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Na 23ª Parada do Orgulho LGBT, que acontece dia 23 de junho, em São Paulo, cinco casais homoafetivos vão realizar o sonho de se casar. Um cartório será montado próximo ao local do desfile, onde serão realizados os tramites da união civil e, em seguida, os casais festejarão o momento especial em cima de um trio elétrico que percorrerá a Avenida Paulista.

Em 2006, a Parada de Orgulho LGBT entrou para o "Guiness Book of Records" como a maior do mundo. O público superou a marca de três milhões de pessoas, número que também é o esperado para este ano com a ação de mostrar que todos têm o direito de formar uma família, independente da orientação sexual. Dessa vez, esse público fará parte da festa de casamento dos cinco casais selecionados pelas startups POPSPACES e The Next H.  "Esses casais representam o orgulho, a liberdade de amar e ser amado. E isso precisa ser compartilhado e comemorado em grande estilo, junto com milhões de pessoas que se identificam e lutam pelos direitos da comunidade LGBT. Assim, todos podem testemunhar essa conquista e celebrar o direito ao amor", diz a diretora de projetos da POPSPACES, Naila Broisler.

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O radialista Willian Barboza Araújo, 30 anos, se casou em dezembro de 2018 com o publicitário Gregory Rodrigo Zanoni, 30 anos. Em novembro de 2017, eles tentaram participar de um casamento coletivo, mas acabaram perdendo a data de inscrição, então, adiaram para o ano seguinte, mas as vagas encerraram-se rápido demais. "Fizemos duas tentativas de casar por meio de casamento coletivo e não conseguimos, pois as vagas eram escassas. Obviamente existe mais demanda do que oferta por casamentos coletivos abertos aos casais LGBT, por isso a importância desses tipos de casamento", afirma Araújo. O casal não teve problemas com a documentação para oficializar a união em cartório e nem com a preparação da festa de casamento.

Gregori Zanoni (à esq.) e Willian Araújo se casaram no final do ano passado | Foto: Acervo Pessoal

Felizes com a união, Willian e Gregory apoiam as iniciativas de casamento coletivo e que ajudam membros da comunidade LGBT. "Essa conquista reconhece perante a lei os direitos básicos como o de uma união heteroafetiva. A comunidade LGBT não quer direitos a mais. Acredito que cada direito que a comunidade têm conquistado nos últimos anos vem com a importância de caminhar para uma sociedade mais igualitária", comenta o radialista.

Bruna Linzmeyer participou da Parada Gay em Nova York, nos Estados Unidos, e se encontrou com um monte de gente incrível! Além de estar acompanhada da namorada, Priscila Visman, a atriz esteve ao lado de Gaby Amarantos, Johnny Hooker e até mesmo Thammy Miranda, filho de Gretchen.

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Em seu Instagram, Bruna publicou uma foto bem colorida e cheia de arco-íris e ainda escreveu o seguinte texto, para explicar sua experiência no evento, que serve para dar visibilidade à comunidade LGBT:

Me arrepia cruzar olhares com as fanchas nesses dias que rondam a parada LGBTQIA+ aqui em NYC. Me alegra encontrar as fanchas sempre, em qualquer lugar. A troca de sorrisos, um "tamo junta" no olhar, a sensação de pertencimento que dá coragem, amor, esperança. Ver a comunidade LGBT+ na rua, pertencendo, dançando, celebrando nossas vidas é muito, muito bonito. E mais bonito ainda é ver tudo isso com essa trupe da foto - que honra estar entre vocês. Que foda ver junto e caminhar junto.

Na frente do primeiro trio da 16ª Parada da Diversidade do Recife, um grupo de mulheres já se reunia com faixas e cartazes, na tarde deste domingo (17). Na frente do Parque Dona Lindu, na Zona Sul do Recife, durante a abertura do evento, o coletivo “Mães pela diversidade” já se reunia.

Em sua maioria, o grupo é composto por mães e pais de lésbicas gays, bissexuais, travestis e transexuais. Algumas famílias que compõem o grupo perderam seus filhos assassinados por conta da homotransfobia. O coletivo surgiu há pouco mais de um ano em São Paulo e se expandiu para 14 estados do Brasil. O objetivo do movimento  é  lutar pela garantia de direitos civis da população LGBT. 

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De acordo com o Grupo Gay da Bahia, o ano passado foi o mais violento dos últimos 40 anos para a comunidade LGBT. Segundo a entidade, 343 pessoas foram mortas em todo o Brasil, uma média de um assassinato a cada 25 horas. 

A maior parte dos crimes de LGBTfobia acontecem em lugares ermos das cidades ou dentro de casa e a predominância é de vítimas jovens, com idades que variam entre 19 e 30 anos. O relatório do GGB apontou 14 assassinatos no ano passado em Pernambuco. Ainda segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), entre 2014 e 2016 foram 635 casos de violência domiciliar contra a população LGBT.

Confira:

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Dezenas de milhares de pessoas marcharam neste domingo pelo Orgulho Gay em Nova York em um mar de bandeiras com as cores do arco-íris, com a oposição ao presidente Donald Trump e a defesa dos transexuais como as grandes causas do momento.

Pelo 48º ano consecutivo, milhares de participantes, a pé, de moto ou em caminhões pela 5ª Avenida, entre os aplausos de uma multidão alegre, percorreram três quilômetros entre os arranha-céus de Midtown até a zona de Greewich Village, onde nasceu o movimento pelos direitos dos homossexuais após os distúrbios de Stonewall em 1969.

Enquanto em Istambul os participantes da Parada do Orgulho Gay foram dispersados pela polícia, que disparou balas de borracha, na maior metrópole americana a marcha é uma verdadeira instituição.

Sob um sol radiante, centenas de policiais e muitos políticos, entre eles o prefeito Bill de Blasio, o governador de Nova York, Mario Cuomo, e o senador Chuck Schummer, todos democratas, caminharam sorridentes junto com os participantes.

Em junho de 2015, a marcha celebrou a legalização do casamento entre homossexuais. Em junho de 2016, ocorreu em clima de luto depois do massacre na boate Pulse em Orlando, na Flórida.

Este ano, muitos marcharam com cartazes escritos "Resistir", denunciando o governo republicano de Donald Trump e as suas propostas legislativas - em particular a derrubada da lei de saúde Obamacare - e o questionamento dos direitos dos transexuais.

Assim, Gavin Grimm, o estudante do Ensino Médio cujo pedido para poder usar o banheiro masculino de sua escola está no centro da "batalha dos banheiros", marchou na procissão da ACLU, a poderosa organização das liberdades individuais, designado o "grande marechal" do desfile.

Enquanto muitos participantes se mostraram claros opositores a Trump, outros assinalaram também não querer fazer desta marcha um evento político.

"A atual administração é abominável", disse Cara Lee Sparry que, em sua motocicleta, participou de uma dúzia de Paradas do Orgulho Gay. "Mas estar rodeado de milhares de pessoas gritando por horas, é incrível, não pode ir contra isso!".

Na última semana, foi divulgado que Anitta seria uma das atrações da Parada Gay, em São Paulo. Mas, neste domingo, 18, pouco antes do início do evento, a estrela pop usou o Twitter para esclarecer que não fará um show propriamente dito. Ainda assim, para alívio dos fãs, a carioca deve cantar alguns de seus sucessos.

"Amores... #aviso: sei que foi divulgado em 'n' lugares que hoje eu faço show na Parada Gay, mas infelizmente isso não é verdade. Estarei lá para receber uma homenagem da equipe do Cha da Alice e também para apoiar este movimento que tanto amo. Infelizmente quando me convidaram para fazer meu show, eu já tinha um show marcado no Rio, então, minha equipe não teria tempo para os dois. Também não estarei lá associada ou promovendo nenhuma marca ou empresa. Apenas apoiando a causa LGBTS que tanto amo e sou grata", escreveu.

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Os organizadores da Parada do Orgulho LGBT de Kampala anunciaram na sexta-feira (5) o "adiamento" do evento e afirmaram que o ministro da Ética de Uganda, país sabidamente homofóbico, ameaçou deter todos os participantes e sugeriu que eles poderiam ser intimidados.

"Enquanto comitê, decidimos adiar os eventos restantes", previstos para sábado e domingo, indicaram os organizadores, que se mostraram otimistas sobre as atuais negociações com "altos responsáveis do governo".

"Comunicaremos as novas datas quando forem concluídas as negociações", acrescentaram. A decisão foi adotada depois de uma reunião do advogado dos organizadores, Nicholas Opiyo, com o ministro da Ética, Simon Lokodo, e um representante da polícia.

Opiyo disse à AFP que o ministro ordenou a anulação das atividades e advertiu que, se essas fossem realizadas, a polícia iria deter todos os participantes, e cidadãos seriam mobilizados para "defender os valores morais de Uganda".

O ministro, que até o momento não reagiu a estas afirmações, tinha declarado que "se os participantes fossem agredidos, a culpa seria toda deles", segundo Opiyo. Um desfile estava previsto para este fim de semana, indicaram os organizadores.

A embaixadora dos Estados Unidos em Uganda, Deborah Malac, declarou que "a embaixada está do lado da comunidade LGBT e dos ugandeses, venham de onde venham e sejam quais forem suas crenças, para defender a dignidade de todos os cidadãos".

A homofobia está muito estendida em Uganda. Assédios e intimidações aos homossexuais são comuns neste país onde se desenvolve um cristianismo evangélico muito beligerante contra o movimento LGBT.

Uganda - onde as relações chamadas "contra natura" são punidas com prisão perpétua por uma lei da época da colonização britânica - adotou em dezembro de 2013 uma nova legislação que reprime principalmente a "promoção da homossexualidade" e torna obrigatória a denúncia de homossexuais.

Esta lei, que provocou indignação internacional, foi anulada pelo Tribunal Constitucional em agosto de 2014, mas os políticos apresentaram um novo projeto de lei que pretende reintroduzir o crime de "promoção" da homossexualidade.

Milhares de pessoas participaram neste sábado (2) de uma parada do orgulho gay em Paris, que contou com segurança reforçada, uma vez que a França ainda está sob estado de emergência desde os ataques terroristas do ano passado. Alguns manifestantes usavam tiras de tecido preto nos braços em tributo às vítimas do ataque na boate LGBT em Orlando há três semanas.

A embaixada dos EUA na França foi oficialmente representada na parada, que também contou com a presença da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e da ministra da Cultura Audrey Azoulay. No Twitter, o presidente da França, François Hollande, mostrou apoio à manifestação. "Vamos continuar lutando por liberdade e igualdade", escreveu. Fonte: Associated Press.

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A polícia da Turquia disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes que se reuniram para uma parada LGBT em Istambul, mesmo com proibição do governo. Os participantes clamavam por direitos dos transexuais e agitavam bandeiras com as cores do arco-íris quando mais de 300 policiais fortemente equipados ordenaram que eles dispersassem.

O prefeito de Istambul proibiu que a comunidade LGBT organizasse duas paradas neste ano, citando preocupações com segurança como causa, uma vez que grupos islâmicos e ultranacionalistas ameaçaram fazer protestos para impedir as paradas.

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Num pronunciamento que foi impedido de ser lido em público, os organizadores disseram que a comunidade está sendo "aterrorizada pelo estado e por grupos puritanos". "O governo prefere limitar os direitos e a liberdade das pessoas em vez de tomar medidas para combater as ameaças", dizia o documento. Fonte: Associated Press.

Milhares de pessoas participaram, neste sábado, da tradicional Parada Gay de Roma, manifestando sua defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo, na Itália. Em um clima de festa, a multidão carregava cartazes como "homofobia é machismo" e "minha liberdade protege sua liberdade".

O da manifestação "Quem não está satisfeito deve lutar" é uma referência à lei sobre união civil homossexual, adotada em meados de maio pelo Parlamento italiano e considerada insuficiente pela comunidade LGBT local.

Contrariando a demanda das associações de defesa dos homossexuais, a possibilidade de adoção dos filhos biológicos do parceiro foi suprimida durante o debate parlamentar, enquanto a adoção de crianças estrangeiras por parte de um casal gay sequer foi considerada.

Com apoio da Igreja católica, um comitê intitulado "Defendamos nossas crianças" reuniu milhares de opositores ao texto, no final de janeiro, em Roma. A Itália é um país bastante conservador nesse tema.

Conhecida por encenar uma crucificação na Avenida Paulista em 2015, a modelo transexual Viviany Beleboni, de 28 anos, resolveu usar neste ano uma fantasia de Justiça e segurar uma Bíblia, com uma cruz sangrando e a frase "Bancada evangélica: retrocesso". O carro onde vai desfilar expõe uma faixa de "Fora Temer".

Segundo afirma, a ideia da fantasia é representar a Lei de Igualdade de Gênero para travestis e transexuais, tema da Parada LGBT em 2016. "Eu não penso em fazer polêmica. Quero mostrar a Justiça com uma faixa preta que tampa a visão. A Bíblia é para representar a bancada evangélica, que significa retrocesso para mulheres e LGBT." A modelo também colou notas de dólar na parte interna da bíblia. "Representa o dinheiro do povo, a forma como eles da bancada chegam ao poder."

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"No ano passado, me acusaram de vilipendiar um símbolo sagrado por causa da crucificação. Era uma cruz feita dois dias antes na marcenaria, eu não tirei nada da Igreja", disse. "Neste ano, a Bíblia é só um fichário imenso. É artístico, não é vilipendiar. Vilipendiar é vender sabão em pó a R$ 70 na igreja e pedir número de cartão de crédito dos fiéis."

Para Viviany, a encenação faz parte da militância. "Travestis e transexuais são os mais prejudicados. Gay, quando não aparenta não ser, ainda consegue sair na rua, consegue emprego. Nos, não", disse. "O Brasil está muito atrasado em tudo."

A modelo também afirmou que chegou a receber ameaças, mas não se mostrou preocupada. "Disseram que iam atirar em mim na Parada. Ainda estou esperando", afirmou. Ela não quis comentar a faixa de "Fora Temer" do carro. "Só tenho a dizer que precisamos de eleições gerais. É uma democracia ou teocracia?"

Presente na Parada para apoiar um grupo de mães de filhos LGBT, na Avenida Paulista, região central, a atriz e cantora Clarice Falcão afirmou neste domingo, 29, que o Brasil está "andando para trás" em políticas de inclusão de minorias com o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). "O progresso no governo anterior era extremamente lento. Agora, a gente está andando para trás."

Com gritos e cartazes, ativistas da causa LGBT começaram o evento protestando contra Temer na 20ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. O ato ocorre na Avenida Paulista, na região central, e a concentração começou por volta das 10 horas. Os participantes gritam "Fora Temer" e "Volta Dilma".

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Ativista de causas feministas, Clarice Falcão já havia manifestado repúdio em relação ao caso de estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio, no final de semana passado. "Tanto isso quanto a homofobia fazem parte de uma cultura machista e retrógrada", afirmou Clarice, que caminhou na Paulista à frente do grupo de mães. "Meu melhor amigo é filho de uma delas. Estou aqui por admiração."

O Mães pela Diversidade vai desfilar no primeiro dos 17 carros da Parada LGBT. Segundo a modelo transexual Daniela Glamour, de 27 anos, musa do grupo, o objetivo é combater a homofobia na família. "Assumir a posição de um filho também é assumir a sua própria posição. Elas correm perigo por isso", disse ela. "A família é muito mais do que convenção social e parlamentar."

No caminho para o trio elétrico, o grupo expôs cartazes em favor da diversidade e gritou palavras de ordem. "Bandeira! Bandeira! Bandeira! Levantou bandeira", dizia uma das músicas, paródia de Sorte Grande, da cantora Ivete Sangalo. "Não! Atrás do silicone também bate um coração", cantaram.

O grupo também deve realizar um ato de protesto ao assassinato da travesti Laura Vermont, de 18 anos, morta no ano passado.

A presidente da República afastada, Dilma Rousseff, usou suas contas no Twitter e no Facebook para defender a Parada do Orgulho LGBT, que ocorre neste domingo em São Paulo. Ela classificou o evento como uma das maiores manifestações do mundo pelo respeito à diversidade e aproveitou para "cutucar" um membro do governo do presidente em exercício, Michel Temer. "Há 20 anos, manifestantes ocupam a Av. Paulista e mostram que é possível reivindicar avanços de forma pacífica e democrática", disse.

Dilma aproveitou as postagens para lembrar um decreto assinado por ela em abril deste ano, autorizando que servidores LGBT do funcionalismo público federal usem o nome social nos crachás de trabalho. A medida é voltada especialmente para travestis e transexuais dos quadros civil e militar que preferem ser chamados por um prenome diferente do nome que consta em seu registro civil.

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"Vale destacar que o #SUS foi pioneiro em reconhecer o nome social, garantindo dignidade e inclusão a todos e todas", disse Dilma nas mensagens de hoje no Twitter e no Facebook. "É uma forma de tirar essas pessoas do processo de exclusão da educação, do trabalho, da vida social, enfim, das políticas públicas."

Na sequência, ela menciona que "um dos ministros do governo provisório pretende derrubar o decreto, tendo assinado Projeto de Sustação de Atos do Poder Executivo". A frase se refere ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que antes de assumir a pasta ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo PTB-RS. Seu nome consta como sendo um dos autores do PDC 395/2016 (Projeto de Decreto Legislativo de Sustação de Atos Normativos do Poder Executivo).

De acordo com informações da Câmara, a emenda do PDC 395/2016 susta o Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016, que "Dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional".

No dia 24 de maio, o projeto foi encaminhado pela Mesa Diretora da Câmara à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e está sujeito à apreciação do Plenário. Na lista de autores da proposta, constam outros deputados, como Marco Feliciano (PSC-SP).

Nas redes, Dilma afirmou que "é preciso estar atento e seguir na luta pela democracia, pelas conquistas sociais e pelos direitos das minorais". Ela encerra dizendo que a batalha "contra todas as formas de intolerância e preconceito" deve se estender para além da Parada do Orgulho LGBT. "Essa é uma tarefa constante e de todos", escreveu.

Fim de semana

A presidente afastada chegou a Porto Alegre na tarde de quinta-feira para passar o feriado prolongado ao lado da família. Na sexta-feira de manhã, ela andou de bicicleta na Orla do Guaíba, nas proximidades de seu apartamento, acompanhada de seguranças. Depois, não fez mais aparições públicas.

Na capital gaúcha, ela divide o tempo entre a filha Paula Araújo e os netos, Gabriel e Guilherme, que moram na cidade. Dilma também visitou o ex-marido, o advogado Carlos Araújo.

Com gritos e cartazes, ativistas da causa LGBT protestam contra o governo Michel Temer (PMDB) neste domingo, 29, na 20ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. O ato ocorre na Avenida Paulista, na região central, e foi marcado para as 10h, mas cerca de uma hora depois os participantes ainda estão chegando. Eles gritam "Fora Temer" e "Volta Dilma". Erguendo um cartaz de "Fora Temer", a ativista Phamela Godoy diz que, em duas semanas de governo interino, houve recuo nas conquistas LGBT. "Nós não podemos nos furtar de discutir a agenda política do País. Quando os grupos conservadores avançam, os direitos LGBT são os primeiros a serem atacados", disse.

Phamela cita o fim do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, além da Coordenação de Política LGBT e a redução no orçamento de políticas de prevenção da Aids. "Em um País que não respeita a democracia, não é possível discutir direitos para minorias", afirmou.

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Neste ano, a edição da Parada terá como principal bandeira a aprovação da Lei de Identidade de Gênero para travestis e transexuais. Serão 17 trios voltados para o tema. A organização estima que 2 milhões de pessoas participem do evento, que vai terminar com um show no Vale do Anhangabaú.

Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Fernando Quaresma, transexuais são vítimas de "crimes com requintes de crueldade" e excluídos por não poderem usar oficialmente sues nomes sociais. "Ajuda a evitar vários problemas, como evasão escolar, falta de absorção no mercado de trabalho e problemas com a familia", disse.

"Nós queremos dar visibilidade ao segmento 'T'. Não só em São Paulo, em grandes centros, mas principalmente no interior sofre muito com 'LGBTfobia', com o preconceito e a vida à margem da sociedade", afirmou.

Quase mas também destacou a Parada como espaço para discussões políticas e afirmou que "não adianta ter uma estrutura que não é voltada para o povo". "Nós lutamos todos os dias pelos nossos direitos. As pessoas preconceituosas, que tem a 'LGBTfobia' nas veias, não param de trabalhar um dia para quebrar nossos direitos."

Conhecida após encenar uma "crucificação" na última Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a modelo transexual Viviany Beleboni, de 29 anos, vai novamente fazer uma performance na edição do evento deste ano, que ocorre no próximo domingo, 29. Ela descartou o uso da cruz, mas adiantou ao jornal O Estado de S. Paulo que vai usar um símbolo religioso, sem detalhar a fantasia. Antes de subir no trio da 20ª edição da Parada, ela participará da gravação do seriado da Netflix, Sense8, dirigido por uma trans.

No ano passado, a modelo se apresentou em um trio elétrico crucificada e causou polêmica. Desta vez, o objetivo da performance será semelhante: crítica ao fundamentalismo religioso e ao "retrocesso" dos políticos conservadores. A 20ª edição da Parada terá como principal bandeira a aprovação da Lei de Identidade de Gênero para travestis e transexuais. Serão 17 trios voltados para o tema.

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"O meu protesto este ano é contra o retrocesso político dos fundamentalistas que barram as nossas leis. Meu figurino e meu ato artístico estarão representando a Lei de identidade de Gênero Já, que não passa justamente por causa dessa bancada evangélica. Vou falar de religião quantas vezes forem necessárias", afirmou.

Viviany disse que não vai se intimidar mesmo diante de ameaças de morte das quais estaria sendo vítima. "Me ameacem de morte a tiro, como me ameaçaram esta semana ou não, eu vou estar lá. Porque cachorro que late não morde. Enquanto estiver viva, vou falar de religião porque eles (políticos) distorcem para criar ódio contra a comunidade LGBT."

A Parada deste ano, que entrou para o calendário oficial da cidade, terá seu menor repasse de verbas da Prefeitura: um valor efetivo de R$ 1,2 milhão, embora o teto seja de quase R$ 1,5 milhão. No evento, serão 2 mil ambulantes cadastrados, o mesmo total da Virada Cultural, segundo Líbia Miranda, diretora-geral da 4X Entertainment, empresa que assumiu a captação de recursos com empresas privadas e públicas. Líbia afirmou ainda que será contratada segurança privada para reforçar o apoio dos homens da Polícia Militar.

O presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT (Apogblt), Fernando Quaresma, disse que superou a marca de R$ 2,5 milhões de arrecadação de patrocínio - a meta era de R$ 5 milhões - e terá pela primeira vez grandes marcas privadas como parceiros oficiais: Skol, Bob's e Kibon. Fabio Baracho, porta-voz da Skol presente na coletiva, disse que esta é a primeira edição da Parada com patrocínio da marca de cerveja.

Segundo Quaresma, nos próximos dias será lançada ainda a campanha #chegadetransfobia, incentivando que apoiadores da luta trans postem uma fotografia no perfil das redes sociais com a bandeira da militância. "Com a aprovação da lei de identidade de gênero, basta que a pessoa vá ao cartório e faça o pedido para uso do nome social. É muito mais lógico e facilita a vida", afirmou.

Diferentemente de edições anteriores, o show de encerramento da Parada não será na Praça da República, mas no Vale do Anhangabaú. O secretário municipal de Direitos Humanos, Felipe de Paula, informou que a mudança de local é por motivos de segurança, já que o Vale permite maior dispersão do que a Praça.

De acordo com o coordenador de políticas LGBT da Prefeitura, Alessandro Melchior, o show de encerramento terá início às 16 horas com DJs. Subirão ao palco gogoboys e mais de 20 drag queens da capital, como Silvetty Montille, Salete Campari e Kaka Di Polly.

O evento termina com uma apresentação de Nalaya, cantora de Ibiza, na Espanha, voltada para o público LGBT. Pela primeira vez, a Parada vai ser transmitida virtualmente, com cinco câmeras espalhadas no percurso dos trios, e pode ser acompanhada pelo canal da Prefeitura no YouTube.

A Controladoria-Geral do Município de São Paulo (CGM) apura irregularidades na organização da Parada Gay realizada em junho deste ano. A reportagem apurou que, segundo as investigações, há suspeita de manobras ilegais para a contratação da empresa SP Eventos. Um funcionário da Prefeitura responsável pela realização da Parada foi exonerado no mês passado.

As investigações mostram que Eduardo Cardoso, ex-assessor técnico da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, teve participação direta na escolha da SP Eventos. A empresa foi contratada sem licitação por cerca de R$ 1,3 milhão para assegurar a estrutura da Parada, com fornecimento de palco, equipamentos de som e iluminação e toda a estrutura ao redor do evento, como banheiros químicos. A Parada foi realizada no dia 7 de junho.

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A CGM informou que só vai se pronunciar sobre o caso após a conclusão das investigações, que já estão na fase final. Na SP Eventos, ninguém atendeu aos telefonemas e a empresa também não respondeu ao e-mail encaminhado pela reportagem até as 21 horas de ontem.

Cardoso, que foi exonerado no dia 19 de outubro, negou qualquer tipo de irregularidade e afirmou que a Prefeitura tem o dever de fazer o levantamento de todos os contratos firmados. "A minha função era ser fiscal do contrato, verificar se a infraestrutura prometida estava disponível (na Parada)", afirmou. Embora o evento seja de responsabilidade da Associação da Parada do Orgulho GLBT (Apoglbt), cabe à Prefeitura a contratação de toda a infraestrutura.

Sem licitação

Não é a primeira vez que o nome do ex-assessor técnico aparece em investigações da CGM. Em setembro, ele foi citado em apuração sobre um suposto esquema de fraude em contrato de R$ 4,3 milhões da Secretaria Municipal de Direitos Humanos com uma empresa de serviços de gráfica. A suspeita é de que, com a ajuda de servidores, um mesmo grupo empresarial tenha se inscrito com diferentes nomes para simular uma concorrência. A licitação foi suspensa.

Segundo a CGM, durante a licitação, as empresas Graftec Gráfica e Editora, RGB Mídia e Editora, e Rede Seg Gráfica e Editora se apresentaram como grupos diferentes. As investigações, porém, descobriram que os sócios das empresas são da família Zanardo.

Além disso, a servidora municipal Mayra Ingrid da Silva, da pasta dos Direitos Humanos e que também é investigada, fez uma pesquisa de mercado que resultou em preço de R$ 4,9 milhões para o certame, um valor superfaturado, segundo a CGM. O edital também exigiu empresas apenas da Grande São Paulo na disputa, "limitando a participação" de concorrentes.

Desde o início das investigações, funcionários da pasta foram exonerados. Na ocasião, o titular da pasta, Eduardo Suplicy, defendeu Cardoso e os demais funcionários suspeitos e chegou a criticar a maneira como as investigações eram conduzidas. Depois, mudou de opinião e defendeu o trabalho da CGM. A situação de Cardoso se agravou com as apurações sobre a Parada Gay. Cardoso nega todas as suspeitas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Anderson Ferreira (PR) deu entrada na Procuradoria Geral da República (PGR) com denúncia-crime, pedindo uma investigação sobre o crime cometido durante a Parada do Orgulho LGBT, realizada em São Paulo, no último domingo (7). Segundo o parlamentar, a ofensa cometida contra todos os cristãos, com a encenação da crucificação de Jesus Cristo por parte de um transexual, é tipificada como delito no artigo 208 do Código Penal. Além do republicano, assinaram a representação os deputados federais Elizeu Dionízio (SD-MS) e Marcelo Aguiar (DEM-SP). Os parlamentares querem a abertura de uma investigação no Poder Judiciário e cobram punição aos responsáveis.

“O que vimos, durante a 19ª Marcha foi o intuito claro de escarnecer, ridicularizar, achincalhar, zombar, zombar, troçar, desprezar, vilipendiar, aviltar, menoscabar, desdenhar, injuriar e tratar de modo ultrajante os dogmas e objetos da consciência religiosa Cristã, extrapolando assim a esfera imposta pelo Direito Penal e se inserindo na prática do delito tipificado no artigo 208, do Código Penal”, dispara Ferreira. “Qual a intenção do grupo de fazer tal manifestação na semana que se comemorava duas grandes festas cristãs no Brasil? – Corpus Christi e a Marcha para Jesus. Não está clara a intenção de tripúdio e escárnio?”,  indagou o deputado acrescentando.

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No documento entregue ao Ministério Público Federal (MPF), Anderson Ferreira apresenta como provas as imagens do transexual postado numa cruz de madeira e a inscrição “Basta de homofobia GLBTS", bem como fantasias utilizadas com a imagem de Jesus Cristo, durante o evento. No texto, o republicano ressalta ainda que não só os evangélicos, mas também católicos e seguidores de outras religiões cristãs se sentiram ofendidos e reagiram através das redes sociais.

De acordo com o deputado, os participantes da Marcha pelo Orgulho LGBT praticaram “o escarne e o deboche do dogma cristão da crucificação, o desprezo, aviltamento, desdenho dos objetos religiosos como a cruz do calvário, entre outros”. “Deixam claro e somente demonstram a real ofensa à consciência, sentimento e religiosidade de milhões de brasileiros”, acrescenta.

Os autores da denúncia-crime destacam no documento que a legislação ampara a liberdade de expressão, mas lembram que “a liberdade de expressão e de manifestação não abrange a violência em nenhuma modalidade, sob pena de choque com o próprio propósito da liberdade garantida”.

Apesar de avisos sonoros proibindo o consumo de bebidas alcoólicas dentro dos trens da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, jovens e adolescentes consumiram livremente neste domingo, 7, catuaba, pinga, vodca e cerveja no caminho para a Avenida Paulista, sob as vistas grossas de seguranças, durante a Parada Gay.

"Tem gente aqui que vai queimar a largada e esquecer da festa", disse uma adolescente de 17 anos, com uma sacola cheia de bebidas e algumas garrafas já vazias. Os grupos que se dirigiam para a festa não esperavam a chegada à Avenida Paulista para ouvir música, já que os aparelhos celulares eram usados como caixas de som.

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"Acho um desrespeito essa bagunça dentro do trem. Nada contra a festa, mas entrar bêbado no transporte público, gritando e ouvindo música alta é exagero", disse a comerciante Paula Castilho de Oliveira, de 42 anos.

Namorados há cinco anos, o paraibano Alexandre Silva, de 35 anos, e o pernambucano Marconi Sales, de 25 anos, foram fantasiados de embalagem para presente de O Boticário. Às vésperas do Dia dos Namorados, a marca foi criticada por conservadores ao exibir uma campanha publicitária onde pessoas do mesmo sexo trocam presentes em comemoração à data.

"Não precisava de tanta polêmica. Quem reclamou ou achou ruim, jogou contra o amor entre as pessoas", afirmou Silva. "Eu não sofro nenhum tipo de preconceito porque me imponho perante a sociedade com minha opinião, meu jeito de falar e minhas roupas." Ele e o namorado estão pensando em adotar uma criança. "É algo que precisa ser trabalhado e pensado. Mas nossa família apoia e isso já é um grande passo."

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O "casal Boticário" chamou a atenção do público na Rua da Consolação. Quem passava, tirava selfies com o casal. "É uma provocação muito criativa, uma prova de que o tiro de quem criticou saiu pela culatra", disse o professor João Braga, de 54 anos.

(Foto: Felipe Rau/EstadãoConteúdo)

A cicatriz no braço esquerdo do professor de 49 anos, Fábio Custódio, revela as marcas de intolerância que o levaram a sair com seu namorado de Campinas, no interior de São Paulo, para participar da 19ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) hoje (6), na capital paulista. Custódio e o chefe de cozinha, Marcelo Reis, 32 anos, estão juntos há 14 anos, e nesse período já sofreram duas agressões. Marcelo também tem cicatrizes decorrentes de violências sofridas por parte de skinheads e de torcedores de futebol.

“O preconceito do cotidiano nós sentimos sempre, mas somos militantes do movimento, e apesar das críticas sobre a Parada [LGBT] não cumprir mais seu papel, acredito que isso não seja verdade, pois este é o momento em que muitos homossexuais se assumem. É um momento especial para isso e para marcação política na sociedade, apesar da festa. A festa mostra que, mesmo com tudo o que sofremos, nós fazemos festa nesse dia”, disse Custódio.

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Sob o tema Eu Nasci Assim, Eu Cresci Assim, Vou Ser Sempre Assim: Respeitem-me!, o evento reuniu pessoas de diversos perfis e idades na Avenida Paulista e ruas próximas, na região central da capital. A Polícia Militar (PM) não estimou o público participante, pois alega que não faz mais esse tipo de cálculo em eventos dessa dimensão.

Uma professora de 36 anos, que também preferiu não ter o nome revelado, disse que foi ao evento para “curtir”, mas disse que a Parada do Orgulho LBGT é importante, por se tratar de uma festa para promover a liberdade de expressão. Ela ressaltou que dá aula para crianças e sofre preconceito por parte dos pais, que não aceitam que seus filhos tenham uma professora homossexual.Sem querer ser identificada, uma analista de planejamento, de 27 anos, contou que apesar de se relacionar com uma mulher de 42 anos há dois anos, foi sozinha à parada. O motivo é o preconceito do filho da namorada, que tem 18 anos e também é homossexual. “Ele não aceita nosso relacionamento, apesar de também ser homossexual. Mas estou firme e forte, esperando o dia em que ele vai aceitar e nós vamos nos casar. Acho que a parada contribui para que os pais possam se conscientizar e educar as crianças desde cedo para aceitar essa realidade da sociedade e entenderem que vivem em um mundo de diversidade”.

“Os pais chegam ao extremo de tirar o filho da escola, insultar, cobrar atitudes do dono da escola. São inúmeras formas de manifestação. Eles acham que vai acontecer alguma coisa com os filhos. Mas eu não tenho como combater isso sozinha onde trabalho. Sou um grão de arroz em uma batalha muito grande, porque o preconceito é muito forte. Acho difícil conseguir mudar por mais que se tente. A parada ajuda, mas não muda a cabeça das pessoas”, comentou.

Júlio César, 31 anos, trabalha como cabeleireiro, maquiador e também faz shows como drag queen em festas fechadas. Na parada, Júlio se caracterizou com seu personagem e destacou que o ato serve para as lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais mostrarem que não são apenas imagem e têm essência. “Nós temos conteúdo, temos alguma coisa para passar para as pessoas. Vivemos em uma cultura muito restrita na qual atá a mulher é muito discriminada. As coisas estão evoluindo e espero conseguir ver a aceitação antes de ficar velhinha”, enfatizou.

De manhã, na coletiva de imprensa que abriu o evento, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou o papel do Poder Público para garantir os direitos dessa população. “O Poder Público tem que ir além da tolerância. Tem que defender a tolerância, combater a intolerância, mas tem que ter um componente social de resgate da cidadania também”, disse. Ele prometeu ouvir mais os militantes e dar mais transparência aos recursos investidos na parada.

São Paulo, 07/06/2015 - Políticos foram, mais uma vez, alvo de protestos na Parada Gay, que ocorre neste domingo, 07,na Capital. Um dos principais carros do evento, com autoridades como o secretário de Direitos Humanos da Capital, Eduardo Suplicy (PT), exibe uma grande faixa com "Fora Cunha", numa crítica ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-SP).

Na parada, um grupo de jovens evangélicos participa do evento para protestar contra a homofobia. Com cartazes, eles dizem que políticos como Eduardo Cunha, Silas Malafaia e Marco Feliciano não os representam. Também pedem desculpas pela forma como a igreja trata a comunidade LGBT e divulgam a hashtag #JesusCuraAHomofobia, uma crítica a chamada "Cura Gay", defendida por alguns líderes religiosos.

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A 19ª Parada Gay movimenta a cidade neste domingo na região da Avenida Paulista. Em 2013, o evento foi considerado pela SPTuris o segundo maior da capital (só ficou atrás da Virada Cultural). Este ano, o tema é "Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim: respeitem-me!", numa brincadeira com a música "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi. No ano passado, 100 mil pessoas participaram da parada, segundo estimativa da Polícia Militar.

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