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A governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), a vice-governadora Priscila Krause (União Brasil), o secretário de Turismo de Pernambuco, Daniel Coelho e o deputado estadual João Paulo (PT) subiram o Morro da Conceição no começo da manhã desta sexta-feira (8) para prestar homenagem a Nossa Senhora da Conceição. A comitiva da governadora acompanhou a missa no Santuário de Nossa Senhora da Conceição junto aos fiéis. 

Em suas redes sociais, a governadora mostrou o momento de sua chegado ao Morro e a recepção dos fiéis da Santa. Ela diz que foi a celebração para "agradecer por todas as graças alcançadas". Já Priscila, afirmou em suas redes sociais, que sua ida ao Morro é para agradecer pela saúde, pela família, pelos amigos, pela vida". "E minha parceira de caminhada Raquel Lyra, que nossa Senhora nos guie nessa misssão. Amém!", escreveu em uma publicação nos stories do Instagram. 

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O deputado João Paulo também registou sua passagem pelo Morro ao lado de Raquel pelas redes sociais e disse que este é um dia de "renovar as esperanças por dias melhores para Pernambuco no ano que está vindo. E para o Brasil, que se reconstrói e se volta para seu povo e para o mundo", destacou.

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O Dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira afetiva do Recife, celebrado nesta sexta-feira (8), reúne milhares de fiéis e visitantes ao Santuário da santa, no bairro do Morro da Conceição, na zona Norte da cidade. Segundo o reitor do local, padre Emerson Borges, a expectativa é de que cerca de 1,5 milhão de pessoas subam as ladeiras e escadarias do Morro, a partir do dia 28 de novembro, quando tiveram início as celebrações, até o dia da santa. As visitas ainda deverão se estender até o domingo (10), para aproveitar o fim de semana, com uma programação de missas.  

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A festa desse ano traz um diferencial, segundo o reitor, que é relacionado à grande movimentação de pessoas, desde o início da festa. Padre Emerson afirma ainda ser muito comum que pessoas venham de outras cidades, estados, e até de outros países, para pôr em prática sua fé e participar da missa. 

Imagem de Nossa Senhora da Conceição levada por fiéis. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

“A festa de Nossa Senhora da Conceição, neste ano de 2023 tem sido, para nós, uma expressão muito forte, como já é, mas estamos encontrando as pessoas com um pouco mais de fé, diante das realidades que cada uma tem, e que estão passando na vida. Cada um que sobe o Morro da Conceição, traz a sua história, traz a sua experiência com Nossa Senhora, dos diversos dramas da vida. E aqui, no Santuário do Morro da Conceição, elas encontram justamente essa força, essa fé, essa esperança de que, a vida, por mais difícil que ela seja, mas com a fé fica mais fácil de lidar com ela”, disse o padre Emerson, ao LeiaJá.

Padre Emerson Borges, reitor do Santuário. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

A tradição de subir o morro e fazer as preces à padroeira do Recife conta com o rito de acender uma vela, ato comum para boa parte dos visitantes. O velário do Santuário fica localizado na parte de trás da igreja, ao lado da imagem da santa, e para garantir a segurança do local e das pessoas, o Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco (CBMPE) atua em toda a programação. Por meio de nota, a corporação informou que realiza trabalhos de prevenção e combate a incêndio, com uma equipe do Grupamento de Incêndio, atendendo exclusivamente ao evento. Os bombeiros ainda informaram que dispõem de viatura de Resgate com objetivo de garantir a segurança dos devotos durante a festividade. 

Bombeiros atuam continuamente no velário. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Voluntários servindo à Santa 

A Festa do Morro conta com cerca de 700 voluntários, formados por devotos da santa. Entre serviços burocráticos e afazeres práticos, os fiéis trabalham todos os dias oferecendo serviços para ajudar na organização do evento. 

Uma dessas voluntárias é dona Luzinete Maria da Conceição, de 69 anos, que mora no Alto José Bonifácio, bairro vizinho ao Morro da Conceição. A devota atua como voluntária há cerca de 10 anos, e esse ano ela presta serviços na cozinha e na coleta de doações. 

Para dona Luzinete, o trabalho voluntário no Santuário é parte de uma promessa feita há anos. “Muita fé em Maria, sou muito devota de Nossa Senhora. Eu fiz uma promessa, e enquanto ela e Jesus me dessem vida, eu trabalhava para ela”, declarou. 

Dona Luzinete trabalha como voluntária na Festa do Morro há cerca de 10 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Sequência de missas 

Desde o início das celebrações, no último dia 28, as missas eram realizadas em horários específicos, sendo cinco por dia. No entanto, a partir da meia-noite do dia 8, a programação conta com uma missa acontecendo por hora, sendo as de horários pares realizadas na área externa, em frente ao Santuário, e as de horários ímpares, dentro do templo.  

Os ritos serão realizados até às 19h, e contará com cerca de 20 padres durante o dia, para as solenidades, além de confissões e a procissão, que sairá da Prefeitura do Recife, no centro da cidade. 

Aproveitando o fim de semana, o Santuário vai realizar quatro missas no sábado (9), e seis no domingo (10), para dar conta do público que ainda vai visitar a região. 

Confira os horários:

Santa Missa - Palco em frente ao Santuário: 

0h / 2h / 4h / 6h / 8h / 10h / 12h /14h 

Santa Missa dentro do Santuário: 

1h/ 3h/ 5h/ 7h/ 9h/ 11h/ 13h/ 15h  

Procissão de encerramento - Imagem da Santa 

Concentração - 14h30 - Estacionamento da Prefeitura do Recife 

Saída - 15h - Estacionamento da Prefeitura do Recife / Ponte do Limoeiro/Avenida Norte Miguel Arraes /Estrada do Morro da Conceição / Praça da Conceição 

Chegada -19h - Solene Celebração de Encerramento da 119ª Festa de Festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro 

Pós-Festa - Santas Missas 

Sábado (9) - 8h/ 10h30 / 16h / 19h30 

Domingo (10) - 7h/ 9h/ 10h30 / 12h/ 16h / 18h 

 

 

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“Sempre que temos uma conquista, damos três voltas no morro”: esse é o relato de Beatriz Krishna, uma jovem devota de Nossa Senhora da Conceição. Seguindo os passos da família, a universitária de 19 anos declara com orgulho a satisfação que sente em estar próxima da Imaculada. Atualmente residindo no Recife, a jovem tem a tradição de subir o morro desde pequena, quando ainda morava em Gameleira, no interior do estado. 

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A caminho do Santuário para deixar suas preces, ela esteve acompanhada dos pais, e o trio estava vestido à caráter: nas cores azul e branco, com a imagem de Nossa Senhora estampada no peito. 

“Eu creio muito. Sempre que temos uma conquista, damos três voltas no morro. Graças primeiro a Deus, depois à Nossa Senhora. É uma tradição de família. Compramos um carro? Três voltas no morro. Uma casa? Três voltas no morro. Esse ano não tenho nada urgente para levar até ela, mas algumas coisas pessoais. Já conseguimos muitas graças através dela. E sempre fazemos isso juntos, eu e meus pais”, relatou a estudante. 

Segundo ela, é difícil lembrar das primeiras vezes que foi ao morro, pois o seu entendimento do significado da celebração ainda era pouco, mas são memórias que marcaram e compõem a fé que hoje ela tem na santa. “Tenho lembranças através das fotos, porque era muito pequena quando comecei a vir, mas lembro principalmente por causa da minha avó, que é devota. Agora, por estar mais debilitada, ela não consegue subir o morro, então nós viemos por ela também”, acrescentou. 

Essa herança geracional foi um relato comum entre os fiéis que chegavam ao Santuário da Conceição. Mislândia Carmo, de 30 anos, é uma analista contábil que mora em Casa Amarela, também na Zona Norte e próximo ao Morro da Conceição. Ela já nem se lembra de quando começou a subir as escadarias e ladeiras, mas sabe que foi uma promessa da mãe.  

“Todo ano ela vinha e me trazia. Nossa família sempre foi católica, da congregação de Nossa Senhora de Fátima, mas também fazemos parte da comunidade aqui do morro, então todo domingo estamos aqui na missa. É algo que veio de geração em geração e eu herdei da minha mãe, também quero passar para os meus filhos. Independente da festa, estamos aqui. Não é preciso uma promessa, basta o propósito da fé”, declarou a devota. 

Ao lado de Mislândia estavam os seus filhos, Ana, de nove anos, e Bernardo, de cinco. Ana era mais tímida e não quis comentar suas preces pessoais, mas Bernardo abriu o coração de imediato: “rezo pela minha avó, meu avô, minha tia, meu tio, minha mãe e meu pai”. Sob a aprovação da mãe, ele disse que gosta de subir as escadas, apesar da genitora saber que a criança ainda não entende muito bem o período de celebração.  

"A gente amadurece com o passar do tempo e entende todo o sentido da fé, a intercessão que ela faz. Mesmo não tendo uma promessa, tenho a devoção. Eles dois [os filhos] não entendem tão bem, mas é o momento de amadurecer. O sentido da igreja e da fé, mas eles já sabem porque vêm aqui e a importância de agradecer. Eu sei que eles virão na procissão comigo no futuro”, concluiu a mãe. 

O nascimento de Maria 

Em clima de festa, uma nova Maria poderá nascer neste dia 8 de dezembro: o parto da filha dos jovens Gleice e Ícaro está previsto para o Dia de Nossa Senhora. Gleice Soares, de 30 anos, é professora e mãe de primeira viagem ao lado de Ícaro Santos, de 34 anos. 

"A festa é a data provável do nascimento da nossa filha. Moro em Recife, mas subi a escadaria pela primeira vez. Viemos pegar a benção dela. Não sou devota por tradição, mas quando soubemos a data, na primeira ultrassom, pensei 'meu Deus, é o dia de Nossa Senhora'. Fiquei tão feliz. Pode até ser depois [o parto], mas só de saber que a chegada de Maria pode ser no dia, fico muito emocionada. Desde pequena frequento a missa com a minha avó e ela era devota. Jovem, também fiz parte do EJC [Encontro de Jovens com Cristo] e tive esse contato”, disse a jovem, emocionada. 

O futuro pai, que também estava emocionado, acredita que a filha virá com o propósito de reaproximar o casal da igreja, retorno que já era um plano desde o início da pandemia. 

"Durante a pandemia, nos afastamos um pouco da igreja, então também viemos nos renovar, estar mais próximos do templo. Não que nossa fé tenha diminuído, mas a gente precisava disso. O último ano foi muito intenso para a gente e perdemos um pouco o contato. Quando descobrimos essa possibilidade de ser no Dia de Nossa Senhora, decidimos apresentar Maria a ela, pedir que dê tudo certo. É nossa primeira vez na festa e na paternidade, mas estamos achando tudo muito tranquilo e bonito. O morro é lindo”, acrescentou Ícaro. 

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A 118ª Festa de Nossa Senhora da Conceição do Morro, que registra a volta das procissões da bandeira após a pandemia da Covid-19, marca também a tradição familiar da devoção de quem não pôde pedir, agradecer e nem fazer uma oração pessoalmente à Nossa Senhora da Conceição. 

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O dia da Nossa Senhora da Conceição é comemorado na quinta-feira, no dia 8 de dezembro, mas, para evitar o tumulto de pessoas que tomam o local no dia da grande celebração, alguns fiéis já se adiantaram e subiram o Morro  da Conceição, na Zona Norte do Recife, nesta quarta-feira (7).

A devoção pela Santa e a lembrança da mãe foi o que levou Alcione Isaias, de 45 anos, a ir ao Morro com a companheira, Josiane Pereira. Moradoras de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, Alcione contou que mesmo após a mãe, Neusa Maria, ter falecido ainda durante a pandemia, ela continuou o legado da família. “Eu venho conversar com ela [Nossa Senhora da Conceição] para espairecer a minha mente e me ajudar nos problemas da vida. Acima de Deus tem ela”, afirmou. 

O medo de perder a casa onde mora desde quando nasceu é o que aflige Alcione neste ano, que foi pedir para que tudo dê certo. “Esse ano eu vim pedir porque estão querendo tomar a casa que a gente mora depois de 50 anos. O metrô tá querendo a terra depois desse tempo todo. A gente foi numa reunião hoje antes de vir para cá, vamos levar os documentos para ver, mas tenho fé em Nossa Senhora que vai dar certo”, disse. 

Devota por ter conseguido uma Graça ainda jovem, quando teve o primeiro filho, dona Vanete chegou no Morro da Conceição no fim desta tarde. Ela contou que ficou com depressão depois de ter perdido a mãe, Maria das Neves, aos 78 anos, que faleceu por causas naturais também durante a pandemia. “Eu me sinto segura conversando com ela [Nossa Senhora da Conceição], é uma forma de confortar o coração. A minha mãe era muito devota de Nossa Senhora da Conceição e também vinha para o Morro, então, vir para cá é uma boa forma de lembrar dela, apesar de vir há muitos anos”. 

“Desde quando eu me casei, há 32 anos, e tive problema quando tive o meu primeiro filho, me agarrei com ela e deu tudo certo. Desde esse tempo eu fiquei devota dela. Já passei por muitos problemas com o meu filho e consegui tudo através da minha fé”, relatou dona Vanete. 

Trânsito

O acesso de veículos ao Morro da Conceição está fechado por conta do grande fluxo de pessoas e só vai abrir na quinta-feira (8), após a procissão de encerramento da Festa, com a imagem Santa, que terá concentração a partir das 15h e saída às 16h da Prefeitura do Recife em direção ao Morro da Conceição e a cerimônia, com previsão de início às 19h30. 

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), em conjunto com a organização do evento e da Prefeitura do Recife, está permitindo a subida de carro com pessoas idosas e com dificuldade de locomoção pela Rua Japaratuba.

*Com informações de Vitória Silva 

"A fé move montanhas", se repete entre os devotos de Nossa Senhora da Conceição pelas escadarias e ladeiras da Zona Norte. Nesta quarta-feira (8) é celebrado o dia da padroeira afetiva do Recife e durante o ciclo de homenagens no Morro da Conceição, cenas de fieis em lágrimas acompanham relatos de graças alcançadas pela intercessão da Santa. 

Cada degrau superado com os joelhos é uma demonstração de gratidão pelas promessas alcançadas pela Analista de Recursos Humanos, Isabela Caroline. “Eu vou chegar lá em cima agradecida, mesmo se chegar machucada”, disse durante uma pausa no caminho de orações.

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“Saber que [Ela] intercede por mim renova a minha fé e próximo ano eu estou aqui de novo porque eu sei que Ela faz por mim. A minha fé é muito maior que tudo, mesmo que as outras pessoas não acreditem, mas eu acreditei nela”, declarou a fiel.

Aos 27 anos, a relação com a Santa começou antes mesmo de nascer. A mãe não conseguia engravidar e decidiu depositar a vontade de ter filhos na fé em Nossa Senhora da Conceição, quando finalmente deu à luz à Isabela e o irmão mais velho.

Após muita dedicação, neste ano, ele conseguiu passar em um concurso público federal e, mesmo sem saber, era acompanhado pelas bênçãos da irmã. "Eu fiz uma promessa difícil em prol do meu irmão e ele conseguiu, mas não sabe que eu tinha feito essa promessa [...] eu disse a Santa que se ele passasse, eu ia subir de joelho esse ano, e agora vou pagar a ela muito mais feliz”, conta.

Aos 85 anos, José Marcelino caminha 85 km para visitar o santuário. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

A princípio foi uma promessa, mas a caminhada de aproximadamente 85 quilômetros para o encontro com a imagem do Morro da Conceição já a tradição de fim de ano de José Marcelino. Há seis anos consecutivos ele sai de madrugada de Vicência, na Mata Norte, e vai a pé ao santuário.

"É muito gratificante, porque Deus se sacrificou muito mais que isso por nós. Ela merece muito mais do que isso que eu faço", destaca.

Aos 68 anos, o agricultor abandona por uma noite o cultivo de subsistência e peregrina solitário pelas rodovias e avenidas que o levam ao Morro. 

"Eu saí ontem de 4h da manhã, aí caminhei 11 horas até Tiúma e dormi na casa do meu irmão. Hoje saí de 5h e cheguei aqui de 10h05", explica.

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Nos pés uma sandália simples, nas mãos um terço e nas costas uma bolsa com pedidos de cura aos enfermos que não puderam fazer a visita. "Nossa Senhora da Conceição é minha intercessora muito especial, junto ao seu filho Jesus Cristo. Eu realmente já consegui muitas graças", comenta.

 Assim, Marcelino chega ao Morro e aproveita ao máximo o tempo junto a milhares fieis como ele. Antes de voltar, o idoso acompanha pelo menos duas missas para agradecer por estar mais uma vez presente na Festa da Santa e pedir saúde para repetir o roteiro no ano seguinte.

A tímida movimentação de fiéis frustrou a expectativa do comércio de fim de ano no ciclo de homenagens à Nossa Senhora da Conceição, na Zona Oeste do Recife. Nesta terça-feira (7), vendedores mais antigos lamentaram a falta de clientes ao comparar com anos anteriores, enquanto estreantes estão animados pela procura de artigos religiosos na 117ª Festa do Morro.

Desapontado pela ausência das tradicionais caravanas do Interior, Romildo Paulino, dono de uma barraca ao lado da igreja há 40 anos, enxerga que a crise econômica já atrapalha mais do que a pandemia.

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“A própria situação dificulta. Muita gente ainda não recebeu o 13º [salário], um ano de muito desemprego. Então isso tudo dificulta com a própria doença dessa pandemia”, disse.

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Os consumidores perceberam que produtos como terços, calendários e até mesmo da água mineral tiveram um aumento de preço.

Questionada sobre as críticas da clientela, a autônoma Juliana dos Santos brincou: “aparece um ou outro perdido que reclama, que é chorão”.

Há seis anos na celebração da padroeira afetiva do Recife, a comerciante Edivânia Rodrigues relatou que as vendas "estão péssimas" e explica que o reajuste teve que ser repassado aos clientes para garantir o lucro se propõe a enfrentar o sol para tirar o sustento.

“Ano passado a gente comprou mais barato e esse ano aumentou”, pontuou ao comentar sobre a logística de transporte dos produtos que vêm de fora do estado.

Em seu primeiro ano na Festa da Santa, Sandra da Silva conta que reservou um dinheirinho para investir na venda de calendários. Essa foi a forma que encontrou para trabalhar perto de casa, já que está desempregada. “Tô sem trabalhar, sem fazer nada em casa e como tenho filho vim vender”, concluiu.

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A fé atraiu devotos ao Morro da Conceição, Zona Norte, para o encontro com a padroeira afetiva do Recife (oficialmente a padroeira da Capital é Nossa Senhora do Carmo) nesta terça-feira (7), véspera do fim das homenagens à Nossa Senhora da Conceição. O tema escolhido neste ano prega união após um período de provações causado pela pandemia: "Aos pés da Imaculada Conceição do Morro, somos todos irmãos".

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Como medida sanitária mantida desde o ano passado, a entrada de fiéis permanece controlada e as velas são acesas por voluntários aos pés da imagem. 

Ao todo, 480 lugares são disponibilizados dentro da igreja e 320 cadeiras ficam do lado de fora para receber o público das missas campais.

A permanência dentro do santuário também segue limitada para que todos possam ter seu momento íntimo com a Santa.

Programação

Milhares de pessoas subiram o Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, para acompanhar a programação da 117° Festa do Morro, iniciada no dia 28 de novembro.

Mais duas missas são esperadas ao meio-dia e às 16h desta terça (7). Entre as celebrações, duas novenas foram marcadas às 10h e 14h.

O tradicional Momento Mariano ocorre a partir das 18h e a Novena Solene, que fecha a agenda do dia, inicia a partir das 19h30.

A quarta (8) é o Dia da Santa, que deve lotar o entorno do santuário de devotos que partilham o mesmo propósito de agradecer as graças concedidas e pedir proteção à Nossa Senhora da Conceição. 

As celebrações começam já na meia-noite e seguem de hora em hora ao longo do dia com transmissão simultânea pelo canal Santuário do Morro da Conceição no YouTube.

A carreata com a imagem de Nossa Senhora foi retomada após a suspensão de 2020. Antes de atravessar bairros do Recife, a concentração ocorre às 15h30, na Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo, área Central da capital, com saída programada às 16h. 

Após retornar ao santuário, a cerimônia de encerramento será ministrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, que fecha o ciclo de homenagens a partir das 19h30.

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A 116ª Festa de Nossa Senhora da Conceição chega ao fim nesta terça-feira (8). Por conta da pandemia da Covid-19, a celebração religiosa - realizada desde o dia 28 de novembro - não contou com procissões e atrações culturais este ano. 

Apesar do medo e dos protocolos de segurança, muitos fiéis subiram o morro para pagar promessas e agradecer a Nossa Senhora da Conceição pelas graças alcançadas. Confira imagens do último dia da festa:

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"Nossa Senhora da Conceição cura", é o que garantem os devotos da santa. Aos pés da imagem, no alto do Morro da Conceição, Zona Norte do Recife, o fiel João Batista dos Santos, de 52 anos, afirmava convicto ter sido curado de uma leucemia por graça da Virgem. Emocionado, ele fez questão de contar sua história.

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João Batista é morador de São Lourenço e veio ao Morro agradecer pela cura do câncer. Ele contou, em entrevista ao LeiaJá, ter sido diagnosticado com Leucemia há dois meses e ao saber do resultado dos exames, logo se apegou à santa. "Minha irmã disse que eu confiasse nela (na santa) e viesse aqui depois pra agradecer".

Na última semana, novos exames indicaram que o câncer teria desaparecido e, como havia prometido, o fiel veio ao Morro agradecer. "Deu tudo normal. Ela me curou. Não deixo de vir aqui mais nunca. Acredito muito nela".

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Nem o forte sol, nem o medo do coronavírus impediram os devotos de Nossa Senhora da Conceição de subirem o Morro, neste sábado (8), para reverenciar a Virgem. Este ano, por conta da pandemia, a organização da festa organizou filas no portão que fica aos pés da imagem para minimizar a aglomeração de pessoas no local.

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Esta é a primeira vez que a entrada dos fiéis no santuário é organizada dessa maneira. No portão C, voluntários controlam a passagem das pessoas e recolhem objetos e velas trazidos para receber uma benção. Segundo Elton Rodrigues, de 18 anos - há quatro trabalhando na festa -, a tarefa não tem sido muito simples. "Tem gente que insiste em entrar, mas a gente tenta organizar. Estamos fazendo isso para evitar aglomeração e o coronavírus". 

Pela quantidade de pessoas, algumas não aguentam esperar para chegar aos pés da santa e se ajoelham na fila mesmo. Após uma oração, ajoelhada no asfalto, Verônica Santos falou sobre sua devoção. Moradora do bairro dos Bultrins, em Olinda, ela vem de casa caminhando até a Zona Norte do Recife, há seis anos, para provar sua fé.

Segundo Verônica, a Virgem já a atendeu em inúmeras graças, algumas "impossíveis de acreditar" e a confiança nela é imensa. "Tudo é a fé interna. Ela é tão certeira que vários trechos do caminho são estranhos, mas sempre aparece alguém para me acompanhar e as pessoas esperam eu passar. Me sinto protegida".

Também aguardando na fila, Maria Adisa parecia satisfeita com a organização. Ela disse que a espera estava fluindo rapidamente e que valia à pena aguardar para chegar perto de Nossa Senhora da Conceição. "Venho todos os anos, todo ano deveria ser assim (com fila). Tudo vale à pena por causa da nossa fé. A fé nela é imensa".

A pandemia não abala a devoção à Nossa Senhora da Conceição, mas modificou a rotina de cerca de 300 voluntários da 116ª Festa do Morro, na Zona Norte do Recife. Em condições opostas, Ananda Duarte comemora a estreia como voluntária na celebração, enquanto Dona Maria José lamenta ter que interromper seus 45 anos de apoio à festa, por conta da Covid-19.

Aos 93 anos, Dona Maria José é natural de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, e lembra que ao chegar no Morro da Conceição, em 1975, ainda orava em uma simples capela, que deu lugar ao grandioso santuário. Desde então, a idosa mora ao lado da imagem da Santa e dedica suas conquistas à Virgem Imaculada.

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Incluída no grupo de risco da Covid-19, ela lembra do esforço em prol dos ciclos da padroeira afetiva do Recife e não esconde a frustração de estar longe da festa. Afastada dos trabalhos pela paróquia, Dona Maria tenta participar mesmo à distância e fez da casa um espaço para produzir de luminárias de garrafa pet, usadas no encerramento das homenagens, nesta terça-feira (8).

Acompanhe

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Em sua primeira experiência como voluntária, a integrante do grupo jovem da igreja, Ananda Duarte, de 17 anos, ficou responsável por reforçar a proteção sanitária dos fiéis na entrada e na mobilidade interna do santuário.

Envolta em um sentimento de gratidão, a estudante conta que é a única católica da família e garante que o cansaço dos dias de serviço é recompensado com o reconhecimento dos fiéis. Segundo a jovem, o contato com a fé das pessoas é um incentivo para participar da organização da Festa nos próximos anos.

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"Terço a partir de R$ 3, cinco fitas por R$ 1, R$ 5 faço dois calendários e a vela sai por R$ 2", é a proposta oferecida pelo ambulante Edvaldo Neto aos devotos de Nossa Senhora da Conceição. Em meio à crise financeira agravada pela pandemia, o desemprego é atenuado com a venda de artigos religiosos na 116ª Festa do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife. A oportunidade é recebida com a esperança de melhores condições em 2021. 

Em seu primeiro ano de vendas na Festa do Morro, Edvaldo trocou a rotina dentro dos coletivos pelo sol quente dos arredores do santuário. Sem certeza do retorno, investiu apenas R$ 800 e, mesmo com o público reduzido, sentiu potencial para seguir no ramo após o término da celebração. "Graças a Deus as vendas estão boas, pensava que ia ser ruim por causa da pandemia, mas a gente tá vendendo. Eu tô pensando em investir nisso daqui para continuar trabalhando", garantiu.

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Sem emprego formal há três anos, Edvânia Rodrigues divide espaço com outros vendedores de calendário na saída da Imagem. Nos últimos cinco anos, ela alterna os 11 dias da Festa com o marido e consegue vender até 150 calendários nos fins de semana mais movimentados. "Eu nunca ia imaginar que ia tá isso tudo, mas tá ótimo. O pouco com Deus é muito", agradeceu.

Assim como Edvaldo, o objetivo de Edvânia é aproveitar a movimentação de pessoas na visita à Virgem Imaculada. O dinheiro das vendas será investido no próprio negócio, após o abatimento das dívidas de início de ano. "Vou pagar as coisas dos meus quatro filhos e do meu netinho, e vou botar um negocinho para mim de pastel", almeja a moradora do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.

Por outro lado, os tradicionais barraqueiros reclamam da proibição deste ano imposta pela Diretoria Executiva de Controle Urbano do Recife (Dircon). "Eu sei que essa doença voltou com toda a carga, mas acontece que a pandemia só é pra gente? A gente podia colocar uma barraca aqui, outra com dois metros, mas ninguém colocou", criticou Nanci Fernandes.

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Ela trabalha na limpeza de uma unidade de saúde e conta que monta seu comércio todos os fins de semana do ano para complementar a renda. Com a restrição da Prefeitura, Nanci precisou alugar um terreno próximo a um dos acessos da igreja para não perder parte do seu rendimento habitual. "Não vai ser como eu vendo todo ano. Tá muito fraquinho, num tá vendendo nada. Tá pingando uma vela, uma água, uma santa" lamentou.

Com as dificuldades já previstas e o gasto fora do esperado, a comerciante conta que até os fornecedores espantaram-se durante as negociações. Em anos anteriores, ela lembra que comprava cerca de R$ 800 em artigos religiosos e, para 2020, adquiriu apenas R$ 257. "Ele chega falou assim, 'Nanci, só vai comprar isso?', eu disse 'claro, que não vou investir numa coisa que não sei como vou pagar'", relatou.

Para quem encerrava a comemoração com cerca de R$ 2.500 no bolso, Nanci faz planos, mas acredita que esse ano será difícil de alcançar o lucro projetado. "Sempre quando chega uma festa, a gente quer comprar uma televisão ou um objeto pra dentro de casa e fazer uma ceia mais reforçada, mas esse ano, infelizmente, não vai acontecer isso", queixou-se.

Em virtude da Covid-19, que já infectou 190.415 pessoas e matou 9.148 em Pernambuco, os administradores do santuário chegaram a enviar um ofício às paróquias da Região Metropolitana do Recife para que não haja romarias. Além da entrada restrita a cerca de 540 fiéis por missa, o acesso só é permitido com máscara de proteção e aferição da temperatura.

Os velários estão fechados ao público, oito pias foram instaladas na área interna e as cinco celebrações diárias são transmitidas simultaneamente no YouTube. Para esta terça (8), nove missas serão dedicadas à Santa.

As celebrações estão marcadas às 0h, 2h, 4h, 6h, 9h, 12h, 14h, 16h e o encerramento às 19h, com o culto presidido pelo arcebispo Metropolitano de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido.

Mesmo com a crise mundial da Covid-19, que acumula mais de um milhão e meio de mortes, a devoção por Nossa Senhora da Conceição atrai milhares de fiéis à Zona Norte do Recife, nesta terça-feira (8). Em celebração pela 116ª Festa do Morro, religiosos mais preocupados com aglomerações anteciparam as homenagens e foram surpreendidos com as normas sanitárias adotadas pelo santuário.

"Tá bem organizado, com muita orientação, mesmo com o fluxo de carros um pouquinho maior. A entrada aqui me surpreendeu, porque eu não esperava que fosse ter álcool e aferição de temperatura", relatou a nutricionista Larissa Amorim, que antecipou a visita à imagem da Santa na sexta-feira (4).

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Moradora do bairro de Parnamirim, também na Zona Norte, desde criança ela renova a fé no dia da Imaculada Conceição. Contudo, a tradição foi rompida pela pandemia neste ano. "Desde que me conheço por gente, venho aqui todos os anos com a família. Na verdade, a gente sempre vem no dia 8, mas com a pandemia, eu vim antes para receber a benção de Nossa Senhora", pontuou Larissa.

A festa da padroeira afetiva do Recife é reconhecida como um dos principais eventos do ciclo religioso do município e recebeu mais de 1,7 milhão de devotos em 2019. "Tenho uma devoção muito grande por ela. Todo ano eu venho pra festa dela e no ano passado, vim no dia dela mesmo, mas com essa pandemia eu vim antes", reforçou a dona de casa Nilza Teixeira, moradora de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana da capital pernambucana.

Apesar de não haver uma alta expectativa de fiéis presentes neste ano, a celebração de encerramento deve unir menos pessoas. Pernambuco está em alerta por conta do aumento dos índices da Covid-19. O estado totaliza 190.415 casos e 9.148 óbitos em decorrência do novo coronavírus.

Ainda que o vírus cause receio, há fiéis que participam pela primeira vez da celebração, como é o caso do empreendedor Wilson Silva. "Sempre acompanho de longe, esse ano resolvi vir. Como eu estou abrindo um pequeno empreendimento, então pedi a proteção dela para que tudo dê certo e prospere", relatou o autônomo, que saiu do bairro da Imbiribeira, na Zona Sul, para dar continuidade à devoção herdada da mãe.

Sem a disponibilidade de uma vacina eficaz contra a doença, a fé na Virgem é o remédio para a alma. "É uma doença que a gente não sabe como tratar. A gente não vê ela. É pelo ar, né? Aí a gente fica com medo [...] tem que se agarrar com a fé de que tudo vai dar certo e a gente vai sair dessa. A gente tem que ter fé", acrescentou Nilza.

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Em virtude da Covid-19, os administradores do santuário chegaram a enviar um ofício às paróquias da Região Metropolitana do Recife (RMR) para que não haja romarias. Além da entrada restrita a cerca de 540 fiéis por missa, o acesso só é permitido com máscara de proteção e aferição da temperatura.

Os velários estão fechados ao público, oito pias foram instaladas na área interna e as cinco celebrações diárias são transmitidas simultaneamente no YouTube. Para o ápice da comemoração, nesta terça, nove missas serão dedicadas à Santa.

As celebrações estão marcadas às 0h, 2h, 4h, 6h, 9h, 12h, 14h, 16h e o culto de encerramento às 19h, presidido pelo arcebispo Metropolitano de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido.

O Recife celebra, nesta terça-feira (8), o dia de Nossa Senhora da Conceição, considerado feriado municipal. Em virtude desta celebração, repartições públicas e centros comerciais alteram o seu horário de funcionamento. Alguns órgãos funcionam com ponto facultativo já a partir de hoje (7). Confira o que abre e fecha na capital pernambucana:

Comércio

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Lojas do Centro e demais bairros do Recife têm abertura facultativa, das 9h às 17h.

 

Ferreira Costa

As unidades no Recife (Imbiribeira e Tamarineira) abrirão das 9h às 19h.

 

Bancos

As agências estarão fechadas e retornam o expediente na quarta-feira (9). O recomendado é que a população busque canais alternativos, como o Internet Banking, caixas eletrônicos e o Pix.

 

Shoppings

ETC (Rosa e Silva/Graças): As lojas e praça de alimentação abrem das 12h às 18h. Cinema funciona com horário próprio, que deve ser conferido no site do Moviemax.

Boa Vista (Centro): Todas as lojas, quiosques e praça de alimentação abrirão das 11h às 19h. Cinema e Game Station possuem programação própria e abrirão normalmente.

RioMar (Pina): Funcionará das 10h às 22h. O setor de alimentação do piso L3 irá operar das 11h30 às 22h. Já os restaurantes e cafés do piso L1 poderão estender os horários de funcionamento, mas também operando a partir das 11h30. Cinema, Game Station e Game Box possuem programação própria.

Plaza (Casa Forte): Todas as lojas, o Game Station e as operações da Praça de Alimentação funcionarão das 10h às 22h. O cinema possui programação própria, disponível no site da UCI Kinoplex.

Recife (Boa Viagem): Todas as operações funcionarão das 10h às 22h.

Tacaruna (Santo Amaro): Todas as operações funcionarão das 10h às 22h. Cinema possui programação própria.

 

Detran

As unidades de atendimento em shoppings do Recife (Plaza, Recife, Tacaruna) estarão fechadas, bem como a sede da autarquia. O mesmo vale para as Ciretrans de Afogados da Ingazeira; Araripina; Belo Jardim; Belém de São Francisco; Bonito; Cabrobó; Canhotinho; Escada; Igarassu; Nazaré da Mata; Palmares; Paulista; Pesqueira; Sertânia e Timbaúba. As demais lojas funcionam normalmente.

 

Procon

Não haverá atendimento presencial na segunda-feira (7) e na terça-feira (8). Contudo, estão mantidas as audiências on-line já agendadas para esses dias e os protocolos de Reclamação e Denúncia através do site procon.recife.pe.gov.br.

 

Compaz

Os Compaz Eduardo Campos, Ariano Suassuna, Miguel Arraes e Dom Hélder Câmara e as Bibliotecas Municipais de Afogados e Casa Amarela estarão fechados nesta segunda-feira (7) e terça-feira (8).

 

Saúde

Nesta segunda (7) e terça-feira (8), a maior parte das Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas Tradicionais estarão fechadas e reabrem na quarta-feira (9). Apenas cinco Upinhas vão funcionar neste feriado: Upinha Governador Eduardo Campos (Bomba do Hemetério), Dr. Moacyr André Gomes (Morro da Conceição), Vila Arraes (Várzea), Prof. Dr. Hélio Mendonça (Córrego do Jenipapo) e Profª Dra. Fernanda Wanderley (Linha do Tiro).

Também estarão funcionando, durante o feriado, os serviços de urgência das Policlínicas Amaury Coutinho (Campina do Barreto), Agamenon Magalhães (Afogados), Barros Lima (Casa Amarela) e Arnaldo Marques (Ibura), além do Hospital Pediátrico Helena Moura (Tamarineira).

O Hospital da Mulher do Recife Dra. Mercês Pontes Cunha (Curado) terá funcionamento normal durante o feriado. O Centro de Atenção à Mulher Vítima de Violência Sony Santos, localizado em um anexo do HMR, também estará realizando atendimento multiprofissional. Para a realização de partos de risco habitual e denúncias de violência doméstica, também estarão abertas as Maternidades Barros Lima (Casa Amarela), Professor Bandeira Filho (Afogados) e Arnaldo Marques (Ibura).

As Academias Recife e as atividades esportivas oferecidas pela PCR no Geraldão não funcionarão nesta segunda e nesta terça.

 

Assistência Social

Nesta segunda e terça-feira, não funcionarão os serviços da Assistência Social realizados nos CRAS e CREAS, na Central de Cadastro Único (CadÚnico) e nos Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro POP). O Centro de Referência em Direitos Humanos Margarida Alves e o Centro de Referência em Cidadania LGBT do Recife também não funcionarão.

No dia em que os católicos celebram Nossa Senhora da Conceição também é o momento para adeptos da religião de matriz africana cultuarem o orixá Iemanjá. Nesta terça (8), a 43ª Panela de Iemanjá leva o sincretismo religioso e as homenagens à uma das mais cultuadas divindades do panteão dos orixás à praia do Pina, na Zona Sul do Recife, a partir das 19h.

A partir das misturas das culturas e religiões trazidas do continente africano, com as culturas européias, a figura de Maria foi associada a diferentes orixás. Em Pernambuco, Nossa Senhora da Conceição é associada a Iemanjá, entidade das águas e fertilidade, representada como sereia e sempre trajando vestimentas na cor azul. 

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A celebração desta terça (8) começa com o toque para Iemanjá, na Tenda Espírita José Maria José, localizada na Avenida Encanta Moça, no bairro do Pina, sob condução do pai de santo Josimar Salvador. Em seguida, o evento segue para a praia onde serão colocadas as panelas com oferendas à divindade.

Serviço

43ª Panela de Iemanjá 

Terça (8) - 19h

Toque na Tenda Espírita José Maria José (Avenida Encanta Moça - Pina), seguida de celebração na praia do Pina

Gratuito

 

A Prefeitura do Recife deu início ao cadastro do comércio informal para as festividades da 115ª Festa do Morro. Comerciantes que já trabalharam na festa têm entre os dias 4 e 14 de novembro para comparecer à sede da Regional Norte e os novos serão cadastrados entre os dias 20 e 22 do mesmo mês.

Todos os equipamentos licenciados serão divididos entre alimentação, brinquedos e artigos religiosos. Após o credenciamento, os comerciantes deverão trabalhar portando o documento de licenciamento durante todos os dias do evento, sempre nos locais indicados pela Dircon.

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As comemorações da Festa do Morro da Conceição tem início no próximo dia 28, com a Procissão da Bandeira, e vão até o 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição.

Os espaços destinados ao comércio ficarão distribuídos entre a Avenida Norte, as ruas Eugênio Samico e Oscar de Barros, a Praça do Trabalho, o Largo Dom Luis e o Morro da Conceição. Todos os comerciantes autorizados devem realizar o pagamento da taxa do uso e ocupação do solo, que varia de acordo com o tipo de equipamento utilizado.

O cadastro deve ser feito na sede da Regional Norte da Dircon, na Avenida Beberibe, 1020, no Arruda, no horário das 8h às 12h e 14h às 16h.

Para a inscrição dos comerciantes que já trabalharam na festa, é preciso levar, além do documento de identificação, a licença de comercialização do ano anterior. Os ambulantes que vão atuar no evento pela primeira vez devem levar um documento de identificação.

Os interessados em instalar brinquedos deverão comparecer no dia 7 de novembro, tendo documento de regularidade do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/PE), além de contrato de manutenção elétrica e mecânica.

Da assessoria

Está tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um projeto de lei que institui a festa do Morro da Conceição como patrimônio cultural imaterial do Estado. A proposta é do deputado Isaltino Nascimento (PSB).

O projeto que visa titular a Festa do Morro da Conceição como Patrimônio Imaterial de Pernambuco foi encaminhado pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Alepe para a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco em março de 2018.

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Na época, a Fundarpe emitiu nota técnica fundamentando a importância da Festa do Morro para os pernambucanos concluindo que o evento “é um bem cultural que atende aos requisitos para ser considerado Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco, pois é uma celebração portadora de valores, herança cultural e religiosa, e práticas que consubstanciam toda uma dinâmica ligada ao Patrimônio Cultural pernambucano nas suas dimensões material e imaterial”.

Agora serão feitas as discussões do texto nas comissões da Casa e seguirá para votação no Plenário. “Estamos ansiosos porque a festa do Morro é um momento muito rico de celebração e tradição para nós, que leva milhares de fiéis ao santuário. Mais especial ainda porque sou da região, nasci e fui criado no Alto José do Pinho, aos pés de Nossa Senhora da Conceição”, explica Isaltino.

A Festa do Morro

Já são 115 anos da Festa do Morro, que teve início em 08 de dezembro de 1904, quando foi inaugurado o monumento à Nossa Senhora da Conceição por cerca de 20 mil pessoas, uma multidão sem precedentes, considerando os 120 mil habitantes do Recife da época. Assim começava uma tradição secular de romarias e pagamento de promessas. Desde então, a data se tornou feriado municipal. A imagem de 5,5 metros de altura com 1806 kg foi trazida da França por navio e representa Maria Santíssima, toda vestida de branco, envolvida em um manto azul.

A Festa do Morro da Conceição, nasceu, por assim dizer, da conjugação das muitas individualidades, das mais íntimas relações com o sagrado e o profano, num cenário onde não se pode ignorar o sincretismo de culturas, de povos, de tradições religiosas, católicas ou não. É uma festa em que se avista um mar de devotos e de espontaneidades que se somam a gente agradecida, esperançosa, resignada e devota à santidade, à imagem, à santa, ao que ela representa.

O Recife recebe milhares de devotos e o morro todo se veste de azul e branco para homenagear Nossa Senhora da Conceição. Missas, procissão e shows são realizados e há toda uma mobilização para dar a estrutura para a realização do evento, incluindo fiscalização, transporte, trânsito e segurança.

*Com informações da assessoria

No dia em que é celebrada Nossa Senhora da Conceição, milhares de fiéis sobem o morro que abriga sua imagem e santuário como forma de agradecimento pelas graças alcançadas e para renovar a fé fazendo outros pedidos. Neste sábado (8), idosos, crianças, jovens e até cachorro fizeram o trajeto até o alto do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, em mais um ano de reverência à santa.

No colo da dona, a auxiliar administrativa Rita de Cássia, de 33 anos, o pequeno cachorro da raça pincher, Sarará,  de apenas 5 meses, ‘cumpria’ pela primeira vez o seu rito de fé.

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Vestido de azul, cor que simboliza o manto da santa, Sarará estava fazendo o trajeto para ‘pedir’ pela sua saúde. Rita contou que o animal adoeceu e ficou com um problema em uma das patas, chegando a precisar de internação em uma clínica veterinária. Agora, a proprietária de Sarará espera que Nossa Senhora possa interceder pela saúde do bicho. Para ela, levá-lo até à imagem da santa de sua devoção é “uma benção”.

Milhares de católicos reservam o dia 8 de dezembro para professar a fé e prestar homenagens à Nossa Senhora da Conceição. Mas, apesar de ser um dos símbolos da religião católica, pessoas de outras crenças, como a Umbanda e, até mesmo, da religião evangélica, também participam da festa seja lhe prestando homenagem ou trabalhando durante os dias destinados a ela no morro, na Zona Norte do Recife, que recebe seu nome.

Na subida principal do Morro da Conceição, o vendedor Sérgio Pereira comercializa quadros com imagens religiosas há 25 anos. Evangélico, ele não se incomoda em vender imagens de santos católicos; entidades da Umbanda, como Preto Velho; e orixás, como Iemanjá.

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“Os outros crêem em imagens, tudo bem. Cada qual com sua religião”, diz. Ele também revela que os quadros de Preto Velho são os mais procurados pelo público que sobe o morro, seguidos pelos de Iemanjá. “Dezembro é o mês dela, né?”, explica. Ele garante nunca ter sofrido qualquer tipo de preconceito dentro da festa católica por vender seus produtos.

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Interessado em um destes quadros de Preto Velho, o auxiliar de serviços gerais Luciano Araújo, acompanhado pela esposa, Liliane Maria, negociava com o vendedor. O casal é umbandista e Luciano disse gostar muito desta entidade. Mas, apesar de serem da Umbanda, os dois estavam subindo o morro para homenagear a santa católica. Luciano explicou os motivos: “Ela já me fez uma surpresa. Pedi por um emprego, eu confiei nela e ela me deu. Eu gosto de um ‘xangôzinho’, mas essa santa é muito boa”, disse sorridente.

Uma família moradora de uma casa localizada na metade da Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, na Zona Norte do Recife, escolheu uma forma diferente de professar sua fé em Nossa Senhora da Conceição. Há mais de uma década, os membros da família Nascimento preparam e distribuem mugunzá para os fiéis que acompanham a procissão. O ‘mimo’ começou como o pagamento de uma promessa e tornou-se tradição na família devota da santa.

A correria era grande dentro da casa da família Nascimento. Várias mulheres entravam e saiam com bandejas que levavam os copos cheios de mugunzá para os que seguiam com o cortejo religioso, que saiu do Forte do Brum, no Cais do Apolo, no Bairro do Recife. A iniciativa começou quando Ivete Maria fez uma promessa pedindo à Nossa Senhora da Conceição uma graça de saúde. Atendida, ela passou a distribuir munguzá, café e pão para quem passava acompanhando a procissão.

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O tempo passou e mesmo com o falecimento de Ivete, a família manteve o hábito. Para eles, esta é uma forma de prestigiar a santa da qual todos são devotos e, inclusive, várias das mulheres da casa foram batizadas em homenagem a ela. Como Maria da Conceição Nascimento que cozinhou “três tachos” de munguzá este ano, o equivalente a 300 copos. “Tudo pela fé”, disse apressada, enquanto enchia mais uma bandeja.

A sobrinha de Maria da Conceição, Thaís Alice, desloca-se do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, até a casa da tia, todos os anos, para ajudar na tradição familiar. Ela também é devota de Nossa Senhora e faz questão de estar presente junto aos seus.

Um outro tio de Thaís, Sebastião Ramos, acompanhava o movimento da calçada. Orgulhoso da manifestação de fé, ele disse o que recebe em troca: “A gente fica muito alegre e até com mais saúde. Nossa Senhora faz muito milagre”.

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