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O Governo de Pernambuco inaugurou, nesta segunda-feira (27), 52 novos leitos na enfermaria Dr. Manoel Raimundo de Morais Costa Neto, no Hospital Barão de Lucena, na zona oeste do Recife. Estiveram presentes na cerimônia a governadora Raquel Lyra e a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti.

O hospital é uma das referências em oncologia no estado, e atende milhares de pacientes todos os meses. 

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 “Com essa nova estrutura, vamos liberar mais leitos para retaguarda de cirurgia vascular para os grandes hospitais. É uma readequação e estruturação da rede para atender melhor a população, visando sempre a importância da interiorização para que, de fato, a gente consiga estruturar os serviços da capital”, destacou a secretária Zilda Cavalcanti.

Segundo a governadora, o hospital faz parte do programa Cuida PE, programa que será lançado em breve para realizar mutirões de cirurgias. “É uma alegria poder iniciar a semana entregando a população de Pernambuco uma nova enfermaria no Hospital Barão de Lucena. A estrutura está servindo de retaguarda para poder fazer um mutirão de cirurgias, através do programa Cuida PE, que será lançado em breve para os pernambucanos", disse.

Segundo dados da Central Estadual de Regulação Hospitalar, Pernambuco registra até o momento 1.088 leitos ocupados por pessoas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o que corresponde a 72% de todos os leitos disponíveis pelo Estado para este tipo de atendimento. Do total, 581 leitos são de UTI, o que representa 78% da taxa de ocupação. São 507 leitos de enfermaria, ou 65% do total. 

A Secretaria Estadual de Saúde explicou ao LeiaJá que os leitos citados não são exclusivos para a Covid-19 e, atualmente, atende pacientes com os mais diversos quadros respiratórios, que podem ser virais, ou não. Além disso, destaca que a central de regulação tem constatado, entre os usuários admitidos nos serviços de saúde, pacientes colonizados com a doença, mas internados por outros quadros clínicos que não o novo coronavírus. 

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A SES-PE garantiu que, até o momento, o número de vagas disponíveis nos leitos voltados para casos de SRAG é superior à atual demanda e as transferências "estão sendo realizadas dentro do giro das unidades". Para a secretaria, a atual situação do Estado não necessita de abertura de novas vagas. "No entanto, se houver a necessidade, haverá a conversão de leitos na rede própria e contratualizada", comunica a pasta.

Vacinação e o impacto no registro de casos leves

O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, nesta quarta-feira (23), registrou 989 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados, 18 (2%) foram casos graves e 971 (98%) leves. A pasta ressalta que o avanço da vacinação em Pernambuco é o principal fator para que a maioria dos positivados estejam no quadro de casos leves da doença. Até o momento, o Estado já aplicou 22.226.342 doses de vacinas contra o novo coronavírus, o que representa 87,18% da população pernambucana com a cobertura completa. 

No entanto, é importante destacar que para o esquema completo de imunização são consideradas as pessoas vacinadas com a 1ª e a 2ª dose, ou dose única. Das 7.692.429 pessoas a partir dos 12 anos, elegíveis para a dose de reforço, a cobertura atual é de 4.391.873 (57,9%). A 2ª dose de reforço liberada atualmente para 3.026.432 de pernambucanos a partir dos 40 anos, foi aplicada em menos da metade do público (42,9%).

Internamento

Um estudo divulgado pela Secretaria de Saúde na última sexta-feira (19), com a análise de 52 pacientes que desenvolveram quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocado pela Covid-19 no período entre 30 de outubro e 12 de novembro deste ano, constatou que, de cada 10 pacientes internados pela doença, seis não estavam em dia com as doses da vacina. 

Ainda de acordo com os dados dos pacientes com quadros graves, 12 (23%) não se vacinaram; um (2%) só havia tomado uma dose do imunizante; nove (17%) apenas duas doses, 11 (21%) haviam tomado a 1ª dose de reforço, mas eram da faixa etária elegível para a 4ª dose. 

19 pacientes (36,5%) estavam com vacinação em dia. No entanto, todos estes 19 casos eram idosos, sendo 17 (89%) pessoas acima dos 80 anos de idade. “Os dados continuam demonstrando a importância de se vacinar contra a Covid-19, e com todas as doses disponíveis. A vacinação, que é segura e eficaz, continua sendo a principal forma de proteção contra as formas graves da doença”, destaca o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Mais 2.048 casos de Covid-19 foram registrados em Pernambuco, nessa sexta-feira (24). Do total, 2.041 são quadros leves e sete foram classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), informou a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Quatro óbitos também foram confirmados. Segundo a pasta, os pacientes foram dois homens e duas mulheres, que morreram entre 28 de maio de 2020 e 11 de fevereiro deste ano.

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A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública atingiu 84%, com 695 pacientes hospitalizados. Outros 778 estão em enfermarias.

O aumento nos casos de Covid-19 nas últimas semanas levou a Prefeitura de São Paulo a ampliar o número de leitos destinados ao tratamento de doenças respiratórias. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, 50 vagas foram criadas na rede pública da capital paulista para dar conta do aumento da demanda. Há dois meses, a média de internações no Estado de São Paulo estava em torno de 150. Agora, mais do que triplicou e ultrapassou a barreira de 500 pessoas. São números que estão bem abaixo do recorde de 3.400 pessoas internadas em março, mas que ligam o sinal de alerta nas autoridades por causa do crescimento da pandemia.

"O número de internações está aumentando, então existe a necessidade de aumentar o número de leitos. Embora estejamos longe dos piores momentos de 2021, hoje conseguimos ter menos casos graves graças à vacina, mas estamos tendo mais casos graves do que estávamos preparados para este momento", afirma Carlos Magno Fortaleza, infectologista e epidemiologista da Unesp. "Nas próximas duas semanas haverá um crescimento de casos e depois de internações e mortes."

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Em 13 de abril, São Paulo tinha média móvel de 25 mortes por Covid-19 e 5.572 casos diários. No domingo, dois meses depois, chegou a 61 mortes e 9.644 casos, um aumento de 145% nos óbitos e de 73% nos contaminados, mesmo com cenário de grande subnotificação de resultados positivos da covid. "A expectativa era de que a gente já tivesse de uma maneira bastante consolidada um número de mortes inferior a 50 nesta época do ano em todo o País, dado o comportamento da pandemia no trimestre anterior. Houve um crescimento grande quando a variante Ômicron chegou, e aí veio a queda abrupta. O problema é que, no primeiro momento que os números diminuem, decretaram fim da emergência epidemiológica, desobrigando uso de máscara", lamenta o médico.

Na rede municipal de São Paulo, a taxa de ocupação dos leitos é de 70% para UTI e de 61% para enfermaria. Já na rede estadual, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, a ocupação é de 46,8% em enfermaria e 50,3% de UTI. "Além de fortalecer os serviços de saúde estaduais para atender pacientes com Covid-19, a pasta mantém diálogo com gestores regionais para análises técnicas e definição das estratégias assistenciais e, se necessário, pode ativar novos leitos para a assistência à população. Cabe ressaltar que a abertura de novos leitos não é prerrogativa exclusiva do Estado, cabendo também aos municípios e à União", informou a secretaria estadual. "As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a covid", continuou, em nota, sem citar o uso de máscaras faciais.

Mais testes

Desde a última sexta-feira, 10, São Paulo passou também a testar pessoas que tiveram contato com quem foi diagnosticado com Covid-19, mesmo sendo assintomático. Com a ampliação da testagem, a pessoa poderá retornar às atividades após sete dias de quarentena, caso o resultado seja negativo.

Para Carlos Magno Fortaleza, a utilização das proteções no rosto é fundamental neste momento em que o número de casos cresce. "O que a gente está tentando avisar, usando o princípio básico da epidemiologia, é que quanto mais gente usar máscara, teremos menos casos. É uma recomendação importante e alguns lugares já estão até exigindo novamente as máscaras", disse. Especialistas também alertam para outro problema, que é o fato de a vacinação estar avançando em ritmo lento, principalmente em relação às doses de reforço.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambuco está com 82% dos leitos de UTI pediátrica para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) ocupados. Com o total de 150 vagas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 69 crianças e bebês estão na fila de espera.

Em relação à enfermaria pediátrica, o estado disponibiliza 130 leitos e opera com 68% da ocupação.

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"O cenário atual extrapola qualquer planejamento e o número de solicitações de UTI para crianças teve aumento de 3,5 vezes em relação à sazonalidade do ano passado", apontou a pasta. Segundo a SES, a oferta de leitos foi triplicada em relação a 2021.

Na semana passada, 60 leitos de UTI pediátrica foram montados nas cidades de Araripina, Serra Talhada, Olinda, Palmares, Goiana e no Recife. Para esta semana, a expectativa é que mais 10 leitos sejam abertos no Hospital Memorial Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, e 10 no Jesus Pequenino, em Bezerros.

Ainda há a previsão de mais 10 leitos de UTI pediátrica no IMIP na próxima semana.

Pernambuco é o estado com maior taxa de ocupação de leitos de UTI no Nordeste. A circulação da variante Ômicron agravou o cenário da pandemia e provocou um novo recorde de casos diários no último sábado (29).

Até a última terça-feira (1º), 88% dos 1.006 leitos de UTI disponíveis para os pacientes da Covid-19 estavam ocupados. De acordo com o levantamento da Central Estadual de Regulação Hospitalar, a taxa de ocupação dos 996 leitos públicos de enfermaria é de 77%.

Na rede privada, a média de ocupação dos 322 leitos é de 59%. Desses, 207 são de UTI (76%) e 115 de enfermaria (28%).

Nordeste

Dados recentes das secretarias de Saúde dos estados mostram que o Piauí também está com 88% da rede de leitos de UTI ocupada. No Rio Grande do Norte, a proporção é de 87%, seguido por Ceará (81%), Bahia (72%), Sergipe (71%), Alagoas (69%), Maranhão (52%) e Paraíba (41%).

Eventos

O Governo de Pernambuco mantém a autorização para festas privadas com até três mil pessoas em ambientes abertos e mil em espaços fechados. A gestão impediu que profissionais da saúde pública tirem férias até o fim de março.

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Diante da falta dos dados que são usados para análise da evolução da pandemia, o Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu nesta sexta-feira (7) um boletim extraordinário com um único indicador: a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a adultos com Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Para os pesquisadores, o momento atual, com o crescimento rápido de casos da variante Ômicron, desenha um novo cenário epidemiológico.

Em comparação com os registros obtidos em 20 de dezembro de 2021, os dados relativos a 5 de janeiro de 2022 mostram aumento relevante no número de pacientes internados nesses leitos.

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Comparações desse indicador entre unidades federativas e por unidade federativa no decorrer do tempo mostram-se mais complexas. Entre os Estados, destacam-se Tocantins (23% para 62% de ocupação) e Piauí (47% para 52%). Nas capitais, chamam a atenção as taxas críticas observadas em Fortaleza (85%), Maceió (85%) e Goiânia (97%), e as taxas na zona de alerta intermediário em Palmas (66%), Salvador (62%) e Belo Horizonte (73%). Também há um "estranhamento" diante das taxas do Estado do Rio de Janeiro e de sua capital, que se mantêm relativamente estáveis e em níveis muito inferiores àqueles observados nas demais unidades federativas.

A análise destaca ainda a necessidade de acesso, transparência e divulgação das bases de dados e informações para produção de evidências que permitam, por exemplo, indicar o isolamento de pessoas infectadas, restringir contatos e apontar tendências da pandemia, por meio de alertas precoces.

O boletim destaca que, além da nova variante Ômicron, caracterizada até o momento pela alta taxa de transmissão e baixa letalidade e que vem rapidamente se disseminando no País, o cenário atual conta com uma epidemia de influenza pelo vírus H3N2. Os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo boletim, observam que a maior circulação de pessoas e a realização de eventos com aglomeração durante o fim de 2021 contribuem para impactar negativamente a dinâmica da pandemia e a capacidade de enfrentamento, com impactos sobre a saúde da população e o sistema de saúde.

"O enfrentamento de uma pandemia sem os dados básicos e fundamentais pode ser comparado a dirigir um carro em um nevoeiro, com pouca visibilidade e sem saber o que se pode encontrar adiante. Além disso, vai na contramão de outros países, que passaram a produzir e disponibilizar dados de modo público e transparente para melhor compreender e enfrentar a dinâmica da covid-19", ressaltam.

Fundamental em todo período da crise e colapso da saúde em 2021, a taxa ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS é o único indicador disponível até o momento para a elaboração do boletim. Os indicadores de leitos abordam uma das etapas da infecção e evolução dos casos - a última e mais grave é o óbito, informação que não se encontra em função do "apagão" de dados.

Quatro Estados encontram-se na zona de alerta intermediário e 21 Estados e o Distrito Federal encontram-se fora da zona de alerta. Entre as capitais, três estão na zona de alerta crítico: Fortaleza (85%), Maceió (85%) e Goiânia (97%). Três estão na zona de alerta intermediário: Palmas (66%), Salvador (62%) e Belo Horizonte (73%). As demais, com taxas divulgadas, estão fora da zona de alerta: Porto Velho (44%), Rio Branco (10%), Manaus (34%), Macapá (40%), São Luís (30%), Natal (34%), João Pessoa (32%), Vitória (56%), Rio de Janeiro (2%), São Paulo (35%), Curitiba (46%), Florianópolis (42%), Porto Alegre (57%), Campo Grande (47%), Cuiabá (36%) e Brasília (57%).

Segundo os pesquisadores, as taxas observadas não são comparáveis àquelas verificadas no pior momento da pandemia, há quase um ano, considerando a redução no número de leitos destinados à Covid-19. Ainda é precoce, desta forma, afirmar que há uma nova pressão sobre os leitos de UTI, baseado apenas nos dados disponíveis e apresentados aqui. Entretanto, cabe manter a atenção sobre a evolução do indicador, alertam.

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O Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe) denuncia a situação vivida pelos pacientes do Hospital da Restauração, localizado na área central do Recife, por conta da superlotação.

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Imagens feitas pela entidade mostram os pacientes em macas colocadas nos corredores, alguns deitados em papelão - por conta da falta de leitos -, e até embaixo de um balcão, todos sem os cuidados adequados e vulneráveis à contaminação.

O diretor do Satenpe, Miguel Matias, revela que também fizeram vistoria no Hospital Barão de Lucena, Zona Oeste do Recife, e encontraram diversos leitos disponíveis na unidade.

"Dessa forma, entendemos que a situação pode ser revertida tendo a participação efetiva da Secretaria Estadual de Saúde no tocante a distribuição adequada dos pacientes pela Central de Leitos de Pernambuco", destaca Matias.

O Satenpe pontua que irá encaminhar a denúncia ao Conselho Estadual de Saúde e ao Ministério Público Estadual.

Desde o dia 24 de dezembro do ano passado até esta terça-feira (4), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) abriu 329 vagas de leitos para atender os casos de influenza e da Covid-19 na rede pública de saúde, das quais 119 são para Terapia Intensiva.

Com isso, Pernambuco soma 1.646 leitos disponíveis na rede pública, sendo 845 de UTI.

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“Por determinação do governador Paulo Câmara e com o apoio da Prefeitura do Recife, estamos trabalhando para garantir a assistência a quem precisa, colocando em prática um plano de contingência, porque temos uma forte pressão sobre a rede de saúde, tanto nas urgências, como nos setores de internação. Assim, estamos retomando os esforços para conversão de leitos para o atendimento de quadros respiratórios", reforça o secretário André Longo.

Cuidados

O governo estadual salienta que para os esforços darem certo, é preciso  que a população se conscientize e reforce o uso de máscara, a higienização pessoal e evite aglomerações. 

 A Central Estadual de Regulação de Leitos de Pernambuco registrou, entre os dias 21 e 27 de novembro, o menor número de solicitações de leitos de UTI Covid-19 de 2021. No período, que corresponde à semana epidemiológica (SE) de número 47, foram recebidos 227 pedidos, o que representa uma redução de 13% na comparação com a SE 46 e de 12% em relação aos últimos 15 dias. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa realizada no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife, na tarde desta quinta-feira (2).

Variante Ômicron 

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Apesar da queda na demanda por leitos, o secretário estadual de Saúde, André Longo, ressaltou que o momento ainda é de precaução, sobretudo em razão da chegada da variante Ômicron no Brasil. “A nova cepa nos traz uma grande preocupação e um alto nível de incertezas. Com a Ômicron, os cuidados, como o uso correto das máscaras e a lavagem frequente das mãos tornam-se ainda mais fundamentais. São atitudes que precisam estar incorporadas ao nosso cotidiano”, explicou.

Longo também destacou a importância da testagem e da vacinação no combate ao vírus. “O processo de imunização da população precisa continuar avançando. É crucial ampliarmos ao máximo o número de pessoas vacinadas com as duas doses e também aqueles vacinados com a dose de reforço”, completou.

Obrigatoriedade do comprovante vacinal

Também presente na coletiva, o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, lembrou que o Governo do Estado passará a exigir apresentação do comprovante vacinal completo para quem quiser acessar os estabelecimentos públicos vinculados à administração estadual. A norma foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado da última quarta-feira (1) e passa a vigorar a partir da próxima segunda-feira (6).

“Pedir a comprovação de vacinação completa contra a Covid para acessar prédios públicos do Estado é mais uma forma de estimular as pessoas a completarem o esquema vacinal. Nós vamos começar pelo setor público testando o que é possível e o que não é. Quem for procurar o posto de atendimento da Compesa ou do Detran-PE, por exemplo, terá que apresentar comprovação”, comentou Rêbelo.

Com exceção do Espírito Santo e do Distrito Federal, onde foi observado crescimento, entre 13 e 20 de agosto, a edição extra do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, reforçou a tendência de queda no indicador de ocupação de leitos da doença para adultos.Conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), “o indicador continua apresentando sinais de queda ou estabilização no país”. Os dados obtidos em 20 de setembro, indicam que nenhum estado está na zona crítica, com taxa superior a 80%.

Embora tenha registrado crescimento de 29% para 50%, no indicador, o Amazonas permanece fora da zona de alerta. A explicação é que a variação está relacionada a uma redução no número de leitos disponíveis. Já para o Distrito Federal, que também teve alta de 55% para 66%, o motivo pode ser o gerenciamento de leitos nesta unidade federativa.

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Segundo os pesquisadores do Observatório, responsáveis pelo Boletim, o Espírito Santo e o Distrito Federal estão na zona de alerta intermediário, com taxas, respectivamente, de 65% e 66%, enquanto os outros estados estão fora da zona de alerta. “A redução paulatina de leitos continua sendo observada, e, na última semana, foram registradas quedas nos leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito federal”, relataram.

Capitais

A capital Boa Vista registrou melhora com a redução de 76% para 58%. Ela é a cidade que tem leitos de UTI Covid-19 no estado de Roraima. Em Curitiba, o índice passou de 64% para 58%. Esses resultados deixaram os dois municípios na zona de alerta. A cidade do Rio de Janeiro variou de 82% para 75% e saiu da zona de alerta crítico para intermediário. Vitória, no entanto, observou piora expressiva passando de 55% para 65%.

Os pesquisadores destacaram que como têm repetido, mesmo com a melhoria dos indicadores, ainda é preciso ter cautela e manter cuidados como o uso de máscaras e algumas medidas de distanciamento físico. Defenderam ainda a aceleração e a ampliação da vacinação entre adultos que não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal, entre idosos que requerem a terceira dose e entre adolescentes. “Neste contexto, o passaporte vacinal é uma política de proteção coletiva e estímulo à vacinação”, indicaram.

Na visão dos pesquisadores, após a fase aguda da pandemia, o país precisa se preparar para o enfrentamento da Covid-19 a médio e longo prazo. Isso inclui “considerar o passivo assistencial durante a pandemia, que é de elevada magnitude e exige que o sistema de saúde se organize para dar respostas eficientes, como também a continuidade do uso de máscaras e de certas medidas de distanciamento físico, frente à perspectiva de se conviver com a Covid-19 como uma doença endêmica por um longo período”.

Registros

Os pesquisadores do Observatório alertaram para a elevação abrupta no número de casos de Covid-19 notificados no sistema e-SUS, registrada na Semana Epidemiológica (SE) 37, entre 12 e 18 de setembro. A alta é resultado da inclusão de registros que estavam retidos, o que impactou, principalmente, os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. “Entretanto, apesar desses dados novos terem contribuído para o aumento da média nacional de casos, não podem ser considerados como uma reversão de tendência de queda na pandemia”, analisaram.

A alteração repentina contribuiu para o aumento da média nacional de infectados, mas conforme os pesquisadores, não representa uma reversão da tendência de melhora nos índices da pandemia. Esta avaliação é relativa ao período da SE 37. “Esse episódio serve como alerta para questões importantes relacionadas ao fluxo e oportunidade dos dados e suas consequências para a tomada de decisão. O atraso na inclusão dos registros relacionados às semanas anteriores contribuiu para uma subestimação dos indicadores de transmissão da doença e de casos, principalmente nesses estados, tendo como um dos resultados possíveis a flexibilização de medidas sem respaldo em dados”, avaliaram os pesquisadores.

Mesmo assim, os valores computados de outros indicadores da pandemia, empregados pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz, apontaram que os registros relacionados à transmissão se mantêm em queda, como a positividade de testes, a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a mortalidade e a ocupação de leitos de UTI.

De acordo com o estudo, “o real impacto da doença foi subestimado, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, porque o volume de casos deveria ter sido computado em semanas anteriores e medidas de flexibilização foram adotadas sem respaldo estatístico. O país perdeu a oportunidade de identificar locais e grupos de risco. A confirmação de casos suspeitos e o rastreamento de contatos foram também impactados”, observaram.

Neste sábado (11), o Brasil atingiu mais de 70 milhões de brasileiros imunizados com as duas doses da vacina, ou dose única, contra a Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, este número representa quase 44% da população maior de 18 anos com o ciclo vacinal completo.

"Enquanto a dose dois chega cada vez mais rápido aos brasileiros, de norte a sul do país, a primeira dose também segue em ritmo acelerado, com 136,9 milhões de aplicações, ou seja, mais de 85% da população adulta vacinável recebeu ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, o que começa a gerar sentimento de segurança, confiança esperança por dias melhores", diz o ministério.

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O avanço da imunização no país está refletindo nas taxas de ocupação em leitos de Covid-19, UTI e enfermaria, que estão cada vez mais com leitos disponíveis. O Ministério da Saúde alerta que no Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão com as ocupações em alta, variando de 51% a 69%.

As médias móveis de casos e óbitos também estão em queda e registraram, nos últimos dois meses, redução de 61% e 60%, respectivamente. "Vamos continuar avançando e contando com apoio de todos. Quando assumi o Ministério da Saúde o objetivo era vacinar um milhão de pessoas por dia, número que estamos atingindo com normalidade. Se continuarmos nesse ritmo será possível vacinar todo público-alvo do país com as duas doses até o mês de outubro", reforçou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O Ministério da Saúde informou que, pela primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus, 20 estados brasileiros estão com taxa de ocupação em leitos de Covid-19 abaixo de 50%. O dado envolve tanto leitos clínicos como Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O índice de ocupação, segundo o órgão, é considerado normal e é resultado do avanço da vacinação no país.

“Na prática, isso significa que a rede hospitalar desses estados está menos sobrecarregada e registrando menos casos graves ou gravíssimos de Covid-19, ou seja, situações que demandam internação e intervenção médico-hospitalar”, diz o ministério em nota.

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Os seguintes estados estão com taxa de ocupação de leitos abaixo de 50%: Acre, Pará, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina.

Os estados de Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul estão em zona de alerta, com taxas entre 51% e 69%. O Rio de Janeiro está na faixa de emergência, com taxa de 70% a 80%. Segue em zona grave o estado de Roraima, com ocupação entre 80% e 94%.

Não foram divulgados dados a respeito do estado Amapá e do Distrito Federal.

O levantamento foi consolidado pelo Ministério da Saúde a partir das informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Dados vacinação

Até o momento, foram aplicadas 187 milhões de vacinas contra a Covid-19, das quais 128,4 milhões são de primeira dose. Completaram o esquema vacinal, com segunda dose ou dose única, 59,1 milhões de pessoas. O ministério alerta que é fundamental o retorno aos postos de vacinação para a segunda dose.

“A medida reforça o sistema imunológico e reduz as chances de infecção grave e, principalmente, óbitos em decorrência da doença, contribuindo diretamente para a redução da taxa de ocupação de leitos e controle da pandemia no Brasil”, aponta o órgão em nota.

A semana epidemiológica de número 29, encerrada pela secretaria de Saúde de Pernambuco no último sábado (24), trouxe números mais brandos aos índices da Covid-19 no estado. Pela primeira vez em 2021, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTI) é inferior aos 50%. Segundo o secretário da pasta, André Longo, foram registrados 442 solicitações por leitos do tipo, uma queda de 20% em relação à semana epidemiológica anterior. As informações foram divulgadas em coletiva desta quarta-feira (28).

Além disso, houve também queda no número de casos da doença. Foram notificados 606 registros, o que representa uma queda de 14,6% em uma semana, e de 34% em 15 dias. Os números se assemelham aos de novembro de 2020. Por causa da inclinação positiva dos registros, o estado terá nova flexibilização das atividades socioeconômicas, com vigor a  partir da próxima segunda-feira (2).

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“Apesar de estarmos dando passos para a frente, os indicadores positivos não nos permitem abdicar dos cuidados, esses indicadores são frutos de um esforço muito grande e que não podemos colocar em risco. Reforço o uso correto da máscara, cobrindo boca e nariz, o distanciamento e o cumprimento dos protocolos setoriais que são o caminho para continuarmos avançando rumo a uma normalidade”, destacou Longo.

O chefe da Saúde também comentou sobre o avanço da vacinação em Pernambuco. Entre ontem (27) e hoje (28), o estado recebeu mais 506 mil doses de diferentes vacinas contra a Covid-19, o maior quantitativo entregue em uma só semana pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Todas as doses estarão à disposição dos municípios a partir desta quarta-feira (28) e destas, 369.193 (cerca de 73%) serão destinadas à aplicação da segunda dose. André Longo também chamou a atenção dos faltosos à segunda dose, relembrando que, com exceção da Janssen, nenhuma outra vacina é dose única.

“As vacinas além de seguras e eficazes, são essenciais para superarmos a pandemia. Muitas pessoas estão deixando de retornar para concluir o esquema vacinal. É fundamental que a gente tenha esse retorno para a segunda dose. Tirando a Janssen, todas as outras vacinas foram desenvolvidas para aplicação em duas doses e só efetivam a proteção se for completado esse esquema. Com a primeira dose, nosso sistema de defesa começa a produzir os anticorpos, mas é com a segunda que a resposta imunológica acontece de forma mais intensa, aumentando a eficácia e a tornando duradoura”, continuou.

Antecipação da segunda dose da AstraZeneca

Durante coletiva, André Longo voltou a declarar que a antecipação da segunda dose do imunizante da Oxford, cuja recomendação preferível é de que aconteça entre 85 e 90 dias, poderá ocorrer conforme disponibilidade de estoque. Segundo o secretário, o adiantamento é seguro, consta na bula da solução e só não é feito em maior escala pois não há disponibilidade de vacinas em todo o país.

“Tomamos essa decisão a partir do comitê estadual de imunização. Definimos que havendo estoque de segunda dose disponível nos municípios, é possível a utilização desse imunizante entre 60 e 90 dias. Isso está na bula da AstraZeneca e está sendo feito em vários países, inclusive na Inglaterra, que é o país de origem da vacina. Entendemos que é seguro, traz uma maior proteção para as variantes, especialmente a Delta, e por isso se determina a antecipação. Só é possível fazer se houver estoque. O PNI só não toma essa decisão em nível nacional pois não há disponibilidade. Já se cogita no PNI também a antecipação da segunda dose da Pfizer, mas até o momento, ainda não há essa afirmação”, esclareceu.

Flexibilização VS. crescente na média móvel de mortes

Segundo André Longo, os dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, que registram aumento de 22% na média móvel de mortos pela Covid-19, não contam com o datamento preciso dos óbitos, pois houve atraso por parte dos serviços privados no momento de informar o registro de mortes.

“Isso compromete a média móvel da semana e faz com que a gente interrompa o ciclo de diminuição da média móvel, que é o que se corresponde às ocorrências por data desse último mês. A gente tem percebido uma redução, por data de ocorrência, desse numero de óbitos, o que é consequência da redução do número de pessoas nos leitos de terapia intensiva. Temos menos de 750 pessoas em terapia intensiva, metade das pessoas que precisavam desses leitos há 45 dias”, disse o secretário.

Inclusão de adolescentes de 12 a 17 anos

A estimativa é de que cerca de um milhão de adolescentes, entre 12 e 17 anos de idade, sejam contemplados pelos grupos prioritários da vacinação no futuro. Segundo Longo, “o que ficou pactuado é que se aguardará a distribuição das vacinas para atender as populações acima de 18 anos, e aí a partir de setembro, espera-se, passamos a vacinar também esse grupo de adolescentes, com prioridade aos com alguma comorbidade, o que potencializa o acometimento de doença mais grave. Foi a decisão do PNI e Pernambuco decidiu seguir a recomendação”.

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Pesquisa do Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo (SindHosp) aponta queda no número de internados com a Covid-19 na rede privada nos últimos dez dias. Apenas 34% dos centros médicos consultados registraram aumento de internações do tipo. Houve uma inversão de tendência, já que no período anterior dois terços dos hospitais relatavam alta.

Especialistas têm afirmado que já é possível notar os efeitos da vacina na curva da pandemia no Brasil, mas alertam para a necessidade de manter cuidados diante da lentidão da campanha de imunização, a flexibilização crescente das medidas de isolamento social, as novas variantes do vírus e o início do inverno.

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O percentual de hospitais com ocupação de leitos de UTI Covid acima de 80% caiu, no mesmo período, de 83% para 62%. Em leitos clínicos, o percentual de hospitais lotados caiu de 81% para 31%. O estudo não traz os números absolutos. O levantamento foi realizado por amostragem pelo SindHosp, que ouviu 86 hospitais privados - 29 da capital e 57 do interior - entre 28 de junho a 2 de julho. A pesquisa anterior havia sido feita de 14 a 18 de junho.

Para o médico Francisco Balestrin, presidente do sindicato, a queda no percentual de hospitais com ocupação de leitos Covid-19 acima de 80% não deve levar a população a se descuidar dos protocolos de segurança sanitária. "O tempo frio, que pode trazer complicações respiratórias e outras infecções virais, e a morosidade da vacinação contra a covid podem fazer crescer novamente a contaminação pelo coronavírus", alerta.

A tendência de queda nas internações hospitalares pela Covid-19 já havia sido apontada pela Secretaria de Saúde do Estado nos boletins diários sobre a pandemia. Nesta sexta-feira (2), pela primeira vez o número de pacientes internados em enfermaria covid, depois de 120 dias, foi menor do que 10 mil (9.818).

Em 28 de junho, a mesma barreira havia sido quebrada pelo pacientes em UTI. Eram 9.981 internados, o menor número desde 16 de maio. Em dez dias, a taxa geral de ocupação hospitalar (hospitais públicos e privados) caiu de 78,3% para 73,5% no Estado. Ainda assim, o total de internados é mais elevado do que no ano passado.

A gestão João Doria (PSDB) manteve o Estado de São Paulo na fase de transição, com restrições ao funcionamento das atividades econômicas, até 15 de julho. Pelas regras atuais, restaurantes, salões de beleza e de barbearia, atividades culturais, academias e o comércio podem funcionar das 6h às 21h com 40% da ocupação.

Unidades recebem pacientes mais jovens

A pesquisa do SindHosp aponta que a faixa etária dos pacientes internados em UTI vem caindo, ou seja, pessoas mais jovens são internadas. Em 81% dos hospitais, as unidades de suporte intensivo têm pacientes na faixa de 41 a 50 anos, enquanto no levantamento anterior eram 63%. Especialistas também associam essa tendência à imunização, uma vez que as maiores coberturas vacinais estão nos grupos mais velhos.

O tempo médio de internação também continua alto. Em 74%, os pacientes ficam de 8 a 14 dias em leitos clínicos. Já a internação em UTI, para 67% dos hospitais, leva de 15 a 21 dias.

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (2), que leitos da rede pública que haviam sido disponibilizados para atender pacientes de Covid-19 vão ser reconvertidos para tratar outras enfermidades. Segundo o secretário, a medida ocorre devido à redução da taxa de ocupação de leitos, que está abaixo de 70%.

"Não estamos falando em fechamento de leitos e sim de vagas transformadas para atender Covid e que agora voltam para atendimento de outras doenças", explicou. O secretário garante que os leitos podem ser rapidamente reconvertidos em caso de necessidade.

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De acordo com o secretário, a redução da taxa de ocupação é maior e mais rápida na Região Metropolitana do Recife. "Nosso objetivo é evitar a ociosidade e remodelar a rede de saúde para a retomada das cirurgias eletivas e o atendimento de outras patologias".

Ainda neste mês de julho, 84 leitos serão reconvertidos, de início, apenas na Região Metropolitana do Recife, nos hospitais Agamenon Magalhães, Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e do Tricentenário.

Pela primeira vez desde outubro, a taxa de ocupação das UTIs está abaixo de 70% no Estado. Na última semana epidemiológica (SE 25), encerrada no sábado (26), a Central de Regulação Hospitalar registrou uma redução de 18,3% nas solicitações por vagas de terapia intensiva na rede pública.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirma que metade das cidades do Brasil está com a ocupação de leitos de UTI gerais e destinados à Covid-19 acima de 90%.

Já 15% afirmaram estar acima de 80%; 14% entre 60% e 80%; 8% abaixo de 60% de ocupação. O levantamento ocorreu entre os dias 21 e 24 de junho e ouviu 2.747 gestores municipais - o que corresponde a 49% dos 5.568.

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A CNM aponta ainda que o Sul e o Sudeste são as regiões com a situação mais crítica. O Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, no Centro-Oeste, é o que apresenta maior percentual de municípios com ocupação acima de 95%.

Em relação ao número de novos casos de Covid-19, 28% dos municípios apontaram aumento nesta semana; 39% afirmaram que se manteve estável; 30% queda; e 2% destacaram que não houve novos casos confirmados.

Quanto ao óbito pela doença, 1.043 Municípios (38%) afirmaram não ter ocorrido nenhum caso. Já 20% apontaram aumento; 29% estabilidade; e 12% queda. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou de atividades econômicas se mantêm em 76% das cidades.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, anunciou durante coletiva online nesta quarta-feira (23), que Pernambuco teve uma redução de 15% no número de solicitações de leitos de UTI. Segundo ele, com isso, pela primeira vez em sete meses - desde novembro do ano passado -, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva atingiu o patamar de 80%. 

Até na 3ª Macrorregião, que engloba parte do Sertão e tem como sedes as cidades de Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, Sertão de Pernambuco, a mais preocupante, também houve queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A redução foi de 21% em uma semana e 23% em 15 dias.

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Apesar da tendência de queda nos indicadores, André Longo ressaltou que a população precisa ficar atenta para evitar um novo recrudescimento da doença e alertou para os cuidados durante os festejos juninos.

“Apesar de animadores, os indicadores não significam que vencemos a pandemia. O vírus continua entre nós e, neste momento, 1.750 pessoas estão internadas, lutando pela vida em leitos de UTI das redes pública e privada", disse.

O secretário alertou sobre a falta de cuidado durante o período junino. Assim como já vimos em outros momentos, o comportamento negligente no São João poderá cobrar seu preço. Comemore com segurança, porque só protegendo a vida poderemos superar a pandemia e seguir em frente”, completou Longo.

Nesta quinta-feira (17), o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou que Pernambuco zerou a fila de espera por vagas de UTI. Esse resultado foi alcançado pela primeira vez em quatro meses. O governador garante que a ocupação dos leitos de UTI ficou em 87%.

Câmara diz que isso só foi possível por conta das medidas restritivas intensificadas no Estado a partir do dia 7 de dezembro de 2020, além do avanço da vacinação e da expansão da rede de UTIs.

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Mesmo zerando a fila de espera por leitos, Paulo Câmara pede que a população continue usando máscara e evite aglomerações. Ele também fez um alerta para a necessidade da imunização. 

“É muito importante observar o calendário e tomar a segunda dose da vacina. Vamos fazer um grande esforço, em parceria com os municípios, para completar a imunização de quem só recebeu a primeira dose”, finalizou.

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-> Pernambuco ultrapassa 17 mil mortes pela Covid-19

Coemçou a funcionar, neste sábado (29), uma central emergencial de oxigênio, montada no Recife pelo Governo de Pernambuco. De acordo com a gestão, a intenção é fornecer oxigênio para garantir o abastecimento das unidades de saúde do interior do Estado, que atendem pacientes com a Covid-19. O governador Paulo Câmara comandou reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e supervisionou o primeiro dia de funcionamento do serviço emergencial hoje.

Para acessar a central, os municípios preenchem um formulário da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) com os números de leitos do serviço de saúde, consumo médio de oxigênio, tempo estimado para esgotamento da capacidade e do próximo fornecimento regular e a necessidade de cilindros.

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De acordo com dados divulgados pela assessoria de imprensa do Estado, até o momento, 65 municípios já solicitaram o apoio do Governo, com necessidade de 1,3 mil cilindros. Ao todo, a central emergencial está disponibilizando, nestes primeiros dias, 30 mil metros cúbicos de oxigênio para as redes municipais de saúde – quantitativo suficiente para abastecer até três mil cilindros de 10 metros cúbicos – com uma capacidade de abastecimento de 80 cilindros por hora.

“Passamos este sábado, 29 de maio de 2021, acompanhando a situação do abastecimento de oxigênio das unidades municipais de saúde do interior. Definimos, juntamente com os municípios, os critérios para a obtenção do oxigênio emergencial e o envasamento e entrega já iniciado na central montada aqui no Recife”, disse Paulo Câmara.

“Mais uma vez reforço que não há risco de desabastecimento de oxigênio no nosso Estado. As plantas industriais que estão em Pernambuco operam com normalidade, tanto é que todas as unidades da rede própria estadual ou contratualizada estão com o abastecimento regularizado e temos a possibilidade de prestar apoio emergencial aos municípios. A questão central dessa dificuldade no interior diz respeito a problemas com fornecedores menores, que atendem aos municípios”, destacou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Para o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems-PE) e atual secretário de saúde do município de Gravatá, José Edson, o esforço do Governo do Estado em garantir o fornecimento de oxigênio aos municípios é de extrema importância. “A iniciativa em atender as cidades que apresentam, porventura, dificuldade na aquisição do insumo, auxiliará por definitivo as unidades de saúde de menor porte. A central chega para dar suporte aos municípios no momento mais crítico da pandemia e para tranquilizar a população pernambucana e todos os munícipes sobre a continuidade na assistência aos pacientes com Covid-19. Além de continuarem sendo atendidos pelas próprias empresas e seus fornecedores, as cidades também terão o apoio logístico do Estado”, afirmou.

*Com informações da assessoria de imprensa

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