeu. Vale o alerta para a gente pensar um pouquinho se a internet não está virando um local de muita propagação de ódio", disse.

[@#video#@]

Empregabilidade foi o tema da 18ª Parada do Orgulho LGBTI de Belém, realizada no domingo (20) pelo Grupo Homossexual do Pará (GHP), às 15 horas, com o objetivo de celebrar e fortalecer a luta da comunidade em busca de seus direitos. A concentração começou na Escadinha da Estação das Docas e a passeata saiu rumo ao Mercado de São Brás.

##RECOMENDA##

Segundo pesquisa recente feita pelo grupo Santo Caos, 41% dos LGBTIs brasileiros afirmam que já sofreram discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho; 33% das empresas brasileiras não contratariam pessoas LGBTIs para cargos de chefia; 61% dos funcionários LGBTIs no Brasil escondem a sexualidade para os colegas de trabalho; e 90% de trans (transexuais ou transgêneros) e travestis se prostituem por não conseguirem emprego.

“O tema da parada é pertinente porque a nossa população é precária de serviço formal. Muitos de nós estamos no mercado informal, como na prostituição ou no empreendedorismo individual. Nós queremos a garantia dos nossos direitos e a inserção da comunidade no mercado de trabalho para termos acesso ao benefício em toda a sua legalidade”, informou Danilo Barbosa, um dos organizadores.

Para Isabella Santorinne, militante trans, a discriminação nas empresas em relação a empregabilidade é muito grande, principalmente para as pessoas trans. “Eu consegui adentrar o mercado formal, mas depois de dez anos tentando. É importante mostrar para as empresas que nós também somos qualificados para exercer qualquer função que seja atribuída a nós”, afirmou.

“A parada é uma manifestação política que representa a nossa resistência diária. É o momento em que a gente consegue reunir várias pessoas LGBTIs que geralmente não estão em outros espaços. Se fazer presente aqui hoje é dizer que a gente não vai ter medo de ser quem a gente é, que a gente não vai ter medo de amar quem a gente ama e que nós vamos continuar sendo resistência como sempre fomos”, assegurou Rafael Carmo, trans.

Por Ana Luiza Imbelloni.

 

No próximo dia 23, a capital paulista recebe a 23ª Parada do Orgulho LGBT, considerada uma das maiores do mundo. Mas os eventos que celebram a diversidade não acontecem apenas no dia da Parada. O LeiaJá selecionou uma programação cultural que vai de peças teatrais a lançamentos de livros. Confira:

1 - Palestra "Historia do Movimento LGBTI+"

##RECOMENDA##

Neste sábado (15), a Câmara Municipal de São Paulo recebe a palestra "Historia do Movimento LGBTI+", com Nelson Matias, um dos fundadores e primeiro presidente da Parada LGBT de São Paulo, e Regina Facchini, doutora em ciências sociais.

Palestra Historia do Movimento LGBTI+ - 15 junho, às 14h30, na Câmara Municipal de São Paulo – Sala Luís Tenório de Lima, Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista

 

2 - Drag Contest

Já no domingo (16), acontece a apresentação final do "Drag Contest", um evento cultural realizado há 13 anos no Centro Cultural Ruth Cardoso, que consiste em oficinas preparatórias para candidatos que desejam ser drag queens. O evento empodera jovens de baixa renda, ao colocá-los em contato com profissionais e grandes artistas do meio, além da capacitação sociocultural para se desenvolver enquanto artistas. 

Drag Contest - 16 de junho, às 18h, no Centro Cultural Ruth Cardoso - Avenida Deputado Emilio Carlos, 3641, Vila Nova Cachoeirinha

 

3 - Peça "Malvadas – Tudo sobre Sharon, Sheila & Shirley"

O espetáculo "Malvadas – Tudo sobre Sharon, Sheila & Shirley" ficará em cartaz até 26 de junho, no Teatro FAAP. A peça conta a história de três irmãs que moram em um pequeno apartamento. Em um dia de faxina, elas recebem um convite para uma festa, porém o convite é individual e apenas uma delas poderá ir. Uma trama cheia de trapaças, discussões, alianças, brigas e traições.

Malvadas – Tudo sobre Sharon, Sheila & Shirley - 19 e 26 de junho, às 21h - Teatro FAAP, Rua Alagoas, 903, Higienópolis. Ingressos: teatrofaap.showare.com.br

 

4 - Pajuball - Corpos em Performance

A Casa Natura Musical terá dois eventos para comemorar o orgulho LGBT, um deles é o "Pajuball - Corpos em Performance", no dia 21. A noite será composta por uma mesa de debate, competições e performance da artista trans Jup do Bairro. O evento também celebra os 50 anos da revolta de Stonewall, uma rebelião que deu origem a toda a luta por direitos LGBT no mundo. O pajubá é uma ligação em códigos criada pela comunidade LGBTI+ como uma forma de resistência e comunicação que utiliza termos de origem nagô e iorubá.

Pajuball - Corpos em Performance - 21 de junho, às 23h - Casa Natural Cultural, Rua Arthur de Azevedo, 2134, Pinheiros. Entrada Gratuita

 

5 - Batekoo

No dia 28, a Casa Natura Musical recebe a festa Batekoo, com as artistas Lei di Dai, Deize Tigrona e Mis Ivy. O evento tem repertório baseado na black music, além de funk carioca, urban e reggae. A temática da festa reúne os bailes funk da periferia do Brasil, junto com festas black que acontecem nos guetos dos Estados Unidos.

Batekoo, dia 28 de junho, às 21h30 - Casa Natural Cultural, Rua Arthur de Azevedo, 2134, Pinheiros. Ingressos: www.casanaturamusical.com.br

 

O candidato a deputado federal Vinícius Mendonça está tão confiante quanto o pai, Mendonça Filho (DEM), em relação a ser vitorioso na eleição que se aproxima. Em entrevista concedida ao LeiaJá, Vinícius afirmou que pretende ingressar na política para fazer parte da “renovação” que o país precisa. 

“Eu entrei para a política porque eu quero ser parte da renovação que o Brasil precisa. Não que eu ache que vou fazer a renovação sozinho, eu sou mais uma das pessoas que estavam insatisfeitas de como a gente era representado e eu quero ajudar aquelas pessoas que já fazem a política hoje para construir um Brasil melhor”, declarou. 

##RECOMENDA##

O filho de Mendoncinha falou que a política pode ser usada de forma decente. “A mensagem que tenho dito por onde eu ando é que eu quero trazer para a realidade de novo a crença que o brasileiro precisa ter na política. A política, quando usada de uma forma decente e com as pessoas certas, é a melhor forma da gente construir um Brasil, um Pernambuco e um mundo melhor”. 

Vinícius também disse acreditar que é possível acabar com a corrupção. “Eu como cidadão brasileiro quero acreditar nisso. Eu acredito e vou incentivar a todo mundo acreditar. A gente precisa que todo mundo se envolva na discussão política e participe de política do bairro e do país para que a gente construa um Brasil melhor”.

Ele ainda falou que não tem medo com comparações com o pai. “Pelo contrário, é um orgulho para mim. Mendonça, do mesmo jeito que eu comecei a minha vida pública, tinha um pai político e mesmo assim trilhou a sua própria história. Eu tenho um ótimo professor em casa, mas eu quero construir a minha própria história contando com o apoio e as lições que ele tem para me dar”, ressaltou afirmando que está trabalhando muito para ser eleito. 

O irmão do ex-governador Eduardo Campos, o advogado Antônio Campos, vem tentando, ainda sem sucesso, que o governador Paulo Câmara (PSB) não utilize a imagem de Campos nem a de Miguel Arraes em sua campanha eleitoral. Em entrevista ao LeiaJá, Antônio falou que suas posições podem ser até incompreendidas, mas garantiu que tem coerência.

“Eu tenho coerência de postura e, em nome dessa coerência, que eu venho defendendo uma posição muitas vezes incompreendida, mas um dia a história contará”, ressaltou. 

##RECOMENDA##

Candidato a deputado estadual pelo Podemos, ele também afirmou que não tem medo de possíveis comparações com o irmão, caso consiga entrar na política. “Eu tenho um grande orgulho e uma grande alegria de ser irmão de Eduardo, filho de Ana Arraes, ser filho de Maximiano Campos, ser neto de Miguel Arraes, desse homem que entrou no livro dos heróis da pátria e é também uma grande responsabilidade”. 

O irmão do ex-governador já falou, durante um evento do grupo “Pernambuco Vai Mudar”, que um verdadeiro Arraes não peca pela omissão. “O pior pecado é aquele da omissão, o um verdadeiro Arraes, um verdadeiro Campos não peca pela omissão”, deixou o recado. 

Quando a morte de Aretha Franklin foi anunciada no sistema de som da fábrica de carros de Detroit em que trabalha Maurice Black, a emoção foi tão grande que os gerentes da unidade interromperam por alguns minutos a cadeia de montagem.

"A expressão em todos os rostos era desoladora", disse o homem de 53 anos diante da Igreja Bautista New Bethel, onde Aretha começou a cantar gospel quando era criança e seu pai era pastor do templo.

##RECOMENDA##

A emoção foi intensa porque muitos trabalhadores recordaram a visita da cantora à fábrica alguns anos antes. "Quando ela veio, todos gritaram Aretha, Aretha! Rainha do soul".

Os carros e a "Rainha do soul" são símbolos de Detroit, a maior cidade de Michigan, conhecida como "Cidade do Motor" por seu grande vínculo com a indústria automobilística.

Maurice Black cresceu na vizinhança da igreja, onde desfrutou das receitas preparadas por Aretha durante as abundantes refeições que ofereceu à comunidade e aos desabrigados nos dias de Ação de Graças e Natal.

"Ela fazia a melhor sopa de rabada, com um pão de milho, que era de matar", recorda. "Era tanta comida que você não sabia o que fazer".

No bairro, os moradores não escondem o orgulho com o fato de uma estrela da música ter escolhido continuar próxima de suas raízes, e não em cidades mais famosas como Los Angeles ou Nova York.

As pessoas que saíram de casa na quinta-feira para homenagear Aretha Franklin, desafiando a chuva, recordavam não apenas sua música, mas também a personalidade pé no chão.

"Sei que era rica, mas nunca demonstrava que era rica", lembra o pastor Charles Turner, cujo pai já administrou a igreja.

"Ela sempre demonstrava respeito por você. Quando você se aproximava dela, deixava que a abraçasse e sempre sorria quando falava com você".

"Ela era o tipo de pessoa que sempre falava com todos", confirma Black, que a viu na igreja pela última vez no ano passado, quando a cantora começou a perder peso e ele percebeu que Aretha estava doente.

"Ela fazia você pular de alegria", explica.

Para Jerome Greear, 52 anos e engenheiro de som, o funeral de Aretha deveria ser "presidencial", para estar à altura da artista.

"As pessoas a amavam", afirma, antes de apontar para a antiga igreja do pai de Aretha: "Não é grande o suficiente para ela. Este edifício não é grande o suficiente".

O vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) também emitiu sua opinião sobre a peça com Jesus transexual intitulada “O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu”. Por meio do seu Facebook, o psolista afirmou que assistiu e ficou impactado pela força do espetáculo ressaltado que a peça é uma lição de amor do começo ao fim. Ivan foi muito além. “O Cristo ficaria orgulhoso, linda”, elogiou. 

O vereador também disse que ficou “assombrado” com a capacidade de algumas pessoas se posicionarem sobre obras que não conhecem. “Como dar opinião sobre um livro sem ler o livro? Sobre um filme sem assistir ao filme? Sobre uma canção antes de ouvi-la? Sobre uma peça sem nem ter olhado para a capa do roteiro? Assombrado com a capacidade que algumas pessoas têm de emitir posicionamentos acalorados sobre obras que simplesmente nunca viram”, ressaltou. 

##RECOMENDA##

Antes mesmo de assistir à peça, Ivan tinha feito um comentário. “Ouvi dizer que é um espetáculo que fala de amor, de aceitação, de afeto e perdão, valores que primeiro conheci no cristianismo”. Ainda falou que ninguém tem a obrigação de gostar de nada, nem de assistir, mas que a liberdade de expressão era importante. “Garanti-la também é dever do estado”, pontuou. 

Outros políticos já haviam dado sua opinião. O deputado estadual Cleiton Collins (PP) chegou a falar que estava revoltado com a peça e que não poderia ser apresentada em nenhum lugar do país. “Primeiro, Jesus não é rainha, ele é rei dos reis. A falta de respeito desses grupos está demais. Nós não podemos aceitar”, disse.

O deputado Pastor Eurico (Patriota) chegou a entrar na Justiça contra a atriz trans Renata Carvalgo, a protagonista do papel afirmando que ela faz uma performance “vilipendiando” a fé cristã e os símbolos religiosos da cristandade. 

 

 

No Dia Mundial do Orgulho LGBT, comemorado neste dia 28 de junho, o filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, possível candidato a deputado federal pelo PSB, deixou um recado em uma rede social contra o preconceito. O ex-chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) disse que é preciso respeitar todas as pessoas. 

João ressaltou que o lema da sua legenda é “Socialismo e Liberdade”. “E hoje é um dia importante para lembrar que é preciso respeitar todas as pessoas, independentemente de suas diferenças. Democracia se faz com respeito, longe do preconceito e sempre próximo ao livre exercício da cidadania”, ressaltou afirmando ainda que as diferenças precisam ser celebradas. 

##RECOMENDA##

Desde que lançou o movimento “Rota da Esperança”, que deve guiar sua campanha na eleição deste ano, o filho de Eduardo tem utilizado a estratégia de se aproximar cada vez mais do povo. Campos garantiu que vai percorrer Pernambuco “de canto a canto”. “Uma caminhada que já começou. Levo comigo os sonhos, a esperança e a disposição de estar sempre junto do povo”, já avisou. 

Após polemizar ao defender, no último sábado (12), o aborto “legal, seguro e gratuito”, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) voltou a falar sobre um assunto que divide opiniões: o casamento homoafetivo. Nesta segunda-feira (14), o psolista comemorou a regulamentação da união gay em todo o país há exatamente cinco anos. 

“Essa vitória foi o resultado de um trabalho conjunto, do qual tenho muito orgulho. Em 6 de abril de 2013, protocolei, em parceria com o meu partido e a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio de Janeiro (Arpen-RJ), um pedido formal para que o CNJ finalmente regulamentasse os procedimentos de habilitação direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, bem como das conversões de uniões estáveis em casamento”, explicou. 

##RECOMENDA##

Jean Wyllys disse que o casamento permitiu reduzir um vácuo de dezenas de leis inacessíveis à população LGBT como questões sucessórias e previdenciárias, por exemplo. “O casamento é um direito civil, ainda que alguns, desonestos, queiram confundir a opinião pública misturando aspectos religiosos e afirmando que a conquista deste direito afeta a liberdade de culto. Nossa luta é, também, contra a mentira”, ressaltou. 

Segundo o ex-BBB, dados de 2017 mostraram que a taxa de crescimento entre casais gays foram maiores do que uniões heterossexuais ao menos por dois anos consecutivos. 

O pré-candidato a presidente do Brasil, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, aparece com cerca de 2% de intenções de votos nas últimas pesquisas eleitorais, mas se mostrou bastante otimista quanto a ser tornar o próximo presidente do país. Durante evento o 96° aniversário de Aparecida de Goiânia, nesta sexta-feira (11), Meirelles foi categórico: “O povo de Goiás vai ter o orgulho de ter o primeiro presidente goiano do Brasil”, declarou. 

Meirelles, durante entrevista aos jornalistas, disse acreditar que esse baixo percentual vai mudar após a confirmação de sua candidatura pelo MDB em um momento oportuno. “Depois, nos programas de rádio e televisão e na campanha eleitoral, nossa história será reconhecida e melhoraremos os índices de intenção de votos até a eleição”, disse com esperança. 

##RECOMENDA##

O ex-ministro também falou sobre a possibilidade não descartada do presidente Michel Temer (MDB) decidir concorrer à reeleição, o que tiraria Meirelles da corrida. Ele não negou que o emedebista possa disputar a presidência novamente. “Se avaliarmos que ele não tem condições de ser candidato, então eu serei o candidato”. 

Henrique Meirelles rejeitou totalmente a possibilidade de um “plano B” optando pelo Senado Federal. “Minha candidatura será apenas para presidente da República”. Ele ainda salientou que, na área da segurança pública, vai propor “investimentos no treinamento e armamento das polícias nos estados brasileiros e reforçaremos a vigilância das nossas fronteiras”.

 

 

 

 

 

A Polícia Civil de Blumenau, em Santa Catarina, investiga a divugalção de cartazes com mensagens de teor nazista e de supremacia branca. Pelo menos dez cartazes foram colocados em postes e pontos de ônibus de ruas do centro da cidade e uma suástica foi pichada no bairro Ponte Aguda, conta o G1.

O caso está incluído no mesmo inquérito que apura ataques ao ativista e advogado Marco Antônio André. Em um poste em frente à residência do advogado foi colocado um cartaz que diz "negro, comunista, antifa, macumbeiro. Estamos de olho em você".

##RECOMENDA##

Ao G1, o delegado Lucas Gomes de Almeida, responsável pelo caso, conta que os dois casos podem ter envolvimento do mesmo grupo. "Os dois casos seriam o mesmo tipo penal, mas no caso do Marco foi mais racismo. Essa situação agora é apologia ao nazismo, com suástica, com essa questão de hegemonia branca. Além de associação criminosa, se for o mesmo grupo", disse.

A suspeita é que os cartazes tenham sido colocados no domingo (22), pois estão instalados em locais de grande movimentação. Eles são assinados com o site de um grupo neonazista ucraniano, mas o delegado acredita que a referência sirva para desviar o foco da investigação. 

Dezenas de milhares de pessoas marcharam neste domingo pelo Orgulho Gay em Nova York em um mar de bandeiras com as cores do arco-íris, com a oposição ao presidente Donald Trump e a defesa dos transexuais como as grandes causas do momento.

Pelo 48º ano consecutivo, milhares de participantes, a pé, de moto ou em caminhões pela 5ª Avenida, entre os aplausos de uma multidão alegre, percorreram três quilômetros entre os arranha-céus de Midtown até a zona de Greewich Village, onde nasceu o movimento pelos direitos dos homossexuais após os distúrbios de Stonewall em 1969.

Enquanto em Istambul os participantes da Parada do Orgulho Gay foram dispersados pela polícia, que disparou balas de borracha, na maior metrópole americana a marcha é uma verdadeira instituição.

Sob um sol radiante, centenas de policiais e muitos políticos, entre eles o prefeito Bill de Blasio, o governador de Nova York, Mario Cuomo, e o senador Chuck Schummer, todos democratas, caminharam sorridentes junto com os participantes.

Em junho de 2015, a marcha celebrou a legalização do casamento entre homossexuais. Em junho de 2016, ocorreu em clima de luto depois do massacre na boate Pulse em Orlando, na Flórida.

Este ano, muitos marcharam com cartazes escritos "Resistir", denunciando o governo republicano de Donald Trump e as suas propostas legislativas - em particular a derrubada da lei de saúde Obamacare - e o questionamento dos direitos dos transexuais.

Assim, Gavin Grimm, o estudante do Ensino Médio cujo pedido para poder usar o banheiro masculino de sua escola está no centro da "batalha dos banheiros", marchou na procissão da ACLU, a poderosa organização das liberdades individuais, designado o "grande marechal" do desfile.

Enquanto muitos participantes se mostraram claros opositores a Trump, outros assinalaram também não querer fazer desta marcha um evento político.

"A atual administração é abominável", disse Cara Lee Sparry que, em sua motocicleta, participou de uma dúzia de Paradas do Orgulho Gay. "Mas estar rodeado de milhares de pessoas gritando por horas, é incrível, não pode ir contra isso!".

Um levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU aponta que a população de Pernambuco é, em sua maioria, feliz e considera aqui um bom local para se viver. A mesma pesquisa, entretanto, mostra cidadãos cobrando com urgência mais segurança, saúde e emprego. Estudos da Geografia Humanista, como o da topofilia, talvez lancem luz sobre esses sentimentos conflitantes dos pernambucanos.

O geógrafo sino-americano Yi-Fu Tuan é o responsável por desenvolver o conceito de topofilia (topo: lugar; filia: atração). O conceito se refere à capacidade do ser humano de se apegar não somente a outras pessoas mas também ao espaço geográfico. Tal sentimento de afeição emerge mesmo em situações de natureza drástica, como em locais de seca. Mesmo ciente que podem existir regiões melhores, moradores dessas localidades permanecem lá por amarem o local e assumirem o desafio de melhorar o ambiente. A terra onde se vive vira ambiente de intimidade, depósito de lembranças e onde se mantém a esperança.

##RECOMENDA##

Dos pernambucanos entrevistados, 91% se disseram orgulhosos de serem do estado. À pergunta “Neste momento, como você se sente morando em Pernambuco?”, 10% se disseram muito felizes e a maioria, 62%, se disse feliz. 

Apesar disso, uma quantia expressiva, 24,7%, não souberam ou não quiseram responder por que se sentiam felizes. Um total de 62% explicou que sua alegria se devia porque “gosta daqui/Pernambuco é o melhor lugar”. 

Em seus estudos, Yi-Fu Tuan prevê que as pessoas estão geralmente satisfeitas com a área onde residem. Para o pesquisador, um dos motivos é o tempo vivido, porque a familiaridade gera aceitação e também afeição.

Os 10% da pesquisa que se disseram infelizes ou muito infelizes responsabilizaram a violência (33,5%), falta de emprego (18,7%), “não tem futuro/é ruim” (14,3%), dificuldades (8,8%) e governo ruim/corrupto (6%). Como a resposta era espontânea, houve outras respostas, mas com menos menções.

Feliz, mas... – Há uma divisão mais igual quando os entrevistados são questionados sobre os últimos anos no Estado. Ao todo, 22% dizem que a vida melhorou, mas 32% alegam que continua a mesma coisa e 32% também afirmam que piorou. A diferença entre tais opiniões permanece basicamente a mesma mesmo quando é levado em conta a renda familiar, o grau de instrução e a região do Estado.

Brasil – A pesquisa aqui no Estado também perguntou sobre o orgulho de ser brasileiro. O resultado foi basicamente o mesmo: 90% dos pesquisados disseram serem orgulhosos, contra 9% que responderam “não” e 1% que não soube responder.

Oportunidades – Por fim, quando perguntados se Pernambuco oferecia, no momento, oportunidades para melhorar de vida, a resposta também não dá motivos para a população estar feliz. Um total de 70% respondeu que não há tais oportunidades, enquanto 20% disse que sim. 

A modelo transexual brasileira Valentina Sampaio disse em entrevista à AFP que se sente orgulhosa de ser um ícone do movimento transgênero, enquanto se prepara para a estreia nas passarelas de Milão na Semana de Moda, que começa na quarta-feira.

Com 1,77 de altura, olhos verdes, lábios carnudos, pele clara, cabelos castanhos e nenhuma maquiagem, a esbelta modelo é antes de tudo uma menina bela e tímida, que diz não ter sofrido as dificuldades da maioria das transexuais para ser aceita e que sonha em desfilar com grandes nomes da moda italiana, como Armani.

##RECOMENDA##

Primeira transgênero a ser capa da revista de moda Vogue Paris, Valentina está satisfeita com a homenagem feita na edição francesa de março da famosa publicação.

"Sim, estou orgulhosa. Acho que este é um momento importante, a moda é um instrumento onde as coisas podem fluir livremente. Neste momento está sendo debatido (a questão dos transexuais), falado, para que no futuro a gente possa ser livre desses preconceitos", explica a modelo de 22 anos.

Valentina iniciou sua carreira no Brasil há quase quatro anos, chegando a ser embaixadora da L'Oreal e figura de destaque da Semana de Moda de São Paulo, em outubro de 2016, após desfilar para marcas como Água de Coco e Vitorino Campos.

"Quero seguir batalhando por um mundo melhor", diz a jovem, com tom suave, apesar de falar sobre um assunto tão delicado e doloroso como a transexualidade e sua luta para que seja vista como algo normal.

"Não vejo isso como um defeito, como uma anomalia", explicou Valentina, que durante toda a entrevista evitou usar os termos transgênero, transexual e a sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

- Um segredo: a mudança de sexo -

"Cada um é cada um, João é João, Maria é Maria, Valentina é Valentina", diz, de forma divertida, embora não queira revelar seu segredo.

"Não falo disso", respondeu assertivamente ao ser questionada sobre a cirurgia de mudança de sexo.

Sobre a crescente visibilidade da transexualidade, Valentina assegura que "não quer rotular ou dar títulos".

"Me matriculei em Fortaleza na faculdade de Arquitetura, depois passei para a de Moda, por isso sempre quis visitar a Itália. Estou encantada", conta durante a entrevista realizada em um parque do centro de Milão, cidade que visita pela primeira vez.

Filha de um casal jovem, "meu pai tem 45 anos e minha mãe, 42", Valentina cresceu em uma pequena localidade do Ceará, onde garante que não se sentiu discriminada e contou com o respeito e apoio dos pais.

"Desde criança, desde menino, sempre me senti uma menina", afirma.

"Eu cresci no interior do nordeste, no Ceará, fui protegida naquele lugar pequeno, onde todo o mundo te conhece e te respeita. No começo da carreira aconteceram coisas. Também vi coisas, (ouvi) comentários feios", afirma, lembrando ter perdido um de seus primeiros contratos de uma campanha publicitária por ser transexual.

"Era uma marca mais conservadora. Decidiram que não era uma boa imagem para a marca", explica.

"Me senti mal, queria deixar esse trabalho. Mas aquilo não me parou", acrescentou.

Valentina, que não usa seu nome de batismo, junto com Lea T, filha do ex-jogador Toninho Cerezo, porta-voz da diversidade de gênero, racial e orientação sexual nas Olimpíadas do Rio-2016, faz parte do primeiro grupo de modelos brasileiras que lutam abertamente contra o preconceito e a violência contra os transexuais.

"O conselho que eu tenho para dar é que eles (os transexuais) têm que acreditar neles mesmas, mesmo nas dificuldades. Nada pode pará-los", diz a modelo que tem 35.000 seguidores no Instagram.

"Muitas vezes não existem oportunidades para essas pessoas, as portas estão fechadas quando chegam aos seus ouvidos. Acho que isso tem que acabar. É importante que qualquer trabalho que você vai fazer seja pelo seu profissionalismo, por seu talento", sustenta.

Valentina Sampaio, assim como a diretora da Vogue Paris, Emmanuelle Alt, estão convencidas de que a batalha estará vencida quando não for necessário explicar as razões pelas quais escolheram uma transexual para trabalhar.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando