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O ex-deputado estadual Edilson Silva anunciou que vai ingressar no PCdoB. O ato de filiação será na próxima segunda-feira (7), às 18h, no Jardim Aurora, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Edilson, que não conseguiu ser reeleito em 2018, deixou o PSOL em maio deste ano, com duras críticas internas

Ao anunciar a escolha do partido, o ex-deputado disse ter escolhido o PCdoB por ter, na sigla, espaço para defender a democracia e o Estado de Direito. 

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“O momento que vivemos, no Brasil e no mundo, exigem defesa implacável da democracia e do Estado de Direito, e para tanto exige também disposição sincera e profunda de construção de uma ampla unidade política e social na defesa dos patamares civilizatórios alcançados pela humanidade até aqui, nas ciências, nas artes, no senso humanitário, nas liberdades fundamentais. O PCdoB é o partido cuja história, já quase centenária, o autoriza, por coerência, a cumprir papel de grande autoridade política nesta missão”, descreveu Edilson.

Além de Edilson, o grupo político que o acompanha e deixou o PSOL na mesma época também vai se filiar ao PCdoB. Na época, quem também anunciou a desfiliação foram lideranças como a ex-presidente da legenda em Pernambuco Albanise Pires e a ex-dirigente estadual, Gaby Conde. 

Após se desfiliar do PSOL - partido que ajudou a fundar - no último mês de maio, Edilson Silva caminha para seu ingresso no PCdoB. Neste trâmite de mudanças, o pernambucano conversou com o governador Paulo Câmara (PSB) nesta semana.

A conversa foi medida pelo PCdoB, partido que tem a vice-governadora Luciana Santos como uma de suas principais lideranças no estado. Ainda não há nenhuma definição, mas Edilson parece estar se articulando bem.

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Enquanto psolista, Edilson exerceu a presidência da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (função que atualmente está destinada ao mandato coletivo Juntas, do PSOL).

Em 2018 Edilson não conseguiu reeleger seu mandato de deputado estadual e, agora, se articula para uma possível disputa a uma cadeira na Câmara de Vereadores no próximo ano.

A direção do PSOL em Pernambuco divulgou uma nota, nesta terça-feira (7), rebatendo as críticas do ex-deputado estadual Edilson Silva e da ex-presidente estadual do partido Albanise Pires, que anunciaram a desfiliação da legenda nessa segunda-feira (6). No texto, a direção diz que não foi uma surpresa o desembarque dos dois e de mais três pessoas, apesar de não ter sido comunicada formalmente.

Edilson, Albanise e os demais acusaram a direção do PSOL-PE de perseguição, mesquinhez e desejo de apagar a história de militantes históricos.

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A nota observa que o grupo já não frequentava mais os espaços deliberativos da legenda “se ausentando completamente da vida partidária” já há alguns meses e  pontua que, ao contrário da acusação de perseguição feita por eles, a direção “respeita a democracia interna”.

“O nosso partido tem um compromisso firme com a democracia interna, sendo garantido espaço a todas e todos, inclusive no processo eleitoral, no qual foi garantida a igualdade de inserção de TV de todas as figuras públicas do partido”, diz a nota. No comunicado da desfiliação, o grupo diz que Edilson sofreu com a falta de tempo de TV na campanha em busca da reeleição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Além disso, a direção do PSOL de Pernambuco ressalta que cresceu com a eleição de 2018 e “vem cada vez mais atraindo diversos setores dispostos a trabalhar pela reorganização do campo da esquerda”.

“Ao passo que respeitamos a decisão das/os que optaram por sair de nossa legenda, reafirmamos o PSOL como um dos principais instrumentos de luta e de resistência contra a  reforma ultraliberal que ataca a seguridade social e beneficia o capital financeiro, combatendo todos os retrocessos que governos conservadores tentam implantar no país”, ressalta a nota.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO PSOL PERNAMBUCO SOBRE A DESFILIAÇÃO DE ALBANISE PIRES E EDILSON SILVA

A Direção Estadual do Partido Socialismo e Liberdade em Pernambuco recebeu, sem surpresa, a notícia da da saída dos ex-dirigentes Edilson Silva e Albanise Pires, Gaby Conde entre outros, do seu quadro de filiados.

Apesar de não terem comunicado formalmente as instâncias, o partido tem percebido o afastamento deste grupo político da nossa sigla, uma vez que já há alguns meses os mesmos não frequentavam mais os espaços deliberativos da legenda, se ausentando completamente da vida partidária.

O nosso partido tem um compromisso firme com a democracia interna, sendo garantido espaço a todas e todos, inclusive no processo eleitoral, no qual foi garantida a igualdade de inserção de TV de todas as figuras públicas do partido.

O PSOL cresceu consideravelmente no estado, tendo nossa candidata ao governo em 2018 recebido quase 5% dos votos válidos, além da votação recorde das Juntas Codeputadas estaduais, todas mulheres e em sua maioria negras e vem cada vez mais atraindo diversos setores dispostos a trabalhar pela reorganização do campo da esquerda.

Ao passo que respeitamos a decisão das/os que optaram por sair de nossa legenda, reafirmamos o PSOL como um dos principais instrumentos de luta e de resistência contra a  reforma ultraliberal que ataca a seguridade social e beneficia o capital financeiro, combatendo todos os retrocessos que governos conservadores tentam implantar no país.

As pautas historicamente defendidas pela esquerda brasileira seguem sendo as nossas principais bandeiras. Seguimos sonhando e construindo uma sociedade mais justa, livre e igualitária.

O ex-deputado estadual Edilson Silva anunciou sua desfiliação do PSOL. Além dele, a ex-presidente estadual Albanise Pires e mais três militantes deixam o partido. Em nota divulgada na noite dessa segunda-feira (6), o grupo pontua que a atual direção da legenda, que tem como presidente Severino Biu, está "voltando suas energias para perseguir militantes e lideranças do próprio partido". 

No texto, eles alegam que "a intenção com estas perseguições e menosprezo por lideranças que sempre se colocaram à disposição do partido tem o nítido propósito de criar um ambiente inabitável para os que supostamente ameaçam a hegemonia dos que hoje formam o condomínio de poder neste partido no Estado".

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O grupo também faz um balanço das eleições de 2018 e lista que não houve espaço no pleito para nomes como o de Albanise Pires despontar na disputa. Ela concorreu ao cargo de senadora, em uma chapa majoritária formada apenas por mulheres. O comunicado cita também a falta de recursos para a campanha à reeleição de Edilson, que foi o primeiro nome do PSOL a conquistar um mandato no legislativo estadual. Tanto Albanise quanto Edilson são fundadores do partido em Pernambuco.

"Não recebeu da direção estadual nenhum recurso para desenvolver sua campanha, somado ao fato desta mesma direção estadual buscar na Justiça o pagamento de débitos irreais do agora ex-deputado", conta o texto, que aponta ainda a existência de uma resolução que torna Edilson Silva inelegível pela legenda.

"São fatos que demonstram uma mesquinhez que não se coaduna com a palavra de ordem 'ninguém solta a mão de ninguém'. No PSOL em Pernambuco estão decepando mãos. No caso, de referências negras e mulheres", alfineta a nota acrescentando. 

Com um tom duro e ácido, o grupo observa ainda que as novas lideranças chegadas ao partido querem "apagar rostos, biografias, estabelecendo narrativas em que jogam na lata do lixo da história os duros momentos de construção deste partido em Pernambuco" e pontua que o partido se tornou um "ambiente tóxico".

Por fim, Edilson, Albanise, Gabrielle Conde, George Souza e Gilberto Borges (Gojoba) - todos ex-membros de Executivas do PSOL - afirmam que vão continuar na luta e anunciam a criação de um coletivo chamado Refazendo para seguir na "resistência popular e encontrando caminhos para a construção de uma democracia adequada ao nosso tempo, uma sociedade humanista e libertária". 

Confira o texto na íntegra:

PORQUE SAÍMOS DO PSOL E PARA ONDE VAMOS

Os que assinamos este manifesto somos fundadores/as do PSOL, dirigentes e militantes que nos somamos no transcorrer da caminhada de construção deste partido em nível nacional e em Pernambuco.

No momento em que o PSOL pode e deve exercitar sua máxima generosidade política, frente ao crescimento da extrema direita no país e no mundo, e quando o partido aumenta substancialmente seu fundo partidário e eleitoral, lamentavelmente a direção do partido em Pernambuco faz o oposto, voltando suas energias para perseguir militantes e lideranças do próprio partido. A intenção com estas perseguições e menosprezo por lideranças que sempre se colocaram à disposição do partido tem o nítido propósito de criar um ambiente inabitável para os que supostamente ameaçam a hegemonia dos que hoje formam o condomínio de poder neste partido no Estado.

A falta de espaço no processo eleitoral de 2018, constrangendo uma liderança histórica do partido  como Albanise Pires; uma liderança e referência emergente como Gaby Conde; o então deputado Edilson Silva, que teve a aparição de seu nome e número negados pela direção do partido nas propagandas na TV e Rádio e não recebeu da direção estadual nenhum recurso para desenvolver sua campanha, somado ao fato desta mesma direção estadual buscar na Justiça o pagamento de débitos irreais do agora ex-deputado, são fatos que demonstram uma mesquinhez que não se coaduna com a palavra de ordem “ninguém solta a mão de ninguém”. No PSOL em Pernambuco estão decepando mãos. No caso, de referências negras e mulheres.

O balanço eleitoral de 2018, feito pela direção partidária, demonstra também que um dos objetivos desta maioria política que se instalou, em sua amplíssima maioria recém-chegados ao PSOL, é apagar a história do partido no Estado e com isso apagar também a memória das referências políticas desta história. Querem apagar rostos, biografias, estabelecendo narrativas em que jogam na lata do lixo da história os duros momentos de construção deste partido em Pernambuco, quando não se tinha fundo partidário, quando era quase impossível se fazer uma oposição à esquerda à avassaladora hegemonia local da Frente Popular, com lideranças como João Paulo na Prefeitura do Recife, Luciana Santos em Olinda, Eduardo Campos no governo estadual e Lula na presidência.

O PSOL em Pernambuco tornou-se assim um ambiente tóxico para os que estão desalinhados com esta postura. Membros da direção alardeiam que há resolução interna, secreta, pois não publicada, que torna o ex-deputado Edilson Silva inelegível pela legenda.

Diante de tais posturas, principalmente, mas também por compreender que isto revela uma limitação estratégica, de não visualizar os ataques que a extrema direita e a direita tradicional estão desferindo contra o povo, como a reforma da previdência, a guerrilha cultural e institucional contra a educação pública e laica, a reforma eleitoral que estabelece cláusulas de barreira que impõe aos partidos menores zelar pelos seus quadros públicos, dentre tantos outros pontos, decidimos nos afastar do PSOL, nos desfiliando.

Apesar de tudo, deixamos no partido grandes amizades e respeito enorme por muitas de suas lideranças, sobretudo nacionais. E reconhecemos os esforços da Direção Nacional no sentido de dirimir atritos, mas também reconhecemos a sua impotência diante de um partido que se digladia em lutas internas autofágicas, que estão fazendo o partido experimentar perda de quadros políticos importantes. Não fosse o destempero e miopia da direção partidária em Pernambuco, sabemos que teríamos condições de seguir militando, mesmo com diferenças, no PSOL. Por isso seguimos entendendo o PSOL como um partido importante da esquerda brasileira e uma organização com a qual nos encontraremos nas lutas sociais e nos arranjos políticos necessários para a ampla unidade dos que pugnam por justiça social e liberdade.

Seguiremos na luta, pois esta é nossa essência. Vamos sugerir inicialmente aos que conosco caminham a criação de um Coletivo, cuja proposta de nome é COLETIVO REFAZENDO, com o qual seguiremos militando, dialogando com a população, com a militância, produzindo análises, nos somando à resistência popular e encontrando caminhos para a construção de uma democracia adequada ao nosso tempo, uma sociedade humanista e libertária.

A denominação REFAZENDO sugere para nós repensar as estratégias da esquerda diante de uma sociedade que se digitalizou e cuja consequência mais visível até aqui foi colocar em discussão a própria marcha civilizatória da humanidade, com forças de extrema direita emergindo em todos os continentes, o que exige de nós refazer diagnósticos e caminhos. Sugere também refazer posturas na micro e macro política, na disputa de hegemonia, sem os conhecidos preconceitos e arrogâncias das esquerdas mais radicais. Este é o início do debate ideológico e político que queremos e vamos fazer com os que conosco militam e que nos dão audiência.

Recife, 06 de maio de 2019

Albanise Pires - Ex-Executiva Nacional e Ex-Presidente do PSOL PE

Edilson Silva - Ex-Executiva Nacional e Ex-Presidente do PSOL PE 

Gabrielle Conde - Ex-Executiva Estadual PSOL PE

George Souza - Ex-Executiva PSOL Recife

Gilberto Borges (Gojoba) - Ex-Executiva Estadual PSOL PE

O ex-deputado estadual Edilson Silva, e a ex-presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Pernambuco, Albanise Pires, além da também ex-dirigente estadual Gaby Conde, dentre outros filiados, anunciaram nesta segunda-feira (6) suas desfiliações da legenda.

A principal alegação são as perseguições e constrangimentos constantes por parte da maioria da direção estadual. Edilson e Albanise, inclusive, são fundadores do partido, além de membros da Executiva Nacional da sigla. Os desfiliados do PSOL pretendem manter-se unidos em um Coletivo local, a partir do qual manterão debates, elaboração de análises políticas e, principalmente, atuarão na “resistência contra o governo Bolsonaro, a prioridade política número um do coletivo que surge”.

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Sobre 2020, segundo Edilson, o grupo deve debater isto coletivamente, mas é certo que terá candidatura proporcional no Recife, o que importará em buscar um novo partido após um amplo diálogo. Apesar das críticas à direção estadual, os agora ex-psolistas fazem referência elogiosa à Direção Nacional do partido, deixando claro que o litígio é sobretudo local, mas que também há divergências de natureza política com a situação nacional do partido.

Edilson foi fundador do partido, candidato ao governo do Estado por duas vezes e à Prefeitura do Recife também por duas vezes. Era, até então, o integrante mais antigo da Direção Executiva Nacional, desde 2004, quando o PSOL ainda era uma legenda provisória em processo de fundação.

Foi o primeiro parlamentar eleito pelo PSOL em Pernambuco, para o cargo de deputado estadual em 2014, não se reelegendo e argumentando que o fato do partido lhe negar espaço na propaganda de rádio e TV foi fundamental para a não reeleição.

Albanise Pires também é fundadora do PSOL, desde 2003, quando das primeiras reuniões preparatórias para a formação do partido. Sempre ocupou a Executiva Estadual desde então, chegando a presidir o partido no Estado até 2017. Era membro do Diretório Nacional e foi membro da direção executiva Nacional por duas gestões. Foi candidata a vice prefeita do Recife pelo PSOL, estava como primeira suplente de vereadora no Recife e teve 142 mil votos para o Senado em 2018.   

Gaby Conde, arte educadora e militante da cultura popular, era membro da direção Executiva Estadual, estreou como candidata a deputada federal em 2018, obtendo quase 7 mil votos.

Enquanto o candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL) não chega no Pátio de São Pedro, na área central do Recife, na noite desta quarta (22), o deputado Edilson Silva (PSOL) também subiu no palanque para fazer um discurso de enfrentamento para a militância que já se encontra presente.

Edilson disse que “fascistas” estão nas ruas colocando o direito do povo na defensiva. “Quem está na ofensiva é a direita brasileira retirando os direitos sociais e políticos. Temos obrigação de sair do campo da defensiva e ir para o campo da ofensiva”, convocou.

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O psolista salientou que é preciso enfrentamento, além de fazer novas greves e ocupações. “Porque os fascistas estão nas ruas. Os racistas, os machistas, os escravocratas”, discursou destacando que cada um presente é imprescindível na luta para trazer a esquerda de volta.

“Cada um de nós temos irmãos, pai e todo local é um espaço para passar a nova mensagem. Quanto mais pessoas, melhor. Votem em todos os candidatos que começam com o número 50 e 21”, pediu dizendo que esse é um caminho incontornável para a reconstrução da cidadania.

Declarações dadas pelo governador do Estado a uma rádio do Recife, na semana passada, mereceram críticas do deputado Edilson Silva (PSOL) durante a Reunião Plenária desta segunda (20). Em entrevista, Paulo Câmara (PSB) disse que se arrependia de ter apoiado o presidente Michel Temer (MDB) e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “É um arrependimento oportunista, que nada tem de autocrítica”, avaliou o parlamentar. “Uma grande manobra, que afronta a inteligência dos pernambucanos.”

Para Silva, Paulo Câmara recuou do apoio a Michel Temer depois que o então presidente interino “começou a empoderar forças políticas no Estado que ameaçavam o Governo”, citando a indicação, para ministérios, dos pernambucanos Mendonça Filho (Educação), Fernando Filho (Minas e Energia) e Bruno Araújo (Cidades), todos hoje na oposição ao governador.

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“Paulo Câmara ficou isolado depois de ver uma construção à centro-direita dar com os burros n’água”, analisou. “Agora, o grupo político do governador procura a centro-esquerda, se dizendo arrependido. Temos a obrigação de fazer essa denúncia, em favor de um debate honesto e sincero”, afirmou.

*Do site da Alepe

O discurso do cantor Johnny Hooker, em defesa do monólogo 'O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que tem uma atriz transexual no papel de Cristo, está rendendo dentro e fora do universo artístico. Após ser alvo, na última segunda-feira (30), de uma notícia-crime, o cantor pode ter o cachê do show no Festival de Inverno de Garanhuns cancelado.

Durante fala no Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado André Ferreira (PSC) alegou que irá à Justiça para cancelar o cachê do pernambucano. Na ocasião, André alegou que Hooker, o qual se referiu como "um cantorzinho", insultou o público do FIG após vaias em defesa da peça. Na ocasião, a colocação foi endossada por Joel da Harpa, que também pretende realizar campanha para que o show não seja pago.

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Em defesa do cantor, Edilson Silva pediu cautela e equilíbrio na discussão sobre a montagem. “Num momento de temperatura tão alta, precisamos não confundir as coisas e não utilizar a situação para disputas eleitoreiras”, ponderou.

André Ferreira também usou as redes sociais para falar sobre o pedido. "Dei entrada, junto ao Ministério Público de PE e na Fundarpe, de um pedido para a suspensão do pagamento do cachê desse artista, pois ele incorreu em falta de decoro, incitação ao ódio, perturbação da paz social e agressão à honra e à dignidade de grupos religiosos". Confira a postagem: 

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Durante apresentação, na última sexta-feira (27), no 28° Festival de Inverno de Garanhuns, Johnny Hooker discursou em defesa d´O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu', que tem uma atriz transexual no papel de Cristo. "Jesus é transsexual sim, Jesus é bicha sim, p*!”, além de ter puxado o coro “ih, ih, ih, Jesus é travesti” e “viva Renata Carvalho, Jesus Cristo, rainha dos céus! Arte é para o futuro, esses fundamentalistas não vão passar”, declarou o cantor.

O deputado estadual Edilson Silva afirmou que vai ingressar com uma ação contra o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchôa (PSC), no Conselho de Ética da Casa. A medida é porque, de acordo com Edilson, Uchôa teve participação direta no que ele chamou de “tentativa de impedir” a realização de uma audiência pública da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, nessa quarta-feira (14), para tratar da atuação do plano de saúde Hapvida no estado.

Sob a ótica de Edilson, a Alepe se transformou na “Casa de Guilherme Uchôa”. “Ele está tratando isso aqui como se fosse o quintal da casa dele  e está tratando os servidores da Casa como se fossem empregados domésticos da casa dele. Vou coloca-lo no Conselho de Ética da Casa porque eu não concordo em absoluto com a forma como o senhor presidente desta Casa se comporta colocando a Assembleia Legislativa de joelhos diante do Palácio do Campo das Princesas e agora colocando a Assembleia de joelhos diante de uma empresa”, criticou o psolista, em discurso na tribuna. 

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Segundo relato de Edilson, a audiência para analisar a atuação do plano de saúde foi alvo de “manobras” como a suspensão do evento, sem que a própria comissão fosse acionada, e através de alegações informais de que haveria manutenção dos equipamentos de som, problemas no sistema de gravação e necessidade de reparos elétricos no auditório da Alepe. 

“É um grupo poderosíssimo e nós não vamos aceitar. Pelo menos o meu mandato não vai aceitar ser impedido de fazer uma audiência pública com essa postura. Não sei qual é o tipo de acordo que o deputado Guilherme Uchôa tem com o Hapvida para se colocar tanto na linha de tiro para que este plano viesse aqui responder por aquilo que faz ou não faz”, alfinetou o parlamentar, dizendo que a ação foi “unilateral” e ponderando que Uchôa é um “presidente que não está à altura das tradições revolucionárias que o nosso povo tem”. 

Apesar dos imbróglios, a audiência pública aconteceu e resultou em uma proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar informações de que a seguradora estaria negando assistência aos clientes.

Edilson Silva não foi o único que levou o assunto ao plenário da Alepe. A deputada Socorro Pimentel (PTB) também criticou as “manobras” para impedir o debate. “Como representante do povo, não irei me submeter a esse tipo de coisa. Estamos nos habituando a ser maltratados e desrespeitados”, expressou. 

Em aparte, a deputada Teresa Leitão (PT) relatou o constrangimento entre os convidados da audiência pública. “Não é possível se exercer o mandato com esse tipo de impedimento administrativo e político”, sustentou.

Ao final do discurso, o 4º secretário da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), que presidia a reunião, disse que a Superintendência Administrativa será comunicada para que preste os esclarecimentos necessários. Ele defendeu que todos os deputados sejam tratados de forma igualitária e afirmou que o ocorrido será apurado. Guilherme Uchôa não estava na sessão e ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Vereador do Recife, Romero Albuquerque (PP) acusou o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) de ser um “falso moralista” e agir com “imaturidade e desespero”. As duras críticas ao psolista foram exposta por Albuquerque durante a sessão na Câmara Municipal dessa terça-feira (24), após Edilson comentar, nas redes sociais, a ação da Lava Jato que teve como foco o presidente estadual do PP e deputado federal, Eduardo da Fonte. 

Ao avaliar a operação que cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete de Da Fonte na Câmara dos Deputados e no apartamento dele no Recife, Edilson Silva salientou que o progressista estava sendo alvo de “mais uma” investida da PF e destacou a “dinheirama” que o partido estaria oferecendo para seus candidatos.  

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“Seu partido é o que mais recebeu deputados estaduais agora em abril. A dinheirama que ostenta nas eleições vem de fontes 'suspeitas'. Para dizer o mínimo”, disparou Edilson, em publicação no Twitter. Romero Albuquerque, por sua vez, não deixou passar despercebida a avaliação do deputado estadual. 

“Ao lado da criminalização da política que estamos todos presenciando, temos aqueles políticos que posso chamá-los de carniceiros - porque vivem voando para aterrisar nas más notícias, e esquecem de olhar para o seu próprio ninho. Exemplo é o deputado estadual Edilson Silva, que através de suas redes sociais fez uma postagem lamentável”, reagiu Albuquerque.

O vereador recifense fez questão pontuar que “calúnia, difamação e, sobretudo, pré-julgamentos são incompatíveis com o cargo de legislador” e ponderou também que “as palavras de Edilson Silva revelam imaturidade e o desespero. Perfil como esse caracterizamos de falso moralista”.

Ao defender Eduardo da Fonte, Romero disse que ele tinha “integridade de berço” acreditava fortemente no Poder Judiciário. “Vemos com naturalidade o avanço de toda e qualquer investigação, até porque, somente através delas podemos elucidar a verdade. Quero publicamente prestar solidariedade ao meu amigo e dizer que mantenho a minha confiança em seu trabalho e na condução do nosso partido. Quem o conhece bem sabe a integridade que ele possui de berço”, afirmou.

A presença de poucos políticos chamou a atenção no protesto contra o mandado de prisão de Lula, mas um deputado estadual do PSOL, Edilson silva, fez questão de prestigiar a manifestação. 

Em cima do trio elétrico, na praça do Derby, Edilson fez um discurso em defesa de Lula afirmando que ele fez muito pelo país e que não o perdoam por isso. "Lula cometeu um grande pecado para a elite, virou exemplo para o menino pobre negro de que alguém que vem debaixo pode virar presidente do país. Eles não perdoam", avaliou.

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O deputado psolista também falou que estão querendo "desmoralizar" as forças da esquerda. "É um processo que está em andamento e com o objetivo de calar o povo, de desmoralizar as forças da esquerda", ressaltou. 

A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, nesta quarta-feira (4), o pedido de voto de protesto contra as declarações do comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas, acerca do julgamento do habeas corpus impetrado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta, agora, seguirá para o Plenário da Casa.

De acordo com o presidente do colegiado, deputado Edilson Silva (PSOL), as falas do general às vésperas da votação da Corte tiveram o tom de ameaça perante à democracia. Villas Bôas disse, em publicação no Twitter, que o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais" e repudia a impunidade.

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"Foram postagens no tom de ameaça. E, as dúvidas que foram suscitadas sobre a intenção da mensagem foram dirimidas com a repercussão das falas de Villas Bôas na própria Forças Armadas. Vários generais, sargentos, e até praças retuitaram a postagem do comandante, dizendo que estavam a postos para qualquer eventualidade. Diante disso, entendemos que a nossa comissão, que é de Cidadania e Direitos Humanos, precisa se posicionar formalmente a esse fato grave", afirmou o psolista, que também é autor do voto de protesto. 

O pedido foi aprovado por unanimidade na reunião do colegiado desta quarta. Votaram a favor do pedido as deputadas Socorro Pimentel (PSL), Laura Gomes (PSB) e Terezinha Nunes (PSDB). A previsão é que matéria seja colocada em pauta na próxima semana. 

O presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Edilson Silva (PSOL), protocolou na tarde desta quinta-feira (8), dois requerimentos junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), propondo investigações a cerca das responsabilidades do tumulto que envolveu policiais militares e torcedores do Santa Cruz, na Ilha do Retiro, durante o Clássico das Multidões, desta quarta-feira (8). 

Além das requisições, o presidente do colegiado agendou para o próximo dia 21 deste mês, uma reunião pela comissão para tratar sobre o episódio, no qual serão convidados para participar o Comando Geral da PM, MPPE, Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Comissão de Arbitragem da FPF, Juizado do Torcedor e os dois clubes (Sport e Santa Cruz). 

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Os requerimentos desta quinta, encaminhados ao MPPE, foram protocolados na Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos da Capital, no qual um deles propõe investigação a cerca da ação policial durante confronto com torcedores tricolores. “Foi uma ação desprovida de melhor perícia da Polícia Militar, pois era muito provável que qualquer atitude tomada naquela parte do estádio iria repercutir na parte mais baixa da arquibancada. Há responsabilidade de alguns torcedores no que ocorreu, mas o papel do Poder Público é ser mais inteligente do que os atores envolvidos", criticou o psolista. 

A segunda representação busca que o MPPE apure a conduta da arbitragem do jogo, além dos dois clubes (Sport e Santa Cruz), a cerca da não paralisação da partida para que fosse feito o atendimento adequado às vítimas. “Em outros lugares, quando há um sinalizador na torcida, o juiz paralisa o jogo e os próprios torcedores apontam quem está agindo de maneira irregular. Vimos muitas crianças e mulheres feridas nesse episódio, quando o nosso interesse é que os estádios possam ser lugares em que possamos levar nossas famílias”, considerou.

Com informações da assessoria de imprensa


O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) criticou, nesta quinta-feira (8), a atuação da Polícia Militar (PM) durante a confusão generalizada que deixou dezenas de feridos no clássico entre Santa Cruz e Sport, dessa quarta (7), na Ilha do Retiro, no Recife. O parlamentar disse que “não houve prudência” dos agentes e afirmou que vai cobrar uma investigação rigorosa sobre a responsabilidade dos fatos.

“Apenas por sorte não tivemos uma tragédia maior no clássico entre Santa e Sport. As cenas são chocantes. Tudo indica que a PM errou ao adentrar em meio a torcida do Santa para caçar um sinalizador, no alto da arquibancada. Óbvio que a força da gravidade iria desabar aquela coluna humana para baixo. Não houve prudência. Um sinalizador pode sim ferir alguém, mas uma ação desastrada da PM pode ferir dezenas, como de fato aconteceu”, salientou o deputado.

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Para Edilson, “o problema não acaba aí”. “Isso tudo aconteceu entre o primeiro e o segundo tempo. Enquanto dezenas de pessoas estavam sendo atendidas, desesperadas, fraturadas, sangrando, o juiz apitou para reiniciar o jogo! É inacreditável. Onde estamos?”, questionou em publicação no Facebook. 

O deputado, que é presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, ponderou ainda a necessidade para que seja realizada uma “investigação e apuração rigorosa de todas as responsabilidades. Da PM, dos clubes, das empresas que transmitem via TV”. “Não podemos aceitar isto como normal”, bradou o parlamentar.

No final do primeiro tempo do clássico entre Sport e Santa Cruz, na noite desta quarta-feira, uma confusão deixou dezenas de machucados na torcida coral. De acordo com o tenente coronel Cezar Moraes, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco, o tumulto começou após a tentativa de apreensão de um torcedor que portava um sinalizador. 

Na ação policial entre os tricolores; houve uma queda generalizada, em que torcedores caíram uns sobre os outros. Foram, em média, 60 feridos.

O deputado estadual Edilson Silva defendeu, nesta quinta-feira (1º), que o PSOL apresente a candidatura de uma chapa composta pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, e a coordenadora Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara. Segundo o dirigente nacional da legenda, os nomes estão alinhados a bandeira do PSOL para este ano que é de se aliar “mais organicamente com os movimentos sociais mais dinâmicos do país”. 

Um debate interno pedindo a realização de prévias foi o que motivou a colocação de Edilson, exposta nas redes sociais. O deputado disse que outras pré-candidaturas - de Plínio Sampaio Jr, de Nildo Oriques, de Hamilton Assis - são legítimas, mas “dizer que ‘quase metade’ da direção do PSOL não está contemplada com o processo democrático interno, como afirma um manifesto que pede prévias internas no partido, é um contorcionismo retórico que não consegue disfarçar o fato de que os insatisfeitos são uma minoria”. 

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“Prévias internas agora seriam um mero recurso protelatório e um refúgio para se manter aquecida uma disputa interna já vencida, tudo isto vindo exatamente de setores que até pouco tempo bradavam que o PSOL já deveria ter definido sua candidatura, que estávamos atrasados. Há pouca ou nenhuma honestidade intelectual nisto”, declarou Edilson Silva. 

A expectativa é de que o partido lance a chapa que disputará o pleito presidencial deste ano durante a Conferência Eleitoral do PSOL, marcada para o dia 10. Edilson disse ainda que espera, até lá, concluir “com êxito” o diálogo com os movimentos que sustentam a pré-candidatura de Boulos. 

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) criticou o fato de a vereadora do Recife, Michele Collins (PP), ter feito uma declaração “vilipendiando a figura do orixá Iemanjá” em publicação no Facebook. Ao divulgar na rede social um evento evangélico que acontecia na Orla de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Collins escreveu que participava de oração “clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá lançada contra nossa terra”. Em seguida, retratou-se por meio de nota.

“Este tipo de pregação é uma pregação de ódio. Uma pregação de intolerância descabida, para um país que acolhe todas as crenças, toda diversidade humana, e o universo da religiosidade sempre foi muito bem acolhida pelo povo brasileiro”, declarou Edilson.

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O parlamentar ponderou a retratação de Michele, colocando-se como “muito feliz” diante do reconhecimento de que “houve um exagero”. “Mas é preciso que a gente preste muita atenção, porque vivemos em uma sociedade onde o ódio está estruturando muitas relações e é necessário que a gente, obviamente, sem perder as perspectivas da individualidade, da diversidade, é importante que a gente se atente para que haja um limite, e que a gente não ingresse em um ambiente de fundamentalismo que vai nos levar a guerra”, salientou, lembrando que felizmente o país não vive o que acontece em parte do Oriente Médio no quesito intolerância. 

“Felizmente, nós vivemos em um país onde essa realidade, para nós, é muito distante. Nós vivemos outras mazelas. As mazelas dos homicídios, dos assassinatos, da miséria, da desigualdade, mas, felizmente, nós não somos um país que tem grandes catástrofes naturais, e não tem essa chaga do fundamentalismo religioso que mata, maltrata e constrói uma cultura de intolerância”, disse. 

Prestes a encerrar as atividades legislativas anuais, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) fez um balanço da gestão do governador Paulo Câmara (PSB). Ao discursar na tribuna da Assembleia Legislativa (Alepe), o deputado disse que o Governo gasta mal os recursos públicos e maltrata a população.

“Infelizmente, Paulo Câmara se especializou em ser um Governo de retórica, apontando o Governo Federal como culpado de mazelas que tem o Executivo local como responsável”, avaliou nessa terça-feira (19). “Não é verdade, por exemplo, que temos a melhor educação do País. Temos algumas escolas-modelo que são apresentadas como se fossem a regra geral do setor, em propagandas que custaram R$100 milhões em três anos”, completou.

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Ao fazer um panorama de algumas áreas, o psolista considerou “trágico” o resultado alcançado pelo governador na segurança pública. “Além da marca dos cinco mil homicídios neste ano, também temos dados dramáticos com relação às mulheres: uma média de seis estupros por dia, chegando a cerca de 2 mil estupros em um ano”, apontou.

Edilson Silva também classificou a situação da rede estadual de Saúde como “caótica” e salientou a falta de combate à desertificação no Sertão do Estado pela gestão estadual.

 

A Comissão de Cidadania da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se reúne, na próxima segunda-feira (4) às 16h, para discutir o Projeto de Lei nº 1774/2017, que dispõe sobre a proibição de exposições artísticas ou culturais com teor pornográfico em espaços públicos no estado. O texto é do deputado estadual Ricardo Costa (PMDB).

Segundo a matéria, ficariam proibidos fotografias, textos, desenhos, pinturas, estátuas, modelos vivos nus ao vivo, filmes e vídeos que insinuem o ato sexual humano ou animal. Costa classifica as exposições deste tipo como "repugnantes e inaceitáveis"; além disso, considera os envolvidos "destruidores da Sagrada Instituição, chamada Família, que vem a ser o bem maior, que Deus concedeu à humanidade". 

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Para a audiência, foram convidados artistas, representantes da Fundarpe - que já repudiou o projeto - e conselheiros do Conselho Estadual de Cultura. Quem propôs a discussão foi o presidente da Comissão de Cidadania e relator do projeto no próprio colegiado e na Comissão de Justiça, deputado Edilson Silva (PSOL). 

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) está coletando assinaturas dos pares na Assembleia Legislativa de Pernambuco para que seja instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando apurar os fatos investigados pela Operação Torrentes, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no início deste mês, que apura supostos desvios de verbas repassadas pela União para prestar assistência às vítimas das enchentes na Mata Sul em 2010 e 2017. 

As irregularidades, de acordo com a PF, foram cometidas por servidores vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. Na investigação foram encontrados indícios de direcionamento de contratos em troca de contrapartidas financeiras. Onze pessoas estão presas, entre elas militares e empresários. Na avaliação de Edilson Silva, há “fortes suspeitas de irregularidades e de condutas corruptas por parte de membros do Governo”, ao longo das operações Reconstrução (2010) e Prontidão (2017).

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O requerimento para a CPI foi protocolado na última segunda-feira (27). Para ser instalada a CPI, são necessárias 17 assinaturas de deputados estaduais. Até final da tarde dessa quarta-feira (29), após o encerramento da sessão plenária da Casa, já haviam assinado o requerimento os seguintes parlamentares: Álvaro Porto (PSD), Augusto César (PTB), Bispo Ossessio Silva (PRB), Edilson Silva (PSOL), Joel da Harpa (Pode), José Humberto Cavalcanti (PTB), Odacy Amorim (PT), Priscila Krause (DEM) e Sílvio Costa Filho (PRB). 

Para embasar a solicitação, o psolista reforçou ainda que o “núcleo político” da gestão estadual já foi alvo de seis operações da Polícia Federal nos últimos anos. “É chegada a hora, diante de fatos extremamente robustos, de esta Casa se pronunciar. Nós precisamos desencadear um processo político que dê um ganho de transparência e de acompanhamento da sociedade sobre aquilo que está acontecendo”, defendeu.

Apesar de compor a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) se colocou contrário ao pedido do colegiado para que o governador Paulo Câmara (PSB) solicite o envio da Força Nacional de Segurança para ajudar na redução do índice de violência no estado. A solicitação da oposição foi protocolada na última quarta-feira (20). Para Edilson, a problemática da segurança em Pernambuco não é falta de efetivo, mas de gestão. 

“O problema central da segurança em Pernambuco é a falta de gestão democrática da política de segurança pública, que contribui para a desmobilização do efetivo policial existente e na não efetivação dos eixos do Pacto pela Vida”, salientou. “A Força Nacional de Segurança poderia ser empregada com eficácia e justificativa para uma questão eventual, em que o efetivo regular do Estado fosse flagrantemente insuficiente. Convocar a Força sem esta justificativa é reduzir a questão a um problema meramente de quantitativo de policiais e reduzir também a uma questão meramente policial”, acrescentou.

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Sob a ótica de Edilson, a “oposição que faz na Alepe vem exigindo, junto com a sociedade civil, através do Fórum Popular de Segurança Pública, que o governo Paulo Câmara convoque a Conferência Estadual de Segurança Pública e estabeleça um mutirão da sociedade e do Estado para reconstruir uma política pública de Segurança, que garanta políticas de prevenção social da criminalidade, de controle social efetivo sobre a política de segurança e seus agentes e em todo o sistema de justiça criminal”. 

O parlamentar oposicionista não foi o único a criticar a solicitação da medida. O governador Paulo Câmara, classificou a investida como “eleitoreira”. “Eles querem eleitorizar o debate. Um debate que o povo pernambucano não quer. O que a população quer é policiais nas ruas e essa resposta estamos dando”, salientou. 

Aliados do governador reforçaram a tese, avaliando a iniciativa como uma medida “sem consistência” e “eleitoreira”. Para o deputado Aluísio Lessa (PSB) , a proposta de convocar tropas externas “mostra que algumas pessoas estão adiantando demais a discussão sobre uma eleição que vai ocorrer daqui a mais de um ano”. Waldemar Borges (PSB) registrou que “pedir a Força Nacional é uma ‘pirotecnia’ que apenas reflete a falta de consistência nas propostas da Oposição para enfrentar o problema”.

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