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Santa Catarina vai transferir pacientes com covid-19 para hospitais da região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo. Com o sistema de saúde totalmente colapsado - até essa segunda-feira (1º) pelo menos 228 pessoas aguardavam vaga de tratamento intensivo, o Estado também começa a registrar mortes por falta de leitos. Desde o dia 21 de fevereiro, quando Santa Catarina atingiu capacidade máxima de internação, foram registradas 16 mortes na fila por uma vaga de UTI.

As transferências vão priorizar pacientes que estão aguardando internações na região oeste, onde a situação é a mais crítica. "Nossa prioridade neste momento é salvar vidas. Em outros momentos, acolhemos pacientes de diferentes regiões do País e, agora, contamos com a solidariedade dos capixabas", afirmou Motta Ribeiro. O transporte dos pacientes será feito de Chapecó nesta terça-feira, 2. No Espírito Santo, a taxa de ocupação de leitos é de 75%.

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Com maior número de internados desde o início da pandemia, esta é a primeira vez que Santa Catarina vai transferir pacientes para outros Estados. Em dezembro, a região chegou a receber doentes de Manaus.

Resistência ao lockdown

Agora, no pior momento da pandemia e com uma taxa de transmissão muito mais acelerada, órgãos de controle e especialistas pedem adoção de medidas mais rígidas de isolamento social. Contudo, o governador Carlos Moisés (PSL) tem relutado em acatar lockdown por 14 dias como pedem os chefes e integrantes do Ministério Público, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Tribunal de Contas, e das defensorias Pública do Estado e da União.

Em reunião com os representantes dos órgãos na segunda-feira, o governador disse que vai aguardar resultados do modelo de isolamento que considera eficiente, com lockdown nos fins de semana e restrição de horários das atividades nos dias de semana.

O número de pessoas com vírus ativo disparou nas últimas duas semanas. Em 15 de fevereiro, eram 10 mil. Nesta terça, 2, foram registrados 41 mil infectados com potencial de transmissão. Já são 7.438 mortos pelo novo coronavírus no Estado.

Risco de desabastecimento de insumos

O risco de desabastecimento de insumos para intubação e oxigênio também é considerado iminente, principalmente dos medicamentos do chamado kit intubação. "Os hospitais estão tendo dificuldades para adquirir insumos de maneira geral, principalmente do kit intubação, que já começa a faltar em algumas unidades", afirmou Adriano Ribeiro, diretor-executivo da Associação dos Hospitais de Santa Catarina (Ahesc).

Segundo apurou a reportagem, gestores das regiões oeste e norte do Estado estão solicitando apoio para não ficarem sem insumos para intubar pacientes.

Ribeiro também comentou as mortes daqueles que sequer chegaram ao leito de UTI como pedia a avaliação médica. "Essa é uma realidade que só vai piorar; em Xanxerê, nós temos 30 pacientes internados na emergência, não tem mais lugar, as pessoas vão morrer na ambulância esperando vaga", emendou Ribeiro.

O diretor alerta para a gravidade no sistema de saúde catarinense, que, segundo ele, aguarda a habilitação de 978 leitos por parte do governo federal nos hospitais filantrópicos. Esses leitos já estão ocupados, mas não estão recebendo os recursos necessários para sua manutenção.

"Isso por si só demonstra a situação em que nos encontramos: não há condições físicas nem de recursos humanos de abrirmos mais leitos. É preciso uma ação urgente de testagem em massa e isolamento sanitário das regiões críticas", avalia. "Não tem como abrir UTI sem acesso a oxigênio, sem equipe capacitada, não é abrindo leitos dessa forma que vamos salvar vidas".

Variante de Manaus circula em SC

Na última semana, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina confirmou o que especialistas já tinham constatado na prática: a nova onda de infecção que atinge Santa Catarina é mais rápida e violenta e está sendo impulsionada pela variante detectada em Manaus (AM), chamada de P1. De dez casos testados pela Fiocruz, oito confirmaram a circulação da variante no estado.

Gestor de uma unidade hospitalar na capital ouvido pelo Estadão diz que foi um erro Santa Catarina ter recebido pacientes de Manaus sem protocolos adequados e sem isolamento rígido desses pacientes. "Nós trouxemos pacientes leves, que em poucos dias receberam alta, mas eles entraram nas unidades de saúde e, muito provavelmente, contribuíram para essa maior disseminação", avalia o médico que pediu para não ser identificado.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco registrou, neste domingo (28), 616 casos da Covid-19. Também foram confirmados laboratorialmente 22 novos óbitos (14 homens e 8 mulheres), ocorridos entre os dias 05/01/2021 esse sábado (27).

Entre os confirmados neste boletim, 43 (7%) dos casos são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 573 (93%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 299.475 casos confirmados da doença, sendo 32.473 graves e 267.002 leves.

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Ocupação dos leitos

No boletim deste domingo (28), o Governo do Estado registrou 92% de ocupação dos leitos de UTI na rede pública e 88% de ocupação na rede privada. Ao todo, pelo menos 1.170 pacientes estão em unidades de terapia intensiva em Pernambuco.

Ainda internados, mas em enfermarias, há pelo menos 765 pacientes nas unidades públicas e privadas de saúde, de acordo com os números divulgados pelo governo.

Novos leitos

O Governo de Pernambuco ativou, neste final de semana, mais 20 leitos de UTI para reforçar a rede estadual de combate à Covid-19. As novas vagas foram abertas no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, localizado no bairro da Estância, no Recife. Com isso, a unidade soma 30 vagas para receber pacientes com sintomas ou diagnóstico do novo coronavírus. Além disso, outras 10 vagas de terapia intensiva devem ser disponibilizadas à população nos próximos dias.

O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, localizado no bairro da Estância, ativou, neste sábado (27), mais 20 leitos de UTI para reforçar a rede estadual de combate à Covid-19. Com isso, a unidade soma 30 vagas já disponibilizadas para receber pacientes com sintomas ou diagnóstico do novo coronavírus. Outras 10 vagas de terapia intensiva devem ser colocadas à disposição da população nos próximos dias. A expectativa é disponibilizar, já nas próximas semanas, até 80 leitos para a Central de Regulação do Estado.

Para atender a população pernambucana, essa nova estrutura conta com cerca de 110 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos, auxiliares de farmácia, fonoaudiólogos, nutricionistas, copeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais.

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“Fizemos um importante esforço para reforçar nossa equipe interdisciplinar, pois os pacientes diagnosticados com a Covid-19 demandam uma atenção diferenciada. Além disso, redobramos os cuidados com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em relação aos nossos profissionais, que passaram por uma série de capacitações e têm recebido orientações diárias da nossa Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Dessa forma, conseguimos disponibilizar esses leitos e manter nosso ambulatório funcionando de forma plena e segura para os recifenses”, explicou o diretor do Hospital Eduardo Campos da Pessoa idosa, Fernando Figueira.

Além dos novos 20 leitos de UTI na unidade da capital, a rede estadual de saúde ainda passou a contar neste final de semana com outras 2 vagas de terapia intensiva no Hospital Rui de Barros Correia, localizado em Arcoverde. A unidade do sertão do Estado conta agora com 10 leitos de UTI para pacientes com a Covid-19.

"Pernambuco tem procurado responder à altura desta maior crise sanitária dos últimos 100 anos com a maior mobilização de equipamentos, insumos e recursos humanos de nossa história, sob a coordenação do Gabinete de Enfrentamento que é liderado pelo governador Paulo Câmara. Graças aos esforços da gestão estadual, nosso Estado conta com a maior rede pública dedicada aos pacientes com o novo coronavírus do Norte/Nordeste e a 2a maior do Brasil e vamos continuar trabalhando neste desafio operacional para abertura de novos leitos. Mas precisamos contar com o apoio da população pernambucana para que possamos superar este momento de dificuldade. Neste momento, as medidas de proteção contra o vírus continuam as mesmas o essencial  ainda é respeitar o distanciamento social, evitando aglomerações, usar a máscara corretamente, cobrindo boca e nariz, e a lavagem frequente das mãos com água e sabão, ou álcool em gel", ressaltou o secretário estadual de Saúde, André Longo.

*Da Imprensa do Governo de PE

O Estado de São Paulo atingiu na tarde deste sábado, 27, taxa de 71,1% de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva, com 7.011 pacientes internados com covid-19, informou o governo estadual em boletim diário.

Ao todo, no Estado, 15.517 pessoas estão internadas em decorrência da doença, sendo 8.506 em leitos de enfermaria, o que representa 52,3% de ocupação. Na Grande São Paulo, a taxa de ocupação de UTI é de 71,6% e de enfermaria, de 58,3%

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Neste sábado, o Estado ultrapassou 2 milhões de casos da doença, com 2.037.267 infectados desde o início da pandemia. O número de mortes por covid-19 em São Paulo é de 59.428 e o de recuperados 1.805.549. Do total de recuperados, 201.172 foram internados.

De acordo com o boletim, hoje, os 645 municípios do Estado têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 627 com um ou mais óbitos.

Nesta sexta-feira (26), o boletim do Governo de Pernambuco sobre a Covid-19 informa que a ocupação média dos leitos hospitalares específicos para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) do estado chegou à marca dos 83% na rede pública de saúde. Considerando apenas os leitos de enfermaria, a ocupação é de 74%, frente a 91% se observados unicamente os leitos de UTI.

Na rede privada, a situação é um pouco menos dramática que no Sistema Único de Saúde (SUS). As UTI’s têm ocupação de 87% dos 270 leitos específicos para pacientes com SRAG, enquanto nos 165 leitos de enfermaria o índice é de 48%. É importante esclarecer que os dados incluem pacientes confirmados e também suspeitos de Covid-19. 

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A situação dramática da iminente falta de leitos de UTI na rede pública levou o governador do estado, Paulo Câmara (PSB) a anunciar novas restrições nesta sexta (26), impondo toque de recolher com funcionamento apenas de serviços essenciais a partir da noite de sábado (27), das 22h às 5h. 

Vacinação 

De acordo com o boletim oficial, em Pernambuco já foram aplicadas 441.152 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 321 mil primeiras doses e 120.152 aplicações da segunda dose. 

Ao todo, foram feitas a primeira dose em 189.559 trabalhadores de saúde; 23.957 povos indígenas aldeados; 5.587 idosos em Instituições de Longa Permanência; 25.703 idosos entre 80 e 84 anos; 75.452 idosos a partir dos 85 anos, além de 742 pessoas com deficiência institucionalizadas.

Já em relação à segunda dose, foram 94.048 trabalhadores de saúde, 22.040 povos indígenas aldeados, 3.644 idosos institucionalizados e 420 pessoas com deficiência institucionalizadas, totalizando 120.152 pessoas que já finalizaram a vacinação.

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Foi anunciado na tarde desta quinta-feira (25), pela Secretaria Estadual de Saúde, que Pernambuco irá lançar um edital para a contratualização de novos leitos junto à rede privada na sexta-feira (26). Além disso, a pasta assegura que, nesta quinta (25), já estão sendo contratualizados 200 novos leitos.

Há também a  perspectiva de novas vagas para tratamento da Covid-19 no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, localizado na Zona Oeste da capital pernambucana, em parceria com a Prefeitura do Recife. 

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Além disso, o secretário André Longo reforçou que, na tentativa de facilitar o acesso aos exames da Covid-19 em Pernambuco, será lançado o site “Meu Exame”. Nestes primeiros dias, o sistema funcionará em fase piloto, possibilitando o acesso aos resultados de coletas realizadas nos cinco centros de testagens sob gestão estadual.

Para acessar o Meu Exame, o usuário preencherá os dados pessoais (nome completo, número de CPF e dados de nascimento), um dado da coleta e o número da requisição do exame, usado para cadastramento do serviço no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), coordenado pelo Ministério da Saúde (MS) e usado pelos Estados e municípios. A numeração pode ser disponibilizada ao usuário pela própria equipe responsável pelo cadastro e realização da testagem no momento da coleta.

Vacina

A Secretaria Estadual de Saúde garante que as 130 mil doses da vacina contra a Covid-19 recebidas pelo Estado de Pernambuco já foram enviadas para todos os municípios pernambucanos. Com as 48 mil doses da CoronaVac, o Estado pretende avançar a vacinação para os trabalhadores da saúde. As 82 mil doses da AstraZeneca dará o avanço nas vacinações dos idosos de 80 a 84 anos em todo Pernambuco.

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Em Pernambuco, a ocupação dos leitos para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave segue com tendência de alta, tanto na rede estadual quanto na privada. De acordo com o boletim divulgado pelo Governo do Estado nesta quarta (24), as ocupações dos leitos de UTI e enfermaria são de, respectivamente, 89% e 78%. Já nas unidades privadas, as taxas são de 78% para Terapia Intensiva e 36% para enfermaria.

Na última terça, as taxas para os leitos de ocupação da rede pública eram de 88%, para UTI, e 74%, para enfermaria. Já para a rede privada, a ocupação era de 72% para UTI e de 39% para enfermaria.

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Nesta quarta, Pernambuco registrou 1.566 novos da covid-19, sendo 72 (4,5%) quadros graves e 1.494 (95,5%) leves. Também foram confirmadas laboratorialmente mais 24 óbitos causados pela doença, ocorridos entre os dias 04/11/2020 e 23/02/2021. Assim, o estado totaliza 294.479 casos e 10.911 mortes em decorrência do novo coronavírus.

Novas doses

Na manhã desta quarta, chegaram a Pernambuco mais 82 mil doses de vacinas AstraZeneca/Oxford, desenvolvidas em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e produzidas pelo Instituto Serum, na Índia. De acordo com o Governo do Estado, o novo lote será utilizado para garantir a primeira dose de vacinação para idosos entre 80 e 84 anos de idade em todos os municípios. Contando com a nova remessa, o estado já recebeu 593.560 doses pelo Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) desde o dia 18 de janeiro.

“Para se ter uma ideia da importância de vacinarmos todos os idosos com mais de 80 anos, 20% dos nossos leitos de UTI estão ocupados por pessoas dessa faixa etária. Nosso esquema de logística já está em ação e, a partir de amanhã, todos os 184 municípios já poderão vacinar esse novo grupo”, declarou o governador Paulo Câmara.

Com 291.189 casos confirmados da Covid-19 em Pernambuco, chegando a divulgar mais de mil casos por dia, a taxa de ocupação média dos leitos no Estado é preocupante: 82%.

Segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta segunda-feira (22), a situação piora quando observado apenas a ocupação dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Dos 996 leitos disponíveis, 88% deles já estão ocupados. Já dos 932 leitos de Enfermaria, 74% estão ocupados. 

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A ocupação dos leitos para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus em estado grave voltou a subir no Rio Grande do Norte, chegando a 85,1%. Segundo dados da plataforma da Secretaria de Estado da Saúde Pública, 12 das 20 unidades hospitalares com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a Covid-19 estavam com 100% de ocupação na manhã deste sábado, 20, enquanto outras três tinham ao menos 90% de ocupação.

Esse cenário levou o Governo do Estado a publicar, neste sábado (20), um decreto que restringe atividades comerciais e prevê maior fiscalização ao cumprimento das medidas de isolamento social pelos próximos 14 dias.

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A medida, assinada pela governadora Fátima Bezerra (PT), prevê as seguintes suspensões: atendimento de público em bares, restaurantes e similares após as 22 horas e funcionamento depois das 23 horas; realização de festas ou eventos promovidos ou patrocinados por entes públicos ou iniciativa privada; comercialização de bebidas alcoólicas e consumo em ambientes públicos após as 22 horas.

Além disso, o decreto recomenda o estabelecimento de barreiras sanitárias e a intensificação do monitoramento e rastreio da implementação das medidas sanitárias nos municípios turísticos. Para tanto, o Estado vai colocar as forças de segurança estaduais à disposição das prefeituras para coibir aglomerações, seja em espaços públicos ou privados, e garantir o cumprimento das medidas sanitárias de enfrentamento e prevenção ao novo coronavírus.

A decisão ocorreu após recomendação de um comitê científico, que analisou o crescimento de casos confirmados e do tempo de internação de pacientes no Estado. O cumprimento das normas pelos municípios é facultativa. As maiores cidades, Natal e Mossoró, não publicaram decretos vinculados à medida estadual até o início da tarde deste sábado.

"O Governo do Estado está de prontidão, de mãos dadas com as prefeituras, para que todas as ações necessárias sejam realizadas com vistas aquilo que é central para o povo do Rio Grande do Norte neste momento: evitar aglomerações. A máscara, mais do que nunca, é obrigatória", disse Fátima Bezerra.

Em números absolutos, dos 269 leitos críticos habilitados para o tratamento da covid-19 no Estado, 222 estão ocupados, 8 bloqueados (2,97%) e 39 disponíveis (14,50%). A situação é pior na Grande Natal, cuja ocupação se aproxima dos 90%. É nessa região que se encontra a maior parte da população residente no Estado.

Conforme documento publicado pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste, existe uma "necessidade urgente de conter o avanço da segunda onda da epidemia". "Caso não aconteça a vacinação, o interior do Estado ficará vulnerável em alguns municípios o que requer ações locais e eficientes para a atenuação da pandemia. O carnaval, apesar de proibido, pode ser um fator impulsionador de mais casos se não for fiscalizado. Os hospitais estão com carga elevada e qualquer variação brusca de contágios pode trazer uma situação difícil no cuidado primário", apontou ao analisar a situação do Rio Grande do Norte.

Fecomércio do Rio Grande do Norte critica decreto que restringe atividades

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN) emitiu uma nota oficial em que diz "lamentar e externar sua discordância" em relação ao decreto. No texto, alega que a medida poderá ser "fatal a centenas de empreendimentos e dezenas de milhares de trabalhadores e suas famílias".

"Nos causa perplexidade e grande preocupação o fato de que este segmento produtivo, responsável pela geração de mais de 25 mil empregos diretos e pelo pagamento de algo em torno de R$ 29 milhões por mês em salários, seja injustamente e severamente punido, tendo como justificativa a piora de um quadro biossanitário. Podemos garantir que a imensa maioria dos estabelecimentos desses setores cumpre rigorosamente as regras de biossegurança e de distanciamento social, ao tempo em que defendemos que, aqueles que não o façam, sejam punidos com todos os rigores da lei", argumenta a entidade.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, está avaliando se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu crime ao incentivar que seus apoiadores invadissem hospitais públicos para verificar o nível de ocupação dos leitos.

Ao todo, a PGR já abriu nove apurações contra o chefe do Executivo. Em uma delas, o órgão analisa a responsabilidade de Bolsonaro no colapso do sistema de Saúde no Amazonas e também no Pará. A informação foi veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo.

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Entre as demais investigações em curso estão situações em que o presidente desrespeitou medidas preventivas de enfrentamento à COVID-19.

Em uma delas, Bolsonaro tirou a máscara em uma conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada quando havia testado positivo para o coronavírus. Em outro momento, ainda com a doença, ele foi visto próximo a funcionários da limpeza no Alvorada sem a proteção facial.

Os incentivos a aglomerações também estão entre as acusações contra o presidente.

Nas últimas semanas, Augusto Aras tem sido pressionado a agir, tanto por parlamentares, como por ministros do Judiciário e membros do Ministério Público Federal (MPF). O mandato do procurador-geral se encerra no mês de setembro, mas ele poderá ser reconduzido ao posto por mais dois anos.

Mesmo fora da lista tríplice dos mais votados em processo interno do MPF, Aras foi escolhido para o cargo por Bolsonaro em 2019.

Da Sputnik Brasil

Nesta sexta-feira (12), a pandemia chega ao seu 11º mês em Pernambuco com o acúmulo de 276.452 contaminados e 10.597 mortes. Embora a condição permaneça delicada, a esperança no combate à Covid-19 se renovou com o início da campanha de imunização no estado. As vacinas aplicadas são da Sinovac e a de Oxford/AstraZeneca, únicas autorizadas para uso emergencial pela Anvisa.

O estado calcula que já aplicou 230.373 doses das vacinas contra o vírus no grupo prioritário, das quais 211.961 foram primeiras doses. Ao todo, 117.516 trabalhadores de saúde, 23.483 indígenas aldeados, 4.747 idosos em Instituições de Longa Permanência, 65.574 idosos a partir dos 85 anos, além de 641 pessoas com deficiência institucionalizadas receberam a primeira dose, aponta o Governo do estado.

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Já em relação à segunda dose, a SES estima que 12.447 trabalhadores de saúde, 4.929 indígenas aldeados, 1.020 idosos institucionalizados e 16 pessoas com deficiência institucionalizadas já foram beneficiadas. Dessa forma, a pasta informa que 18.412 pessoas que já encerraram o ciclo de imunização em Pernambuco.

A taxa de protegidos evolui, mas os desdobramentos da pandemia ainda preocupam. O setor de eventos voltou a ser interrompido pela variação dos registros diários e as escolas iniciaram o ano letivo presencial de modo facultativo, com respeito às normas sanitárias. No boletim dessa quinta (11), foram notificados mais 20 óbitos e 1.643 casos.

A ocupação dos 988 leitos de UTI atingiu 84%. O índice do total de 1.910 leitos disponibilizados está em 75%. Desse modo, a ocupação dos 922 leitos de enfermaria destinados aos casos leves é de 65%.

Em pleno Carnaval, as comemorações em torno do reinado de momo foram proibidas e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos garante que vai fiscalizar o litoral do estado para evitar aglomeração e outros descumprimentos relacionados ao vírus. Com a celebração suspensa, bares e restaurantes ficarão fechados ao longo deste fim de semana. A medida é válida a partir das 20h desta sexta (12) até às 6h da segunda (15).

Por outro lado, 237.018 pacientes alcançaram a cura clínica, mas a situação ganhou um novo alerta com a identificação de uma nova cepa da Covid-19 no estado. A variante P1 foi confirmada pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz PE) em dois pacientes transferidos do Amazonas. Com faixa etária em tornos dos 50 anos, ambos morreram após internamento no Hospital das Clínicas (HC). Uma das vítimas veio a óbito no mês passado e o outra chegou a ser transferida ao antigo Hospital Alfa, mas morreu neste mês. A SES destaca que P1 ainda não foi verificada em pernambucanos.

Enquanto o Amazonas passa por um colapso sem precedentes no seu sistema de saúde, com paciente vítimas da Covid-19 morrendo sem oxigênio, mais da metade dos leitos em hospitais das Forças Armadas no estado destinados a doentes dessa natureza estão vagos, à espera de eventuais adoecimentos de militares ou seus familiares. O quadro absurdo levou o senador Humberto Costa (PT-PE) a pedir abertura de investigação sobre o caso. 

A denúncia feita pela imprensa dá conta de que 84 dos 116 leitos em unidades de saúde geridas pelos militares para casos de coronavírus estão vazios. Ou seja, mais de 72% do total. Isso se dá ao mesmo tempo em que 278 doentes no Amazonas estão em uma lista de espera, e pacientes têm sido transferidos para outros estados por falta de vagas. Nos últimos dias, 37 removidos morreram.

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“Isso é inaceitável. Há uma fila para atendimento desde o início do ano. E, enquanto pessoas morrem, leitos custeados com o dinheiro público estão ociosos, à espera de que pessoas de uma categoria específica adoeçam para ali serem atendidas. É um privilégio incabível, que precisa ser investigado urgentemente”, afirmou o senador.

Humberto acionou o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União no Amazonas, bem como o Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado, para que os “hospitais militares sejam obrigados a acolher, em caráter excepcional, pacientes do SUS que estejam com Covid”.

CLOROQUINA - Em outra ação, o senador levou ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal um pedido de abertura de inquérito para investigar o investimento feito pelo governo Bolsonaro de recursos destinados à pandemia para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). 

*Da assessoria 

Os governadores do Maranhão, Flávio Dino, e de São Paulo, João Doria, ajuizaram Ações Cíveis Originárias (ACOs 3473 e 3474) no Supremo Tribunal Federal (STF) em que pedem a concessão de tutela de urgência para que o Ministério da Saúde seja obrigado a reativar, com a retomada do custeio, leitos de UTI exclusivos para o tratamento da Covid-19 que foram desativados após dezembro de 2020. Desde o início da pandemia, a União instituiu sistemática específica para a habilitação desses leitos, com diárias de R$ 1.600 por leito, custeadas pelo Ministério da Saúde.

Recusa

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No caso do Maranhão, de acordo com Dino, havia 216 leitos exclusivos para Covid-19 mantidos com suporte financeiro da União, mas todos foram desabilitados em dezembro passado. Diante do agravamento da pandemia, a Secretaria Estadual de Saúde solicitou a habilitação imediata de 119 leitos. Mas, segundo o governador, a solicitação foi recusada pelo Ministério da Saúde, e a reiteração do pedido ainda não foi respondida. Segundo o governador, dos 268 leitos exclusivos para Covid-19 em funcionamento na rede estadual, nenhum está habilitado pelo Ministério da Saúde.

Recrudescimento

Segundo João Doria, a União deixou de prestar auxílio financeiro para a manutenção de 3.258 leitos para pacientes de Covid-19, restando apenas 564 nessa condição. O governador sustenta que, além de abandonar o financiamento de leitos anteriormente habilitados, repassando o encargo à responsabilidade dos estados e dos municípios, a União também deixou de atender às solicitações de São Paulo para a habilitação de novos leitos, o que gera graves dificuldades e riscos ao sistema de saúde local, “especialmente no atual momento de recrudescimento dos números de contágios, internações e mortes”.

*Do site do Supremo Tribunal Federal

 

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, afirmou nesta quarta-feira (10), que o número de solicitações de leitos vem diminuindo no Estado. Nas de UTI houve redução de 13%, enquanto de enfermaria foi de 7%. "Estamos em alerta e os próximos dias serão decisivos para o avanço ou não da Covid-19", diz Longo.

Mesmo diante desses números anunciados de queda nas solicitações de leitos, a situação pandêmica de Pernambuco ainda é difícil. Nesta quarta-feira (10), o Estado totalizou 274.809 mil casos confirmados da Covid-19, sendo 31.550 graves e 243.259 leves. Além disso, Pernambuco chegou a 10.577 pessoas que perderam a vida para o novo coronavírus.

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O líder da Saúde estadual salienta que Pernambuco está se aproximando da semana epidemiológica 10, onde poderá ter o início do período de sazonalidades e uma maior frequência de doenças respiratórias. Por conta disso, André pede que a população fique em alerta para a possibilidade de aceleração da doença se as atitudes da população não ajudarem para impedir esse curso de piora.

"A única forma de contermos a transmissão é tendo a responsabilidade e seguindo as medidas sanitárias com o uso da máscara, lavagem das mãos e a manutenção do distanciamento social", reforça o secretário.

Longo sinaliza que a aceleração dos casos da Covid-19 em alguns estados do Norte e Nordeste, a exemplo do Amazonas e Ceará, estão preocupando Pernambuco com a possibilidade de migração da doença. Para impedir que essa aceleração do novo coronavírus aconteça no Estado, o secretário de Saúde assegura que o único "remédio" é ter cuidado.

O governador João Doria (PSDB) ameaçou judicializar o pedido feito ao governo federal para a abertura de leitos de UTI no Estado. "São Paulo judicializará essa medida imediatamente no Supremo Tribunal Federal. É um absurdo termos a desabilitação de leitos de UTI pelo Ministério da Saúde, que deveria se antecipar e mantê-los disponíveis", disse durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 8. Ele afirmou ainda que o prazo para que o Planalto responda à solicitação se encerra hoje.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, o governo federal ainda não respondeu nenhum dos ofícios enviados por São Paulo e uma ação já foi ajuizada no STF para cobrar uma posição efetiva do Planalto sobre a reabilitação de leitos da UTI. "Estamos aguardando, mas até este momento não tivemos nenhum parecer do Ministério dando uma resposta formal aos vários ofícios que foram para lá enviados", disse, completando que uma nova solicitação será encaminhada em nome do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

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Doria afirmou ainda que já autorizou a Procuradoria-Geral do Estado a cobrar uma "posição clara e objetiva" da pasta, reforçando que se não recebesse uma resposta até o final desta segunda, entraria com uma ação no STF. Ele ainda convidou líderes de outros Estados para se unirem à iniciativa, via Conass ou pelo Fórum dos Governadores. "A única atitude que não vamos ter é a de não fazer nada", frisou.

Na semana anterior, o Ministério da Saúde solicitou um aporte de R$ 5,2 bilhões ao Ministério da Economia para custear principalmente o aumento na disponibilização de leitos de UTI, que vem caindo desde o ano passado. Reportagem do Estadão apontou nesta segunda que, em apenas nove meses, o governo federal reduziu em mais de 80% o financiamento de vagas na UTI para pacientes do coronavírus.

"É um absurdo estarmos na segunda onda da pandemia e o Ministério da Saúde estar desabilitando leitos no Brasil inteiro, não só no Estado de São Paulo. É inacreditável que isso pudesse ocorrer, mas ocorreu", disse Doria.

Ministério diz que governador 'mente ou tem total desconhecimento' de repasses

O Ministério da Saúde disse em nota que o governador de São Paulo "mente ou tem total desconhecimento" de transferências realizadas pelo governo federal ao Estado para suporte à estrutura de saúde durante a pandemia. "Como o ônus da prova cabe àquele que acusa, resta ao governador comprovar o que chamou de crime e de quebra de acordo federativo. Esse tipo de desinformação é um desserviço ao povo brasileiro", declarou a pasta.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que "não houve nem há nenhum ato administrativo de desabilitação de leitos de UTI para covid-19, pois os atos normativos do Ministério da Saúde são pactuados de forma tripartite com o CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e o CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e são publicados por meio de portaria em Diário Oficial da União, garantindo os princípios do SUS de gestão participativa e descentralizada".

"O governo de São Paulo recebeu recursos emergenciais para leitos Covid ao longo do ano passado numa ação que o Estado e as demais unidades da federação haviam pactuado com o governo federal ser temporária. Além disso, o Ministério da Saúde repassou recursos suficientes durante 2020 que permitiriam ao estado abrir mais de 8 mil vagas em nível UTI", acrescentou o ministério.

A pasta disse ainda que transferiu em 30 de dezembro R$ 126 milhões para o Estado de São Paulo, "dos quais 22,35% (R$ 27.834.843,14) eram destinados a leitos de UTI previstos no Plano de Contingência Estadual". O ministério diz que o montante seria suficiente para o Estado manter 580 leitos durante 30 dias, "com a diária dobrada aplicada em 2020, ou 1.160 leitos com a diária preconizada pelo SUS de R$ 800,00". Já no mês de janeiro de 2021, segundo o ministério, foram repassados mais R$ 732 milhões ao Estado de São Paulo e R$ 1,2 bilhão aos seus municípios.

Foi divulgado na tarde desta quarta-feira (20), pelo secretário Estadual de Saúde, André Longo, que o número de pedidos de leitos para internações nas UTIs, que são de casos mais graves, cresceu 5% no início de 2021 em Pernambuco. Neste momento, mil pacientes estão internados nos leitos de UTI dos hospitais públicos e particulares do Estado. 

O número de solicitação de vagas de leitos de enfermaria, que trata de pacientes com casos mais leves do novo coronavírus, diminuiu 10% nas duas primeiras semanas do ano.

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"Sabemos da alta taxa de mortalidade desses pacientes graves. Atingimos no final de semana a marca de 10 mil vidas perdidas para a Covid-19 e precisamos reforçar as medidas de cuidado para evitar mais perda de vida", pontua André Longo.

A ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 na rede pública terminou 2020 e começou 2021 acima de 80% em nove capitais brasileiras. O dado é referente ao período de 21 de dezembro a 4 de janeiro e consta no boletim especial divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que faz um balanço da pandemia no Brasil ao longo de 2020.

O índice de 80%, ou mais, é considerado zona de alerta crítica pela Fiocruz. A situação foi constatada entre 21 de dezembro e 4 de janeiro em Manaus (89,4%); Boa Vista (83,3%); Macapá (94,4%); Belém (100%); Belo Horizonte (80,5%); Vitória (80,1%); Rio de Janeiro  (99,8%); Curitiba (80%) e Campo Grande (100%). Recife, com77,5%, e Porto Alegre, com 73,8%, também apresentaram taxas superiores a 70%. 

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Quando analisada a ocupação das UTIs por estado, Amazonas (89,2%), Amapá (81%), Mato Grosso do Sul (85,6%), Pernambuco (83%) e Espírito Santo (80,7%), além do Distrito Federal (88,7%), enquadraram-se na zona de alerta crítica entre 21 de dezembro e 4 de janeiro.

Números de 2020

O Brasil identificou o primeiro caso de covid-19 em 26 de fevereiro, em um cidadão de São Paulo que chegou da Itália. Em março, o número de casos chegou a 4.579, e o de mortes, a 159.

O país atingiu 1 milhão de casos em junho, mês em que o número de mortes chegou a 58.314. A partir daí, o número de infecções confirmadas saltou cerca de 1 milhão por mês até dezembro, quando fechou o ano em 7,68 milhões. Já o número de óbitos pela doença no país em 2020 chegou a 195.742.

No mundo inteiro, foram confirmados 83,43 milhões de casos de covid-19 ao longo do ano passado, com 1,82 milhão de mortes.

Evolução da pandemia

O boletim destaca que a pandemia se espalhou no Brasil de forma inicialmente mais lenta que na Europa e Ásia e formou um "extenso patamar de transmissão" desde junho, com ligeira queda em setembro e retorno a níveis altos no fim do ano. Segundo os pesquisadores, Brasil, Reino Unido, Itália e Espanha apresentam padrão semelhante de alta incidência e mortalidade, destacando-se dos outros países.

Já os Estados Unidos "representam um caso trágico e particular, com as maiores taxas de incidência e mortalidade e a sobreposição de três ondas epidêmicas, que não mostram sinais de arrefecimento", diz o boletim.

No Brasil, os estados com maior incidência de casos por 100 mil habitantes ao longo de 2020 foram Roraima, Amapá, Tocantins e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Quanto às mortes por 100 mil habitantes, as taxas foram mais altas no Amazonas, em Roraima, no Pará, Ceará, Rio de Janeiro, em Mato Grosso e no Distrito Federal.

"Outro grupo de estados apresenta uma evolução mais próxima ao que se conhece como segunda onda, com picos em meados do ano de 2020 e outro mais recente, em dezembro, como Bahia, Paraíba, Espírito Santo e Rio de Janeiro", acrescenta o estudo da Fiocruz.

Diferente da mortalidade, que é o número de vítimas por 100 mil habitantes, a letalidade é o percentual de casos que geraram óbitos. Essa taxa caiu ao longo de 2020, "provavelmente devido a ações de saúde como o aumento da cobertura de testes, a melhoria e ampliação das ações da Atenção Primária em Saúde, o aumento no número de leitos e o aprendizado no tratamento hospitalar de casos graves", avaliam os pesquisadores.

A taxa de letalidade terminou o ano entre 2% e 3% na maioria dos estados, com apenas Rio de Janeiro e Pernambuco acima de 5%, o que "revela graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados", já que um nível alto de letalidade está relacionado à subnotificação dos casos.

O estudo alerta que o Brasil encerrou 2o ano passado com patamar de casos comparável aos valores de junho a agosto, quando havia cerca de 40 mil casos e 1 mil mortes por dia. Em dezembro, foram registrados novamente 40 mil casos diários, com 600 vítimas por dia. "As perspectivas para o verão não são alentadoras, uma vez que o sistema hospitalar apresenta sinais de saturação e grande parte das medidas de distanciamento físico e social e uso obrigatório de máscaras vêm sendo apenas parcialmente adotadas nos estados e municípios."

SRAG

Um dos principais indicadores de tendência da pandemia ao longo de 2020 foi a evolução dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A incidência de SRAG chegou a mais de 10 casos por 100 mil habitantes no Brasil no pico da transmissão, com Amazonas, Pará, Ceará e Distrito Federal alcançando 20 casos por 100 mil habitantes nos primeiros meses da pandemia.

É contabilizado como SRAG todo caso de doença respiratória com hospitalização ou óbito, em que sejam registrados os seguintes sintomas: tosse ou dor de garganta, dispneia ou saturação de oxigênio abaixo de 95%, ou dificuldade respiratória.

Ao longo do ano, mais de 640 mil casos se enquadraram nesses critérios no país. Entre eles, mais de 350 mil tiveram alguma confirmação de vírus respiratório, sendo o SARS-CoV-2 o causador da infecção em 97%.

Além disso, o boletim informa que foram mais de 150 mil óbitos por SRAG no Brasil. Entre aqueles causados por vírus respiratórios, o coronavírus foi o agente infeccioso em 99%.

Desigualdades

A Fiocruz destaca que a desigualdade social e regional do Brasil acentua os riscos trazidos pela pandemia para grupos mais vulneráveis, com impactos tanto imediatos, quanto de médio e longo prazos. "As desigualdades sociais fazem mal à saúde, colocando alguns grupos em grande desvantagem para cumprir as medidas de higienização, distanciamento físico e social, isolamento e quarentena, bem como no acesso aos serviços de saúde, incluindo exames diagnósticos, tratamento e reabilitação".

O problema afeta pessoas com condições de vida e trabalho mais precárias e dificuldade de acesso a bens e serviços essenciais, como alimentação, moradia, saneamento básico, educação, transporte e outros. Os pesquisadores incluem ainda nesse grupo mais exposto pessoas que sofrem injustiças por questões de gênero, raça e etnia.

"Embora a pandemia afete a população do país como um todo, seus impactos não afetam do mesmo modo todas as pessoas", diz o boletim, que recomenda a adoção de medidas de reparação através de políticas públicas pró-equidade", afirma o boletim.

 

Nesta última terça (12), Pernambuco atingiu o pico de internação de pacientes com sintomas da Covid-19. Com 84% dos leitos de UTI da Saúde Pública tomados, o número representa a maior ocupação nos hospitais desde abril de 2020, no início da pandemia. 

De acordo com o levantamento, dos 957 leitos de UTI  separados pelo governo do estado exclusivamente para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), 804 deles estão ocupados. Segundo a Central Estadual de Regulação Hospitalar,  o pico de internações havia ocorrido nos dias 11 e 13 de junho de 2020, com 678 pessoas internadas nessas vagas. Em outubro, o número chegou a cair com 484 pacientes ocupando tais leitos. 

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Nesta quarta (13), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou 1.492 casos da Covid-19 em Pernambuco, totalizando  235.730 casos confirmados da doença - sendo 30.017 graves e 205.713 leves. Nos 12 primeiros dias de 2021, foram registrados 30 óbitos em decorrência do coronavírus. No total, 9.919 pessoas já morreram por Covid no estado, desde o início da pandemia. 



 

Enquanto a vacina não chega a Pernambuco, a pandemia se prolifera em mais vítimas e chega ao seu 10º mês, nesta terça-feira (12). Autoridades ligadas ao Governo do estado tentam controlar os índices de contágio, mas esbarram na falta de compromisso da maior parte da população, que afrouxou as recomendações sanitárias e teima em fechar os olhos para o perigo da Covid-19.

Com mais de 232 mil casos confirmados, entre 29.841 considerados graves e 202.915 leves, nos últimos 7 meses, o Plano de Convivência das Atividades Econômicas não atingiu prazos e foi recuado para se adequar às necessidades da doença. Em alerta pelas 9.851 vidas perdidas, a gestão estadual se antecipou ao Réveillon e proibiu eventos para evitar aglomerações durante a celebração. Sem sucesso, multidões formaram-se em praias e bairros do subúrbio.

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As recorrentes cenas de desrespeito fizeram com que festas e shows voltassem a ser proibidos, e o Carnaval cancelado. Na sexta (8), a realização de eventos sociais, como casamentos e batizados, foi limitada a 150 pessoas, divididas em mesas com até 10 convidados.

O Governo também se preocupa com a exposição durante as férias de verão, por isso pressiona prefeituras do Litoral para intensificar a fiscalização e evitar uma nova restrição do comércio. No mês passado, o decreto de calamidade pública foi renovado em Pernambuco, que vive a 10º, das 11 etapas de reabertura.

Atenta a manutenção da higiene e do distanciamento social em bares, praias e casas de show, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) visitou 313 estabelecimentos e interditou 25, alguns chegaram a ser fechados em mais de uma oportunidade.

Embora 198.880 pacientes tenham se recuperado do novo coronavírus, a elevada taxa de ocupação dos 1.844 leitos ainda preocupa. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), apenas 16% das 952 UTIs estão livres, enquanto 32% das enfermarias 892 estão disponíveis. A pasta acrescenta que 977.491 exames da doença foram realizados, entre RT-PCR, sorológico e testes rápidos. 

Pernambuco aponta que foi o 1º estado do país a criar um protocolo específico para os profissionais da saúde. A categoria já verificou 24.655 casos.

A doença que se alastrou pelos 184 municípios do estado é mais agressiva na Região Metropolitana do Recife, mas também foi identificada na população indígena. Com destaque para os Fulni-Ô, Pankararu e Xukuru, 13 índios não resistiram a Covid-19, que infectou 670 nativos.

Já os registros de Fernando de Noronha indicam certo controle da doença. Sem nenhum óbito na ilha, Administração informa que 344 casos foram confirmados, sendo 263 locais e 81 importados. Ainda há 24 pacientes em quarentena no arquipélago.

Com alta taxa de ocupação de leitos, hospitais em São Paulo têm remanejado leitos e esperam um crescimento do número de casos de Covid-19 nas próximas semanas, como reflexo das aglomerações nas festas de fim de ano.

Médicos ouvidos pelo Estadão relatam aumento de "surtos familiares", quando dois ou mais da mesma família se infectam, o que pode ser reflexo de encontros de Natal. No Hospital Sírio-Libanês, 90% da área de atendimento dedicada a casos de covid está ocupada, com 159 internados - 45 na UTI. Em nota, a instituição afirma notar o crescimento das internações e infecções desde novembro. O hospital tem hoje mais de 500 leitos operacionais. Nas próximas semanas, planeja abrir mais leitos, com um aumento escalonado até meados de fevereiro", diz a instituição.

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No Albert Einstein, há 121 pacientes com diagnóstico positivo em - 53 em UTI. Assim como no Sírio, a instituição diz não calcular a taxa exata de ocupação desses leitos porque é possível remanejar vagas da enfermaria para o tratamento intensivo.

"Ainda não estamos sentindo pico das festas de fim de ano, mas sim estabilidade de alta desde novembro. Nós, infectologistas, acreditamos que vai haver não uma nova onda de casos, mas uma intensificação do quadro atual", explica Moacyr Silva, infectologista do Einstein.

Na Beneficência Portuguesa de São Paulo, das 50 vagas de UTI destinadas à covid, 40 já estão ocupadas (80%). Em nota, a instituição diz que acompanha diariamente o fluxo de casos e remaneja os leitos conforme a demanda. "Não parece ter tido um boom, mas me assusta porque já está bem cheio. Os casos aumentaram desde novembro, mas ainda não teve um super pico, aponta João Prats, infectologista da BP. A taxa de ocupação nos hospitais públicos e privados de São Paulo é de 65%.

A expectativa dos médicos é de que a intensificação ocorra a partir da próxima semana, quando terá passado a fase de incubação do vírus em quem se infectou nas festas de réveillon. "Hoje, já temos parte dos casos admitidos que podem ter se contaminado no Natal. O que a gente espera é que haja repique em cima daquilo que já estava ruim", diz Jaques Sztajnbok, médico intensivista e supervisor da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Lá, todos os 40 leitos já estão ocupados e a maioria dos casos é referente a internações pela covid.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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