Na 23ª Parada do Orgulho LGBT, que acontece dia 23 de junho, em São Paulo, cinco casais homoafetivos vão realizar o sonho de se casar. Um cartório será montado próximo ao local do desfile, onde serão realizados os tramites da união civil e, em seguida, os casais festejarão o momento especial em cima de um trio elétrico que percorrerá a Avenida Paulista.
Em 2006, a Parada de Orgulho LGBT entrou para o "Guiness Book of Records" como a maior do mundo. O público superou a marca de três milhões de pessoas, número que também é o esperado para este ano com a ação de mostrar que todos têm o direito de formar uma família, independente da orientação sexual. Dessa vez, esse público fará parte da festa de casamento dos cinco casais selecionados pelas startups POPSPACES e The Next H. "Esses casais representam o orgulho, a liberdade de amar e ser amado. E isso precisa ser compartilhado e comemorado em grande estilo, junto com milhões de pessoas que se identificam e lutam pelos direitos da comunidade LGBT. Assim, todos podem testemunhar essa conquista e celebrar o direito ao amor", diz a diretora de projetos da POPSPACES, Naila Broisler.
##RECOMENDA##O radialista Willian Barboza Araújo, 30 anos, se casou em dezembro de 2018 com o publicitário Gregory Rodrigo Zanoni, 30 anos. Em novembro de 2017, eles tentaram participar de um casamento coletivo, mas acabaram perdendo a data de inscrição, então, adiaram para o ano seguinte, mas as vagas encerraram-se rápido demais. "Fizemos duas tentativas de casar por meio de casamento coletivo e não conseguimos, pois as vagas eram escassas. Obviamente existe mais demanda do que oferta por casamentos coletivos abertos aos casais LGBT, por isso a importância desses tipos de casamento", afirma Araújo. O casal não teve problemas com a documentação para oficializar a união em cartório e nem com a preparação da festa de casamento.
Gregori Zanoni (à esq.) e Willian Araújo se casaram no final do ano passado | Foto: Acervo Pessoal
Felizes com a união, Willian e Gregory apoiam as iniciativas de casamento coletivo e que ajudam membros da comunidade LGBT. "Essa conquista reconhece perante a lei os direitos básicos como o de uma união heteroafetiva. A comunidade LGBT não quer direitos a mais. Acredito que cada direito que a comunidade têm conquistado nos últimos anos vem com a importância de caminhar para uma sociedade mais igualitária", comenta o radialista.