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No primeiro discurso oficial de campanha na corrida pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar os apoiadores a irem às ruas "pela última vez" no dia 7 de setembro. Em ato na esquina em que sofreu uma facada em 2018, no centro de Juiz de Fora (MG), o presidente afirmou que "dará a vida" pelos brasileiros.

"Vivemos sem liberdade. No próximo dia 7 de setembro, vamos todos para a rua pela última vez. Num primeiro momento, por nossa independência e, em segundo, pela nossa liberdade. Juro dar a vida pelo nosso povo", disse.

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Ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro e de candidatos mineiros ao Congresso Nacional, Bolsonaro relembrou o atentado que sofreu durante a campanha presidencial de 2018 e fez acenos a evangélicos e mulheres. "Ao lado de um grande homem, sempre existe uma grande mulher", disse, antes de pedir que Michelle discurse aos presentes.

"Estamos dando a largada (da campanha) onde tentaram nos parar em 2018", afirmou o presidente, em referência à facada. O comitê da reeleição quer passar a ideia de "renascimento" de Bolsonaro, tanto do ponto de vista religioso quanto nas pesquisas de intenção de voto.

Levantamento do Ipec divulgado nesta segunda-feira, 15, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro lugar, com 44%. Bolsonaro marcou 32%. O presidente também disse que o País, até há pouco tempo, era "roubado" pela "esquerdalha", referindo-se aos governos do PT.

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, fez na Marcha para Jesus do Rio nova convocação para o ato de Sete de Setembro que anunciou para Copacabana, na zona sul carioca, nas comemorações do Dia da Independência. Em tom religioso, que agradou à plateia, o mandatário convocou os participantes do evento evangélico a participarem da manifestação e a mostrar "a quem pertence" o Brasil. A nova convocação desmente comentários que circularam recentemente, segundo os quais Bolsonaro teria desistido do protesto. O presidente, em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, indicou ainda que em Copacabana pretende insistir na contestação às urnas eletrônicas, ao dizer querer "transparência", palavra que sempre usa ao levantar, sem provas, suspeitas contra as urnas eletrônicas.

"No próximo dia 7, vamos todos, às 15 horas, estarmos (sic) presentes em Copacabana, onde vamos dar um grito muito forte, dizendo a quem pertence essa Nação", afirmou, do alto de um carro de som, ao chegar. "O que nós queremos é transparência e liberdade."

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Em discurso de cerca de quatro minutos, o presidente insistiu no tom messiânico-religioso que tem dado à sua campanha à reeleição. Falou pelo menos seis vezes em Deus e focou setores do eleitorado nos quais em geral é bem recebido. Também repetiu o discurso anticomunista.

"Hoje todos podem dizer que temos em Brasília um presidente da República que acredita em Deus... Um presidente da República que respeita os seus militares e os seus policiais... Um presidente que defende a família brasileira e que deve lealdade a seu povo", disse. "Eu sempre peço a Deus, todos os dias, quando me levanto, que esse povo maravilhoso não experimente as dores do comunismo."

Bolsonaro disse ainda que "sabemos o que está em jogo nesse Brasil" e afirmou pediu ao "Todo-Poderoso que ilumine cada um" dos fiéis para que tomem "as melhores decisões possíveis, que nós somos escravos delas". Prometeu que o Brasil seguirá como "um País livre, um País onde a liberdade religiosa vai continuar se fazendo presente".

"Acima de tudo,nós sabemos que devemos, sim, nos preocupar com o nosso currículo para a vida eterna", disse. "E esse currículo tem a ver com as nossas decisões e também pesam contra nós as nossas possíveis omissões."

Desfile militar em Copacabana está descartado

Bolsonaro surpreendeu há alguns dias ao anunciar a mudança do desfile militar para a orla de Copacabana. Trata-se de uma tradicional área de manifestações bolsonaristas. Nem militares - que se preocupam com a possibilidade de partidarização de uma festa cívica - nem prefeitura do Rio, organizadora da infraestrutura da parada, porém, confirmaram a modificação.

Na sexta, 5, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou no Twitter que a parada do Sete de Setembro seria na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como sempre acontece. Paes explicou que não recebeu nenhum pedido para mudar o evento de local. O município também publicou no Diário Oficial edital para montagem das arquibancadas para o público junto ao Pantheon de Caxias, na frente do Comando Militar do Leste (CML). O Estadão apurou que já ocorreu pelo menos uma reunião entre militares e representantes do Palácio da Cidade, para organizar o desfile no Centro, não em Copacabana. Pelo menos até a quarta, 10, o prefeito e o presidente não tinham falado sobre a suposta mudança de local do desfile.

Depois do anúncio de Paes, Bolsonaro voltou ao assunto. Falou em manifestação política, não desfile militar, na praia de Copacabana. Pessoas próximas tentaram demovê-lo da ideia, por considerarem inconveniente a mistura de campanha eleitoral e festa patriótica. Também não agrada a perspectiva de manifestação contra as urnas eletrônicas, atitude que espanta eleitores moderados, desviando a atenção do eleitorado em um momento de deflação na economia e início do pagamento de benefícios turbinados aos mais pobres, que em tese beneficiam o candidato à reeleição. Bolsonaro, contudo, parece preferir manter postura beligerante, que agrada mais a seus eleitores mais fiéis.

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Aconteceu, na manhã desta quinta-feira (11), a leitura da “carta pela democracia” na Faculdade de Direito do Recife. O ato, organizado pelo corpo de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, foi realizado junto a estudantes, docentes, movimentos sociais e partidários, e se repetiu por diversas cidades do país, em coordenação nacional. Na capital pernambucana, 15 oradores realizaram a leitura do documento, por volta das 11h15. 

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“Estado democrático de Direito sempre” foi o mote utilizado para dividir os parágrafos da carta. A primeira oradora foi Vera Baroni, advogada fundadora da Rede de Mulheres de Terreiro e da Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco (Uiala Mukaji). 

“Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos Cursos Jurídicos no País, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte”, recitou Baroni. 

Além da ativista de direitos humanos, fizeram a leitura os representantes da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Recife e Olinda; da Universidade Católica de Pernambuco; do Comitê de Verdade e Justiça; da Marcha das Mulheres; do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e da própria FDR. 

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Algumas figuras políticas, em especial da esquerda pernambucana, estiveram presentes na escadaria da Faculdade de Direito nesta quinta-feira (11). O senador Humberto Costa (PT), a vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos; a poetisa e vereadora Cida Pedrosa (PCdoB); e o ex-prefeito João Paulo (PT). 

“Isso é para alertar o povo brasileiro do que estamos vivenciando no país. São ameaças sistêmicas e sistemáticas do Presidente da República, que todos os dias quebra o estado democrático de direito, faz, desde os tempos de deputado, alusão à ditadura militar, e tira vantagem disso até hoje, como presidente. Ele agride as instituições todos os dias, e a última, foi agredir a urna eletrônica, que é reconhecida mundialmente pela sua legitimidade”, disse Luciana Santos ao LeiaJá

A vice-governadora reforçou que os desafios para combater o legado de Jair Bolsonaro (PL) independem do resultado das eleições. “Mais do que nunca há a necessidade de fazermos um movimento cívico pela democracia e pela pátria, e há também a necessidade de isso ser para além da campanha, porque o bolsonarismo existirá independente das eleições de outubro”, acrescentou. 

Carta Pela Democracia 

O manifesto foi idealizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), e até o começo da tarde desta quinta-feira (11), tinha mais de 944 mil assinaturas. O objetivo do documento é defender o Estado Democrático de Direito, as urnas eletrônicas e o resultado das eleições de outubro. 

A carta também é uma resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro às instituições democráticas de direito. Nas últimas semanas, o mandatário chegou a rir em entrevistas, ao mencionar a iniciativa, e fez uma paródia do documento em sua conta no Twitter.  

LeiaJá também: Entenda a repercussão 

- - > ‘Bolsonaro chama signatários da carta de 'sem caráter'’ 

- - > ‘Em culto, Bolsonaro volta a atacar carta por democracia’ 

Confira a carta na íntegra

Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos Cursos Jurídicos no País, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. 

 A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas instituições, restabelecendo o estado democrático de direito com a prevalência do respeito aos direitos fundamentais. 

 Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal. 

 A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. 

 Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral. 

 Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude. 

Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos. 

Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições. 

 Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional. 

 Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão. 

Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática. 

 Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições. 

No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições. 

 Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona: 

 Estado Democrático de Direito Sempre!!!! 

 

O presidente Jair Bolsonaro reafirmou, nessa terça-feira (2), que Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros devem participar do desfile de 7 de Setembro em Copacabana, no Rio de Janeiro. Até o momento, porém, nem Exército, nem o Ministério da Defesa, nem autoridades locais confirmam a mudança no local da parada militar. O mandatário já anunciara na semana passada que o ato cívico-militar na capital fluminense ocorreria na praia mais famosa do Rio (tradicional local de manifestações bolsonaristas) e não na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como ocorre há anos.

Segundo Bolsonaro declarou à Rádio Guaíba, estudantes de colégios militares e representantes da Academia Militar das Agulhas Negras também devem participar na parada militar.

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"A gente vai pedir ao pessoal que botar carro de som, vai ter muita gente em Copacabana, que não use seu carro de som durante aí o desfile, que deve durar em torno de, no máximo 1h. É tropa das Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica. Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar. Academia Militar das Agulhas Negras deve ter um efetivo de um ano desfilando. Colégio Militar. Algumas escolas civis lá do Rio de Janeiro", disse em entrevista à emissora gaúcha.

A troca no local do desfile militar ainda não foi confirmada oficialmente, nem pelas Forças Armadas nem pela Prefeitura do Rio. O Comando Militar do Leste (CML), com sede no Rio de Janeiro, afirma que o Dia da Independência do Brasil é uma data cívica e que, portanto, os desfiles e atos são "programadas e organizadas pelos governos municipais e/ou estaduais".

"O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Dia da Independência do Brasil - 07 de Setembro é uma data CÍVICA, onde a Nação celebra a independência do País. Assim, as comemorações em geral são programadas e organizadas pelos governos municipais e/ou estaduais. O Exército Brasileiro participa auxiliando na organização e realizando os desfiles militares nas diferentes guarnições (cidades) em que está presente", diz em nota.

O Ministério da Defesa diz que as Forças Armadas permanecem de "prontidão" para atender às solicitações sobre as comemorações do 7 de Setembro, mas não confirma se o ato ocorrerá no centro ou na orla de Copacabana.

"Conforme os anos anteriores, o Ministério da Defesa, por meio das Forças Armadas, permanece de prontidão para atender às solicitações no que se refere às comemorações alusivas ao Aniversário da Proclamação da Independência do Brasil. Ressalta-se que o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas está no início do planejamento, o qual proporcionará informações mais precisas oportunamente", diz a Defesa.

Paes destaca 'logística complexa'

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirma que ainda não recebeu nenhum pedido formal do presidente para a mudança no local do desfile. Em sua conta oficial do Twitter, Paes disse que está "inteiramente à disposição do governo federal" para atender eventuais mudanças de local da parada cívico-militar.

"Muitas pessoas têm me perguntado sobre o desfile militar do 7 de Setembro em razão das declarações do senhor presidente sobre o local do evento. Quero reiterar aqui que a prefeitura do Rio se sente honrada pelo fato de anualmente financiar a estrutura completa do evento. Reitero ainda que estamos inteiramente à disposição do governo federal para atender eventuais mudanças no local de realização do desfile.

De acordo com o prefeito, o evento pressupõe uma "logística bastante complexa", mas que os "desafios podem ser superados desde que se tenha organização e planejamento e se permita modificações na estrutura tradicional do evento".

"A Avenida Atlântica, caso seja desejo se realizar lá o evento, apresenta alguns desafios. Não custa lembrar que os calçadões daquela avenida são tombados e que ali existe uma quantidade muito grande de moradores", disse.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 30, que as Forças Armadas vão participar "ao lado" de seus apoiadores dos atos governistas de 7 de setembro em Brasília e, pela primeira vez, no Rio de Janeiro. No domingo passado, ao lançar oficialmente sua candidatura à reeleição, Bolsonaro pediu aos simpatizantes do governo para irem às ruas na data "pela última vez".

"Queremos inovar no Rio de Janeiro. Às 16 horas do dia 7 de setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs Forças Auxiliares estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo", anunciou Bolsonaro em São Paulo, no lançamento da candidatura do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) a governador de São Paulo. "Vamos mostrar que nosso povo, mais do que querer, tem o direito e exige paz, democracia, transparência e liberdade", disse.

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Os atos bolsonaristas de 7 de setembro de 2021 foram um dos pontos mais altos de enfrentamento entre Bolsonaro e as instituições brasileiras. Na Avenida Paulista, Bolsonaro declarou à época que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ameaça ganhou reação do mundo político, que viu chance de crime de responsabilidade passível de impeachment. Pressionado, Bolsonaro teve de publicar uma carta à nação escrita pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) para diminuir a fervura.

"Vamos comemorar 200 anos de independência. Vamos comemorar também como marco mais 200 anos de liberdade. No dia 7, estarei pela manhã em Brasília, com o povo na rua com a tropa desfilando", seguiu Bolsonaro em seu discurso político. Ele revelou que, neste ano, não estará em São Paulo no 7 de setembro, mas apenas em Brasília e no Rio de Janeiro. "O que está em jogo na pátria é a nova forma de mandar no povo".

Presente à convenção, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que os atos de 7 de setembro são em defesa da "transparência e da democracia". "Pauta que escuto muito é que vai ser solicitada a transparência das eleições", disse a parlamentar, em linha com o discurso sem provas do presidente da República de ataque às urnas eletrônicas.

Antes da menção aos atos do 7 de Setembro, Bolsonaro , aconselhado por marqueteiros, fez um discurso caro ao eleitorado paulista para lançar Tarcísio, com destaque a entregas do ex-ministro, como a construção de rodovias e ferrovias. "Ele ressuscitou o modal ferroviário no Brasil. ... Precisamos de aliados pelo Brasil que levem adiante política que começamos a implementar em Brasília. Política de resultados", declarou o presidente. "Tarcísio deu prova de sua competência na alocação de recursos", acrescentou.

Bolsonaro defende que Tarcísio integrou um governo, o dele, com ministérios técnicos e sem casos de corrupção orgânica. Não houve citações a denúncias de corrupção ao longo dos últimos quatro anos ou à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposta corrupção passiva.

Seis dias após estrear na campanha à reeleição, a primeira-dama Michelle também discursou na convenção de Tarcísio e rezou pela esposa do candidato a governador, Cristiane Freitas.

Moradores da ocupação Leonardo Cisneiros, no Centro do Recife, organizaram um novo protesto na manhã desta quinta-feira (28). O grupo acusa a Polícia Militar de agredir uma idosa de 60 anos e uma criança de colo, de um ano. De acordo com a versão dos ocupantes, a PM chegou, por volta das 7h, ao antigo prédio do INSS, onde a ocupação está instalada. A corporação foi acompanhada pela Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU) para recolher pneus armazenados no edifício e que seriam utilizados na realização de uma manifestação. 

Durante um conflito verbal, um dos policiais teria jogado um pneu na criança, um menino, filho de uma moradora identificada como Carol, mas que não participou do protesto. De acordo com Thaís Maria, de 27 anos, articuladora de um movimento por moradia popular e que mora na Leonardo Cisneiros há um ano e dois meses, o suposto ato truculento teria motivado a ação de última hora, já que não havia manifestação prevista para esta quinta-feira (28). 

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“Chegou uma carga de pneus para fazermos um protesto, que não seria hoje. Pouco tempo depois, chamaram várias viaturas. Quando eles [a PM] chegaram lá, jogaram um pneu em uma criança de um ano e agrediram uma idosa de 60 anos. Eu quero saber se o governador Paulo Câmara permite a Polícia Militar do estado fazer um absurdo desses com crianças e idosos. Pra fazer isso, ele ele não tem consciência, não tem coração e nem tem filhos”, disse Thaísa ao LeiaJá. 

De acordo com os moradores, foram seis viaturas da Polícia Militar e uma da CTTU. A criança não se machucou, mas ficou muito assustada e a mãe optou por não deixar o prédio. Dona Luísa, como foi identificada a idosa supostamente agredida, também não participou do protesto.  

“Já tivemos outras situações assim. A PM quer entrar lá e abordar de uma maneira agressiva com as pessoas. Se a obrigação deles é abordar, que seja uma abordagem digna, sem violência, e respeitando a criança e os idosos”, continuou a articuladora. 

A ocupação Leonardo Cisneiros passa por problemas desde o ano passado. O edifício, que fica na Rua Marquês do Recife, no bairro de Santo Antônio, foi ocupado em 17 de maio de 2021, e pertence ao Governo Federal. A maior preocupação dos ocupantes era o despejo, previsto para junho deste ano, com o fim da validade da campanha Despejo Zero, garantida desde o começo da pandemia da Covid-19. Com a nova prorrogação da política paliativa, a preocupação dos moradores volta a ser a situação de irregularidade e indefinição de qual será o destino da propriedade federal. 

“Estou dormindo na rua por falta de moradia. Antes da prefeitura atual, eu recebia um auxílio moradia de R$200, a cesta básica todo mês, mas isso foi cortado. A secretária de assistência social me acompanhava todo mês, agora não acompanha mais. A minha esposa faleceu há sete meses, eu tenho filhos e netos, estudei e trabalhei. Tenho mais de um diploma e pretendo fazer advocacia e direito do trabalho. Estou aqui dando uma forma à ocupação, mas é porque também preciso da comunidade. O prédio [do INSS] seria um bom lugar para morar. Quero morar no Centro. Quero que eles forneçam o prédio para a gente, sem violência e sem agressão”, disse o morador Marcos André dos Santos, de 51 anos. 

PM não reconhece o conflito 

Em conversa com o LeiaJá, o subtenente Erinaldo, do 16º Batalhão (Frei Caneca) de Polícia Militar, informou que a versão dos moradores não é verdadeira. De acordo com o militar, a PM e a CTTU receberam denúncias de que um protesto estaria sendo organizado entre a Avenida Guararapes e a Dantas Barreto, também no bairro de Santo Antônio. As equipes foram ao local verificar a atividade, e durante o atendimento à ocorrência, recolheram os materiais que seriam utilizados na manifestação. 

Ainda de acordo com a versão do policial, durante o recolhimento dos pneus, foi iniciada uma discussão verbal entre as duas partes, o que, segundo ele, costuma ser comum nessas ocorrências. No entanto, nenhuma agressão física ou ameaça teria sido cometida. O LeiaJá solicitou uma nota de esclarecimento à Polícia Militar de Pernambuco e aguardava retorno até o momento desta publicação. 

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Trânsito 

A CTTU identificou os efeitos do protesto no trânsito da região por volta das 9h30. Ônibus alteraram a rota e, até às 11h20 desta quinta-feira (28), orientadores de trânsito estavam no local para indicar desvios aos motoristas. Os seguintes pontos de bloqueio foram registrados: 

- Rua Maria e Barros x Rua Nossa Sra do Carmo; 

- Ponte Maurício de Nassau x Rua Madre de Deus; 

- Av. Mariz e Barros x Primeiro de Março; 

-Praça da República x Av. Dantas Barreto; 

-Praça da República x Rua do Imperador; 

-Rua Do Sol x Av Guararapes. 

 

 

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Na manhã desta terça-feira (19), moradores de ocupação no antigo prédio do INSS fecharam a Rua do Imperador, no bairro de Santo Antônio, área Central do Recife, em protesto contra Guarda Municipal. A ocupação e a Central de Atendimento do Cadastro Único dividem o mesmo prédio. 

Entulhos foram incendiados pelos manifestantes para bloquear a rua. Eles relatam que os guardas são agressivos e não conseguem controlar a agitação causada pela movimentação de pessoas que chegam de madrugada para garantir lugar na fila do CadÚnico.

Por outro lado, há relatos de que os moradores costumam jogar objetos dos andares superiores do prédio e que teriam furtado a lona instalada pela Prefeitura para proteger a fila do sol. Ocupantes que estavam na fila nesta manhã não quiseram comentar sobre o ato.

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As famílias que foram atingidas pelas chuvas precisam enfrentar a fila de cadastro para receber o auxílio municipal e estadual. Além do auxílio das chuvas, o repasse de outros benefícios federais, como o Auxílio Brasil e o BPC-LOAS, passa pelo cadastramento no Cadúnico. 

Um dos coordenadores do Movimento de Luta e Resistência pelo Teto (MLRT) Jean Carlos dos Lírios apontou que a Prefeitura já foi comunicada, mas a postura da Guarda Municipal não foi corrigida. "Esse fechamento foi motivado pela própria Guarda Municipal, que está tratando as pessoas com truculência e agressão", disse. "Além de tudo, as madrugadas aqui estão sendo complicadas e as famílias dos prédios não estão conseguindo dormir", acrescentou.

O morador da ocupação Robson de Carvalho também reclamou do barulho na região. "Isso aqui não é fila, isso aqui a noite parece uma boate. Vem gente fazer zoada desde a madrugada, os guarda municipais agem com excesso de autoridade, filmando crianças, empurrando gestante e não botam ordem no lugar que era para ter ordem", descreveu. Além da Guarda Municipal, o Corpo de Bombeiros foi acionado, apagou as chamas e por volta das 10h tentava liberar a via.

Com informações de Thaynara Andrade

O PT elaborou uma série de instruções de segurança aos apoiadores que participam, nesta terça-feira (12), do ato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. As orientações recomendam precauções como "não aceitar provocações de bolsonaristas infiltrados", tirar fotos e gravar "situações de ameaça" e andar em grupos. A preocupação com a segurança acontece três dias depois de o guarda municipal petista Marcelo Arruda ter sido morto a tiros pelo agente penitenciário bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho.

O pré-candidato do PT à Presidência vai participar nesta terça e na quarta-feira (13) de eventos com apoiadores e reuniões com políticos aliados para reforçar sua tentativa de voltar ao Palácio do Planalto.

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Está previsto para às 17 horas de hoje um evento no centro de convenções Ulysses Guimarães com apoiadores do ex-presidente. O ex-governador de São Paulo e pré-candidato a vice do petista, Geraldo Alckmin (PSB), também vai participar.

Veja a lista de recomendações:

-Não aceite provocação de bolsonaristas infiltrados;

-Não discuta nem agrida nenhum provocador. Ações heróicas podem causar riscos desnecessários à você e ao teu coletivo de militantes;

-Se achar alguém suspeito que pareça ser uma ameaça, avise à equipe de segurança;

-Preencha a lista de presença no link;

-Tire fotos e grave situação de ameaça;

-Ande em grupos até parada de ônibus e rodoviária;

-Evite se expor a situação de risco.

-É bom ter uma camiseta não militante debaixo da vermelha caso precise andar só no trajeto para casa em locais públicos.

Apoios

O evento também será o primeiro de Lula com o pré-candidato ao governo do Distrito Federal, Leandro Grass (PV), que representará a federação PT-PCdoB-PV na disputa pela sucessão do governador Ibaneis Rocha (MDB). Antes do evento no centro de convenções, Lula vai se reunir com empresários da Confederação Nacional de Comércio (CNC) e receber um documento com sugestões do setor.

Presidentes dos partidos que vão apoiar Lula, como PSB, Solidariedade, PCdoB, PSOL e Rede, além do próprio PT, vão participar de uma reunião nesta tarde com o procurador-geral da República, Augusto Aras, quando vão entregar um pedido para federalizar as investigações envolvendo o assassinato de Marcelo. Lula não deve participar da entrega da ação.

Como mostrou o Estadão, Aras avalia que não há margem para retirar as apurações do Paraná e deve frustrar o pedido dos dirigentes partidários. O chefe da PGR disse a aliados que o caso foi um crime comum e que a Justiça local tem capacidade de lidar.

Na quarta, os presidentes dos partidos também vão se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que será o presidente da Justiça Eleitoral durante as eleições deste ano. No encontro, os dirigentes vão entregar um "memorial sobre a violência política contra a oposição no Brasil" e pedir iniciativas do TSE para garantir "eleições pacíficas".

Na quarta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), irá receber Lula e senadores petistas na residência oficial da presidência do Senado. O mineiro procurou afastar qualquer tipo de caráter eleitoral e disse que a conversa com Lula será algo institucional.

"Vejo como um encontro natural, institucional e importante para a demonstração de que as instituições neste país conversam, dialogam. Podem não convergir sempre, mas que há um ambiente de diálogo e de muito respeito mútuo entre todos", disse em entrevista coletiva na segunda-feira (11).

Pacheco também recebeu em abril o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE). O PSD decidiu que vai liberar os diretórios estaduais da legenda para apoiarem quem preferirem. Integrantes importantes do partido, como o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o pré-candidato ao governo de Minas, Alexandre Kalil, já declararam apoio ao petista. Por outro lado, o partido presidido por Gilberto Kassab fechou aliança com o candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Palanques nos Estados

Logo na manhã desta terça, Lula vai participar de reuniões para garantir palanques estaduais amplos, com a presença de políticos distantes da esquerda e até de partidos que vão apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em âmbito nacional. O ex-presidente tem uma conversa agendada com o deputado Neri Geller (Progressistas-MT) e com o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) para tratar da eleição no Mato Grosso. O encontro acontece a pedido de Geller, que é pré-candidato ao Senado e deve ter o apoio do PT no Estado.

O Progressistas é da base bolsonarista e tem o presidente licenciado da legenda, Ciro Nogueira, como ministro da Casa Civil. Mesmo assim, Geller se encaminha para apoiar Lula no Mato Grosso. O deputado já foi ministro da Agricultura na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e é um empresário ruralista, segmento que hoje está majoritariamente com Bolsonaro.

Também está prevista uma reunião com o senador Omar Aziz (PSD-AM) e com o deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), apoiadores declarados de Lula. O tema da conversa será a eleição no Amazonas, Estado onde o PT ainda não tem definição. A expectativa é que os petistas apoiem a pré-candidatura do senador Eduardo Braga (MDB-AM) a governador. O MDB lançou a senadora Simone Tebet como pré-candidata a presidente, mas uma ala do partido já embarcou no apoio a Lula. Braga também terá uma reunião com Lula na quarta.

"Ele (Eduardo Braga) deve ser o palanque do presidente Lula e não vamos criar um problema pra campanha do presidente que é um projeto maior. Ajustaremos as coisas no Estado", disse Marcelo Ramos ao Estadão.

Na manhã desta terça-feira (12), os dois sentidos da BR-408 foram interditados por um protesto no quilômetro 83, em Paudalho, na Mata Norte de Pernambuco. Os manifestantes reivindicavam Justiça por um motorista de van assassinado a tiros no último dia 29. 

Familiares, amigos e moradores do bairro de Guadalajara participaram do ato pela morte de Artur Valois, de 30 anos. Ele foi morto na frente de casa quando voltava do trabalho. 

 A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada por volta das 6h e acompanhou a mobilização, que foi encerrada por volta das 8h30. A Polícia Civil já investiga o caso. 

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A Justiça do Rio de Janeiro decidiu pela prisão preventiva do homem suspeito de lançar uma bomba de fabricação caseira contra o público de um ato do qual participaria o pré-candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Cinelândia, região central da capital fluminense, na noite de quinta-feira, 7. Andre Stefano Dimitriu Alves de Brito foi preso em flagrante pouco depois da explosão do artefato. O incidente ocorreu no início daquela noite, quando o local do ato já estava lotado.

Na audiência de custódia, conduzida na Casa de Custódia de Benfica neste sábado, 9, a juíza Ariadne Villela Lopes acatou o pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro de conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva.

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"Atos dessa natureza mostram-se graves, principalmente por expor a risco concreto a integridade física de diversas pessoas, uma vez que é fato notório que no ato público em que supostamente foi praticada a conduta imputada ao custodiado havia milhares de pessoas, em aglomeração, o que dificulta a dispersão das pessoas que lá se encontravam", proferiu a juíza, na decisão.

"Por outro lado, o Brasil encontra-se em período pré-eleitoral de eleições gerais, momento em que os ânimos podem se acirrar, mostrando-se necessário o desestímulo de práticas de natureza violenta, não apenas para proteção das pessoas - objetivo primordial da intervenção do Estado-juiz -, mas também para garantia de manifestações livres de pensamento, que podem restar intimidadas por práticas violentas", completou.

A decisão levou em consideração os depoimentos de ao menos três testemunhas e mais dois policiais militares responsáveis pela prisão de Brito. Segundo a juíza, "as circunstâncias em que supostamente foi praticada a conduta imputada ao custodiado mostram-se graves o suficiente para a referida conversão".

Segundo os autos do processo, uma testemunha relatou ter visto o momento em que Brito carregava "uma espécie de bomba de fabricação caseira, produzida com uma garrafa plástica e um pavio, que se encontrava aceso, durante ato que acontecia na Cinelândia". Uma segunda testemunha também teria presenciado o fato. Ambas relataram terem visto Brito arremessar o explosivo, com o pavio aceso, entre as pessoas que estavam no ato público.

Uma terceira testemunha, bombeira civil, contou que estava em cima do palco instalado no local quando ouviu o barulho de explosão muito alto, "momento em que bombeiros que se encontravam na rua teriam pedido a ela para descer do palco e arrecadar a garrafa plástica". A garrafa, que estava estourada e com odor muito forte, foi apreendida.

Após a explosão, Brito pediu socorro a policiais militares que faziam o policiamento do ato público, dizendo que estava sendo perseguido. Depois de alegar que havia perdido seus documentos, ele entrou na viatura policial, o que evitou que fosse agredido por populares que teriam presenciado o ocorrido.

Com o corpo pintado de tinta, lantejoulas e bandeiras do arco-íris, uma multidão colorida desfilou pelas ruas de Londres neste sábado (2) , celebrando a comunidade LGBTQIA+ na primeira parada do Orgulho desde o início da pandemia.

Espera-se que mais de um milhão de pessoas e cerca de 600 grupos LGBTQIA+ participem do que os organizadores chamam de "o maior e mais inclusivo evento da história".

O desfile entre Hyde Park e Whitehall, no coração de Londres, presta homenagem à primeira marcha organizada no Reino Unido em 1972, há cinquenta anos.

Artistas como a cantora pop americana Ava Max e a vencedora do Eurovision 2018, Netta, se apresentarão em quatro palcos no centro da capital.

Mohammed Nazir, de 24 anos, integrante do grupo Rainbows Across Borders, declarou que dedica a marcha àqueles que ainda são obrigados a esconder sua sexualidade. Esta marcha "é uma questão de autoafirmação, dignidade e igualdade. Um movimento em que sempre lutamos por nossos direitos", disse à agência PA.

"Hoje caminhamos por um mundo mais aberto e inclusivo", disse o prefeito de Londres, Sadiq Khan, que posou para os fotógrafos ao lado de uma pessoa vestida de rainha.

"Marchamos por aqueles que estão em Oslo", acrescentou, referindo-se ao tiroteio mortal perto de um bar gay na capital norueguesa no último fim de semana, que levou ao adiamento da marcha do Orgulho de Oslo.

Com 1.235 casos de varíola dos macacos registrados no Reino Unido até quinta-feira, dos quais a "maioria esmagadora" são de homens que fazem sexo com homens, as autoridades de saúde pública pediram que as pessoas não fossem à marcha se apresentarem sintomas da doença.

"Por favor, não compareça se tiver sintomas de varíola dos macacos ou se não estiver se sentindo bem. Se tiver uma erupção cutânea ou bolhas, fique em casa, ligue para uma clínica de saúde sexual e faça o teste", disse Wendi Shepherd, gerente de monitoramento da varíola dos macacos na Agência Britânica de Segurança da Saúde (UKHSA).

O sogro e a sogra do jornalista britânico Dom Phillipps divergem quanto à chance dele e do indigenista Bruno Pereira ainda estarem vivos. Dom e Bruno estão desaparecidos desde domingo passado, dia 5, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, na Amazônia. A polícia investiga o caso, mas até agora não chegou a nenhuma conclusão.

Para a aposentada Maria Lúcia Farias Sampaio, de 78 anos, mãe de Alessandra Sampaio, que é casada com o jornalista britânico, "ele já não está mais entre nós": "Para ser sincera, não existe mais esperança", afirmou, durante ato promovido na manha deste domingo, 12, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio, para cobrar das autoridades que intensifiquem as buscas pelos dois desaparecidos e tomem providências contra as violações de direitos na Amazônia.

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A manifestação foi organizada por amigos e familiares do jornalista britânico, que está no Brasil há 15 anos e morou no Rio, de onde se mudou há um ano para Salvador. "Estamos aqui em homenagem a Dom e Bruno", disse Maria Lúcia.

Já o sogro do jornalista, o aposentado Luiz Carlos Rocha Sampaio, de 80 anos, ainda tem esperanças. "Eu ainda alimento a esperança de encontrá-lo. Peço a Deus que não seja em vão essa nossa luta", afirmou.

O casal tem três filhos - Alessandra, casada com Phillipps, continua em Salvador, de onde acompanha as buscas pelo marido. A irmã dela viajou para Salvador assim que o sumiço foi anunciado, para fazer companhia a Alessandra. O outro irmão, o produtor Marcus Farias Sampaio, de 49 anos, participou do ato na zona sul do Rio.

"A gente sabe que é muito difícil. Enquanto não houver uma resposta definitiva, a gente tem que acreditar. Mas a gente está aguardando o pior, embora tenha muita fé", afirmou.

A atriz Lucélia Santos também participou do ato. "Esse episódio vem escancarar a realidade trágica e horrorosa que está acontecendo no Brasil hoje. Que perseguem e matam as pessoas nessa região já é do conhecimento de todos. O que a gente não podia imaginar é a vulnerabilidade do Exército, de não reunir as condições adequadas para a busca. A sociedade precisa se unir e exigir do governo o esclarecimento do caso. Dom e Bruno não podem simplesmente sumir no interior da floresta", disse a atriz.

O ato começou às 9h na avenida Atlântica em frente ao posto 6, onde Dom fazia aulas de stand-up paddle, quando morava no Rio. Às 10h20, um grupo de aproximadamente 50 pessoas, segurando cartazes com fotos dos desaparecidos, se reuniu para, em coro, gritar "onde estão Dom e Bruno?"

Presente no ato em defesa da educação e contra os cortes orçamentários, realizado nesta quinta-feira (9) na área externa da Faculdade de Direito do Recife, o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, falou com exclusividade ao LeiaJá sobre a situação da instituição.

Em reunião, realizada remotamente com a presença de reitores de universidades e institutos federais na última terça-feira (7), ele ressaltou que, devido ao bloqueio dos recursos, a UFPE poderá fechar as portas em outubro. Questionado sobre qual seria o orçamento ideal para a manutenção do calendário acadêmico, da pesquisa e extensão, serviços de conservação dos prédios e contratos com terceirizadas, o reitor foi categórico.

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"Nós precisaríamos, por exemplo, para terminar o semestre com toda uma tranquilidade razoável de uma aporte de, aproximadamente, R$ 30 a R$ 40 milhões. Este corte de 7,2% retira do nosso orçamento R$ 12,2 milhões. Então, isso vai afetar os contratos de manutenção, transporte, vigilância, o pessoal terceirizado, a limpeza, dentre outras atividades".

Alfredo Gomes frisou que todas as instituições de Pernambuco sofreram consequências das intensas chuvas no Recife e Região Metropolitana. "Tiveram [as instituições] processos de infiltração, muita água entrou nos prédios. Então, a gente precisa de um aporte extra de recursos para fazer frente a essas necessidades de estrutura", aponta.

À reportagem, ele ressalta que com a redução do orçamento será inevitável não ter demissões de terceirizados. "Nós precisamos reduzir, reajustar os contratos. Quando você reduz o orçamento, você força a universidade a rever contratos e demitir as pessoas que estão dentro das empresas terceirizadas”, explica.

Pesquisa e extensão

A redução dos recursos para a UFPE, de acordo com o reitor, também terá impacto nas áreas de pesquisa e extensão. Ao LeiaJá, Alfredo Gomes admite que a instituição está realizando cortes "em quase todos os editais da universidade". Além disso, como forma de reajustar as contas, o lançamento de editais está diminuindo, até mesmo, os já publicados. "Então, terá impacto na redução de bolsas que vão para as áreas de pesquisa, de extensão, pós-graduação".

Em defesa da Educação e contra os cortes orçamentários, instituições federais e entidades estudantis realizaram ato na área externa da Faculdade de Direito do Recife, no Centro da capital pernambucana. Ao todo, a manifestação contou com 18 falas de representantes do ensino superior e secundarista, entre eles o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, e a vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) de Pernambuco, Débora Karolayne. 

Ao LeiaJá, Débora ressalta que as mobilizações realizadas durante a semana iniciaram após o anúncio dos cortes nos recursos destinados à Educação, de 7,2%. "A gente já vem tendo grandes cortes nas universidades há um longo tempo e, agora, foi um corte que faz com que a universidade pare seus serviços básicos. Então, as ações que vêm acontecendo é para mobilizar e alertar as pessoas para que não passe em branco. A gente não pode deixar que o governo Bolsonaro continue massacrando a Educação, colocando a mão na Educação e tratando a Educação como mercadoria", criticou.

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Presente na manifestação, o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Cristovam Vieira, também teceu críticas ao atual governo e salientou que, além da Educação, houve diminuição orçamentária nas áreas da ciência e tecnologia. “Esse governo desde o começo tem como alvo destruir a Educação. Em ações contundentes, vamos barrar essa ação do Governo Federal", afirma.

Fazendo parte da instituição que mais foi afetada pelo bloqueio de recursos, cerca de R$ 12 milhões, Cristovam conta à reportagem que cada segmento da instituição convocará assembleia para construir as ações que serão executadas. “Uma proposta é que, no começo do semestre, a gente comece a fazer abordagens em cada centro da universidade para que os colegas sejam mobilizados para entrar nessa luta”.

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Em sua fala, o reitor da UFPE, Alfredo Gomes enfatizou a importância das universidades e apontou ataques ideológicos por parte do Governo Federal. “Nós sabemos que as universidades cumprem um papel essencial, ela é necessária, ela é imprescindível e continuará a ser diante de qualquer conjuntura nacional. É por isso que esses ataques ideológicos tentam criar uma ideia falsa de como nós operamos e isso distorce, efetivamente, o papel da nossa instituição”, disse.

Aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), João Rodrigues, de 16 anos, ressaltou ao LeiaJá que a presença dos estudantes do instituto é importante e representa uma luta contra o fascismo. “Estamos reivindicando os nossos direitos que, basicamente, estão sendo cortados por esse governo fascista. A gente está buscando os nossos direitos como estudantes secundaristas, como visitante da escola todos os dias. A gente está transformando a nossa fala em voz, porque o que esse governo quer é nos silenciar”, expõe.

Diante do anúncio do corte orçamentário de universidades e institutos federais, por parte do Governo Federal, instituições e entidades estudantis realizam, na próxima quinta-feira (9), atos em todo Brasil contra o bloqueio de 7,2% dos recursos destinados à Educação.

Em Pernambuco, a manifestação está marcada para às 15h30 em frente à Faculdade de Direito do Recife, localizada no bairro da Boa Vista, área Central da cidade. Durante, ato conjunto contra os cortes orçamentários, que contabilizam um montante de R$ 28 milhões apenas no Estado, realizado de forma remota na última terça-feira (7), os reitores das instituições federais do Estado salientaram a presença na manifestação e convocaram a sociedade para lutar pela Educação.

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A Rede de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes em Pernambuco realiza, às 15h desta quarta-feira (18), um ato público com o tema “Pernambuco pelo fim da Violência Sexual de Crianças e Adolescentes". A mobilização, que inclui apresentações e oficinas culturais, marcará o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Este ano, a mobilização tem o objetivo de sensibilizar o poder público e a sociedade a respeito da importância dos planos de enfrentamento decenais, estadual e municipais. A Rede cobra articulação entre um conjunto de ações que permitam intervenções técnicas, política e financeira para o enfrentamento da violência sexual contra as crianças e os adolescentes do Estado de Pernambuco.

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"A invisibilidade das vítimas de violência sexual, sobretudo da exploração sexual é um fato nos dias de hoje. Além disso, é necessário pensar a construção do segundo Plano Estadual Decenal de Enfrentamento à Violência Sexual. A campanha do 18 de maio deste ano convida a sociedade a abrir seus olhos sobre esta situação. Um dos grandes desafios do enfrentamento é a cultura do silêncio e a tolerância social diante dos abusos que acontecem no ambiente doméstico", diz o material de divulgação do ato.

Dados

De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em 2022 já foram registradas 4.486 denúncias de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes ligadas a situações de violência sexual. No ano passado, foram contabilizadas 18.681 denúncias, o equivalente a 18,6% dos relatos registrados pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.

Durante o protesto de 1º de maio realizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, um grupo de pessoas arrastou o colchão sobre o qual uma mulher em situação de rua dormia. O momento teria foi capturado pela reportagem do jornal Estado de Minas. 

De acordo com o jornal, o repórter que acompanhava a manifestação presenciou o momento em que dois organizadores do evento arrastaram o colchão da mulher com ela em cima. Segundo ele, naquele mesmo local, seriam colocados cartazes de propaganda do governo e uma bandeira do Brasil, onde as pessoas poderiam parar para fazer registros em foto, funcionando como um estande.

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Isso aconteceu no coreto da Praça da Liberdade, no Centro de Belo Horizonte. A mulher em situação de rua estava dormindo lá e não teria se incomodado com a presença dos manifestantes. Ainda segundo a reportagem do jornal mineiro, ela permaneceu dormindo mesmo enquanto seu colchão era arrastado pelos manifestantes e colocado do outro lado do coreto.

O repórter relatou que após o início do ato a favor de Bolsonaro, que contou com a presença de carros de som, ela não foi mais vista no local ou nos arredores da Praça da Liberdade.

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A cúpula dos Poderes Legislativo e Judiciário teme uma explosão do presidente Jair Bolsonaro, caso ele participe de protestos no 1.º de Maio, em São Paulo, convocados por sua base de apoiadores. Embora ainda não haja confirmação da presença do chefe do Executivo, a manifestação é vista como um novo teste de estresse da República.

Numa escalada de enfrentamento, marcada por um ato dentro do Palácio do Planalto em que colocou as eleições em suspeição e sugeriu uma contagem de votos pelas Forças Armadas, os bolsonaristas convocaram um ato em defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), pivô de um choque com o Supremo Tribunal Federal (STF), e da "liberdade".

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A manifestação bolsonarista será na Avenida Paulista, mesmo local onde Bolsonaro radicalizou em 2021, no Sete de Setembro. A poucos quilômetros dali, na frente do Estádio do Pacaembu, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT, mobiliza as centrais sindicais em protesto "por um Brasil sem fome e sem miséria".

O clima de apreensão prevaleceu em Brasília nesta quinta-feira, dia 28. O assunto foi discutido em reuniões na residência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e de ministros do STF, além de outros parlamentares.

Durante a tarde, tanto Pacheco quanto Lira colocaram um freio na tentativa de Bolsonaro de lançar desconfianças sobre as urnas eletrônicas. Ambos se irritaram porque o presidente havia prometido enterrar o assunto quando o voto impresso foi derrotado no Congresso, no ano passado. No entanto, Bolsonaro voltou a questionar o sistema eletrônico de votação como cabo de guerra, mais de uma vez.

"O processo eleitoral brasileiro é uma referência. Pensar diferente é colocar em dúvida a legitimidade de todos nós, eleitos, em todas as esferas. Vamos seguir - sem tensionamentos - para as eleições livres e transparentes", escreveu Lira no Twitter.

Na mesma rede social, Pacheco adotou linguagem semelhante. "A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas, confiáveis. Ainda assim, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está empenhado em dar toda a transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado", afirmou.

A reação da cúpula do Congresso resgatou o Supremo de uma situação de isolamento entre os três Poderes. O próprio Bolsonaro havia dito, em discurso no Palácio do Planalto, que Executivo e Legislativo atuavam como "irmãos" e que o Judiciário era um "primo".

Na mesma ocasião, revelou ter recebido "informes" que davam conta de uma possível prisão por fake news do filho Carlos Bolsonaro, vereador do Republicanos no Rio. A ideia preocupa o presidente e, segundo parlamentares ouviram dele, Bolsonaro considera que o filho deve se licenciar do mandato e se mudar para o Palácio da Alvorada, em Brasília, a fim de escapar do alcance da polícia e poder continuar atuando no marketing de sua campanha.

Nas conversas, parlamentares que estiveram com os presidentes da Câmara e do Senado e ministros do Supremo ponderaram que Bolsonaro teve uma semana de fortalecimento político, sendo aplaudido por congressistas e prefeitos em Brasília. Seria, no entendimento deles, fruto do fluxo de dinheiro do orçamento secreto, que empoderou os deputados.

Pacheco afirmou aos ministros da Corte, segundo relato de um dos presentes, que eles deveriam colaborar para "baixar a fervura" e que considerava exagerada a pena de mais de oito anos de prisão a que Silveira foi sentenciado, por ataques à democracia. A pena por assassinato, por exemplo, parte de seis anos.

O argumento é o mesmo que vem sendo trabalhado no comitê de campanha bolsonarista. Um marqueteiro ligado a Bolsonaro prevê que o debate acerca do perdão a Silveira se tornará favorável ao presidente. Para esse colaborador da pré-campanha, a questão ultrapassa a disputa sobre "quem manda mais" no País - Bolsonaro ou o Supremo.

Os aliados do presidente entendem que ele conseguiu captar um sentimento popular de injustiça contra Silveira e por isso tomou a decisão de perdoá-lo. Apostam que o eleitor entenderá, se o presidente assim justificar, que não seria justo o deputado ficar preso oito anos, enquanto réus que cometeram crimes mais graves, como corrupção ou assassinatos, estão soltos, ou cumprem pena por pouco tempo.

No Sete de Setembro de 2021, Bolsonaro ameaçou ignorar futuras decisões do Supremo e xingou ministros da Corte. Dias depois, entrou em campo o ex-presidente Michel Temer (MDB), que a pedido do Planalto já serviu em diversas ocasiões como conselheiro e apaziguador. Ele idealizou um pedido de desculpas escrito, e o recuo foi endossado por Bolsonaro. Mas agora não haverá mais carta de Temer.

Bolsonaro já desprezou uma sugestão para que recuasse da graça concedida a Silveira. E sugeriu mais de uma vez que pode ignorar o STF. Segundo ele, as saídas daqui para a frente, quando a visão do Executivo não prevalecer, são "entregar a chave" do Planalto ou avisar que "não vai cumprir".

A ideia de que Bolsonaro poderia preparar algum tipo de "bagunça" ou golpe, estava no radar de campanhas adversárias, como a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - mas com a condição de que Bolsonaro estivesse "derretendo" eleitoralmente. Mas A possibilidade de que ele "aprontasse", nas palavras de um grão-petista, enquanto se fortalece, estava fora do radar.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta quinta-feira, 28, uma deferência à ex-ministra Marina Silva, de quem ele vem tentando se reaproximar. "Eu esperava que a Marina estivesse aqui", disse o petista, durante um ato político da Rede, em Brasília, de apoio à sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

A cerimônia foi organizada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz parte da coordenação da pré-campanha de Lula à Presidência, mas nem todos os integrantes da legenda aceitam subir no palanque com o petista. Além de Marina, a ex-senadora Heloísa Helena, uma das porta-vozes da Rede, também não foi ao ato. As duas deixaram o PT no passado após romperem com o ex-presidente durante o seu governo.

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"Eu, na verdade, esperava que a Marina estivesse aqui. A minha relação com a Marina é muito antiga, é muito grande. Eu quero dizer para vocês que eu aprendi a gostar da Marina quando ela ainda era menina, lá no Estado do Acre", disse Lula. O petista ressaltou também que indicou a ex-colega de partido para ministra do Meio Ambiente em seu primeiro mandato.

Durante a cerimônia, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também citou Marina. "Da nossa parte, não tem mágoa nenhuma. Eu não sei se da parte dela. Mas eu acho que isso está sendo superado, é só uma questão de combinar mesmo uma conversa", afirmou a deputada. "Neste momento, é importante o apoio de todos os que defendem a democracia. Nós estamos fazendo um movimento para que essas pessoas estejam junto."

Marina foi filiada ao PT e ministra do Meio Ambiente de Lula, mas rompeu com o partido por discordâncias internas. Na campanha eleitoral de 2014, numa das vezes em que ela concorreu à Presidência, a estratégia usada pelo marqueteiro da então presidente Dilma Rousseff, João Santana, para barrar o crescimento da ex-ministra nas pesquisas foi considerada bastante agressiva e piorou a relação dela com o PT. Hoje, Santana integra a pré-campanha de Ciro Gomes (PDT).

Rede propõe a Lula acabar com o orçamento secreto e taxar grandes fortunas

Durante o ato político em Brasília, a Rede pediu a Lula que inclua em seu programa de governo uma proposta de reforma tributária com a criação de impostos sobre grandes fortunas e lucros e dividendos. O partido também sugeriu que o petista acabe com o orçamento secreto, caso vença a eleição de outubro para o Palácio do Planalto. Por meio do esquema, revelado pelo Estadão no ano passado, o governo Bolsonaro distribui verbas a aliados, sem transparência, em troca de apoio no Congresso.

Em documento apresentado a Lula nesta quinta-feira, a Rede fala em "fortalecer mecanismos de controle e fiscalização das emendas". O petista já disse que, se eleito, acabaria com orçamento secreto e chamou o atual Congresso de "o pior da história". A sigla também pediu que a distribuição de recursos do governo respeite critérios técnicos e a finalização de obras inacabadas.

Como mostrou o Estadão, apesar da falta de recursos para terminar 3,5 mil escolas em construção há anos, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a construção de outras 2 mil unidades. O esquema de "escolas fake" tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por meio de um apadrinhado.

A Rede também propõe a Lula uma reforma tributária "sustentável e progressista", que simplifique o sistema de tributos do País, com foco na transição para uma economia de baixo carbono. A legenda sugere alíquotas entre 0,5% e 1% para o Imposto Sobre Grandes Fortunas, que incidiria sobre riqueza superior a R$ 10 milhões, além do fim da isenção tributária a lucros e dividendos de empresas.

O partido de Marina Silva ainda pede a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com distribuição de parte dos recursos arrecadados aos Estados e municípios com base em critérios sustentáveis. O partido fala também em estímulos tributários à geração de energia solar, eólica e proveniente de biomassa.

Apesar do ato com Lula, a Rede também decidiu liberar seus membros para endossar a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto.

Motoristas e entregadores por aplicativo paralisarão as atividades nesta terça-feira (28) para protestar contra o aumento dos combustíveis e as tarifas repassadas pela Uber, 99, InDriver, Rappi e Ifood. Atos estão marcados em pelo menos seis cidades de Pernambuco, anunciou a Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos (Amape).

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), uma carreata deve se concentrar a partir das 7h, na faixa local em frente ao Classic Hall, em Olinda, e seguir até a sede da Uber, no Shopping Paço Alfândega, no Recife Antigo.

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Outras mobilizações devem ocorrer no mesmo horário, em frente à Igreja Matriz, em Vitória de Santo Antão; na rotatória de Porto de Galinhas; no Pátio de Eventos, em Caruaru; na Praça Mestre Dominguinhos, em Garanhuns; e no Parque Josefa Coelho, em Petrolina.

“Nós estamos passando momento de muita dificuldade. Muitos pais e mães de família sequer conseguem pagar suas contas. As tarifas não acompanharam o aumento dos combustíveis e os repasses são cada vez menores”, denunciou o presidente da Amape Thiago Silva.

O representante destacou que o anúncio de reajuste proposto pelas empresas não refletiu na renda dos profissionais e que cerca de 50% do valor de uma viagem vai para os aplicativos, que repassam aproximadamente R$ 1 por quilômetro e tempo.

“Hoje a gasolina está custando de R$ 7,19 e nós temos viagens de R$ 5,50. Como pode uma viagem custar menos que o valor do litro de gasolina? Essa conta não fecha”, questionou.

A proposta da associação é estabelecer o ganho mínimo de R$ 10 e um índice de reajuste no valor das corridas conforme a variação dos combustíveis.

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