Docentes em greve, com apoio de estudantes, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se reuniram, na manhã desta terça-feira ( 29), no prédio da Faculdade de Direito, no bairro da Boa Vista realizaram nova manifestação. A manifestação foi em prol das reivindicações dos professores, que se encontram em greve desde o dia 17 de maio.
Com apitos, faixas e carro de som, o grupo começou a organizar o protesto por volta das 10h. Intitulado “Abrace nosso direito”. No ato, eles formaram um semi-círculo e se abraçaram simbolicamente na frente do prédio.
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Os estudantes, mesmo sem aulas, se mostraram a favor do movimento. “ Essa causa não é apenas dos professores, mas nossa também. A UFPE oferece cursos de licenciatura, e se hoje nossa posição atual é de alunos, amanhã será de professores. Então, a mudança é precisa e tem que ser agora”, afirma a estudante de dança, Uana Nahin.
Já a estudante de Serviço Sociail, Raíssa Bezerra, acrescenta que a melhoria na condição de vida do docente vai implicar na melhoria da vida dos alunos também. “Tudo que os professores estão reivindicando, não favorece apenas a eles, mas a Universidade como um todo. Professores valorizados e melhoria na estrutura física são pontos chaves para uma instituição funcionar melhor”, completa.
A professora de pedagogia, Rafaella Asfora, afirma a importância do protesto. “Greve não é apenas ficar em casa, mas ir à luta, sair às ruas para realmente sensibilizar o governo. Nós temos consciência de que greve nenhuma é a melhor forma de resolução, mas é a única forma que nós temos na situação em que nos encontramos”, garante.
Rafaella Asfora também acrescenta que a paralização é justa e necessária. “Reivindicamos estrutura para dar aula, fazer pesquisa, e essa falta de recursos acaba por intensificar a carga de funções do professor que reflete na falta de qualidade de vida”, acrescenta.
Algumas das reivindicações dos professores são carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese, que é calculado em R$ 2.329,35, além de percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho e valorização e melhoria das condições de trabalho dos docentes nas universidades e institutos federais, entre outras solicitações.