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A tensão de quem prestou o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, neste domingo (12), foi compartilhada pelos acompanhantes de diversos candidatos, que passaram a tarde do lado de fora dos locais de prova aguardando a finalização das avaliações. Os participantes realizaram as provas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 

Para o mecânico José Alexandre, morador do bairro de Casa Amarela, na zona Norte do Recife, a espera por seu filho, Alan Alexandre, de 19 anos, foi tranquila nos dois dias de prova. “Ele disse que está indeciso ainda das coisas que vai querer”, comentou. Mesmo realizando a prova como treineiro, eles chegaram ao local de aplicação por volta das 9h, três horas antes da abertura dos portões. 

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Além do seu pai, Alan também contou com o apoio da sua mãe, Nilda da Conceição, que sabe a importância de dar suporte ao filho neste momento da vida. “Eu acho que é muito importante para o futuro dele, que hoje em dia a gente tem que recorrer aos estudos para ter um futuro melhor. Nessa expectativa, eu não sei nem como ele deve sair”, disse Nilda. Ela sabe, no entanto, que ele deve ficar até o final da prova, para aproveitar todo o tempo disponível para responder a todas as questões. 

Mães presentes no aguardo dos filhos 

Dentre os acompanhantes mais comuns que aguardam os jovens aplicantes, estão as mães, como é o caso de Shirlene Negreiros, de 48 anos, moradora do bairro de Casa Amarela, que trouxe sua filha Maria Júlia de Santana, 17. Apesar de esta não ser a primeira vez que Júlia participa do Enem, tendo feito no ano passado como treineira, na edição de 2023 ela quer tentar entrar no curso de cinema. 

Shirlene Negreiros, no aguardo da filha, Ana Júlia. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

Mãe e filha chegaram por volta das 11h, para evitar ficarem presas no trânsito, no caminho de Casa Amarela até a Universidade Católica de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, no centro da cidade. Shirlene comenta como está se sentindo no aguardo da saída de Júlia. “Na tensão, euforia. Mas no final é para o sucesso dela, então eu venho, com muita vitalidade, espero demais. Fico aqui o dia todo”, afirmou. 

“Ela me disse que achava que não, que ia sair um pouquinho mais cedo. Ela estava mais preocupada com a redação, aí por isso ela ficou até o final na semana passada, mas hoje, daqui a pouco ela tá saindo”, continuou Shirlene, animada. 

O reencontro que alivia as tensões 

A descontração pós prova é grande quando aplicantes se reencontram com seus acompanhantes depois de passarem dos muros do local de aplicação. Foram as reações das amigas, e irmãs de consideração, Manuela, de 16 anos, e Julia Araújo, de 15, ao se juntarem às suas respectivas mães, Cristiane de Andrade, e Luciana Lins, amigas há anos, e que foram juntas dar suporte às filhas na primeira prova delas, mesmo sendo apenas um teste. 

(Esq.) Luciana, Julia, Cristiane e Manuela, mães acolhem filhas após a prova. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá 

Cristiane e Luciana contaram com a cumplicidade da amizade para dar suporte uma à outra nas horas de espera pelas filhas. “Uma emoção, apesar de não estarem fazendo pra valer, mas a gente sentiu como se fosse. Ao ver a emoção dos outros também, das outras mães, dos outros meninos, me senti como se estivesse participando de verdade, fazendo a prova pra valer”, comentou Luciana. 

“A gente vai lembrando da época da gente. Agora que estamos com nossas filhas, tudo é diferente, é outra fase”, refletiu Cristiane. 

Participantes comentam as provas 

Para Julia, estudante do 9º ano do Ensino Fundamental, é a primeira vez realizando o exame, mas ainda como treineira, para se familiarizar com o ritmo e formato das questões. “A maioria das minhas amizades são do ensino médio, e tá todo mundo fazendo, e eu queria saber para chegar no ensino médio já tendo uma ciência de como é a pressão, como é lá dentro [do local de prova], sabendo de tudo”, explicou. 

Mesmo sendo apenas um teste, sem validade oficial da nota, Julia foi categórica ao afirmar que gostou mais de ter realizado as provas do segundo dia do que as do primeiro, que contou ainda com a elaboração da redação. “A outra foi muito cansativa. Bateu duas horas de prova, já tava estourando [de dor] a cabeça, muito texto, ficava com dor escrevendo a redação, eu preferi mil vezes essa”, opinou a adolescente, que pretende fazer o curso de medicina no futuro. 

Manuela, por sua vez, que também realizou o exame como treineira, mas que já está no 1º ano do ensino médio, gostou mais de ter feito as provas de Linguagens e suas Tecnologias e de Ciências Humanas e suas Tecnologias, aplicadas no último domingo (5). “Eu prefiro as outras áreas, e eu passo muito tempo fazendo conta”, ponderou a jovem, que também pretende seguir a carreira de medicina. 

No entanto, ela se sentiu aliviada por ter conseguido responder a tantas questões. “Química eu consegui fazer questão que tinha Mol. Física algumas fórmulas eu lembrava. E matemática, eu consegui fazer a maioria, porque não exigia muita dificuldade. Eram mais questões básicas, como média, modo, mediana, subtração, divisão, aí eu consegui fazer direitinho”, relembrou a estudante.

O Brasil ocupa atualmente a sétima posição entre os países que registram o maior tempo de espera para se obter o visto de turista para viajar aos Estados Unidos (EUA).  É o que aponta levantamento realizado pela AG Immigration, um escritório sediado em Washington e especializado em advocacia migratória. O ranking, produzido com base em dados do Departamento de Estado dos EUA, mostra ainda que a fila de requisitantes atingiu recordes em quatro das cinco cidades brasileiras onde o documento pode ser solicitado.

O maior tempo de espera ocorre em São Paulo. Quem fizer seu agendamento hoje só conseguirá data para daqui a 615 dias, quase 20 meses. Na sequência, aparecem Porto Alegre (507 dias), Brasília (493), Rio de Janeiro (478) e Recife (449). Segundo o escritório AG Immigration, apenas a capital carioca já teve fila mais demorada. Os números de todas as outras representam recorde.

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No mundo, apenas seis países registram maior lentidão: Colômbia, Haiti, México, Nepal, Canadá e Emirados Árabes. No Brasil, vistos de turismo e de negócio respondem por mais de 90% de todos os pedidos.  No caso da emissão de vistos para estudo ou trabalho, o processo geralmente é mais rápido.

Os primeiros passos para obter o documentosão é preencher um formulário online e pagar uma taxa de US$ 160. Em seguida, deve-se fazer o agendamento de uma entrevista na embaixada em Brasília ou nos quatro consulados, localizados em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Recife e Porto Alegre. O visto de turismo tem validade de dez anos, podendo ser usado em diferentes visitas aos EUA dentro desse período. O tempo de permanência de cada viagem, no entanto, é definido pela equipe de imigração que recebe o passageiro após o desembarque, sendo geralmente inferior a seis meses. Com o visto de turismo, não é permitido trabalhar ou estudar no país. Apenas cursos de baixa carga horária são permitidos.

Em decorrência da pandemia de Covid-19, a emissão de vistos entre maio de 2020 e novembro de 2021 ficou restrita. Os atendimentos priorizaram pessoas em situação de emergência, como as que vão para funerais de familiares ou para tratamento médico, além de vistos estudantis. Desde que os pedidos voltaram a ser analisados de forma geral, a demanda tem sido crescente.

Em nota, a embaixada dos EUA reconhece o problema. "O tempo de espera para solicitar o visto de turista pela primeira vez está maior do que gostaríamos, ainda em função da demanda gerada pela pandemia de Covid-19. Estamos trabalhando para aumentar a disponibilidade de agendamentos. Contratamos novos funcionários, estamos fazendo horas extras e ampliamos o período para renovação de visto com isenção de entrevista de 12 para 48 meses".

A embaixada diz que espera resultados positivos até as férias de julho, mas chama atenção para a alta demanda. "O Brasil foi o segundo país com maior processamento de vistos do mundo em 2022. Atualmente, entrevistamos em média mais de 6 mil pedidos de visto por dia e, em 2023, projetamos ultrapassar 1 milhão de vistos processados. Recomendamos que as pessoas planejem suas viagens com antecedência e que cada solicitante verifique no nosso site se é elegível para renovação de visto sem necessidade de entrevista, o que é um processo bem mais rápido".

Ao mesmo tempo em que ocorre o aumento do tempo de espera, o levantamento da AG Immigration registra o crescimento recorde na emissão de vistos. Foram realizadas 106 mil entregas no Brasil durante o mês de março, maior volume já registrado pelo escritório. Em abril, foram 85 mil. Apesar da queda de aproximadamente 20% na comparação com o mês anterior, é o segundo maior volume da série histórica.

De acordo com a AG Immigration, a situação revela forte desejo dos brasileiros em conhecerem os EUA e é um desafio para a embaixada, tendo em vista que a demora prejudica o intercâmbio turístico. O impacto seria sentido diretamente em destinos como a Flórida, que tem o Brasil como um dos três países que mais enviam viajantes.

Há cerca de seis meses, a US Travel Association, que representa mais de mil organizações e empresas da indústria de viagens dos Estados Unidos, lançou o portal USVisaDelays para reunir histórias de viajantes estrangeiros e empresários dos EUA sobre o custo pessoal dos tempos de espera. Um dos relatos é da brasileira Flávia Pereira. "Estamos tentando obter um visto de turista. Iniciamos o processo em maio de 2022 e só conseguimos entrevista no consulado de São Paulo em março de 2024 porque somos quatro. Queremos levar nossos dois filhos para a Disneyworld", contou

Ao lançar o portal, a US Travel Association cobrou, por meio de postagem nas redes sociais, que o governo norte-americano reconheça os impactos econômicos da situação e adote medidas para reduzir o tempo de espera. "Não podemos nos dar ao luxo de dissuadir viajantes e afastar atividades econômicas críticas", diz o texto.

No último mês, o presidente da US Travel Association, Geoff Freeman, manifestou sua preocupação com a demora para obter o visto, em entrevistas durante o IPW 2023, uma grande feira da indústria de viagens organizada anualmente pela entidade. "Os tempos de espera são inaceitáveis. Ninguém em sã consciência vai aguardar esse tempo para vir aos Estados Unidos quando há muitos outros mercados ao redor do mundo que estão competindo por esses viajantes", disse à emissora norte-americana CNN.

Após seis anos de espera, os fãs de "Zelda" correram para as lojas nesta sexta-feira (12) para adquirir o novo jogo da franquia da Nintendo, uma saga que já tem quase 40 anos de história.

O jogo, baseado nas aventuras da princesa Zelda e do guerreiro Link, vendeu 125 milhões de cópias ao redor do mundo desde sua primeira versão em 1986.

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"Comprei a edição de colecionador, foi incrível", declarou à AFP Daniel Olivo, um turista mexicano que fez uma pausa em seus passeios em Tóquio para adquirir uma cópia de "The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom".

"Estou muito emocionado. Eu jogo desde que tinha cinco anos", acrescentou o mexicano de 33 anos.

O jogo estabeleceu o conceito de de "mundo aberto", no qual o jogador tem liberdade de movimentação por um cenário virtual. Uma ideia levada adiante por outros jogos muito populares como "Grand Theft Auto" e "Skyrim".

O principal desafio este ano será aumentar a receita da Nintendo e prolongar a vida do console Switch, que de acordo com especialistas está em seus momentos finais após sete anos no mercado.

Em Paris, os fãs formaram grandes filas durante a noite e aplaudiram o momento em que as lojas abriram as portas.

"Estou enlouquecendo porque foram seis anos esperando por este jogo", disse Taylor Meguira, 19 anos, à AFP.

"Quando 'Breath of the Wild' foi lançado provocou uma verdadeira revolução", completou, em referência ao jogo anterior da saga, lançado em 2017.

- "Pioneiro" -

O primeiro episódio da saga, "The Legend of Zelda", levou os jogadores a um universo desconhecido e em grande parte sem instruções.

O criador de 'Zelda', Shigeru Miyamoto, se inspirou em suas viagens de infância pelo interior do Japão para criar paisagens de florestas, lagos, cavernas e montanhas.

Foi um sucesso desde o início e marcou gerações de fãs dos jogos eletrônicos.

O lançamento nos anos 1980, no entanto, foi considerado uma aposta de uma empresa até então conhecida por jogos de formatos muito diferentes, como "Donkey Kong" ou "Super Mario Bros."

"O potencial do jogo era enorme, em uma época em que a maioria dos jogos terminava em uma hora ou duas", recorda Kiyoshi Tane, especializado na história dos videogames.

"Foi uma espécie de pioneiro, dentro do que os jogos de mundo aberto iriam se tornar", acrescenta.

No início da década passada, porém, a Nintendo constatou que suas novas edições não provocavam o mesmo furor. Os programadores repensaram o jogo e lançaram "Breath of the Wild", que é a versão mais vendida de 'Zelda'.

As projeções de resultados da Nintendo para este ano não são muito otimistas, mas Charles Louis Planade, analista da Midcap Partners, acredita que "Tears of the Kingdom" pode virar "o jogo de maior venda da história", com uma arrecadação de até um bilhão de dólares.

Foram dois anos e meio de espera para que estudantes e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pudessem novamente ter acesso ao restaurante universitário (RU). O equipamento, fechado desde 2020, reabriu oficialmente nesta quarta-feira (10) com a oferta das três refeições (dejejum, almoço e jantar).

Mesmo com alguns cursos de graduação em período de recesso acadêmico, um grande quantitativo de alunos da UFPE compareceu neste primeiro dia de funcionamento do RU. Com uma fila longa que ocupava grande parte da área externa do restaurante, os alunos aguardavam com certa impaciência a compra do ticket e, assim, ter acesso ao almoço, que já estava sendo servido desde às 12h. 

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Uma longa fila se formou na área externa do RU. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Ítalo Monteiro, estudante da pós-graduação em ciências biológicas, acompanhou todo processo do fechamento até a abertura do restaurante universitário da UFPE. Ao LeiaJá, ele, que aguardava na fila por cerca de 40 minutos, ressaltou que estava feliz com a estrega do equipamento, no entanto, chamou atenção para o tempo de espera e organização da fila. 

"Está uma fila só para comprar o ticket do RU, mas, está bem desorganizado, o processo de pagamento está bem lento. Acredito que seja porque é o primeiro dia. Acho também que é porque muita gente não fez o cadastro [biométrico] ainda e está fazendo hoje, então tem esse tumulto. Mas, também acho que poderia melhorar com a venda online do ticket ou qualquer outra opção para agilizar essa compra".

A espera de Débora da Silva, também estudante da pós-graduação, foi a mesma de Ítalo. "A gente está feliz com a volta, mas é um misto esta reabertura. Os valores das refeições estão maiores do que esperávamos. Não são todas as pessoas que conseguem pagar. Outra coisa, eu sou super a favor que haja um aplicativo que facilite essa compra do ticket. Isso iria melhorar essa fila, pelo menos, da entrada. Isso aqui está uma bagunça, está tudo bagunçado", frisou. 

Ítalo Monteiro (de barba e camisa cinza), Débora da Silva (no centro) e Erick Andrade (camisa cinza, à direita). Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Após uma hora de espera, o graduando Erick Andrade viu a felicidade em ter novamente o restaurante universitário se transformar em cansaço. "Estou revoltado", brincou.

À reportagem, ele, que está no sexto período de licenciatura em ciências biológicas, relatou que estava na pausa e que teria que voltar em breve para terminar uma demanda no laboratório.

"Saí para almoçar, porque dou expediente no laboratório, e faz mais de uma hora que estou esperando. A gente ainda está na fila para comprar e, só assim, poder entrar. Para sanar isso é preciso ter vários pontos de venda para evitar essa aglomeração e a gente consiga cumprir a carga horária do dia a dia. Eu não trouxe almoço, nem dinheiro suficiente para comprar uma refeição fora", contou. 

Nathan Barbosa e Matheus Henrique são estudantes de engenharia e,mesmo de recesso, estavam presentes na reabertura do RUFoto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

A entrega do espaço aos estudantes e comunidade acadêmica foi feita durante o recesso acadêmico de algumas graduações. Mesmo assim, os alunos de engenharia da computação Nathan Barbosa e Matheus Henrique compareceram a reabertura do restaurante universitário. 

"Eu vim para a reabertura do RU para saber como ele estava. Eu tinha uma expectativa grande por esse momento. Achei a estrutura muito boa, mas um pouco de falta de organizações no começo, porque você chega aqui e não sabe como é que faz para entrar, como faz o pagamento.  Tem que ter alguma coisa antes. Você chega aqui e cadê os horários? Tem um monte de fila", aponta Nathan. 

Assim como a maioria dos alunos da instituição, Matheus está satisfeito em ter o equipamento funcionando novemente. Entretanto, ele pede para que a logística adotada nos próximos dias seja diferente. "Eu estive aqui ontem, no dia da distribuição gratuita da feijoada. Vejo que essa fila poderia ser evitada e espero que seja adotado um sitema, um aplicativo para a compra desse ticket. Ajudaria muito nessa organização". 

O que diz a UFPE

Em entrevista ao LeiaJá, o reitor Alfredo Gomes falou sobre as demandas pontuadas pelos estudantes da UFPE. "É tudo muito novo. Quem está cadastrado [biometria] não precisa pegar fila. Mas, tem alguns alunos que ainda não realizaram o procedimento. Além disso, temos aqui estudante com isenção total, que é um número bastante significativo, e parcial, além da comunidade toda da universidade. Isso, em um primeiro momento, a gente está tentando lidar", ressalta. 

Para o segundo dia de atividades no RU, a reitoria e Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes) da UFPE estudam demarcar os espaços na fila para manter a organização. "Como a gente está fazendo o cadastramento [biométrico], algumas pessoas estão aproveitanto para comprar o ticket dos próximos dias, o que vai facilitar esse impacto inicial".

À reportagem, Alfredo Gomes frisa que está feliz com a reabertura do RU após um período de pandemia e cortes orçamentários promovidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). " Estamos abrindo o nosso restaurante ampliado. Passamos para 900 lugares. No próximo ano, sem sombra de dúvidas, o RU do CAV [Centro Acadêmico de Vitória], porque Recife tem [restaurante universitário], Caruaru tem e vai ter essa política estabelecida para o CAV".

O Reitor da UFPE, Alfredo Gomes (óculos), ao lado do Pró-Reitor Fernando José do Nascimento (à direita). Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

Dois pacientes, que esperavam para serem atendidos na Policlínica William Nascimento, no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, passaram mal e desmaiaram nesta quarta-feira (19).

Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra uma mulher sendo levada para dentro do local depois de ter desmaiado. Testemunhas alegam que o calor estava muito elevado, o que deve ter causado o estado de saúde das pessoas.

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Em nota ao LeiaJá, a Secretaria de Saúde do Paulista negou que a usuária da Policlínica William Nascimento tenha sofrido desmaio. "A mulher apresentou uma queda de pressão, e foi prontamente atendida por um médico da unidade. O órgão informa que já está realizando uma intervenção para sanar a concentração de pacientes. A proposta é ampliar os dias de atendimento evitando as altas demandas. Ou seja, em vez das consultas, com especialistas, ocorrerem apenas em dois momentos por semana, passem a ser ofertadas mais vezes, evitando as filas. A Secretaria de Saúde acrescenta que já estão em andamento as providências para a construção de uma coberta na entrada da policlínica em substituição ao toldo, que, hoje, é usado pelos usuários", disse a secretaria.

A saudade dos foliões está tomando o Centro do Recife: acabada a espera, após dois anos sem ver o Galo da Madrugada, fãs do maior bloco carnavalesco do mundo já apreciam e celebram a alegoria finalizada, erguida na noite dessa quinta-feira (16). O Galo Ancestral, que tem em sua base o lema "Xô Preconceito", é assinado pelo artista plástico Leopoldo Nóbrega e homenageia a população preta e parda, pilares da cultura popular pernambucana.

Na manhã desta sexta-feira (17), o Galo esteve rodeado de admiradores — famílias completas, idosos, artistas de rua. Uma banda orquestrou frevo para quem estava passando e o clima foi de animação, dança e muita disputa para encontrar um canto vazio e garantir a foto junto ao dono da festa. 

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"Daqui eu não saio e daqui ninguém me tira", disse a pedagoga Guida Barreto, de 58 anos, moradora da Mustardinha, na Zona Oeste do Recife. Tendo morado no Rio de Janeiro por 42 anos, Guida se diz encantada com o Carnaval da cidade natal, de onde saiu quando ainda era criança. "Aqui o carnaval é de rua, o que eu gosto mais, e tem o Galo da Madrugada, que realmente é um fenômeno. Eu gosto demais do Carnaval do Rio, mas não volto mais pra lá. Meu negócio agora é o Galo, eu me apaixonei. Eu saí daqui pequena, mas era o meu sonho voltar a morar aqui. Agora que os meus filhos estão criados, eu voltei”, completou a pedagoga. 

Quando perguntada sobre a saída no sábado (18), Guida disse que vai andando da Mustardinha até o Centro da cidade. Ela também se disse tocada pela escolha do tema. "O Galo este ano está sensacional, principalmente pela proposta de ser um galo negro e de trabalhar a ancestralidade. Eu sou branca, mas a minha família por parte de mãe é toda negra e isso, pra mim, é uma representatividade deles, da raça negra toda. Amanhã, eu não perco o bloco de jeito nenhum. É do começo da manhã até acabar”, finalizou. 

O LeiaJá também encontrou, no meio da folia para a recepção do Galo, o senhor José Flaviano Fonseca, de 58 anos, conhecido como o “Tampa do Carnaval”. Ele é morador de Santo Amaro e uma figura conhecida na festa popular da capital. 

“Está muito bonito. Todo ano eu acho bonito. Os outros abusam, falam que 'tá' feio, mas é bonito. É o símbolo do meu Pernambuco. Eu dou valor a minha terra. Não dou valor a Rio e nem São Paulo, porque bonita é a minha terra. Amanhã eu venho, chego cedo. Tenho minha fantasia já. [Nos últimos dois anos] eu senti a falta do Galo, mas fazer o quê? A gente fez um 'galinho' do lado da ponte, umas ‘muganguinhas’, e ficou lá, só pra não passar em branco. No galo pequenininho mesmo. Eu amo o carnaval”, disse Tampa. O “galinho” se trata de uma escultura pequena na ponte Duarte Coelho, em frente à rua da Aurora, e que também virou atração local. 

Para o folião Marcos Lopes, de Olinda, o ritmo do Galo da Madrugada, no dia oficial, é muito pesado. Aos seus 54 anos, o autônomo prefere sair de casa quando o sol dá uma trégua, mas não deixou de ir apreciar a alegoria do município vizinho na manhã desta quinta-feira (17). "Maravilhoso. Estava há quatro anos sem brincar, aí tenho que vir, né? É o Galo. Eu vinha todo ano. Agora não aguento mais por causa da temperatura, meu corpo não aguenta, mas aí venho um dia antes e fico aqui, brincando, é mais tranquilo. Amanhã eu troco o Galo pelo Homem da Meia-Noite", declarou. 

Galo da Madrugada 2023 

Foram utilizadas sete toneladas de insumos na confecção da escultura, que tem 28 metros de altura, sustentada por um guindaste. O trabalho para colocar o Galo gigante de pé durou cerca de 20 horas. O evento, que tem como tema “Viva a Vida, viva o Frevo, viva Enéas” e homenageia ainda o artista plástico Ary Nóbrega e o cantor Claudionor Germano, tem início às 9h do sábado (18) de Carnaval, partindo do Forte das Cinco Pontas com destino à Rua do Sol, contando com seis carros alegóricos e 30 trios elétricos.  

O tempo de espera para uma entrevista do visto de turismo e negócios para os Estados Unidos no posto consular de São Paulo é de 484 dias e não há previsão de que a fila seja reduzida em curto prazo. Segundo o Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, a demora se deve ao represamento de pedidos que ocorreu durante a pandemia da Covid-19.

"O sistema é bem dinâmico, mudando todos os dias. O tempo médio de espera para primeira entrevista de visto de turismo e negócios está em torno de 484 dias, mas temos outras categorias de vistos de estudantes, de intercâmbios e de trabalhadores temporários, em que o tempo de espera hoje é inferior a três dias em São Paulo", afirmou Natália Molano, porta-voz do Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira (19).

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Nesta semana, o tempo de espera chegou a passar de 500 dias, um recorde desde novembro de 2021. Segundo Natália, os consulados estão contratando e treinando funcionários adicionais, mas não é possível dar previsão para que esse tempo de espera seja reduzido. "É um trabalho que deve ser feito apenas por trabalhadores consulares, o que requer um pouco mais de tempo. Uma operação feita apenas por humanos e não por máquinas", diz.

No Brasil, as embaixadas e os consulados dos Estados Unidos estão em 2º lugar entre os países que mais receberam solicitações de vistos em 2022. De acordo com ela, há impacto da demanda reprimida em razão do fechamento durante a pandemia da Covid-19.

"Em novembro de 2021, voltamos ao processamento regular de visto, o que permaneceu por quase um ano, em torno de 365 dias, embora flutuasse bastante este período. Em razão da pandemia, a gente ficou fechado por quase um ano e meio. Essa demanda reprimida realmente impactou e também temos muitos vistos que foram feitos há dez anos e agora as pessoas voltaram para renovar. Isso também afetou o tempo de espera", afirma Natália.

Para melhorar o atendimento, uma ferramenta digital permite que as pessoas verifiquem como está o tempo de espera em outras regiões do Brasil. "Se a pessoa é de São Paulo e precisa de agendamento, ela pode fazer esse agendamento de entrevista em Brasília, no Recife, em Porto Alegre ou no Rio de Janeiro. As pessoas podem se organizar desta maneira", acrescenta. Nas cidades citadas, o tempo de espera hoje está variando entre 300 e 400 dias.

Confira aqui algumas orientações:

- Verificar o período de espera em outros consulados, como Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

- Monitorar a inclusão de novos horários no sistema de agendamentos, já que há muitos cancelamentos de última hora e o reagendamento não tem custo.

- Solicitações de emergência são feitas por um sistema diferente.

- Para evitar filas longas, também é recomendado renovar o visto em até quatro anos, o que elimina a necessidade de fazer nova entrevista.

Além disso, segundo Natália Molano, os consulados adicionam regularmente novos horários para agendamentos, pois muitas pessoas cancelam e, desta forma, essas vagas ficam à disposição no sistema.

Com relação aos pedidos de vistos que não exigem entrevistas, o tempo de espera hoje é de três dias. "No caso de renovações dentro do prazo de quatro anos, os requisitos são diferentes e o solicitante pode renovar o visto, sem a necessidade de entrevista. A fila de espera é apenas para deixar a documentação no consulado. Após isso, a pessoa entra para a fila de nova renovação", diz Natália.

No caso de solicitações de emergência, o pedido também é realizado por um processo diferente. "As pessoas podem solicitar o agendamento da entrevista. Temos, então, um processo para solicitar este agendamento e as instruções estão todas no site", afirma ela.

Atualmente, o valor para solicitar o visto americano é de US$ 160 (cerca de R$ 835).

Enquanto esperam o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni), prevista para esta terça-feira (9), segundo o Ministério da Educação (MEC), estudantes usam as redes sociais de forma bem-humorada na tentativa de diminuir a ansiedade. Enquanto a lista de pré-selecionados não sai, o LeiaJá reúne alguns memes. Confira:

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O Twitter informou que terminou, nesta sexta-feira (3), o período de espera para que a compra da empresa pelo CEO da Tesla, Elon Musk, possa ser fechada. Anunciado no mês passado, o acordo prevê a aquisição da rede social a US$ 54,20 por ação, mas ainda precisa cumprir os trâmites legais para ser efetivado.

Pela lei antitruste Hart-Scott-Rodino, de 1976, após o anúncio do negócio, as partes precisam cumprir um intervalo de espera para que reguladoras possam avaliar se têm restrições imediatas à transação. O cumprimento da norma é requisito indispensável para que a compra possa seguir em frente.

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Na semana passada, Musk se comprometeu a investir mais de sua fortuna para financiar o acordo avaliado em US$$ 44 bilhões. O bilionário decidiu incluir US$ 33,5 bilhões em ações no plano e desistiu de utilizar um empréstimo de margem garantida por papéis da Tesla.

Após a notícia, a ação do Twitter subia 2,58% no pré-mercado da Bolsa de Nova York, por volta das 9h20 (de Brasília).

O surto de influenza combinado com a disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus no País teve como efeito a corrida de milhares de brasileiros aos postos de testagem para identificar se houve contaminação pela Covid-19 durante as festas de final de ano. Para muitos pacientes com suspeita de contaminação pela doença, o teste se tornou sinônimo de resiliência nas longas filas do serviço público, ou de custo adicional para aqueles que recorrem aos grandes laboratórios privados. Além disso, surge no horizonte a possibilidade de falta de testes na rede particular.

Em viagem de ano novo com os amigos às praias de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, a publicitária Fernanda Cui se contaminou com a Covid-19, assim como outros onze colegas do grupo formado por dezoito pessoas. O congestionamento gerado na região nesta época do ano pelo fluxo intenso de turistas na via principal frustrou a tentativa dos viajantes de se testarem numa Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no centro da cidade litorânea. Com sintomas desde antes da virada, os testes só foram realizados ao retornarem para São Paulo, no dia 3 janeiro deste ano.

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Já de volta à capital paulista, Cui recorreu a um posto de testagem rápida da rede DelBoni Auriemo, onde o teste antígeno foi realizado por R$ 150. Apesar de ter testado positivo, ela desejava uma contraprova via RT-PCR. A publicitária procurou o Hospital Santa Paula, na zona sul de São Paulo, mas ao passar pela triagem foi informada que a fila de espera no último dia 4 superava 8 horas. Ela decidiu desistir de confrontar os resultados e iniciou o isolamento.

"A gente tem um cenário muito complicado, ao mesmo tempo que as pessoas apresentam sintomas leves, temos muitos casos positivos, só que tem sido necessário gastar muito dinheiro para testar", disse. "A gente não tem acesso fácil aos testes que garantem o direito da pessoa saber se está com covid. Se a gente tivesse o autoteste na praia, poderíamos ter iniciado antes o isolamento", completou.

Os demais colegas envolvidos na viagem relataram ter enfrentado mais de duas horas de espera para se testar no Sistema Único de Saúde (SUS), com até três dias de espera para receber o resultado. Levantamento feito pelo Estadão com as secretarias de saúde dos Estados mostra que o tempo médio para obter o resultado do teste tipo RT-PCR, considerado padrão ouro, é de dois dias e meio.

Em alguns Estados, como Maranhão e Amapá, a espera para saber se houve contaminação pelo vírus dura até cinco dias. No Pará, onde é necessário aguardar por dois dias o diagnóstico, ainda é exigida a combinação de testes, o que em alguns casos obriga o retorno do paciente ao posto de saúde no dia seguinte ao exame inicial. Além disso, nove das vinte e uma Secretarias que responderam à consulta da reportagem informaram exigir prescrição médica para a realização de testagem - fator que aumenta o tempo de espera nas unidades de atendimento e é alvo de críticas de epidemiologistas.

Na zona leste de São Paulo, Roberta da Silva testou positivo para a covid-19 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaquera, zona leste, logo após o Réveillon. Embora fosse o primeiro dia do ano, e a demanda estivesse baixa, foi necessário esperar por uma hora e meia até a realização do teste. Na terça-feira, 11, ela voltou ao posto de testagem para conferir se a doença persistia, mas se deparou com uma longa fila de espera posicionada na área externa da UPA. Em um dia de chuva na capital paulista, as dezenas de pessoas que aguardavam para serem atendidas se aglomeraram no único ponto coberto da unidade. Ela também desistiu de realizar um novo teste.

"Na minha cabeça não fazia sentido eu estar lá ao lado de pessoas com sintomas muito severos, como tosse e espirro. Pela minha segurança, eu preferi não esperar", disse.

Para o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Gonzalo Vecina Neto, a corrida aos postos de testagem não deve ser estimulada. Ele sugere a adoção do protocolo de isolamento social já no início dos primeiros sintomas gripais, independentemente da existência de diagnóstico para influenza ou covid-19, também como forma de evitar a aglomeração nas unidades de saúde e o eventual contágio nesses locais.

Setor privado

O cenário não melhora no setor privado, que, além de enfrentar a possibilidade de escassez, oferece testes RT-PCR a preços considerados altos pelos usuários. Na rede de Medicina Diagnóstica Fleury do Distrito Federal, o exame é realizado por R$ 380, com prazo de dois dias para entrega dos resultados. Na concorrente Sabin, é cobrado R$ 295, com o mesmo tempo de espera. Já a Biolab, oferece o preço mais baixo, R$ 250, mas com resultado em até cinco dias por conta do aumento dos casos. Os valores variam nos vinte e sete estados da federação.

Nesta quarta-feira, 12, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) emitiu nota técnica com alerta para a possibilidade de falta de testes de covid-19 devido à escassez de insumos necessários para a realização dos exames, como os cotonetes utilizados no RT-PCR. No documento, é recomendado a priorização de pacientes em estado grave para evitar o esgotamento dos estoques no País. A sugestão contraria a posição defendida por especialistas ouvidos pelo Estadão, que apontam a ampla testagem como uma das principais políticas públicas de enfrentamento à pandemia.

Ao tentar agendar um teste para covid-19 nos sites das redes de farmácia Drogasil e Drogaria, já é possível se deparar com a informação de que os exames foram suspensos temporariamente por causa do desabastecimento. As empresas relatam nos comunicados que o agendamento deve ser retomado nos próximos dias mediante restabelecimento dos estoques.

Dados reunidos pela Abramed em outro estudo expõem os motivos que levaram à escassez: houve aumento de 98% dos testes de Covid-19 entre a semana do Natal e o início de janeiro, em laboratórios privados do País. Somente entre os dias 3 e 8 deste mês foram realizados mais de 240 mil exames na rede particular, apesar dos preços elevados cobrados em algumas regiões. O aumento no número de exames coincide com o salto de 7,6% para 40% na média de testes positivos.

A epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo, afirma que a falta de testes na rede privada levará ao "caos" no sistema de saúde do País, uma vez que 28,5% da população brasileira recorre ao entendimento particular por meio de planos de saúde, como consta na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisadora avalia que a defasagem na testagem em laboratórios e centros de medicina diagnóstica pressionará ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS).

"O Brasil nunca teve um programa de testagem com informações claras e testes disponíveis em locais acessíveis, como repartições públicas e locais de grande circulação, com terminais de ônibus e metrôs", afirma. "Com a chegada da Ômicron, a situação fica ainda mais grave por termos uma procura muito grande e a oferta limitada, mesmo na rede privada. O que poderia melhorar o panorama é a oferta de autoteste. Deveríamos ter uma política pública que pudesse ofertar no SUS a testagem", avalia.

Logo depois de anunciar sua autobiografia, o jornal britânico Daily Mail havia noticiado que príncipe Harry havia assinado um contrato milionário para a publicação de quatro livros e que estaria esperando a morte da avó, a Rainha Elizabeth II, para lançar o segundo deles.

No entanto, os advogados do filho da princesa Diana entraram em contato com o veículo para desmentir os boatos, afirmando que eram relatos falsos e difamatórios, além de reforçarem que Harry está trabalhando em apenas uma autobiografia.

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"O duque não está esperando pela morte da avó para escrever um segundo livro. Há apenas um livro de memórias planejado pelo duque e que será publicado no próximo ano. Os editores não voaram para os Estados Unidos; o acordo de publicação não foi negociado pessoalmente pelo duque, e os números são imprecisos; ele não trouxe pessoalmente um pacote para a mesa", retificou o Daily Mail.

A obra do marido de Meghan Markle deve chegar às livrarias no final de 2022 e será publicada pela editora Penguim Random House, sendo que todo dinheiro recebido pelas vendas será doado para a caridade.

"Não estou escrevendo isso como o príncipe que nasci, mas como o homem que me tornei. Usei muitos chapéus ao longo dos anos, tanto literal quanto figurativamente, e minha esperança é que, ao contar minha história – os altos e baixos, os erros, as lições aprendidas – eu possa ajudar a mostrar que, não importa de onde viemos, temos mais em comum do que pensamos", disse Harry em comunicado.

"Pra que essa ansiedade, essa angústia?", indagava em dezembro o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pouco antes de a segunda onda da Covid-19 deixar o Brasil inteiro sem ar. Ele falava da vacina, que só chegaria em janeiro, em pouca quantidade. De lá para cá, idosos e parte dos adultos foram imunizados, mas a demora para proteger toda a população tira a paz dos mais jovens.

Insônia, ranger de dentes e dificuldades de concentração são os sintomas dos não imunizados. Virou tema na terapia, e a angústia aumenta à medida em que a data prevista para vacinar se aproxima, se surgem problemas de desabastecimento ou quando há mudanças no calendário, como ocorreu em São Paulo.

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"Não quero vacina para viajar, quero para não morrer", diz o advogado Nilton Silva, de 46 anos. Ele, que perdeu o pai para a covid, foi atrás da "xepa" e passava duas horas do dia ligando de posto em posto para saber das sobras. A emoção de receber o e-mail com a data para se vacinar foi maior do que quando teve a notícia de que passou na prova da Ordem dos Advogados (OAB). Na semana prevista para a imunização, lágrimas deram lugar à insônia. "Literalmente sem dormir por causa de uma vacina."

Jozienne Moura, de 22 anos, continua à espera. Quando São Paulo abriu o cadastro da "xepa" para os jovens, ela não pensou duas vezes. O tamanho do bloco de notas da enfermeira com os nomes dos interessados assustou, mas a jovem mantém a esperança. "Quero voltar a viver, buscar emprego", diz ela, que não vê o pai há dois anos e se fechou em casa desde março de 2020 para se proteger e proteger a mãe. Todos os dias, no fim da tarde, a ansiedade aumenta.

É que a enfermeira do posto de saúde avisou: se sobrar vacina, vão ligar entre 18h e 18h30. A jovem não larga o celular. "E se vejo uma ligação perdida, retorno logo." Com a chance de conseguir a sobra, ela antecipou até a hora do banho, para não ter o risco de perder a chamada e ficar pronta caso seja convocada.

"Não está tão distante, mas parece", reclama a servidora pública Amanda Guiomarino, de 32 anos. Em Belém, onde mora, a fila até andou há duas semanas. "Agora, chamam a conta-gotas e isso tem um efeito que... meu Deus", diz, sem conseguir completar a frase. "Mexe com a ansiedade. Me vejo rangendo dentes e querendo doce."

Amanda se diz "quase monotemática" de tanta ansiedade: ativou as notificações da prefeitura para saber - em primeira mão - das notícias sobre o calendário na cidade. A cada push no celular, uma emoção. Se as informações são sobre outra coisa que não seja o avanço das faixas etárias, tristeza. "Que tempos são esses em que temos de nos preocupar com vacina?"

As notícias sobre a chegada de aviões com mais doses também são acompanhadas, na lupa. Sempre que vem um carregamento, Amanda faz as contas se o número de doses destinadas para o seu Estado são proporcionais ao tamanho da população.

No caso da escritora Ana Paula Martins, de 25 anos, a revolta tomou conta quando o governo de Minas excluiu lactantes do grupo prioritário, segundo conta. Ela estava preparada para a 1ª dose. "Foi frustrante. Tive uma alegria repentina e de repente, um banho de água fria." A demora da vacina entrou até nas sessões de terapia, onde também trata o luto, vivido "com muita raiva", pela morte do irmão, de 30 anos, de covid.

A revelação sobre e-mails da Pfizer não respondidos pela gestão Jair Bolsonaro veio após a morte, o que aumentou a revolta. Hoje, ela fica ansiosa quando põe os pés para fora de casa e tem medo de adoecer e não conseguir cuidar do filho, de 1 ano e 9 meses.

Ver o luto de amigos e não poder ajudar também tira a paz de Hugo Ferreira, de 27 anos. Com frequência, ele vai ao posto de saúde perto de casa, em São Paulo, para se atualizar sobre os carregamentos de vacina e, como Jozienne, aguarda a ligação da "xepa", sem desgrudar do celular. Os jovens dizem sonhar, literalmente, que estão se vacinando. Às vezes, vira pesadelo, com cenas de doses insuficientes ou erro de aplicação. "Estamos vivendo em função disso", diz Jozienne. "Os passos só podem ser dados a partir da vacina."

Cuidados

Essa espera pode agravar quadros ansiosos em quem que já tem transtornos e desencadear crises em quem não tinha histórico. "A quantidade de pessoas enlutadas, ansiosas e fóbicas que estamos recebendo é enorme", diz Leila Tardivo, do Instituto de Psicologia da USP. Ela coordena um trabalho de atendimento psicológico online e gratuito para cerca de 1,5 mil pessoas.

Meditação, exercícios físicos e encontros virtuais com amigos ajudam a aplacar a ansiedade. "Importante focar atenção em situações criativas, projetos de vida e, ao mesmo tempo, se dedicar a coisas que pode fazer em casa, como leitura, gastronomia, artesanato", diz ela. Se não é possível controlar os sintomas sozinho ou as crises são graves e frequentes, procure ajuda profissional.

DF fala em lote com doses congeladas

O Distrito Federal suspendeu o uso de 40,1 mil vacinas Janssen recebidas ontem após dizer que o lote chegou congelado. Já o Ministério da Saúde afirmou que uma vistoria liberou o uso do produto. A pasta disse ainda que o governo local havia reportado apenas 2.880 doses fora da temperatura certa (2ºC) - o DF nega.

O Brasil registrou até esse sábado (10) 13.445.006 pessoas infectadas desde o início da pandemia, cerca de 6% da população brasileira. No momento em que a vacinação contra a covid-19 está sendo realizada no país, uma das dúvidas mais comuns é o que muda no caso de quem já teve a doença quando da aplicação da vacina.

Segundo o infectologista Hemerson Luz, quem já teve a Covid-19 deve esperar ao menos um mês antes de tomar a vacina contra a doença. Esse intervalo é contado a partir de 14 dias depois do diagnóstico positivo, quando foi convencionado que a pessoa se livra do vírus.

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Ele explica que ainda não há publicações e estudos demonstrando efeitos, mas que médicos têm adotado esse tempo mínimo para evitar potenciais efeitos adversos.

Se a pessoa tiver com a doença aguda, com febre e com sintomas da Covid-19, ela não deve se vacinar. Antes disso, deve procurar um médico para receber orientações e ter um diagnóstico se está ou não com a Covid-19.

“Se tiver com sintomas vou esperar encerrar o meu quadro. Se eu tiver com sintomas, tenho que procurar o médico para verificar o diagnóstico. Se tiver infectado, tem que aguardar até resolver o quadro e aí depois de 30 dias”, explica o infectologista.

Luz lembra que a vacina pode causar efeitos adversos, em geral no local da aplicação, como inchaço, vermelhidão, febre ou indisposição. Mas essas reações não duram mais de 48 horas e podem ser tratadas com remédios como analgésicos e antitérmicos.

O infectologista alerta que quem já foi infectado pode contrair a Covid-19 novamente, mas o quadro deve ser brando. “A [vacina] CoronaVac tem eficácia de 50% para pegar a doença, mas é 100% eficaz contra o caso grave. A [vacina] Oxford/AstraZeneca é um pouco mais efetiva, a 70%, mas mesmo assim existe possibilidade de ficar doente”, disse.

O infectologista ressalta a importância da vacinação mesmo para quem já teve a Covid-19. E acrescenta que não é preciso ter receio, pois não há chance da vacina causar doenças. Mesmo aquelas que utilizam vírus inativados não têm qualquer possibilidade de replicação do vírus no organismo.

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Do lado de fora da Universidade Católica de Pernambuco, localizada na área central do Recife, quem fica na expectativa são os parentes dos estudantes que estão fazendo o segundo dia de provas impressas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Neste domingo (24), os candidatos enfrentam quesitos de matemática e Ciências da Natureza.

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Vinda de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, a doméstica Maria do Carmo da Silva, 45 anos, chegou na Unicap às 11h30, horário que os portões se abriram. A sua filha, Antoniele Ruth, 20 anos, faz o exame pelo segundo ano consecutivo e quer cursar odontologia. "Ela estudou muito, se preparou para fazer a prova e veio muito feliz. Acredito que ela vai ter um bom resultado", disse Docarmo.

Para a mãe, esse momento de pandemia não atrapalhou os estudos de sua filha, que aproveitou o isolamento para reforçar a preparação para o Enem deste ano. Mesmo assim, Maria revela que estava com medo de Antoniele fazer o exame por conta da Covid-19. "A gente ficou com muito medo, mas eu disse que ela vinha, sim. Coloca a máscara, pega o álcool em gel, faz tudo o que tiver de ser feito e vamos 'simbora'", garantiu.

A professora Patrícia Cássia, 48 anos, acha muito importante ficar esperando a sua filha Ana Tereza, de 21 anos, que quer cursar pedagogia, para conseguir emanar boas vibrações e mostrar que ela não está sozinha. Este é o terceiro ano que a jovem faz o exame e todas as vezes a mãe faz questão de ficar do lado de fora do local de aplicação da prova.

Cássia fala que não foi fácil a preparação de Ana Tereza por conta desse momento de pandemia, o que limitou as possibilidades de estudos. "Para o aluno, o melhor é presencial. Mas como a pandemia não deixou, ela precisou recorrer a aplicativos onde conseguia tirar as dúvidas. Além disso, eu também ajudei ela como pude", reforçou.

A aposentada Euflavia Bento da Silva, 71 anos fez questão de ficar do lado de fora da Unicap esperando a sua neta Cristiane Bento, 17 anos, que sonha em cursar direito. 

Para Euflavia, este é um momento único e é importante mostrar para a sua neta que ela não está sozinha e que os meses de estudo não foram em vão. "O que eu puder fazer por ela eu faço. Eu sinto que ela está segura e feliz, o único problema foi porque ela sentiu muita falta do colégio para se preparar, já que não tinha aula presencial por conta dessa pandemia", explicou a aposentada. 

Euflavia aponta que a ajuda dos professores, mesmo de forma online, foi muito importante para que sua neta tirasse as dúvidas e viesse fazer o Enem confiante que vai conseguir fazer entrar no curso que sempre sonhou desde pequena. "Foram dez meses de estudo. Ela só sentia falta dos amigo, que são importantes nesse momento de preparação", pontuou.

Cerca de 312 mil candidatos fazem a prova em Pernambuco. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização do Enem, quase 5,8 milhões de candidatos se inscreveram no exame neste ano, cujo resultado está programado para o mês de março. No primeiro dia de prova, em 17 de janeiro, mais da metade dos candidatos faltou.

O dólar segue em baixa no mercado doméstico na manhã desta quarta-feira (19). O ajuste está alinhado à desvalorização predominante da moeda norte-americana ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities em meio a movimentos técnicos e espera pela ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Os investidores monitoram ainda o impasse nas negociações em Washington sobre novos estímulos nos EUA e seguem preocupados também com uma segunda onda de Covid-19 pelo mundo, principalmente nos EUA e Europa, e as tensões sino-americanas.

Operadores locais afirmam que persiste a cautela com o fundamento fiscal das contas públicas brasileiras, o que limita a valorização do real. É uma sessão de espera por novidades, diz um operador. A questão, de novo, é ver a prometida agenda liberal ser executada. Na terça-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, reafirmou o compromisso com o ajuste fiscal.

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Após pedir que o governo envie sua proposta sobre a extensão do auxílio emergencial e de criticar os bancos pela cobrança de juros exorbitantes no cartão de crédito e cheque especial, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, segue no foco. Maia toma café com o presidente Jair Bolsonaro e também se reúne mais tarde com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em almoço em Brasília.

Ontem, o dólar caiu, devolvendo parte do estresse provocado no dia anterior pelas especulações sobre uma iminente saída do ministro da economia, Paulo Guedes, que foi negada por Guedes e por Bolsonaro. Com isso, a inclinação da curva de juros futuros diminuiu um pouco - ainda que continue apontando alto risco fiscal à frente - e voltou a ser precificado um novo corte da Selic.

Às 9h25 desta quarta, o dólar à vista recuava 0,16%, a R$ 5,4594. O dólar futuro para setembro caía 0,20%, a R$ 5,4605.

A plataforma Regula RN informou que 234 pessoas morreram à espera de um leito para o tratamento da Covid-19 no Rio Grande do Norte. Dados da Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap) apontam que, até esse domingo (28), 937 potiguares não resistiram à infecção, logo, os pacientes da lista de espera representam 24,9% das vítimas fatais no estado.

O Rio Grande do Norte ainda tem 36 pacientes na fila de regulação para UTI, enquanto 41 aguardam a transferência para leitos clínicos. O estado tem apenas 14 leitos críticos disponíveis. Ao todo, 225 pessoas estão internadas em leitos de enfermaria e outras 320 em UTIs.

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A primeira causa de cancelamento das solicitações é a expiração dos pedidos - quando não há atualização do paciente há mais de 48 horas -, seguida do óbito dos solicitantes. Já a terceira causa corresponde à impossibilidade de transporte, com 149 cancelamentos.

Faltando pouco menos de um mês para o aniversário de 81 anos, o aposentado João Alves de Souza perdeu a guerra pela vida para a covid-19. Após 11 dias internado no Hospital Maternidade Belarmina Monte, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, o idoso que apresentava comorbidades como diabetes e hipertensão morreu no fim da tarde desta segunda-feira, 15, à espera de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Meu pai apresentou um quadro de diarreia, febre e dor no corpo. Levamos ao hospital e deu uma alteração no exame de sangue. O médico pediu o teste rápido para covid-19, que deu negativo. Voltamos para casa e ele começou a piorar e pediu para voltar para o hospital", contou a filha Janaína Fideles. "No dia 4 de junho, ele deu entrada na unidade com prescrição para UTI. No nono dia, foi intubado. Depois de três dias, não resistiu. Eu perdi meu pai na segunda-feira, por volta das 16h30", relembrou, emocionada.

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João Alves de Souza, cuja família tem raízes na Paraíba, foi enterrado às pressas nesta terça-feira, 16, no Cemitério do Distrito de Olho D'Água do Chapéu, distrito de São Gonçalo do Amarante, num jazigo emprestado.

O idoso era mais um entre os 132 pacientes que aguardavam, até esta terça-feira, um leito de internação na rede pública de saúde do Rio Grande do Norte para tratar a covid-19, conforme plataforma da Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN). Destes, sete estavam listado na Prioridade 1, que são os casos graves que necessitam de leito de UTI para tratamento; e outros 53 aguardam vagas em leitos com respiradores mecânicos. Não há, porém, nenhuma vaga nos hospitais referenciados pela Sesap/RN para a covid-19 na Grande Natal e na região oeste do Estado, consideradas os epicentros da pandemia localmente. Até mesmo os hospitais privados instalados em Natal estão fechando, de maneira temporária, os prontos-socorros por falta de leitos.

"Eu corri para tentar salvar meu pai. Tinha laudos que mostravam que os órgãos dele estavam parando. Ele era um paciente de extrema gravidade. Em São Gonçalo do Amarante não tem hospital de referência para a covid-19. Muita gente está morrendo nesse hospital. Daria tempo ter salvado o meu pai, mas o leito de UTI não chegou. Onde está o Hospital de Campanha?", questionou Janaína Fideles.

O Hospital Maternidade Belarmina Monte é o mesmo que, dias atrás, uma médica plantonista se negou a atender uma idosa alegando falta de leitos e informando à família que a idosa "entraria ali para morrer."

No caso do aposentado João Alves de Souza, nem mesmo uma determinação judicial foi capaz de garantir a transferência do idoso para um leito crítico para o tratamento da infecção causada pelo novo coronavírus. No dia 12 de junho, dois dias antes do óbito, o juiz plantonista Luis Felipe Lück Marroquim, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, deferiu o pedido de tutela de urgência impetrado pela família de João Alves de Souza e determinou ao Estado do Rio Grande do Norte a "internação na rede hospitalar pública ou privada regulada" do idoso "para uma Unidade de Terapia Intensiva - UTI pelo tempo necessário ao restabelecimento efetivo de sua saúde".

A medida, porém, não foi cumprida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública. Conforme exposto pela Central de Regulação da pasta, em nota, "como os hospitais da rede pública de saúde estão com as UTIs Covid colapsadas, a Regulação tentou um leito de UTI na rede privada pactuada com o SUS, que também não tinha leito disponível".

A expectativa da Sesap/RN é de abrir aproximadamente 50 novos leitos de UTI nos próximos 15 dias em hospitais públicos de Natal e da Região Metropolitana.

Decreto renovado

A expectativa de reabertura das atividades comerciais no Rio Grande do Norte para esta quarta-feira, 17, será frustrada. O governo estadual irá editar um novo decreto ampliando a quarentena para o dia 24 de junho, em razão do elevado número de pacientes à espera de leitos de clínica médica e de Unidade de Terapia Intensiva para o tratamento da covid-19. A postergação foi criticada por entidades ligadas aos setores de Comércio e Serviços no Estado, que apontam prejuízos superiores a R$ 190 milhões por causa do fechamento dos empreendimentos comerciais.

"As medidas de intensificação do isolamento social do último decreto, a antecipação dos feriados, pelo Estado e por alguns municípios, e o Pacto pela Vida que contou com a adesão da maioria dos municípios potiguares, certamente têm nos revelado bons resultados que poderão ser observados nos próximos dias. Mas, infelizmente, não são suficientes para nos dar segurança para a reabertura do comércio", disse a governadora Fátima Bezerra (PT).

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN), Marcelo Queiroz, criticou o adiamento. "A economia está além do limite que pode suportar. O comércio já demitiu cerca de dez mil pessoas, o setor deixou de faturar, até o fim de maio, R$ 192 milhões. Além disso, os números que temos hoje no Estado, relativos ao avanço da doença, permitem que o protocolo de retomada seja implantado, já que ele é extremamente rigoroso e prevê passos firmes e graduais com responsabilidade e toda a segurança possível para empreendedores, colaboradores e clientes", declarou Queiroz.

O secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o País tem registros de 127 mil casos que esperam exames para averiguar possível contaminação pelo novo coronavírus. Apesar do volume, segundo ele, há disponibilidade suficiente de testes para esta e para a próxima semana.

São pacientes com quadro de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Entre eles podem haver contaminados pelo vírus da covid-19 ou por outros vírus respiratórios.

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"Estamos nesta semana distribuindo 320 mil testes. Temos 127 mil casos registrados no nosso sistema para realizar a investigação laboratorial. Então, para esta semana e para a próxima, temos uma folga importante", afirmou.

Ao todo, até o dia 7 de abril, foram realizados 153.961 testes em pacientes com SRAG para identificar tanto covid-19 quanto influenza e outros vírus respiratórios. Desse total, 62.985 foram específicos para covid-19, com 13,7 mil resultados positivos, segundo dados do Ministério da Saúde.

A previsão da pasta é a de que o Brasil alcance 100 mil casos confirmados de covid-19 nas próximas duas semanas. Os dados atualizados até esta quinta mostram 17.857 pessoas infectadas e 941 mortes.

A ordem do ministério é para que sejam submetidos a testes apenas pessoas internadas com SRAG ou que estão nas chamadas unidades sentinelas da rede de saúde.

"É fundamental que esses recursos sejam bem administrados pelas secretarias estaduais. Não é para testar casos de SRAG que não sejam internados ou não sejam por meio da vigilância sentinela. Se acabar o teste, não temos como suprir imediatamente", disse o secretário.

Esse critério de aplicação de testes é a explicação do ministério para os 5,3% de taxa de letalidade do novo vírus no Brasil. Como apenas os casos mais graves são submetidos à investigação mais detalhada, a tendência é que taxa seja superior a de países que ampliam os exames para pacientes com sintomas leves.

"Com esse critério, a tendência é que a letalidade continue nesse patamar de 4% ou 5%. É o comportamento de quase todos os países que têm essa maneira de fazer testagem. Naqueles que testam em massa, também os casos leves, claro que a letalidade têm tendência a cair", afirmou João Gabbardo, secretário-executivo do ministério.

Na manhã desta segunda-feira (16), os passageiros da Linha Centro do metrô do Recife sofreram com o aumento no tempo de espera e superlotação além do habitual. Isso porque parte do serviço foi comprometido devido a um raio que atingiu a rede elétrica, informou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

A queda do raio foi registrada durante a madrugada e o equipamento de sinalização do ramal Jaboatão foi afetado. Por isso, a linha iniciou a operação com velocidade reduzida e os usuários precisaram ter paciência para embarcar nos trens, informa a CBTU.

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Mesmo com o problema ocorrido em Jaboatão, a demora é maior no ramal Camaragibe. Segundo a companhia, por volta das 23h desse domingo (15), um dos pantógrafos - equipamento que liga a composição à rede aérea - enroscou-se na própria rede. Desse modo, o trecho entre as estações Rodoviária e Camaragibe circula em via única, quando a mesma via é usava como mão dupla.

A CBTU não tem expectativa para que o metrô seja normalizado. Equipes de manutenção já foram acionadas e estão atuando nas áreas comprometidas.

O metrô do Recife vai passar por uma manutenção neste domingo (2). De acordo com  o que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou, através da sua página no Facebook, os reparos vão acontecer na via entre as estações Rodoviária e Coqueiral. Quem normalmente utiliza o modal no período 5h às 8h do domingo, terá que esperar ainda mais para se locomover.

Segundo a publicação, a manutenção acontecerá no início da madrugada e se estenderá até às 8h. Os trens irão circular em uma única via no trecho entre as estações, o que aumentará o intervalo entre os trens no sentido Camaragibe - Recife.

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Apesar das manutenções constantes, os passageiros vêm constantemente reclamando das condições físicas dos terminais e do transporte. Segundo eles, é inadmissível o aumento da passagem sendo que as repetidas falhas técnicas põem a eficiência do serviço à prova. 

Em janeiro de 2020 aconteceu mais um reajuste da passagem para R$ 3,70, e, segundo o cronograma, no dia 7 de março acontecerá o último aumento que determina o custeio em R$ 4.

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