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Na manhã desta segunda (11), feirantes de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), protestaram em frente ao Pátio da Feira para cobrar novos boxes à Prefeitura. A Avenida Doutor Francisco Correia foi bloqueada pelos manifestantes, que atearam fogo em caixas e pedaços de madeira.

As primeiras informações apontam que os comerciantes mais antigos do local se revoltaram por não terem sido contemplados com os novos equipamentos inaugurados pela gestão. A avenida principal foi interditada por dezenas de pessoas aos gritos de "queremos trabalhar".

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O Corpo de Bombeiros informou que não foi acionado para a ocorrência. A Prefeitura disse que os feirantes já receberam os boxes requalificados, mas que vai avaliar caso a caso para identificar se algum deles não recebeu.

Em uma cidade onde edifícios danificados estão por toda a parte, uma pizzaria destruída se destaca como uma lembrança dolorosa das vidas e dos meios de subsistência apagados em um instante.

Um míssil balístico russo atingiu o popular restaurante no leste da Ucrânia em junho, matando 13 pessoas, inclusive uma premiada escritora ucraniana e vários adolescentes. Sete das vítimas eram funcionários.

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Agora, flores frescas e bilhetes foram colocados no lugar onde ficava a entrada. Uma camiseta que fazia parte do uniforme dos garçons está pendurada perto do memorial improvisado, com os dizeres "Nunca esqueceremos".

"Como empresário, é claro que lamento a perda da propriedade, mas há algo que não pode ser devolvido: as vidas humanas", diz Dmytro Ihnatenko, proprietário da RIA Pizza.

O edifício bombardeado em Kramatorsk ressalta os enormes riscos para comerciantes nessa cidade da linha de frente na região de Donetsk. Mas isso não vem impedindo muitos outros comerciantes de reabrirem as portas para os clientes no último ano.

A câmara legislativa da cidade estima que 50 restaurantes e 228 lojas estejam atualmente abertos em Kramatorsk, o triplo de estabelecimentos abertos na mesma época no ano passado. Acredita-se que a maioria sejam estabelecimentos que já existiam e fecharam no começo da guerra, e agora reabriram.

"Compreendemos que é um risco que estamos assumindo porque esta é a nossa vida", diz Olena Ziabina, administradora do restaurante White Burger em Kramatorsk. "Onde estivermos, precisamos trabalhar. Trabalhamos aqui. Esta é a nossa escolha consciente."

A rede White Burger funcionava principalmente nas regiões de Donetsk e Luhansk antes da guerra. Porém, após a invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, só teve condições de reabrir em Kramatorsk. Dois restaurantes foram abertos na capital, Kiev, e em Dnipro, para manter a rede em funcionamento

O restaurante de Kramatorsk tem o melhor desempenho da rede em termos de lucratividade, embora os preços sejam 20% mais baixos que no restaurante da capital.

Após o ataque à RIA Pizza, os operadores do White Burger não cogitaram fechar o restaurante de Kramatorsk, segundo Ziabina. "Chorei muito", conta, lembrando-se do dia em que soube do ataque.

A economia de Kramatorsk se adaptou à guerra. A cidade abriga o quartel-general regional do exército ucraniano, e muitos cafés e restaurantes são frequentados principalmente por soldados, além de jornalistas e pessoal das organizações humanitárias.

As mulheres ucranianas frequentemente viajam para lá para se reunirem por alguns dias com maridos e namorados.

Os soldados brincam que Kramatorsk é sua Las Vegas, proporcionando todos os "luxos" de que precisam, como boa comida e café. Mas os restaurantes só oferecem cerveja não alcoólica, devido à proximidade da cidade com o campo de batalha.

As ruas da cidade ficam quase todas vazias, a não ser pelos veículos militares. Os moradores que permaneceram evitam grandes aglomerações e lugares cheios.

Ainda assim, já vão longe os primeiros dias, quando lojas, restaurantes e cafés de Kramatorsk foram todos fechados. Dezenas de milhares de pessoas ficaram sem trabalho, e fábricas fecharam.

"Provavelmente, graças aos militares, ainda podemos voltar para esta cidade", diz Oleksandr, que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome por questões de segurança.

Ele é cofundador de uma das várias lojas militares em Kramatorsk que atendem aos soldados. Oleksandr conta que pratica preços apenas 1 grívnia (14 centavos) acima do preço do fabricante. Ele diz que o objetivo não é ganhar dinheiro, mas fornecer aos militares o equipamento necessário.

Muitos moradores comemoram as novas oportunidades de trabalho trazidas pela reabertura de lojas e restaurantes.

Mas há menos opções para pessoas idosas, diz Tetiana Podosionova, de 54 anos. Ela trabalhou na Fábrica de Máquinas de Kramatorsk por 32 anos, mas a fábrica foi fechada em razão dos riscos de segurança quando a guerra começou.

"Eu tinha esperança de trabalhar na fábrica até me aposentar", conta Podosionova. A maioria dos empregos atualmente é em lojas e restaurantes, onde ela não tem experiência.

Ela finalmente encontrou um emprego no Aquário Amazing Fish, que retomou as operações alguns meses após o início da guerra. O aquário tem centenas de peixes exóticos e dezenas de papagaios, e permanece aberto para distrair os moradores, frequentemente estressados pelos ataques de mísseis.

Cada negócio reaberto, porém, traz riscos. Ihnatenko, o proprietário da pizzaria, ainda vai todos os dias ao restaurante destruído quando está em Kramatorsk. Ele não sabe explicar. Parece cansado. Sua voz é pouco mais do que um sussurro.

Como muitos outros empresários, ele considerou a bem sucedida contra-ofensiva ucraniana na região vizinha de Kharkiv um sinal de que a vida poderia voltar a Kramatorsk.

"Parecia mais seguro aqui", explicou, de pé sobre os escombros de seu restaurante.

Ele não tem planos de reconstruir e reabrir novamente.

Sua experiência trágica mostra os desafios enfrentados pelos empresários ao manter as portas abertas.

"Um míssil pode vir a qualquer momento", diz.

A pressa na Avenida Cruz Cabugá, no Centro do Recife, muitas vezes esconde o Mercado Público de Santo Amaro. Sem o vai e vem de clientes, os boxes sobrevivem contra o abandono das instalações e da falta de segurança no equipamento.

O espaço de 692 m² comporta 82 compartimentos, mas nem a Prefeitura do Recife sabe informar quantos ainda funcionam. Entregue em 1933, o Mercado de Santo Amaro sofre com a falta de alternativas do comércio popular para continuar de portas abertas e parece ser uma lembrança antiga prestes a ser esquecida.

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Em um ambiente pouco convidativo, os clientes que lhe restam convivem com o mau cheiro do esgoto que percorre os corredores de ferragens expostas. O desconforto dos funcionários e consumidores também é com a  precariedade dos banheiros, quase sem condições de uso.

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Poucas horas após inaugurar o restaurante no mercado, já no primeiro dia, a cozinheira Andrea Alves entendeu que o futuro do seu negócio vai demandar muito mais esforço e paciência do que imaginava.

A estrutura que sustenta as caixas d'água foi corroída pela falta de manutenção, o que mantém a comerciante em alerta constante pelo medo de que possa desabar em sua cabeça.

Júlio Gomes/LeiaJá

Retirada da Rua 24 de Agosto pela Prefeitura, Andrea lembra que perto do meio-dia já não tinha almoço para servir e, hoje, suas panelas permanecem cheias. "Tá difícil porque a gente tem que comprar o material para trabalhar e fica sem saber se vai vender. Infelizmente a gente ficou quebrado aqui", lamenta.

Ela ainda não passou pela experiência de arrombamentos que se repetem nos relatos dos permissionários mais antigos. "Esse ano já fui roubado duas vezes. Levaram minhas máquinas, o rádio, tesoura, pente, tudinho", revela Ednaldo Barros, que possui uma barbearia há 37 anos no mercado.

Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

 Vítima de três arrombamentos, a comerciante Sirleide Fonseca conta que na última vez perdeu televisão, micro-ondas, botijão de gás e utensílios. Cansada da ação dos criminosos, ela colocou grades nos fundos do box para dificultar novas invasões.

 Se dentro dos compartimentos a situação já é difícil, os furtos são ainda mais recorrentes nas áreas comuns. "O povo leva torneira, lâmpada, levam tudo", complementou Sirleide, há 23 anos no mercado.

 "Todo comerciante aqui tá chorando", resume o chaveiro Pedro Paulo. Ele foi ao Mercado da Encruzilhada, na Zona Norte, para se solidarizar com os colegas após o local ser destruído por um incêndio. O chaveiro com 36 anos no local teme o mesmo fim para o Mercado de Santo Amaro pela falta de um sistema de hidrantes.

Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

 "Se tiver um incêndio vai ser a mesma coisa da Encruzilhada porque não tem água. Vai acabar tudo", aponta.

Os permissionários entendem que a construção de um estacionamento pode reavivar a procura e o interesse pelos comerciantes, além de uma maior vigilância.

Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Através do Conviva Mercados e Feiras, a Prefeitura do Recife informou que está nos ajustes finais do projeto de requalificação do Mercado de Santo Amaro e que pretende lançar o edital de licitação até o fim do ano.

"A requalificação contemplará a criação de uma nova fachada, requalificação da calçada, criação de área central de alimentação e de convivência e instalação de novos banheiros", elencou a gestão, que prevê um investimento de R$ 30 milhões para reestruturar os pátios de feira e mercados públicos da cidade.

Ainda de acordo com a Conviva, os 43 mercados públicos, feiras e pátios do Recife recebem vistorias constantes para averiguar os reparos necessários nos equipamentos.

"Os serviços de manutenção acontecem de maneira recorrente, como reparos em cobertas e calhas, sucção de canaletas, pinturas, reparos elétricos e hidráulicos, entre outros", destacou o comunicado. 

Expulsos do entorno do Empresarial Charles Darwin, na área central do Recife, comerciantes da Ilha do Leite se veem vítimas de uma "limpeza" feita pela Prefeitura do Recife após a inauguração de dois restaurantes de luxo no edifício. Os trailers eram parte da paisagem local e atendiam centenas de pessoas que passam todos os dias na região. Afastados dos clientes, os trabalhadores reclamam da queda nas vendas.

Dezesseis trailers foram retirados do local sob a justificativa de garantir a mobilidade de pedestres e motoristas no quarteirão do edifício. Os proprietários dizem que foram informados que a remoção seira uma medida para evitar a "concorrência desleal" com os novos restaurantes.

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Dona Maria da Paz disse que o novo espaço é apertado. LeiaJá Imagens

Comerciante mais antiga da área, Maria da Paz vende lanches há cerca de 14 anos na calçada e não esconde a revolta de ter sido jogada para o outro lado da rua. "Depois que inaugurou o restaurante lá em cima, o dono pediu que todos os trailers fossem retirados. Agora, o que eu tenho a ver com esse prédio?", questiona.

"Do nada expulsa a pessoa como se a pessoa não fosse nada. eu já pensei até em desistir disso aqui", lamenta Maria da Paz.O trailer laranja de Dona Da Paz ficava próximo ao posto, onde o veículo preto está estacionado. LeiaJá Imagens

No alto dos 35 andares do edifício espelhado, o Ruffo restaurante se apresenta como "um oásis de requinte que emerge para cativar os paladares mais exigentes". Com a proposta de ser um "refúgio de elegância nas alturas", o rooftop atrai o público de alto padrão para uma "vista deslumbrante". O apelo para o contato com a cidade limitado ao visual já se oferece no elevador panorâmico, de onde os clientes podem observar como a população do Recife reage em sua rotina.

Antes de alcançar o patamar do Ruffo, no térreo, está o Café Marie. Com a mesma proposta de alto padrão gastronômico, as duas casas custaram R$ 7 milhões aos mesmos sócios. O distanciamento entre os clientes e as pessoas sem condições de acessar os “refúgios” e assegurado pelos manobristas, que esperam no estacionamento do Charles Darwin para guardar o veículo de quem chega em uma das 800 vagas disponíveis.

Protesto trava Av. Agamenon Magalhães

Os comerciantes das calçadas da Ilha do Leite foram convocados pela Secretaria Executiva de Comércio Popular (SecPop) do Recife para uma reunião no dia 14 de agosto. Eles esperavam ser ouvidos ou que, ao menos, lhes fosse apresentada uma alternativa de readequação sem deixar o local.

"Também foi citado na reunião a questão da poluição visual e, nesse caso, eles poderiam padronizar todos os trailers, mas não retirar o local", sugeriu o comerciante Uiraquitan Gomes.

Uiraquitan disse que foi prejudicado pela distância que ficou de onde costumava receber os clientes. LeiaJá Imagens

O prazo para a saída foi determinado para os quatro dias seguintes, mas ele sequer foi respeitado, alegam os comerciantes. No dia 17, um dia antes do previsto, os trailers amanheceram interditados pela prefeitura.

Revoltados com o destrato, os trabalhadores travaram a Avenida Agamenon Magalhães na manhã seguinte. O protesto evidenciou o constrangimento da expulsão e apontava para os prejuízos dos negócios fechados.

Colocado na Rua Senador José Henrique, Uiraquitan e a maioria dos colegas só reabriu no dia 28. Desde então, eles convivem com o tombo nas vendas. "O movimento caiu entre 80% e 90%. Todos os comerciantes estão sentindo muito", apontou.

O trailer preto de Uiraquitan é um dos mais distantes após a mudança. LeiaJá Imagens

Para trabalhar na rua, os comerciantes da Ilha do Leite investiram em torno de R$ 20 mil nos trailers e pagam duas vezes ao sistema de estacionamento rotativo ‘Zona Azul’, equivalente a um gasto diário de pelo menos R$ 6.

Trailer de Fernando e Ana no Recife Antigo. Reprodução/Redes Sociais

A realocação foi a despedida de Ana e Fernando Américo, que vendiam artigos de moda feminina há seis anos no local. Fernando conta que ainda não desistiu de vender na Ilha do Leite, mas decidiu reforçar o modelo itinerante. "Eu saí de lá, mas meu desejo é que as coisas se resolvam para eu poder voltar", comentou.

A cerca de 10 quilômetros de onde costumava estacionar, quando não é visto rodando pelas ruas da capital, o trailer do casal para alguns dias da semana na Praça da Várzea, na Zona Oeste do Recife.

Prefeitura não enxerga prejuízos

Em nota, a Prefeitura do Recife observou que a mudança não causou prejuízo aos comerciantes e destacou o motivo da retirada dos trailers. "A Secretaria Executiva de Comércio Popular (SecPop) da Prefeitura do Recife informa que a retirada foi pactuada com os 16 comerciantes, que até o dia 23 de agosto serão relocados para uma área do entorno, sem qualquer prejuízo para a atuação destes. As estruturas foram retiradas por estar impedindo a mobilidade a pé e prejudicando o trânsito na área", apontou.

O Carnaval de Olinda espera receber mais de 2 milhões de foliões em 2023. Público que promete muita alegria e também movimentar a economia da cidade neste período. É nisso que apostam também os comerciantes e vendedores ambulantes - que pretender faturar bastante após dois anos sem a festa de momo no município.

A TV LeiaJá conversou com os vendedores sobre o trabalho deste ano. Confira os detalhes na matéria.

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A Prefeitura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, anunciou um auxílio emergencial municipal para os permissionários do Mercado Público da cidade que tiveram seus produtos destruídos por conta do incêndio que ocorreu na última quarta-feira (25).

Cerca de 200 permissionários cadastrados previamente pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico terão direito a três meses da parcela de R$ 600. O Executivo municipal afirma que R$ 360 mil em recursos próprios serão investidos e um projeto de lei validando os pagamentos foi encaminhado à Câmara de Vereadores de Camaragibe para ser votado pelos parlamentares.

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A prefeitura garante que também já viabilizou um novo local para que os permissionários possam voltar a comercializar os seus produtos de forma temporária. O local, que foi escolhido pelos próprios comerciantes, será a Rua dos Ipês, no Bairro Novo. 

Eles se reuniram nesta quinta-feira (26) com a prefeita Nadegi Queiroz e com os secretários no cineteatro da cidade. O mercado público, que tinha uma reforma prevista para iniciar em julho, vai passar por um processo de total revitalização. Além disso, serão apresentadas aos permissionários propostas de crédito, em parceria com instituições financeiras, com prazo maior de carência e negociação de juros.

“O que aconteceu no mercado foi uma tragédia. Graças a Deus ninguém ficou ferido. Mas muitos permissionários perderam tudo. E nós não vamos deixá-los desassistidos. Vamos pagar esse auxílio emergencial durante três meses para ajudá-los enquanto não iniciamos a requalificação do mercado. Os problemas estão aí, mas nós vamos enfrentá-los. Ninguém ficará desassistido”, afirmou a Doutora Nadegi.

Cerca de 200 comerciantes foram prejudicados pelo incêndio que atingiu o Mercado Público de Camaragibe, na madrugada desta segunda-feira (25). Não houve vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros.

Os bombeiros foram acionados por volta das 2h10 e enviou quatro viaturas de combate a incêndio e uma de comando operacional. As equipes conseguiram controlar as chamas que se espalharam nas lojas do Mercado Público, na Avenida Belmiro Correia, no Centro. A ocorrência foi concluída por volta das 8h30.

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A área foi interditada e a Prefeitura enviou a Defesa Civil para verificar as causas do incidente e os prejuízos à estrutura do Mercado.

A prefeita Nadegi Queiroz visitou o local e garantiu a reforma do espaço. “Vamos prestar todo auxílio necessário a esses camaragibenses e a todos os outros que precisarem neste período de chuva. Antes mesmo da tragédia, já estava prevista uma reforma e requalificação de todo mercado. Agora, ela é mais do que urgente. E vamos fazê-la!”, anunciou em seu perfil nas redes sociais.

A tímida movimentação de fiéis frustrou a expectativa do comércio de fim de ano no ciclo de homenagens à Nossa Senhora da Conceição, na Zona Oeste do Recife. Nesta terça-feira (7), vendedores mais antigos lamentaram a falta de clientes ao comparar com anos anteriores, enquanto estreantes estão animados pela procura de artigos religiosos na 117ª Festa do Morro.

Desapontado pela ausência das tradicionais caravanas do Interior, Romildo Paulino, dono de uma barraca ao lado da igreja há 40 anos, enxerga que a crise econômica já atrapalha mais do que a pandemia.

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“A própria situação dificulta. Muita gente ainda não recebeu o 13º [salário], um ano de muito desemprego. Então isso tudo dificulta com a própria doença dessa pandemia”, disse.

LeiaJá também: Nossa Sra. da Conceição atrai fiéis à Zona Norte do Recife

Os consumidores perceberam que produtos como terços, calendários e até mesmo da água mineral tiveram um aumento de preço.

Questionada sobre as críticas da clientela, a autônoma Juliana dos Santos brincou: “aparece um ou outro perdido que reclama, que é chorão”.

Há seis anos na celebração da padroeira afetiva do Recife, a comerciante Edivânia Rodrigues relatou que as vendas "estão péssimas" e explica que o reajuste teve que ser repassado aos clientes para garantir o lucro se propõe a enfrentar o sol para tirar o sustento.

“Ano passado a gente comprou mais barato e esse ano aumentou”, pontuou ao comentar sobre a logística de transporte dos produtos que vêm de fora do estado.

Em seu primeiro ano na Festa da Santa, Sandra da Silva conta que reservou um dinheirinho para investir na venda de calendários. Essa foi a forma que encontrou para trabalhar perto de casa, já que está desempregada. “Tô sem trabalhar, sem fazer nada em casa e como tenho filho vim vender”, concluiu.

A Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, divulgou nesta sexta-feira (24), que vai realizar o pagamento da segunda parcela do auxílio aos camelôs e ambulantes que comercializam na rua Siqueira Campos. 

O valor de R$ 200 começa a ser pago na próxima segunda-feira (27), aos comerciantes que comprovarem não ter renda. Para saber os nomes das pessoas que receberão o auxílio é preciso acessar o site da prefeitura.

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Além de proibir o banho de mar entre a igrejinha e o Barramares Hotel na praia de Piedade, a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), anunciou na manhã desta terça-feira (27) que vai instalar 10 banheiros químicos e 10 chuveiros para evitar novos ataques de tubarão. O vice-prefeito Luiz Medeiros (PSC) também indicou que a gestão vai repassar um auxílio temporário aos comerciantes da região.

Em coletiva de imprensa com o presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit), coronel Valdy Oliveira, o vice de Jaboatão garantiu que os dois incidentes em 15 dias não vão interferir nas obras da nova orla do município.

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Para que os frequentadores não entrem no mar no trecho de 2,2 quilômetros interditado nesta manhã, estudos baseados na circulação dos visitantes vão dimensionar a disposição de banheiros e chuveiros públicos.

"Uma das justificativas das duas últimas ocorrências foi que as pessoas entravam no mar justamente para se banhar ou fazer suas necessidades. Então, a prefeitura decidiu ampliar a quantidade de banheiros químicos e instalar chuveiros a partir de hoje para as pessoas que frequentam essa área", informou.

Devido a interdição que segue até agosto, quando haverá uma reavaliação das medias, Medeiros confirmou uma reunião com os trabalhadores da praia afetados pela decisão nesta quarta-feira (28). Na ocasião será debatido o auxílio temporário de R$ 180 nos próximos três meses.

Dos 64 incidentes com o predador registrados no Litoral de Pernambuco desde 1992, 14 ocorreram no trecho em Piedade que foi bloqueado pelas autoridades de Segurança. Banhistas que descumprirem a ordem poderão ser presos por desacato.

Frente ao mar mais perigoso do Litoral de Pernambuco, comerciantes e barraqueiros próximos à igrejinha, na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), já sentem o prejuízo após o ataque de tubarão do último dia 10, que resultou na morte de um banhista de 51 anos. Após meses sem clientes por conta dos decretos restritivos da Covid-19, a incerteza dos trabalhadores se intensifica diante das mesas vazias que voltaram a tomar a faixa de areia. 

"Quando não tem ataque, uma hora dessa os bares já estão todos cheios", lamenta Marli Alves, em uma manhã de trabalho pouco movimentada. Barraqueira há 30 anos na região, a trabalhadora tem experiência para contornar os impactos causados pelo predador: ela estima o prazo de aproximadamente 30 dias "até a poeira baixar" e os consumidores "esquecerem" do ocorrido.

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Dos 66 incidentes - e 26 óbitos - com tubarão em Pernambuco notificados pelo Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (CEMIT) nos últimos 29 anos, 13 ocorreram no local. O principal risco da área é a falta de barreiras naturais que impeçam a proximidade do animal com os banhistas. Contudo, o fator mais agravante relacionado aos ataques em Piedade é o desrespeito dos próprios frequentadores às placas de sinalização e aos alertas dos agentes do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar).

Após dois anos como barraqueiro, Fábio do Nascimento desistiu da função e investe em piscinas infláveis para que os visitantes evitem entrar no banho de mar. Ele aponta que a alta da maré costuma potencializar os aluguéis. "Quando o mar enche é que eu consigo mais clientes. Com a maré baixa, as crianças ainda descem, mas quando a maré está cheia, a gente vende mais um pouquinho", comentou.

O fato é que a maré cheia, aliada ao período de inverno, quando as águas ficam mais turvas, facilita a presença de tubarões no raso. O vendedor de espetinho Laércio Silva tem um ponto na praia há 22 anos e ressalta que o período que vai até meados de setembro é o de menor clientela.

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Para os comerciantes, faltam políticas públicas para controlar a incidência de tubarões no região. Porém, o mar é o habitat natural do predador, que passou a migrar com mais frequência para as praias mais movimentadas da RMR após o início das construções do Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, em 1983.

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Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes calcula que, pelo menos, 335 comerciantes cadastrados sobrevivem da movimentação na orla do município. A administração acrescenta que atua junto tanto dos trabalhadores registrados, quanto dos autônomos, na conscientização dos riscos do banho de mar na localidade. Em nota, a gestão reiterou que conta com apoio do Corpo de Bombeiros na fiscalização e intervenções preventivas. 

O Governo de Pernambuco deu detalhes, nesta segunda-feira (19), do auxílio voltado para trabalhadores das praias de Pernambuco, como barraqueiros, quiosqueiros e vendedores ambulantes. Serão repassados mais de R$ 3 milhões pelo Governo do Estado para 13 municípios do litoral.

Serão beneficiados 5.597 profissionais das cidades do Cabo de Santo Agostinho, Goiana, Igarassu, Itamaracá, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Recife, Rio Formoso, São José da Coroa Grande, Sirinhaém e Tamandaré. O benefício será pago em três parcelas de R$ 180, totalizando R$ 540 para cada trabalhador.

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A proposta de cofinanciamento entra na modalidade Fundo a fundo onde o Governo do Estado, por meio do Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS) repassa diretamente recursos aos Fundos Municipais de Assistência Social (FMAS). Com o repasse, o município tem a condição de realizar o atendimento direto ao trabalhador por meio da oferta do benefício eventual.

Desde o início da pandemia, os comerciantes das praias fizeram protestos em Pernambuco. A principal reivindicação dos trabalhadores era a retomada das atividades nas praias. Atualmente, o comércio na faixa de areia está liberado, mas segue regras específicas definidas pelas prefeituras.

Na manhã desta quinta-feira (25) pelo menos cinco protestos pela reabertura do comércio foram realizados no Recife. Em sua segunda quarentena, Pernambuco voltou a limitar a abertura de estabelecimentos considerados não essenciais até o dia 28.

Além de cobrar pela volta ao trabalho, os manifestantes apontam que as medidas de assistência propostas pelo Poder Público são insuficientes. Eles reivindicam pelo aumento do valor do auxílio municipal (que pode chegar a até R$ 150), pela entrega de cestas básicas e para que a vacinação seja ampliada à toda população.

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A restrição do Governo de Pernambuco tem o objetivo de controlar as altas taxas de ocupação de leitos de UTI no estado, que ultrapassa 95%.

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Centro - De acordo com a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), um grupo de manifestantes incendiou pneus para fechar a Rua Princesa Isabel, em frente à Câmara Municipal do Recife, na área Central. O bloqueio foi promovido por comerciantes informais e vendedores ambulantes da capital pernambucana, que prometem mais atos nos próximos dias.  O Corpo de Bombeiros foi acionado e a via foi liberada.

Zona Sul - Na Avenida Mascarenhas de Morais, na altura do Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul, outro grupo de trabalhadores informais bloqueou a via sentido Afogados. Duas faixas estão liberadas e a CTTU enviou uma equipe para tentar destravar o trânsito. O Corpo de Bombeiros foi ao local e já apagou o fogo de pneus e entulhos.

A entidade ainda informa que mais um protesto ocorreu na Avenida Domingos Ferreira, no bairro de Boa Viagem, mas já foi encerrado. A trânsito também sofre retenção na Avenida Caxangá, na Zona Oeste, mas a CTTU não informou a altura da mobilização.

Zona Oeste - Cerca de 80 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fecharam o sentido Paulista da BR-101, na altura do Terminal Integrado do Barro, na Zona Oeste. A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar estão no local.

A quarentena contra a Covid-19, instaurada em todo o estado de Pernambuco desde o último dia 18, tem sido um momento difícil para os pequenos comerciantes. Pensando em uma forma de ajudar o comércio local de sua cidade, o fotógrafo Pedro Batista, 20 anos, do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, divulgou em sua conta no Instagram uma oferta gratuita para registrar fotos dos produtos à venda nos empreendimentos.

Em vídeo publicado na semana passada, ele oferece suas habilidades fotográficas para atrair mais clientes que queiram comprar por meio do serviço de delivery. “Eu me coloco à disposição dessas pessoas para fotografar os seus produtos de forma gratuita. A você que vende pizza, roupa, sobremesa (...), é simples, rápido e prático, é só falar comigo via direct”, anunciou.

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Registros ajudam os comerciantes que atuam com delivery. Foto: Pedro Batista

O objetivo de Pedro é tentar manter a atração dos clientes e o fluxo de compras dos produtos, em um período em que os pequenos empreendedores têm de se desdobrar para continuar nos negócios. “A boa qualidade da imagem de produtos nas redes sociais incentiva as pessoas a consumir. E isso atrai o público a comprar e pedir um delivery, por exemplo, já que no lockdown muitos empreendedores não podem abrir suas portas para vender”, afirmou o fotógrafo.

Pedro não pede nada em troca aos comerciantes que agendarem a sessão de fotos. “Quero é que eles continuem vendendo e que possam manter as portas abertas e funcionários trabalhando. Penso em quem tem que manter o emprego, porque é o único ganha pão da família”, ressaltou.

No último sábado (20), ele publicou um vídeo mostrando a produção das fotografias em uma lanchonete de açaí. “Não existe sensação melhor que fazer o bem. Começamos hoje a cumprir o que prometemos”, escreveu na publicação.

Com informações da assessoria

A morte de Célia Cezaria de Barros, de 60 anos, que passava pela calçada do Edifício São Cristóvão, na Rua da Aurora, quando foi atingida de uma pedra que se desprendeu do prédio, para atingir sua cabeça às 8h49 da última segunda (8), chocou a opinião pública do Recife. Para os comerciantes e moradores da via, contudo, o incidente não se deu por obra do acaso. São muitos os relatos de queda de componentes das edificações da área, em alguns casos causando ferimentos e prejuízos materiais a transeuntes e comerciantes.

O ambulante Gilson José da Silva, que trabalha na calçada de um edifício de três andares na altura do cruzamento com a Rua Imperatriz, relata que quase foi atingido por uma pedra que caiu da fachada. “Já faz uns dois anos. Eu estava aqui na frente com um colega e nos afastamos para conversar. Poucos momentos depois, a pedra caiu, se espatifando em cima da minha mercadoria. Se eu tivesse lá, poderia ter morrido”, lembra. Desde então, Gilson dispensa a sombra da fachada. “Fico mais afastado, mas me arrisco aqui porque a prefeitura não me dá outro local para trabalhar”, completa.

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Gilson já teve mercadoria atingida por pedra que se desprendeu de edifício, na Rua Aurora. (Arthur Souza/LeiaJá Imagens)

Em novembro de 2020, um ar-condicionado despencou da parte de trás do Recife Plaza Hotel- cuja entrada se dá pela Rua da Aurora e os fundos ficam na Rua da União- caindo ao lado de um fiteiro. “Eu escutei o estrondo e saí correndo para olhar. A base do motor do equipamento, totalmente enferrujada, cedeu e caiu. Poderia ter acontecido uma tragédia, chegou a derrubar as mercadorias do rapaz”, conta o gerente comercial Roberto Silva, que presenciou a situação. O dono do fiteiro se recusou a dar entrevista para a reportagem do LeiaJá, mas informou que entrou em acordo com o edifício, para reparação dos danos.

O ambulante Edvaldo Holanda, lamenta que os incidentes ocorram na Aurora, que é um dos cartões-postais do Recife. “Deveriam fazer um reparo nesses prédios, colocar fiscalização para cobrar a revitalização dessas fachadas, até porque é a área histórica da cidade. Ficou todo mundo abalado quando soube da morte da mulher [Célia Cezaria de Barros]. A gente trabalha aqui com medo”, completa.

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A moradora do Edifício São Cristóvão Raimunda do Carmo conta que, antes do acidente, já evitava andar pela calçada onde ficam os edifícios da Rua da Aurora. “Sempre venho pelo lado do rio [Capibaribe], porque já tinha medo de algo assim acontecer. E agora mais ainda, não tem quem não fique apavorado com uma coisa dessas”, conclui.

Defesa Civil

Depois da ocorrência, a Secretaria-Executiva de Defesa Civil (Sedec) intimou o condomínio a realizar a instalação imediata de uma tela de proteção, para evitar novos acidentes. O órgão apontou ainda a necessidade de manutenção da fachada e da instalação de “bandejas”, equipamentos de segurança que bloqueiam a passagem de componentes estruturais soltos para o chão. Vale lembrar que, no Recife, a lei 13.032, de 14 de junho de 2006, determina que o proprietário do imóvel e o condomínio são responsáveis por realizar, a cada três anos, a vistoria da edificação.

Por meio de nota, a Prefeitura do Recife informou que, qualquer cidadão, sendo morador de algum imóvel ou transeunte, pode acionar a Defesa Civil do Recife pelo 0800 081 340, com o intuito de verificar possíveis problemas na conservação dos imóveis que gerem riscos. "Os técnicos realizam vistorias nestes locais e elaboram pareceres técnicos, que são encaminhados para a Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon), responsável por exigir que os proprietários executem as medidas recomendadas para restaurar a segurança das edificações", diz o posicionamento.

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Neste domingo (31), será realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) Digital. Na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), na área central do Recife, os comerciantes locais esperam que a movimentação dos estudantes seja uma forma de recuperar as baixas vendas realizadas durante os dias de semana, por conta da pandemia da Covid-19.

Para o comerciante Jedson Barbosa, proprietário de uma lanchonete localizada na Rua do Lazer, o fluxo de estudantes não será  "nem 10% do que foi na semana passada", segundo dia de aplicação do Enem tradicional. Entretanto, ainda assim a expectativa é otimista. "Por mais fraco que seja hoje, é bem melhor do que um dia de semana", disse.

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Esse mesmo pensamento é compartilhado pela comerciante Jéssica Félix, de 29 anos. "Tem dias que eu só vendo uma Coca-Cola. A gente vem só para evitar ficar em casa porque não tem outra renda. Então, espero que seja bem melhor do que nos dias que não vende nada", desabafou.

Aos 66 anos, a comerciante Marina Ferreira também tem um ponto de vendas na Rua do Lazer. A senhora garante que tem um fluxo de comércio um pouco melhor por ter clientes "fiéis", mas que a movimentação causada pelo Enem vai ajudara quitar as dívidas. "É um momento de respiro para por as contas atrasadas em dia", revelou.

Projeto piloto desenvolvido pelo Inep, o Enem Digital registrou mais de  96 mil inscritos. Segundo a organização da prova, 93.217 inscritos deverão participar do Exame em 104 cidades, uma vez que 2.896 candidatos do Amazonas não farão o modelo digital, em virtude dos aumentos nos casos do novo coronavírus no Estado. Os amazonenses serão direcionados à reaplicação do Enem impresso, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

No primeiro dia do Enem Digital, os candidatos respondem 90 questões - em computadores - distribuídas nas áreas de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação, que será feita à mão, no formato tradicional. Já no dia 7 de fevereiro, segunda etapa da aplicação, os estudantes terão 90 quesitos de Ciências da Natureza e matemática. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), até 2026 o Enem passará a ser complementarmente digital.

Um pedreiro de 30 anos foi preso em flagrante ao tentar passar R$ 1.000 em notas falsas no mercado público de Carpina, na Mata Norte de Pernambuco. Antes de ser autuado com cinco notas de R$ 200, na segunda-feira (25), ele foi detido por populares, mas fugiu e chegou a jogar parte da quantia na rua.

Atentos às compras duvidosas com a nova cédula, comerciantes suspeitaram do consumidor e repassaram suas características físicas para a Polícia Militar. Após ser identificado, ele correu e atirou duas notas no chão, entretanto foi alcançado e detido pelo efetivo, que encontrou mais duas cédulas falsas em seu bolso.

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Diante da movimentação das autoridades, um peixeiro informou que o detido havia gastado R$ 25 em sua barraca. Ele pagou a negociação com duas notas, uma de R$ 200 e outra de R$ 5, com intuito de agilizar o troco e evitar suspeitas. Ao receber o troco de R$ 180 em dinheiro verdadeiro e a mercadoria, o golpista foi embora.

Ele seguiu para uma barraca de carne, onde tentou fazer mais uma vítima. Contudo, a compra de R$ 40 com mais uma nota falsa foi percebida pelo vendedor, que o deteve junto com a população. Ele conseguiu se evadir do local e, ao ser abordado, não possuía nenhuma quantia verdadeira. O suspeito acredita ter sido furtado pela população quando foi descoberto no açougue.

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Morador de Arapiraca, em Alagoas, o pedreiro não possui antecedentes criminais e confessou o crime ao admitir que repassaria as cédulas no comércio de Carpina. Apesar da denúncia de outros integrantes no golpe, ele informou que agiu sozinho e as cinco notas falsas foram adquiridas por R$ 40 cada, na ‘feira do troca’ do município alagoano.

Após a apreensão, o golpista foi encaminhado à sede da Polícia Federal, no Centro do Recife, onde foi autuado por introduzir em circulação nota falsa. Caso condenado, as penas podem variar de 3 a 12 anos de prisão, além de multa. Ele passou por audiência de custódia e responderá ao processo em liberdade.

A Polícia Federal listou dicas para evitar ser alvo de falsários:

1. CONHEÇA BEM A NOTA VERDADEIRA: Geralmente pessoas que lidam diariamente com dinheiro, como os caixas de banco e comerciantes, sabem facilmente identificar uma nota falsa - essa experiência em manusear diariamente o dinheiro verdadeiro faz com que eles se tornem especialistas em identificar notas falsas;

2. COMERCIANTE, NÃO TENHA PRESSA NO ATENDIMENTO: Geralmente essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, feiras, lojas, supermercados, comércio ambulante, e muitas vezes a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que ele não tome o devido cuidado em verificar a nota que está recebendo;

3. VERIFIQUE SE AS NUMERAÇÕES DAS NOTAS NÃO SÃO IGUAIS: Ao receber duas notas de igual valor verifique se as numerações não são iguais, os falsários não costumam fazer notas falsas com numeração diferente porque isso acarreta em custos com impressão por ter que mudar a matriz da impressão;

4. OBSERVE A TEXTURA DA NOTA: Outra cautela que pode ser tomada é reparar na textura do papel das notas que estão sendo recebidas, as notas falsas tendem a ser lisas, enquanto as notas verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança que pode ser percebido pelo tato. Sinta com os dedos o papel e a impressão;

5. OBSERVE A IMPRESSÃO DA NOTA: Nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes – as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver ‘borramento’ das cores;

6. VERIFIQUE A MARCA DÁGUA COLOCANDO A NOTA CONTRA A LUZ;

7. NO CASO DE DÚVIDA, COMPARE A NOTA SUSPEITA COM UMA NOTA VERDADEIRA;

8. BAIXE O APP GRÁTIS “DINHEIRO BRASILEIRO” NO SEU SMARTPHONE: O aplicativo que foi desenvolvido pelo Banco Central não analisa a autenticidade da cédula, apenas ajuda a identificar, conhecer e onde se encontram os itens de segurança tais como: fio de segurança, quebra-cabeça, microimpressões, marca d’agua, número escondido e que muda de cor, alto relevo, elementos fluorescentes.

A chamada Black Friday está de volta nesta sexta-feira, 27 de novembro. E, com ela, a oportunidade para consumidores encontrarem produtos mais baratos e para comerciantes esvaziarem seus estoques, de forma a renovar prateleiras e atender novas demandas de seus clientes.

Muitas das ofertas exaltadas em vitrines de lojas ou telas de computadores parecem ser imperdíveis. De fato, algumas são, mas outras não. Seja por desejo, necessidade ou vontade, o ato de consumir representa uma pequena realização, carregando com ela adrenalina, emoções e, em alguns casos, decepção -- o que pode ser evitado, caso o consumidor adote algumas precauções.

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Pandemia

Para piorar, 2020 é ano de pandemia. Assim sendo, é desnecessário que, para aproveitar a melhor de todas as ofertas, as pessoas se aglomerem em lojas. Diante desta situação, vale ficar atento a algumas dicas de autoridades da área de defesa do consumidor consultadas pela Agência Brasil.

“O consumidor deve evitar aglomerações. Se for o caso, o melhor é fazer as compras online para evitar contato social”, sugere o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Pedro Aurélio Queiroz.

Segundo Queiroz, se o deslocamento for inevitável, deve ser feito com todo cuidado, com uso de máscara, álcool gel, e com as mãos sempre sendo higienizadas. Os mesmos cuidados valem para os estabelecimentos comerciais e seus funcionários. “O ideal é ficar na rua somente durante o prazo necessário para realização da compra”, disse. Ele sugeriu que fornecedores, especialmente neste ano de pandemia, estendam o período de liquidação.

Compras online

Dados do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) apontam que as demandas de consumo via internet “mais que dobraram” de 2019 para 2020, tendo como principais assuntos vestuário, agências, operadoras de viagens e aparelho celular. Entre os principais problemas registrados estão a demora ou a não entrega do produto; cobrança indevida ou abusiva ou a falta de pagamento de indenização.

Segundo o diretor,  a quantidade de demandas no comércio eletrônico dobrou no site consumidor.gov.br . "Em 2020, os três principais assuntos são vestuário e artigos de uso pessoal (roupa, calçados, joias, bijuterias, malas, bolsas), aparelho celular e móveis e colchões”.

Os principais problemas neste ano foram a não entrega/demora do produto; oferta não cumprida, serviço não fornecido, venda enganosa, publicidade enganosa; dificuldade/atraso na devolução de valores pagos; reembolso; e retenção de valores.

Gato por lebre

Além dos cuidados decorrentes das alterações que a pandemia causou na relação entre cliente e lojista, há também os cuidados de sempre, que os consumidores devem ter para evitar comprar “gato por lebre”.

Entre as dicas do Procon do Distrito Federal está, em primeiro lugar, a de fazer antecipadamente o planejamento do que se pretende comprar, “para não cair em tentação e acabar gastando mais do que pode com ofertas que podem nem ser tão vantajosas”.

A ideia é comparar os valores praticados, “já que é muito comum nesta época do ano o comércio elevar o valor dos produtos, para depois baixar o preço, simulando um super desconto e criando a sensação de oferta bem vantajosa”.

Outra dica do Instituto de Defesa do Consumidor é observar as políticas de troca e devolução especificadas no ato da compra. Segundo o Procon-DF, o prazo legal para o cliente se arrepender da compra é de 7 dias a contar da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço, “sempre que a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial, no caso de vendas online” .

“É necessário verificar a confiabilidade da marca do produto e da loja que o vende, sendo loja física ou loja virtual. O consumidor pode verificar a reputação da loja junto aos órgãos de defesa do consumidor e na Junta Comercial do seu estado, assim como pesquisar rankings de reputação em sites, como o www.reclameaqui.com.br e pela plataforma consumidor.gov.br”, acrescenta a lista de sugestões elaboradas pelo Procon.

A plataforma consumidor.gov.br foi criada com o intuito de ajudar na solução de conflitos, promovendo gratuitamente a comunicação direta entre consumidores e fornecedores de produtos e serviços via internet. Nela, 80% das demandas têm sido resolvidas e o prazo médio de resposta das empresas participantes é de até 7 dias.

Caso a compra seja feita em uma loja física e o produto não tenha apresentado defeito, é aconselhável que o consumidor verifique qual é a política da empresa, para o caso de troca de produtos. “Há lojas que trocam o produto sem defeito em até 30 dias, por exemplo. Lembrando que a loja não está obrigada a trocar o produto que não tenha defeito”, explica Queiroz.

Segurança de dados

De acordo com o Procon, é importante que o consumidor fique atento à segurança de seus dados pessoais no momento de comprar estes produtos ofertados pela internet, “pois os índices de golpes e fraudes nesta época do ano aumentam significativamente”. O instituto sugere ao consumidor que esteja atento ao site, observando se ele possui CNPJ da empresa ou CPF do responsável. É também muito importante que o site informe o endereço físico da empresa, bem como se ela tem algum canal de atendimento ao consumidor (SAC).

“Veja se o site possui os requisitos mínimos de segurança. A instalação de programas de antivírus e o firewall no computador auxilia a realizar uma compra segura. Estes softwares impedem a transmissão e/ou recepção de acessos nocivos ou não autorizados. Orienta-se que as compras não sejam realizadas em computadores públicos, como em lan houses e cyber cafés, pois pode ser que estes não estejam adequadamente protegidos”, complementa o Procon.

Compras por impulso

Pedro Queiroz, do DPDC, acrescenta ser importante refletir se há realmente a necessidade de aquisição do produto ou serviço, evitando que a compra seja feita à base do impulso. Vale sempre se perguntar se a compra está sendo feita por uma “vontade”, em geral passageira, ou por necessidade.

Vale também ficar atento para não cair em tentações a partir de frases publicitárias como “oportunidade única” ou “é só hoje!”, porque eventos como black friday acontecem em outras épocas do ano - como nas queimas de estoque e em liquidações, principalmente após as festas de fim de ano.

“O consumidor deve pesquisar bastante antes o produto ou serviço que deseja ou precisa contratar. Há formas de comparar preços em sites de pesquisa. Há órgãos de defesa do consumidor que também publicam em seus sites listas de fornecedores que devem ser evitados. Assim, o consumidor deve se informar sobre a reputação da loja que pretende comprar, se o site tem conexões seguras para proteção de dados e deve guardar todos os registros de compras”, complementa o diretor do DPDC.

Dicas para as compras online

Para que a promoção imperdível da black friday não se torne um pesadelo,  o gerente de Segurança da Certisign, Oscar Zuccarelli, orienta aos consumidores uma atenção redobrada aos sites de compras. A principal dica é justamente a  importância de se observar justamente a aparência do site antes de inserir qualquer informação, para saber se a loja virtual é mesmo verdadeira.

"Hoje em dia o que os golpistas têm feito é buscar nome de domínios parecidos com os nomes originais de uma loja virtual, com pequenas variações para que possa confundir o usuário. É preciso ter certeza se aquele certificado digital está associado a um site verdadeiro e, para isso, basta verificar a existência daquele símbolo de cadeado na barra de endereço do site. Esse certificado digital significa que a comunicação estará criptografada e, portanto, protegida em relação aos dados informados", explica. 

Os e-commerces verdadeiros são protegidos por um Certificado Digital SSL, que garante uma navegação segura e a autenticidade do site. Para checar a presença deste protocolo de segurança é preciso também conferir se o HTTP tem um S, portanto HTTPS, e depois clicar no cadeado na barra do navegador para ver se o SSL foi, de fato, emitido para a página em que você está navegando.

O consumidor na internet também deve evitar ao máximo clicar em links recebidos por email ou pelas redes sociais, especialmente aqueles que mostram ofertas que pareçam irrecusáveis, os chamados phishings. "Não clique no link, e digite o endereço do site diretamente na barra de endereços para verificar a autenticidade daquela informação", acrescenta Zucarelli. 

Além dos cuidados com a aparência das lojas virtuais e com anúncios recebido por email, SMS ou redes sociais, o especialista recomenda manter sempre um antivírus instalado e atualizado nos dispositivos usados para navegação, que muitas vezes são capazes de deter tentativas de invasão por parte de golpistas na internet.  

Denúncias via Procon

O Procon reforça que está aberto para ajudar a todos consumidores, para casos como o não cumprimento de ofertas; publicidade enganosa; prática abusiva ou qualquer outro desrespeito ao direito do consumidor – algo que, segundo o órgão, pode acontecer até mesmo com os consumidores mais cautelosos, que seguem todas as dicas apresentadas pelos especialistas. As denúncias podem ser apresentadas diretamente aos Procons em seus postos de atendimento localizados em todas unidades federativas.

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq) lançou a plataforma “Compre PE”, com o objetivo de aproximar comerciantes e clientes, abrindo um canal de delivery. O acesso, assim como o cadastrado no programa, é gratuito e pode ser feito pelo computador ou smartphone, no site Compre PE.

Nesta primeira fase, o programa pretende atrair pequenos, grandes e microempreendedores individuais que ofereçam produtos e serviços, como comerciantes e prestadores de serviço informais.

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“Essa é uma iniciativa importante para aquecer a economia dos municípios e valorizar as potencialidades econômicas de cada região, estimulando a cultura, artesanato, culinária e a prestação de serviços”, afirmou o governador Paulo Câmara, de acordo com a assessoria de comunicação da Seteq.

Através do Compre PE, os pequenos comerciantes vão ofertar seus produtos em todo território brasileiro e até mesmo no exterior. “No Brasil, existem outras iniciativas como essa, mas que cobram um valor ainda alto para os pequenos, quase 22% em média sobre a venda do produto. Já a plataforma do Governo de Pernambuco não vai gerar nenhuma despesa ou custo para o pequeno empreendedor”, pontuou o secretário do Seteq Alberes Lopes.

O Seteq orienta que o profissional preencha o catálogo com informações dos produtos ou talentos na plataforma, para facilitar a visualização dos clientes. Dentro da plataforma existe o PE Cidadão, que já conta 400 mil pessoas cadastradas e recebe em torno de 15 mil acessos por dia.

O Compre PE é uma alternativa ao enfrentamento a pandemia do novo coronavírus. A plataforma foi cedida pelo Centro de Gestão da Tecnologia da Informação do Governo do Amapá (PRODAPE) à Agência Estadual de Tecnologia da Informação do Governo de Pernambuco (ATI).

O Governo de Pernambuco anunciou, na última quinta (27), que aumentará o valor da linha de crédito destinada aos comerciantes de praia para R$ 5 mil, desde que eles estejam cadastrados como microempreendedores individuais (MEI). Também foi assegurado que a categoria poderá voltar ao trabalho a partir da próxima segunda (1).

“Inicialmente, nós anunciamos um crédito de R$ 3 mil para os comerciantes que trabalham na faixa de areia, com taxa de juros de 1,49% ao mês e três meses de carência. Ou seja, 90 dias e mais 12 meses para pagar. A novidade, agora, é que ampliamos até R$ 5 mil para quem já é cadastrado no MEI, que poderá ter acesso a um valor maior”, afirmou o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes.

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O financiamento é destinado tanto a trabalhadores de faixa de areia ambulantes quanto fixos, podendo ser utilizado como capital de giro e compra de mercadorias. Para ter acesso ao benefício é necessário estar cadastrado na Prefeitura do Recife.

O telefone 08000818081 está disponível, de segunda a sexta-feira, para esclarecer dúvidas sobre o crédito. Para obtê-lo, o primeiro passo é fazer o pré-cadastro pelo site, clicando no banner 'Crédito Popular'. De acordo com o Governo do Estado, em seguida, “um agente de negócios entrará em contato com o empreendedor, agendando uma visita técnica ao seu estabelecimento ou residência”.

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