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Depois de dois anos sem acontecer em razão das restrições impostas pela Covid-19, a tradicional festa de Iemanjá volta a ocorrer nesta quinta-feira (2), no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

Desde a noite da quarta-feira (1º), uma multidão tem prestado homenagens à rainha do mar na Colônia de Pescadores Z1, que recebe as oferendas que serão levadas ao mar pela tarde.

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Em 2023, o evento completa 100 anos de realização com o tema “Odoyá, 100 anos de Festa e Reverência à Iemanjá” e programação organizada pela Prefeitura, por meio da Empresa Salvador Turismo (Saltur).

Nas primeiras horas de hoje, o presente chegou à Colônia de Pescadores, saindo do Terreiro Ilê Oxumarê, na Vasco da Gama. Este ano, a oferta remete à promoção da sustentabilidade e à preservação do meio ambiente: uma grande coroa ecológica à Rainha do Mar.

O presente será levado ao mar às 16h, na embarcação “Rio Vermelho”, para o “Buraco de Iaiá”, que é a localização exata de um buraco em formato de concha, a 3 milhas náuticas da terra, onde as oferendas são depositadas.

Patrimônio – A festa de Iemanjá foi tombada como Patrimônio Imaterial no ano de 2019, e reconhecida como Patrimônio Cultural de Salvador em 2020. Com processo realizado através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), o registro protege a manifestação na medida em que garante o compromisso de apoio, divulgação e a produção de conhecimento e documentação acerca da festa. A iniciativa teve como objetivo a elaboração de conhecimento cultural, fortalecimento e divulgação da celebração.

História - A tradição da festa em homenagem a Iemanjá teve início no ano de 1923, quando um grupo de 25 pescadores resolveu oferecer presentes para a mãe das águas. Nesta época os peixes estavam escassos no mar. Todos os anos os pescadores pedem a Iemanjá que lhes dê fartura de peixes e um mar tranquilo. Desde então, milhares de pessoas comparecem ao Rio Vermelho para prestar homenagens à Rainha do Mar.

Com informações da assessoria. Fotos: Jefferson Peixoto/Secom

Os elementos do Candomblé, religião de matriz africana, vão ganhar um espaço no universo dos super-heróis da Warner Bros. Pictures no filme ‘Iemanjá – Deusa do Oceano’. O longa é uma produção nacional independente resultante da parceria entre a Warner e a Ventre Studio. A direção é assinada por Carlos Saldanha, de ‘Cidade Invisível’ e franquias como ‘A Era do Gelo’ e 'Rio'; já a produção executiva do projeto leva assinatura de Camila Pitanga. 

O filme vai contar a história de Iemanjá, orixá bastante popular no Brasil, também conhecida como a Rainha do Mar. Com Ogum, o Deus da Guerra, como mentor, Iemanjá tentará entender seus poderes ao enfrentar Iansã, orixá cultuada como Deusa das Tempestades. O longa ainda não tem previsão de estreia. 

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Para dar corpo ao roteiro, o projeto escalou Renato Noguera, professor na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e pesquisador no Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, como consultor. O time criativo conta ainda com Ivan Reis, que atua no mercado de quadrinhos há mais de 25 anos, sendo 18 deles na DC Comics. É ele  o responsável pela identidade visual dos personagens do filme. 

 

Nesta terça-feira (2), muitas pessoas foram até às redes sociais para festejarem o Dia de Iemanjá. Com postagens exaltando a força da orixá, um dos principais símbolos de fé da cultura  brasileira, famosos usaram seus perfis na internet para celebrar a importância da data.

Nomes como Bruna Lombardi, Cauã Reymond, Daniela Mercury, Gilberto Gil, Isis Valverde, Regina Casé e Paula Burlamaqui realizaram publicações especiais. "Que a força das águas ecoe sobre nós, limpando toda maldade, toda dor, toda doença e nos enchendo de amor. Odoyá, Iemanjá", escreveu Paolla Oliveira.

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Veja:

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No dia em que os católicos celebram Nossa Senhora da Conceição também é o momento para adeptos da religião de matriz africana cultuarem o orixá Iemanjá. Nesta terça (8), a 43ª Panela de Iemanjá leva o sincretismo religioso e as homenagens à uma das mais cultuadas divindades do panteão dos orixás à praia do Pina, na Zona Sul do Recife, a partir das 19h.

A partir das misturas das culturas e religiões trazidas do continente africano, com as culturas européias, a figura de Maria foi associada a diferentes orixás. Em Pernambuco, Nossa Senhora da Conceição é associada a Iemanjá, entidade das águas e fertilidade, representada como sereia e sempre trajando vestimentas na cor azul. 

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A celebração desta terça (8) começa com o toque para Iemanjá, na Tenda Espírita José Maria José, localizada na Avenida Encanta Moça, no bairro do Pina, sob condução do pai de santo Josimar Salvador. Em seguida, o evento segue para a praia onde serão colocadas as panelas com oferendas à divindade.

Serviço

43ª Panela de Iemanjá 

Terça (8) - 19h

Toque na Tenda Espírita José Maria José (Avenida Encanta Moça - Pina), seguida de celebração na praia do Pina

Gratuito

 

A tradicional Festa de Iemanjá, celebrada anualmente no dia 2 de fevereiro em Salvador, agora é oficialmente Patrimônio Cultural da cidade. O título foi concedido neste sábado (1º), pela prefeitura da capital baiana, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM). 

"A Festa de Iemanjá leva a imagem de Salvador para o Brasil e o mundo. Esse é um título extremamente justo, e o bacana é que esse evento acontece às vésperas da celebração, realizado amanhã (02), embelezando e enriquecendo ainda mais o Rio Vermelho e a primeira capital do Brasil", afirma o prefeito de Salvador ACM Neto.

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O processo para tornar a Festa de Iemanjá Patrimônio Cultural de Salvador foi registrado em novembro de 2019, sob o nº 1002/2019, visando a inscrição da festa no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações da FGM. A notificação de abertura do processo, assinada por Fernando Guerreiro, presidente da FGM, foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 19 de novembro. 

O pedido partiu da OAB-BA e teve a declaração de anuência da Colônia de Pescadores Z1, responsável pela realização da festa. Para abertura do processo, a equipe técnica da Diretoria de Patrimônio e Humanidades consultou os pescadores do Rio Vermelho.

O registro é assegurado por meio da lei 8550/14 e constitui ações de valorização e reconhecimento da festa. O cortejo é realizado no meio do mar, com várias embarcações que levam presentes à Iemanjá e vem sendo promovido por pescadores desde a década de 1920.

*Com informações da assessoria 

No próximo sábado (7), a cidade de Olinda recebe dois eventos para celebrar Iemanjá e Nossa Senhora da Conceição. Em uma reafirmação do sincretismo religioso presente no país, a Caminhada Azul, promovida pelo Terreiro de Pai Edu, e a festa do Coletivo Amigos da Praia, na Praia da Santa, em Rio Doce, se juntam para um momento de louvação e celebração. O evento é aberto ao público.

Em sua 15ª edição, a Caminhada Azul sai do terreiro de Pai Edu, localizado no Alto da Sé, em Olinda, em direção à Praia da Santa, em Rio Doce. Lá, os participantes se juntam à festa organizada pelo Coletivo Amigos da Praia, no entorno da imagem de Iemanjá. Os dois eventos têm uma programação que conta com atividades culturais e religiosas. 

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Na Praia da Santa, a festa começa às 18h com apresentações de grupos afro. No terreiro de Pai Edu, a festividade começa às 19h, com o Toque para Iemanjá. Em seguida, os participantes saem em caminhada até Rio Doce, onde será feita a entrega de oferendas ao orixá. Haverá queima de fogos para marcar o encontro das duas celebrações, que acontecem com o apoio da prefeitura de Olinda. 

Serviço

Caminhada Azul

Sábado (7) - 18h

Terreiro de Pai Edu - Alto da Sé 

Praia da Santa - Rio Doce

Gratuito

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou ação civil pública contra a vereadora do Recife, Michelle Collins (PP). A parlamentar é acusada de discriminar religiões de matrizes africanas em publicação no Facebook feita no dia 4 de fevereiro de 2018. Na ocasião, ela expôs a realização de um evento evangélico onde dizia que estava participando e orando para “quebrar a maldição de Iemanjá" contra o mundo.

Na ação, o MPPE pediu que a Justiça condene a vereadora a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais coletivos e a reparar a violação à liberdade religiosa mediante uma publicação, na rede sociais, de um texto elucidativo sobre Iemanjá - que deverá ser fixada no topo da página por 30 dias.

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O documento é assinado pelo promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital, Westei Conde. Ele argumentou que Michelle extrapolou os limites do direito à liberdade de expressão quando publicou, nas suas contas oficiais, afirmações contra o orixá Iemanjá.

“Segundo a publicação Intolerância Religiosa no Brasil: relatório e balanço, de 2016, as religiões afro-brasileiras são as que mais sofrem com práticas discriminatórias, com 71% do total de casos. Portanto, a postagem realizada pela ré acerca de Iemanjá e seus seguidores contribui para a apologia ao ódio religioso, favorecendo a discriminação e até mesmo prática de crimes e outras formas de violência contra as religiosidades afro-brasileiras, seus praticantes e adeptos”, alertou Westei Conde.

Além disso, o promotor de Justiça ressaltou ainda que as consequências lesivas das publicações da missionária ultrapassam o plano meramente individual, atingindo toda coletividade, principalmente praticantes das religiões de matriz afro-brasileira.

Entenda o caso

A polêmica envolvendo a vereadora veio à tona no dia 6 de fevereiro de 2018 quando a comunidade Terreiro Axé Talabi, espaço de preservação do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, divulgou uma nota de repúdio a parlamentar por “propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades”.

A nota se referia a publicação feita no perfil da vereadora no Facebook dois dias antes. Depois da manifestação, Michele apagou a publicação e pediu desculpas. Mesmo assim, ela foi alvo de uma representação por intolerância religiosa na Câmara dos Vereadores, arquivada logo em seguida, de críticas e vaias no Carnaval do Recife, de protestos e desse inquérito civil do MPPE. Na ocasião, ela alegou ter feito a publicação “no exercício de sua fé” e que não teve intenção de ofender as religiões de matriz africana.

A declaração da vereadora Michele Collins (PP) sobre um ato evangélico para clamar e quebrar “toda maldição de Iemanjá” tornou-se alvo de um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A portaria [nº 001/2018], que pede a apuração dos fatos, foi publicada no Diário Oficial no último sábado (10) e é assinada pelo 7º promotor de Justiça de Defesa da Cidadania, Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Westey Conde.

No texto, o promotor diz que o inquérito foi instaurado "tendo por objeto a apuração dos fatos e circunstâncias e, conforme o caso, a adoção das demais medidas legais cabíveis, em virtude da possível violação do Direito Humano à Liberdade Religiosa das diversas comunidades de terreiro, perpetrada pela missionária Michele Collins, no evento intitulado 'Seminário de Intercessão em Recife'". 

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Na portaria, Westey Conde ainda determina que Michele Collins seja notificada e compareça ao MPPE para prestar esclarecimentos. Além dela, também serão notificados e ouvidos representantes da Igreja Família 61, a comunidade do Terreiro Ilé Àse Òrìsànlá Tàlábí, das Comunidades de Terreiro em Pernambuco, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outros. 

A polêmica envolvendo a vereadora veio à tona no último dia 6 quando a comunidade Terreiro Axé Talabi, espaço de preservação do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, divulgou uma nota de repúdio a parlamentar por “propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades”. A nota se referia a publicação feita no perfil da vereadora no Facebook dois dias antes. Depois da manifestação, Michele apagou a publicação e pediu desculpas. Mesmo assim, ela foi alvo de uma representação por intolerância religiosa na Câmara dos Vereadores e de críticas e vaias no Carnaval do Recife.

 

Nesta quinta-feira (8), a vereadora do Recife Michele Collins (PP) pediu novamente desculpas por causa de uma publicação feita no seu Facebook no último domingo (4). No texto, ela propôs uma “noite de intercessão pelo Brasil” que acontecia na orla de Boa Viagem. A parlamentar chegou a dizer que estava "clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá".

A declaração foi mal vista por muitos como a comunidade Terreiro Axé Talabi, que divulgou uma nota de repúdio a parlamentar por “propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades”. 

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Na nota desta quinta, Collins reiterou que não teve a intenção de ofender ninguém. “Amados, venho aqui em minhas redes sociais, diante de alguns comentários expostos ao meu respeito sobre uma publicação realizada de forma errada em minha página, esclarecer que em nenhum momento tive a intenção de ofender ou propagar qualquer mensagem de ódio religioso”, destacou. 

Collins também falou que “todos” sabem que ela é contra qualquer tipo de intolerância religiosa. “Inclusive já deletei a postagem daqui, na intenção de que mais ninguém se sentisse ofendido. Peço desculpas mais uma vez", destacou.

 

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) criticou o fato de a vereadora do Recife, Michele Collins (PP), ter feito uma declaração “vilipendiando a figura do orixá Iemanjá” em publicação no Facebook. Ao divulgar na rede social um evento evangélico que acontecia na Orla de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Collins escreveu que participava de oração “clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá lançada contra nossa terra”. Em seguida, retratou-se por meio de nota.

“Este tipo de pregação é uma pregação de ódio. Uma pregação de intolerância descabida, para um país que acolhe todas as crenças, toda diversidade humana, e o universo da religiosidade sempre foi muito bem acolhida pelo povo brasileiro”, declarou Edilson.

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O parlamentar ponderou a retratação de Michele, colocando-se como “muito feliz” diante do reconhecimento de que “houve um exagero”. “Mas é preciso que a gente preste muita atenção, porque vivemos em uma sociedade onde o ódio está estruturando muitas relações e é necessário que a gente, obviamente, sem perder as perspectivas da individualidade, da diversidade, é importante que a gente se atente para que haja um limite, e que a gente não ingresse em um ambiente de fundamentalismo que vai nos levar a guerra”, salientou, lembrando que felizmente o país não vive o que acontece em parte do Oriente Médio no quesito intolerância. 

“Felizmente, nós vivemos em um país onde essa realidade, para nós, é muito distante. Nós vivemos outras mazelas. As mazelas dos homicídios, dos assassinatos, da miséria, da desigualdade, mas, felizmente, nós não somos um país que tem grandes catástrofes naturais, e não tem essa chaga do fundamentalismo religioso que mata, maltrata e constrói uma cultura de intolerância”, disse. 

Nesta sexta-feira (2), o soteropolitano foi à praia do Rio Vermelho vestido de azul e branco, cores em homenagem à Iemanjá. Turistas de todos os lugares também estiveram presentes para fazer pedidos, tomar banho de pipoca ou de água de cheiro, levar flores, barquinhos de papel, comidas e até oferendas ou mesmo só para assistir os festejos de agradecimento à Janaína, Odoyá, Inaê, Dandalunda, Marabô, Sereia. Sim, esses também são alguns dos nomes do orixá.Devotos do catolicismo e do candomblé uniram-se durante todo o dia para fazer rituais, orações e renovar as energias. Iemanjá é mãe de todos os orixás, nas religiões de matriz africana é considerada rainha das águas e devido ao sincretismo religioso, também corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes.  Para quem esqueceu de comprar presentes como colares, anéis, pulseiras, e perfumes alguns desses itens foram comercializados durante a festa para presentear o orixá.A Sereia também é considerada padroeira dos pescadores que agradecem, pedem força e fartura para a família. A Colônia dos Pescadores Z1 entregou de presente para o orixá uma estrela-do-mar gigante e balaios com oferendas que foram deixadas por fiéis.A festa também é celebrada em outras praias de Salvador, porém no Rio Vermelho é o local tradicional e onde também se misturam o sagrado e as celebrações profanas. 

Uma idosa de 81 anos morreu após o barco em que estava virar em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador-BA, na tarde de sexta-feira (2). Eunice Menezes de Oliveira participava dos festejos de Iemanjá na Praia de Buraquinho e tinha ido fazer uma oferenda.

O Centro Integrado de Comunicação das Polícias Civil e Militar (Cicom) informou que a embarcação naufragou por causa das fortes ondas. Outras cinco pessoas estavam na embarcação, mas foram socorridas com vida. 

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Eunice recebeu os primeiros socorros ainda na praia, sendo encaminhada ao Hospital Menandro de Faria, segundo o Correio 24 Horas. A idosa deu entrada por volta das 17h, já sem sinal de vida.

A Prefeitura de Lauro de Freitas lamentou o ocorrido. Leia a nota oficial:

A Prefeitura de Lauro de Freitas se solidariza com a família de Dona Eunice Menezes Oliveira, 81 anos, e lamenta, profundamente, o acidente ocorrido no final da tarde desta sexta-feira (2), na Praia de Buraquinho. Dona Eunice, moradora de Cosme de Farias, em Salvador, e outras cinco pessoas estavam em um barco que adernou próximo à praia. Foram imediatamente socorridas pelos salva-vidas e retiradas do mar. Dona Eunice recebeu os primeiros socorros no local e depois foi encaminhada ao Hospital Menandro de Faria onde faleceu. Além dos salva-vidas e enfermeiros do município que prestaram atendimento às vítimas no local, a Prefeitura disponibilizou todo apoio à família de Dona Eunice.

No último dia do ano, os pernambucanos apostam em simpatias para ajudar a trazer boa sorte ao novo ano. São pessoas de todas as idades e classes sociais que aproveitam para fazer rituais dos mais simples aos mais elaborados, na esperança de garantir boa sorte e realizações no ano que vai iniciar. Os mercados públicos e lojas de artigos religiosos ficam cheios de clientes em busca de produtos e receitas.

No Mercado de São José, centro do Recife, as barracas oferecem uma imensa variedade de plantas, ervas e objetos que garantem espantar a má sorte. O vendedor Edvaldo Cavalcanti diz que os mais procurados são as ervas para banhos e flores para serem oferecidas na praia (para o orixá Iemanjá). Já Morena, também vendedora da área, não só vende as folhas como também ensina aos compradores algumas receitas. Para ter um bom ano, ela recomenda banho de carrasco, lacre, manjerioba, arruda, abre-caminho, tipim e nova-arisco. "Basta misturar todas as plantas num balde d´água e jogar do pescoço pra baixo", explica. 

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Para arrumar um namorado, ou namorada, o banho deve levar macassa, patchuli e levante. O diferencial é que este, segundo Morena, pode ser feito em qualquer período do ano. A vendedora também é adepta das 'mandingas' na hora da virada, "Eu tomo banho de descarrego e defumo minha casa com ervas.", disse ela. 

Outra tradição bastante difundida no réveillon é a de entregar oferendas na praia para Iemanjá, orixá conhecida como rainha do mar. Numa loja de artigos religiosos, nos arredores do Mercado de São José, os itens mais procurados nesta época do ano são os barquinhos e panelas ornamentados. Para completar a oferenda, são colocados perfumes, sabonetes, pentes e velas. 

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Fé nas cores

Além das ervas para os banhos e itens para oferendar aos deuses, há aqueles que acreditam que as cores das roupas usadas na virada podem auxiliar para que o ano seja melhor. O branco é a cor tradicional e mais vista nas festas da época, acredita-se que ele traga paz para quem vesti-lo. 

O público feminino aposta também no colorido das roupas íntimas. Cada cor tem um significado e representa um desejo - vermelho para quem almeja paixão, rosa para um novo amor e azul para tranquilidade. Segundo Dona Eliane, vendedora de roupas do comércio popular do centro do Recife, as lingeries mais vendidas para o réveillon são a branca e amarela. A primeira para garantir harmonia e paz e a segunda para pedir dinheiro e riqueza. 

As propagandas espalhadas por vias movimentadas do Recife e nos jornais chamam atenção. “Trago seu grande amor em 130 dias”. Outros comerciais são “menos otimistas” e apenas apresentam o serviço: “jogam-se tarô, cartas e búzios”. Independente da propaganda, os serviços místicos ou religiosos são comuns e há anos mechem com a fé e a crença da sociedade. Se são verdadeiros ou se não há nada de verídico sobre eles, não consigo responder. Porém, é fato que muita gente ganha dinheiro com esse trabalho e cada vez mais tem a aceitação de novos clientes. E, justamente por alguns desses cartazes, que o LeiaJá foi conhecer a história de Sarah de Iemanjá.

Boa Viagem, Zona Sul do Recife. É na área nobre que funciona uma das “unidades” de trabalho da Sarah de Iemanjá. Antes de chegar ao local, nossa reportagem imaginou a personagem como uma senhora velha, de cabelos brancos. Contrariando todos, Sarah é uma jovem de 30 anos, pele levemente bronzeada, cabelos loiros, lisos e compridos, e com uma vaidade à tona: maquiada, cheia de joias, batom de forte cor vermelha, vestido branco, com as pernas a mostra e um corpo esbelto. “Não gosto de mostrar meu rosto porque as pessoas têm a imagem da Sarah velha, uma idosa cheia de rugas. Por eu ser nova, se colocasse meu rosto nas propagandas, talvez não passasse tanta credibilidade”, conta a jovem, que é descendente de ciganos.

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Natural de Salvador, na Bahia, desde os 7 anos ela mora em Pernambuco. Nessa idade, a cartomante conta que recebeu a irradiação de Iemanjá, se consagrando como filha do orixá. Ainda criança, ela começou a atender o povo, assim como sua mãe, que já desempenhava o trabalho. Porém, foi aos 18 anos que Sarah ganhou destaque como cartomante e cigana, viajando todo o Brasil realizando o trabalho. Atualmente, ela concentrou seus serviços em Pernambuco, com atendimentos no bairro do Janga, na cidade de Paulista, Região Metropolitana, e na própria unidade de Boa Viagem. “Tirei meu diploma com 18 anos. Não é algo exigido pelo Ministério do Trabalho, mas, é um documento de certificação dado por federações religiosas”, frisa a jovem.

No apartamento em Boa Viagem, assim como na unidade do Janga, para se consultar com a filha de Iemanjá é preciso agendar. Os atendimentos não têm tempos determinados, uma vez que variam de cliente para cliente, conforme o problema e o “corpos carregados”. Porém, os preços são muito bem definidos. O jogo de búzios, em que o orixá – intermediado pela Sarah – confirma fatos para os clientes, mas sem descrever nomes e números, custa R$ 90. Já as cartas ciganas, que segundo a cartomante desvenda coisas do passado e fala do presente, têm um valor de R$ 120 por consulta. O tarô, classificado como cartas mais complexas, trabalha o mapa astral da pessoa. Quem precisa desse serviço tem que desembolsar um valor de R$ 150. “Meu preço é mais caro porque meu serviço é de qualidade. Aqui, o cliente só paga pela consulta. O trabalho feito para organizar a vida das pessoas, após as consultas, é de graça”, comenta Sarah. Assim como num comércio - apesar da Sarah não descrever seu trabalho dessa forma -, até com cartão de crédito os clientes podem pagar pelas consultas. Curiosamente, os adesivos das bandeiras dos cartões ficam próximas a imagem de uma santa.

De acordo com a religiosa, os valores cobrados nas consultas servem para a manutenção de seus estabelecimentos e de sua vida familiar. A jovem já trabalhou em outras áreas, porém, é no “mundo das adivinhações” que quer continuar. Casada com um advogado e mãe de um garoto de oito anos, Sarah de Iemanjá é ciente da desconfiança e preconceito de muitas pessoas, entretanto, seu trabalho continua firme e forte e com perfis de clientes bem definidos. “Atendo, por dia, em torno de nove clientes. Meu público é formado por homens e mulheres de 40 a 50 anos. Geralmente eles me procuram para tirar dúvidas do que já sabem. Outros querem trabalhos sobre relacionamentos amorosos, mas, também temos um bom número do mundo dos negócios”, explica. Segundo ela, juízes, empresários, políticos, jogadores de futebol e até médicos estão entre seus clientes.

Clientes convictos, desesperados e os esperançosos

“O agir a tempo salva muitas vidas”. O depoimento é de uma cliente antiga da Sarah de Iemanjá, que conversou com a nossa reportagem enquanto a cartomante realizava um atendimento. A mulher de 58 anos e que se diz secretária, contou que há dois anos procurou os serviços para saber se um tio que estava com uma doença terminal iria sobreviver. De acordo com a cliente, Sarah confirmou que o homem não morreria. “Meu tio era uma caveira ambulante. Hoje, ele está vivo e muito bem. Desde então nunca deixei de procurar a Sarah. Nem sei dizer quanto paguei até aqui. Mas, você renovar sua espiritualidade não tem preço”, disse a cliente.

Indicada por uma amiga, Suely Maria da Silva, 53, que cuida de crianças em uma escola privada, foi pela primeira vez receber a consulta da Sarah. Ela intercedeu pela filha, que há anos sobre com depressão. “Me informaram que a Sarah é uma pessoa boa. Eu pago o que for para ver a minha filha bem. Espero que Deus faça que ela fique bem”, falou Suely. Logo depois do atendimento dela, uma amiga, que não quis ser identificada, aprovou o serviço místico. “Achei ótimo. Vi coisas que fiquei muito surpresa. A Sarah só me fez confirmar o que já sei”, contou, afirmando que pagou R$ 100 pelo serviço e que vai voltar várias vezes.

Teologia – Para o teólogo Carlos Moreira, que há 30 anos trabalha na área, religião e negócios sempre “andaram juntos”. “Lhe dar com o sagrado, seja de qualquer origem, sempre foi um bom negócios”, explica. Segundo eles, a busca pelo futuro e o místico fascinam as pessoas, fato que eleva a procura dos clientes.

Moreira, como teólogo e religioso, não é a favor dessas cobranças. “Não sou favorável. Eu acho que religião não deve se misturar com negócios”, opinou o teólogo.

Em comemoração ao Dia de Iemanjá, comemorado em dois de fevereiro, a festa Odara Ôdesce - conhecida por trazer no seu repertório muita música brasileira - realiza, neste sábado (2), uma edição em homenagem à divindade da água. A festa acontece no esquema sold out, no Catamaran, no Bairro de São José, a partir das 16h e tem como mote a cor azul, remetendo a Iemanjá.

O evento, que é comandando pelas DJs Lala K e Allana Marques, traz no set list músicas tropicais que vão de Caetano Veloso a Otto, Mundo Livre S/A, Eddie e Nação Zumbi. Os ingressos custam R$ 20 (antecipado promocional) e já estão sendo vendidos nas lojas Tax e Avesso e pelo site Eventick

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Serviço

Festa Odara Ôdesce em homenagem a Iemanjá

Sábado (2), 16h

Catamaran (Bairro de São José)

R$ 20 (antecipado) e R$ 30 (na hora)

TEXTO Jullimaria Dutra   EDIÇÃO Raquel Monteath

Na beira da praia, o balanço do mar contínuo leva o barco cheio de oferendas. Em um cortejo que envolve homens, mulheres, idosos e crianças - em sua maioria, seguidores do candomblé ou do catolicismo -, uma celebração religiosa acontece em todo o Brasil e presentes são jogados nas águas para ela, a Rainha do Mar.

E é assim todo dia dois de fevereiro. Os pedidos e oferendas para Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora dos Navegantes (em um paralelismo com a religião Católica) são realizados. Comemora-se nesta data o dia de uma das orixás que fazem parte da Mitologia Africana: Iemanjá. Na Umbanda, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, ela é considerada a mãe de todas as cabeças humanas.

A santa, cujo nome deriva da expressão Iorubá “Yèy Omo ejá” (Mãe cujos filhos são peixes) é um orixá africana, conhecida por todos como Rainha dos Mares. Na mitologia Yoruba, a dona do mar é Olokun que é mãe de Yemojá, ambas de origem Egbá que é cultuada em muitos países e por variados nomes - inclusive na África, onde seu nome Aiocá significa “terras misteriosas da felicidade e imagem das terras natais”.  

Durante o período da escravidão no Brasil, os negros africanos passaram a usar o pseudônimo de Iemanjá e encontraram na maneira mais branda - o “sincretismo”, que é a fusão de doutrinas de diversas origens – uma forma de perpetuar os cultos tradicionais sem a intervenção dos seus senhores, que consideravam inadmissíveis as manifestações pagãs em suas propriedades, por terem uma formação religiosa católica.

No País, o culto a Iemanjá ganhou o gosto popular e foi difundido das religiões afro-descendentes para o meio artístico. São inúmeras as composições de autoria popular para saudar “Janaína do Mar”, assim como canções litúrgicas. Adriana Calcanhoto, Otto, Marisa Monte e Maria Betânia são alguns dos que reverenciam em suas letras e interpretações a santa, que ganhou o mundo com a imagem vestida, ora de azul ora de verde, de seios fartos (que remete à fertilidade) e de beleza escultural.

(...) Perfume, flor, espelho e pente
Toda sorte de presente
Para ela se enfeitar
Como se saúda a Rainha do Mar?
Como se saúda a Rainha do Mar?
Alodê, Odofiaba,
Minha-mãe, Mãe-d'água,
Odoyá!
Qual é seu dia,
Nossa Senhora?
É dia dois de fevereiro
Quando na beira da praia
Eu vou me abençoar (...)

(Canto de Oxum - Maria Bethânia)

Conhecida por ser vaidosa, os seguidores da deusa da fertilidade a presenteiam, quase sempre, com espelhos, pentes, flores, colares e brincos para agradá-la. Alguns entendem que, se ela devolve o presente jogado ao mar, significa que o desejo não será realizado. Por esta razão, há pessoas que soltam suas oferendas apenas em alto mar, evitando que seus pedidos não sejam realizados.

O etnólogo e fotógrafo franco–brasileiro, Pierre Verger, em seu livro Dieux D’Afrique registrou: “Iemanjá é o orixá dos Egbá, uma nação ioruba estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. Com as guerras entre nações, os iorubas levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo objetos sagrados, suportes do axé da divindade e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o orixá do ferro e dos ferreiros”.

A versão de Verger foi introduzida no País e Iemanjá passou a ser representada como a mãe que protege os filhos a qualquer custo; a mãe de vários filhos e peixes, que cuida de crianças e animais domésticos.

Na cidade de Salvador, no Estado da Bahia, acontece uma das maiores festas do Brasil em sua homenagem. A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até o templo-mor, localizado próximo à foz do Rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas.

Já no Recife, em Pernambuco, o dia de Iemanjá é comemorado em oito de dezembro, mas no dia dois de fevereiro existem pequenas celebrações referentes à deusa dos mares, muito embora a maior parte dos terreiros e cultos sejam direcionados ao orixá Oxúm, representado no catolicismo por Nossa Senhora da Saúde. A costureira D. Enilda Dutra, moradora do bairro do Arruda, há mais de 30 anos frequenta terreiros de Umbanda. “No Recife, a data não é tão celebrada quanto em Salvador, pois o dia em que comemoramos é o de Nossa Senhora da Conceição, em dezembro. Mas existem alguns locais na cidade que celebram, em fevereiro, a data de Iemajá”, explica.

Ainda no mês do fevereiro, Iemanjá é também cultuada em diversas praias brasileiras. Uma manifestação que reúne milhares de pessoas, das mais variadas condições sociais. Negros, brancos, ricos, pobres se encontram e curvam-se em reverência às mãos dos orixás, em busca de crescimento e da proteção espiritual.

Saiba mais sobre a Rainha do Mar:

Dia: Quinta-feira
Data: 2 de fevereiro
Metal: prata e prateados
Cor: prata transparente, azul, verde água e branco
Comida: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá
Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do mar
Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras

Confira a riqueza da festa de celebração à Iemanjá em Rio Vermelho, na Bahia:


Serviço

Recife:
Panela de Iemanjá
Local: Brasília Teimosa
Horário: 19h

Salvador:
Mirante Yemanjá
Atrações: Batifun e Filhos de Jorge
Local: Terraço Hotel Golden Tulip, Rio Vermelho
Horário: 13h
Ingressos: R$ 150 (só a festa) e R$ 270 (festa + hospedagem) - ALL INCLUSIVE
Vendas: Ticketmix/ Tri Tour Eventos

Festa Odoyá Yemanjá
Atrações: Alexandre Peixe, Psirico e Magary Lord
Local: estacionamento da Villa Forma
Horário: 14h
Ingressos: Arena – R$ 50 (feminino) e R$ 60 (masculino) / Front Stage – R$ 90 (feminino) e R$ 120,00 (masculino) - ALL INCLUSIVE
Vendas: Padaria Bar, Academia Villa Forma (Rio Vermelho) e Ilha exclusiva de venda no Shopping Iguatemi

Oferendas - Dia de Iemanjá
Atrações: Bloco de hoje a 8, Marcela Bellas, DJs Pavlos Neptune, Camilo Fróes, Riffs, Suki 4 Tons, Bankiva e Maira 16 Toneladas
Local: Orla do Rio Vermelho - Rua da Paciência
Horário: 12h
Gratuito

Festa de Yemanjá
Atrações: Banda TH e Nata do Samba
Local: Zen - Dining & Music (Rio Vermelho)
Horário: 12h
Ingressos: R$ 90 (feminino) e R$ 120 (masculino) - ALL INCLUSIVE

Feijoada Terra & Mar
Atrações: Roney e Raney, samba Clube e Dj Nenga
Local: Moema Batataria
Horário: 13h
Ingressos: R$ 80 (feminino) e R$ 120 (masculino) - ALL INCLUSIVE

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