Professores protestam na frente do BC nesta quinta (28)

Os docentes, em greve há 40 dias, irão vestir-se de preto, em referência ao estado de “luto” em que o ensino público se encontra

por Samara Loppes ter, 26/06/2012 - 18:11
Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizam nesta quinta-feira (28) mais um ato de manifestação em prol da greve nas federais do estado. Na ocasião, também se juntam à categoria os servidores técnico-administrativos das duas instituições.

O protesto vai acontecer a partir das 10h da manhã na frente do Banco Central (BC), localizado na Rua da Aurora, área central do Recife. O intuito da classe é protestar contra a desvalorização da educação. Os docentes pretendem vestir-se de preto, em referência ao estado de “luto” em que o ensino público se encontra. 

Já o Banco Central foi escolhido porque representa a circulação da moeda e investimentos públicos. Os servidores também pretendem, com o ato, chamar a atenção da população para as altas taxas de juros nas quais é aplicado o dinheiro público e a pequena fatia do mesmo dinheiro que é voltada para a educação, que são exatos 4%. De acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), em 2011, 45,05% do orçamento da união foi gasto para amortizar e refinanciar a dívida e somente 2,99% foi gasto com a educação.

Os docentes das federais se encontram em greve há mais de 40 dias. O governo federal ainda não se pronunciou para oferecer a proposta de reestruturação da carreira reivindicada pela classe.

Na manhã desta terça-feira (26), a União Nacional de Estudantes (UNE), junto a representantes de 44 Diretórios Centrais de Estudantes das universidades federais, em greve por todo o País, se reuniram na frente da Biblioteca Nacional em Brasília e, em marcha, foram até o Ministério da Educação (MEC) demonstrar o apoio à greve dos docentes e apresentar reivindicações para melhoria da qualidade do ensino público.

Os professores reivindicam uma carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35). 

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